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Aula-07-Contabilidade-AFRFB-Ganhos-de-capital-teste-de-recuperabilidade-e-intangivel-v2

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Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 1 de 84 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aula 07 
Curso: Contabilidade p/ AFRFB 
Professor: Feliphe Araújo 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 84 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 - Alienação e baixa de itens do ativo ................................................. 3 
3 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos ....................................... 9 
3.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade ...................................................................... 15 
3.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado ......................................................... 16 
3.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização ........................................... 17 
3.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) ........................................... 21 
3.5 – Reversão de perda por desvalorização ............................................................................... 26 
3.6 – Divulgação das perdas e reversões ..................................................................................... 27 
4 – Ativos Intangíveis ........................................................................ 28 
4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível ............................................................................. 30 
4.2 – Ativo intangível gerado internamente ................................................................................ 31 
4.2.1 – Fase de pesquisa........................................................................................................... 32 
4.2.2 – Fase de desenvolvimento ............................................................................................. 32 
4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios ............................................ 35 
4.4 – Goodwill gerado internamente ........................................................................................... 35 
4.5 – Reconhecimento de despesa .............................................................................................. 36 
4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo ............................................................ 37 
4.6 – Avaliação do Intangível ....................................................................................................... 37 
4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida ........................................................................ 38 
4.6.2 – Ativo Intangível com vida útil indefinida ...................................................................... 39 
4.7 – Baixa e Alienação de um Ativo Intangível ........................................................................... 39 
5 – Resumo da Aula ........................................................................... 40 
6 – Questões comentadas .................................................................. 46 
7 – Lista de exercícios ....................................................................... 72 
8 - GABARITO .................................................................................... 84 
9 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................... 84 
 
 
Aula 07 – 12. Ganhos ou perdas de capital: alienação e baixa de itens 
do ativo. 15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro 
contábil, reversão. 28. Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, 
forma de avaliação e registros contábeis. 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 84 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Olá queridos alunos e alunas, tudo bem? 
 Sejam bem-vindos à sétima aula do curso de Contabilidade Geral e 
Avançada para os futuros Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. 
 Estamos avançando bem e a cada dia subimos um degrau rumo à sua 
aprovação. Hoje, vamos tratar sobre alguns tópicos que estão diretamente 
ligados a assuntos da aula passada, ou seja, relacionados aos ativos. 
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
 Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
 
 
A baixa de um bem constante do ativo somente poderá ser realizada na 
contabilidade, se houver a efetiva retirada física do bem. Assim, essa baixa 
somente será realizada se ocorrer a sua alienação, liquidação ou baixa por 
perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, com a 
consequente retirada física do bem. 
Sabemos que há muitos casos em que, muito embora o ativo não tenha 
mais nenhuma serventia para a empresa, ele permanece fisicamente no 
estabelecimento da pessoa jurídica. Nesse caso, é aconselhado que se 
mantenha na contabilidade referido bem, mesmo que esteja com valor zero 
em decorrência de ter sido totalmente depreciado. 
Esquematizando: 
 
O valor contábil de 
um item do ativo
imobilizado deve ser 
baixado
por ocasião de sua alienação; ou 
quando não há expectativa de benefícios 
econômicos futuros com a sua utilização 
ou alienação. Ex.: extinção do bem.
1 - INTRODUÇÃO 
2 - Alienação e baixa de itens do ativo 
 
 
 
 
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Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado 
devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado. Os ganhos 
não devem ser classificados como receita de venda. 
Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo 
imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da 
alienação, se houver, e o valor contábil do item. Os ganhos representam a 
diferença positiva e as perdas correspondem a diferença negativa entre o valor 
da alienação e o valor contábil. 
Ganho ou perda de capital = Valor da alienação – valor contábil 
 
Lembrando que, conforme visto na nossa aula de depreciação: 
1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas 
2. Valor depreciável = Custo de aquisição – valor residual 
 
Vamos ver como acontece na vida real. A empresa Aprovados S/A possui 
um veículo adquirido por R$ 50.000 e com depreciação de R$ 15.000. A empresa 
decide vender o veículo por R$ 40.000, qual o valor do ganho de capital? 
1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas 
1. Valor contábil = 50.000 – 15.000 = R$ 35.000 
2. Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil 
2. Ganho de capital = 40.000 – 35.000 = R$ 5.000 
O ganho de capital é igual a R$ 5.000,00. 
 
Considerando o mesmo exemplo, se a empresa decidisse vender o veículo 
por R$ 20.000, qual o valor da perda de capital? 
1. Valor contábil = R$ 35.000 
2. Perda de capital = 20.000 – 35.000 = R$ 15.000 
A perda de capital é igual a R$ 15.000,00. 
 
Professor, e como vamos contabilizar a baixa de um item do ativo. Como 
vocês são apressadinhos, rsrsrsrsrs. Vamos ver esses registros. 
Quando uma entidade decide vender um item do seu ativo, deve seguir 
os trêspassos abaixo para baixa do bem e reconhecimento das operações no 
resultado: 
1. Baixar depreciação acumulada em contrapartida da conta que registra 
o bem com seu valor original. Em outras palavras, a conta de depreciação 
 
 
 
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acumulada será baixada (débito) em contrapartida (crédito) da conta do ativo 
que registra o bem vendido. 
2. Reconhecer a receita pela venda do ativo, com base no valor 
negociado. 
3. Reconhecer a despesa com a baixa do ativo, com base em seu valor 
contábil. 
 
Portanto, são três lançamentos para um único fato contábil (de venda do 
imobilizado depreciado). 
 
