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Formação Reticular. Sistemas Modulatórios de Projeção Difusa. (cap. 20) A-FORMAÇÃO RETICULAR 1.0-Concenito e Estrutura · Formação Reticular · Agregação difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes · Separados por uma rede de fibras nervosas · Ocupa a parte central do tronco encefálico · Estrutura intermediária às substâncias branca e cinzenta · Região antiga do sistema nervoso · Pertence basicamente ao tronco encefálico, se estendendo ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula · Na medula, ocupa um pouco do funículo lateral · No tronco encefálico ocupa grande área, preenchendo o que não é ocupado pelos tratos, fascículos e núcleos mais compactos · Neurônios da formação reticular tem axônios muito grandes · Emitem · Um ramo ascendente · Um ramo descendente · Estendem-se, pois, por todo tronco encefálico · Podem atingir a medula, o telencéfalo e o diencéfalo · Não é uma estrutura homogênea · Possui grupos de neurônios um pouco definidos com diferentes neurotransmissores · Destacam-se, nesses grupos, os neurônios que usam monoaminas · Noradrenalina · Serotonina · Dopamina · Observações importantes: · As monoaminas são retiradas da sinapse por recaptação (confirmar) · Isso caiu em uma prova de neurofisio · Podem também sofrer ação da MAO (monoamina oxidase) · Importante para farmaco · Esses grupos constituem os Núcleos da Formação Reticular · Os núcleos da formação reticular são os seguintes · Núcleos da Rafe · Conjunto de nove núcleos, sendo o principal o Núcleo Magno da Rafe · Ao longo da linha mediana do tronco encefálico · Contudo, o Angelo, em outro capítulo, enfatiza que ele pertence à Ponte · Neurônios ricos em Serotonina · Locus Ceruleus · Localiza-se na área de mesmo nome, no Assoalho do IV ventrículo · Estendendo-se da fóvea superior, lateralmente à eminência medial, encontra-se o Locus Ceruleus · Área ligeiramente escurecida por serem os neurônios mais ricos em noradrenalina do encéfalo · Em outro capítulo, o Angelo enfatiza essa como uma estrutura da ponte · Área Tegmentar Ventral · Parte ventral do tegmento do Mesencéfalo, medialmente à Substância Negra · Medialmente à substância negra, na minha concepção, estava a substância cinzenta central (periaquedutal), mas tudo bem. Acho que deve estar entre as duas. · Contém neurônios ricos em dopamina · Está relacionada com a sensação de recompensa 2.0-Conexões da Formação Reticular · Conexões amplas e variadas · Recebe impulsos dos Nervos Cranianos · Mantém conexões com · Cérebro · Projeta fibras para todo o córtex cerebral · Por vias talâmicas e extratalâmicas · Projeta-se também ao diencéfalo · Várias áreas do córtex cerebral, do hipotálamo e do sistema límbico enviam fibras descendentes para a formação reticular · Cerebelo · Conexões nos dois sentidos, aferentes e eferentes · Medula · Dois grupos principais ligam a formação reticular à medula · Fibras Rafe-espinhais · Relacionada com modulação da dor, acredito · Fibras dos Tratos reticuloespinhais · Pontino e bulbar · Ajustes posturais pela, respectivamente, contração/relaxamento da musculatura extensora · Motricidade axial proximal · No final do capítulo 18, o Angelo cita o Trato Reticuloespinhal com algumas funções a mais (não citadas no capítulo 14) · Fibras para a coluna lateral da medula · Composição do nervo frênico · Fibras vão para a medula onde se originam nervos toraco-abdominais que determinam a contração do diafragma · A formação reticular recebe aferências da medula por · Fibras do Trato espinorreticular · Relacionado com dor crônica, difusa, em “queimação” (fibras C) · Nervos Cranianos · Conexões com os Núcleos de Nervos Cranianos · Impulsos vem pelos nervos