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E-BOOK_DIREITOS_RESERVADOS_CENTRAL_FLORESTAL

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SILVICULTURA: GESTÃO E ESTRATÉGIAS EM SEMENTES E VIVEIROS FLORESTAIS 
ENTENDA OS SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIS 
AS ÁRVORES NO SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF’s) 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NA GESTÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS 
 
 
 
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS DE ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NO MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NO GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NO MANEJO DE FAUNA SILVESTRE 
PASSOS PARA ELABORAÇÃO DE UM EIA / RIMA 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NA COMPREENSÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
O ENGENHEIRO FLORESTAL NA ELABORAÇÃO DO PRAD 
E-BOOK: O ENGENHEIRO FLORESTAL NA ELABORAÇÃO DE LEVANTAMENTOS 
FITOSSOCIOLÓGICO 
COMO TRABALHAR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ENGENHARIA FLORESTAL? 
 
 
 
 
Clique para ser redirecionado para a matéria correspondente 
 
 
O USO DO SIG NA ELABORAÇÃO DE ZONEAMENTOS AGROECOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
A POLÍTICA E LEGISLAÇÃO FLORESTAL E AMBIENTAL NO BRASIL 
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E PROJETOS FLORESTAIS 
MANEJO DE FLORESTAS NATIVAS NA AMAZÔNIA 
PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO FLORESTAL 
OS INSTRUMENTOS MAIS UTILIZADOS EM MEDIÇÕES E COLETAS DE DADOS FLORESTAIS 
 
 
 
PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS 
VOCÊ SABE COMO QUE É FEITO O PAPEL? 
COMO MONTAR UMA SERRARIA? 
SECAGEM E PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS 
 
 
 
 
 
 
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PARA O SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
Neste primeiro post de matérias sobre a grande área da Silvicultura, faremos uma 
abordagem geral e sintética sobre o manuseio de sementes e a gestão de viveiros florestais, 
uma vez que trata-se de temática com grande relevância em atividades e estudos florestais, e 
que ainda carece de ressalvas constantes. Bem como, considera-se esta, a fase fundamental 
no planejamento florestal realizado pelo engenheiro, decisiva para o sucesso ou insucesso da 
implantação. 
Destacamos que, todos procedimentos, recomendações e orientações técnicas devem ser 
sempre e realizados e acompanhados por um profissional engenheiro florestal, capacitado 
para tratar de temas referentes a gestão e produção florestal. 
 
Coleta e beneficiamento de sementes 
 
O primeiro passo para produção de mudas florestais e posterior estabelecimento de um 
viveiro é a coleta de sementes, que graças ao mecanismo de dormência, possibilita que 
fiquem disponíveis para serem armazenadas por longos períodos de tempos, provendo assim, 
condições para que as mudas possam ser produzidas em épocas distintas daquelas que as 
sementes foram produzidas. 
A coleta de sementes deve ser feita de árvores selecionadas, considerando os objetivos do 
plantio florestal que será formado, chamadas de árvores matrizes, essas árvores em sua 
maioria apresentam as chamadas ‘características superiores’ às demais, como altura, boa 
formação de copa, bom diâmetro, qualidade da madeira, frutificação, não presença de 
 
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bifurcações ou ataques de pragas e doenças. Todavia essas características podem variar de 
acordo com a finalidade do plantio da floresta. 
A coleta deve respeitar alguns requisitos; em florestas naturais a mesma não pode ser 
feita todas de uma mesma árvore matriz, sendo recomendado coletar de no mínimo 15 
árvores por espécie, estando distantes entre 50 e 100 metros entre elas, se por acaso as 
árvores se localizarem próximas umas das outras, nesse caso deve considera-las como 
sendo uma família, devendo colher o fruto de no mínimo 5 grupos de famílias com 
distâncias variando de 50 a 100 metros, e em 3 árvores diferentes da mesma família. Já se 
você for coletar sementes em uma floresta plantada deve-se coletar de um maior número 
de árvores possíveis, partindo-se do princípio de que todas possuem a mesma 
característica genética. 
Exemplo árvore matriz Ipê a esquerda. 
 
As sementes devem ser coletas em sua época de maturação (varia entre espécies), ou 
seja, quando os frutos começam a secar e abrir ou até mesmo mudar sua coloração 
(maturação). Deve-se tomar cuidado com os frutos leves ou alados (como é o caso dos 
ipês) eles devem ser coletados antes que se abram, pois os mesmo podem ser levados 
pelo vento. 
http://4.bp.blogspot.com/-6MfSmYUC6A4/Wbp046RMUeI/AAAAAAAACKg/KjU79pwao4MsTuAK10-pjyKoikraJ_FiQCK4BGAYYCw/s1600/ipe.jpg
 
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Veja mais: O florescimento dos ipês 
Existem algumas maneiras das sementes serem coletadas, podendo ser através 
de escadas, utilizando podão, equipamento de alpinismo, etc. esses métodos variam 
muito de espécie para espécie, terreno e experiência do coletor. 
 
 
Beneficiamento das sementes coletadas 
Após termos coletados as sementes entramos na parte do beneficiamento. Essa fase 
consiste na remoção das sementes de seu fruto, sementes envoltas de frutos carnosos 
podem ser extraídas por meio da técnica da maceração ou despolpamento (bastante 
utilizada para frutos de goiti, araçá, jambo, mangaba, cajarana, cajá, jatobá) com uso de 
peneira e água o coletor ira esfregar os frutos para que os mesmos liberem as sementes, 
após essa técnica as sementes são postas para secagem, esse despolpamento do fruto pode 
variar conforme a espécie, algumas são necessário os frutos ficarem imersos em água por 
até 24 horas. 
 
 
 
Beneficiamento sementes com peneira 
FONTE: Embrapa 
 
http://www.centralflorestal.com.br/2017/08/o-florescimento-dos-ipes.html
http://4.bp.blogspot.com/-od-nzogIVLM/Wbp1fJ3zuAI/AAAAAAAACKs/KPFTC0TAMYQKenCqGz2Cvc-G77lXe_cNACK4BGAYYCw/s1600/beneficiamento.png
 
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Para a retirada das sementes dos frutos secos caso os mesmos não se abram 
naturalmente utiliza-se processos mecânicos como martelos, facas, tesouras, facões e até 
mesmo machado (ex. Flamboyant, tamboril, jucá). 
 
Depois de beneficiadas, as sementes contêm materiais indesejáveis (como restos 
de frutos, galhos, sementes chochas e de outras espécies, etc.), que devem ser removidos 
afim de facilitar a secagem, o armazenamento e a semeadura, para espécies florestais 
costuma-se utilizar peneiras ou até mesmo catação manual. 
 
É importante que as sementes sequem até atingirem a umidade adequada para a 
espécie (que varia bastante, podendo ser de aproximadamente 5% para algumas e de 
40% para outras, são as chamadas sementes ortodoxas, diferentemente das 
recalcitrantes que não toleram o processo de secagem sendo que as mesmas devem ser 
plantadas logo após a colheita ex.: abacate, manga, cacau), quando estarão prontas para 
serem armazenadas. Isto diminui o risco de que elas sejam atacadas por fungos e outros 
microrganismos ou que percam sua capacidade de germinar. 
 
Após todo o trabalho com as sementes, parte-se para o setor da preparação do 
espaço para produção de mudas, nesta etapa, trataremos do planejamento e instalação 
de viveiros florestais. 
 
 
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Planejamentoe instalação de viveiros 
 
 
 
O viveiro de produção de mudas é uma área ou superfície de terreno, com 
características próprias, destinada a produção, ao manejo e a proteção das mudas até 
que tenham idade e tamanho suficientes para serem transplantadas no local definitivo, 
resistindo às condições adversas do local de crescimento e apresentar um bom 
desenvolvimento. 
 
O êxito de um projeto, quer tenha a finalidade de ornamentação, produção de frutos, 
florestas ou arborização, depende diretamente da qualidade das mudas produzidas. 
Mudas com sistema radicular e parte aérea bem formada, com bom estado nutricional, 
livres de pragas e doenças, têm altas taxas de sobrevivência e desenvolvimento após o 
plantio. 
 
 
 
 
http://2.bp.blogspot.com/-dK-YD76u210/Wbp1yRzAQdI/AAAAAAAACK0/7YRbVmw3UdM9GKQfXLzFP_Im82vZWXTKQCK4BGAYYCw/s1600/viveiro.jpg
 
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Instalações de um viveiro 
 Antes de instalar o viveiro é necessário responder à pergunta: por quanto tempo 
quero ter esse viveiro ativo? É algo temporário ou de longa duração? Com a resposta 
em mente veja abaixo os principais tipos de viveiro e suas características. 
 
Tipos de viveiro 
 
 
Quanto à sua duração, os viveiros podem ser classificados em temporários e 
permanentes, e quanto a proteção do sistema radicular, em viveiros com mudas de raiz 
nua (canteiros no chão) ou em recipientes. 
 
Os viveiros temporários 
 
Destinam-se à produção de mudas em determinado local durante apenas certo 
período e, cumprindo as finalidades a que se destinaram, são desativados. Esses viveiros 
são de instalações simples, geralmente dentro da área de plantio, visando a redução de 
custos de transporte das mudas e melhor adaptação das mesmas às condições climáticas 
do local. São adequados quando o objetivo for reflorestamento de pequenas áreas, e até 
mesmo de grandes áreas, no entanto, longe de outras áreas. 
 
