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Analise sociológica do livro "O Pequeno Principe"

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Biografia de Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint Exupéry (1900-1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês, é o autor de um clássico da literatura “O Pequeno Príncipe”, escrito em 1943. Entre as suas diversas frases famosas estão: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos" e "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupéry nasceu em Lyon França, no dia 29 de junho de 1900. Era o terceiro filho do conde Saint-Exupéry e da condessa Marie Fascolombe, família aristocrática empobrecida. Estudou no colégio jesuíta Notre Dame de Saint Croix e no colégio dos Marianistas, em Friburgo, na Suíça.
Carreira de Piloto
Em 1921 ingressou no serviço militar, no Regimento de Aviação de Estrasburgo, após ter sido reprovado para a Escola Naval. Tornou-se piloto civil e subtenente da reserva. Em 1926 foi admitido na Aéropostale, onde começou sua carreira de piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar. Nessa época, publicou seu primeiro livro, “O Aviador” (1926)
Ajudou a implantar rotas de correio aéreo na África, América do Sul e Atlântico Sul, além de ter sido pioneiro nos voos Paris - Saigon e Nova Iorque - Terra do Fogo. Nessa época, publicou ”Correio do Sul” (1929).
Na década de 30, Exupéry trabalhou como piloto de provas para a Air-France e repórter do Paris- Soir. Em 1931, publicou voo noturno, onde exaltou os primeiros pilotos comerciais que enfrentavam a morte no cumprimento do dever. Registro suas próprias aventuras em “Terra dos Homens” (1939).
Com a invasão dos nazistas na França, Exupéry fugiu para os Estados Unidos. Nesse período, escreveu “Carta a Um Refém” (1943) e incentivado por editores americanos, que viram sua habilidade como desenhista amador, a fazer uma obra par crianças. Até ali, seus livros falavam de sua paixão profissional: a aviação. 
Morte
Em 1943, Antoine de Saint-Exupéry voltou para a força aérea no norte da África e tal como o Pequeno Príncipe no final do livro, Saint-Exupéry parece ter apenas desaparecido da terra, morreu em um acidente de avião, durante uma missão de reconhecimento, no dia 31 de julho de 1944, abatido por um caça alemão. Seu corpo nunca foi encontrado. Em 2004, foram encontrados os destroços do avião que pilotava, a poucos quilômetros da costa de Marselha, na França.
 Biografia de Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo político, historiador, diplomata e escritor italiano, autor da obra-prima "O Príncipe". Foi profundo conhecedor da política da época, estudou-a em suas diferentes obras. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici. Realista e patriota definiu os meios para erguer a Itália.
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, no dia 3 de maio de 1469. Sua família de origem Toscana participou dos cargos públicos por mais de três séculos. Filho de Bernardo Maquiavel, jurista e tesoureiro da província de Marca de Ancona e de Bartolomea Nelli, que era ligada às mais ilustres família de Florença.
Interessado pelos problemas de seu tempo, Maquiavel participou ativamente da política de Florença. Com 29 anos, tornou-se secretário da Segunda Chancelaria durante o governo de Piero Soderim. Tinha a seu cargo questões militares de ordem interna como a redação de documentos oficiais. Ocasionalmente, realizou missões diplomáticas envolvendo a França, Alemanha, os Estados papais e diversas cidades italianas, como Milão, Pisa e Veneza.
Entre 1502 e 1503, Maquiavel exerceu o cargo de embaixador junto a César Bórgia, estadista inescrupuloso e capitão das forças papais. Dominava o governo papal e usava todos os meios para conquistar novas terras e estender o domínio da família Bórgia na Itália. Os cinco meses como embaixador junto a César Bórgia o encheu de admiração.
Exílio
Em 1512, quando os Médici derrubaram a República e retomaram o governo de Florença, perdido em 1494, Maquiavel foi destituído de seu cargo e recolhe-se ao exílio voluntário na propriedade de San Casciano, perto de Florença, onde iniciou sua atividade de escritor político, historiador e literato. Em 1513 começa a trabalhar nos “Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio”, em que faz uma análise da República Romana, e procura nas experiências do passado uma solução para os problemas da Itália.
