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Influenza

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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
1 Mod 3 
Infecto 
Diferença de rinite e Gripe 
A Rinite Alérgica é uma doença inflamatória nasal que 
tem como sintomas: espirros seguidos, prurido nasal 
e/ou ocular, coriza e obstrução nasal. Aparecem por 
dois ou mais dias consecutivos ou até tornar persistente 
quando os sintomas ultrapassam 4 semanas, podendo 
comprometer as atividades diárias, influenciando no 
sono e causando ausência à escola. A rinite alérgica é 
desencadeada por alérgenos tais como: ácaros da 
poeira domiciliar, pêlos de animais (cães e gatos), 
fungos, baratas e pólen de gramíneas na região sul do 
Brasil. Essa inflamação alérgica pode piorar quando 
ocorre exposição a agentes irritantes do ambiente 
como: fumaça de cigarro, uso de produtos com cheiro 
forte e poluentes, bem como as mudanças bruscas de 
temperatura. A exposição da criança alérgica a vírus e 
bactérias (principalmente nas creches e escolas) 
desencadeia com freqüência as rinossinusites passando 
a impressão que o paciente está “sempre gripado”. 
Embora o diagnóstico de rinite alérgica em lactentes e 
pré-escolares seja difícil de ser estabelecido, a 
presença de sintomas diários por mais de 2 semanas 
com história pessoal e familiar de alergia, sugere 
fortemente o diagnóstico. Por este motivo é importante 
a consulta ao pediatra alergista para que os alérgenos 
envolvidos sejam identificados e as medidas de 
controle ambiental sejam realizadas. Dentre as 
medidas de controle destacam-se a redução à 
exposição aos ácaros, à poeira domiciliar com o uso de 
capas impermeáveis para colchões e travesseiros; lavar 
a roupa de cama semanalmente; substituir carpetes por 
pisos de madeira ou cerâmica; utilizar aspirador de pó 
com filtros de alta eficiência; retirar cortinas, bichos de 
pelúcia; tornar os ambientes bem ventilados reduzindo 
a umidade; retirar animais domésticos (gatos e cães) de 
dentro da residência, reduzir a exposição às baratas e 
controle dos agentes irritantes do ambiente. 
A não melhora dos sintomas implica na utilização de 
medicamentos e caso não se consiga controle 
ambiental satisfatório, pode ser indicado imunoterapia 
(tratamento com vacinas) com alérgenos específicos, 
conforme indicação do especialista. O diagnóstico 
correto dentre estas diferentes doenças deve ser 
estabelecido para que o tratamento específico seja 
iniciado e a criança possa restabelecer sua qualidade de 
vida. 
 
A Gripe é causada pelos vírus Influenza (A, B, C), 
podendo ocorrer na forma de epidemias anuais, ou ter 
abrangência mundial como a Gripe A (H1N1) no ano 
de 2009, com taxa de mortalidade elevada. Na maioria 
dos países de clima tropical pode incidir em qualquer 
período do ano, porém, em locais de clima temperado 
é um agente típico do inverno. Os sintomas da gripe 
são mais intensos que o de um resfriado comum, 
iniciando repentinamente com: coriza, espirros, tosse, 
lacrimejamento, dor de cabeça, dores musculares, 
perda de apetite, febre alta e dores de garganta. Ocorre 
comprometimento do estado geral com duração de 7 a 
10 dias, podendo evoluir com complicações como: 
otites e sinusites, causadas por inchaço das estruturas 
nasais gerando bloqueio na saída das secreções e 
levando a rinosinusite aguda e menos frequentemente 
broncopneumonias. Em crianças de baixa idade como 
o sistema imunológico encontra-se em 
desenvolvimento, as infecções virais são mais 
frequentes, associadas à exposição a múltiplos agentes 
infecciosos nas creches, fazendo com que esse quadro 
se repita várias vezes por ano. 
A eficácia da vacina anti influenza (vacina contra 
gripe) é de 80 a 90%, prevenindo a doença em 
crianças, adultos saudáveis e reduzindo a mortalidade 
nos idosos e pacientes de grupos de risco (doenças 
pulmonares crônicas, cardiopatias, diabéticos e 
portadores de imunodeficiências). No Brasil, o 
Ministério da Saúde, através das campanhas de 
vacinação em idosos, crianças acima de 6 meses até 5 
anos e nos grupos de risco, oferece anualmente a 
vacina nos meses de abril e maio, o que tem reduzido 
satisfatoriamente a incidência da gripe na população 
como um todo. 
 