Os viveiros permanentes ou fixos 
 
Têm por finalidade produzir mudas durante muitos anos, e por isso requerem 
planejamento muito mais cuidadoso, uma vez que suas instalações são mais sofisticadas 
se onerosas, para suportar o maior período de produção de mudas. Ele deve ser 
localizado na parte mais central da área a ser plantada, evitando, assim, altos custos de 
transporte das mudas para o campo. 
 
 Se o objetivo for produção de mudas para comercialização geralmente, ele é 
instalado próximo aos centros consumidores das mudas. 
 
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES 
 
A extensão do viveiro será determinada em função de alguns fatores: 
 
 
 Quantidade de mudas que serão produzidas para plantio e replantio; 
 Densidade de mudas por metro quadrado – em função das espécies; 
 Espécies escolhidas e período de rotação das mudas; 
 Dimensões dos canteiros e passeios entre eles; 
 Dimensão das instalações – galpões e etc. 
 
 
Escolha do local 
 
O local para a construção de um viveiro deve ser definido depois da análise cautelosa 
de diferentes aspectos do ambiente. De preferência, o construtor deve considerar uma 
área com as seguintes características: 
 
 
Inclinação do terreno: o terreno deve ser levemente inclinado (1% a 3%) a fim de evitar 
acúmulo de água das chuvas ou mesmo do excesso de irrigação. 
 
 
 Drenagem: o solo deve oferecer boa drenagem, evitando-se solos pedregosos ou muito 
argilosos. 
 
 
 Fonte de água: a disponibilidade de fonte de água limpa e permanente deve ser 
suficiente para irrigação em qualquer época do ano. 
 
 
 Proximidade das áreas de plantio: a localização deve ser próxima do local onde as 
mudas serão plantadas, principalmente no caso de viveiros temporários. 
 
 
 Orientação geográfica: o maior comprimento do viveiro deve ficar no sentido do sol 
nascente para o poente (leste-oeste), o que garantirá ambientes totalmente ensolarados 
na maior parte do tempo. 
 
 
 
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 Proteção das mudas: o local deve ser cercado para evitar a entrada de animais, além de 
implantação de quebra-ventos, que deverá servir para a proteção das mudas, das 
sementeiras, dos sombrites e demais instalações do viveiro. 
 
Produção das mudas 
 
Após ter coletado e beneficiado as sementes, planejado e montado o viveiro, 
chegamos na parte de produzir nossas mudas. 
 
Na escolha de recipientes deve-se considerar o tamanho inicial e final da muda, custo 
de aquisição, durabilidade, facilidade de manuseio e de armazenamento, dentre outros. 
De modo geral, o tamanho do recipiente deverá ser escolhido de forma a proporcionar o 
maior volume possível de solo às raízes, mas que seja de menor peso possível e facilmente 
transportável. 
 
Os recipientes mais utilizados são os sacos plásticos de polietileno negro (A), tubetes 
de polipropileno reutilizáveis (B) e vasos de polipropileno (C). 
 
 
 
 
 
 
 
 A forma de propagação pode ser por sementes, vegetativamente ou por divisão. As 
plantas propagadas por sementes são plantadas em sementeiras ou canteiros, ou 
diretamente em sacos plásticos ou tubetes. Para as plantas propagadas 
vegetativamente, o empreendedor deverá manter uma área com várias plantas matrizes 
para extração de mudas, enxertos e bulbos. As plantas propagadas por divisão poderão 
ser plantadas diretamente em sacos plásticos ou tubetes. 
 
 
 
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Produção de mudas por bandejas suspensas via tubetes. 
 
 
 
Sistema de produção de mudas via sacos plásticos. 
 
Cuidados com as mudas em viveiros 
 
 Após semeadura, as mudas necessitam de cuidados especiais, para que possam 
desenvolver-se corretamente. 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/-DWVfHQ-u2rg/Wbp2yebFExI/AAAAAAAACLU/OLShD6lOC2Mn1eX5REp5W_NEK4OVc-aeACK4BGAYYCw/s1600/produ01.jpg
http://3.bp.blogspot.com/-rN1AW_MsfRA/Wbp26l_s6mI/AAAAAAAACLc/2K0BYPPvOmEUVQS1m_zbNn3paIXBN-WQACK4BGAYYCw/s1600/produ02.jpg
 
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IRRIGAÇÃO 
 
 
 
Sistema de irrigação por via nebulização 
 
Todo viveiro necessita de água. Assim, deve-se planejar uma boa forma de poder 
irrigar as mudas, diariamente. Deve-se molhar o substrato das mudas pelo menos duas 
vezes ao dia, recomendam-se o início da manhã e o final da tarde. Para estufa, 
recomenda-se o sistema de irrigação por nebulização (para deixar o ar úmido) já para 
casa de sombra ou de pleno sol, os sistemas de irrigação devem promover gotas mais 
grossas, o que levará um maior consumo de água. 
 
ADUBAÇÃO 
 
Com a perda que pode acontecer durante a rega, a reposição de nutrientes pode ser 
necessária durante o desenvolvimento das mudas, esse processo varia muito para cada 
espécie, visto que pode variar a necessidade de determinado nutriente. 
 
Controle de pragas, doenças e ervas daninhas 
 
A presença de folhas murchas, amarelas ou cortadas indica que as mudas podem 
estar doentes ou sendo atacadas por pragas. Se for o caso de doença nas folhas, 
http://2.bp.blogspot.com/-yFl4HcdhlRw/Wbp3GFw9xvI/AAAAAAAACLk/0wrnwN0aFMkRcC8WwO7iI3jvWPgQfvJZgCK4BGAYYCw/s1600/nebul.jpg
 
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recomenda-se inicialmente a redução do sombreamento e da irrigação. Se isso não for 
suficiente, pode ser necessário pulverização com fungicida, mas qualquer ação nesse 
sentido deve ocorrer sempre mediante orientação de técnicos profissionais. 
O controle de ervas daninhas deve ser feito por todo o viveiro, e não nos canteiros, 
podendo ser feito manualmente (arrancando as ervas com a mão) ou por mediante o uso 
de herbicidas. 
As sementeiras suspensas resolvem muitos problemas relacionados ao ataque de 
pragas como moluscos, cupins e roedores. 
 
Principais pragasUma das principais causas de perda de mudas e prejuízos em viveiros é a presença de 
pragas, veja abaixo alguma das principais pragas e métodos de controle que acometem 
os viveiros florestais. 
 
 
 
 
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 O modelo de Sistemas Agrossilvipastoris (SASP) é a combinação intencional de 
árvores(árvores ou outras espécies perenes lenhosas), pastagem e gado, e lavoura 
agrícola numa mesma área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada, com o 
objetivo de incrementar a produtividade por unidade de área. Nesses sistemas, ocorrem 
interações em todos os sentidos e em diferentes magnitudes. 
Os Sistemas Agrossilvipastoris apresentam grande potencial de benefícios 
econômicos e ambientais para os produtores e para a sociedade. São sistemas 
multifuncionais, onde existe a possibilidade de intensificar a produção pelo manejo 
integrado dos recursos naturais evitando sua degradação, além de recuperar sua 
capacidade produtiva. 
 
Por exemplo, a criação de animais com árvores dispersas na pastagem, árvores em 
divisas e em barreiras de quebra-ventos, podem reduzir a erosão, melhorar a 
conservação da água, reduzir a necessidade de fertilizantes minerais, capturar e fixar 
carbono, diversificar a produção, aumentar a renda e a biodiversidade, melhorar o 
conforto dos animais. 
 
Embora técnicas de combinação de árvores com agropecuária já tenham sido 
praticadas antes mesmo do surgimento da agricultura moderna, a ciência da 
agrossilvicultura surgiu apenas na década de 1970, quando se realizaram grandes 
estudos sobre o papel das árvores na saúde do solos tropicais. As bases principais da 
 
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prática estão na silvicultura (estudo da regeneração e exploração de florestas), 
agricultura, zootecnia e manejo do solo. Seus objetivos variam da produção de alimentos, 
produtos florestais madeireiros e não madeireiros, melhoria da paisagem, incremento da 
diversidade genética e conservação ambiental. 
 
Os Sistemas Agrossilvipastoris têm vantagens em relação aos sistemas 
convencionais de uso da terra, pois permitem maior diversidade e maior sustentabilidade. 
A coexistência de mais de uma espécie numa mesma área melhora a utilização da água e 
dos nutrientes do solo. Há ainda a recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento 
de adubos verdes e o controle de ervas daninhas. 
 
Classificação em Sistemas Agrosilviculturais 
 
 
A classificação dos Sistemas mais empregados inclui: as árvores, os cultivos e 
os animais, que podem ser classificados como: 
 
Sílviagrícola 
Árvores associadas com cultivos agrícolas anuais e/ou perenes. São exemplos: 
jardins domésticos, "taungya" (plantio de espécies agrícolas nos primeiros anos dos 
povoamentos florestais), alley cropping (plantio de árvores em fileiras ou faixas e cultivo 
agrícola entre as fileiras ou faixas). 
Sistema Lavoura e Floresta. Foto: Nordeste Rural 
 
 
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Silvipastoril 
 Árvores associadas com pecuária. Esta combinação potencializa a produção de madeira 
e de proteína animal. São exemplos: Banco de proteína (plantio de árvores em áreas de 
produção de proteína para corte ou pasto direto), árvores em pastagens naturais e/ou 
plantadas (para regeneração artificial ou natural de árvores em áreas de pastagens 
naturais ou artificiais), pasto em áreas reflorestadas. 
 