Durante o exílio escreveu também “O Príncipe” (1513), “O Diário em Torno de Nossa Língua” (1516) procurando demonstrar a superioridade do dialeto florentino sobre os demais dialetos da Itália e “A Arte da Guerra”, publicada em 1521, em forma de diálogo, onde expõe as vantagens das milícias nacionais sobre as tropas mercenárias e realiza um exaustivo estudo de estratégia e tática militar.
Maquiavel é visto como um proponente do que viria a ser o cientista empirista moderno, defendendo que expandir a partir da experiência e fatos históricos é o melhor método de se desenvolver uma filosofia consistente, especialmente em política, e que a teorização a partir da imaginação é inútil. Com esta aproximação, Maquiavel foi capaz de afastar a politica da teologia e da filosofia moral, desenvolvendo-a como uma disciplina em si mesma. Assim, contribuiu para a compreensão de como os governantes de fato agem e mesmo para a antecipação de seu comportamento. Defendeu o estudo da fundação de uma nação e a compreensão de seus elementos originais como essencial para a antecipação do futuro.
Grande dificuldade foi encontrada por autores posteriores ao tentar estabelecer a moral de Maquiavel. Devido a sua posição realista acerca da natureza e forma de manutenção do estado e suas instituições, especialmente sua descrição de como a desonestidade e a morte de inocentes pode ser útil aos políticos, em sua obra mais famosa, O Príncipe. Maquiavel foi criticado e repudiado veementemente por diversos estudiosos políticos e, especialmente, teóricos da moral, o que contribui para a associação de seu nome a uma característica inescrupulosa, com a criação do adjetivo "maquiavélico".
Por outro lado, autores como Baruch Spinoza, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot defenderam que Maquiavel era na verdade um republicano e que suas ideias foram extremamente úteis para a compreensão do estado, inspirando o Iluminismo e consequentemente o desenvolvimento da filosofia politica democrática moderna. O autor italiano Benedetto Croce defendeu Maquiavel afirmando que sua posição era a aceitação de que, na realidade, as regras morais afetam muito pouco a ação e decisões dos políticos. A interpretação aceita atualmente é a de que Maquiavel se coloca como um cientista politico, procurando distinguir os fatos da vida politica dos valores do julgamento moral.
Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários. O aristotelianismo teológico foi a mais sofisticada forma de justificação do cristianismo e, na visão de Maquiavel, teve como efeito justificar a preguiça e inação das pessoas frente aos desafios da vida e da sociedade, ao esperar pela providência divina para solucionar tais desafios. Este posicionamento, de recusa da sorte e destino baseados em algo externo a vida humana, classificou Maquiavel como um humanista. Enquanto encontramos em filósofos como Platão a descrição da politica, tornando-o mais próximo de Maquiavel do que Aristóteles, tais filósofos sempre tiveram uma inclinação para posicionar a filosofia acima da politica, enquanto Maquiavel recusava qualquer ideia teleológica, aquelas que postulam causas finais ideais.
Embora seguidores de Maquiavel tenham preferido métodos mais pacíficos e baseados na economia para promover o desenvolvimento, é aceito que a posição de aceitação de riscos, ousadia, ambição e inovação que Maquiavel sugere aos lideres políticos ajudou a fundar novos modos de se fazer politica e negócios.
A Volta à Florença
Em 1519, anistiado, volta à Florença, sob as graças dos Médici. Em 1520, conseguiu do Cardeal Gíulio de Médici a função remuneradade escrever a “História de Florença”, um tratado em estilo clássico, que ficou consagrado como a primeira obra da historiografia moderna.
Em 1526, é encarregado pelo papa Clemente VII de inspecionar as fortificações de Florença e organizar um exército permanente para sua cidade, sob o comando de Giovanni Delle Bande. Em 1527, o saque de Roma pelo imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico, restabeleceu a república em Florença. Maquiavel, visto como favorito dos Médici foi excluído de toda atividade política.
Nicolau Maquiavel faleceu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527. Seu corpo foi sepultado na Igreja da Santa Cruz, em Florença. Morreu sem ver seu sonho realizado, pois a unificação da Itália só se completaria no século XIX.
