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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 As talassemias constituem um grupo heterogêneo de doenças genéticas, caracterizadas pela redução ou ausência da síntese de um dos tipos de cadeias de globina que formam as hemoglobinas. Consoante a cadeia cuja síntese esteja afetada, são classificadas em a-talassemias ou ß-talassemias. A β-talassemia é mais comum na região do mediterrâneo, e a α-talassemia, no Extremo oriente. Clinicamente, as principais síndromes são: talassemia maior (dependente de transfusão), talassemia intermediária (não dependente de transfusão), talassemia menor (assintomáticos) e α-talassemia β-Talassemia A doença apresenta-se sob três formas clínicas: Talassemia maior: forma grave (que se denominava anemia de Cooley), dependente de transfusões, correspondente a homozigotos ou heterozigotos compostos. Talassemia intermediária: forma sintomática menos grave, com níveis de hemoglobina 8-10 g/dL, em geral não dependente de transfusão Talassemia menor: heterozigotos clinicamente assintomáticos podem ser detectados por alterações laboratoriais Epidemiologia A chance de ocorrência em filhos de pai e mãe portadores do traço β-talassemico é de 1 em 4 A Organização Mundial da Saúde calcula que ocorrem anualmente de 10 mil a 20 mil novos casos de a- talassemia homozigótica, e o nascimento de 20 mil a 40 mil crianças com ß-talassemia homozigótica, mais da metade deles na Ásia Fisiopatologia Na ß-talassemia homozigótica a síntese de cadeias ß está ausente (denominada ßo-talassemia) ou muito diminuída (denominada ß+-talassemia). A reduzida disponibilidade de cadeias β limita o número de moléculas completas de Hb por célula, causando microcitose e hipocromia. Por outro lado, o excesso relativo de cadeias α precipita-se nos eritroblastos determinando sua destruição precoce na medula óssea; assim, apesar da hiperplasia eritroide da medula, a liberação de hemácias maduras é deficiente. Além disso, as hemácias contendo cadeias precipitadas são destruídas prematuramente no baço, resultando um quadro hemolítico. As cadeias precipitadas também alteram a membrana eritrocitária, contribuindo para a destruição precoce das hemácias e para a poiquilocitose. Patologia Molecular O efeito da mutação sobre a produção da cadeia de globina depende de seu efeito sobre a quantidade e a qualidade do mRNA: Suprimem ou reduzem a transcrição do DNA em mRNA; a transcrição está normal, mas o processamento do RNA inicialmente produzido no núcleo para formar o mRNA maduro não ocorre ou está reduzido; o mRNA é produzido em quantidade normal, mas tem um defeito na região codificadora que impede a tradução de uma cadeia peptídica de globina normal Os efeitos gênicos das talassemias podem agrupar-se de forma simples em três categorias: Grandes deleções (600 a 20mil nucleotídeos); pequenas deleções ou inserções de uma, duas ou quatro bases; mutações de ponto. Deleções RNA não funcional: produção de mRNA que não pode ser traduzido, por que: a) uma mutação pontual introduz no mRNA um códon de término, interrompendo a síntese proteica; b) uma deleção ou adição de uma, duas ou quatro bases, com deslizamento do quadro de leitura do mRNA a partir do ponto da mutação, podendo surgir mais adiante um códon de término que interrompe a leitura Anormalidades no processamento do RNA: Mutações nas uniões éxon-íntron (ou próxima a elas) impedem ou dificulta a retirada do íntron, originando ß-talassemia. Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 Outras anormalidades: Mutações nas regiões reguladoras que antecedem os genes diminuem a eficiência da transcrição do mRNA, originando ß+-talassemia porque a quantidade de mRNA está reduzida Delta-b-talassemias. Gama-delta-b-talassemias. Persistência Hereditária de HbF (PHHF): São situações assintomáticas em que persiste a síntese de quantidades apreciáveis de HbF durante a vida adulta Manifestações Clínicas Os heterozigotos são habitualmente assintomáticos, embora o defeito possa ser detectado por exames laboratoriais. Os portadores de dois genes anormais (os homozigotos e os heterozigotos compostos) têm manifestações clínicas que podem variar desde anemia grave incompatível com a vida até formas benignas praticamente assintomáticas. Anemia Com suas manifestações habituais de astenia, palidez e fraqueza muscular, taquicardia, sopros no precórdio, insuficiência cardíaca, menor desenvolvimento físico e sexual, e maior suscetibilidade a infecções. Nos homozigotos constitui a manifestação mais importante, sendo em geral detectada no primeiro ano de vida; níveis de hemoglobina abaixo de 