Exemplo: A empresa Aprovados S/A possui um imóvel registrado pelo 
valor de R$ 150.000,00, com depreciação acumulada de R$ 30.000,00, no seu 
balanço patrimonial de 2013. A vida útil do imóvel é de 10 anos e ele foi 
adquirido em 01/01/2012. 
ATIVO 
Imóvel 150.000,00 
(-) Depreciação Acumulada (30.000,00) 
Valor contábil do imóvel = R$ 120.000,00 
 
Em 01/01/2014, a empresa Aprovados S/A vendeu à vista o bem por R$ 
130.000,00. Efetue os lançamentos da venda e calcule o valor do ganho de 
capital? 
Para resolução da questão, vamos seguir os passos explicados nessa aula. 
1. Baixar depreciação acumulada em contrapartida da conta que registra 
o bem com seu valor original. Em outras palavras, a conta de depreciação 
acumulada será baixada (débito) em contrapartida (crédito) da conta do ativo 
que registra o bem vendido. 
Como sabemos, a conta de depreciação acumulada registra, em 
separado, a perda de valor do ativo imobilizado. Esta prática é válida para 
apurarmos, com segurança e agilidade, o total da perda de valor acumulada 
pelos ativos sem precisarmos alterar o seu valor original. No entanto, na ocasião 
da venda do bem depreciado, a depreciação acumulada será, definitivamente, 
reduzida do saldo da conta que registra o bem. 
Lançamento de baixa da depreciação acumulada do imóvel vendido: 
D - Depreciação Acumulada 
C - Imóvel 30.000,00 
 
 
 
 
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Depreciação Acumulada 
(1) 30.000 30.000 (SI) 
 0 
Imóvel 
(SI) 150.000 30.000 (1) 
 120.000 
2. Reconhecer a receita pela venda do ativo, com base no valor 
negociado. 
Reconhecimento da receita de venda do ativo à vista: 
D - Caixa 
C - Receita pela venda de imobilizado (outras receitas) 130.000,00 
 
3. Reconhecer a despesa com a baixa do ativo, com base em seu valor 
contábil. 
Reconhecimento da despesa: 
D - Despesa com venda de imobilizado (outras despesas) 
C - Imóveis 120.000,00 
 
Cálculo do ganho de capital: 
Valor contábil = 120.000,00 
Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil 
Ganho de capital = 130.000 – 120.000 = R$ 10.000,00. 
 
No entanto, a companhia poderia efetuar o registro da venda num 
lançamento único. Neste caso, o lançamento seria de quarta fórmula e ficaria 
assim: 
Lançamento único da venda do imóvel: 
D – Caixa..................................................130.000 
D - Depreciação Acumulada...........................30.000 
C – Imóvel.................................................150.000 
C - Ganho de capital.....................................10.000 
 
Ao final do destes lançamentos, veríamos que o patrimônio líquido seria 
aumentado no exato montante do lucro obtido pela venda do imobilizado (ou 
reduzido em caso de prejuízo). 
Caso a venda fosse realizada por um valor inferior ao valor contábil do 
ativo, seria apurada perda de capital com base na diferença. 
 
 
 
 
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Lançamento único de perda de capital na venda do bem: 
D - Caixa ou bancos ou contas a receber 
D - Depreciação Acumulada 
D - Perda de capital na venda do bem 
C - Bem 
 
Os ganhos e perdas referentes à venda de máquinas, imóveis, instalações 
e investimentos são considerados operações normais na vida da empresa e, por 
isso, devem ser incluídos nas DRE, respectivamente, como outras receitas e 
outras despesas. Veremos isso detalhado na aula de DRE. 
Vamos praticar futuros AFRFB!!! 
 (ESAF / Contador – Ministério da Fazenda / 2013) A 
Empresa Zinha tem uma conta Móveis e Utensílios com saldo de R$ 13.000,00. 
Tais móveis foram adquiridos há quatro anos e têm vida útil estimada em 10 
anos. Sua depreciação vem sendo contabilizada considerando um valor residual 
de 15%. Se a “Zinha” revender esses móveis, mesmo que a prazo, por R$ 
10.000,00, vai obter ganhos de capital no valor de 
a) R$ 1.420,00. 
b) R$ 1.870,00. 
c) R$ 2.200,00. 
d) R$ 3.370,00. 
e) R$ 3.630,00. 
Resolução: 
Conta Móveis e Utensílios = R$ 13.000,00 
Vida útil = 10 anos 
Taxa de depreciação = 4 anos/10 anos = 40% 
Valor residual = 15% x 13.000 = R$ 1.950,00 
1. Valor depreciável = custo de aquisição – valor residual 
Valor depreciável = 13.000 – 1.950 = R$ 11.050,00 
2. Depreciação Acumulada nos 4 anos = 11.050 x 40% = R$ 4.420,00 
3. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada - perdas 
Valor contábil = 13.000 – 4.420 = R$ 8.580,00 
4. Ganho de capital = Valor da alienação – valor contábil 
Ganho de capital = 10.000 – 8.580 = R$ 1.420,00. Gabarito: A. 
 
 
 
 
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 (ESAF / Técnico da Receita Federal / 2002-2) A empresa 
Belmont S/A adquiriu um equipamento por R$ 27.000,00 e gastou mais R$ 
3.000,00 para sua instalação. Decorrido certo tempo, a empresa vendeu, a 
vista, o equipamento por R$ 12.000,00. Nessa época, a conta Depreciação 
Acumulada tinha saldo de R$ 15.000,00. O lançamento correto para registrar o 
fato acima citado deve ser o que segue: 
a) Diversos 
 a Equipamentos 
 Caixa R$ 12.000,00 
 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 R$ 27.000,00 
b) Equipamentos 
 a Diversos 
 a Caixa R$ 12.000,00 
 a Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 R$ 27.000,00 
c) Diversos 
 a Diversos 
 Equipamentos R$ 27.000,00 
 Gastos de Instalação R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 
 a Caixa R$ 12.000,00 
 a Depreciação Acumulada R$ 18.000,00 R$ 30.000,00 
d) Diversos 
 a Equipamentos 
 Caixa R$ 12.000,00 
 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 
 Perda de Capital R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 
e) Diversos 
 a Diversos 
 Caixa R$ 12.000,00 
 Depreciação Acumulada R$ 18.000,00 
 a Equipamentos R$ 27.000,00 
 a Gastos de Instalação R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 
Resolução: 
Quando um veículo é vendido por uma empresa, esta deve dar baixa na 
depreciação acumulada registrada ao longo do período de utilização do bem. 
Como a conta depreciação acumulada de veículos é uma conta credora, para 
dar baixar no bem, a empresa deve debitar a conta depreciação acumulada. 
Assim, eliminamos as letras B e C. 
Equipamento = custo + gastos = 27.000 + 3.000 = R$ 30.000,00. 
1. Valor contábil = Custo de aquisição – depreciação acumulada 
Valor contábil = 30.000 – 15.000 = 15.000 
 