Características dos personagens e sua descrição social 
O Piloto
Divide o protagonismo da historia juntamente com o pequeno príncipe Quando era criança, o piloto tinha o sonho de ser um artista, mas foi desencorajado por adultos à sua volta. Apesar disso, o piloto faz vários desenhos para o Pequeno Príncipe e revela que a sua visão do mundo é mais parecida com a de uma criança.O piloto simboliza a atitude de perseguir e lutar pelos sonhos. A sua busca pelo poço no deserto revela a importância de aprender as lições através da exploração pessoal.
A Rosa 
Elemento que é objeto do amor do Pequeno Príncipe, mas graças ao seu comportamento contraditório faz com que ele parta em viagem. A Rosa tem uma atitude melodramática e orgulhosa e é simultaneamente convencida e ingênua. O Pequeno Príncipe cede aos seus caprichos e, como cuida muito bem da Rosa, a sua memória faz com que queira regressar ao seu lar.Ela simboliza, portanto, o amor que deve ser cultivado e cuidado. Apresenta características humanas, tanto boas como más.
A Raposa
Aparece na história de forma repentina e misteriosa e estabelece um relacionamento de amizade com o Pequeno Príncipe. Apesar de pedir para ser domada pelo seu amigo, a raposa atua não só como pupila, mas como sua tutora, ensinando-lhe valiosas lições.Representa a sabedoria pois ensina valiosas lições ao rapazinho, sendo as mais importantes: só o coração consegue ver corretamente; o tempo que o Pequeno Príncipe passou longe do seu planeta fez com que valorizasse mais a Rosa; o amor implica uma responsabilidade.
O Carneiro e a Caixa
Quando o Pequeno Príncipe pediu ao Piloto para desenhar um carneiro, não ficou satisfeito com o resultado. Assim, o Piloto desenhou uma caixa, afirmando que dentro dela vivia o carneiro que o Pequeno Príncipe tinha pedido para desenhar.A caixa simboliza o poder da imaginação, capaz de ajudar a contornar problemas que aparecem no dia a dia. O Pequeno Príncipe fica preocupado que o carneiro coma a sua Rosa. Por esse motivo, o carneiro representa a dualidade da entrega do amor: dá prazer, mas também pode ser uma porta para o sofrimento.
Elefante dentro da Jiboia
Este é um desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao Pequeno Príncipe. Inicialmente os adultos não entendiam o desenho e o confundiam com um chapéu, porque a jiboia que comeu o elefante assumiu a sua forma. Para explicar o desenho, o Piloto fez uma segunda versão, um raio X que revela o elefante dentro da jiboia.Esta ilustração pretende demonstrar que nem sempre aquilo que vemos é a realidade. Assim como o primeiro desenho parecia para muitos um chapéu, na vida muitas coisas não são o que parecem à primeira vista.
A Serpente
Este é o primeiro personagem que o Pequeno Príncipe encontra na Terra. É possível fazer um paralelismo com a serpente do livro e a serpente da Bíblia, que convenceu Adão e Eva a comer o fruto proibido, o que resultou na expulsão do Éden. A cobra de Saint-Exupéry é responsável por enviar o Pequeno Príncipe à sua casa através da sua mordida venenosa.
Ela representa o fenômeno da morte e, apesar de falar por enigmas, não requer tanta interpretação como outros personagens porque fala com franqueza.
O Rei
O Pequeno Príncipe encontra o Rei no primeiro planeta que visita. Apesar de pensar que ele governa todo o Universo, o seu poder é vazio porque ele só pode dar ordenar coisas que aconteceriam mesmo sem que ele mandasse. Ele faz tudo para que o Pequeno Príncipe ficasse com ele, mas como não consegue, o nomeia seu embaixador quando ele vai embora.O rei é mandão, mas tem um bom coração e ensina a lição que “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”.
O Bêbado 
Um homem envolvido em tristeza que afirma que bebe para esquecer a vergonha de beber. O Pequeno Príncipe fica com pena dele, mas ao mesmo tempo fica intrigado com a sua atitude perante a vida.O bêbado representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir da realidade ou resolver um determinado problema através de um vício
O Homem de negócios .