7 g/dL são comuns Começa a ser notada 3 a 6 meses após o nascimento, quando deve ocorrer a mudança de produção de cadeia γ para β. A criança, em geral, passa a apresentar atraso no desenvolvimento, palidez progressiva e abdome inchado Hipodesenvolvimento somático e sexual. Menor crescimento pôndero-estatural, redução da massa muscular e ausência ou retardo da maturidade sexual nos pacientes que alcançam a adolescência Hiperplasia da medula óssea. Existe uma impressionante hiperplasia eritroide da medula óssea, aumentada de sete a trinta vezes em relação ao normal. A destruição contínua dessa grande massa de precursores eritroides leva à liberação de enzimas intracelulares (desidrogenase láctica) e ao aumento da produção de derivados dos ácidos nucleicos e da hemoglobina (ácido úrico e bilirrubinas). Expansão dos ossos Causada pela intensa hiperplasia eritroide da medula óssea, leva a uma “fácies talassÊmica” e ao adelgaçamento do córtex de muitos ossos, com tendência a fratura e a formação de bossas no crânio , com aspecto radiológico de “fios de escova” Esplenomegalia e hiperesplenismo A esplenomegalia pode provocar trombocitopenia ou neutropenia, como também pode agravar a anemia devido à expansão do volume plasmático e à diminuição da sobrevida das hemácias próprias ou transfundidas. Sobrecarga de ferro O excesso de ferro nos talassêmicos tem duas origens: maior absorção intestinal e o ferro liberado das hemácias recebidas nas transfusões. As principais manifestações da sobrecarga de ferro dos talassêmicos são: retardo no crescimento e na maturidade sexual, anormalidades endocrinológicas, especialmente diabetes melito, escurecimento da pele e alterações cardíacas. Infecções Na primeira infância, sem reposição transfusional adequada, a anemia predispõe a infecções bacterianas. A esplenectomia causa suscetibilidade ao pneumococo, ao Haemophilus e ao meningococo Doença Hepática Se deve ao excesso de ferro e à hepatite viral. Geralmente se deve a hepatite C, mas a hepatite B também é comum em áreas onde o vírus é endêmico Alterações Cardíacas Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 as anormalidades cardíacas começavam na infância com sopros cardíacos e progrediam para cardiomegalia, hipertrofia do ventrículo esquerdo e alterações do ritmo e condução no ECG. A partir da segunda década surgiam pericardites na metade dos pacientes e insuficiência cardíaca na maioria. Formas clínicas Talassemia maior. Corresponde à forma mais grave da enfermidade, dependente de transfusão. As manifestações surgem durante o primeiro ano de vida: menor aumento de peso, episódios de febre, diarreia, apatia, irritabilidade e palidez. O diagnóstico depende dos exames de laboratório da criança e dos pais. As manifestações desaparecem com o início do tratamento correto, e o crescimento se desenvolve normalmente. Há anemia intensa (hemoglobina abaixo de 7 g/dL), esplenomegalia volumosa, atraso no crescimento, redução da massa muscular e alterações características craniofaciais. Talassemiaintermediária Denominação que se aplica aos casos sintomáticos que não dependem de transfusões regulares, mantendo níveis de Hb de 7-11 g/dL espontaneamente. Resulta, em geral, da combinação de defeitos genéticos como homozigose para genes ou de combinação do gene ß-talassêmico grave com ß+-talassemia particularmente benigna As manifestações clínicas predominantes são grande esplenomegalia, redução da massa muscular, úlceras crônicas nas pernas, e alterações faciais. O cresci mento de grandes massas de tecido hematopoético extramedular pode causar sintomas compressivos, como massas paravertebrais intratorácicas. A ane mia crônica pode se acentuar quando ocorrem infecções ou pela carência associada de folatos Talassemia menor (talassemia heterozigota). Os heterozigotos ß-talassêmicos são habitualmente assintomáticos, com níveis de Hb em média ligeiramente diminuídos. Reduções mais acentuadas dos níveis de hemoglobina podem ocorrer: a) na infância; b) na presença de infecções ou processos inflamatório crônicos; c) durante a gravidez. Diagnóstico Homozigoto Achados clínicos Heterozigose nos dois pais Sangue: anemia (Hb inferior a 9,0 g/dL), hipocromia, anisopoiquilocitose intensa, esquizócitos, hemácias e eritroblastos com granulações basófilas hemácias em alvo, eritroblastos, desvio à esquerda dos granulócitos. Quando há hiperesplenismo, pode ocorrer leucopenia ou mais comumente plaquetopenia. Hemoglobinas: aumento da HbF, em geral de 20-100% do total, Hb A2 do paciente muito variável, não tem valor diagnóstico (em contraposição, ospais, sendo heterozigotos, têm elevação da HbA2). Heterozigoto