Agrossilvipastoril 
 Árvores associadas com cultivos agrícolas e atividade pecuária. Seu correto manejo 
possibilita ao mesmo tempo a conservação ambiental, o aumento da produtividade 
agrícola, o conforto e a maior produção animal, além de melhor qualidade de vida, 
contribuindo para a fixação do homem no campo. São exemplos: jardins domésticos com 
animais, método "taungya" seguido de pastagem durante a fase de manutenção de 
florestas. 
 
Sistema com Agricultura, Pecuária e Floresta. Foto: Embrapa 
*Com informações de: Embrapa Florestas e Site O Eco. 
 
 
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 É na onda da intensificação dos processos produtivos, e não da exploração de 
novas áreas, tal como com o avanço no debate dos Sistemas Agroflorestais no Brasil e o 
papel do profissional eng. florestal frente todas as áreas de atuação da classe, é que a 
Central Florestal resolveu abordar este tema como matéria especial. Acompanhe! 
Em termos da conceituação, os Sistemas Agroflorestais ou SAFs, são “consórcios de 
culturas agrícolas com espécies arbóreas que podem ser utilizados para restaurar 
florestas e recuperar áreas degradadas”, outra definição proposta por Daniel et al. (1999) 
diz que “Sistemas agroflorestais são formas de uso da terra que envolvem deliberada 
retenção, introdução, ou mistura de árvores ou outras plantas lenhosas nos campos de 
produção agrícola/animal, visando obter benefícios resultantes das interações 
econômicas, ecológicas e sociais" . 
Os SAFS são classificados segundo sua estrutura no espaço, seu desenho através 
do tempo e a função dos diferentes componentes, bem como os objetivos da 
implantação. Podem ser categorizados como as tipologias Alley Cropping, Taungya, Sistema 
Multiestrato, Quebra – vento ou Capoeira melhorada. Para esta matéria, não adentraremos 
às particularidades de cada sistema, o que ficará para uma outra matéria, pois 
abordaremos o que chamamos de o principal componente integrante desses sistemas, 
as árvores, suas influências e funções nos SAFs. 
A árvores constituem um dos principais componentes desse sistema, pois além de 
atuar nas melhorias ambientais podem servir de renda extra para os produtores, seja na 
 
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produção de frutos para comercialização, produção de madeira para lenha e até mesmo 
para fabricação de móveis. 
 
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS 
A presença do componente arbóreo nos SAFs pode influir de maneira diferente no 
desenvolvimento do estrato vegetal herbáceo, pois suas raízes competem com as raízes 
das plantas herbáceas e a sua copa intercepta a luz necessária para a fotossíntese. Assim, 
o crescimento das culturas em associação com espécies arbóreas pode ser prejudicado 
ou favorecido, dependendo de fatores como o grau de sombreamento proporcionado 
pelas árvores. A tolerância ao sombreamento, condição essencial em associações entre 
culturas agrícolas e pastagens com árvores, pode variar sensivelmente entre espécies. 
As árvores podem influenciar também na quantidade e disponibilidade de 
nutrientes dentro da zona de atuação do sistema radicular das culturas consorciadas, 
principalmente pela possibilidade de recuperar nutrientes abaixo do sistema radicular 
das culturas agrícolas e pastagens e reduzir as perdas por lixiviação e erosão. Dessa 
maneira, a ciclagem de nutrientes minerais, em termos de sustentabilidade, é maior nos 
sistemas agroflorestais. 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES 
As árvores são responsáveis por desempenhar três papeis fundamentais nos SAFs 
o ambiental, econômico e o social. 
 
AMBIENTAIS 
Solo: As árvores presentes no sistema agroflorestal são responsáveis pela formação de 
serrapilheira (deposição de folhas e materiais diversos), que é fundamental no retorno da 
matéria orgânica para o solo. O fluxo de nutrientes solo-planta-solo beneficia tanto as 
 
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árvores como as culturas agrícolas. A adubação ocorre naturalmente, não sendo 
necessário o uso de insumos químicos. 
Água: Nos sistemas agroflorestais, as árvores ajudam a aumentar a capacidade de 
infiltração da água da chuva no solo. As folhas e materiais orgânicos que cobrem osolo 
contribuem para a manutenção e armazenamento da água disponível na propriedade. 
Fauna: A diversidade de plantas presentes nas áreas de SAF contribuem para 
alimentação e abrigo da fauna local. É comum o reaparecimento de animais silvestres, 
especialmente aves. 
 
ECONÔMICOS 
Poupança verde: A produção de madeira a partir das árvores que compõem o SAF 
constituem uma poupança a médio e longo prazo. 
 
SOCIAIS 
Sequestro de carbono: As árvores atuam retendo o CO1 liberado na atmosfera e 
transformando-o em biomassa. 
Regulação do clima: A presença de árvores nos SAFs ajuda a reter mais umidade tanto 
no solo quanto dentro do próprio sistema, fazendo com que o mesmo se torne mais 
agradável. 
Sendo assim a utilização de árvores é fundamental para a recuperação das funções 
ecológicas, uma vez que possibilita o restabelecimento de boa parte das relações entre 
as plantas e os animais. Os componentes arbóreos são inseridos como estratégia para o 
combate da erosão e o aporte de matéria orgânica, restaurando a fertilidade do solo. Na 
fase inicial de recuperação, deve ser feito o plantio de árvores de rápido crescimento, para 
acelerar a disponibilidade de biomassa, o que irá promover a ciclagem de nutrientes e 
permitir o plantio de espécies mais exigentes. 
 
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E A AGRICULTURA SINTRÓPICA? 
A Agricultura Sintrópica é constituída 
por um conjunto teórico e prático de um 
modelo de agricultura desenvolvido por Ernst 
Götsch, no qual os processos naturais são 
traduzidos para as práticas agrícolas tanto em 
sua forma, quanto em sua função e dinâmica. 
Na Agricultura Sintrópica o 
estabelecimento de áreas altamente 
produtivas e independentes de insumos 
externos tem como consequência a oferta de 
serviços ecossistêmicos, com especial 
destaque para a formação de solo, a 
regulação do micro-clima e o favorecimento 
do ciclo da água. 
O plantio orientado pela sucessão 
natural e pela estratificação, respeitando a 
função ecofisiológica de cada componente e 
garantindo que sejam plantadas, desde o 
início, todas as espécies que irão compor os níveis dos Sistemas de Placenta, de Acumulação 
e de Abundância ou Escoamento, são alguns exemplos dos fundamentos básicos da teoria 
criada por Ernst Götsch que sustentam e orientam a prática. 
A partir do entendimento de que a vida na Terra é a maneira pela qual o planeta realiza 
sua função complexificadora, Ernst Götsch observa os mesmos eventos naturais que 
costumamos observar mas chega a algumas conclusões bastante distintas e com 
consequências poderosas o suficiente para reconhecermos nelas alguns convites para uma 
mudança de paradigma. 
 
https://2.bp.blogspot.com/-5tfuq-Rgy_o/WZI134ZTeDI/AAAAAAAACYE/6hICJCbTo9sWIijvuhaG-LPW0usCB8gKgCLcBGAs/s1600/image.JPG
 
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SINTROPIA? 
Ernst Götsch escolheu o termo "sintropia" por ter a mesma etimologia grega da palavra 
"entropia", deixando clara desde o início sua relação dialética. Estamos mais familiarizados 
com o conceito de entropia que, dentro da Termodinâmica, se refere à função relacionada à 
desordem de um dado sistema, associada com a degradação de energia. Tudo que se refere 
ao consumo e degradação de energia é, portanto, explicado pela Lei da Entropia. Por outro 
lado, os sistemas vivos possuem a capacidade de vencer a tendência à entropia por meio do 
crescimento e da reprodução, por exemplo. Mais evidente ainda é a tendência dos sistemas 
naturais de evoluir no sentido de estruturas de organização cada vez mais complexas. 
Em um macroorganismo os participantes agem de forma sinergética e, por meio de 
seu metabolismo, realizam a tarefa de otimizar os processos de vida, aumentando a 
organização e a complexidade do sistema como um todo. 
A tradução dessa lógica para os sistemas agrícolas produtivos é o que faz a AS ser uma 
agricultura de processos e não de insumos. O resultado disso se manifesta na forma de 
aumento de recursos e de energia disponível ou, como Ernst Götsch costuma dizer, "no 
aumento da quantidade e da qualidade de vida consolidada, tanto no sublocal de nossa 
interação quanto no planeta por inteiro." 
 
E O ENGENHEIRO FLORESTAL NISSO TUDO? 
Atualmente os Sistemas Agroflorestais (SAF) estão sendo utilizados na recuperação 
de áreas degradadas e tem se tornado uma das alternativas com impactos positivos na 
geração de renda e recomposição da vegetação necessária para a conservação e proteção 
das Áreas de Preservação Permanentes. 
Nas graduações de engenharia florestal, as temáticas dos SAFs, juntamente com a 
tecnologia de produtos florestais não madeireiros, tais como disciplinas, ainda são muito 
recentes nas pautas de discussão, embora tendo assumido atualmente um papel 
 
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importantíssimo na formação do profissional. O engenheiro florestal por ter 
competências na elaboração de PRAD (Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas), 
tem também atribuições para elaboração do planejamento de SAFs, para estes fins. De 
tal forma, de acordo com o Manual de Fiscalização das Atividades da Engenharia Florestal 
(SBEF, 2006) no tópico da “tecnologia florestal”, na atividade nº 9, da competência ao Eng. 
Florestal à elaboração de planos de reflorestamento, onde atribui-se “Projetos de 
recuperação ou manejo da paisagem”, o que inclui uma gama de estratégias, sobretudo 
os SAFs. 
Todavia, o grande desafio actual, é que os profissionais assumam posição frente à 
disposição, prontidão e qualificação para elaboração de projetos destes moldes em 
Sistemas Agroflorestais, de forma colocar-se como mão de obra gestora e ofertante em 
atender demandas cada vez mais crescentes nesta área. A luta pelo fortalecimento da 
engenharia florestal no Brasil é constante! Um avante à todos! 
 
