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Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 1 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Aula 07 Curso: Contabilidade p/ AFRFB Professor: Feliphe Araújo Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 2 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 - Alienação e baixa de itens do ativo ................................................. 3 3 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos ....................................... 9 3.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade ...................................................................... 15 3.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado ......................................................... 16 3.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização ........................................... 17 3.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) ........................................... 21 3.5 – Reversão de perda por desvalorização ............................................................................... 26 3.6 – Divulgação das perdas e reversões ..................................................................................... 27 4 – Ativos Intangíveis ........................................................................ 28 4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível ............................................................................. 30 4.2 – Ativo intangível gerado internamente ................................................................................ 31 4.2.1 – Fase de pesquisa........................................................................................................... 32 4.2.2 – Fase de desenvolvimento ............................................................................................. 32 4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios ............................................ 35 4.4 – Goodwill gerado internamente ........................................................................................... 35 4.5 – Reconhecimento de despesa .............................................................................................. 36 4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo ............................................................ 37 4.6 – Avaliação do Intangível ....................................................................................................... 37 4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida ........................................................................ 38 4.6.2 – Ativo Intangível com vida útil indefinida ...................................................................... 39 4.7 – Baixa e Alienação de um Ativo Intangível ........................................................................... 39 5 – Resumo da Aula ........................................................................... 40 6 – Questões comentadas .................................................................. 46 7 – Lista de exercícios ....................................................................... 72 8 - GABARITO .................................................................................... 84 9 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................... 84 Aula 07 – 12. Ganhos ou perdas de capital: alienação e baixa de itens do ativo. 15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil, reversão. 28. Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, forma de avaliação e registros contábeis. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 3 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos e alunas, tudo bem? Sejam bem-vindos à sétima aula do curso de Contabilidade Geral e Avançada para os futuros Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Estamos avançando bem e a cada dia subimos um degrau rumo à sua aprovação. Hoje, vamos tratar sobre alguns tópicos que estão diretamente ligados a assuntos da aula passada, ou seja, relacionados aos ativos. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! Um forte abraço, Feliphe Araújo. A baixa de um bem constante do ativo somente poderá ser realizada na contabilidade, se houver a efetiva retirada física do bem. Assim, essa baixa somente será realizada se ocorrer a sua alienação, liquidação ou baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, com a consequente retirada física do bem. Sabemos que há muitos casos em que, muito embora o ativo não tenha mais nenhuma serventia para a empresa, ele permanece fisicamente no estabelecimento da pessoa jurídica. Nesse caso, é aconselhado que se mantenha na contabilidade referido bem, mesmo que esteja com valor zero em decorrência de ter sido totalmente depreciado. Esquematizando: O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado por ocasião de sua alienação; ou quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação. Ex.: extinção do bem. 1 - INTRODUÇÃO 2 - Alienação e baixa de itens do ativo Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 4 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado. Os ganhos não devem ser classificados como receita de venda. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item. Os ganhos representam a diferença positiva e as perdas correspondem a diferença negativa entre o valor da alienação e o valor contábil. Ganho ou perda de capital = Valor da alienação – valor contábil Lembrando que, conforme visto na nossa aula de depreciação: 1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas 2. Valor depreciável = Custo de aquisição – valor residual Vamos ver como acontece na vida real. A empresa Aprovados S/A possui um veículo adquirido por R$ 50.000 e com depreciação de R$ 15.000. A empresa decide vender o veículo por R$ 40.000, qual o valor do ganho de capital? 1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas 1. Valor contábil = 50.000 – 15.000 = R$ 35.000 2. Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil 2. Ganho de capital = 40.000 – 35.000 = R$ 5.000 O ganho de capital é igual a R$ 5.000,00. Considerando o mesmo exemplo, se a empresa decidisse vender o veículo por R$ 20.000, qual o valor da perda de capital? 1. Valor contábil = R$ 35.000 2. Perda de capital = 20.000 – 35.000 = R$ 15.000 A perda de capital é igual a R$ 15.000,00. Professor, e como vamos contabilizar a baixa de um item do ativo. Como vocês são apressadinhos, rsrsrsrsrs. Vamos ver esses registros. Quando uma entidade decide vender um item do seu ativo, deve seguir os trêspassos abaixo para baixa do bem e reconhecimento das operações no resultado: 1. Baixar depreciação acumulada em contrapartida da conta que registra o bem com seu valor original. Em outras palavras, a conta de depreciação Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 5 de 84 www.exponencialconcursos.com.br acumulada será baixada (débito) em contrapartida (crédito) da conta do ativo que registra o bem vendido. 