cranianos e ganham a formação reticular através de fibras que a ela se dirigem a partir dos seus núcleos · Informações visuais e olfatórias também ganham a formação reticular por meio de conexões teto-mesencefálicas e do feixe prosencefálico medial 3.0-Funções da Formação Reticular · As conexões da formação reticular são muito amplas · Essa estrutura influencia quase todos os setores do SNC · As principais funções são · Controle da atividade elétrica cortical (Ciclo Vigília Sono) · Controle eferente da sensibilidade e da dor · Controle da motricidade somática e postura · Controle do sistema nervoso autônomo · Controle neuroendócrino · Integração de reflexos (centro respiratório e vasomotor) Controle da Atividade Elétrica Cortical (Ciclo Vigília e Sono) · A atividade elétrica cerebral e eletroencefalograma · O córtex cerebral tem uma atividade espontânea que determina os vários níveis de consciência · Essa atividade pode ser destacada colocando-se um eletrodos na superfície do crânio · Eletroencefalograma (EEG) · Esse exame mede a média entre os potenciais pré-sinápticos excitatórios (P.P.S.E) e os potenciais pré-sinápticos inibitórios (P.P.S.I) da camada piramidal externa do córtex cerebral · Essa último tópico dos potenciais e da camada do córtex é inútil para neuroanato, mas importantíssimo para neurofisio · Os traçados elétricos na vigília (acordado) são diferentes dos traçados do animal dormindo · Potenciais da Vigília · Dessincronizados · Baixa amplitude · Alta frequência · Potenciais do Sono (no sono de ondas lentas) · Sincronizados · Ondas lentas · Baixa frequência · Alta amplitude · Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA) · Experiencia com o gato · Secções diferentes · Cérebro Isolado · Gato ficava apenas com traçado de sono (dorme para sempre) · Encéfalo Isolado · Mantém o ritmo diário normal de sono e vigília · Animal dorme e acorda · O mecanismo relacionado com esse fenômeno pertence à Formação Reticular · O animal acorda sob anestesia ligeira (EEG do sono) se a formação reticular foi ativada · Concluindo-se a existência de um sistema de fibra ascendente que tem ação ativadora sobre o córtex cerebral · Assim, nasceu o conceito de Sistema Ativador Reticular Ascendente · O SARA é composto pelo · Locus Ceruleus (fibras noradrenérgicas) · Núcleos da Rafe (fibras serotoninérgicas) · Formação Reticular da Ponte (fibras colinérgicas) · Não sei se nessa parte do livro ele se referiu ao Núcleo pedúnculo-pontino ou à formação reticular da ponta como um todo · O SARA se divide, entre o mesencéfalo e diencéfalo, em · Ramo Dorsal · Terminando no Núcleos Interlaminares do tálamo · Enviando impulsos ativadores para todo o córtex · Ramo Ventral · Dirige-se ao hipotálamo lateral · Recebe fibras histaminérgicas do Núcleo Tuberomamilar do hipotálamo posterior · Sem passar pelo tálamo, vai diretamente ao córtex, tendo ação ativadora · Lesão de cada um desses ramos causa inconsciência · A ação de ativação cortical envolve neurônios (olhar esquema em chave na página 197) · Noradrenérgicos (Locus Ceruleus) · Histaminérgicos (Núcleo Tuberomamilar) · Serotoninérgicos (Núcleos da Rafe) · Colinérgicos (Núcleo Basal de Meynert e Núcleo Pedúnculo-pontino) · A ativação cortical envolve neurônios noradrenérgicas, serotoninérgicos, histaminérgicos e colinérgicos que fazem parte dos Sistemas Modulatórios de Projeção Difusa · O conjunto dessas fibras noradrenérgicas, serotoninérgicas e colinérgicas constituem o SARA · Essas fibras que compões o SARA com as fibras histaminérgicas do hipotálamo compõe o Sistema Ativador Ascendente (SAA) de importante papel na regulação do sono e vigília O Ciclo Vigília-sono · Regulado pelos neurônios hipotalâmicos do Sistema Ativador Ascendente · A atividade pode ser medida pela taxa de disparos dos potenciais de ação · Processo · Durante o dia (vigília) são muito altos, indicando atividade cortical · O córtex recebe aferências dos núcleos talâmicos sensitivos · No final da vigília, um grupo de núcleos do hipotálamo anterior (núcleo pré-óptico ventrolateral) inibe a atividade dos neurônios monoaminérgicos do Sistema Ativador Reticular Ascendente · Desativando o córtex · Simultaneamente, o Núcleo Reticular do tálamo inibe a atividade dos núcleos talâmicos sensitivos, barrando a passagem para o córtex de impulsos das vias sensoriais · Assim, o estado de ondas lentas é iniciado · Atividade elétricado córtex é derivada a circuitos intrínsecos sem influências de informações sensoriais externas · Assim, o eletroencefalograma é sincronizado · Pouco antes de despertar, o SAA volta a disparar, cessando a inibição dos núcleos talâmicos sensitivos que era feita pelo Núcleo Reticular · Iniciando-se o novo período de vigília · O período do sono não é uniforme, 4 a 5 vezes por noite, o EEG mostra um traçado de vigília, apesar da pessoa estar dormindo e com intenso relaxamento muscular · Esta fase, é chamada Sono Paradoxal · Durante esse período, os olhos se movem rapidamente, caracterizando o REM (rapid eye movement) · Assim, existem dois tipos de sono que se alternam · Sono REM · Sono não REM · Durante o Sono REM · Consumo de oxigênio pelo cérebro é igual ou maior que no estado de vigília · Refletindo a alta atividade cortical · O indivíduo sonha e seus olhos se movem rapidamente · No Sono Não REM · O cérebro repousa · Seu consumo de oxigênio é baixo · O tônus parassimpático domina · Redução da frequência cardíaca e respiratória · Pode se pensar da seguinte forma · Sono REM · Cérebro ativo · Corpo imóvel · Sono não REM · Cérebro ocioso · Corpo móvel · O sono REM ocupa 20 a 25% do sono [Olhar tabela 20.1 do capítulo 20 (página 198 da terceira edição)] · Pesquisas sugerem que sono REM tenha papel na consolidação de memórias · Conteúdo bizarro dos sonhos é devido à ativação aleatória das áreas do córtex · Áreas límbicas são ativadas, explicando o colorido emocional de muitos sonhos · O Sono REM é gerado por Neurônios Colinérgicos · Estão na junção ponte-mesencéfalo · Compõe o Núcleo Pedúnculo-pontino · Se você se pergunta o porquê do nome, imagino eu que seja pelo pedúnculo cerebelar superior estar entre a ponte e o mesencéfalo · A destruição desse núcleo abole o sono REM · Durante o sono REM · Muitas áreas corticais estão tão ativas quanto na vigília · O córtex motor, por exemplo, só não gera movimentos pelos neurônios motores estarem inibidos · Promovendo a atonia muscular do sono REM · Algumas pessoas, particularmente idosos, perdem esse mecanismo inibitório que promove a atonia muscular do sono Rem · Transtorno comportamental do sono REM · Vítimas constantes de ferimentos por vivenciar seu sono com movimentos · DIFERENTE DE SONAMBULISMO · Sonambulismo é o transtorno do despertar parcial · Pessoas predispostas por genética e fatores endógenos desconhecidos · Acordam parcialmente durante a fase IV do sonho não REM · Num estado intermédio entre sono e vigília se levantam · Fazem coisas aleatórias · No dia seguinte acordam sem se lembrar do que ocorreu · Como no transtorno comportamental do sono REM · Sonambulismo ocorre nas primeiras horas de sono, distúrbio do sono REM ocorre na metade final do período de sono · A geração do ciclo sono vigília depende também do Núcleo Supraquiasmático do Hipotálamo · Juntamente com a pineal, sincroniza o ritmo com o claro e escuro · O sono REM é encerrado pelo Locus Ceruleus · Aumenta sua atividade na transição entre sono paradoxal e vigília, acordando o indivíduo · Me lembro