Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/338412730 ESCALA DE PERCEPÇÃO DE FLUÊNCIA LEITORA Article · January 2020 DOI: 10.15601/f@d.v11i2.2091 CITATIONS 0 READS 124 2 authors: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Fluency in reading View project Luciana Mendonça Alves Izabela Hendrix Methodist Institute 39 PUBLICATIONS 123 CITATIONS SEE PROFILE Leticia Correa Celeste University of Brasília 30 PUBLICATIONS 36 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Leticia Correa Celeste on 06 January 2020. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/338412730_ESCALA_DE_PERCEPCAO_DE_FLUENCIA_LEITORA?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/338412730_ESCALA_DE_PERCEPCAO_DE_FLUENCIA_LEITORA?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Fluency-in-reading?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luciana_Mendonca_Alves?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luciana_Mendonca_Alves?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Izabela_Hendrix_Methodist_Institute?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luciana_Mendonca_Alves?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Leticia_Celeste?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Leticia_Celeste?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/University_of_Brasilia?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Leticia_Celeste?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Leticia_Celeste?enrichId=rgreq-842eb5a4427dc1cefad1f51cc6ad947c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzODQxMjczMDtBUzo4NDQ0OTQ5MjQ2ODEyMTdAMTU3ODM1NDY4ODM0NQ%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf 195 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 ESCALA DE PERCEPÇÃO DE FLUÊNCIA LEITORA Luciana Mendonça Alves1 Letícia Correa Celeste2 Resumo O presente artigo se propõe a apresentar uma escala brasileira de avaliação dos parâmetros de fluência leitora, denominada Escala de Percepção de Fluência Leitora. O propósito da escala é avaliar os principais domínios relacionados a fluência leitora, de forma a direcionar os avaliadores para um melhor entendimento do funcionamento de tal habilidade. A escala é aplicável em ambientes escolares e clínicos e independe da presença de queixa de dificuldades de leitura, uma vez que deve ser utilizada como instrumento de avaliação e monitoramento do desempenho em fluência leitora por escolares do Ensino Fundamental I e II. A Escala de Percepção de Fluência Leitora possibilita a avaliação perceptiva dos principais domínios relacionados a fluência leitora, a saber: fluidez, pausas, velocidade, entonação e expressividade. É uma Escala de domínio público, ou seja, aberta e disponível para uso livre, desde que respeitados os direitos autorais. Palavras-chave: Escala. Fluência de leitura. Avaliação. Introdução A leitura é uma das habilidades mais importantes para o desenvolvimento da aprendizagem e consequentemente do potencial produtivo no contexto atual. Ao contrário da linguagem oral, que é aprendida a partir da exposição ao idioma, a linguagem escrita ocorre por instrução dirigida. Em línguas como o Português é essencial a compreensão do sistema alfabético da língua para que tal aprendizado ocorra. Segundo o National Reading Panel 1Pós Doutora em Linguística pelo Laboratoire Parole et Langage (LPL) – França, Doutora e Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em Linguagem e Fonoaudiologia Educacional pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), Professora Adjunta do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG. E-mail: lumendoncaalves@gmail.com 2Pós Doutora em Psicanálise pela Université Paris Diderôt (Paris VII) – França, Doutora e Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em psicopedagogia, Professora Adjunta do curso de Fonoaudiologia e docente permanente da Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade de Brasília (UnB). E-mail: leticiacceleste@gmail.com mailto:lumendoncaalves@gmail.com mailto:leticiacceleste@gmail.com 196 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 (2000), as áreas cruciais para a aprendizagem da leitura são a consciência fonológica, a instrução fônica, a fluência leitora, o vocabulário e a compreensão dos textos lidos. Dentre os tópicos citados, a fluência leitora é a que menos recebe atenção nos estudos científicos e práticas pedagógicas no Brasil. Tanto a avaliação da fluência como a instrução desta habilidade são escassamente exploradas nos currículos de leitura de nossas escolas. No entanto, os relatórios e painéis de orientações de várias localidades com altos