2. Reconhecer a receita pela venda do ativo, com base no valor negociado. 3. Reconhecer a despesa com a baixa do ativo, com base em seu valor contábil. Portanto, são três lançamentos para um único fato contábil (de venda do imobilizado depreciado). Exemplo: A empresa Aprovados S/A possui um imóvel registrado pelo valor de R$ 150.000,00, com depreciação acumulada de R$ 30.000,00, no seu balanço patrimonial de 2013. A vida útil do imóvel é de 10 anos e ele foi adquirido em 01/01/2012. ATIVO Imóvel 150.000,00 (-) Depreciação Acumulada (30.000,00) Valor contábil do imóvel = R$ 120.000,00 Em 01/01/2014, a empresa Aprovados S/A vendeu à vista o bem por R$ 130.000,00. Efetue os lançamentos da venda e calcule o valor do ganho de capital? Para resolução da questão, vamos seguir os passos explicados nessa aula. 1. Baixar depreciação acumulada em contrapartida da conta que registra o bem com seu valor original. Em outras palavras, a conta de depreciação acumulada será baixada (débito) em contrapartida (crédito) da conta do ativo que registra o bem vendido. Como sabemos, a conta de depreciação acumulada registra, em separado, a perda de valor do ativo imobilizado. Esta prática é válida para apurarmos, com segurança e agilidade, o total da perda de valor acumulada pelos ativos sem precisarmos alterar o seu valor original. No entanto, na ocasião da venda do bem depreciado, a depreciação acumulada será, definitivamente, reduzida do saldo da conta que registra o bem. Lançamento de baixa da depreciação acumulada do imóvel vendido: D - Depreciação Acumulada C - Imóvel 30.000,00 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 6 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Depreciação Acumulada (1) 30.000 30.000 (SI) 0 Imóvel (SI) 150.000 30.000 (1) 120.000 2. Reconhecer a receita pela venda do ativo, com base no valor negociado. Reconhecimento da receita de venda do ativo à vista: D - Caixa C - Receita pela venda de imobilizado (outras receitas) 130.000,00 3. Reconhecer a despesa com a baixa do ativo, com base em seu valor contábil. Reconhecimento da despesa: D - Despesa com venda de imobilizado (outras despesas) C - Imóveis 120.000,00 Cálculo do ganho de capital: Valor contábil = 120.000,00 Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil Ganho de capital = 130.000 – 120.000 = R$ 10.000,00. No entanto, a companhia poderia efetuar o registro da venda num lançamento único. Neste caso, o lançamento seria de quarta fórmula e ficaria assim: Lançamento único da venda do imóvel: D – Caixa..................................................130.000 D - Depreciação Acumulada...........................30.000 C – Imóvel.................................................150.000 C - Ganho de capital.....................................10.000 Ao final do destes lançamentos, veríamos que o patrimônio líquido seria aumentado no exato montante do lucro obtido pela venda do imobilizado (ou reduzido em caso de prejuízo). Caso a venda fosse realizada por um valor inferior ao valor contábil do ativo, seria apurada perda de capital com base na diferença. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 7 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Lançamento único de perda de capital na venda do bem: D - Caixa ou bancos ou contas a receber D - Depreciação Acumulada D - Perda de capital na venda do bem C - Bem Os ganhos e perdas referentes à venda de máquinas, imóveis, instalações e investimentos são considerados operações normais na vida da empresa e, por isso, devem ser incluídos nas DRE, respectivamente, como outras receitas e outras despesas. Veremos isso detalhado na aula de DRE. Vamos praticar futuros AFRFB!!! (ESAF / Contador – Ministério da Fazenda / 2013) A Empresa Zinha tem uma conta Móveis e Utensílios com saldo de R$ 13.000,00. Tais móveis foram adquiridos há quatro anos e têm vida útil estimada em 10 anos. Sua depreciação vem sendo contabilizada considerando um valor residual de 15%. Se a “Zinha” revender esses móveis, mesmo que a prazo, por R$ 10.000,00, vai obter ganhos de capital no valor de a) R$ 1.420,00. b) R$ 1.870,00. c) R$ 2.200,00. d) R$ 3.370,00. e) R$ 3.630,00. Resolução: Conta Móveis e Utensílios = R$ 13.000,00 Vida útil = 10 anos Taxa de depreciação = 4 anos/10 anos = 40% Valor residual = 15% x 13.000 = R$ 1.950,00 1. Valor depreciável = custo de aquisição – valor residual Valor depreciável = 13.000 – 1.950 = R$ 11.050,00 2. Depreciação Acumulada nos 4 anos = 11.050 x 40% = R$ 4.420,00 3. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas Valor contábil = 13.000 – 4.420 = R$ 8.580,00 4. Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil Ganho de capital = 10.000 – 8.580 = R$ 1.420,00. Gabarito: A. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 8 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002-2) A empresa Belmont S/A adquiriu um equipamento por R$ 27.000,00 e gastou mais R$ 3.000,00 para sua instalação. Decorrido certo tempo, a empresa vendeu, a vista, o equipamento por R$ 12.000,00. Nessa época, a conta Depreciação Acumulada tinha saldo de R$ 15.000,00. O lançamento correto para registrar o fato acima citado deve ser o que segue: a) Diversos a Equipamentos Caixa R$ 12.000,00 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 R$ 27.000,00 b) Equipamentos a Diversos a Caixa R$ 12.000,00 a Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 R$ 27.000,00 c) Diversos a Diversos Equipamentos R$ 27.000,00 Gastos de Instalação R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 a Caixa R$ 12.000,00 a Depreciação Acumulada R$ 18.000,00 R$ 30.000,00 d) Diversos a Equipamentos Caixa R$ 12.000,00 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 Perda de Capital R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 e) Diversos a Diversos Caixa R$ 12.000,00 Depreciação Acumulada R$ 18.000,00 a Equipamentos R$ 27.000,00 a Gastos de Instalação R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 Resolução: Quando um veículo é vendido por uma empresa, esta deve dar baixa na depreciação acumulada registrada ao longo do período de utilização do bem. Como a conta depreciação acumulada de veículos é uma conta credora, para dar baixar no bem, a empresa deve debitar a conta depreciação acumulada. Assim, eliminamos as letras B e C. Equipamento = custo + gastos = 27.000 + 3.000 = R$ 30.000,00. 