 
 
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2. Ganho ou Perda de capital = Preço de venda – valor contábil 
Ganho ou Perda de capital = 12.000 – 15.000 
Perda de capital = (3.000,00) 
 
A única assertiva que possui perda de capital novalor de R$ 3.000 é a D, por 
isso, já podemos marcar o nosso gabarito. Vamos só concluir o lançamento. 
Resumindo os dados, temos que: 
Caixa = 12.000 (Debita, porque entra bens numerários na venda à vista) 
Equipamentos = 30.000 (credita, porque o bem vai ser baixado) 
Depreciação acumulada = 15.000 (debita) 
Perda de capital = (3.000) (debita porque é despesa) 
Lançamento único da venda do imóvel: 
D – Caixa...................................12.000 
D - Depreciação Acumulada..........15.000 
D - Perda de capital...................... 3.000 
C – Equipamentos........................30.000 
Ou 
Diversos 
 a Equipamentos 
Caixa R$ 12.000,00 
 Depreciação Acumulada R$ 15.000,00 
Perda de Capital R$ 3.000,00 R$ 30.000,00 
Gabarito: Letra D. 
 
 
De acordo a Lei nº 6404/76, art. 183, § 3o: a companhia deverá efetuar, 
periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no 
imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver 
decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se 
destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados 
suficientes para recuperação desse valor; ou 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação 
da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e 
amortização. 
3 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos 
 
 
 
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O Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável 
de Ativos tem por objetivo principal assegurar que os ativos das entidades 
estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de 
recuperação. 
Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor 
de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser 
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é 
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o 
Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para 
perdas por desvalorização. 
A Lei das S/A determina que apenas os bens e direitos do AÑC 
Imobilizado e Intangível estão sujeitos ao teste de recuperabilidade. No 
entanto, o CPC 01 (R1) determina que todos os ativos estão sujeitos à 
redução ao valor recuperável, exceto: 
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques); 
(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento 
Técnico CPC 17 – Contratos de Construção); 
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos 
sobre o Lucro); 
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); 
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos 
Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos 
financeiros; 
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento); 
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam 
mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola); 
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos 
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro 
dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de 
Seguro; e 
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) 
classificados como mantidos para venda em consonância com o 
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para 
Venda e Operação Descontinuada. 
 
Segundo o CPC 01 (R1), o teste de recuperabilidade é aplicado a ativos 
financeiros classificados como: 
 
 
 
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1. Controladas; 
2. Coligadas; e 
3. Empreendimento controlado em conjunto. 
 
Teste de recuperabilidade é a tradução do inglês “Impairment test”. 
Segue o significado de alguns termos que serão utilizados durante a aula: 
 
 
 
Exemplo: A empresa Aprovados S/A possui uma máquina de sorvete 
capaz de gerar receitas pelos próximos três anos, de acordo com o seguinte 
fluxo de caixa: 
1º ano: receitas de R$ 11.000,00 
2º ano: receitas de R$ 12.100,00 
3º ano: receitas de R$ 13.310,00 
 
Sabendo que a receita anual é realizada ao final de cada ano e que a taxa 
de desconto seja de 10% ao ano, o valor em uso da máquina será de: 
 
 
Valor Contábil
é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois 
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou 
exaustão acumulada e ajuste para perdas.
Valor justo líquido 
de despesa de 
venda 
é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade 
geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre 
partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas 
estimadas de venda.
Perda por 
desvalorização 
é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade 
geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Valor recuperável 
de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior 
montante entre o seu valor justo líquido de despesa de 
venda e o seu valor em uso.
Despesa de venda 
ou de baixa
são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à 
baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, 
excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o 
resultado gerado.
Valor em uso 
é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que 
devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
 
 
 
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Resolução: Fluxo de caixa futuros das receitas: 
 11.000,00 12.100,00 13.310,00 
 10% 10% 10% 
 Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 
 
 Valor em Uso: é o valor presente das receitas futuras estimadas. 
 
Trazendo as receitas futuras para o ano 0, encontramos o valor em uso 
da máquina: 
Valor em uso = 11.000 + 12.100 + 13.310 
 (1,1)¹ (1,1)² (1,1)³ 
Valor em uso = R$ 30.000,00 
 
 
Por exemplo, em uma empresa de prestação de serviços de transporte 
coletivo urbano que tenha uma frota de ônibus, cada ônibus é uma unidade 
geradora de caixa. 
 
 
 
 (FCC / Analista TRT 6ª / 2012) De acordo com a 
regulamentação vigente, Valor Recuperável de um ativo ou de uma unidade 
geradora de caixa é 
a) a diferença entre o seu custo histórico e o seu valor de mercado. 
b) o menor montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o 
seu valor contábil. 
Vida útil é
o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um 
ativo; ou
o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes 
que a entidade espera obter do ativo.
Unidade geradora 
de caixa
é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de 
caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das 
entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
Ativos corporativos
são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os 
fluxos de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob 
revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.
 
