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TECNICAS ANESTESICAS.ANAT.CAB&PESC. ❖ TOPOGRAFIA DENTO-ALVEOLAR • os dentes estão alojados nos alvéolos ósseos e existe o osso cortical recobrindo as raízes dentarias tanto na região vestibular quanto na palatina. • Na região anterior (vestibular) ele se encontra muito mais fino do que na região palatina, principalmente nos incisivos, caninos e molares, já nos pré-molares já se tem uma espessura mais equilibrada. • Quando se vai fazer anestesia deve-se primeiramente utilizar a anestesia tópica (pomada) e depois deve-se introduzir (fazer a pulsão) da agulha metálica e a introdução do liquido nos tecidos. • Quando se quer anestesiar um nervo, deve-se introduzir a agulha o mais próximo possível do nervo, para que o liquido chegue o mais rápido possível bloqueando seus canais. • A primeira parte da anestesia é tentar bloquear o nervo antes dele entrar pelo forame apical, porque depois que ele penetra na polpa é mais difícil. • O nervo que leva sensibilidade pra polpa do incisivo central superior é o nervo alveolar superior anterior (ramo do nervo maxilar -trigêmeo-), que é um nervo intraósseo, então o anestésico tem que atravessar os tecidos moles, a membrana periósteo e penetrar dentro do osso. Para fazer isso é o anestésico deve ser injetado onde houver menor tecido ósseo, ou seja, na região vestibular na maxila, por isso a maioria das anestesias pulpares para bloqueios maxilares deve ser feita nessa região vestibular. • Geralmente ela e injetada numa região chamada de “fundo de saco ou vórtex do vestíbulo”, é a região de encontro da mucosa labial com a mucosa alveolar da maxila. • O osso da mandíbula e mais espesso, duro e denso que o da maxila, então o liquido anestésico se dilui mais lentamente que na maxila. • Nos dentes anteriores e pré- molares: osso cortical mais fino na vestibular e um pouco mais grosso na língua. Molares: osso cortical é mais fino na lingual (grande diferença). • O feixe nervoso que irriga os dentes da mandíbula é o nervo alveolar inferior, que caminha por dentro do canal mandibular, chega na região de pré-molares, emerge pelo forame mentoniano se chamando agora de nervo mentoniano, continua na região anterior da mandíbula agora se chamando de nervo incisivo. ➢ O nervo alveolar inferior penetra nos ápices dos molares dando sensibilidade dolorosa para a polpa dos dentes (3 molar ao incisivo), dando sensibilidade também ao periodonto e osso alveolar. Inervação da gengiva: - Gengiva vestibular de pré-molares, incisivos e caninos: nervo alveolar inferior. -Gengiva lingual dos 3 molares aos incisivos: nervo lingual. - Gengiva vestibular e lingual dos molares: nervo bucal. ❖ NERVO TRIGÊMEO • O nervo trigêmeo é responsável pela inervação dos dentes, da maioria dos ossos da face, tecidos moles da cavidade oral e inervação motora dos músculos da mastigação. • RAIZ MOTORA (NERVO MANDIBULAR): Dá movimentação aos músculos mastigatórios, milo-hioideos, tensor do tímpano, tensor do véu palatino e ventre anterior do digástrico. • RAIZ SENSITIVA: Compõe os nervos oftálmico, maxilar e mandibular. • Ele possui vários ramos OBS: MELHOR ESTUDAR NERVOS PELO RESUMO DE INERVAÇÃO • Dão sensibilidade na região das meninges: ➢ R. Meníngeo Anterior. ➢ R. Meníngeo Médio. ➢ R. Meníngeo Posterior. • R. Oftálmico: divido em nervos... ➢ Nasociliar, dá sensibilidade ao dorso nasal. ➢ Frontal, que divide-se em supratroclear e supraorbital. ➢ Lacrimal, que irriga a pálpebra. • R. Maxilar: emerge pelo forame redondo, passa pela fissura pterigomaxilar e fossa pterigopalatina e chega na maxila onde se ramifica: ➢ Nervo infra orbital: inervação da região lateral do nariz, pele e mucosa do lábio superior e pele da pálpebra inferior. ➢ Nervo zigomático: inerva a pele sobre o osso zigomático, fossa temporal e divide-se em ramo zigomaticotemporal e zigomaticofacial. ➢ Nervos alveolares superior anterior: inervação dos dentes incisivos e caninos