índices de desenvolvimento recomendam o tópico nos currículos de formação de professores (REPORT OF THE NATIONAL READING PANEL, 2006; SNOW, 1998; US NATIONAL INSTITUTE OF CHILD HEALTH AND HUMAN DEVELOPMENT, 2000; NATIONAL INQUIRY INTO THE TEACHING OF LITERACY, 2005; ROSE REPORT (UNITED KINGDOM), 2006; UNITED KINGDOM PRIMARY NATIONAL STRATEGY, 2006). Fluência leitora é a capacidade de ler com precisão, rapidez e expressividade (CARNINE et al., 2006). Quando uma leitura é realizada com fluência, normalmente os recursos cognitivos estão liberados para que o leitor se concentre no conteúdo lido, facilitando o acesso ao significado. A relação entre fluência leitora e compreensão de textos tem sido comprovada por várias pesquisas nas últimas décadas (SCHWANENFLUGEL et al., 2004; MILLER; SCHWANENFLUGEL, 2006; PAIGE et al., 2014; ALVES; REIS; PINHEIRO, 2015; MACHADO et al., 2019; MARTINS; CAPPELINI, 2019). Avaliações tanto padronizadas quanto informais da fluência de leitura oral são recomendadas pelas estratégias educacionaisde várias localidades, como Reino Unido, Estados Unidos e Austrália. Atualmente duas escalas de avaliação tem sido as mais utilizadas nas práticas educacionais e pesquisas sobre o assunto. São elas a NAEP (National Assessment of Educational Progress) - Avaliação Nacional do Progresso Educacional e a MDFS (Multi- Dimensional Fluency Scale) - Escala de Fluência Multidimensional. As escalas apresentam as habilidades importantes para a fluência leitora e o avaliador (professor ou profissional clínico) devem assinalar aquelas correspondentes a leitura oral do escolar avaliado. Enquanto a NAEP apresenta quatro níveis de leitura em que o avaliador deve, pelas características presentes em cada um, assinalar aquele correspondente ao nível do avaliado, a MDFS apresenta quatro áreas (domínios da leitura fluente) nas quais o avaliador deve pontuar o desempenho do escolar, sendo a pontuação final indicativa do bom desenvolvimento ou alerta (ZUTELL; RASINSKI, 1991; UNITED STATES OF AMERICA’s DEPARTMENT OF EDUCATION, 197 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 2002; SMITH; PAIGE, 2019). Tais escalas foram desenhadas pensando-se nos padrões de fluência da língua Inglesa. O presente artigo se propõe a apresentar uma escala brasileira de avaliação dos parâmetros de fluência leitora, denominada Escala de Percepção de Fluência Leitora. Escala de Percepção de Fluência Leitora O propósito da Escala de Percepção de Fluência Leitora é avaliar os principais domínios relacionados a fluência leitora, de forma a direcionar os avaliadores para um melhor entendimento do funcionamento de tal habilidade junto ao avaliado. Podem utilizar a Escala professores, demais profissionais da educação ou profissionais da área clínica ligados aos cuidados de escolares com queixas de dificuldades escolares, como fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. A escala é aplicável em ambientes escolares e clínicos e independe da presença de queixa de dificuldades de leitura, uma vez que deve ser utilizada como instrumento de avaliação e monitoramento do desempenho em fluência leitora por escolares do Ensino Fundamental I e II. A Escala apresenta cinco domínios: fluidez, pausas, velocidade, entonação e expressividade. Para cada domínio há uma frase de referência sobre a habilidade, e o avaliador deve assinalar, em uma escala likert de 5 níveis, se tal habilidade não está desenvolvida (1), se está pouco desenvolvida (2), em desenvolvimento (3), parcialmente desenvolvida (4) ou totalmente desenvolvida (5). A escala apresenta as características típicas do nível 1 (não desenvolvido), 3 (em desenvolvimento) e 5 (totalmente desenvolvido), de forma que quando não se enquadrem no nível 1 ou 3, assinala-se o 2, e da mesma forma, entre o 3 e o 5, assinala-se o 4. Os domínios e características de cada nível de desenvolvimento foram construídos a partir de pesquisas da literatura internacional, e, sobretudo, de estudos nacionais (CELESTE; REIS, 2012; ALVES et al., 2015; COSTA; MARTINS-REIS; CELESTE, 2016; CELESTE et al., 2018; ANDRADE; CELESTE; ALVES 2019; MARTINS; CAPELLINI, 2019) e das práticas clínicas e educacionais das pesquisadoras que a desenvolveu. São cinco parâmetros, a saber: fluidez, pausas, velocidade, entonação e expressividade. 