disso pensando que cerúleo é a cor dos céus pela manhã (poéticahh, não é mesmo cleyson?) · As únicas aferências que funcionam durante o sono são as das fibras da bexiga (confirmar isso aqui) · Assim, mesmo no sono, as fibras originadas da bexiga, se ativadas por necessidade de urinar, ativam o Locus Ceruleus fazendo a pessoa acordar · O sono é um ciclo · Depois do estado REM, a pessoa volta ao estado de vigília · Do estado de vigília, vai par a fase I do sono não REM. · Assim, continuamente. Controle Eferente da Sensibilidade · Sistema nervoso não recebe passivamente as informações sensoriais · Capaz de modular a transmissão sensitiva por meio de fibras aferentes que agem nos núcleos relés (o que porra são núcleos relés) das grandes vias aferentes · As vias eferentes reguladoras indica como temos capacidade de selecionar, entre as diversas opções de informações sensoriais, a mais relevante · Algumas informações despertam nossa atenção, nos concentramos nelas, e diminuindo a atenção de outras · Esse fenômeno é conhecido como Atenção Seletiva · Atenção seletiva pode ocorrer junto com a Habituação · Quando deixamos de perceber estímulos que são contínuos · Por exemplo, esquecer estamos de shortinho poc no frio ou de ouvir ruídos quando estamos com o boy e também paramos de ouvir o barulho do ventilador na hora H · Se faz por um mecanismo ativo (rs) · Esse mecanismo ativo depende de fibras eferentes (ou centrífugas) capazes de modular a passagem de impulsos nervosos nas vias aferentes específicas · Controle se dá por inibição · As vias responsáveis por esse processo se originam no Córtex Cerebral e na Formação Reticular · Principalmente na formação reticular · Destacam-se, as fibras que inibem a penetração no sistema nervoso central de impulsos dolorosos · Vias da analgesia · Neurônios Serotoninérgicos dos Núcleos da Rafe · Um pouco sobre a via da analgesia do capítulo 29 (NÃO É ASSUNTO DO PRIMEIRO MÓDULO, MAS ACHO QUE ENCAIXA MAIS ESTUDAR ISSO AQUI) · Penetração de impulsos dolorosos é regulada pela substância gelatinosa na coluna posterior da medula · Portão da Dor · Esse portão é controlado por fibras descendentes supraespinhais e pelos próprios impulsos nervosos que entram pela raiz dorsal · Assim, impulsos nervosos conduzidos pelas grossas fibras mielínicas de tato (A beta) teriam efeito antagônico sobre as fibras de dor aguda (A delta) e de dor crônica (C). · As de tato fecham o portão e as de dor abem o portão · Surgiram as técnicas de estimulação transcutânea para tratar dor · Através de eletrodos na pele que estimulem as fibras táteis dos nervos periféricos ou da coluna posterior da medula · Por isso, esfregar um membro dolorido após topada alivia a dor · Existem outras áreas que modulam a dor também · A Substância Cinzenta Periaquedutal · Sua estimulação permitiu operar o abdômen de um rato sem anestesia · Núcleo Magno da Rafe também tem esse efeito · A analgesia desses casos depende uma via (Via da Analgesia) · Da substância cinzenta periaquedutal vai para os núcleos magnos da rafe · Dele, partem fibras serotoninérgicas terminando em neurônios internunciais encefalinérgicos · Esses neurônios encefalinérgicos estão na substância gelatinosa da medula e no núcleo do trato espinhal do trigêmeo · A Encefalina é inibitório (acho) inibindo a dor de passar por essas regiões · Analgésicos opioides tem, em um dos seus mecanismos, ação inibitória sobre a inibição dessas vias, permitindo a ativação dessas vias e a analgesia. Antidepressivos tricíclicos que inibem a recaptação de serotonina e das outras monoaminas tem ação analgésica também (acredito que por agir nessa via) Controle da Motricidade Somática e Postura · Formação reticular exerce ação de controladora