Influenza 
A gripe é uma zoonose de aves, suínos, 
cavalos e humanos causada por vírus 
pertencentes à família Orthomyxoviridae, classificados 
como influenza A, influenza B e influenza C. 
 Influenza A é o principal vírus associado a 
epidemias e pandemias 
 Influenza B causa quadros clínicos 
semelhantes aos de A e menos graves. 
 O influenza C não tem sido associado a 
epidemias, mas pode levar a infecções 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
2 Mod 3 
Infecto 
respiratórias em vias aéreas superiores, 
especialmente em crianças. 
São vírus respiratórios compostos por RNA de cadeia 
simples, recobertos por glicoproteínas denominadas 
hemaglutininas e neuraminidases. As hemaglutininas 
(H) são importantes para a adesão ao epitélio 
respiratório, e as neuraminidases (N) formam grupos 
de espículas agregadas na superfície das células e 
participam na liberação do vírus no ápice de células 
infectadas 
Entre as principais características da gripe encontra-se 
algumas que merecem destaque, a saber: 
1. A proteção adquirida contra um sorotipo de 
influenza não garante proteção cruzada contra 
outros, razão pela qual a gripe não confere 
imunidade permanente e acomete pessoas de todas 
as idades a cada surto. 
2. Transmite-se por via aérea e tem curto período de 
incubação, o que permite rápida disseminação. 
**A grande variabilidade antigênica do vírus 
influenza é o principal fator que dificulta a 
manutenção de proteção duradoura contra gripe 
O período de contagiosidade é de cerca de cinco dias 
para adultos e começa poucas horas antes do primeiro 
sintoma Para crianças, pode se iniciar antes da 
manifestação clínica e permanecer por mais de 10 dias, 
ao passo que, em pacientes imunossuprimidos, pode se 
prolongar por semanas a meses. 
Epidemiologia 
Tem sido descrito aumento do numero de pessoas com 
gripe no período de frio, sobretudo no inverno de 
países temperados 
A influenza causa quadros mais graves em extremos 
etários (crianças abaixo de 4 anos, especialmente no 
primeiro ano, e pessoas acima de 65 anos) 
As taxas de morte atribuída à gripe variam de 0,4 a 
0,6/100.000 entre pessoas de até 49 anos, aumentando 
para 7,5/100.000 para pessoas entre 50 e 64 anos e 
98,3/100.000 para aqueles acima de 65 anos. 
A gripe acomete pessoas em escolas, creches, 
hospitais, quartéis, asilos e instituições de longa 
permanência, em grupos pequenos ou grandes. 
Fatores de risco 
 Gestantes (segundo e terceiro trimestre) 
 Obesos 
 Imunossuprimidos 
Quadro Clínico 
A gripe tem começo abrupto, sendo comum o paciente 
relatar com precisão o horário de início. 
 Cefaleia 
 Calafrios 
 Dor de garganta 
 Tosse seca 
 Mialgia 
 Prostração 
 Febre (as vezes elevada) 
Pode causar: Mal estar, anorexia, rouquidão e 
dolorimento subesternal 
Crianças: Pode ter diarreia e vômito 
A febre recorre geralmente nas primeiras 72 a 96 horas 
e pode estar acompanhada de hiperemia conjuntival e 
coriza. Alguns sintomas como fraqueza, tosse seca e 
mal-estar podem persistir por algumas semanas após 
resolução da gripe 
Foram descritos quadros neurológicos raros de 
encefalites durante ou após a gripe. A maioria dos 
casos de encefalite ocorre 2 a 3 semanas após a gripe e, 
desde a gripe espanhola, estes são conhecidos como 
encefalite letárgica. 
Encefalite letárgica: As encefalites letárgicas cursam 
com cefaleia, tremores, delírio e até convulsões, além 
da tríade clássica de febre, letargia e movimentos 
oculares. Os movimentos oculares acometem quase 
75% das pessoas e são as manifestações mais 
frequentes. Aproximadamente 80% dos que se 
recuperam das encefalites evoluem com doença de 
Parkinson. 
Diagnóstico 
Exame clínico 
Ao exame clínico, observa-se abatimento (prostração)na fase aguda, e a ausculta respiratória é 
frequentemente não significativa (poucos roncos, 
alguns estertores). 
Laboratoriais 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
3 Mod 3 
Infecto 
O hemograma apresenta leucopenia moderada e 
hemossedimentação aumentada. Nos casos graves 
pode ocorrer hipoxemia e rabdomiólise. 
Existem técnicas de diagnóstico rápido a partir de 
material coletado em nariz/garganta por 
imunofluorescência ou enzimaimunoensaio (ELISA) 
que detectam a ocorrência de influenza e que são mais 
úteis nas primeiras 24 a 48 horas, quando há maior 
quantidade de vírus detectável nas secreções, 
sobretudo em grupos de pacientes vulneráveis e que 
possam receber antivirais. 
O diagnóstico específico é feito por cultura viral 
coletada por swab de nariz ou garganta, especialmente 
útil para monitoramento viral em uma população com 
vistas à escolha da composição de uma vacina, ou por 
reação em cadeia de polimerase (PCR) 
Outra possibilidade confirmatória é a sorologia 
comparativa com duas amostras em intervalos de 15 
dias ou apenas sorologia de convalescente. 
Diagnóstico Diferencial 
Diagnóstico diferencial é feito com vírus respiratório 
sincicial (especialmente em crianças), parainfluenza, 
adenovírus, coronavírus, metapneumovírus, 
enterovírus e rinovírus, entre outras centenas de vírus. 
Tratamento 
 
