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FORMAÇÃO RETICULAR- ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA Resumo do Machado + aula É uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosa que ocupa a parte central do tronco encefálico De certo modo, a formação reticular está entre a substancia cinzenta e branca Pertence basicamente ao tronco encefálico, mas chega até o diencéfalo e aos níveis mais altos da medula –ocupa uma pequena área do funículo lateral No tronco encefálico, ocupa uma grande área, preenchendo toda o espaço que não tem tratos,fascículos ou núcleos Muitos dos axônios pertencentes à formação reticular se bifurcam dando um ramo ascendente e outro ascendente , que se estendem ao longo de todo o tronco encefálico, podendo atingir a medula, o diencéfalo e o telencefalo Localizada entre o diecefalo caudal e medula espinhal Começa na porção caudal do bulbo, vai ate o mesencéfalo e tálamo e subtalamo- diencéfalo Ocupa posição central, através de 3 colunas Rede de dendritos e axônios justapostos Aferências e eferências- se conecta e faz conexão com- o córtex cerebral, cerebelo, medula espinhal, TE Extremamente organizada Varias conexões multisinápticas bem conhecidas Ao lado dos núcleos medianos temos o núcleos paramedianos. Ao lado dos núcleos paramedianos temos os mediais. Mais lateralmente, temos os núcleos laterais Varias funções: Viscerais, motora somática, somatossensitiva- percepção de dor pode ser modulada , Sono-vigília É organizada em áreas nucleares. Não é uma estrutura homogênea, nem do de sua arquitetura nem bioquimicamente falando , possuindo grupos, mais ou menos definidos, de acordo com o tipo de neurotransmissores: Núcleos da Rafe: Conjunto de 9 núcleos O mais importante é o núcleo magno da Rafe Se encontra ao longo da linha mediana em toda a extensão do tronco encefálico Contêm neurônios ricos em serotonina Locus Ceruleus: Esta na área de mesmo nome, no assoalho do IV ventrículo Tem neurônios ricos em noradrenalina Área tegmentar ventral: Está na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medialmente à substancia negra Contém neurônios ricos em dopamina CONEXÃO DA FORMAÇÃO RETICULAR: A formação reticular possui conexões amplas e variadas Além de receber impulsos provenientes dos nervos cranianos, ela mantem relações nos dois sentidos com o cérebro, cerebelo e medula CONEXÕES COM O CÉREBRO: A formação reticular projeta suas fibras para o córtex cerebral pela via talâmica e extratalâmica Projeta-se também para ares do diencéfalo Áreas do córtex, do hipotálamo e do sistema límbico enviam fibras descendentes para a formação reticular CONEXÕES COM O CEREBELO: Existem conexões nos dois sentidos entre o cerebelo e formação reticular CONEXÕES COM A MEDULA: 2 grupos principais ligam a formação reticular à medula: fibras rafe-espinhais e as que constituem os tratos reticuloespinhais A formação reticular recebe informação proveniente da medula por meio das fibras espinorreticulares FUNÇÕES DA FORMAÇÃO RETICULAR: Influencia quase todos os setores do SNC : A) CONTROLE DA ATIVIDADE ELÉTRICA CORTICAL/ VIGÍLIA E SONO: Córtex tem atividade elétrica espontânea, que determina os vários níveis de consciência Sono e vigília dependem de mecanismos localizados no tronco encefálico. Esses mecanismos envolvem a formação reticular Em vigília: traçado elétrico é dessincronizado. Ondas de baixa amplitude e alta frequência No sono: traçado é sincronizado. Ondas de alta amplitude e baixa frequência (lentas) O eletroencefalograma é um exame que permite a analise da atividade cortical, além de permitir pesquisas sobre a vigília e o sono SARA (Sistema Ativador Reticular Ascendente): Na formação reticular existe um sistema de fibras ascendentes que têm uma ação ativadora sobre o córtex cerebral = SARA. É constituído por fibras noradrenérgicas (do locus ceruleus), serotoninérgicas dos núcleos do Rafe e colinérgicas da formação reticular da ponte. Figura 1 esse é o SARA. Na transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo, o SARA se divide em ramo