sobre a motricidade somática · Através dos Tratos Reticulo Espinhais · Pontino · Ajustes posturais por ativação da musculatura extensora · Motricidade somática axial e proximal · Bulbar · Ajustes posturais por relaxamento da musculatura extensora · Motricidade somática axial e proximal · Recebe aferências do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral · Há evidências de que a própria formação reticular gere impulsos · De padrões de movimentos complexos e estereotipados · Como locomoção por exemplo Controle do Sistema Nervoso Autônomo · Dois centros supraespinhais mais importantes para o controle do sistema nervoso autônomo · Hipotálamo · Sistema Límbico · Os dois mandam projeções para a formação reticular · A formação reticular, por sua vez, se liga aos neurônios pré-ganglionares do SNA, exercendo controle Controle Neuroendócrino · Estímulos elétricos na formação reticular do mesencéfalo provocam liberação de ACTH e ADH · No controle hipotalâmico de liberação de vários hormônios são envolvidos mecanismos noradrenérgicos e serotoninérgicos · Envolvendo portanto a formação reticular · Já que nela se originam as fibras contendo essas monoaminas que agem no hipotálamo Integração dos Reflexos. Centros Respiratório e Vasomotor· Na formação reticular há muitos centros que, se estimuladas, resultam em respostas motoras estereotipadas · Essas respostas são características de fenômenos como vômito, deglutição, locomoção, mastigação, movimentos oculares e alterações respiratórias e vasomotoras · Esses centros contém neurônios geradores de padrões de atividade motora estereotipada (pattern generators) · Podem ter sua atividade iniciada por meio de estímulos químicos, comandos centrais (hipotalâmicos e corticais) ou por aferências sensoriais · No caso de aferências sensoriais, funcionam como integradores de reflexos · Nos quais, impulsos aferentes originam sequências motoras complicadas · Envolvendo núcleos e áreas diversas · Um exemplo é o reflexo do vômito · Envolvendo aferências vagais pelo trato solitário · Eferências pelo trato reticuloespinhal e pelo vago · Centro do vômito se localiza na formação reticular do bulbo, próximo ao núcleo do trato solitário, se estendendo ate a parte inferior da ponte · Nessa parte inferior da ponte, se situa o Centro da Deglutição · Na formação reticular da ponte, perto do abducente está o Núcleo Parabducente · Centro controlador dos movimentos conjugados do olho no sentido horizontal · Na formação reticular do mesencéfalo, se localiza o Centro Locomotor · No homem esse centro age com os centros locomotores da coluna · A mastigação · Controlada por neurônios da formação reticular adjacente aos núcleos · Motores do trigêmeo · Controlando a mandíbula · Facial · Controlando os lábios · Hipoglosso · Controlando a língua · Estes neurônios coordenam também a respiração · Recebem retroalimentação sensorial do trato solitário (gustação) e dos núcleo do trigêmeo para textura e temperatura dos alimentos e posição da mandíbula · Neurônios geradores de padrões de atividade motora estereotipada ao redor do núcleo motor facial coordenam a mímica características de situações como sorriso e choro · Portanto, é difícil produzir essas expressões voluntariamente · Assim como a medula, formação reticular também tem neurônios que coordenam reflexões e padrões motores estereotipados · Esses padrões motores vão se tornando mais complexões sob o controle voluntário do córtex cerebral · Alguém ainda aguenta esse capítulo pqp · Os centros respiratório e vasomotor controlam o ritmo cardíaco, o ritmo respiratório e pressão arterial · Centros vitais · Estão no bulbo e, por isso, lesões no bulbo são fatais · Diferem dos demais centros por agirem como