Os antivirais são indicados como adjuvantes à 
vacinação, especialmente naqueles pacientes cujas 
complicações da gripe precisam ser evitadas 
 
Resfriado comum (Rinovírus) 
Epidemiologia 
O resfriado comum é uma das doenças virais mais 
frequentes. 
Em 1998, mais de 86 milhões de consultas foram 
realizadas somente nos Estados Unidos e atribuídas ao 
resfriado 
Patogenia 
A partir da ligação pela adesina denominada ICAM-
1,os rinovírus da família Picornavírus aderem às 
células epiteliais respiratórias e desencadeiam processo 
inflamatório com liberação de interleucina-6. 
Muitos autores consideram que, com isso, os rinovírus 
são importantes desencadeantes de asma brônquica, 
sinusites, otites e descompensação em pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
Quadro clínico 
 Rinorreia 
 Congestão nasal 
 Espirros 
 Dor de garganta 
 Tosse seca 
 Cefaleia 
 Mal-estar 
 Mialgia 
 Raramente Febre baixa 
Diagnóstico 
Pode ser realizado por meio de culturas virais de 
material coletado em nariz e garganta, sorologia, PCR 
em tempo real 
Diagnóstico diferencial 
O resfriado deve ser distinguido de outras doenças 
causadas por adenovírus, enterovirus, coronavirus, 
metapneumovirus, parainfluenza e influenza 
Tratamento 
Não há medicamento antiviral disponível para 
resfriado 
Devido ao quadro autolimitado, que dura em geral 4 a 
7 dias, o tratamento tem sido realizado com 
sintomáticos (descongestionantes tópicos, sistêmicos) 
e com medicamentos para as complicações decorrentes 
do processo inflamatório. 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
4 Mod 3 
Infecto 
Quando na presença de descarga nasal purulenta, por 
exemplo, deve-se suspeitar de infecção bacteriana 
superajuntada, e o uso de antimicrobiano pode ser 
indicado. 
 