Assintomáticos Níveis de Hb ligeiramente diminuídos (10,5-13,0 g/ dL, mas podem ser mais baixos durante a gravidez ou nos primeiros anos de vida), microcitose e hipo cromia com ferro sérico normal (ou às vezes ligeiramente elevado). Hemoglobinas: aumento da Hb A2 (3,5 a 6,0%), HbF normal ou ligeiramente elevada Tratamento 1. Transfusões regulares de glóbulos para manter a hemoglobima acima de 10g/fL. Em geral, são necessárias 2 a 3 unidades a cada 4 a 6 semanas 2. A terapia quelante de ferro é essencial, e a disponibilidade de fármacos aumentou consideravelmente a expectativa de vida 3. Ácido fólico é administrado regularmente se a dieta for pobre 4. Esplenectomia pode ser necessária para diminuir as necessidades de sangue. Deve ser adiada até que o paciente ultrapasse 6 anos de idade, devido ao risco de infecções graves após a esplenectomia Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 5. Tratamento endocrinológico é feito com reposição, por falência de órgãos periféricos, ou para estimular a hipófise, se a puberdade for retardada. Diabeticos necessitam de tratamento com insulina. Pacientes com osteoporose podem necessitar de tratamento adicional com aumento de cálcio e vitamina D, administração de biofosfonato e terapia endócrina adequada 6. Imunização contra hepatite B 7. Transplante de células tronco α-Talassemia Os indivíduos normais têm quatro genes ativos. As a- talassemias classificam-se em quatro quadros clínicos e de laboratório: portador silencioso (três genes ativos), traço a-talassêmico (dois genes a), enfermidade por HbH (resta apenas um gene α ativo) Como há menor síntese de cadeias a, ocorre um excesso de cadeias não α que se tetramerizam formando a HbH (β4) no adulto ou Hb Bart’s (γ 4) no recém-nascido. Hidropisia fetal por Hb Bart’s. No homozigoto de α0- talassemia, como não há síntese de cadeias α, não há HbA nem Hb. Ocorre morte intrauterina ao final da gestação ou poucas horas depois do nascimento. Há uma grande hepatoesplenomegalia e edema semelhantes aos observados na enfermidade hemolítica do recém-nascido Doença por HbH. Nesses pacientes somente um dos quatro genes α está ativo. Predomina a HbA, acompanhada de 5-30% de HbH. O quadro clínico é de uma talassemia maior ou intermediária: anemia hemolítica crônica de gravidade variada, esplenomegalia e alterações ósseas. O esfregaço sanguíneo mostra hipocromia e poiquilocitose. Traço α-talassêmico. Corresponde aos heterozigotos de α0-talassemia ou homozigotos a+-talassemia. São clinicamente normais, porém apresentam microcitose e hipocromia no sangue, e no período neonatal têm cerca de 5-10% de Hb Bart’s. Na vida adulta têm hipocromia, e ferro sérico normal Portador silencioso. Os heterozigotos de α+- talassemia podem ter 1-2% de Hb Bart’s no período neonatal e na vida adulta podem ter ligeira hipocromia de detecção difícil, ou o sangue periférico pode ser perfeitamente normal. O único meio seguro de detecção é por métodos de DNA. Anemias Hemolíticas Autoimunes Anemias hemolíticas autoimunes (AHAIs) são causadas por produção de anticorpos contra eritrócitos do próprio organismo. São caracterizadas por teste direto de antiglobulina (teste de coombs) positivo e divididas em dois tipos, “quentes” e “frios”, de acordo com o ótimo térmico dos anticorpos que reagem mais fortemente com os eritrócitos a 37ºC ou a 4ºC Anemias hemolíticas autoimunes por anticorpos quentes Patogênese A AHAI quente é causada por anticorpos eritrocitários da classe IgG que reagem contra antígenos do sistema Rh, e algumas vezes simulam o comportamento de aloanticorpos. Embora frações do sistema complemento sejam frequentemente detectadas na superfície das hemácias, a hemólise mediada por complemento é incomum Em geral, a destruição eritrocitária é mediada por células do Sistema Macrófagos-Monócitos (SMM), particularmente pelos monócitos e macrófagos esplênicos que possuem receptores para o receptor Fc (Fc.RII) das imunoglobulinas. A maioria das hemácias sensibilizadas sofre fagocitose parcial e volta à circulação após perder a forma discoide e tornar-se esferócito (pois no processo de fagocitose parcial perde mais superfície do que volume). A destruição extravascular das hemácias favorece o desenvolvimento de palidez, icterícia, esplenomegalia e hepatomegalia. Aspectos clínicos A doença pode ocorrer em qualquer idade, em ambos os sexos e apresenta-se como anemia hemolítica de gravidade variável. Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 O baço em geral está aumentado A doença tende a regredir e reicidivar Ocorre também elevação da bilirrubina não conjugada, da Desidrogenase Láctica (DHL), e diminuição da haptoglobina que participa da catabolização da hemoglobina livre no plasma Pode ocorrer em forma isolada ou em associação com outras doenças **Quando associada a púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), uma condição autoimune similar que acomete as plaquetas, é chamada de síndrome de Evans Quando secundária ao lúpus eritematoso sistêmico, os eritrócitos são revestidos por imunoglobulina e complemento Achados laboratoriais Achados típicos de anemia por hemólise extravascular, com esferocitose e policromatocitose proeminentes a microscopia. Coombs direto é positivo como resultado da fixação de IgG, IgG e complemento ou IgA aos eritrócitos **Tanto anticorpos livres no plasma (teste indireto de imunoglobulina) como na superfície dos eritrócitos (teste direto de antiglobulina) são mais bem detectados a 37ºC Tratamento 1. Eliminar a causa subjacente, se houver (ex. metildopa) 2. Corticoesteroides: a. Primeira linha: Predinisona 1mg/Kg/dia 3. Anticorpo monoclonal a. Tem sido usado como terapêutica de primeira linha b. Provoca remissões prolongadas em certa proporção de casos 4. Esplenectomia em casos que não respondem bem ou não mantém nível satisfatório de hemoglobina 5. Pode ser tentada a imunossupressão Anti- CD52(alentuzumabe), entre outros 6. Ácido fólico é administrado para compensar o excesso de consumo e casos graves 7. Se a anemia for grave, comsintomatologia significativa, podem ser necessárias transfusões sanguíneas Anemias hemolíticas autoimunes com anticorpos frios (crioaglutininas) Patogênese Os anticorpos da classe IgM reagem melhor a frio, porque em temperaturas mais baixas os sítios antigênicos das hemácias sofrem mudanças de conformação estrutural que os torna reativos com anticorpos IgM. A maior ação dos auto-anticorpos com o frio faz com que as áreas mais extremas e frias do organismo sejam mais acometidas Os autoanticorpos IgM ligam-se às hemácias nas regiões corpóreas mais frias e fixam complemento. Quando retornam às áreas centrais mais aquecidas do organismo, os anticorpos se desligam deixando frações do complemento na superfície das hemácias, mas raramente a via do complemento é ativada até o final, levando à hemólise intravascular. Ao contrário, as hemácias são removidas predominantemente por células fagocitárias no fígado e, raramente, no baço. A hemólise que é primariamente intravascular pode causar palidez, fadiga, e insuficiência cardíaca, sendo que a esplenomegalia ocorre em número muito menor de pacientes que nos casos de AHAI causada por anticorpos a quente Aspectos clínicos Os sintomas são causados pela aglutinação das hemácias nas extremidades, que leva à redução do fluxo sanguíneo e à diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos nas extremidades, ocasionando a aparência cianótica característica nos dedos, no nariz e nas orelhas dos pacientes com AHAI a frio. Diagnóstico Pacientes com AHAI causada por anticorpos a frio devem ser investigados quanto à presença de infecção recente (Mycoplasma pneumoniae, mononucleose Carolina Lucchesi | Medicina UNIT Hematologia Tutoria 2 infecciosa, HIV ou hepatite), doença linfoproliferativa, e paraproteinemia monoclonal. A tipagem ABO e as provas pré-transfusionais são alteradas pela panreatividade dos autoanticorpos, e os hemocomponentes devem ser aquecidos antes do início das transfusões Tratamento Na grande maioria dos casos, os autoanticorpos são dirigidos contra o antígeno I presente nas hemácias e, frequentemente, esses pacientes necessitam de transfusões sanguíneas O tratamento inicial da doença também pode ser realizado com corticosteroides, porém, em geral, a evolução clínica da doença é pouco modificad com o uso desses medicamentos. O tratamento através da esplenectomia ou com o uso de agentes alquilantes também não costuma oferecer bons resultados, embora possa prevenir a diminuição do nível da hemoglobina a valores clinicamente perigosos. Anemia hemolítica induzida por drogas Drogas podem induzir a formação de anticorpos dirigidos contra a própria droga ou contra antígenos intrínsecos às hemácias. Os fármacos podem causar anemia hemolítica imunológica por três mecanismos: Anticorpo dirigido contra um complexo fármaco- membrana do eritrócito (ex. penicilina e ampicilina), só ocorre com doses muito elevadas do antibiótico Deposição do complemento via complexo fármaco-proteína (antígeno)-anticorpo na superfície do eritrócito (ex. quinidina, rifampicina) Anemia hemolítica autoimune verdadeira, na qual o papel do fármaco não é claro (metildopa) Em todos os casos, a anemia hemolítica desaparece gradativamente quando o fármaco é suspenso.