198 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 A fluidez na leitura diz respeito a sensação que o leitor transmite de que não há quebras na pronúncia entre os sons. Segundo Chan et al. (2018), o correlato acústico dessa sensação é o efeito da chamada coarticulação. Na prática, para que o leitor consiga ler e pronunciar sua leitura em voz alta com o efeito da coarticulação é necessário que ele tenha um bom domínio da rota lexical, ou seja, que tenha o reconhecimento automático das palavras, e não faça a leitura via rota fonológica. A relevância da automaticidade no reconhecimento de palavras para a fluência de leitura já é bastante consolidada na literatura, desde estudos sobre desenvolvimento leitor (LABERGE; SAMUELS, 1974), como preditora de fluência (ROEMBKE et al., 2019) e até estabilidade neural na leitura (LAM et al., 2017). As pausas, segundo parâmetro da Escala, são os momentos de silêncio que ocorrem durante a leitura. Em termos gramaticais, Viola e Madureira (2008) classificaram as pausas em dois grupos: marca de fronteira de grupo entonacional e coincidente com fronteiras sintáticas (dentro ou entre sentenças). Na leitura, é importante que as pausas sejam analisadas em conjunto com os sinais de pontuações e unidades de informação. Isso porque o uso das pausas em locais inapropriados pode marcar, educacionalmente e clinicamente, um momento de quebra de fluência de leitura. O esquema abaixo apresenta a subdivisão. Figura 1: Subdivisão das pausas na análise formal da fluência de leitura Fonte: das autoras A velocidade de leitura é o terceiro parâmetro da Escala e representa a rapidez com a qual o leitor pronuncia as palavras. Foi bastante estudada na literatura, mostrando claramente evolução da fluência com o passar dos anos escolares (CELESTE et al., 2018; ANDRADE et al., 2019) ou apontando alguma dificuldade leitora (ALVES et al., 2015). O ideal, na prática 199 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 escolar e clínica, é que o(a) estudante seja capaz de ler sem esforço, próximo à velocidade da fala espontânea. A entonação na leitura diz respeito à variação melódica que o leitor utiliza na expressão do texto. Na Escala aqui apresentada, correlaciona-a diretamente com sinais de pontuação: um ponto final, que representada a modalidade declarativa da fala, exige uma curva melódica descendente, enquanto um ponto de interrogação, modalidade interrogativa, é expresso por uma curva ascendente (REIS et al., 2011). Por fim, a expressividade na Escala representa a forma como o leitor interage com o texto e se engaja no momento da leitura no sentido de expressar suas atitudes e emoções ao ler o texto. É a união de todos os parâmetros aqui levantados, porém de forma organizada e harmoniosa. Apesar de estudos envolvendo velocidade de fala e variação melódica na leitura já terem sido realizados nacional e internacionalmente (LABERGE; SAMUELS, 1974; ALVES et al., 2015; CELESTE et al., 2018; ANDRADE et al., 2019), pesquisas sobre ênfase, ritmo e cadência na leitura são mais escassas. Todos esses parâmetros devem ser assinalados individualmente na Escala para posterior análise. Para a interpretação dos resultados obtidos, são apresentados critérios numéricos de interpretação (entre pontuações baixas e altas), e também referências as cores em que cada domínio foi assinalada, de forma a facilitar a sua compreensão. Assim, conforme apontado, as habilidades que foram pontuadas em 4 e 5 (e marcadas em tons de verde) são indicativas de bom desenvolvimento da fluência leitora. É um indício de que o escolar progride bem. Aquelas assinaladas no número 3 (em amarelo) indicam habilidade em desenvolvimento. Sugere-se observação ao desenvolvimento da leitura deste escolar. E finalmente as habilidades marcadas em 1 ou 2 (em tons de vermelho) constituem as fases iniciais do desenvolvimento da fluência de leitura, e, portanto, podem indicar alerta se forem observadas em escolares que já não estão mais nos anos iniciais do ensino fundamental. Neste caso, uma observação atenta ao desenvolvimento da leitura de tal escolar deve ser conduzida periodicamente, orientações e estratégias educacionais para o desenvolvimento da leitura devem ser realizadas, e no caso de não evolução após 6 meses dos sintomas e mediante os ajustes realizados, tais escolares devem ser encaminhados para avaliação especializada. A escala é apresentada a seguir (Figura 2). 