Influenza A (H1N1) 
Identificado em 2009, esse vírus da 
influenza é a combinação do vírus suíno, aviário e 
humano 
Doença de notificação compulsória 
Epidemiologia 
11 de junho de 2009 a OMS declara pandemia 
No mundo, até 1 de agosto de 2010, foram 
confirmados laboratorialmente casos de H1N1 em 
mais de 214 países e territórios, resultando em pelo 
menos 18.449 obitos 
No brasil, de 19 de julho de 2009 a 2 de janeiro de 
2010 (semanas 29 a 52), 44.544 foram confirmados 
para influenza A(H1N1) 
Mais de 60% dos casos relatados ocorreram entre 
pacientes de 10 a 29 anos 
Fatores de Risco para gravidade da doença 
 Gestantes em qualquer idade gestacional, 
puérperas até duas semanas após o parto (incluindo 
as que tiveram aborto ou perda fetal); 
 Crianças menores de 2 anos 
 Idosos ≥ 60 anos de idade 
 Indivíduos menores de 19 anos em uso prolongado 
de AAS (risco de síndrome de Reye) 
 Indivíduos que apresentam: 
o Penumopatias (incluindo asma) 
o Cardiovasculopatias (excluindo HAS) 
o Nefropatias 
o Hepatopatias 
o Doenças hematológicas (incluindo anemia 
falciforme) 
o Disturbios metabólicos (incuindo DM) 
o Transtornos neurológicos e do 
desenvolvimento que podem comprometer 
a função respiratória e aumentar risco de 
aspiração 
 Imunossupressão associada a medicamentos, 
neoplasias, HIV/aids ou outros. 
 Obesidade (IMC ≥ 40 em adultos) 
 População indígena aldeada 
Transmissão 
Ocorre de pessoa para pessoa, pela inalação de 
gotículas eliminadas pela tosse, espirro ou fala das 
pessoas infectadas ou, ainda, por meio de contato 
direto com superfícies contaminadas com o vírus da 
influenza provenientes de secreções respiratórias e 
fluidos corporais. 
Periodo de incubação: de 1,4 a 4 dias 
A excreção viral geralmente se da um dias antes e 
perdura até o desaparecimento total dos sintomas, o 
que varia entre 4 e 8 dias. 
O pico da carga viral ocorre no dia inicial dos sintomas 
e, posteriormente, tem queda gradativa 
Existem relatos da detecção do vírus nas fezes e na 
urina em aproximadamente 44 e 7%, respectivamente. 
É importante salientar que a excreção em crianças e 
adultos jovens pode alcançar dez dias ou mais. Os 
pacientes com condições imunossupressoras graves 
podem, em teoria, permanecer semanas ou meses 
eliminando o vírus. 
Quadro Clínico 
Em estudo dos Estados Unidos: 
 Febre 
 Tosse 
 Coriza 
 Diarreia 
 Vômito 
A manifestação clínica da doença causada pelo vírus 
influenza A (H1N1)pdm09 varia desde casos afebris, 
formas moderadas do comprometimento do trato 
respiratório superior até as formas graves e fatais de 
pneumonia. 
Dispneia e taquipneia foram observadas nos casos que 
necessitam de hospitalização e variam de 30 a 60% 
Sintomas sistêmicos: 
 Cefaleia 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
5 Mod 3 
Infecto 
 Mialgia 
 Artralgia 
 Fadiga 
**Diarreia é a principal manifestação gastrointestinal 
**A gravidade dos sintomas é observada nos quatro primeiros dias 
da doença, com pico dos sintomas no segundo dia de evolução. 
Formas clínicas atípicas 
Manifestações neurológicas atípicas: convulsões, 
encefalite, encefalopatia, hemiplegia, quadriparesia, 
mielopatia aguda e ataxia 
Outras formas clínicas complicadas incluem 
miocardite, insuficiência cardíaca, linfo-histiocitose 
fagocítica, síndrome de Guilllain-Barré, miosite e 
rabdomiólise 
Outras formas graves como a miocardite, abdome 
agudo (apendicite e intuscepção) e cetoacidose 
diabética 
Diagnóstico 
Laboratorial 
O teste laboratorial recomendado pela OMS para 
detecção qualitativa do novo vírus influenza A 
(H1N1)pdm09 é a PCR em tempo real 
A coleta dos espécimes para a realização da técnica 
deve ser feita a partir do swab combinado de 
nasofaringe e orofaringe. 
Achados inespecíficos: o hemograma pode revelar o 
número de leucócitos normais ou leucopenia (com 
linfopenia), as transaminases, a desidrogenase láctica, 
creatinoquinase e creatinina apresentam padrão 
elevado. 
Exames de Imagem 
Os achados radiográficos variam desde o padrão 
normal a alterações intersticiais reticulonodulares, 
incluindo casos com opacificação do espaço aéreo. 
Tomografia Computadorizada 
Foram revelados pequenos nódulos centrilobulares, 
inclusive com halo em “vidro fosco”, e áreas de 
consolidação do parênquima, com distribuição 
segmentar ou multifocal, localizadas principalmente 
nas zonas inferiores dos pulmões 
Parece ser mais sensível na detecção da pneumonia, 
sobretudo entre imunodeprimidos com broncogramas, 
nódulos, espessamento de septos interlobulares e 
consolidação alveolar. 
Histologia 
observou-se dano alveolar difuso exsudativo e, em 
alguns casos, bronquiolite necrosante caracterizada por 
extensa necrose da paredebronquiolar e 
preenchimento do lúmen bronquiolar por exsudato 
fibrinoso e leucócitos 
 