 
Com informações de: 
Manual de Fiscalização das Atividades da Engenharia Florestal – Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais – 
SBEF (2006) 
https://www.embrapa.br/busca-de-produtos-processos-e-servicos/-/produto-servico/112/sistemas-agroflorestais-
safs 
http://agendagotsch.com/ 
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/sistemas_agroflorestais:_aspectos_a
mbientais_e_socio-economicos.html 
 
https://www.embrapa.br/busca-de-produtos-processos-e-servicos/-/produto-servico/112/sistemas-agroflorestais-safs
https://www.embrapa.br/busca-de-produtos-processos-e-servicos/-/produto-servico/112/sistemas-agroflorestais-safs
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/sistemas_agroflorestais:_aspectos_ambientais_e_socio-economicos.html
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/sistemas_agroflorestais:_aspectos_ambientais_e_socio-economicos.html
 
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O maior incêndio florestal já visto em Portugal acendeu o debate quanto a 
preparação do Brasil para com florestas plantadas e nativas do país 
 
O recente incêndio florestal em grande escala na região central de Portugal, 
nomeadamente na zona de Pedrógão Grande, que vitimou 64 pessoas, 157 feridos, e 
mais de 40.000 hectares de florestas atingidas, segundo a agência portuguesa SIC 
Notícias, o especialista em incêndios florestais Drº Xavier Viegas revelou que terá sido a 
"rápida propagação" do incêndio que conduziu às várias vítimas, fazendo deste um dos 
mais graves incêndios do mundo dos últimos anos. O professor universitário acrescentou, 
ainda, que a falta de limpeza das florestas e da envolvente das casas, bem como as 
características do terreno, terão contribuído para a extensão deste incêndio com vários 
focos, apesar da afirmação das entidades do governo suspeitarem que a causa foi uma 
trovoada seca em uma árvore. 
A situaçãoabre no setor florestal brasileiro grandes debates sobre a preparação do 
país para situações semelhantes, sobretudo à silvicultura brasileira, uma vez que os 
incêndios de Portugal ocorreram principalmente em sítio com forte presença da 
Eucaliptocultura, o que condicionou muita repercussão nacional em termos de associação 
do fogo às espécies do Eucalyptus spp. 
Neste cenário, a Central Florestal tem procurado destacar o papel do Engenheiro 
Florestal na gestão dos recursos, e nomeadamente de todas questões de competências 
 
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relativas a este profissional. Neste post será destacado a atribuição do Eng. Florestal no 
ordenamento florestal e de incêndios florestais, de modo a caracterizar os principais 
problemas decorrentes, e como podem ser prevenidos, controlados e combatidos. É 
importante considerar a exponencial qualificação destes profissionais à temática dos 
fogos, uma vez que são preparados academicamente com disciplina curricular específica 
e investigações científicas na geração de soluções em técnicas de predição, prevenção e 
combate à incêndios em florestas nativas e plantadas. 
 
Os fatores que levam aos Incêndios Florestais 
 
Os incêndios florestais constituem em um dos mais danosos eventos que 
provocam alterações nas formações vegetais, sejam elas naturais ou plantadas. Muitas 
são as causas de sua origem, entretanto, as mais frequentes e preocupantes reúnem-se 
em pequeno grupo onde o homem se destaca, principalmente por meio de suas 
atividades no meio rural. Os agentes causadores de danos ao ambiente apresentam 
diferenças significativas entre países, ou até mesmo entre regiões, e podem ser 
representados, principalmente, pelas intempéries climáticas, pelas doenças, pelas pragas 
e pelas atividades antrópicas (Ribeiro, 2004)1. 
O autor destaca ainda que, dentre as atividades do homem, o maior agente de 
danos tem sido atribuído ao uso irresponsável do fogo, o qual tem provocado 
transformações de difícil compreensão e muitas vezes desconhecidas, dada a 
complexidade dos fatores envolvidos no processo da combustão e do comportamento do 
fogo. 
 
 
 
 
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Ordenamento territorial e florestal na prevenção dos 
incêndios 
 
Algumas estratégias em povoamentos florestais são grandes aliadas à prevenção 
dos incêndios florestais, dentre elas, os plantios em mosaicos com espécies nativas, tais 
como as espécies designadas por “árvores bombeiras”, que não só são resistentes ao fogo 
como também contribuem para travar o avanço das chamas. De características folhosas, 
elas mantêm o ambiente relativamente úmido, o que ajuda a travar o avanço do fogo. 
Existem ainda os aceiros, que são estruturas destinadas a evitar a propagação do 
fogo, principalmente vindo de outras áreas vizinhas, com largura entre 10 a 15 metros, a 
depender do tamanho da área plantada. 
As guaritas florestais, geralmente instaladas pelas empresas do setor, são muito 
importantes para observação e detecção de focos de incêndios, de tal forma que se possa 
antecipar as ações de controle e combate, e evitar-se maiores danos ambientais, 
econômicos e sociais. A figura abaixo destaca estas características estratégicas na 
prevenção aos incêndios. 
 
A quem é que competem as ações da prevenção? 
É preciso compreender quem são os responsáveis pela prevenção aos incêndios 
florestais, de tal forma que facilite a distinção das responsabilidades tomadas. As 
entidades envolvidas no sistema de prevenção de fogos florestais devem ser as seguintes: 
 
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- População em geral (Zonas urbana e rural); 
- Proprietários florestais privados (produtores não industriais); 
- Empresas do segmento florestal (pasta celulósica, papel, energia e outros); 
- Governos nacional, estadual e municipal (Ministério da Agricultura; Ministério do Meio 
Ambiente e municípios). 
 
Mas onde é que pode atuar o Engenheiro Florestal? 
 
A proteção de territórios contra incêndios florestais tem sua história atrelada à 
motivação para a criação do curso de Engenharia Florestal no Brasil e desde a instalação 
do curso no Brasil, o assunto vem sendo tratado regularmente em forma de disciplina nas 
universidades do país. 
Com o aumento da área povoada com florestas plantadas no Brasil e a crescente 
preocupação com a conservação dos recursos naturais, principalmente das unidades de 
conservação, exigem a cada dia o aprimoramento dos equipamentos, dos produtos, das 
técnicas de prevenção e de combate, da capacitação das brigadas de incêndios, guardas 
florestais e da implementação de uma silvicultura preventiva e capaz de utilizar novas 
tecnologias de monitoramento e de detecção de incêndios florestais. 
O profissional Engenheiro Florestal deve ser capaz de desenvolver estudos, pesquisas 
e projetos relacionados ao planejamento de empreendimentos florestais livres dos riscos 
de incêndios e da proteção de áreas delimitadas à proteção. 
Dentre as competências do profissional, estão algumas das seguintes atribuições 2: 
 
 
 
 
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- Desenvolver estudos e modelos sobre comportamento e ecologia do fogo, bem como dos 
efeitos seus efeitos em diferentes ecossistemas, pautados nas características de cara 
domínio vegetacional; 
- Realizar treinamentos e capacitações em controle de incêndios florestais, coordenação de 
equipes, brigadas e guardas florestais; 
- Desenvolver atividades educativas (Educação Ambiental) visando a conservação e a 
proteção de recursos naturais, que possam envolver sociedade, produtores, empresas, 
dentre outros; 
- Elaborar Planos de Queima Controlada, Planos de Prevenção, Controle e Combate à 
incêndios em zonas rurais e florestais, além de poder realizar perícias e laudos 
ambientais, desenvolver, testar e aprimorar técnicas, produtos e equipamentos para 
prevenção e combate aos incêndios florestais; 
- Em análises em Sistemas de Informações Geográficas, o Eng. Florestal pode desenvolver 
produtos em cartografias para Zoneamento de Risco para florestas de produção ou 
proteção. 
- Pode estar associado à ONGs, entidades do governo (ICMbio, Prevfogo, dentre outras), 
instituições de pesquisa ou ensino, empresas privadas do setor celulósicos ou de energia, 
consultorias autônomas; 
Nota 1: 
1 http://revistas.ufpr.br/floresta/article/download/2403/2011 
2 Baseado em Planos de Cursos de Universidades brasileiras e de empresa especializada no 
assunto (Afocelca – Prevenção e Combate a Incêndios florestais). 
 