e seus ramos peridentais, processo alveolar, periodonto e gengiva. ➢ Nervo alveolar superior médio: inerva pré- molares superiores contendo ramos dentais e peridentais. ➢ Nervo alveolar superior posterior: passa pelo forame da tuberosidade da maxila e inerva com seus ramos os molares até a raiz disto vestibular, com seus ramos peridentais inerva o processo alveolar, o periodonto e a gengiva. ➢ Nervo palatino maior: inervação da região de palato duro de caninos a molares. ➢ Nervo palatino menor: inervação da região de palato mole, no interior da cavidade oral. ➢ Ramo nasopalatino: atravessa o forame incisivo e inerva a região de palato de canino a canino e septo nasal inferior. ➢ Nervo meníngeo médio: inerva as meninges da fossa media do crânio. • R. mandibular: se origina no Forame oval. ➢ RAMOS ANTERIORES: -Nervo masseterico (função motora): Alcança a incisura da mandíbula e inerva o M. masseter e capsula da ATM. -Nervos temporais profundos anterior: inerva as fibras profundas da porção anterior do M. temporal. -Nervos temporais profundos posteriores: Inerva as fibras profundas da porção anterior do musculo temporal. -Nervo bucal (função sensitiva): Inerva a mucosa da pele da bochecha, gengiva vestibular dos molares inferiores e eventualmente dos molares superiores. -Nervo pterigoideo lateral (função motora): Inerva o musculo pterigoideo lateral. -Nervo mentoniano: Inerva os tecidos moles do mento, mucosa e pele do lábio inferior, mucosa e gengiva vestibular de incisivos, caninos e pré- molares inf. -Nervo tensor do véu palatino: irriga o musculo tensor do véu palatino. - Nervo meníngeo recorrente: inerva a camada dura-máter da fossa do crânio. -Nervo pterigoideo medial: Irriga o M. pterigoideo medial. ➢ RAMOS POSTERIORES: -Nervo auriculotemporal (função sensitiva): Inerva região temporal, capsula da ATM, parte superior do pavilhão da orelha, meato acústico externo, membrana timpânica e glândula parótida. -Nervo lingual (função sensitiva): Inerva os 2/3 anteriores da língua, mucosa sublingual e gengiva lingual dos dentes anteriores. -Nervo alveolar inferior (um nervo motor e um nervo sensitivo): Possui ramos dentais e peridentais e inerva os dentes inferiores, periodonto e gengiva. ❖ CLASSIFICAÇÃO DAS ANESTESIAS • Tópicas. • Terminais infiltrativas. • Regionais/ bloqueios. • Complementares. • SERINGA ART é seringa odontológica utilizada para dar anestesias, ela possui muitas vantagens como: ➢ Evita o risco de injeção intravascular. ➢ Evita hematomas. ➢ Projetada para qualquer tubete. ➢ Fácil manuseio. ➢ O refluxo ocorre automaticamente ao cessar a pressão. • Podem ser: ➢ Refrigeração, como gelo. ➢ Compressão. ➢ Gel. ➢ Spray. ➢ Pomadas. • OBJETIVO: Insensibilização das mucosas ou tecidos, para evitar a sensação dolorosa na hora da penetração da agulha. • São anestesias onde se vai bloquear o impulso nervoso das porções terminais do nervo, pois se quer anestesiar uma pequena área, a parte do nervo que será afetado são os ramos terminais. • Visa atingir pequenas áreas. • O anestésico é depositado na região submucosa (abaixo do epitélio), supraperiosteal (acima do periósteo), subperiosteal (abaixo do “”), intrapulpar e intraseptal. • É contra indicada em locais com abcesso, celulite ou osteomielite. • Sempre que se fala em técnica por anestesia terminal infiltrativa ou anestesia por bloqueio regional onde se bloqueia todo o tronco do nervo deve-se observar: ➢ Ponto de punção: região da mucosa ou pele escolhida para perfurar o epitélio e penetrar a agulha nos tecidos. ➢ Ponto de reparo: depois de introduzir a agulhasuperficialmente deve-se introduzir ainda mais profundamente na direção da estrutura anatômica aonde a agulha deve chegar o mais próximo possível para que o anestésico seja introduzido no tecido e bloqueie o nervo. ➢ Trajetória: é o caminho que a agulha vai seguir dentro dos tecidos, direção que ela vai seguir. ➢ Área anestesiada: qual a área do nervo que eu quero