 
 
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www.exponencialconcursos.com.brc) o maior montante entre o seu valor justo líquido da despesa de venda e o 
seu valor em uso. 
d) a diferença entre o seu valor em uso e o seu custo histórico. 
e) o maior montante entre o seu valor de mercado e o seu custo histórico. 
Resolução: 
 
Gabarito: Letra C. 
 
Continuando a nossa aula, vimos que o teste de recuperabilidade 
consiste em apurar o maior entre o seu valor justo líquido das despesas 
de venda e o seu valor em uso e compará-lo com o valor contábil. Se o 
valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária 
nenhuma contabilização. 
Caso contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor 
recuperável, devemos reconhecer (contabilizar) uma perda. 
Segue os passos para verificação do teste de recuperabilidade: 
1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor 
líquido de venda e o seu valor em uso. 
 
2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC): 
VC = Custo de Aquisição - Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada - 
Perdas Estimadas 
 
3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil 
a) Se Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas. 
 Contabilização das perdas: 
D - Despesa - perda com desvalorização de ativos (outras despesas) 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
 
b) Se Valor Contábil < Valor Recuperável, nenhum ajuste será feito. 
 
Valor recuperável 
de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior 
montante entre o seu valor justo líquido de despesa de 
venda e o seu valor em uso.
 
 
 
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 (FCC / SEFAZ – SP/ 2009) Texto para as questões de 1 a 
3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes 
características: 
Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00 
Valor em Uso R$ 5.000.000,00 
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00 
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00 
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00 
 
1. O valor recuperável desse ativo é, em R$, 
a) 5.000.000,00 
b) 5.100.000,00 
c) 5.400.000,00 
d) 5.600.000,00 
e) 6.000.000,00 
Resolução: Vamos seguir os passos da nossa aula para verificação do teste de 
recuperabilidade. 
1º Passo: Determinação do Valor Recuperável: É o maior valor entre o valor 
líquido de venda e o seu valor em uso. 
- Valor em uso = R$ 5.000.000,00. 
- Valor justo líquido de despesas de venda = R$ 5.100.000,00. 
Portanto, o valor recuperável é o valor líquido de venda, porque é o maior valor. 
- Valor Recuperável = R$ 5.100.000,00 
Gabarito: Letra B. 
 
2. O valor líquido contábil é, em R$, 
a) 6.000.000,00 
b) 5.600.000,00 
c) 5.400.000,00 
d) 5.100.000,00 
e) 5.000.000,00 
Resolução: 
2º Passo: Determinação do Valor Contábil (VC) 
 
 
 
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VC = Custo de Aquisição - Depreciação Acumulada - Perdas Estimadas 
Valor Contábil = 8.000.000 – 2.000.000 - 600.000 = 5.400.000,00 
Nessa questão, o valor contábil é o valor contábil líquido e o custo de 
aquisição é o valor contábil bruto. 
Gabarito: Letra C. 
 
3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$, 
a) 3.000.000,00 
b) 2.600.000,00 
c) 1.000.000,00 
d) 600.000,00 
e) 300.000,00 
Resolução: 
3º Passo: Comparação do valor recuperável com o valor contábil líquido 
Como Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas 
Perdas estimadas = Valor Contábil - Valor Recuperável 
Perdas estimadas = 5.400.000,00 – 5.100.000,00 = 300.000,00 
* Registro das perdas por desvalorização: 
Despesa - perda de 
valor recuperável 
 * 300.000 
 
 
Provisões para 
perdas registradas 
 600.000 SI 
 300.000 * 
 900.000 
Valor Contábil apresentado no balanço patrimonial: 
Valor Contábil Bruto ......................................8.000.000,00 
(-) Depreciações Acumuladas.........................(2.000.000,00) 
(-) Provisões para Perdas Registradas.............( 900.000,00) 
= Valor Contábil .........................................5.100.000,00. Gabarito: E. 
 
 
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há 
alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver 
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 
3.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade 
 
 
 
 
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Ao fim de cada período de reporte é a mesma coisa que dizer ao fim de 
cada exercício social. 
 
 
Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido 
desvalorização, a entidade deve considerar, no mínimo, as fontes internas e 
externas de informação. 
 
 
 
Assim, a entidade deve fazer uma estimativa formal do valor 
recuperável de ativos se existirem indicadores de fontes internas e externas 
de desvalorização dessas ativos. 
Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução 
ao valor recuperável, a entidade deve: 
Fontes 
internas de 
informação
evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de 
um ativo;
mudanças significativas, com efeito adverso sobre a 
entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer 
em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira 
na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças 
incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso ou 
planos para descontinuidade da entidade;
evidência disponível, proveniente de relatório interno, 
que indique que o desempenho econômico de um ativo é 
ou será pior que o esperado.
Fontes 
externas de 
informação
há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu 
significativamente durante o período, mais do que seria de 
se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso 
normal; 
mudanças significativas com efeito adverso sobre a 
entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro 
próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou 
legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o 
ativo é utilizado;
as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de 
retorno sobre investimentos aumentaram durante o período, e 
esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto 
utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão
materialmente o valor recuperável do ativo;
o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do 
que o valor de suas ações no mercado;
3.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado 
 
 
 
 
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(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de 
um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda 
não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor 
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a 
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, 
no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável 
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram 
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor 
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e 
(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) em combinação de negócios. 
Esquematizando: 
 
 
 
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valorcontábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. 
Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo. 
A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente 
na demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. 
Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como diminuição 
do saldo da reavaliação. 
A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida 
na demonstração do resultado do exercício. 
Contabilização das perdas: 
D - Despesa - perda com desvalorização de ativos (outras despesas) 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
 