 
Tratamento 
Existem duas classes de drogas antivirais para 
tratamento das infecções causadas pelos vírus 
influenza: os inibidores da neuraminidase (p. ex.: 
oseltamivir e o zanamivir) e os inibidores da 
hemaglutinina (p. ex: amantadina e a rimantadina). 
**Os vírus influenza são resistentes às adamantinas e 
outras classes de antivirais. 
Idealmente o tratamento deve ser iniciado até 48 horas 
após o início dos sintomas e mantido por cinco dias. 
Os casos suspeitos de infecção pelo vírus influenza A 
(H1N1)pdm09 e que cursam com a forma febril não 
complicada da doença não requerem tratamento, a 
menos que exista alguma condição que caracterize o 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
6 Mod 3 
Infecto 
paciente em grupo de risco para o desenvolvimento de 
formas graves. 
Atenção especial aos paciente com SARS, pacientes 
com síndrome gripal e que apresentam dispneia ou 
sinais de gravidade e aos grupos de rico 
**O Ministério da Saúde do Brasil disponibiliza, no Sistema 
Único de Saúde (SUS), o tratamento com fosfato de 
oseltamivir e zanamivir, medicamentos inibidores da 
neuraminidase. 
 
 
Otite Média Aguda 
A otite média é definida como uma infecção do fluido 
do ouvido médio. 
Incluem: Otite média aguda (OMA), otite média 
supurativa crônica (CSOM) e otite média com efusão 
(OME). 
**A otite média é o segundo diagnóstico pediátrico 
mais comum no setor de emergência, após as IVAS 
 
A Orelha Média é composta por: membrana 
Timpânica; ossículos: martelo, bigorna e estribo; tuba 
Auditiva. É responsável pela transmissão e 
transformação das ondas sonoras da orelha externa 
para a orelha interna, sem perda de energia. 
Mais comum entre 6 a 24 meses 
 
A Tuba auditiva tem 3 funções principais em relação a 
orelha média: 
 Proteção contra secreções e gradiente de 
pressão da nasofaringe 
 Drenagem e clearence de secreções da orelha 
média para a nasofaringe 
 Ventilação da orelha média para equalizar sua 
pressão com a pressão atmosférica. Esta é a 
função mais importante 
Epidemiologia 
A otite média é uma doença de alta prevalência, com 
morbidade elevada e baixa mortalidade 
Mais frequente em crianças 
Mais prevalente nos 2 primeiros anos 
Aproximadamente 2/3 das crianças de um ano de idade 
terão tido pelo menos um episodio 
Pico de incidência: 6 a 11 meses de idade 
Mais comum em população urbana do que na rural 
Incidência mais elevada no inverno 
Fatores de risco 
 Idade: Principalmente < 2 anos, devido a 
imaturidade imunológica e anatomia, que é 
mais curta e mais horizontal 
 Sexo masculino 
 Perfil socioeconômico: Baixo 
 Tabagismo passivo 
 Ausencia de vacina antipneumococica e anti-
influenza 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
7 Mod 3 
Infecto 
 