200 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE- BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 Figura 2: Escala de Percepção de Fluência Leitora Fonte: das autoras 201 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 Sugere-se, como pesquisas futuras, estudos para validação interna e externa da escala apresentada, bem como a comparação dos resultados perceptivos com dados acústicos de leitura de escolares. Conclusão A Escala de Percepção de Fluência Leitora possibilita a avaliação perceptiva dos principais domínios relacionados a fluência leitora, a saber: fluidez, pausas, velocidade, entonação e expressividade. É uma Escala de domínio público, ou seja, aberta e disponível para uso livre, desde que respeitados os direitos autorais. READING FLUENCE PERCEPTION SCALE Abstract: This paper proposes to present a Brazilian scale for evaluation of reading fluency parameters, called Reading Fluency Perception Scale. The purpose of the scale is to evaluate the main domains related to reading fluency, in order to direct the evaluators to a better understanding of the functioning of such ability. The scale is applicable in school and clinical environment and it is independent of reading difficulties complaint, since it should be used as a tool for elementary school students’ reading fluency performance assessment and monitoring. The scale has five domains: fluidity, pauses, speed, intonation and expressiveness. Keywords: Scale. Reading fluency. Assessment. ESCALA DE PERCEPCIÓN DE LA FLUENCIA LECTORA Resumen Este artículo presenta una escala brasileña para evaluar los parámetros de la fluencia lectora, llamada Escala de percepción de la fluencia lectora. El propósito de la escala es evaluar los dominios principales relacionados con la fluencia lectora, con el fin de proporcionar a los evaluadores una mejor comprensión del funcionamiento de esta habilidad. La escala se aplica en contextos escolares y clínicos, y es independiente de la presencia de dificultades de lectura, ya que debe ser utilizada como un instrumento para la evaluación y el seguimiento del rendimiento de la fluencia lectora de los estudiantes de primaria I y II. La Escala de percepción de la fluencia lectora permite evaluar la percepción de los principales dominios relacionados con la fluencia lectora, como: fluidez, pausas, velocidad, entonación y expresividad. Es una Escala de dominio público, abierta y disponible para uso gratuito, siempre que se respeten los derechos de autoría. Palabras clave: Escala. Fluencia lectora. Evaluación. 202 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 Referências ALVES, L.M.; REIS, C.; PINHEIRO, A. Prosody and reading in dyslexic children. Dyslexia. v. 21, n.1, p. 35-49. 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1002/dys.1485. Acesso em: 10 dez. 2019. ANDRADE, Alair Junio Lemes, CELESTE, Leticia Correa, ALVES, Luciana Mendonça. Caracterização Da Fluência de Leitura Em Escolares Do Ensino Fundamental II. Audiology - Communication Research. v. 24, p. e1983. 2019. AUSTRALIAN GOVERNMENT: DEPARTMENT OF EDUCATION, SCIENCE AND TRAINING. National Inquiry into the Teaching of Literacy 2005. Teaching reading - A review of the evidence-based research literature on approaches to the teaching of literacy, particularly those that are effective in assisting students with reading difficulties. Australian Government Department of Education, Science and Training. 2005. Disponível em: https://research.acer.edu.au/cgi/viewcontent.cgi?article=1034&context=tll_misc. Acesso em: 10 dez. 2019. CARNINE, D. et al. Teaching Reading to Struggling and At-Risk Readers. New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2006. CELESTE, L.C., REIS, C.. Análise Entonativa Formal: INTSINT Aplicado Ao Português. Journal of Speech Sciences, v.2, n.2, p. 3–21.2012. Disponível em: http://revistas.iel.unicamp.br/ojs_joss/index.php/journalofspeechsciences/article/download/49/ 46. Acesso em: 10 dez. 2019. CELESTE, L.C. et al. Prosodic parameters of reading in 2nd to 5th grade students. CoDAS v. 30, n.1. p. e20170034. 2018. CHAN, T.W., TAYLOR, R.C. AND GICK, B. Coarticulation in Speech Production. Canadian Acoustics, v. 46, n. 4. p. 52-53. 2018. COSTA, Luanna Maria Oliveira, MARTINS-REIS, Vanessa de Oliveira, CELESTE Leticia Correa. Methods of Analysis Speech Rate: A Pilot Study. CoDAS, v. 28, n.1, p. 41–45. 2016. DEPARTMENT FOR EDUCATION AND SKILLS OF UNITED KINGDOM. Primary framework for literacy and mathematics. Primary National Strategy. 2006. Disponível em: http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20100202100434/nationalstrategies.standards.dcsf. gov.uk/node/84445. Acesso em: 10 dez. 2019. LABERGE, D., SAMUELS, S. J. Toward a theory of automatic information processing in reading. Cognitive Psychology, v. 6, p. 293–323. 1974. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0010028574900152?via%3Dihub. Acesso em: 10 dez. 2019. LAM, S.S.Y. et al. Neural stability: A reflection of automaticity in reading. Neuropsychologia. v. 103, pp.162-167. 2017. MACHADO A. P., SANTOS I. M., CRUZ D. S. Diagnóstico de leitura de estudantes: interfaces entre automaticidade e compreensão leitora. Revista Ponto de Vista, v. 8, n. 1, p. 47-61. 