1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada Valor contábil = 30.000 – 15.000 = 15.000 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 9 de 84 www.exponencialconcursos.com.br 2. Ganho ou Perda de capital = Preço de venda – valor contábil Ganho ou Perda de capital = 12.000 – 15.000 Perda de capital = (3.000,00) A única assertiva que possui perda de capital novalor de R$ 3.000 é a D, por isso, já podemos marcar o nosso gabarito. Vamos só concluir o lançamento. Resumindo os dados, temos que: Caixa = 12.000 (Debita, porque entra bens numerários na venda à vista) Equipamentos = 30.000 (credita, porque o bem vai ser baixado) Depreciação acumulada = 15.000 (debita) Perda de capital = (3.000) (debita porque é despesa) Lançamento único da venda do imóvel: D – Caixa...................................12.000 D - Depreciação Acumulada..........15.000 D - Perda de capital...................... 3.000 C – Equipamentos........................30.000 Ou Diversos a Equipamentos Caixa R$ 12.000,00 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 Perda de Capital R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 Gabarito: Letra D. De acordo a Lei nº 6404/76, art. 183, § 3o: a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 3 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 10 de 84 www.exponencialconcursos.com.br O Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos tem por objetivo principal assegurar que os ativos das entidades estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. A Lei das S/A determina que apenas os bens e direitos do AÑC Imobilizado e Intangível estão sujeitos ao teste de recuperabilidade. No entanto, o CPC 01 (R1) determina que todos os ativos estão sujeitos à redução ao valor recuperável, exceto: (a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques); (b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção); (c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro); (d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); (e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; (f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento); (g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola); (h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e (i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. Segundo o CPC 01 (R1), o teste de recuperabilidade é aplicado a ativos financeiros classificados como: Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 11 de 84 www.exponencialconcursos.com.br 1. Controladas; 2. Coligadas; e 3. Empreendimento controlado em conjunto. Teste de recuperabilidade é a tradução do inglês “Impairment test”. Segue o significado de alguns termos que serão utilizados durante a aula: Exemplo: A empresa Aprovados S/A possui uma máquina de sorvete capaz de gerar receitas pelos próximos três anos, de acordo com o seguinte fluxo de caixa: 1º ano: receitas de R$ 11.000,00 2º ano: receitas de R$ 12.100,00 3º ano: receitas de R$ 13.310,00 Sabendo que a receita anual é realizada ao final de cada ano e que a taxa de desconto seja de 10% ao ano, o valor em uso da máquina será de: Valor Contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas. Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável. Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. Despesa de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado. Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 12 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Fluxo de caixa futuros das receitas: 11.000,00 12.100,00 13.310,00 10% 10% 10% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Valor em Uso: é o valor presente das receitas futuras estimadas. Trazendo as receitas futuras para o ano 0, encontramos o valor em uso da máquina: Valor em uso = 11.000 + 12.100 + 13.310 (1,1)¹ (1,1)² (1,1)³ Valor em uso = R$ 30.000,00 Por exemplo, em uma empresa de prestação de serviços de transporte coletivo urbano que tenha uma frota de ônibus, cada ônibus é uma unidade geradora de caixa. (FCC / Analista TRT 6ª / 2012) De acordo com a regulamentação vigente, Valor Recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é a) a diferença entre o seu custo histórico e o seu valor de mercado. b) o menor montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor contábil. Vida útil é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo. Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos. Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 13 de 84 www.exponencialconcursos.com.brc) o maior montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o seu valor em uso. d) a diferença entre o seu valor em uso e o seu custo histórico. e) o maior montante entre o seu valor de mercado e o seu custo histórico. Resolução: Gabarito: Letra C. Continuando a nossa aula, vimos que o teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre o seu valor justo líquido das despesas de venda e o seu valor em uso e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária nenhuma contabilização. Caso contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor recuperável, devemos reconhecer (contabilizar) uma perda. Segue os passos para verificação do teste de recuperabilidade: 1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor líquido de venda e o seu valor em uso. 2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC): VC = Custo de Aquisição - Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada - Perdas Estimadas 3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil a) Se Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas. Contabilização das perdas: D - Despesa - perda com desvalorização de ativos (outras despesas) C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos b) Se Valor Contábil < Valor Recuperável, nenhum ajuste será feito. Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 14 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (FCC / SEFAZ – SP/ 2009) Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características: Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00 Valor em Uso R$ 5.000.000,00 Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00 Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00 Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00 1. O valor recuperável desse ativo é, em R$, a) 5.000.000,00 b) 5.100.000,00 c) 5.400.000,00 d) 5.600.000,00 e) 6.000.000,00 Resolução: Vamos seguir os passos da nossa aula para verificação do teste de recuperabilidade. 