dorsal e ramo ventral. O ramo dorsal termina no tálamo (núcleos intralaminares) – projeta impulsos ativadores para todo o córtex. O ramo ventral se dirige para o hipotálamo lateral e recebe as fibras histaminérgicas do núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior e, sem passar pelo tálamo, este ramo se dirige diretamente para o córtex, tendo ação ativadora lá. A lesão de cada um desses ramos causa inconsciência A ativação cortical envolve neurônios noradrenérgicos, serotoninérgicos, histaminérgicos e colinérgicos – fazem parte dos sistemas modulatórios de projeção difusa Sistema Ativador Ascendente= conjunto das fibras que formam o SARA + fibras ativadoras histaminérgicas do hipotálamo. Tem papel central na regulação da vigília e do sono O ciclo de vigília e sono é regulado por neurônios hipotalâmicos pelo sistema ativados ascendente. A atividade de seus neurônios pode ser medida pela quantidade de disparos de potencias de ação. Durante o dia essa taxa é muito alta, indicando que está ativando o córtex – geralmente recebe aferencias dos núcleos talâmicos sensitivos Em momentos antes de dormir, final da vigília, um grupo de neurônios do hipotálamo anterior (núcleo pré-óptico ventrolateral) inibe a atividade dos neurônios monoaminérgicos do Sistema Ativador Ascendente, desativando o córtex Simultaneamente, o núcleo reticular do tálamo inibe a atividade dos núcleos talâmicos sensitivos, barrando os impulsos originados nas vias sensoriais de irem para o córtex. Inicia-se assim o estado de sono de ondas lentas Sono de ondas lentas: a atividade elétrica do córtex é devida a circuitos intrínsecos sem influencia de informações sensoriais externas e o eletroencefalograma é sincronizado. Pouco antes de despertar, os neurônios do sistema ativador ascendente voltam a disparar cessa a inibição dos núcleos talâmicos sensitivos pelo núcleo reticular inicio de um novo período de vigília O período de sono não é uniforme, esse ciclo começa, é interrompido e recomeça algumas vezes por noite Sono REM: durante essa fase, os olhos se movem rapidamente. O consumo de oxiegnio pelo cérebro é maior ou igual do que em estado de vigília, refletindo a atividade cortical. É o momento em que acontecem os sonhos e consolidação da memória. “ é um cérebro ativo em um corpo imóvel “ O conteúdo bizarro de alguns sonhos pode ser decorrente da ativação aleatória das áreas do córtex Gerado por neurônios colinérgicos da formação reticular da junção ponte-mesencéfalo (núcleo pedúnculo- pontino) Muitas áreas corticais estão ativas, como na vigília, inclusive o córtex motor ele só não gera movimentos em todo o corpo porque seus neurônios estão inibidos, gerando atonia Essa atonia é gerada por vias colinérgicas descendentes dos neurônios do núcleo pedúnculo-pontino Algumas pessoas, principalmente idosos, perdem o mecanismo inibitório que promove a atonia muscular do sono REM. Essas pessoas são vitimas constantes de ferimentos por vivenciar seus sonhos com movimentos É encerrado por neurônios do locus ceruleus ele aumenta sua atividade entre a transição do sono paradoxal e a vigília. São os neurônios do despertar Sono não-REM: é o sono de ondas lentas. É dividido em 4 fases. É o momento em que o cérebro repousa, com um baixo consumo de oxigênio e predomina-se o tônus parassimpático, com redução de frequência cardíaca e respiratória. “é um cérebro ocioso em um corpo móvel” A geração do ritmo de vigília e sono também dependem do núcleo supraquiasma´tico do hipotálamo, que junto com a glândula pineal, sincroniza esse ritmo com o de claro e escuro B) CONTROLEEFERENTE DA SENSIBILIDADE: Sistema nervoso não recebe passivamente as informações sensoriais. Ele é capaz de modular a transmissão das informações através de fibras eferentes que agem principalmente sobre os núcleos relés existentes nas grandes vias aferentes A presença de vias eferentes da sensibilidade explica a capacidade que temos de selecionar as informações sensoriais mais relevantes e que despertam nossa atenção, diminuindo em algumas e concentrando-se em outras