bloquear. • É indicada por intervenções de pequeno porte onde deseja atuar em poucos dentes e em regiões circunscritas, como exodontias. • É contra indicado em regiões inflamadas e infectadas e regiões com muita densidade óssea. • Vantagens: - Simples execução. -Alta taxa de sucesso. -Pouco traumática. • Desvantagem: inadequada para ser utilizada em grandes regiões. • Regiões onde as estruturas ósseas são mais densas são chamadas de pilares de sustentação do esqueleto facial. ❖ TECNICAS ANESTESICAS INFILTRATIVAS NA MAXILA • O nervo A.S.P inerva os dentes 1,2 e 3 molares superiores (exceção da raiz mesiovestibular do 1 molar, que o nervo alveolar superior médio). Esse bloqueio também afeta o tecido periodontal mucosa, vestibular e osso subjacente dos dentes. • PONTO DE PUNÇÃO: altura da prega muco vestibular acima do 2 molar superior • PONTO DE REPARO: tuberosidade e processo zigomático da maxila. • VANTAGEM: Pouco trauma e alta taxa de sucesso. • DESVANTAGEM: Elevado risco de aspiração positiva, ausência de limite ósseo e possibilidade de uma segunda injeção nos 1º molares. • ÁREAS ANESTESIADAS: polpas do 1 e 2 pré-molares e raiz mesiovestibular do 1 molar superior. Também inerva mucosa, periodonto e sobrejacente da região. • Não está presente obrigatoriamente em todo ser humano, geralmente em 80% dos pacientes. • PONTO DE PUNÇAO: altura da prega mucovestibular acima do 2º pré-molar superior. • PONTO DE REPARO: osso maxilar acima do ápice do segundo pré-molar superior. • ÁREAS ANESTESIADAS: ➢ Polpa dos incisivos centrais aos caninos superiores. ➢ Periodonto vestibular. ➢ Osso sobrejacente desses dentes. ➢ Pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior. • PONTO DE PUNÇÃO: Altura da prega mucovestibular acima do 2º pré-molar superior. • PONTO DE REPARO: Forame infraorbitário. • VANTAGENS: Técnica simples, reduz o volume da solução anestésica. • DESVANTAGENS: Dificuldade dos pontos de reparo para execução da técnica. • ÁREAS ANESTESIADAS: Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros). Bilateralmente de canino a canino. • é contraindicado para tratamentos em áreas pequenas. • PONTO DE PUNÇÃO: mucosa palatina imediatamente lateral a papila incisiva. Localizada na linha media atrás dos incisivos centrais. Geralmente faz-se um pouco de pressão para anestesiar, pega o cabo do espelho e faz-se uma compressão para aliviar (na figura tem um cotonete). • PONTO DE REPARO: Forame incisivo, sob a papila incisiva. • VANTAGENS: pouca solução injetada e reduz o número de perfurações. • DESVANTAGENS: extremamente dolorida, provoca pouca hemostasia exceto na região infiltrada. • ÁREAS ANESTESIADAS: Palato duro, tecidos moles e sobrejacentes posteriormente até o 1º pré-molar e medialmente ate a linha media -palato duro, pré- molares e molares-. • PONTO DE PUNÇÃO: Tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior (aproximadamente na distal do 2º molar superior). • • PONTO DE REPARO: Forame palatino maior. • É contraindicado para áreas de tratamentos pequenas. • A mucosa palatina é extremamente fibrosa, é um tecido com pouca expansividade, o que é ruim pois quanto mais elástica for a mucosa melhor para o anestésico se difundir, então se torna mais difícil e existe risco de se injetar mais anestesia do que é permitido e acabar comprimindo os vasos causando necrose. • VANTAGENS: Pouca solução injetada e reduz o número de perfurações. • DESVANTAGENS: Muito dolorosa e provoca pouca homeostasia. ❖ TECNICAS ANESTESICAS DA MANDÍBULA • ÁREAS ANESTESIADAS: Região de pré-molares e molares, além dos ligamentos periodontais. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade bucal (nervo lingual também). • PONTO DE PUNÇÃO: Entre a rafe pterigomandibular, ramo da mandíbula e 1 cm a cima da oclusal. • PONTO DE REPARO: Forame mandibular. HJJ • ÁREAS ANESTESIADAS: Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em torno do 2º pré- molar) até a linha media e a pele do lábio inferior – de pré aos incisivos-. • PONTO DE PUNÇÃO: Prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente inferior ao mesmo. • PONTO DE REPARO: Forame mentual. • ÁREA ANESTESIADA: Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares. • PONTO DE PUNÇÃO: Mucosa bucal anterior ao ramo da mandíbula. • PONTO DE REPARO: Linha obliqua externa. • ÁREAS ANESTESIADAS: ➢ Dentes mandibulares até a linha média. ➢ Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da injeção. ➢ Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral. ➢ Tecidos moles e periósteo da língua. ➢ Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula. ➢ Pele sobre zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais. • NERVOS ANESTESIADOS: -Mentual -Incisivo -Lingual -Milo-hioideo -Bucal -Auriculotemporal -Alveolar inferior • INDICADO PARA: ➢ Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares (como exodontia em vários dentes). ➢ Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais, do terceiro molar até a linha media. ➢ Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais. ➢ Casos em que um bloqueio do nervo alveolar inferior convencional não é bem-sucedido. • PONTO DE PUNÇÃO: Membrana mucosa na parte mesial do ramo da mandíbula, numa linha da incisura intertrágica até o canto da boca, imediatamente distal ao segundo molar maxilar. • PONTO DE REPARO: Aspecto lateral do colo condilar, logo abaixo da inserção do musculo pterigoideo lateral. • Não é uma técnica muito utilizada na pratica. • NERVOS ANESTESIADOS: -Alveolar inferior -Mentual. -Incisivo -Lingual. -Milo-hioideo. • ÁREAS ANESTESIADAS: ➢ Dentes mandibulares até a linha media. ➢ Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo mandibular. ➢ Mucoperiósteo e membrana mucosa bucais anteriores ao forame mentual. ➢ Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual). ➢ Tecidos moles e periósteo linguais (nervo lingual). • INDICADO PARA: ➢ Abertura mandibular limitada, como quando um paciente está com um abcesso ou trismo. ➢ Múltiplos procedimentos em dentes mandibulares. ➢ Incapacidade de se visualizar marcos para o BNAI (ex devido a uma língua grande). • PONTO DE PUNÇÃO: Tecidos moles sobrejacentes a borda medial (lingual) do ramo mandibular diretamente adjacente a tuberosidade maxilar, na parte alta de junção mucogengival circunvizinha ao terceiro molar maxilar. • • PONTO DE REPARO: Aspecto lateral do colo condilar, logo abaixo da inserção do músculo pterigoideo lateral. ❖ TECNICAS DE INJEÇÕES COMPLEMENTARES • Penetra-se inicialmente no tecido ósseo com uma broca. Introduz a agulha e deposita o agente anestésico no osso medular (esponjoso) entre as corticais ósseas. • É uma anestesia mais invasiva. • É injetado pequenas quantidades de anestésicos com baixa pressão no espaço do ligamento periodontal, entre o dente eo osso. • Também não e muito utilizada. • Esse tipo de anestesia é realizado no septo de dois dentes contíguos. • Anestesia alvéolo, membrana peridental e câmara pulpar. • Deposição da solução anestésicas diretamente na câmara pulpar, com fortes dores para o paciente. • Tratamento de canal, endodontia ou pulpite podem ser exemplos. • Indicada para anestesia de qualquer dente maxilar. • PONTO DE PUNÇÃO: Fundo de saco adjacente ao elemento. • REGIÃO ANESTESIADA: Mucosa vestibular e elemento em questão. • PENETRAÇÃO DA AGULHA: -Inserção da agulha curta e paralela ao longo do eixo do dente. -Até que sua ponta esteja próxima do ápice do elemento. -Bisel voltado para o osso. • PONTO DE REPARO: Ápice do dente. • É uma técnica muito utilizada em clínica odontológica. • É uma técnica que pode bloquear o nervo alveolar superior médio, posterior e anterior, nervo incisivo do elemento em questão. • Para bloqueio do nervo lingual utilizando essa técnica: Ponto de Punção- mucosa lingual próxima aos molares. Ponto de Reparo- Região subperiosteal do primeiro e segundo molar.
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