Entretanto, a perda por desvalorização de ativo reavaliado deve ser 
reconhecida em outros resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) 
na extensão em que a perda por desvalorização não exceder o saldo da 
reavaliação reconhecida para o mesmo ativo. 
Essa perda por desvalorização sobre o ativo reavaliado reduz a 
reavaliação reconhecida para o ativo. 
Existindo ou não 
qualquer indicação de 
redução ao valor 
recuperável de ativos, a 
entidade deve testar 
anualmente
Ativo Intangível com vida útil indefinida
Ativo intangível não disponível para uso
ágio pago por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill)
3.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização 
 
 
 
 
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A Lei 11.638/07 extinguiu, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008, 
a reserva de reavaliação, que era uma conta do PL. A reserva de reavaliação 
refere-se há aumentos de valores atribuídos a elementos do ativo em virtude 
de novas avaliações com base em laudo 
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos 
até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social de 2008. 
Vamos ver como esse procedimento ocorre na prática. 
Exemplo 1: Perda inferior e até o limite da reserva de reavaliação de 
ativos reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: 
D - Reserva de reavaliação 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
 
Considere os dados abaixo para efetuar o registro da perda: 
Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 
Reavaliação do veículo R$ 20.000,00 
Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 10.000,00 
 
Contabilização das perdas estimadas: 
D - Reserva de reavaliação  Baixa da perda contra a Reserva de Reavaliação 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos........10.000,00 
 
Exemplo 2: Perda superior a reserva de reavaliação de ativos 
reavaliados. Registro da perda contra a reserva de reavaliação: 
D - Reserva de reavaliação 
D - Perdas com desvalorização de ativos (outras despesas) 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
 
Considere os dados abaixo para efetuar o lançamento da perda: 
Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 
Reavaliação do veículo R$ 20.000,00 
Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 35.000,00 
 
Contabilização das perdas estimadas: 
D - Reserva de reavaliação.20.000,00  Baixa a perda até a R. de Reavaliação 
D - Outras despesas..........15.000,00  Restante da perda, baixa no resultado 
C - Perdas Estimadas com desvalorização...35.000,00 
 
 
 
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Quando o montante estimado da perda por desvalorização for maior do 
que o valor contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade deve reconhecer 
um passivo se, e somente se, isso for exigido por outro Pronunciamento Técnico. 
Aqui fica bem claro que outro Pronunciamento precisa exigir. Vamos ver um 
exemplo desse caso. 
 
Exemplo 3: perda por desvalorização maior do que o valor contábil do 
ativo. Lançamento: 
D - Outras despesas 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
C – Provisão do Passivo (valor excedente ao ativo) 
 
Considere os dados abaixo e efetue o lançamento de registro da perda: 
Valor contábil bruto do veículo R$ 50.000,00 
Depreciação acumulada R$ 20.000,00 
Perda de valor recuperável do ativo calculada R$ 35.000,00 
 
O teste de recuperabilidade resultou em perdas no valor de R$ 35.000, 
superior ao valor contábil líquido da máquina que era de R$ 30.000 (50.000 – 
20.000). 
Contabilização das perdas estimadas: 
D - Outras despesas..........35.000,00 
C - Perdas Estimadas com desvalorização...30.000,00 
C – Provisão do Passivo (valor excedente ao ativo)....5.000,00 
 
No balanço patrimonial da entidade, após a realização do teste, temos: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Não Circulante Imobilizado 
 Veículos..........................50.000 
(-) Depreciação Acumulada.(20.000) 
(-) Perdas estimadas..........(30.000) 
Passivo Não Circulante 
Provisão do Passivo..............5.000 
 
 
 
 
 
 
 
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Esquematizando: 
Ativo Perda Hipótese Contabilização 
Ativo não 
reavaliado 
Perda vai para o resultado 
Perda menor do que o 
valor contábil do ativo 
D - Outras despesas 
C - Perdas Estimadas 
Perda maior do que o 
valor contábil do ativo 
D - Outras despesas 
C - Perdas Estimadas 
C - Provisão do Passivo 
Ativo 
reavaliado 
Contabiliza a perda contra a 
reserva de reavaliação 
Perda menor do que a 
reserva de reavaliação 
D - Reserva de reavaliação 
C - Perdas Estimadas 
O que exceder a reserva de 
reavaliação deve ser 
reconhecido como perda no 
resultado 
Perda maior do que a 
reserva de reavaliação 
D - Reserva de reavaliação 
D - Outras despesas 
C - Perdas 
 
Vamos praticar futuros AFRFB!!!! 
 (FCC / TRE-CE / 2012) Considere os dados abaixo. 
Valor histórico da máquina R$ 1.300.000,00 
Reavaliação da máquina R$ 200.000,00 
Perda de valor recuperável do ativo contabilizada R$ 130.000,00 
Novo valor da perda de valor recuperável calculada R$ 230.000,00 
 
O registro contábil complementar que deverá ser efetuado com relação a perda 
do valor recuperável é: 
a) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 30.000,00, Débito: 
Patrimônio Líquido − Reserva de Reavaliação − Perda de Valor Recuperável − 
R$ 70.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. 
b) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 230.000,00 e Crédito: 
Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 230.000,00. 
c) Débito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00 e Crédito: 
Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. 
d) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00 e Crédito: 
Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. 
e) Débito: Despesa − Perda de valor recuperável − R$ 70.000,00, Débito: 
Patrimônio Líquido − Reserva de Reavaliação − Perda de Valor Recuperável − 
R$ 30.000,00 e Crédito: Ativo − Perda de valor recuperável − R$ 100.000,00. 
Resolução: 
De acordo com a nossa tabela, trata-se de um ativo reavaliado, em que a perda 
de R$ 230.000,00 é maior que a reserva de reavaliação de R$ 200.000,00. 
 