Completamente envolvido nos seus cálculos, o Homem de Negócios quase não nota a presença do Pequeno Príncipe. Este personagem se apropria das estrelas, afirmando ser mais rico desse jeito. O Pequeno Príncipe entende que a sua lógica é parecida com a do Bêbado e afirma que não vale a pena ser dono de alguma coisa se não se cuida delas.O homem de negócios tem a função de caricatura dos adultos, que muitas vezes estão tão envolvidos nos seus negócios que não conseguem aproveitar a vida. É o único personagem criticado abertamente pelo Pequeno Príncipe.
O Acendedor de lampiões 
Inicialmente o Pequeno Príncipe pensa que é apenas mais uma pessoa com comportamento ridículo e sem propósito. No entanto, ao verificar a devoção e empenho no seu trabalho, chega a admirá-lo. Tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia, mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja extenuante.O Acendedor de Lampiões simboliza as pessoas que cumprem determinadas tarefas sem pensamento crítico, muitas vezes fazendo coisas sem sentido ou sem entender porquê.
O Geógrafo 
Um homem com bastante conhecimento geográfico e que escreve vários livros. Não obstante a sua inteligência sobre outros lugares, não conhece nada sobre o seu próprio planeta, afirmando que não é a sua função explorá-lo. É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao planeta Terra.Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado e se arrepende de tê-la deixado.
O Astrônomo 
O astrônomo turco foi o primeiro humano a descobrir o asteroide B-612, a casa do Pequeno Príncipe. Quando este personagem fez esta descoberta, ninguém acreditou porque ele vestia roupas típicas turcas. No entanto, foi ouvido quando, anos mais tarde, fez a apresentação com roupas ocidentais.O astrônomo turco representa o problema da xenofobia e racismo na sociedade, onde pessoas são julgadas de acordo com a sua roupa, raça ou local de nascimento.
O Vaidoso 
É o único habitante no seu planeta e tem uma enorme necessidade de ser reconhecido e elogiado pelos outros. Ele pergunta se o Pequeno Príncipe o admira e pede para que ele diga que é o mais inteligente, o mais bonito e o mais rico do planeta, o que é estranho para o protagonista, já que o vaidoso é a única pessoa existente por ali.Este personagem ensina que nós não podemos depender dos elogios dos outros para encontrarmos o nosso valor.
Resumo do livro com detalhes sociológicos 
O livro ‘O Pequeno Príncipe’ é a história da experiência de um aviador que por causa de uma pane no motor de seu avião, fez um pouso emergencial no meio do deserto do Saara, na África. Depois de adormecer é acordado por um principezinho que lhe pede para desenhar um carneiro. Em oito dias de contato com o pequeno príncipe muitos coisas novas e antigas são reveladas ao aviador. Um pequeno menino, que veio de um pequeno planeta distante da terra, saiu em busca de conhecimento para entender e viver melhor com uma rosa que ele achava que era a única no mundo. Os encontros narrados pelo jovem príncipe encantam o aviador. Em cada encontro um novo conhecimento, uma nova pergunta, um novo horizonte era aberto na vida daquele que buscava sentido para aexistência. Uma raposa, uma cobra, uma flor, um poço no meio do deserto tudo é motivo de reflexão na história criada pelo autor. A história termina em forma de mistério. Um dia o aviador acorda e não vê o pequeno príncipe e sai correndo à sua procura, quando o avista sentado num muro ao lado de uma serpente. No outro dia, em sinal de desespero o aviador tenta ajudar o menino de todas as formas, mas ele está feliz porque tem a certeza que vai voltar ao seu mundo, ao seu planeta. Porém, uma dúvida fica com o aviador, ao desenhar uma correia para o carneiro ele havia se esquecido de juntar a correia de couro, será que o carneiro iria devorar a orgulhosa flor do principezinho? Aberto para o pensamento termina a obra, assim como todos os encontros que dão sentido a nossa vida. a época de guerra e o exílio fazem o autor encontrar na história do pequeno príncipe, um meio de fugir ao ódio dos homens e de penetrar no iluminado mundo de sua infância. Toda a obra ‘O Pequeno Príncipe’ está recheada da realidade vivida pelo autor em sua vida que de no sentido figurado tenta entender e dar sentido a tudo que viveu e ainda queria viver. O escritor viveu uma constante busca de compreensão da vida e encontrou, na humanidade, respostas para suas dúvidas e angústias. O pequeno príncipe é uma metáfora onde se percebe a vontade de compreender as crianças, como alcançar a verdadeira dignidade do homem, continuando a olhar as coisas com a simplicidade de seus corações e não com a vaidade dos pretensiosos. A forma existencial como o livro pode ser olhado evidencia a busca de identidade através do encontro com o outro e o sentido da vida e da morte. 