Etiologia 
Mais frequentes: S pneumoniae (30-50%), H. influenza 
não tipável (23-30%); e M.catarrhalis (10 a 15%) 
Dentre os vírus destaca-se o Vírus Sincicial 
Respiratório (VSR) 
Fisiopatologia 
Geralmente é precedido de uma IVAS. Os vírus 
agiriam como copatógenos, predispondo à infecção 
bacteriana. 
A nasofaringite aguda, também conhecida como 
resfriado, leva a destruição das células da mucosa 
nasal como resultado da resposta do hospedeiro à 
infecção, causando edema nas cavidades nasais e 
nasofaringe. 
A OMA irá acontecer por uma disfunção da tuba 
auditiva, tornando-a obstruída, e com isso prejudica a 
ventilação do ouvido médio. Isso faz com que se crie 
uma pressão negativa nesta câmara, estimulando a 
secreção de muco, que irá se acumular. A IVAS pode 
favorecer a presença de bactérias da nasofaringe para a 
cavidade do ouvido médio. Com isso, as bactérias 
encontram-se em um meio excelente para sua 
proliferação, produzindo reação inflamatória e 
manifestando- se como uma OMA. 
O acúmulo de pus provoca abaulamento da membrana 
timpânica, que irá causar a otalgia (principal sintoma). 
A supuração e consequente pressão contra a membrana 
timpânica provoca dor e febre, que são sintomas 
típicos de OMA 
Caso a OMA não seja tratada, nosso organismo 
encontra um meio de realizar auto drenagem do pus 
que estava na cavidade, que pode ser atrás de uma 
perfuração na membrana timpânica. Isso melhora a 
otalgia, mas evolui- se com uma otorreia, devido a 
eliminação de conteúdo purulento pelo ouvido. 
Além disso, é possível que o processo inflamatório 
também envolva as células aéreas da mastoide, 
caudando a sua principal complicação, a mastoidite 
Quadro clínico 
 
Inicialmente, o paciente apresenta um quadro clínico 
típico de resfriado viral: obstrução nasal, coriza e febre 
baixa. Em 48 horas, o quadro evolui e o paciente passa 
a apresentar otalgia, irritabilidade, diminuição da 
audição, anorexia, vômitos e febre 
 O paciente relata otalgia súbita após estado 
gripal. 
 Otalgia piora com a deglutição ou assoar do 
nariz 
 Pode ocorrer hipoacusia, sensação de plenitude 
auricular e ruídos subjetivos 
 Sinal de Scheibe: Pulsações auriculares 
sincrônicas com os batimentos cardíacos 
Diagnóstico 
Na otoscopia: Membrana timpânica hiperemiada, 
Convexa, Abaulada, de coloração alterada (hiperemia 
difusa, opacidade e pontos esbranquiçados) e com 
perda de mobilidade 
**Abaulamento é um dos sinais mais específicos para o 
diagnostico da OM, na otoscopia 
Miringite Bolhosa: Membrana timpânica com a 
presença de bolhas e eritema 
A sociedade de Pediatria de São Paulo, trouxe uma 
atualização em 2016, na qual relata aspectos que 
ajudam a diferenciar a etiologia. 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
8 Mod 3 
Infecto 
 MT levemente opaca + hiperemia difusa leve 
ou moderada + ausência de abaulamento: 
sugere OMA viral. 
 MT opaca + hiperemia intensa + presença de 
abaulamento + diminuição da mobilidade: 
sugere OMA bacteriana. 
 