 
 
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Ativo Perda Hipótese Contabilização 
Ativo 
reavaliado 
O que exceder a reserva de 
reavaliação deve ser 
reconhecido como perda no 
resultado 
Perda maior do que a 
reserva de reavaliação 
D - Reserva de reavaliação 
D - Outras despesas 
C - Perdas 
 
1. Registro da reavaliação: 
D – Máquina (ativo) 
C – Reserva de reavaliação (PL)2. Registro da primeira perda: 
D - Reserva de reavaliação 
C - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos........130.000,00 
 
3. Contabilização da nova perda: 
D - Reserva de reavaliação.70.000,00  Baixa a perda até a R. de Reavaliação 
D - Outras despesas..........30.000,00  Restante da perda, baixa no resultado 
C - Perdas Estimadas com desvalorização...100.000,00 
Gabarito: Letra A. 
 
Em consonância com o inciso II, § 3º, do artigo 183 da lei 6404/76, o 
CPC 02 (R1) também afirma que: “depois do reconhecimento da perda por 
desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo 
deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado 
do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo 
de sua vida útil remanescente”. 
 
 
O goodwill tem origem na aquisição de um investimento avaliado pelo 
Método de Equivalência Patrimonial (MEP) e corresponde à diferença entre 
preço pago na compra do investimento e o valor justo (valor de mercado) 
dos ativos líquidos da investida. 
Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 
(-) Valor Justo (ou valor de mercado) do investimento 
= Goodwill 
 
Exemplo: A Cia. X adquiriu 100% da Empresa Y por R$ 50.000. 
3.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) 
 
 
 
 
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Balanço Patrimonial da empresa Y na data da aquisição: 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Não Circulante Imobilizado 
 Máquinas..........................15.000 
 Veículos.............................5.000 
Total...................................20.000 
Patrimônio Líquido 
Capital Social.......................20.000 
 
Total...................................20.000 
 
Na data da aquisição, o valor justo do ativo líquido da empresa Y é de R$ 
30.000. Calcule o valor do Goodwill. 
Resolução: 
Investidora: Cia. X. 
Investida: Empresa Y. 
Na aquisição do investimento pela Cia. X, ocorre o surgimento de ágio 
por mais valia e o goodwill. 
1) Cálculo do valor contábil do investimento na empresa Y: 
PL da investida a valor contábil 20.000 
x % de participação no capital da investida x 100% 
= Valor Contábil (ou valor patrimonial) do Investimento 20.000 
 
2) Cálculo do valor justo do investimento na empresa Y: 
PL da investida a valor justo 30.000 
X % de participação no capital da investida x 100% 
= Valor Justo do Investimento 30.000 
 
PL da investida a valor justo = Ativo a valor justo – Passivo a valor justo 
PL da investida a valor justo = 30.000 – 0 = 30.000 
3) Ágio Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
Ágio Mais Valia = R$ 30.000 – R$ 20.000 = R$ 10.000 
 
4) Cálculo do Goodwill: 
Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 50.000,00 
(-) Valor Justo do Investimento 30.000,00 
= Goodwill 20.000,00 
 
 
 
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Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. X: 
D – Investimento controlada Y (Valor patrimonial) 20.000,00 
D – Investimento controlada Y (Mais Valia) 10.000,00 
D – Investimento controlada Y (Goodwill) 20.000,00 
C – Caixa/bancos 50.000,00 
 
Balanço Patrimonial da empresa X após o lançamento de aquisição: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Investimentos 
 Ações da empresa Y...........20.000 
 Ágio mais valia..................10.000 
 Goodwill...........................20.000 
Total...................................50.000 
 
O ágio mais valia e o Goodwill serão estudados com mais detalhes na aula 
10. Resumindo: 
Ágio Mais Valia = valor justo - valor contábil do investimento 
Goodwill = valor pago – valor justo 
O Goodwill (ou ágio por expectativa de rentabilidade futura) não está 
sujeito à amortização, mas está sujeito ao teste de recuperabilidade. 
 
Continuando a nossa aula, vamos abordar a relação entre o goodwill e as 
unidades geradoras de caixa, conforme itens 80 a 87 do CPC 01 (R1). 
Para o propósito do teste de redução ao valor recuperável, o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em combinação de 
negócios deve, a partir da data da operação, ser alocado a cada uma das 
unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras 
de caixa, que devem se beneficiar das sinergias da operação, 
independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida 
serem, ou não, atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades. Cada 
unidade ou grupo de unidades ao qual o ágio (goodwill) é alocado dessa forma 
deve: 
(a) representar o menor nível dentro da entidade no qual o ágio (goodwill) 
é monitorado para fins gerenciais internos; e 
(b) não ser maior do que um segmento operacional, conforme definido 
pelo item 5 do Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento, 
antes da agregação. 
 
 
 
 
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Se o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) tiver sido 
alocado a uma unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer de uma 
operação dentro dessa unidade, o ágio por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) associado à operação baixada deve ser: 
(a) incluído no valor contábil da operação quando da determinação dos 
ganhos ou perdas na baixa; e 
(b) mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na 
parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação (retida), a menos 
que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o 
ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação 
baixada. 
Exemplo: 
Uma entidade vende por $ 100 uma operação que fazia parte de unidade 
geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por expectativa de 
resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado 
ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em nível mais baixo 
do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela remanescente da 
unidade geradora de caixa retido é de $ 300. 
Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pôde ser 
identificado ou associado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em 
nível mais baixo do que aquela unidade, o ágio associado à operação alienada 
é medido com base nos valores relativos da operação alienada e na parcela da 
unidade remanescente. Portanto, 25% do ágio alocado à unidade geradora de 
caixa são incluídos no valor contábil da operação que é vendida. 
 (CFC / Exame de Qualificação Técnica / 2011) A Joinville 
S.A. adquiriu 60% da Floripa Ltda. O goodwill resultante da aquisição foi de R$ 
24 milhões e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) da Floripa 
Ltda. em suas demonstrações contábeis é de R$ 60 milhões em 31/12/2010. O 
valor recuperável da unidade geradora de caixa da Floripa Ltda. é de R$ 80 
milhões em 31/12/2010. 
Conforme a NBC TG 01 – Redução ao valor Recuperável de Ativos, qual é o valor 
da perda por impairment em 31/12/2010 a ser reduzida do goodwill registrado 
na Joinville S.A.? 
a) R$24 milhões. 
b) R$4 milhões. 
c) R$12 milhões. 
d) R$20 milhões. 
Resolução: 
1) Cálculo do valor contábil do investimento na empresa Floripa Ltda.: 
 