Osciladores · Atividade rítmica espontânea sincronizada · Centro vasomotor com a ritmo cardíaco · Centro respiratório com o ritmo respiratório · Essa atividade rítmica e endógena · Ou seja, independe de aferências sensoriais Controle da Respiração: Centro Respiratório · Informações sobre o grau de distensão dos alvéolos pulmonares são constantemente levadas ao núcleo do trato solitário pelas fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago · Esse impulsos passam ao Centro Respiratórios · Na formação reticular do bulbo · Apresenta · Parte dorsal · Controla a inspiração · Parte Ventral · Regula a expiração · Regula apenas, já que a expiração é um processo passivo · Alguns autores consideram a parte ventral como pertencendo ao Centro Pneumotáxico na Ponte, que transmite impulsos inibitórios para a parte inspiratória do centro respiratório pontino · Aprendemos em fisio o nome desses núcleos, se alguém quiser me enviar para eu completar o esquema aqui depois, pago com um oral chocolate · Do centro respiratório, saem fibras reticuloespinhais que fazem sinapse com os neurônios motores da porção cervical e torácica da coluna · Da medula cervical, origina-se o nervo frênico que vai inervar o diafragma · Da medula torácica, originam-se as fibras que inervam os intercostais · Essas vias são importantes para a manutenção reflexa e automática dos movimentos respiratórios · No centro respiratório, existem neurônios que disparam automaticamente, independentemente de aferências · Os neurônios motores do nervo frênico e dos nervos intercostais recebem fibras do corticoespinhal, permitindo controle voluntário da respiração · O centro respiratório está sob influência do hipotálamo (assim como todo o SNA está sob influência dele) · Modificações respiratórias em situações emocionais · Aumento do teor de CO2 tem efeito direto sobre o centro respiratório que recebe impulsos diretos do Corpo Carotídeo · Os quimiorreceptores do corpo carotídeo · São sensíveis a variações do teor do oxigênio do sangue, · Originando impulsos que chegam ao centro respiratório · Por fibras do Glossofaríngeo · Após sinapse no Trato Solitário Controle Vasomotor: Centro Vasomotor · Coordena os mecanismos que regulam o calibre vascular · A pressão arterial depende do calibre vascular · O ritmo cardíaco é influenciado por isso também · As informações chegam através dos barorreceptores localizados no Seio Carotídeo · Trazidas por fibras aferentes viscerais gerais do Vago · O ANGELO MACHADOHH no capítulo 11 diz que quem inerva o seio carotídeo é o glossofaríngeo · Segundo a internet, ele é inervado pelo vago e pelo glossofaríngeo · IAI?! COMO É QUE FICA?! · As aferências chegam no Núcleo do Trato Solitário · Do trato solitário vão para o vasomotor · Do vasomotor, saem fibras pré-ganglionares do núcleo dorsal do vago, resultando em impulsos parassimpáticos · Também saem fibras pré-ganglionares do nervo da coluna lateral da medula, resultando em impulsos simpáticos · Mecanorreceptores do coração e quimiorreceptores da aorta são importante na regulação da pressão arterial · O centro vasomotor está sob o controle do hipotálamo · Por isso, ocorre aumento de pressão em situações emocionais · Ou até mesmo antecipadamente a uma situação de estresse 4.0-Correlações Anatomoclínicas · O Córtex Cerebral, apesar de sua alta hierarquia no Sistema Nervoso, não funciona sozinho · Precisa receber impulsos ativadores · Da Formação Reticular · Do hipotálamo · Processos patológicos que comprimem o mesencéfalo (como hérnia de úncus) gera perda da consciência (coma) · Devido à lesão na formação reticular · Interrupção do SARA · Em geral, são processos que se desenvolvem abaixo da tenda do cerebelo, infratentoriais · Contudo, tumores