 
 
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Sabes a real importância de um projeto de arborização e paisagismo urbano? Entenda 
a importância da elaboração correta destes documentos 
A expansão da população e o êxodo rural nas últimas décadas acarretaram o 
crescimento dos centros urbanos e a criação de novos municípios. Com isto, muitas 
florestas foram sendo suprimidas afim de liberar o espaço para a construção de novas 
edificações e ampliação das áreas urbanas. 
Maior parte da população mundial reside e vive em centros urbanos com acesso 
continuo a serviços públicos essências, fundamentais para conforto e qualidade de vida 
das pessoas. E muito centros urbanos ainda não possuem ambientes arborizados para 
melhorar a qualidade do ambiente e proporcionar lazer e conforto aos cidadãos. 
Assim, a arborização vem como uma ferramenta e serviço público cuja finalidade 
principal é amenizar os impactos ambientais adversos devido as condições de 
artificialidade do meio urbano além dos aspectos ecológico, histórico, cultural, social, 
estético e paisagístico, que influenciam a sensação de conforto ou desconforto das 
pessoas. 
A arborizaçãoé o ato de implantar arvores em vias públicas de modo que não cause 
conflito com outros componentes do meio urbano, como fiações da rede elétrica, meio 
fio, calçadas e postes. O paisagismo sempre estará atrelado aos serviços de arborização 
https://2.bp.blogspot.com/-s31i4YA9eGE/WT32qhFeb3I/AAAAAAAACRU/yPSjirRS4a4KKSLXWRiWzW27O8ZKOzAcACLcB/s1600/passos+para+o+plantio+de+mudas+em+areas+urbanas.png
 
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urbana, e este, por sua vez, visa melhorar a fisionomia do ambiente por meio da 
implantação de plantas ornamentais. 
Deve-se considerar na arborização a implantação de Palmeiras e arbustos, apesar 
de não serem consideradas como arvores, estas contribuem para o paisagismo e 
possuem aspectos ambientais importantes, principalmente onde há limitação ou 
restrição para o uso de árvores. 
Além de ser considerada como uma estratégia para amenização de aspectos 
ambientais adversos, a arborização urbana é importante sob os aspectos ecológico, 
histórico, cultural, social, estético e paisagístico, contribuindo para: 
 A manutenção da estabilidade microclimática, 
 O conforto térmico associado à umidade do ar e à sombra. 
 A melhoria da qualidade do ar. 
 A redução da poluição. 
 A melhoria da infiltração da água no solo, evitando erosões associadas ao 
escoamento superficial das águas das chuvas. 
 A proteção e direcionamento do vento. 
 A proteção dos corpos d’água e do solo. 
 A conservação genética da flora nativa. 
 O abrigo à fauna silvestre, contribuindo para o equilíbrio das cadeias alimentares, 
diminuindo pragas e agentes vetores de doenças. 
 A formação de barreiras visuais e/ou sonoras, proporcionando privacidade. 
 O cotidiano da população, funcionando como elementos referenciais marcantes. 
 O embelezamento da cidade, proporcionando prazer estético e bem-estar 
psicológico. 
 O aumento do valor das propriedades. 
 A melhoria da saúde física e mental da população. 
 
 
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Planejamento da Arborização 
 
O planejamento consiste de uma etapa ideal em qualquer empreendimento, e em 
projetos de arborização urbana não é diferente. Esta etapa do projeto não pode ser 
negligenciada, como ocorre em muitos casos. Quando realizado um plantio sem o devido 
planejamento, principalmente quanto aos recursos humanos, materiais necessários e a 
distribuição espacial das mudas, pode implicar no fracasso do empreendimento ou em 
sérios problemas futuros, como conflitos de arvores com a rede elétrica e calçadas 
quebradas devido a injúria da raiz. 
Para começar o planejamento de seu projeto de arborização, primeiro devemos 
entender dois componentes principais da arborização: as áreas verdes e a arborização 
viária. Para cada uma delas, o planejamento e o manejo devem ser diferenciados. 
Áreas Verdes: são distribuídas no espaço urbano como parques, praças e jardins. O 
planejamento para estas áreas exige a elaboração de projetos paisagísticos, de 
implantação e manejo, muitas vezes específicos para cada unidade. 
Arborização Viária: é composta pelas árvores plantadas nas calçadas das ruas da cidade 
e nos canteiros separadores de pistas de avenidas. 
Para ambos componentes mencionados acima, é preciso ser feito o planejamento 
do plantio das árvores, para evitar uma série de problemas futuros. Também devem ser 
levados em consideração na implantação da arborização aspectos culturais e históricos 
da localidade ou as necessidades e anseios da comunidade, tendo em vista que a 
participação da população é uma condição importante para o sucesso de qualquer 
projeto de arborização urbana. 
Avaliação da Arborização 
Para o correto manejo da arborização, é necessária e muito importante a 
disponibilidade de informações do número e qualidade das árvores existentes no local de 
interesse, seja um canteiro, uma rua, um bairro ou uma cidade inteira. A avaliação da 
 
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arborização é feita por meio de um Inventário, consistindo de uma coleta de informações 
sobre os espécimes existentes e os locais onde estão situados, visando avaliar suas 
condições, de forma a garantir a viabilidade das funções e benefícios estéticos, 
ambientais, sociais e econômicos pretendidos com a implantação da arborização no local. 
Dependendo da sua abrangência, o inventário pode ter as seguintes finalidades: 
 Conhecer e avaliar o patrimônio arbóreo existente. 
 Identificar locais para o plantio de novas árvores. 
 Localizar árvores com necessidades de intervenção (poda, tratamento ou 
remoção). 
 Definir as prioridades nas intervenções. 
 Monitorar a arborização visando identificar taxa de sobrevivência, espécies mais 
adequadas e mais resistentes. 
 Avaliar os custos da arborização, visando quantificar a necessidade de recursos 
para a manutenção das árvores, permitir aos gestores justificar o orçamento 
junto aos tomadores de decisão e esclarecer o programa de trabalho para a 
comunidade. 
Parâmetros de Avaliação 
 
Para avaliação da arborização, os parâmetros a serem levantados podem ser 
organizados em quatro grupos: 
 Localização da árvore. 
 Características da árvore, tais como nome vulgar e nome científico, altura total e da 
primeira bifurcação, diâmetro do tronco e de copa, fenofases (presença e estágio de 
desenvolvimento das folhas, flores e frutos), condição físico-sanitária, condição do 
sistema radicular. 
 Características do local, como área livre ou área disponível para crescimento, 
afastamento predial ou afastamento frontal, dimensões de calçadas e vias, entre 
outras. 
 
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 Informações de manejo: posição da árvore em relação à rede de energia elétrica, 
compatibilidade da arborização com a iluminação pública, controle sanitário e a 
necessidade de poda ou remoção da árvore, além de outras intervenções que se 
fizerem necessárias. 
Para áreas verdes, a avaliação da arborização deve ser feita uma investigação 
cadastral e cartográfica de cada área, seguida do levantamento dos parâmetros de 
conservação da área em si, quanto aos aspectos: 
 Urbanísticos: pavimentação e delimitação de canteiros, iluminação, equipamentos e 
recursos paisagísticos. 
 Bióticos: tipologia vegetal, arborização existente, fauna associada, manutenção 
paisagística etc. 
 Físicos: características do solo, existência de recursos hídricos, de focos de erosão etc. 
 Fundiários: limites, vizinhança, propriedade. 
 Uso público: apropriação de uso pela população. 
 
Elaborando um Projeto de Arborização 
 
O projeto de arborização deve contemplar em seu esboço as adversidades 
típicas do ambiente urbano ao selecionar espécies de árvores mais adequadas 
ao espaço físico disponível e às condições ambientais e antrópicas locais. 
 
Arvore certa no lugar Certo 
 
Sempre que se planeja a implantação de árvores em meio urbano, a palavra 
Diversidade deve ser considerada, em todos os sentidos: 
 
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 Diversidade de espécies: atualmente recomenda-se como regra básica procurar 
densidades que não ultrapassem 30% de uma única família de árvores, 20% de 
um único gênero e 10% de uma única espécie. 
 Diversidade genética: quanto mais diversa for a origem geográfica dos 
espécimes plantados, maiores serão as chances de se conseguir essa diversidade, 
contribuindo para possíveis tolerâncias a adversidades ambientais e ataques de 
pragas ou doenças. 
 Diversidade de idade das árvores: diferentes estágios de desenvolvimento das 
árvores, permitindo a renovação suficiente do estoque de indivíduos. 
 Diversidade de formas e hábitos de crescimento das espécies: tendo em vista 
a importância e necessidade de se combinaras espécies aos locais onde serão 
plantadas. 
 
Quanto a escolha da espécie 
 
 Considerar os elementos da paisagem pré-existentes, especialmente os conjuntos 
arbóreos. O plantio de uma só espécie ao longo de uma via ou uma área pode ser 
interessante, pois facilita o planejamento das intervenções na arborização, cria 
um belo efeito paisagístico e torna-se uma referência valiosa para a comunidade. 
No entanto, a diversidade é importante no planejamento global e diminui os riscos 
de perda da vegetação por ataque intenso de pragas ou doenças. Portanto, se a 
área de plantio for expressiva, o ideal é tentar atender a ambos os objetivos, 
alternando espécies, porém formando conjuntos. 
 
 Em áreas muito expressivas devem ser previstos maciços de espécies diferentes, 
mesclando inclusive palmeiras e árvores, distribuídas de forma aleatória, criando 
efeito de bosque, com efeito paisagístico mais “natural”. Outra proposta 
 
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interessante é o emprego de “coleções de plantas”, de uma mesma família, por 
exemplo, em um determinado espaço. 
 
Quanto ao espaço físico disponível 
 
É fundamental que seja considerado em sua totalidade, isto é, o espaço disponível 
nas calçadas ou passeios, assim como em seu entorno, nos seus diversos níveis e 
convivência. 
 