Temas atuais descritos e no livro com referencias dos capítulos e personagens.
O aviador era um homem que aprendeu a viver conforme as regras do mundo adulto, mas que verdadeiramente não sabia onde tinha chegado nem a razão maior de ser assim. A falta de amigos e a escondida sensação de falta de sentido na vida eram suas maiores companheiras até aquele momento de encontro com o menininho no deserto. Saber quem era não era suficiente para dizer e construir sua identidade. O encontro com o pequeno príncipe vai abalar suas mais profundas estruturas com reflexões sobre a questão tantas vezes levantadas no decorrer de sua existência: quem sou eu? Nas palavras de autor a ousadia de um primeiro passo para a construção da identidade: “Quando o mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer”(pagina 10). Seguir a intuição para não deixar incompleta a meta de construir a identidade pessoal e humana e se realizar conhecendo a si mesmo e o mundo. Foi o início de um encontro que para aquele homem que pode muito bem representar o humano na sua totalidade. Os diálogos entre o principezinho e o aviador são marcados por perguntas cujas respostas não vinham, de maneira fácil: “De onde vens, meu caro? Onde é tua casa? Para onde queres levar meu carneiro? A cada dia eu ficava sabendo mais alguma coisa. Mas isso devagarzinho, ao acaso das informações colhidas de suas observações” (pagina 14-19) O conhecimento do outro e do seu mundo é importantíssimo para o reforço da identidade própria. É no encontro com o outro que nos conhecemos de forma mais consistente. No quinto dia de convivência entre o pequeno príncipe e o aviador uma revelação faz aprofundar a visão de mundo que o aviador havia construído até aquele momento. O principezinho tinha uma rosa em seu planeta. Um rosa a qual ele amava de todo coração. Esta rosa bonita e orgulhosa que tinha encantado o menino era também motivo de muitas de suas preocupações: Como cuidar de um carneiro em seu planeta sem que ele a comesse? A reflexão sobre o que é realmente importante para a vida é o tema que se dá a esse episódio. De um lado o aviador concentrado em arrumar o motor de seu avião e do outro o principezinho angustiado com o perigo de um carneiro desenhado num papel comesse sua bela rosa. Uma pergunta brota de tal questão: O que é mais importante? A vida ou o sentido que damos a ela? A afirmativa do pequeno príncipe é direta “Tu confundes todas as coisas... Misturas tudo!”(pagina 26).O aviador estava preso ao que devia fazer pelo instinto natural de sobrevivência (consertar o motor) e o pequeno príncipe estava ligado ao sentido de toda a sua viagem pelo universo (uma rosa). Mais uma vez o pequeno menino mostra sabedoria insinuando que a vida vale pelo sentido que damos a ela e não pelas pequenas ou grandes coisas que fazemos. O pequeno príncipe depois de ter vivido sua pior experiência na terra deitou na relva e chorou. Ele pensava que possuía uma rosa que era única no universo, mas quando chegou num jardim cheio de rosas percebeu que o que ele tinha era uma rosa como outras milhares de rosas daquele jardim e quem sabe de tantos outros lugares. O seu mundo caiu, pois ele se julgava importante por possuir aquela rosa única, mas agora não é mais tão poderoso como pensava. Foi nesse momento que um ‘bom dia’ interfere seus pensamentos tristes para um encontro que ia mudar a sua vida. Era uma raposa que se apresentava ao menino com o desejo de relacionar-se. O ser humano é um ser de relação. Todo relacionamento abre possibilidades na vida. Uma das possibilidades apontadas no encontro do pequeno príncipe com a raposa é a do significado. Qual o significado que o outro tem na minha vida? Uma rosa igual a milhares de outras rosas. Uma raposa igual a centenas de outras raposas. Um menino igual a tantos outros meninos. O que diferencia um do outro? Segundo o diálogo entre o pequeno príncipe e a raposa o que faz a diferença entre as rosas é o significado. Quando andamos por uma rua encontramos com centenas de pessoas, mas quando avistamos alguém que conhecemos a nossa reação é diferente, pois esta pessoa tem um significado pra nós que a diferencia de todas as outras. O pequeno príncipe depois das devidas apresentações convida a raposa para brincar com ele. A raposa diz que não poderia brincar com ele enquanto não a cativasse. Cativar segundo a historia é criar laços em, outras palavras, dar significado um ao outro. O ato de cativar também está ligado diretamente ao conhecimento “a gente só conhece bem a coisas que cativou” (pagina 67).