ou hematomas podem levar ao aumento de pressão na cavidade supratentorial, causando hérnia de úncus · P úncus se insinua entre a incisura da tenda e o mesencéfalo, comprimindo-o, gerando coma · Comprometimento generalizado do córtex cerebral também pode gerar coma · É difícil na clínica saber se o coma é por um processo cortical generalizado ou por um problema no tronco encefálico · O jeito é avaliar os nervos cranianos, especialmente os relacionados com motricidade ocular · Se estiverem lesados, o problema é do tronco encefálico · A análise permite, em certo grau, analisar onde foi lesado · Quadro de coma, com disfunção do tronco encefálico, representa risco iminente de vida B-Sistemas Modulatórios de Projeção Difusa 1.0-Aspectos Gerais · Monoaminas produzidas a partir da descarboxilação de aminoácidos · As monoaminas mais importantes são · Noradrenalina · Serotonina · Dopamina · Histamina · Neurônios monoaminérgicos tem conexões muito amplas, sem estar relacionados diretamente a funções sensoriais ou mortas · Monoaminérgicos tem funções regulatórias, modulando · Modular é alterar a excitabilidade de sistemas neuronais no encéfalo · Esses neurônios Modulatórios possuem uma rede extremamente ramificada de terminais com dilatações chamadas varicosidades · Um neurônios monoaminérgicos além de liberarem seus neurotransmissores em sinapses podem liberar no espaço extracelular, aumentando a difusão desses neurotransmissores · Assim, apesar do número de neurônios monoaminérgicos ser pequeno, seus terminais se distribuem por todo o SNC e, por isso, são chamados de Neurônios de Projeção Difusa · O conjunto de neurônios monoaminérgicos de certa monoamina constitui o sistema modulatório de projeção difusa dessa monoamina · No sistema nervoso central dos vertebrados, existem os seguintes sistemas Modulatórios Monoaminérgicos· Dopaminérgicos · Noradrenérgicos · Adrenérgicos · Serotoninérgicos · Histaminérgicos · Existem no sistema nervoso central de neurônios monoaminérgicos sem projeção difusa, como os dopaminérgicos que ligam a substância negra ao corpo estriado · Embora a Acetilcolina não seja uma monoamina, existem no encéfalo fibras colinérgicas modulatórias de projeção difusa que serão vistas a seguir · Apesar de se estenderem a todo SNC, os neurônios monoaminérgicos se encontram em pequenas áreas do tronco encefálico (especialmente na formação reticular) e do hipotálamo 2.0-Neurônios e Vias Serotoninérgicas · Maior parte no tronco encefálico, nos nove Núcleos da Rafe · Esses núcleos se estendem da linha média do bulbo ao mesencéfalo · Principalmente na Ponte · Principal núcleo é o Núcleo Magno da Rafe · Os núcleos superiores emitem fibras de trajeto ascendente, projetando-se para quase todas as estruturas do Prosencéfalo · Córtex Cerebral · Hipotálamo · Sistema Límbico · Funções · Ciclo vigília-sono · Ativação cortical durante a vigília por fazer parte do SARA · Regulação do ciclo vigília sono · Comportamentos motivacionais e emocionais · Controle afetivo · Digestão · Termorregulação · Comportamento sexual · Tônus motor · Fibras rafe-espinhais · Do núcleo magno da rafe · Ganham a substância gelatinosa da medula · Inibem a entrada de impulsos dolorosos, fazendo parte das vias de analgesia 3.0-Neurônios e Vias Noradrenérgicas · Maioria está distribuída nos núcleos da formação reticular do bulbo e da ponte · O núcleo mais importante é o Locus Ceruleus · Assoalho do IV ventrículo, lateralmente a eminência mediana, acima da fóvea superior · São levemente corados · Projeção desses núcleo atingem praticamente todo o sistema nervoso central · Funções · Regulação do alerta · Atenção Seletiva · Vigília (faz acordar e faz parte de manter em vigília também) · Aprendizado · Memória · Regulação do humor e da ansiedade · São ativados por estímulos sensoriais novos e inesperados oriundos do ambiente · Em casos de eventos estressantes, participam do alerta geral do encéfalo, aumentando a capacidade cerebral de responder a estímulos e sua eficiência · Encontram-se menos ativos durante os repouso e as refeições 4.0-Neurônios e Vias Adrenérgicas · Misturados aos neurônios noradrenérgicos do bulbo · Existem também os neurônios adrenérgicos do tronco encefálico que se projetam para a coluna lateral da medula, modulando a atividade vasomotora por meio sistema simpático · Outros projetam-se para o hipotálamo, fazendo controle da atividade cardiovascular 5.0-Neurônios e Vias Dopaminérgicas · Maioria se localiza no mesencéfalo em duas regiões · Área Tegmentar Ventral · Pertencente à formação reticular mesencefálica · Origina a via dopaminérgica mesolímbica · Se projeta para o Núcleo Accumbens, núcleos do septo e córtex pré-frontal · Integrantes do sistema de recompensa ou de prazer só cérebro · Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia · Sintomas psíquicos resultam da transmissão dopaminérgica para o sistema límbico e o córtex pré-frontal · Hiperatividade na via dopaminérgica mesolímbica · Administração de drogas que bloqueiam os receptores dopaminérgicos tem efeitos benéficos sobre a doença · Contudo essas drogas provocam parkinsonismo farmacológico por afetarem também a via dopaminérgica da substância negra relacionada com controle motor · Substância negra · Entre a base e o tegmento dos pedúnculos cerebrais do mesencéfalo · Origina a via nigroestriatal, terminando no corpo estriado e recebe a estrionigral · Importante no controle da atividade motora · As vias dopaminérgicas, diferentemente das já estudadas, tem projeção restrita e localizada · Além das regiões já descritas, existem neurônios dopaminérgicos de distribuição mais restrita em várias partes do encéfalo, envolvido em regulação endócrina (inibindo a produção de prolactina, por exemplo) e autonômica 6.0-Neurônios e Vias Histaminérgicas · Localizam-se no Núcleo Tuberomamilar do Hipotálamo · Projetam-se para todo o córtex por via extratalâmicas · Junto com os serotoninérgicos, noradrenérgicos e colinérgicos, fazem parte do SAA (sistema ativador ascendente · Responsável pela vigília · Presença de neurônios histaminérgicos no SAA explica o fato de medicamentos anti-histamínicos de primeira geração causarem sono como efeito colateral 7.0-Neurônios e Vias Colinérgicas · Sistema Modulatório Colinérgico tem dois componentes · Núcleo Pedúnculo-pontino · Na junção da ponte com o mesencéfalo · Responsável pelo sono em REM e pela atonia muscular do sono em REM · Núcleo Basal de Meynert · Na base do Prosencéfalo · Tem outros componentes nessa região também, mas o principal é este · Projeções colinérgi cas para o encéfalo · Integra o SAA (sistema ativador ascendente) · Lesão desse núcleo e redução das fibras colinérgicas teria papel importante no Alzheimer, mas fato não confirmado por haver várias fibras lesadas no Alzheimer 8.0-Sistemas Modulatórios e Psicofarmacologia · Drogas Que interferem no metabolismo de monoaminas tem papel importante na psicofarmacologia · Fluoxetina, inibidor de recaptação de serotonina usado como antidepressivo · Alucinógenos, cujo droga inicial é o LSD, têm efeitos comportamentais com aumento da percepção sensorial e alucinações múltiplas, atuam no sistema serotoninérgico · Drogas estimulantes como cocaína e anfetaminas agem sobre os sistemas noradrenérgico e dopaminérgico, bloqueando a recaptação dessas monoaminas, aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica Pedro Rigo Medicina 155 UFMG
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