atenção seletiva A atenção seletiva pode acontecer simultaneamente à habituação = quando deixamos de perceber estímulos apresentados continuamente. Isso se faz por um mecanismo ativo, envolvendo fibras eferentes ou centrifugas, capazes de modular a passagem dos impulsos nervosos nas vias aferentes especificas O controle da sensibilidade pelo SNC ocorre geralmente por inibição e as vias responsáveis pelo processo originam-se no córtex cerebral e principalmente, na formação reticular As que se destacam são as vias chamadas de vias de analgesia, as quais inibem, no SNC, a penetração de impulsos dolorosos C) CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA E POSTURA: Formação reticular exerce ação controladora sobre a motricidade somática, através dos tratos reticuloespinhais pontinho e bulbar Esses tratos são importantes para a manutenção da postura e da motricidade voluntaria da musculatura axial e apendiculares proximais Para suas funções motoras, a formação reticular recebe aferencias do cerebelo e de áreas motoras do córtex cerebral Há evidencias que os tratos reticuloespinhais veiculam também comandos motores descendentes, gerados na própria formação reticular e relacionados com alguns padrões complexos e estereotipados de movimento, como o da locomoção D) CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: Sistema límbico e hipotálamo (principais centros supraespinhais para o controle autônomo) têm projeções para a formação reticular ela se liga aos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo principal mecanismo de controle da formação reticular sobre esse sistema E) CONTROLE NEUROENDÓCRINO: Estímulos elétricos da formação reticular do mesencéfalo causam a liberação de ACTH e de ADH No controle hipotalâmico de liberação de hormônios adeno-hipofisiários estão envolvidos mecanismos noradrenérgicos e serotoninérgicos envolve a formação reticular F) INTEGRAÇÃO DE REFLEXOS, CENTROS RESPIRATÓRIO E VASOMOTOR: Na formação reticular existem vários centros que, ao serem estimulados eletricamente, desencadeiam respostas motoras estereotipadas, características de fenômenos como vômitos, deglutição, locomoção, mastigação, movimentos oculares, alterações respiratórias e vasomotoras Esses centros contêm neurônios geradores de padrões de atividades motoras estereotipadas e podem ter sua atividade começada ou alterada por estímulos químicos, comandos centrais (corticais ou hipotalâmicos) ou por aferencias sensoriais Se forem ativados por aferencias sensoriais, funcionam como centros integradores de reflexos em que os impulsos aferentes dão origem a sequencias motoras complicadas, cuja execução envolve áreas e núcleos diferentes e as vezes distantes do SNC. Um exemplo desse tipo de reflexo é o vomito. Os neurônios geradores de padrões de atividade motora estereotipada ao redor do núcleo motor facial coordenam a mimica característica de situações emocionais, como sorriso e choro – difíceis de serem feitos voluntariamente A formação reticular do tronco também contém grupos de neurônios que coordenam reflexos e padrões motores estereotipados que podem se tornar mais complexos sob o controle voluntário do córtex cerebral Centro respiratório e centro vasomotor: controlam o ritmo respiratório, ritmo cardíaco e pressão arterial . estão presentes no bulbo. Essa atividade rítmica é endógena, ou seja, independe das aferencias sensoriais Controle da respiração: Informações sobre o grau de distensão dos alvéolos são levados para os núcleos do trato solitário pelas fibras aferentes do nervo vago. Daí, os impulsos passam para o centro respiratório O centro respiratório se encontra na formação reticular do bulbo e tem uma porção dorsal (controla a inspiração) e uma ventral (controla a expiração) No centro respiratório, temos neurônios que geram impulsos motores mesmo sem aferencias Do centro, saem fibras reticuloespinhais e que fazem sinapse com os neurônios motores da parte cervical e torácica da medula- inervam o diafragma e os músculos intercostais. Esses neurônios associados aos músculos