 
 
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PL da investida a valor contábil R$ 60.000.000 
x % de participação no capital da investida x 60% 
= ValorContábil (ou valor patrimonial) do Investimento R$ 36.000.000 
 
2) Contabilização da aquisição do investimento pela Joinville S.A.: 
D – Investimento Floripa Ltda. (Valor patrimonial) 36.000.000,00 
D – Investimento Floripa Ltda. (Goodwill) 24.000.000,00 
C – Caixa/bancos 60.000.000,00 
 
Balanço Patrimonial da Joinville S.A. após o lançamento de aquisição: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Investimentos 
 Ações da Floripa Ltda.........36.000.000 
 Goodwill...........................24.000.000 
Valor contábil......................60.000.000 
 
O valor recuperável da unidade geradora de caixa (UGC) da Floripa Ltda. 
é de R$ 80 milhões em 31/12/2010. Assim, devemos calcular o valor 
recuperável referente a participação da Joinville S.A. nas ações da Floripa Ltda.: 
Valor recuperável da UGC da Floripa Ltda. 80.000.000 
x % de participação no capital da investida x 60% 
= Valor recuperável da UGC da Floripa registrada na Joinville 48.000.000 
 
Quando houver ágio por expectativa de rentabilidade futura, na 
investidora, a perda por impairment deve, primeiro, ser baixada do ágio e o 
restante, se existir, ser baixada das participações. 
3) Comparação do valor recuperável com o valor contábil 
Como Valor Contábil > Valor Recuperável, temos Perdas Estimadas 
Perdas estimadas = Valor Contábil - Valor Recuperável 
Perdas estimadas = 60.000.000,00 – 48.000.000,00 = 12.000.000,00 
* Registro das perdas por desvalorização: 
Despesa - perda de valor 
recuperável 
* 12.000.000 
 
 
Goodwill 
(1) 24.000.000 12.000.000 * 
 
 12.000.000 
 
 
 
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Gabarito: C. 
 
 
Segundo o CPC 01 (R1), a entidade deve avaliar, ao termino de cada 
período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização 
reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter 
diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor 
recuperável desse ativo. 
Assim, se a entidade verificar que uma perda por desvalorização de ativo 
reconhecida em anos anteriores não mais existe ou diminuiu, ela pode reverter 
essa perda. 
Lançamento de reversão é o seguinte: 
D - Perdas estimadas com desvalorização (retificadora do ativo) 
C - Reversão de Perda por desvalorização (receita) 
 
Concluímos ainda que não deve ser realizada a reversão de perdas 
estimadas para o goodwill. 
O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por 
desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado 
(líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por 
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores. 
Pessoal, resumindo, o valor de reversão não pode ultrapassar o valor 
que já tinha sido reconhecido como perdas por desvalorização. 
Qualquer aumento no valor contábil de um ativo, exceto o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), acima do seu valor contábil que 
teria sido determinado (líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso 
a perda por desvalorização para o ativo não tivesse sido reconhecida em anos 
anteriores é considerado uma reavaliação. 
A reversão de perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser reconhecida 
imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado 
por valor reavaliado de acordo com outro Pronunciamento. Qualquer reversão 
de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser tratada como 
aumento de reavaliação conforme tal Pronunciamento. 
A reversão de perda por desvalorização sobre ativo reavaliado deve ser 
reconhecida em outros resultados abrangentes sob o título de reserva de 
reavaliação. Entretanto, na extensão em que a perda por desvalorização para o 
3.5 – Reversão de perda por desvalorização 
 
 
 
 
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mesmo ativo reavaliado tenha sido anteriormente reconhecida no resultado do 
período, a reversão dessa desvalorização deve ser também reconhecida no 
resultado do período. 
Lançamento de reversão de perdas de ativo reavaliado: 
D - Perdas Estimadas com desvalorização de ativos 
C - Reserva de reavaliação 
 
Depois que a reversão de perda por desvalorização é reconhecida, a 
despesa de depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser 
ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo 
menos seu valor residual (se houver) em base sistemática sobre sua vida útil 
remanescente. 
 
 
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de 
ativos: 
(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no 
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas 
perdas por desvalorização foram incluídas; 
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização 
reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado 
na qual essas reversões foram incluídas; 
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados 
reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e 
(d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos 
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período. 
Esquematizando: 
 
 
Reconhecimento
na DRE
Perdas por desvalorização
Reversões de Perdas por 
desvalorização
em Outros 
resultados 
abrangentes
Perdas por desvalorização de 
ativos reavaliados
Reversões das Perdas por 
desvalorização de ativos 
reavaliados
3.6 – Divulgação das perdas e reversões 
 
 
 
 
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Segundo o art. 179, VI, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo 
intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo 
de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência 
física (bem de existência abstrata). 
Com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, o subgrupo intangível 
passou a existir, separando os bens corpóreos no imobilizado e os 
incorpóreos no intangível. Antes dessa Lei, tudo era classificado no 
imobilizado. 
Por exemplo, são classificados no intangível: softwares, marcas, 
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de 
clientes, franquias, fidelidade de clientes, concessões obtidas. 
De acordo com o CPC 04, ativo intangível é um ativo não monetário 
identificável sem substância física. 
Ainda, segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível 
quando atender cumulativamente a três requisitos: 
1º) Ser identificável; 
2º) Ser controlável; 
3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros. 
 