1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor líquido de venda e o seu valor em uso. - Valor em uso = R$ 5.000.000,00. - Valor justo líquido de despesas de venda = R$ 5.100.000,00. Portanto, o valor recuperável é o valor líquido de venda, porque é o maior valor. - Valor Recuperável = R$ 5.100.000,00 Gabarito: Letra B. 2. O valor líquido contábil é, em R$, a) 6.000.000,00 b) 5.600.000,00 c) 5.400.000,00 d) 5.100.000,00 e) 5.000.000,00 Resolução: 2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC) Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 15 de 84 www.exponencialconcursos.com.br VC = Custo de Aquisição - Depreciação Acumulada - Perdas Estimadas Valor Contábil = 8.000.000 – 2.000.000 - 600.000 = 5.400.000,00 Nessa questão, o valor contábil é o valor contábil líquido e o custo de aquisição é o valor contábil bruto. Gabarito: Letra C. 3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$, a) 3.000.000,00 b) 2.600.000,00 c) 1.000.000,00 d) 600.000,00 e) 300.000,00 Resolução: 3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil líquido Como Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas Perdas estimadas = Valor Contábil - Valor Recuperável Perdas estimadas = 5.400.000,00 – 5.100.000,00 = 300.000,00 * Registro das perdas por desvalorização: Despesa - perda de valor recuperável * 300.000 Provisões para perdas registradas 600.000 SI 300.000 * 900.000 Valor Contábil apresentado no balanço patrimonial: Valor Contábil Bruto ......................................8.000.000,00 (-) Depreciações Acumuladas.........................(2.000.000,00) (-) Provisões para Perdas Registradas.............( 900.000,00) = Valor Contábil .........................................5.100.000,00. Gabarito: E. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 3.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 16 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Ao fim de cada período de reporte é a mesma coisa que dizer ao fim de cada exercício social. Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, a entidade deve considerar, no mínimo, as fontes internas e externas de informação. Assim, a entidade deve fazer uma estimativa formal do valor recuperável de ativos se existirem indicadores de fontes internas e externas de desvalorização dessas ativos. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve: Fontes internas de informação evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo; mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso ou planos para descontinuidade da entidade; evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado. Fontes externas de informação há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente durante o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado; as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo; o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado; 3.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 17 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e (b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios. Esquematizando: Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valorcontábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo. A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como diminuição do saldo da reavaliação. A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida na demonstração do resultado do exercício. Contabilização das perdas: D - Despesa - perda com desvalorização de ativos (outras despesas) C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos Entretanto, a perda por desvalorização de ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) na extensão em que a perda por desvalorização não exceder o saldo da reavaliação reconhecida para o mesmo ativo. Essa perda por desvalorização sobre o ativo reavaliado reduz a reavaliação reconhecida para o ativo. Existindo ou não qualquer indicação de redução ao valor recuperável de ativos, a entidade deve testar anualmente Ativo Intangível com vida útil indefinida Ativo intangível não disponível para uso ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 3.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 18 de 84 www.exponencialconcursos.com.br A Lei 11.638/07 extinguiu, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008, a reserva de reavaliação, que era uma conta do PL. A reserva de reavaliação refere-se há aumentos de valores atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social de 2008. Vamos ver como esse procedimento ocorre na prática. Exemplo 1: Perda inferior e até o limite da reserva de reavaliação de ativos reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: D - Reserva de reavaliação C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 Reavaliação do veículo R$ 20.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 10.000,00 Contabilização das perdas estimadas: D - Reserva de reavaliação Baixa da perda contra a Reserva de Reavaliação C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos........10.000,00 Exemplo 2: Perda superior a reserva de reavaliação de ativos reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: D - Reserva de reavaliação D - Perdas com desvalorização de ativos (outras despesas) C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos Considere os dados abaixo para efetuar o lançamento da perda: Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 Reavaliação do veículo R$ 20.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 35.000,00 Contabilização das perdas estimadas: D - Reserva de reavaliação.20.000,00 Baixa a perda até a R. de Reavaliação D - Outras despesas..........15.000,00 Restante da perda, baixa no resultado C - Perdas Estimadas com desvalorização...35.000,00 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 19 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Quando o montante estimado da perda por desvalorização for maior do que o valor contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e somente se, isso for exigido por outro Pronunciamento Técnico. Aqui fica bem claro que outro Pronunciamento precisa exigir. Vamos ver um exemplo desse caso. Exemplo 3: perda por desvalorização maior do que o valor contábil do ativo. Lançamento: D - Outras despesas C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos C – Provisão do Passivo (valor excedente ao ativo) Considere os dados abaixo e efetue o lançamento de registro da perda: Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 Depreciação acumulada R$ 20.000,00 Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 35.000,00 O teste de recuperabilidade resultou em perdas no valor de R$ 35.000, superior ao valor contábil líquido da máquina que era de R$ 30.000 (50.000 – 20.000). Contabilização das perdas estimadas: D - Outras despesas..........35.000,00 C - Perdas Estimadas com desvalorização...30.000,00 C – Provisão do Passivo (valor excedente ao ativo)....5.000,00 No balanço patrimonial da entidade, após a realização do teste, temos: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Não Circulante Imobilizado Veículos..........................50.000 (-) Depreciação Acumulada.(20.000) (-) Perdas estimadas..........