também recebem fibras do trato corticoespinhal, permitindo movimentos voluntários da respiração O centro respiratório sofre bastante influencia do hipotálamo – questões emocionais- e do corpo carotídeo –detecta alterações no teor de CO2 Controle vasomotor: O centro vasomotor esta situado na formação reticular do bulbo Coordena os mecanismos que regulam o calibre vascular influencia na pressão e no ritmo cardíaco Informações sobre a PA chegam no trato solitário a partir de barorreceptores, localizados principalmente no seio carotídeo, trazidas pelas fibras aferentes do nervo vago. A partir do núcleo do trato solitário, as fibras vão para o centro vasomotor, de onde saem fibras para os neurônios pré-ganglionares do nervo vago (gerando impulsos parassimpáticos) e fibras reticuloespinhais para a coluna lateral da ME (resultando em impulsos simpáticos) O centro vasomotor também está sob controle do hipotálamo CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS: O córtex é incapaz de funcionar por si só de forma consciente precisa dos estímulos da formação reticular do tronco encefálico e do hipotálamo Processos patológicos que comprimem o mesencéfalo ou sua transição para o diencéfalo quase sempre levam à uma perda total da consciência = coma Isso se deve à lesão da formação reticular, com interrupção do sistema ativador reticular ascendente Geralmente , os processos que levam ao coma são de origem infratentoriais (abaixo da tenda do cerebelo)ou tumores que levam a uma compressão do mesencéfalo Uma das dificuldades dos médicos é de se saber se o coma foi gerado por um envolvimento generalizado do córtex cerebral ou decorre primariamente de um processo localizado no tronco encefálico. Se for de origem no tronco encefálico, há o comprometimento dos nervos cranianos e a avaliação deles, principalmente os relacionados com a motricidade ocular, ajuda a reconhecer em que nível o tronco foi lesado Coma com disfunção do tronco encefálico indica risco iminente de vida SISTEMAS MODULATÓRIOS DE PROJEÇÃO DIFUSA: Os neurônios monoaminérgicos têm conexões muito amplas, não estando relacionados diretamente a funções sensoriais ou motoras, mas têm atividades regulatórias, modulando/modificando a excitabilidade de sistemas neuronais do encéfalo Os neurônios monoaminérgicos podem liberar os neurotransmissores nas sinapses e no espaço extracelular fora delas, aumentando a difusão deles. Além disso, esses neurônios fazem conexões com muitos outros. Por esses motivos, eles são chamados de neurônios de projeção difusa . Os sistemas modulatórios conhecidos hoje são: dopaminérgicos, noradrenérgicos, adrenérgicos, serotoninérgicos e histaminérgicos NEURÔNIOS E VIAS SEROTONINÉRGICAS: A maioria deles se encontra na formação reticular, nos 9 núcleos da Rafe Situam-se na linha média, indo do bulbo até o mesencéfalo Os axônios originados de núcleos dos níveis mais altos têm trajeto ascendente, projetando-se para quase todo o prosencéfalo, incluindo o córtex, o sistema límbico e o hipotálamo Participam da regulação do ciclo de vigília-sono, de comportamentos motivacionais e emocionais Participa do controle afetivo, digestão, termorregulação, comportamento sexual, tônus muscular Promove ativação corticaldurante a vigília , como parte do SARA As fibras rafe-espinhais, quando chegam na substancia gelatinosa da medula, inibem a entrada de impulsos dolorosos faz parte das vias analgésicas NEURÔNIOS E VIAS NORADRENÉRGICAS: Estão em vários núcleos da formação reticular do bulbo e ponte Locus ceruleus é o mais importante. Está no assoalho do IV ventrículo As projeções desse núcleo atingem praticamente todo o SNC, inclusive todo o córtex cerebral. Ele é responsável pelo sono paradoxal (sono REM) Regulação do alerta, da atenção seletiva, da vigília, aprendizado e memoria Regulação do humor e ansiedade Especialmente ativados por estímulos sensoriais novos e inesperados, oriundos do ambiente Em casos de eventos estressantes, participam do alerta geral do encéfalo, aumentando a capacidade cerebral de responder a estímulos e sua