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz”(pagina 67). O outro cria expectativas de felicidade quando se entrega num relacionamento. 
Na despedida do principezinho com a raposa uma revelação deixa o menino impressionado: “o essencial é invisível aos olhos” (pagina 70). Quando faz o convite a olharmos o essencial das coisas e dos seres reafirma o valor da construção da identidade humana e o sentido para a sua vida. A essência do ser é aquilo que faz com que o ser seja ser e não coisa. Mas, essência é algo inerente ao ser ou é algo construído? Em outras palavras é o ser humano aquilo que deve ser segundo sua essência ou ele se constrói com um projeto no mundo? Ao que parece o pequeno príncipe é um ser em construção, ou seja, a sua existência precede sua essência que vai sendo descoberta e construída através do encontro como outro e com o mundo.
O primeiro ser que o pequeno príncipe encontra no planeta terra é uma serpente do deserto. Ele queria encontrar os homens e fazer amigos para quem sabe assim entender melhor a sua rosa. Dois sentimentos estão no coração do menino naquele encontro. A ansiedade de entender as coisas da vida e a solidão de estar num deserto tão longe de tudo. O principezinho queria entender a vida, queria entender sua rosa e queria conhecer os homens. Porém, a serpente lhe apresenta a morte como solução para muitas dessas angústias. Mostrando o seu poder ela disse ao pequeno príncipe: “Eu posso levar-te mais longe que um navio” (pagina58) e, após um pouco de conversa, entendendo a busca do menino, para concluir este primeiro diálogo entre eles, ela afirma: “Posso ajudar-te um dia, se tiveres saudade do teu planeta” (pagina60). Vai se passar um ano até os dois se reencontrarem. A morte é um acontecimento que marca a vida de todas as pessoas e semprefoi tema de debates entre os povos. A morte, tendo uma importância que vai além do acontecimento físico para o ser humano, faz com que ele vá atrás de explicações, a tentativa de explicar a morte e o que vem depois dela pode ser também uma reação ao medo e insegurança com o que vem depois. O medo de morrer ou de como morrer está presente na vida de muitas pessoas. O fato de não saber o que acontece depois, ou mesmo se existe um depois, traz para o ser humano um sentimento de angústia.
Pensamento politico e sociológico de Nicolau Maquiavel 
O significado do pensamento de Nicolau Maquiavel não foi adequadamente compreendido em toda a história. Mais do que a proposição de ruptura entre política e moral, o autor foi capaz de lançar mão de um racionalismo e realismo únicos, apresentando uma inovação nos escritos de natureza política, afastando-se da ética e da religião. O autor florentino, foi eleito conselheiro de tiranos, deificado e visto como mártir da liberdade. Foram trezentas e noventa e cinco referências a ele pertencentes, apenas no século XVII – peças de teatro, poesia e toda a literatura da época.
Maquiavel parece ter o mérito de abandonar a compreensão medieval da cosmogonia do poder político e espiritual presentes nos livros atribuídos a Dionísio. Conseguiu abandonar a superstição, adotando estilo e pensamento voltados ao meio antropocentrista de conceber o mundo e substituir o mito do homem assinalando que a virtude humana faz a política e constitui os impérios. Ademais, passa ser, após os escritos do autor, a liberdade a nova religiosidade, uma vez que a janela das possibilidades (antes restrita pelo temor) se abre quase que por completo. Eis aí o surgimento do homem demiurgo político e criador, o príncipe!