(30.000) Passivo Não Circulante Provisão do Passivo..............5.000 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 20 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Esquematizando: Ativo Perda Hipótese Contabilização Ativo não reavaliado Perda vai para o resultado Perda menor do que o valor contábil do ativo D - Outras despesas C - Perdas Estimadas Perda maior do que o valor contábil do ativo D - Outras despesas C - Perdas Estimadas C - Provisão do Passivo Ativo reavaliado Contabiliza a perda contra a reserva de reavaliação Perda menor do que a reserva de reavaliação D - Reserva de reavaliação C - Perdas Estimadas O que exceder a reserva de reavaliação deve ser reconhecido como perda no resultado Perda maior do que a reserva de reavaliação D - Reserva de reavaliação D - Outras despesas C - Perdas Vamos praticar futuros AFRFB!!!! (FCC / TRE-CE / 2012) Considere os dados abaixo. Valor histórico da máquina R$ 1.300.000,00 Reavaliação da máquina R$ 200.000,00 Perda de valor recuperável do ativo contabilizada R$ 130.000,00 Novo valor da perda de valor recuperável calculada R$ 230.000,00 O registro contábil complementar que deverá ser efetuado com relação a perda do valor recuperável é: a) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 30.000,00, Débito: Patrimônio Líquido − Reserva de Reavaliação − Perda de Valor Recuperável − R$ 70.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. b) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 230.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 230.000,00. c) Débito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00 e Crédito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. d) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. e) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 70.000,00, Débito: Patrimônio Líquido − Reserva de Reavaliação − Perda de Valor Recuperável − R$ 30.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. Resolução: De acordo com a nossa tabela, trata-se de um ativo reavaliado, em que a perda de R$ 230.000,00 é maior que a reserva de reavaliação de R$ 200.000,00. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 21 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Ativo Perda Hipótese Contabilização Ativo reavaliado O que exceder a reserva de reavaliação deve ser reconhecido como perda no resultado Perda maior do que a reserva de reavaliação D - Reserva de reavaliação D - Outras despesas C - Perdas 1. Registro da reavaliação: D – Máquina (ativo) C – Reserva de reavaliação (PL)2. Registro da primeira perda: D - Reserva de reavaliação C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos........130.000,00 3. Contabilização da nova perda: D - Reserva de reavaliação.70.000,00 Baixa a perda até a R. de Reavaliação D - Outras despesas..........30.000,00 Restante da perda, baixa no resultado C - Perdas Estimadas com desvalorização...100.000,00 Gabarito: Letra A. Em consonância com o inciso II, § 3º, do artigo 183 da lei 6404/76, o CPC 02 (R1) também afirma que: “depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente”. O goodwill tem origem na aquisição de um investimento avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP) e corresponde à diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo (valor de mercado) dos ativos líquidos da investida. Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento (-) Valor Justo (ou valor de mercado) do investimento = Goodwill Exemplo: A Cia. X adquiriu 100% da Empresa Y por R$ 50.000. 3.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 22 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Balanço Patrimonial da empresa Y na data da aquisição: ATIVO PASSIVO Ativo Não Circulante Imobilizado Máquinas..........................15.000 Veículos.............................5.000 Total...................................20.000 Patrimônio Líquido Capital Social.......................20.000 Total...................................20.000 Na data da aquisição, o valor justo do ativo líquido da empresa Y é de R$ 30.000. Calcule o valor do Goodwill. Resolução: Investidora: Cia. X. Investida: Empresa Y. Na aquisição do investimento pela Cia. X, ocorre o surgimento de ágio por mais valia e o goodwill. 1) Cálculo do valor contábil do investimento na empresa Y: PL da investida a valor contábil 20.000 x % de participação no capital da investida x 100% = Valor Contábil (ou valor patrimonial) do Investimento 20.000 2) Cálculo do valor justo do investimento na empresa Y: PL da investida a valor justo 30.000 X % de participação no capital da investida x 100% = Valor Justo do Investimento 30.000 PL da investida a valor justo = Ativo a valor justo – Passivo a valor justo PL da investida a valor justo = 30.000 – 0 = 30.000 3) Ágio Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento Ágio Mais Valia = R$ 30.000 – R$ 20.000 = R$ 10.000 4) Cálculo do Goodwill: Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 50.000,00 (-) Valor Justo do Investimento 30.000,00 = Goodwill 20.000,00 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 23 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. X: D – Investimento controlada Y (Valor patrimonial) 20.000,00 D – Investimento controlada Y (Mais Valia) 10.000,00 D – Investimento controlada Y (Goodwill) 20.000,00 C – Caixa/bancos 50.000,00 Balanço Patrimonial da empresa X após o lançamento de aquisição: ATIVO Ativo Não Circulante Investimentos Ações da empresa Y...........20.000 Ágio mais valia..................10.000 Goodwill...........................20.000 Total...................................50.000 O ágio mais valia e o Goodwill serão estudados com mais detalhes na aula 10. Resumindo: Ágio Mais Valia = valor justo - valor contábil do investimento Goodwill = valor pago – valor justo O Goodwill (ou ágio por expectativa de rentabilidade futura) não está sujeito à amortização, mas está sujeito ao teste de recuperabilidade. Continuando a nossa aula, vamos abordar a relação entre o goodwill e as unidades geradoras de caixa, conforme itens 80 a 87 do CPC 01 (R1). Para o propósito do teste de redução ao valor recuperável, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em combinação de negócios deve, a partir da data da operação, ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se beneficiar das sinergias da operação, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida serem, ou não, atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades. Cada unidade ou grupo de unidades ao qual o ágio (goodwill) é alocado dessa forma deve: (a) representar o menor nível dentro da entidade no qual o ágio (goodwill) é monitorado para fins gerenciais internos; e (b) não ser maior do que um segmento operacional, conforme definido pelo item 5 do Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento, antes da agregação. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 24 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Se o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) tiver sido alocado a uma unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer de uma operação dentro dessa unidade, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada deve ser: (a) incluído no valor contábil da operação quando da determinação dos ganhos ou perdas na baixa; e (b) mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação (retida), a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada. Exemplo: Uma entidade vende por $ 100 uma operação que fazia parte de unidade geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela remanescente da unidade geradora de caixa retido é de $ 300. Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pôde ser identificado ou associado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em nível mais baixo do que aquela unidade, o ágio associado à operação alienada é medido com base nos valores relativos da operação alienada e na parcela da unidade remanescente. Portanto, 25% do ágio alocado à unidade geradora de caixa são incluídos no valor contábil da operação que é vendida. (CFC / Exame de Qualificação Técnica / 2011) A Joinville S.A. adquiriu 60% da Floripa Ltda. O goodwill resultante da aquisição foi de R$ 24 milhões e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) da Floripa Ltda. em suas demonstrações contábeis é de R$ 60 milhões em 31/12/2010. O valor recuperável da unidade geradora de caixa da Floripa Ltda. é de R$ 80 milhões em 31/12/2010. Conforme a NBC TG 01 – Redução ao valor Recuperável de Ativos, qual é o valor da perda por impairment em 31/12/2010 a ser reduzida do goodwill registrado na Joinville S.A.? a) R$24 milhões. b) R$4 milhões. c) R$12 milhões. d) R$20 milhões. Resolução: 1) Cálculo do valor contábil do investimento na empresa Floripa Ltda.: Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 25 de 84 www.exponencialconcursos.com.br PL da investida a valor contábil R$ 60.000.000 x % de participação no capital da investida x 60% = ValorContábil (ou valor patrimonial) do Investimento R$ 36.000.000 2) Contabilização da aquisição do investimento pela Joinville S.A.: D – Investimento Floripa Ltda. (Valor patrimonial) 36.000.000,00 D – Investimento Floripa Ltda. (Goodwill) 24.000.000,00 C – Caixa/bancos 60.000.000,00 Balanço Patrimonial da Joinville S.A. após o lançamento de aquisição: ATIVO Ativo Não Circulante Investimentos Ações da Floripa Ltda.........36.000.000 Goodwill...........................24.000.000 Valor contábil......................60.000.000 O valor recuperável da unidade geradora de caixa (UGC) da Floripa Ltda. é de R$ 80 milhões em 31/12/2010. Assim, devemos calcular o valor recuperável referente a participação da Joinville S.A. nas ações da Floripa Ltda.: Valor recuperável da UGC da Floripa Ltda. 80.000.000 x % de participação no capital da investida x 60% = Valor recuperável da UGC da Floripa registrada na Joinville 48.000.000 Quando houver ágio por expectativa de rentabilidade futura, na investidora, a perda por impairment deve, primeiro, ser baixada do ágio e o restante, se existir, ser baixada das participações. 3) Comparação do valor recuperável com o valor contábil Como Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas Perdas estimadas = Valor Contábil - Valor Recuperável Perdas estimadas = 60.000.000,00 – 48.000.000,00 = 12.000.000,00 * Registro das perdas por desvalorização: Despesa - perda de valor recuperável * 12.000.000 Goodwill (1) 24.000.000 12.000.000 * 12.000.000 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 26 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Gabarito: C. Segundo o CPC 01 (R1), a entidade deve avaliar, ao termino de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo. Assim, se a entidade verificar que uma perda por desvalorização de ativo reconhecida em anos anteriores não mais existe ou diminuiu, ela pode reverter essa perda. Lançamento de reversão é o seguinte: D - Perdas estimadas com desvalorização (retificadora do ativo) C - Reversão de Perda por desvalorização (receita) Concluímos ainda que não deve ser realizada a reversão de perdas estimadas para o goodwill. O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores. Pessoal, resumindo, o valor de reversão não pode ultrapassar o valor que já tinha sido reconhecido como perdas por desvalorização. Qualquer aumento no valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), acima do seu valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso a perda por desvalorização para o ativo não tivesse sido reconhecida em anos anteriores é considerado uma reavaliação. A reversão de perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado de acordo com outro Pronunciamento. Qualquer reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação conforme tal Pronunciamento. A reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes sob o título de reserva de reavaliação. Entretanto, na extensão em que a perda por desvalorização para o 3.5 – Reversão de perda por desvalorização Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 27 de 84 www.exponencialconcursos.com.br mesmo ativo reavaliado tenha sido anteriormente reconhecida no resultado do período, a reversão dessa desvalorização deve ser também reconhecida no resultado do período. Lançamento de reversão de perdas de ativo reavaliado: D - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos C - Reserva de reavaliação Depois que a reversão de perda por desvalorização é reconhecida, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo menos seu valor residual (se houver) em base sistemática sobre sua vida útil remanescente. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos: (a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas; (b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas; (c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e (d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período. Esquematizando: Reconhecimento na DRE Perdas por desvalorização Reversões de Perdas por desvalorização em Outros resultados abrangentes Perdas por desvalorização de ativos reavaliados Reversões das Perdas por desvalorização de ativos reavaliados 3.6 – Divulgação das perdas e reversões Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 28 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Segundo o art. 179, VI, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física (bem de existência abstrata). Com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, o subgrupo intangível passou a existir, separando os bens corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes dessa Lei, tudo era classificado no imobilizado. Por exemplo, são classificados no intangível: softwares, marcas, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, franquias, fidelidade de clientes, concessões obtidas. De acordo com o CPC 04, ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Ainda, segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível quando atender cumulativamente a três requisitos: 1º) Ser identificável; 2º) Ser controlável; 3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros. Nem todos os exemplos (marcas, patentes) descritos em item anterior se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros. Caso um item abrangido pelo pronunciamento nº 04 não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidadefutura (goodwill) reconhecido na data da aquisição. O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo (valor de mercado) de seus ativos líquidos. Goodwill = Valor pago - Valor Justo (regra, valor de mercado). 