eficiência Encontram-se menos ativos nas atividades calmas, como no repouso e durante as refeições NEURÔNIOS E VIAS ADRENÉRGICAS: Encontram-se misturados aos noradrenérgicos do bulbo Também estão no tronco encefálico, se projetando para a coluna lateral da medula, modulando a atividade vasomotora por meio do sistema simpático Outros se projetam para o hipotálamo, participando do controle cardiovascular NEURÔNIOS E VIAS DOPAMINÉRGICAS: A maioria está no mesencéfalo, na área tegmentar ventral (pertencente à formação reticular) e na substancia negra (daí surge a via nigroestriatal, terminando no corpo estriado – é muito importante para o controle da atividade motora) Na área tegmentar ventral, origina-se a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta para o núcleo accubens, núcleos do septo e córtex pré-frontal, integrantes do sistema de recompensa e de prazer do cérebro . quando fazemos algo que nos dá satisfação, liberamos dopamina Alguns estudos mostram que os sintomas da Esquizofrenia resultam de alterações na transmissão dopaminérgica para o sistema límbico e o córtex pré-frontal haveria uma hiperatividade da via mesolimbica, comprovando o fato de que medicamentos que bloqueiam os receptores de dopamina trazem efeitos benéficos sobre a doença Essas vias têm distribuição bem mais restrita e localizada Temos uma distribuição restrita em varias áreas do encéfalo, como no hipotálamo, que está envolvido na regulação endócrina e autonômica NEURÔNIOS E VIAS HISTAMINÉRGICAS: Localizam-se no núcleo tuberomamilar do hipotálamo Projetam-se para todo o córtex por via extratalamica Junto com as fibras serotoninérgicas e noradrenérgicas forma o Sistema Ativador Ascendente vigília Por isso, por eles participarem desse sistema, os medicamentos anti-histamínicos causam sono como efeito colateral NEURÔNIOS E VIAS COLINÉRGICAS: Tem dois componentes, um que está na formação reticular da junção ponte-mesencéfalo (núcleo pedúnculo-pontino) e o outro que está no prosencéfalo basal O núcleo do pedúnculo-pontino é responsável pelo sono REM e pela atonia muscular durante esse sono O principal componente do prosencéfalo basal é o núcleos basal de Meynert, que provê grande parte das projeções colinérgicas para o encéfalo – é um dos componentes do sistema ativador ascendente Diferente dos sistemas noradrenergicos, histaminérgico e serotoninérgico , as vias colinérgicas são indiretas SISTEMAS MODULATÓRIOS E PSIQUICOFARMACOLOGIA: Fluoxetina é um inibidor da captação da serotonina, usado como antidepressivo Alucinógenos, principalmente o LSD, aumentam a percepção sensorial e geram alucinações múltiplas, pois atuam sobre o sistema serotoninérgico Cocaína e anfetamina exercem seu efeito atuando sobre os sistemas noradrenérgico e dopaminérgico, bloquenaod a receptação dessas monoaminas pela membrana pre-sináptica ,o que disponibiliza-as na fenda sináptica ANOTAÇÕES DA AULA: O trato reticuloespinhal controla a postura Sistema de dopamina + serotonina + .... Córtex é mantido de forma continua pelo sistema ativador reticular ascendente . É uma área que funciona de forma tonica/continua, esta sempre ativa, mantendo o cérebro a todo momento ativado. Porem ela sofre modulações, tornando-o mais inibido ou mais ativado Vigília = mais ativado Sono= mais inativado Para ter coma, temos que ter lesão nos dois hemisférios cerebrais Para classificar o paciente em coma, usamos algumas escalas, como a Glasgow Estado vegetativo persistente: individuo está acordado, mas esvaziado de suas funções cognitivas, incapaz de estabelecer qualquer com outrem. Seu organismo segue o cilco circadianao, acordando pela manha e fechando os olhos durante a noite. A substancia cinzenta periaquedutal se encontra ao redor do Aqueduto cerebral e está participando da regulação da dor, fazendo parte da via de analgesia Padrão compatível com o sono(ondas sincronizáveis): diminuição da atividade cortical, sendo representada pelo aumento da amplitude e diminuição da frequência da onda Sistema Ativador Reticular Ascendente- SONO: Os comportamentos típicos