2019. http://dx.doi.org/10.1002/dys.1485 https://research.acer.edu.au/cgi/viewcontent.cgi?article=1034&context=tll_misc http://revistas.iel.unicamp.br/ojs_joss/index.php/journalofspeechsciences/article/download/49/46 http://revistas.iel.unicamp.br/ojs_joss/index.php/journalofspeechsciences/article/download/49/46 http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20100202100434/nationalstrategies.standards.dcsf.gov.uk/node/84445 http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20100202100434/nationalstrategies.standards.dcsf.gov.uk/node/84445 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0010028574900152?via%3Dihub 203 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 MARTINS M. A., CAPELLINI S. A. Relação entre fluência de leitura oral e compreensão de leitura. CoDAS. v, 31, n. 1, p. e20170244-e20170244. 2019. MILLER, J. M.; SCHWANENFLUGEL, P. J. Prosody of syntactically complex sentences in the oral reading of young children. Journal of Educational Psychology, v. 98, p. 839–853. 2006. NATIONAL INSTITUTE OF CHILD HEALTH AND HUMAN DEVELOPMENT 2000, Report of the National Reading Panel. Teaching children to read: An evidence-based assessment of the scientific research literature on reading and its implications for reading instruction (NIH Publication No. 00-4769). U.S. Government Printing Office: Washington, D.C. 2000. Disponível em: www.nichd.nih.gov/publications/pubs/nrp/documents/report.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019. National Institute for Child Health and Human Development 2006. Report of the National Reading Panel: Teaching Children to Read, Findings and Determinations of the National Reading Panel by Topic Areas. 2006. Disponível em: https://www.nichd.nih.gov/publications/pubs/nrp/Pages/findings.aspx. Acesso em: 10 dez. 2019. PAIGE, D. D. et al. Interpreting the relationships among prosody, automaticity, accuracy, and silent reading comprehension in secondary students. Journal of Literacy Research, v. 46, p. 123–156. 2014. REIS, César; ANTUNES, Leandra; PINHA, Vanessa. Prosódia de declarativas e interrogativas totais no falar marianense e belorizontino no âmbito do Projeto AMPER. Anais do Colóquio Brasileiro de Prosódia da Fala, v. 1, n. 1, 2011. ROEMBKE, T.C., HAZELTINE, E., REED, D.K. AND MCMURRAY, B. Automaticity of word recognition is a unique predictor of reading fluency in middle-school students. Journal of Educational Psychology, v. 111, n. 2, p.314. 2019. ROSE, J. Independent review of the teaching of early reading. Bristol: Department for Education and Skills. 2006. Disponível em: http://dera.ioe.ac.uk/5551/2/report.pdf . Acesso em:10 dez. 2019. SCHWANENFLUGEL, P. J. et al. Becoming a fluent reader: Reading skill and prosodic features in the oral reading of young readers. Journal of Educational Psychology, v. 96, p. 119–129. 2004. DOI: 10.1037/0022-0663.96.1.119. SMITH, G.S., PAIGE, D.D. A Study of Reliability Across Multiple Raters When Using the NAEP and MDFS Rubrics to Measure Oral Reading Fluency, Reading Psychology, v. 40, n. 1, p. 34-69. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1080/02702711.2018.1555360. Acesso em: 10 dez. 2019. SNOW, M., BURNS, S. GRIFFIN, P. Preventing Reading Difficulties in Young Children - Executive Summary, Committee on the Prevention of Reading Difficulties in Young Children, National Research Council, p. 7. 1998. Disponível em: http://www.nap.edu/catalog/6023.html. Acesso em: 10 dez. 2019. UNITED STATES OF AMERICA’s Department of Education National assessment of educational progress (NAEP) 2002 oral reading fluency study. Washington, DC: Institute http://www.nichd.nih.gov/publications/pubs/nrp/documents/report.pdf https://www.nichd.nih.gov/publications/pubs/nrp/Pages/findings.aspx http://dera.ioe.ac.uk/5551/2/report.pdf https://doi.org/10.1080/02702711.2018.1555360 http://www.nap.edu/catalog/6023.html 204 REVISTA FORMAÇÃO@DOCENTE - BELO HORIZONTE - V. 11, N. 2, JULHO/DEZEMBRO 2019 of Education Sciences, National Center for Education Statistics. 2002. Disponível em: http://nces.ed.gov/pubsearch/pubsinfo.asp?pubid=2006469. Acesso em: 10 dez. 2019. VIOLA I.C., MADUREIRA S. The roles of pause in speech expression. In: Fourth International Conference on Speech Prosody. Campinas, Brasil. p. 721-4. 2008. ZUTELL, J., RASINSKI, T. V. Training teachers to attend to their students’ oral reading Fluency. Theory into Practice, v. 30, p. 211–217. 1991. View publication statsView publication stats http://nces.ed.gov/pubsearch/pubsinfo.asp?pubid=2006469 https://www.researchgate.net/publication/338412730
Compartilhar