4 – Ativos Intangíveis Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 29 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando: (a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou (b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais que possam ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a imposição legal de um direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de outra forma. Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. Vamos praticar!!! (FCC / ICMS - SP / 2009) São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. Resolução: Fácil né? Segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível quando atender cumulativamente a três requisitos: Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 30 de 84 www.exponencialconcursos.com.br 1º) Ser identificável; 2º) Ser controlável; 3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros. Gabarito: Letra C. Continuando a nossa aula, alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado de acordo com CPC 27 – Ativo Imobilizado ou como ativo intangível, nos termos do CPC 04 (R1), a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. Esquematizando: Ativos Elemento mais significativo Classificação Software integra o equipamento Equipamento Imobilizado Software não integra o equipamento Software Intangível Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: (a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo. Seu custo inclui todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela administração, e cessa quando isso ocorre. O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: (a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e 4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 31 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta. Um ativo intangível pode ser adquirido ou gerado internamente. Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para o reconhecimento, devido às dificuldades para: (a) identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará benefícios econômicos futuros esperados; e (b) determinar com confiabilidade o custo do ativo. Em alguns casos não é possível separar o custo incorrido com a geração interna de ativo intangível do custo da manutenção ou melhoria do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente ou com as operações regulares (do dia-a-dia) da entidade. Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo: (a) na fase de pesquisa; e/ou (b) na fase de desenvolvimento. Exemplos de custos diretamente atribuíveis custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento); honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente. Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e custos administrativos e outros custos indiretos. 4.2 – Ativo intangível gerado internamente Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 32 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Embora os termos "pesquisa" e "desenvolvimento" estejam definidos, as expressões "fase de pesquisa" e "fase de desenvolvimento" têm um significado mais amplo para efeitos do CPC 04 (R1). Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa. Durante a fase de pesquisa, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. São exemplos de atividades de pesquisa: (a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; (b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisaou outros conhecimentos; (c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e (d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados. A fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase de pesquisa. Assim, durante a fase de desenvolvimento, a entidade pode ou não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Se os gastos com desenvolvimento não forem capazes de gerar prováveis benefícios econômicos futuros, esses gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. Porém, os gastos incorridos na fase de desenvolvimento que gerarem prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser contabilizados como ativo intangível. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: 4.2.1 – Fase de pesquisa 4.2.2 – Fase de desenvolvimento Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 33 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. São exemplos de atividades de desenvolvimento: (a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização; (b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia; (c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e (d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados. Esquematizando: Gastos Classificação Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. Fase de desenvolvimento Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. Gastos com desenvolvimento reconhecidos como Ativo Intangível Geram prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade; O ativo será usado ou vendido; Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 34 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Vamos praticar futuros AFRFB! (FCC / SEFIN – RO / 2010) Sobre os ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que a) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. b) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser reconhecidas no ativo pelo valor do custo. c) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. d) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser reconhecidos no resultado. e) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Resolução: Analisando cada assertiva. a) incorreta. Os gastos incorridos na fase de desenvolvimento podem ser reconhecidos no ativo da entidade. Gastos Classificação Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. Fase de desenvolvimento Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. b) incorreta. São exemplos de atividades de pesquisa: (a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; Portanto, seus custos não são incluídos no ativo, porque são despesas, quando incorridos. c) incorreta. Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na fase de desenvolvimento pesquisa, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. d) incorreta. Apenas os gastos com desenvolvimento que não forem capazes de gerar prováveis benefícios econômicos futuros são reconhecidos como despesa quando incorridos, ou seja, no resultado. e) correta. Perfeito. Gabarito: Letra E. Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 35 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as expectativas dos participantes do mercado na data de aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que haja benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em relação à época e ao valor desses benefícios econômicos. O adquirente deve reconhecer na data da aquisição, separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) apurado em uma combinação de negócios, um ativo intangível da adquirida, independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela adquirida antes da aquisição da empresa. Isso significa que a adquirente reconhece como ativo, separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill), um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida se o projeto atender à definição de ativo intangível. Um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida atende à definição de ativo intangível quando: (a) corresponder à definição de ativo; e (b) for identificável, ou seja, é separável ou resulta de direitos contratuais ou outros direitos legais. Segue uma tabela que resume a classificação dos gastos após a aquisição de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento: Gastos Classificação Pesquisas em andamento adquiridos Ativo Intangível Pesquisas após a aquisição Despesas Desenvolvimento em andamento adquiridos Ativo Intangível Desenvolvimento após a aquisição Despesas ou Ativo Intangível O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de ativo intangível que se enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos no CPC 04 (R1). Esses gastos costumam ser descritos como contribuições para o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, o qual não é 4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios 4.4 – Goodwill gerado internamente Curso: ContabilidadeGeral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 36 de 84 www.exponencialconcursos.com.br reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não é separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) controlado pela entidade que pode ser mensurado com confiabilidade ao custo. As diferenças entre valor justo da entidade e o valor contábil de seu patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores que afetam o valor justo da entidade. No entanto, essas diferenças não representam o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade. (CESPE / Analista MPU / 2015) Julgue o item que se segue, relativos à contabilização dos itens do ativo e do passivo. O ativo intangível gerado internamente não deve ser reconhecido nas demonstrações contábeis. ( ) Certo ou ( ) Errado Resolução: Misturou conceitos. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo (ou seja, nas demonstrações contábeis). O ativo intangível gerado internamente pode vir a ser reconhecido nas demonstrações contábeis, desde que atenda os critérios de reconhecimento do CPC 04 (R1). Gabarito: Errado. Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, exceto: (a) se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios de reconhecimento; ou (b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição (ver Pronunciamento Técnico CPC 15). Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: (a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. Exemplos gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos: 4.5 – Reconhecimento de despesa Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 37 de 84 www.exponencialconcursos.com.br (a) gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a empresa (ou seja, custo do início das operações), exceto se estiverem incluídas no custo de um item do ativo imobilizado, conforme Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado. O custo do início das operações pode incluir custos de estabelecimento, tais como custos jurídicos e de secretaria, incorridos para constituir a pessoa jurídica, gastos para abrir novas instalações ou negócio (ou seja, custos pré-abertura) ou gastos com o início de novas unidades operacionais ou o lançamento de novos produtos ou processos; (b) gastos com treinamento; (c) gastos com publicidade e atividades promocionais (incluindo envio de catálogos); e (d) gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da entidade. Gastos com um item intangível reconhecidos inicialmente como despesa não devem ser reconhecidos como parte do custo de ativo intangível em data subsequente. Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada. A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade. A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Porém, os ativos intangíveis de vida útil definida e indefinida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade, pois o termo “indefinida” não significa infinita. Valor contábil do intangível = Custo de aquisição – amortização acumulada - perdas 4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo 4.6 – Avaliação do Intangível Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 38 de 84 www.exponencialconcursos.com.br O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessárias para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados em processo de produção é classificada como custo de produção e faz parte do valor contábil dos estoques. Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida é zero, a não ser que: (a) haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua vida útil; ou (b) exista mercado ativo para ele e: (i) o valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado; e (ii) seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo. O valor amortizável de ativo com vida útil definida deve ser determinado após a dedução de seu valor residual. O valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a alienação do ativo intangível antes do final de sua vida econômica. Ativo Intangível vida útil definida deve ser amortizado vida útil indefinida não deve ser amortizado 4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 Prof. Feliphe Araújo 39 de 84 www.exponencialconcursos.com.br Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado, mas está sujeito ao teste de recuperabilidade anualmente e sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor. Caso um ativo intangível com vida útil indefinida sofra uma desvalorização, a empresa deverá constituir uma Perda Estimada que poderá ser revertida em períodos subsequentes. Esquematizando: Ativo Intangível Amortização Teste de recuperabilidade Reversão de perdas Vida útil definida SIM SIM SIM Vida útil indefinida NÃO SIM SIM Goodwill NÃO SIM NÃO Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo. Ganho ou perda de capital = Valor da alienação – valor contábil Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado, mas os ganhos não devem ser classificados como receitas de venda. A baixa e alienação de um ativo intangível segue as mesmas
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