Espaços Físicos utilizados na Arborização urbana. 
Adaptação do Manual de Arborização (2011). 
 
https://3.bp.blogspot.com/-3nGjje8QAZY/WT6tPo9vL6I/AAAAAAAACRs/cALySIpx7qkOmjndRj4Lx3czgnWgQkmUACLcB/s1600/Quanto+ao+espa%C3%A7o+fisico.png
 
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Quanto às características da espécie 
 
Devem ser considerados como preferenciais o uso de: 
 
 
 
Características desejáveis das espécies a serem utilizadas na arborização urbana. 
Adaptação do Manual de Arborização (2011). 
 
Mudas para arborização urbana 
 
A produção de mudas é uma das etapas mais importante para o sucesso da 
arborização de uma cidade, pois mudas vigorosas preparadas para as adversidades 
encontradas no ambiente urbano reduzem o número de operações de manejo 
posteriores, uma vez que reduz a possibilidade de ocorrência de problemas. 
 A avaliação da qualidade das mudas é feita com base nos seguintes aspectos: 
https://2.bp.blogspot.com/-c0r6-JQiYCc/WT6tPPs9C0I/AAAAAAAACRo/X2xXiByWs-Q9JUkNaeyh8_dnNV-5ZEjzACEw/s1600/Quanto+as+caracteristicas+da+esp%C3%A9cie.png
 
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 Altura mínima da primeira bifurcação ou ponto de emissão de galhos de 2,5 m. 
 Diâmetro mínimo do caule à altura do colo de 5 cm. 
 Tamanho e formato adequados dos recipientes. 
 Inexistência de raízes expostas na parte superior do recipiente. 
 Boa perpendicularidade (ângulo reto em relação ao nível do solo). 
 Trabalhadas com podas de condução e formação. 
 Inexistência de danos mecânicos. 
 Inexistência de plantas daninhas no recipiente. 
 Galhos bem distribuídos e com boa inserção no tronco. 
 Inexistência de doenças, pragas ou deficiência nutricional. 
 
IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO 
 
Esta etapa consiste no plantio de uma muda selecionada e adequada ao local 
definitivo de seu plantio. 
 
Avaliação do Solo 
 
Devido as construções feitas nos centros urbanos e aterramentos, os solos das 
áreas urbanas podem apresentar um conjunto de possíveis modificações nas suas 
propriedades, que dificultam a implantação e a manutenção da arborização. Os solos 
urbanos, muitas vezes misturados entulhos e desestruturados, podem conter uma série 
de produtos contaminantes que podem interferir no desenvolvimento da árvore. Outro 
problema muito comum nos solos dos centros urbanos é a compactação, impedindo o 
crescimento das raízes e, consequentemente, o crescimento da arvore. Estas situações 
adversas podem dificultar o crescimento da árvore e até mesmo diminuir seu tempo de 
 
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vida, diminuído a qualidade ambiental e aumentando os custos com a arborização 
urbana. 
É importante salientar que os solos de áreas urbanas destinados a arborização e 
o ajardinamento, principalmente em calçadas ou muito próximo de edificações, devem 
permanecer o mais natural possível, evitando cortes, aterros ou compactação excessiva. 
Para o desenvolvimento das arvores nas vias públicas e parques, além de ser 
preciso analisar os fatos citados anteriormente, é necessário se atentar a adubação das 
mudas. Assim, para a fixação das arvores e seu crescimento em ambientes é 
indispensável a correção da acidez do solo e a adubação. A principal causa da acidez do 
solo é a disponibilidade de cátions H+ e Al3+ no solo, sendo a maioria das espécies 
arbóreas sensíveis as concentrações altas destes elementos: 
 
A correção da acidez do solo: 
 Diminui ou elimina os efeitos tóxicos do alumínio, manganês e ferro. 
 Diminui a indisponibilidade de fósforo, cálcio, magnésio, enxofre e molibdênio no 
solo. 
 Aumenta a eficiência dos fertilizantes. 
 Aumenta a atividade microbiana. 
 Aumenta a liberação de nitrogênio, fósforo e boro, pela decomposição da matéria 
orgânica. 
A próxima etapa após a correção da acidez do solo, é a sua adubação. As árvores, 
como qualquer outro vegetal, necessitam de nutrientes para sua sobrevivência. 
Nutrientes são compostos químicos que fornecem elementos minerais essenciais que 
podem estar disponíveis no ambiente e são assimilados diretamente pelas árvores, como 
carbono, hidrogênio e oxigênio. A adição de adubos ou fertilizantes é uma estratégia 
adotada na arborização afim de suprir a deficiência de nutrientes importantes para a 
sobrevivência das árvores. 
 
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 Vale ressaltar que, geralmente, na arborização são utilizadas diferentes espécies 
com demandas nutricionais distintas. Assim, o gestor ou Engenheiro Florestal a frente do 
projeto deve se atentar a quantidade de nutrientes exigidas por cada uma das espécies 
previstas no planejamento. A aplicação de maiores quantidades de adubo que a 
recomendada para a espécie, pode acarretar a morte da muda e o aumento de custo com 
a arborização urbana. 
 
Plantio das Árvores 
 
O plantio é outra etapa significante na execução do projeto de arborização, sendo 
preciso considerar as características da espécie, da muda e do local selecionado. É 
necessário que se tome alguns cuidados momento do plantio propriamente dito, como 
posterior. 
Como nos plantios comerciais de arvores, as mudas para arborização das vias e 
parques deverão ser plantadas no início das chuvas. É possível, também, o plantio das 
mudas em outras épocas do ano, desde de que as mesma sejam bem cuidadas no viveiro 
e tenham atenção adequada durante o transporte. 
Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no 
momento do plantio: 
 
 
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https://2.bp.blogspot.com/-0ELJ8bRFqiE/WT6tWm8QfzI/AAAAAAAACR4/-uWdNh1Wi8wdbY94BY8b01hh_0tYJ5MMwCEw/s1600/passos+para+o+plantio+de+mudas+em+areas+urbanas1.png
 
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Escolha correta do local de abertura das covas 
 
Para plantio de árvores em ruas e avenidas, as covas devem guardar distâncias 
mínimas dos diferentes equipamentos urbanos, com destaque para: 
 No mínimo quatro metros de distância de postes. 
 Um metro de distância da entrada de garagens. 
 A dois metros de bueiros e a 60 centímetros de tubulações subterrâneas. 
A dois metros de distância de esquinas. 
 No planejamento de plantios em frente a lotes vagos, as mudas devem ser 
colocadas a quatro metros de distância dos limites, evitando problemas futuros 
com o acesso à edificação. 
 
Dez princípios básicos para realizar o plantio 
 
Princípio 1: plante primeiro nos locais mais fáceis de serem plantados. 
Princípio 2: crie locais de plantio maiores. 
Princípio 3: preserve e reutilize o solo natural existente. 
Princípio 4: melhore as condições do solo, principalmente eliminando ou reduzindo 
a compactação. 
Princípio 5: respeite a base da árvore. 
Princípio 6: crie espaço para o desenvolvimento das raízes. 
Princípio 7: faça a escolha adequada da espécie a ser plantada. 
Princípio 8: elabore orçamentos apropriados para plantio e adequação dos solos. 
Princípio 9: desenvolva especificações detalhadas para conservação de árvores em 
projetos de construção civil. 
Princípio 10: planeje os serviços de manutenção 
 
 
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Adaptação do Manual de Arborização (2011). 
 
Com informações de: 
Companhia Energética de Minas Gerais. Manual de arborização. Belo Horizonte: Cemig / Fundação Biodiversitas, 2011. 
112 p. : ilust. 
 
 
 
 
https://1.bp.blogspot.com/-ivSrpSKj408/WT6tOJKK-xI/AAAAAAAACRk/5ZxLUCgBncYQD8ULZtsyP-rOqylMtCuZACEw/s1600/arboriza%C3%A7%C3%A3o.png
 
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A preocupação com o meio ambiente e o esgotamento dos recursos naturais 
ganhou e continua ocupando um espaço significativo nas discussões ao redor do mundo, 
principalmente no Brasil. A reunião ocorrida em Paris, por exemplo, no ano de 2015, 
denominada COP21 realizada com o objetivo de estabelecer metas afim de mitigar as 
mudanças climáticas no planeta e reduzir emissões de gases de efeito estufa, em virtude 
de ações insustentáveis praticadas pelo homem ao longo destas décadas, foi umas das 
ações promovidas pelos Organização das Nações Unidas – ONU, preocupados com o 
aumento da temperatura do planeta e a progressão da degradação do meio ambiente 
com o passar dos anos. 
Entretanto, para que estas metas acordadas junto ao governo Brasileiro e os outros 
194 países, no intuito de cumprir com o acordo de Paris, precisam serem refletidas antes 
de sua execução, com o propósito de atingir-se resultados concretos e precisos e, para 
isto ser realizado, necessita-se de um diálogo sobre o Uso e Manejo de Bacias 
Hidrográficas no território nacional e a atuação do Engenheiro Florestal como um 
profissional também qualificado no gerenciamento da unidade, a Bacia Hidrográfica (BH), 
tendo em vista que sua alteração pode vim a causar perturbações ambientais, como 
consequência de um má planejamento de seu uso. 
https://1.bp.blogspot.com/-hUWE8LPjSUc/WZ3c8W_ybHI/AAAAAAAACZo/Alb4wRP5UWMjbiRWhNkrTiHO1FpuqGIKQCLcBGAs/s1600/manejo+de+bacias+hidrogr%C3%A1ficas.png
 
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Bacias Hidrográficas do Brasil 
Fonte: ANA - Agência Nacional das Águas, 2006 
 
Mas, afinal, o que é uma Bacia Hidrográfica? 
Para fins de estudos hidrológicos, uma Bacia Hidrográfica é considerada um 
conjunto de terras drenadas por um corpo d’agua principal e seus afluentes e representa 
a unidade mais apropriada. Entretanto, o conceito de BH vai muito além de um corpo 
d’agua. Vários autores consideram a importância do uso de conceito de BH similar ao de 
ecossistema, tanto para estudos como para o Gerenciamento Ambiental. 
 
 
https://2.bp.blogspot.com/-4er4yOs1UpA/WZ3T5gcGtzI/AAAAAAAACZI/COqm9PxXcw0n50Z3LlBZqD2RiDgLYU9wACLcBGAs/s1600/0000020865.jpg
 
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Ilustração de uma Bacia Hidrográfica 
Adaptado de KOBIYAMA et al. 
 