O que parece ser o objetivo do livro é traçar um retrato das adversidades que os príncipes (ou soberanos) precisam enfrentar. Para Nicolau, o universo humano é cíclico, de modo que tudo se repete. Isso quer dizer que, o caminho da imitação pode ser usado como guia para evitar erros que podem arruinar os poderosos. Fica evidente a concepção utilitarista da história: saber a história é acumular exemplos, para poder imitar. No entanto, o autor entendia que adversidades aconteceriam porque a natureza do homem era má e volúvel, mostrava-se avesso ao essencialismo grego, que via na natureza humana uma tendência à excelência moral, destoando da interpretação de Rousseau (da bondade do homem) e assemelhando-se à interpretaçao de Max Webber. Um bom governante deveria estar atento a esses conselhos e manter uma relação equilibrada entre a virtú (A capacidade do ator político agir adequadamente ao momento em questão. Não se pode confundir com a virtude cristã) e a fortuna (algo que pode ser representado como a sorte, uma força que não pode ser dominada inteiramente pelo homem).
Ronda também o escrito de Maquiavel o pessimismo antropológico, uma vez que não existe instância alguma isenta de problemas ou que não possa ser atingida por algum mal. A utopia registrada por diversos autores da época que abandonada pelo autor florentino, de modo que este consegue observar de forma autônoma e racional a realidade política. Também é ele que traz a primeira noção de “dever-ser”, assinalando a contradição existente entre o desejo do bem e a necessidade de recorrer ao mal: “tamanha diferença se encontra entre o modo como se vive e o modo como se deveria viver”
Na vida particular, o pensador combateu a corrupção, a degeneração das repúblicas, a perda dos costumes e a incapacidade de atuação dos políticos. Erigiu a força e a coragem do agente político em usar todos os meios necessários para a eficácia da ação, inclusive os maus como “virtú”, aconselhando como moral a seguir aquela que traz resultados e eficácia política, que não recua ante a malícia dos meios. Em outras palavras, o príncipe deveria agir de acordo com a necessidade, não sendo apenas bom, mas usando do mal quando necessário. Não havia imoralidade no seu texto, mas a colocação da ação política (construída pela soma da virtú e da fortuna) em primeiro plano, como uma área de ação autônoma levando a um rompimento com a moral social. A conduta moral e a ideia de virtude como valor para bem viver na sociedade não poderiam ser limitadores da prática política. A soberania do príncipe dependeria de sua prudência e coragem para romper com a conduta social vigente, a qual seria incapaz de mudar a natureza dos defeitos humanos.
Maquiavel considerava que a força do poder estava na capacidade legisladora do príncipe, e não num poder que emanava de um ser supremo. O pensador era incisivo em afirmar que haviam vícios que seriam virtudes, não devendo temer o príncipe que deseje se manter no poder, nem esconder seus defeitos, se isso fosse indispensável para salvar o Estado.
Distritos Sociais discriminados no Livro. 
Piloto:Na historia de Saint -Exúpery o piloto representa o próprio autor,o distrito social representado por esta personagem é a de um homem de classe média,que deve seguir um o mesmo padrão de vida e de comportamento dos demais indivíduos pertencentes á mesma.No trecho “As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática”(página 2),o possível talento de desenhar do piloto quando criança fora desprezado pelos adultos,que consideravam as formações acadêmicas superiores aos hobbys do menino. 
O Bêbado: A figura de um homem beberão, que usa do álcool para de fugir de sua realidade.O distrito social representado é o dos indivíduos da classe baixa,que geralmente fazem o uso dessa droga licita por não suportarem a realidade em que vivem,seja na área sentimental,familiar,financeira.
O Homem de Negócios:Este homem orgulhoso e prepotente só se preocupa com seus próprios interesses “ Hem? Ainda estás aqui? Quinhentos e um milhões de... eu não sei mais... Tenho tanto trabalho. Sou um sujeito sério, não me preocupo com ninharias! Dois e cinco, sete... “(pagina 31).Representando o mundos dos negócios, o sistema Capitalista onde tudo gira em torno dos lucros,onde bens materiais são mais importantes do que pessoas.
O Vaidoso:Esta personagem está bem caracterizado na realidade em que vivemos, na era das redes sociais,onde” likes,seguidores e visualizações”, são supervalorizados, a consequência disso é camarotização da sociedade onde o ter é mais importante do que o ser.Fazendo com que nos tornássemos indivíduos exibicionistas,mostrando como nossa vida é melhor do que a do outro. “Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais rico, mais inteligente e mais bem vestido de todo o planeta.”(Página 29).

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