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RESUMO SAÚDE COLETIVA - 26.03 CONTROLE SOCIAL E SUS Aluno: Kelly Vitória Alves de Oliveira Matrícula: 19.2.000607 *DEMOCRACIA Liberdade de expressão, voto, elegibilidade de cargos públicos, direito de líderes políticos disputarem apoio e, consequentemente, conquistarem votos, garantia de acesso a fontes alternativas de informação.. “a democracia é a pior forma de governo exceto todas as outras formas que foram testadas de tempos em tempos.” – Winston Churchill (1874 – 1965), estadista, militar e historiador britânico” “A pior democracia é preferível à melhor das ditaduras.” – Rui Barbosa (1849 – 1923), político e jurista brasileiro” CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Artigo 1: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. CONSTITUIÇÃO DE 1988 - LEIS ORGÂNICAS: LEI Nº 8.080 DE 1990 LEI Nº 8.142 DE 1990 CONSELHOS DE SAÚDE CONFERÊNCIAS DE SAÚDE O SUS foi a primeira política pública de saúde a adotar constitucionalmente a participação popular como um de seus princípios. (art. 198. inciso III CF/88 – Lei 8142/1990) Participação popular??? É a garantia que a população tem de participar do processo de formulação das políticas de saúde e o controle de sua execução, em todos os níveis do governo. Participação ocorre através das Conferências de saúde, Conselhos de saúde Conselho de Saúde é um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo composto por representatividade de toda sociedade. Tem composição paritária (50% usuários, 25 trabalhadores de saúde e 25% prestadores de serviço) Lei 8080/90 Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo LEI Nº 8.142/1990 Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.142, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; II - o Conselho de Saúde. Lei 8142 Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: I - Fundo de Saúde; II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990; III - plano de saúde; IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990 Conselhos de Saúde Definição limitada: Exigência legal para receber os recursos destinados para a cobertura das ações e serviços de saúde (Lei 8142 de dez 90) Definição correta: São canais de participação e controle social da sociedade civil sobre o Estado, estimulando a participação como direito de cidadania. Tem caráter deliberativo e permanente. Conselho de Saúde LEI Nº 8.142/1990 § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Conselho de Saúde RESOLUÇÃO Nº 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 do Conselho Nacional de Saúde: Primeira Diretriz: os Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação da comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde. Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde é estabelecida por lei federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, obedecida a Lei no 8.142/90. Terceira Diretriz: a participação da sociedade organizada, garantida na legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. Terceira Diretriz: I - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em lei. II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com as Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma: Sugere-se que a composição ideal dos Conselhos Locais das Unidades de Saúde e Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) e Hospitais deverá ser de dezesseis (16) membros (oito (08) titulares e oito (08) suplentes) respeitando-se sempre a paridade citada na legislação de saúde. A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE Terceira Diretriz: - 50% de entidades e movimentos representativos de usuários; - 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde; - 25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos. VIII - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão autonomia administrativa para o pleno funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e organização da secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e apoio técnico. Quinta Diretriz: II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de funcionamento; III - discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde; IV - atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e privado; V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e deliberar sobre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epidemiológicas e a capacidade organizacional dos serviços; VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão; Entre