 
Word Vision (2004), complementando o conceito de BH, considera este como um 
espaço tridimensional integrando as interações entre a cobertura do terreno, as 
profundidades do solo e o entorno das linhas divisórias das águas, encontrando-se 
recursos naturais e infraestrutura criada pelo homem, na qual este desenvolve 
econômicas e sociais gerando diferentes efeitos favoráveis e desfavoráveis. Assim, uma 
BH é um sistema formado por quatro componentes: 
 Biológico: constituído pela flora e pela fauna existente; 
 Físico: integrado pelo solo, subsolo, geologia, recursos hídricos e clima 
(temperatura, radiação, evaporação, entre outros); 
https://2.bp.blogspot.com/-AYqxiT1WUtA/WZ3YbzCyH8I/AAAAAAAACZU/O2RMNefojC09-S1IP-thKqEwxdmvKrYpgCLcBGAs/s1600/bacias+hidrogr%C3%A1ficas.png
 
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 Econômico: integrado por todas as atividades produtivas que realiza o homem 
envolvendo, dentre outros, a agricultura e a pecuária, a exploração de recursos 
naturais, a indústria e agroindústria, e, a infraestrutura de apoio e serviços 
(estradas, energia, assentamentos, cidades, dentre outros); 
 Social: composto pelos elementos demográficos, institucionais, propriedade de 
terras, saúde, educação, habitação, culturais, organizacionais, políticos e legal. 
 Deste modo, uma BH deve ser vista como uma unidade fundamental para o 
planejamento do uso e conservação de recursos múltiplos, onde a agua, a madeira, 
os alimentos, as fibras, as pastagens, a vida silvestre a recreação e outros 
componentes ambientais podem ser produzidos para atender às necessidades da 
crescente população mundial. 
E onde o Engenheiro Florestal pode vim a atuar neste ramo? 
Primeiro precisamos entender o conceito de Manejo de BH. 
Para BROOKS et al. (1991), pode ser entendido como o “processo de organizar e 
orientar o uso da terra e de outros recursos naturais numa bacia hidrográfica, a fim de 
produzir bens e serviços, sem destruir ou afetar adversamente o solo e a água”. 
Como visto anteriormente, uma BH é formada por quatro componentes, sendo um 
deles o biológico, constituído pela flora e fauna existentes em determinada área. O 
Engenheiro Florestal, como profissional, é responsável pelo manejo da flora, 
especialmente as árvores, principalmente voltado para o manejo de bacias hidrográficas. 
Por exemplo, vamos supor que o rendimento hídrico de uma BH esteja abaixo da 
demanda, sendo preciso estabelecer um plano de manejo da cobertura florestal, para a 
determinação de atividades como raleamento, corte em faixas, substituição de espécies 
de sistema radicular profundo por outras de sistema radicular mais superficial; afim de 
aumentar a produção de água da BH e assim suprir a demanda. 
Desta forma, o Engenheiro Florestal maneja a floresta para que haja a saída 
balanceada de diferentes produtos e serviços, usando as práticas de manejo de bacias 
 
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hidrográficas (LIMA 2008). Este é o único profissional capacitado para o manejo de uma 
floresta com a finalidade produzir bens e serviços, podendo faze-lo baseando-se na 
estratégia do manejo de bacias hidrográficas. 
Assim, o Engenheiro Florestal como profissional no âmbito do Manejo de BH, pode 
vim a atuar empregando as seguintes ferramentas, seja par fins de conservação ou 
produção sustentável: 
- Sistemas agroflorestais; 
- Planejamento do sistema viário; 
- Diversidade de paisagem ao longo da área; 
- Proteção da mata ciliar; 
- Práticas de conservação do solo; 
- Mapeamento de solo segundo as classes de capacidade de uso; 
- Geoprocessamento; 
- Sistemas adequados de colheita da madeira etc. 
O conhecimento de hidrologia e funcionamento hidrológico de uma BH é 
fundamental para o Engenheiro Florestal que pretenda vim trabalhar com o este ramo. 
Portanto, a atuação do Eng. Florestal e sua valorização neste ramo é de extrema 
importância para o desenvolvimento sustentável da sociedade, como também suaintervenção se faz necessária para o planejamento e gerenciamento das bacias 
hidrográficas brasileiras. 
Com informações de: 
BROOKS, K.N.; P.F. FFOLLIOT; H.M. GREGERSEN; J.L. THAMES, 1991.Hydrology and the Management of Watersheds.Iowa 
StateUniversity Press. 391p. 
Conceitos de bacias hidrográficas: teorias e aplicações / Editores Alexandre Schiavetti, Antonio F. M. Camargo. - Ilhéus, 
Ba : Editus, 2002. 293p. : il. 
 
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HOLLANDA, M.P.; CAMPANHARO, W. A.; CECÍLO, R. A. Manejo de Bacias Hidrográficas e a Gestão Sustentável dos 
Recursos Naturais. Disponível em: http://laboratorios.cetesb.sp.gov.br/wp-
content/uploads/sites/28/2014/05/ManejoBaciasHidrograficas_GestaoSustentavel_RecursosNaturais.pdf. Acessado em 
23/08/2017. 
LIMA, W. de P. Apostila didática: manejo de bacias hidrográficas. Universidade de São Paulo, Escola Superior de 
Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Ciências Florestais, 2ª ed., 2008. 253p. 
WORD VISION (2004). Manual de Manejo de Cuencas. 2ª. Edición.Coordinador General: Ing. Carlos Gómez. Visión 
Mundial El Salvador. San Salvador. 2004. 154p. 
 
 
http://laboratorios.cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/sites/28/2014/05/ManejoBaciasHidrograficas_GestaoSustentavel_RecursosNaturais.pdf
http://laboratorios.cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/sites/28/2014/05/ManejoBaciasHidrograficas_GestaoSustentavel_RecursosNaturais.pdf
 
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Entenda o papel do Eng. Florestal na gestão e ordenamento de áreas protegidas 
 
Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às 
áreas naturais passíveis de proteção por suas características especiais. São "espaços 
territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com 
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, 
ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei" (art. 1º, I). 
 
O principal objetivo da criação das Unidades de Conservação é proteger a fauna e 
a flora, os rios, os mares, as montanhas, pois cada um dos elementos da natureza tem 
um papel a desempenhar. E para que isso ocorra é preciso haver equilíbrio. 
 
 Além disso, garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos 
naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o 
desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. As unidades de conservação da 
esfera federal do governo são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação 
da Biodiversidade (ICMBio). Nas esferas estadual e municipal, por meio dos Sistemas 
Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação. 
 
https://1.bp.blogspot.com/-W9rgfQgJ80M/WTyNvnJGCXI/AAAAAAAAB70/b4BGNsh5t5Az-BkwrFXqsDTcwqe4b9xVQCLcB/s1600/O+ENGENHEIRO+FLORESTAL+NO+GERENCIAMENTO+DE+UNIDADES+DE+CONSERVA%C3%87%C3%83O-01.png
 
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O SNUC agrupa as unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus 
objetivos de manejo e tipos de uso: Proteção Integral e Uso Sustentável. As Unidades 
de Proteção Integral têm como principal objetivo preservar a natureza. 
As Unidades de Uso Sustentável, por sua vez, têm como objetivo compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliando a presença 
humana nas áreas protegidas. 
O SNUC também prevê 12 (doze) categorias complementares, sendo elas: 
 
GERENCIAMENTO DE UC 
 
Numa concepção ampla entende-se por administração as funções de planejar, 
organizar, comandar, coordenar e controlar uma organização, atividades intrínsecas 
aos ambientes de trabalho que encerram alguma complexidade sistêmica com entrada 
de insumos, processamento e produção de resultados. 
 
Planejamento consiste em examinar o futuro e traçar um plano de ação de médio 
e longo prazo; a organização refere-se à montagem de uma estrutura humana e 
material para realizar as tarefas e empreendimentos inerentes aos objetivos da 
https://1.bp.blogspot.com/-u2Xm_WNtxEo/WThcp_-OFOI/AAAAAAAACQ0/D_xrJIjiDFA-Ea0a2e-jEosrIgDueqEjgCLcB/s1600/SNUC.png
 
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organização; o comando está relacionado a adoção de esquemas que mantenham o 
pessoal realizando as atividades inerentes para se alcançar as metas estabelecidas pelos 
planos; acoordenação reúne, unifica e harmoniza todas as atividades e esforços 
envolvidos e o controle cuida para que tudo se realize de acordo com os planos, aspectos 
típicos do que acontece em uma UC implantada. 
 
