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Pigmentações e despigmentações

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A pigmentação é o acúmulo de pigmentos em 
alguns locais do organismo, esse processo pode ser 
patológico ou normal. 
Existem dois tipos de pigmentos: 
Pigmentos endógenos: derivados da 
hemoglobina (ex: pigmentos biliares, hemossiderina, 
hematoidina, hematina, pigmento malárico e pigmento 
esquistossomótico), melanina e lipofuscina. 
Pigmentos exógenos: eles entram no organismo 
por via respiratória, digestiva e cutânea (ex: sais de 
prata, derivados do carvão e tatuagem). 
 
Derivados da hemoglobina 
A hemoglobina é liberada quando ocorre a lise das 
hemácias e ela é formada pelo grupamento heme e pela 
porção globina. 
Bilirrubina 
Quando a hemoglobina libera o grupamento 
heme, sofre ação da heme-oxigenase formando a 
biliverdina, que por sua vez sofre atuação da biliverdina 
redutase, formando a bilirrubina não conjugada. 
Essa bilirrubina possui característica de ser 
lipossolúvel, e para ser transportada no sangue deve 
estar ligada à albumina. Então ela é captada pelo 
hepatócito e no fígado conjuga-se com o ácido 
glicurônico se transformando em bilirrubina conjugada, 
agora hidrossolúvel e frouxamente ligada à albumina. 
Em seguida é transportada pela membrana 
biliar e cai no intestino, onde sofre ação da flora 
residente se transformando em urobilinogênio, 
excretado pela urina e que confere sua cor e pelas 
fezes, na forma de estercobilinogênio, que confere cor 
às fezes. 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o excesso de bilirrubina 
(hiperbilirrubinemia) seja ela não conjugada ou conjugada 
resulta em seu depósito na pele, mucosas e órgãos 
internos, conferindo uma coloração amarelada que 
clinicamente chamamos de icterícia. 
✓ Aumento da formação de bilirrubina, classificada 
como pré – hepática (ex: anemias hemolíticas). 
✓ Redução da captação, conjugação e excreção, 
classificada como hepática (ex: cirrose ou doenças 
genéticas). 
✓ Obstrução extra-hepática, classificada como pós-
hepática (ex: cálculos biliares). 
 
Hemossiderina 
Também é resultado da quebra da fração heme 
da hemoglobina e esse pigmento é rico em ferro. 
Quando o ferro está em excesso no nosso 
organismo ele pode catalisar a formação de radicais 
livres e pode alterar as estruturas das proteínas e do 
DNA. 
Por esse motivo, o ferro é armazenado na 
forma de ferritina, porém quando a oferta de ferro é 
excessiva, a ferritina do citosol é incorporada aos 
 
lisossomos. As membranas desses lisossomos iram 
sofrer degradação e com isso existe a formação da 
hemossiderina, que são agregados maciços e insolúveis 
de ferro. 
O acúmulo desse pigmento nos tecidos é 
chamado de hemossiderose e ele pode ser localizado 
(traumas cutâneos) ou sistêmico (aumento de absorção 
intestinal de ferro). 
✓ Hemocromatose: é uma forma de hemossiderose 
sistêmica em que ocorre aumento de absorção 
intestinal de ferro por um defeito genético. 
 
 coloração castanha 
por toda a superfície do órgão e aspecto endurecido. 
 
Pela intensidade da hemossiderina, esse órgão pode 
estar associado a hemocromatose. 
 
Hematoidina 
É uma mistura de lipídeos e um pigmento 
semelhante à bilirrubina, mas é não contém ferro. Esse 
pigmento aparece em focos hemorrágicos, a partir da 
segunda ou terceira semana após o sangramento, 
devido a degradação das hemácias extravasadas. 
Hematina 
É caracterizado pelo contato da bilirrubina com 
um ácido, como por exemplo na hemorragia digestiva 
 
 
alta, onde existe contato da hemoglobina com o suco 
gástrico. 
Esses pigmentos também são formados em 
hemorragias por traumas cutâneos. As variações da 
coloração da lesão estão relacionadas à variações na 
predominância destes pigmentos: inicialmente 
escurecido (bilirrubina, hematina), evoluindo para 
coloração amarronzada (hemossiderina). 
Pigmento esquistossomótico 
É originado no tubo digestivo do Schistossoma 
mansoni pelo sangue ingerido do hospedeiro, no qual as 
proteases do intestino do parasita vão degradar a 
hemoglobina, formando um cristal de heme. Esse 
pigmento volta para a circulação sanguínea do 
hospedeiro e se acumula nas células de Kupffer e nos 
macrófagos do baço. 
 
Derivados da melanina 
As funções da pigmentação melânica cutânea 
são proteção contra a radiação ultravioleta B, ação 
antioxidante e absorção de calor. 
Hiperpigmentações 
✓ Esfélides: são as sardas, ou seja, manchas 
causadas pelo aumento de melanina devido a 
exposição da pele ao sol. 
✓ Nervos: são as pintas, que pode surgir por 
decorrência genética ou exposição solar. 
✓ Melanomas: é o câncer de pele mais agressivo que 
surge a partir de melanócitos que sofreram 
alterações. 
Hipopigmentações 
✓ Albinismo: uma condição genética caracterizada 
pela ausência total ou parcial de uma enzima, a 
tirosinase, envolvida na síntese de melanina. 
 
 
✓ Vitiligo: perda da coloração da pele, devido à 
diminuição ou à ausência de melanócitos nos locais 
afetados. 
Lipofuscina 
É conhecida como pigmento do envelhecimento 
e é comum em cardimiócitos e neurônios. 
Os produtos da autofagocitose das células são 
degradados por lisossomos, mas com o passar do tempo 
essa degradação começa a ser insuficiente e com isso 
o material se acumula. 
redução de tamanho 
do órgão e coloração castanha. 
 
 
 
 
 
 
 
Pigmentos exógenos 
O carvão é o pigmento mais comum de ser 
inalado e sua deposição causa a antracose. Após a 
inalação, esse pigmento é fagocitado por macrófagos 
alveolares e transportado até os linfonodos regionais. 
a antracose é 
caracterizada por manchas enegrecidas irregulares, 
principalmente nos pulmões, pleura e linfonodos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcificações patológicas 
 
 
a esquerda tem o 
parênquima tireoidiano com a coloração vinho e um 
aspecto liso. Já o outro lobo tireoidiano está muito maior 
e perdeu o aspecto regular, devido ao bócio multinodular. 
 
 
Distrófica
Existe lesão 
prévia
Não tem aumento 
de cálcio na 
circulação 
Metastática
Não há lesão 
prévia
Aumento de cálcio 
na circulação

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