Fases 
Fase Congestiva 
Precedida da obstrução da trompa de Eustáquio. Tem 
como principal característica a hiperemia. O paciente 
pode apresentar otalgia, acompanhada de sensação de 
plenitude aural, decorrente da disfunção tubária 
associada, primária ou secundariamente, à OMA. 
Hipoacusia discreta é esperada como decorrência da 
alteração da pressão intratimpânica, a qual pode 
apresentar-se aumentada ou diminuída. 
Fase exsudativa 
Caracteriza-se por otalgia e febre mais importantes. A 
hipoacusia se torna de maior magnitude, sendo geral-
mente perceptível ao paciente. A hiperemia do 
mucoperiósteo da orelha média, característica da fase 
inicial, passa a ser acompanhada de exsudação 
decorrente de uma combinação variável de fibrina, 
hemácias e leucócitos polimorfonucleares. 
Fase supurativa 
Evolui com aumento da pressão no tímpano, que pode 
levar à perfuração timpânica, com consequente 
otorreia, inicialmente serossanguinolenta e, 
posteriormente, mucopurulenta. O estabelecimento de 
uma via de drenagem se expressa clinicamente por 
atenuação da otalgia e da febre. A partir dessa fase, a 
OMA evolui, na maior parte dos casos, para a fase de 
resolução 
A partir dai o paciente pode evoluir para fase 
resolutiva, fase de coalescência ou de mastoidite ou 
fase de complicações. 
Fase resolutiva 
O tímpano recupera cor, brilho, aspecto. A perfuração 
encerra espontaneamente. Há também a recuperação 
da audição em cerca de 01 mês 
Fase de coalescência ou de mastoidite cirúrgica 
Devido manutenção do processo infeccioso, 
geralmente > 2 semanas, ocorre impedimento da auto 
drenagem e consequente aumento da pressão interna, 
resultando em estase venosa com consequente acidose 
local, que pode atingir aéreas da mastoide, causando 
erosão. Irá se apresentar como uma otorreia purulenta 
com duração superior a duas semanas em pacientes 
que se apresentam com OMA supurativa, bem como 
por hiperestesia e aumento de volume doloroso 
retroauricular, o que tem sido chamado de sinal de 
Griesinger.Estágio de complicação 
Extensão da infecção além dos limites do mucoperi-
ósteo da orelha média e das células pneumáticas 
mastoideas 
Tratamento 
Manejo da dor 
Controle Imediato com analgésicos simples 
**Mesmo quando a antibioticoterapia é instituída no 
momento do diagnóstico, é necessário entrar com analgesia 
adjuvantes visto que o tratamento pode levar de 1 a 3 dias 
para a redução da dor 
Dores leves e moderadas: Dipirona, Ibuprofeno ou 
Paracetamol 
Observação 
Devido a melhora espontânea em 2/3 dos casos, 
recomenda-se conduta expectante para certos grupos 
de crianças com OMA (crianças saudáveis sem 
doenças de base) 
Estabelecer esquema de antibioticoterapia para quando 
houver piora de sintomas ou nenhum sinal de melhora 
até 48-72h 
Antibioticoterapia 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
9 Mod 3 
Infecto 
**Para lactentes com menos de 6 meses, o uso de 
antibiótico sempre é recomendado na primeira 
consulta, independente da certeza diagnostica 
Amoxicilina é droga de escolha 
Amoxicilina- Clavulanato é uma opção adequada 
quando uma criança foi tratada com amoxicilina nos 
últimos 30 dias ou apresenta falha terapêutica 48-72h 
de uso da amoxicilina 
**Cefalosporina de Primeira Geração não é indicado, pois 
não é eficaz contra gram-negativos 
Cefalosporina de Segunda geração (Cefuroxima e 
Cefpodoxina) são eficazes contra S. pneumonae e 
também contra H.influenzae e a M.catarrhalis, 
inclusive B-lactamicos 
**Duração de 10 dias em criança com menos de 2 
anos ou que apresentem sintomas graves , e de 5-7 
dias em crianças maiores de 2 anos com OMA não 
grave 
 
Profilaxia 
 Aleitamento materno exclusivo por 6 meses: 
fornece anticorpos IgA que diminuem a 
colonização com patógenos da otite 
 Vacinação anti pneumocócica e influenza 
 Disposição da mamadeira: evitar a mamadeira com 
lactente deitado 
 Eliminar exposição a fumaça de cigarro: O fumo 
passivo aumenta o risco de efusão de OM 
presistente, pois aumenta a colonização 
 Retirada da creche: Crianças expostas a grandes 
grupos infantis apresentam mais infecções 
respiratórias e otite média 
 Retirada da chupeta 
Síndrome Respiratória Aguda Grave 
Separado...

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