O gestor faz administração de RH, recursos financeiros, elaboração de projetos, 
articulação com moradores e vizinhos, prefeitos e políticos, preside Conselhos 
Consultivos, faz proteção e se articula com Policia Ambiental, apaga incêndios, conduz a 
recepção de visitantes, faz análise de licenciamentos ambientais, elabora planos de 
manejo e projetos, monitora a qualidade ambiental, alguns fazem pesquisa básica e 
aplicada, fazem palestras, organiza eventos. e são os maiores responsáveis por levar e 
elevar a imagem institucional. 
 
 Uma das principais funções que cabe ao Engenheiro Florestal realizar em uma 
Unidade de Conservação é a elaboração de Planos de Manejo. 
 
De acordo com o SNUC, Art.27 “As unidades de Conservação devem dispor de Plano 
de Manejo”. O Plano de Manejo é o documento técnico mediante o qual, com fundamento 
nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e 
as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive 
a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
 
 
Na medida em que a gestão acontece os benefícios e serviços ambientais que as 
áreas naturais protegidas passam a oferecer à sociedade são muito maiores e palpáveis, 
 
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uma vez que essas áreas são conduzidas a alcançar os objetivos para os quais foram 
criadas. Para tanto a gestão de UCs deve buscar a visão integradora, a consorciação do 
desenvolvimento sustentável com alternativas econômicas e sociais com fulcro na região 
onde se insere, dentro dos parâmetros técnicos preconizados para cada categoria 
de manejo legalmente reconhecida. 
 
Como pode atuar o engenheiro florestal? 
O profissional atua diretamente no manejo destas áreas protegidas, desde a 
elaboração de Planos de Manejo para regulamentação ambiental e territorial, além de 
pesquisas científicas sobre fauna, flora, comunidades tradicionais, dentre outros, bem 
como atividades de Educação Ambiental, política e legislação florestal. O profissional pode 
ainda atuar na na coordenação de atividades associadas ao turismo ecológico e visitação 
pública, manejo de impactos dos visitantes sobre o ecossistema, de modo a atender a 
sustentabilidade das UC's abertas a visitação. Nomeadamente, o engenheiro florestal 
pode atuar diretamente na coordenação geral e administração de uma Unidade de 
Conservação, desenvolvendo todas ações de competência da classe, além do manejo dos 
incêndios, financiamentos ambientais, e demais estratégias que condicionem a proteção 
e conservação destas áreas naturais. 
 
 
 
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Os objetivos de manejo de populações de animais silvestres podem ser 
resumidos em diferentes alvos: no aumento de uma população em declínio e/ou que 
esteja ameaçada de extinção; na exploração de uma população para obtenção de uma 
produção sustentável; ou na redução da densidade de uma população-problema cujo 
tamanho encontra-seacima do desejável. 
A principal função do engenheiro florestal em termos relativos ao manejo de fauna 
silvestre, visa atentar ao desafio dos empreendimentos florestais comerciais do Brasil, 
sobretudo no reconhecimento dos aspectos referentes as etapas de plantios, 
manutenção e colheita de florestas. Grande parte das empresas de base florestal tem 
procurado melhorar, sob o contexto ambiental, o desempenho de tecnologias de plantio, 
condução e colheita, de modo a reduzir os impactos ambientais sob a micro e macro 
fauna local. Desta forma dá-se a importância dos conhecimentos do profissional da 
engenharia florestal, nos termos relativos as estratégias que tratam das relações da fauna 
silvestre com os plantios florestais homogêneos ou mistos, fato este que ainda merece 
bastante atenção no Brasil, uma vez que o avanço dos estudos nesta área, podem 
favorecer uma melhor coexistência entre produção e conservação faunística, desde a 
manutenção da biodiversidade, o controle biológico de pragas, manutenção de valores 
estéticos, dentre outros. 
 
Para o sucesso de uma politica de manejo de fauna é fundamental que sejam 
definidos critérios de avaliação do sucesso de sua ação de manejo. Deve ser definido na 
https://1.bp.blogspot.com/-tZZuiJJLzBA/WUQz1cPEnrI/AAAAAAAAB8o/zvziNYgvzQEHLuVJ1IvR2n_1e7Sm0PlYQCLcBGAs/s1600/engenheiro+manejo+de+fauna-02.png
 
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forma de critérios de insucesso e que seja definido claramente de maneira mensurável. 
Como exemplo: 
 
“A operação será julgada fracassada e será, portanto terminada, se o resultado X 
não for atingido no tempo T”. 
 
O manejo da vida silvestre só pode progredir se a decisão técnica e o tratamento 
apropriado forem apresentados de maneira que os seus resultados possam ser avaliados 
na forma de uma hipótese testável. 
 
Princípios do Manejo Sustentável 
 
O crescimento de uma população é determinado pela sua relação com os recursos 
do qual necessita. Esta relação muitas vezes está ligada à disponibilidade de alimento, 
mais também pode estar relacionada a outros recursos necessários como abrigo, local de 
acasalamento, parceiro para acasalar, espaço, corpo d’água etc. Atividades de manejo 
geralmente implicam na alteração da taxa de crescimento populacional, seja 
aumentando ou reduzindo. 
 
Quando os recursos para o crescimento de uma população encontra-se em 
disponibilidade limitada ela pode crescer indefinidade em. Quando há competição entre 
os indivíduos pelo uso dos recursos necessários, ela cresce até um certo ponto em que 
os recursos passam a ser limitantes para seu crescimento. O tamanho populacional tende 
a crescer e decrescer variando com a disponibilidade dos recursos da natureza. 
 
 
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A técnica mais simples que pode ser utilizada para se alcançar o manejo sustentável 
de uma espécie, caso esteja sendo manejada para controle ou produção, é a remoção de 
parte da população no mesmo percentual de sua taxa de crescimento. ex.: se uma 
população de 200 animais cresce para 240 em um ano (aumento de 20%), extrai-se 40 
animais (20%) dessa população. 
 
Quanto maior a taca de crescimento de uma população maior a possibilidade de explora-
la. 
 
Manejo de População-Problema 
 
O manejo de uma população-problema visa a redução do dano por ela causado. Os 
objetivos técnicos do manejo da população-problema devem ser explicitados clara e 
adequadamente. O sucesso de sua implementação tem que ser medido como percentual 
de redução do dano causado pela espécie (ex.: redução das perdas florestais/agrícolas 
para até 5%) e não, em termos do número de animais extraídos da população-problema. 
 
Uma população mesmo em seu estado estável pode estar trazendo danos 
econômicos ou estéticos ao homem ou sua propriedade, logo seu tamanho deve ser 
reduzido e mantido por meio de manejo contínuo. 
 
O Engenheiro deve questionar os efeitos antes de iniciar qualquer ação de controle 
de uma população. O primeiro deles está relacionada à real necessidade de controle; o 
custo/benefício de se realizar esse controle; consequências do controle (meio ambiente, 
 
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espécies não-alvo) e por fim às causas do dano. Seria a espécie escolhida como espécie-
alvo a causadora dos danos? 
 
Métodos de controle de populações problema 
 Controle mecânico: remoção de animais da população utilizando armadilhas, tiro, 
atração visual ou sonora para armadilhas, repelência visual ou sonora e uso de 
barreiras que impeçam a passagem dos animais. 
 Controle biológico: uso de predadores, agentes patogênicos ou introdução de 
reprodutores inférteis na população. 
 Controle químico: uso de veneno ou medicamentos. 
 Medidas sanitárias: redução da disponibilidade de alimentos e abrigos para a 
espécie-praga. 
 
 
 
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Na matéria de hoje, da série das Grandes Áreas da Engenharia Florestal, vamos 
falar um pouco do EIA/RIMA, como elaborar este documento. 
De acordo com a Resolução Conama de 1986: “impacto ambiental é qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou 
indiretamente afetam: 
I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II. As atividades sociais e econômicas; 
III. A biota; 
IV. As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V. A qualidade dos recursos ambientais. 
EIA – Estudo de Impacto Ambiental 
A RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001/86 define que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
é o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas áreas, com dados 
técnicos detalhados. O acesso a ele é restrito, em respeito ao sigilo industrial. No artigo 
6° dessa resolução define que o EIA desenvolverá as seguintes atividades técnicas: 
I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise 
dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a 
situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: 
https://1.bp.blogspot.com/-1rSzC9i2hrQ/WR5m0zQDbiI/AAAAAAAACQY/JRrA4PDZlC8dJqcXS3ZtPL43BIB8ophdgCLcB/s1600/ELABORA%C3%87%C3%83O+DE+ESTUDOS+E+RELAT%C3%93RIOS+DE+IMPACTOS+AMBIENTAIS+(1).png
http://www.matanativa.com.br/br/inventario-florestal/aumento-no-desmatamento-da-amazonia
 
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a) o meio físico – o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a 
topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as 
correntes marinhas, as correntes atmosféricas; 
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e a flora, destacando as 
espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e 
ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente; 
c) o meio sócio-econômico – o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-
economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da 
comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais 
e a potencial utilização futura desses recursos. 
 
II – Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de 
identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis 
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e 
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e 
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a 
distribuição dos ônus e benefícios sociais. 
 
III

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