os principais problemas relativos a participação popular está a operacionalização dos conselhos de saúde : Baixa visibilidade – os conselhos não são conhecidos pela população local. Baixa representação: a população desconhece o papel do conselho e geralmente identifica o espaço para demandas específicas ou denúncias sobre a saúde. Baixa representatividade: conselheirosque não traduzem apropriadamente as demandas de sua entidade. Burocratização: grande parte do tempo de discussão ds reuniões é gasta em assuntos internos. Precariedade da estrutura: Codições operacionais( comunicação, apoio financeiro) infraestrutura (sede própria, linhas de telefone) Baixa qualificação e informação dos conselheiros Fisiologismo: as ações políticas e decisões são trocadas em troca de favores Atuação de partidos políticos DESAFIOS DO CONSELHO DE SAÚDE: Disseminar uma cultura participativa • Viabilizar efetiva participação e controle social Legitimar esse espaço de diálogo e deliberação Socializar com a comunidade, as iniciativas e atividades desenvolvidas pelos conselhos Assegurar a livre expressão dos conselheiros Viabilizar estratégias de educação permanente na perspectiva da qualificação dos conselheiros Conferências de Saúde Lei 8142/90 § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. As conferências foram instituídas pela Lei 8142/1990, definidas como instâncias colegiadas para “avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde”. • Convocadas em períodos regulares, em cada esfera de governo, “têm a finalidade de consultar representantes dos diferentes segmentos da sociedade sobre as demandas e necessidades em saúde” (CHAVES; EGRY, 2012). “Enquanto os conselhos de saúde têm a função de formular estratégias e controlar a execução das políticas, as conferênciassurgem como uma das arenas nas quais a participação social se antecipa à formulação de políticas, pois se volta para desenhar os princípios, diretrizes e pressupostos que devem orientar todo o processo de formulação de políticas de saúde no período seguinte. As conferências são, desse modo, espaço público de deliberação coletiva sobre as diretrizes… A CONFERÊNCIA DE SAÚDE REUNIR-SE-Á A CADA QUATRO ANOS COM OS VÁRIOS SEGMENTOS SOCIAIS, PARA AVALIAR A SITUAÇÃO DE SAÚDE E PROPOR DIRETRIZES PARA A FORMULAÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE NOS NÍVEIS CORRESPONDENTES CONVOCADA PELO PODER EXECUTIVO OU EXTRAORDINARIAMENTE, POR ESTA OU PELO CONSELHO DE SAÚDE” LEI 8142,1§1 BRASIL, 1990 § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. 1ª CONFERÊNCIA: Foco situação sanitária e assistencial da população. Defesa da infância adolescência numa concepção curativa(1941) 2a Conferência de Saúde: o foco era a Organização estadual e municipal, campanhas e assistência sanitária preventiva para gestantes e trabalhadores de saúde; 1950 3a Conferência de Saúde: foco Questões Sanitárias e aprovar programas de saúde; 1963 4a Conferência de Saúde: única conferência com tema específico sobre recursos humanos; 5a Conferência de Saúde: Deu impulso na reforma sanitária. Grande foco na saúde maternoinfantil; 1975 6a Conferência de Saúde: seu foco era a situação das grandes endemias;1977 Até aqui eram discutidos a questão curativa e os problemas sanitários e endêmicos, não se falava de prevenção e promoção de saúde. 7a Conferência de Saúde: primeira conferência que fala em ATENÇÃO BÁSICA; 1980 8a Conferência de Saúde: REFORMA SANITÁRIA- participação da população - reuniu mais de 4mil delegados de todas as regiões e classes sociais e foi verdadeiramente popular, pois da 1a à 7a os debates eram apenas à ações governamentais, com participação exclusiva de deputados, senadores e autoridades do setor; 9a Conferência de Saúde: municipalização, implementação do SUS, controle social no sistema, democratizar as informações, descentralizar; 1992 10a Conferência de Saúde: 1994- ESF / foco: governo respeitar o caráter deliberativo das conferências; 1996 11a Conferência de Saúde: efetivação do SUS, qualidade e humanização na atenção à saúde com controle social; 2000 12a Conferência de Saúde: foco: Direito à Saúde e seguridade social - direito de todos e dever do Estado; 2003 13a Conferência de Saúde: Qualidade de vida, políticas do Estado e desenvolvimento; 2007 14a Conferência de Saúde: acesso e acolhimento com qualidade, um desafio para o SUS; 2011 15a Conferência de Saúde: Saúde pública de qualidade, cuidar bem das pessoas; 2015 16a Conferência de Saúde: Democracia e saúde; 2019