do sono são: Atividade motora reduzida Respostas estimuladas diminuídas Posturas estereotipadas Reversibilidade relativamente fácil No sono, temos ondas sincronizadas (alta almplitude e baixa frequência), caracterizando a baixa atividade cortical. Quando estamos em vigília, entramos em ondas dessincronizadas (diminuição da amplitude e aumento da frequência ) É um padrão alterado da nossa consciência, essencial para nós. No sono, temos duas fases: sono REM e sono não-REM Sono não-REM tem 4 etapas: 1- Sonolência: padrão muda pouco em relação a vigília, responsividade em relação ao ambiente começa a diminuir, padrão motor estereotipado já começa a aparecer 2- Sono leve: amplitude começa a ficar mais visível. Agora entramos na fase de ondas lentas, indo para a fase 3 3- Moderadamente profundo: amplitude começa a aumentar bastante, indo para a próxima fase 4- Sono profundo propriamente dito A fase das ondas lentas é o momento mais profundo do sono, em que o individuo tem hipotonicidade profunda da musculatura, menor responsividade ao ambiente. O parassimpático começa a predominar, individuo começa a entrar em mióse (pupila começa a ficar contraída), é quando ocorre ereção (peniana e clitoriana, por conta da predominância do parassimpático). Depois desse momento, o individuo passa para a fase de sono REM- mantém esse comportamento, adicionando outros. Sono REM: manutenção do comportamento de sono profundo (hipotonia, baixa responsividade ao meio ambiente – inclusive a temperatura do corpo fica próxima à do ambiente). Mas, é a fase do sono em que o padrão de comportamento elétrico e metabólico de alguns neurônios se assemelha com as de vigília, enquanto que as a função motora se assemelha ao sono profundo. Movimento rápido dos olhos. É nele que sonhamos . Devido a essa contradição, ele é chamado de Sono Paradoxal Todas essas fases do sono acontecem várias vezes durante à noite. No inicio da noite, a fase não- REM tende a ser mais longa e a REM mais curta. No final da noite, essa situação se inverte No momento em que sonhamos, o lobo occipital fica ativado. Sonhamos porque estamos trabalhando com memórias. Os músculos que ficam ativados são os do diafragma e os do bulbo ocular O SARA é formado por múltiplas conexões de diferentes naturezas De acordo com o horário do dia, temos áreas que modulam a atividade do SARA, tornando-o mais ou menos inibido Outros estímulos também são capazes de modulá-la Todos os sistemas mencionados lá em cima, quando inibidos, impedem o sono REM. O sistema histaminérgico, quando bloqueado, inibe o sono não-REM quando tomamos um anti-histaminico, dormimos, mas não descansamos, não nos reparamos (conferir se é isso mesmo) Se anestesiarmosa via auditiva, estivermos dormindo e colocarem um som alto, por exemplo, acordamos (porque ativamos o SARA) mas não ouvimos o som (acordamos mas não sabemos o porquê) PARTE DE JANEUSA- NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: Estímulos diversos nos levam a despertar do sono Quando temos integridade da formação reticular, somos capazes de acordar, por circunstancias e estímulos diversos Mas, se temos uma lesão direta da formação reticular do tronco encefálico, o paciente entra em coma. Mas se a lesão acontece no hemisfério cerebral, para se ter coma, ela tem que acontecer nos dois hemisférios. Quando a lesão é só de um lado da cabeça, o paciente pode ficar obnubilado, desorientado, sonolento, mas não entra em coma. Uma pancada no tronco encefálico pode levar à síncope. NÍVEL DE CONSCIENCIA: Os níveis de consciencia vão desde o estado de vigilia, passando pelo estado intermediario de consciencia (sonolencias, confusoes mentais), até o coma. CLASSIFICAÇÃO CLINICA DOS ESTADOS ALTERADOS DO NÍVEL DE CONSCIENCIA: Utilizar a escala de coma de Glasgow para avaliar o nível de consciência do paciente. Escore de Glasgow dando 8, tem que intubar. Sonolência: adormecido. Se é estimulado, dialoga e tem atividade motora apropriada, mas volta a dormir quando o estimulo cessa. Capaz de estabelecer um raciocínio e responder. Obnubilação: estado deprimido de vigília ou do seu contato com o meio onde o individuo dá respostas mais lentamente ou inapropriadas. Pode apresentar desorientação, medo ou delírio. Individuo acorda, mas as respostas não necessariamente são adequadas. Estupor: perda da consciência de intensidade variável, porém, quando submetidos a estímulos vigorosos, pode despertar, mas não se encontra responsivo. Não está consciente, não responde, mas pode localizar dor. Estado vegetativo persistente: individuo está acordado, mas esvaziado das suas funções cognitivas, incapaz de estabelecer qualquer contato com outrem. Vai fazer o ciclo sono-vigília, abre os olhos pela manha, mas não faz contato com ninguém. Ao chegar à noite, quando a melatonina começa a agir, o individuo fecha o olho. Coma: indica falência dos mecanismos de manutenção da consciência. O paciente não pode ser acordado e tem sua resposta a estímulos verbais ou dolorosos comprometidos em graus variáveis. Quando o paciente está em rigidez de decorticação, significa que temos uma interrupção do trato corticoespinhal no diencéfalo ou acima. Paciente faz flexão de antebraços, com postura hemiplégica, extensão de membros inferiores com rotação para a linha média. Desconectou a região corticoespinhal a partir do diencéfalo. Quando o paciente está em rigidez de descerebração, temos uma lesão no tronco com desconexão do mesencéfalo das estruturas inferiores, interrompendo a inibição central. Paciente faz adução dos ombros, flexão e rotação internade punhos, e flexão plantar. Lesão a nível de desconexão mesencefálica, pedúnculo cerebral. Pesquisa de hemiplegia: Para avaliarmos o paciente em coma, quando ele não está nem em decorticação ou decerebração, testamos a força do paciente. Se o paciente possui um pouco de atividade, frases desconexas... ao levantar o braço, ele terá algum sustento do braço. Mas, quando o coma está 100% estabelecido, o braço do paciente não terá nenhum tipo de resistência. Se um lado está mais baixo que outro, o paciente pode estar se recuperando do coma. pode começar a mobilizar mais um membro que outro, podendo significar uma sequela hemiplegia. PADRÃO RESPIRATÓRIO: depois de avaliar todas as etapas anteriores de um paciente em coma, precisamos aaliar o padrao respiratório dele O padrao respiratório apresentado por um paciente diz aonde que aconteceu a lesão Ritmo de Cheyne-Stokes: Paciente faz uma sequencia de ventilação e dá uma breve parada. Bem intenso e dpois reduz, recomeçando o ciclo. Esse ritmo de respiração indica um coma cerebral, lesão bilateral dos hemisferios Hiperventilação neurogenica central: Paciente está entrando em uma alcalose respiratória, por estar respirando bem rapido. Temos uma lesão mesencefalica, em sua região inferior Respiração apneustica: Temos umalesão da parte inferior da ponte. Individuo inspira profundamente, faz uma pausa longa e volta a inspirar novamente. Saturação bem baixa. Respiração atáxica: Siginifica que temos uma desconexão imediata entre a ação moduladora (regiao da ponte) e o controle inspiratório do bulbo – desconexão entre os centros inspiratórios. Paciente fica com uma superficialidde da rspiração, não snedo suficiente para realizar as trocas gasosas. É um quadro de lesão bulbar. MOTRICIDADE OCULAR INTRÍNSECA: A inervação da amplitude da pupila nos diz muito no coma. Não usar colírios antes de avaliar a amplitude da ppila em um individuo em coma. O oculomotor recebe inervação parassimpática, realizando a mióse do musculo ciliar contração da pupila A via simpática inerva a pupila, promovendo a midríase Quando temos uma pupila pequena e reativa coma metabólico. Lesão da ponte Investigar hiper/hipoglicemia, distúrbios hepáticos... Se a pupila está dilatada e fixa e fica na linha média lesão tectal do mesencéfalo. Pode ser hemorragia no mesencéfalo. Quando o paciente está em coma, também precisamos ver o reflexo córneo palpebral e óculo cefálico Óculo cefálico: ao movimenta a cabeça do paciente, os olhos se movimentam no sentido oposto
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