Nem todos os exemplos (marcas, patentes) descritos em item anterior 
se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, 
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros. 
Caso um item abrangido pelo pronunciamento nº 04 não atenda à 
definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração 
interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, 
passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidadefutura (goodwill) reconhecido na data da aquisição. 
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a 
diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo 
(valor de mercado) de seus ativos líquidos. 
Goodwill = Valor pago - Valor Justo (regra, valor de mercado). 
 
4 – Ativos Intangíveis 
 
 
 
 
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Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de 
um ativo intangível, quando: 
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, 
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um 
contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela 
entidade; ou 
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, 
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da 
entidade ou de outros direitos e obrigações. 
 
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios 
econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de 
terceiros a esses benefícios. 
Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios 
econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais que possam 
ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação 
do controle. No entanto, a imposição legal de um direito não é uma condição 
imprescindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios 
econômicos futuros de outra forma. 
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível 
podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou 
outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso 
da propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos 
de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. 
Vamos praticar!!! 
 (FCC / ICMS - SP / 2009) São características necessárias 
para a identificação de um ativo Intangível 
 a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser 
indivisível. 
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração 
de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade 
patrimonial. 
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. 
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. 
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. 
Resolução: 
Fácil né? Segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível 
quando atender cumulativamente a três requisitos: 
 
 
 
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1º) Ser identificável; 
2º) Ser controlável; 
3º) Ser gerador de benefícios econômicos futuros. 
Gabarito: Letra C. 
 
Continuando a nossa aula, alguns ativos intangíveis podem estar contidos 
em elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso 
de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um 
filme. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis 
deve ser tratado como ativo imobilizado de acordo com CPC 27 – Ativo 
Imobilizado ou como ativo intangível, nos termos do CPC 04 (R1), a entidade 
avalia qual elemento é mais significativo. 
Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por 
computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante 
do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo 
se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não 
é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo 
intangível. 
Esquematizando: 
Ativos Elemento mais significativo Classificação 
Software integra o equipamento Equipamento Imobilizado 
Software não integra o equipamento Software Intangível 
 
 
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados 
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo. Seu custo inclui 
todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela 
administração, e cessa quando isso ocorre. 
O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: 
(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos 
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos 
comerciais e abatimentos; e 
4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível 
 
 
 
 
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(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para 
a finalidade proposta. 
 
 
 
 
 
 
Um ativo intangível pode ser adquirido ou gerado internamente. 
Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se 
qualifica para o reconhecimento, devido às dificuldades para: 
(a) identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará 
benefícios econômicos futuros esperados; e 
(b) determinar com confiabilidade o custo do ativo. Em alguns casos não 
é possível separar o custo incorrido com a geração interna de ativo intangível 
do custo da manutenção ou melhoria do ágio derivado da expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente ou com as operações 
regulares (do dia-a-dia) da entidade. 
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos 
critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo: 
(a) na fase de pesquisa; e/ou 
(b) na fase de desenvolvimento. 
 
Exemplos de custos 
diretamente 
atribuíveis 
custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente 
para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou 
funcionamento);
honorários profissionais diretamente relacionados para que o 
ativo fique em condições operacionais; e
custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
Exemplos de gastos 
que não fazem 
parte do custo de 
ativo intangível
custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço 
(incluindo propaganda e atividades promocionais);
custos da transferência das atividades para novo local ou para 
nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
custos administrativos e outros custos indiretos.
4.2 – Ativo intangível gerado internamente 
 
 
 
 
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Embora os termos "pesquisa" e "desenvolvimento" estejam definidos, 
as expressões "fase de pesquisa" e "fase de desenvolvimento" têm um 
significado mais amplo para efeitos do CPC 04 (R1). 
Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de 
desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto 
com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa. 
 
 
Durante a fase de pesquisa, a entidade não está apta a demonstrar a 
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos 
futuros. Portanto, os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto 
interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 
São exemplos de atividades de pesquisa: 
(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
(b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de 
pesquisaou outros conhecimentos; 
(c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, 
processos, sistemas ou serviços; e 
(d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas 
possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou 
serviços novos ou aperfeiçoados. 
 
 
A fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a 
fase de pesquisa. Assim, durante a fase de desenvolvimento, a entidade 
pode ou não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que 
gerará prováveis benefícios econômicos futuros. 
Se os gastos com desenvolvimento não forem capazes de gerar 
prováveis benefícios econômicos futuros, esses gastos devem ser reconhecidos 
como despesa quando incorridos. 
Porém, os gastos incorridos na fase de desenvolvimento que 
gerarem prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser 
contabilizados como ativo intangível. 
Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de 
desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a 
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: 
4.2.1 – Fase de pesquisa 
 
4.2.2 – Fase de desenvolvimento 
 
 
 
 
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(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele 
seja disponibilizado para uso ou venda; 
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; 
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; 
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos 
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de 
mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível 
ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; 
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos 
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo 
intangível; e 
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao 
ativo intangível durante seu desenvolvimento. 
 
 
 
São exemplos de atividades de desenvolvimento: 
(a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou 
pré-utilização; 
(b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam 
nova tecnologia; 
(c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não 
esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e 
(d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, 
dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados. 
 
Esquematizando: 
Gastos Classificação 
Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. 
Fase de 
desenvolvimento 
Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
Gastos com 
desenvolvimento 
reconhecidos como 
Ativo Intangível
Geram prováveis benefícios econômicos 
futuros para a entidade;
O ativo será usado ou vendido;
Capacidade de mensurar com 
confiabilidade os gastos atribuíveis ao 
ativo intangível.
 
 
 
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Vamos praticar futuros AFRFB! 
 (FCC / SEFIN – RO / 2010) Sobre os ativos intangíveis 
gerados internamente pode-se afirmar que 
a) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de 
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. 
b) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser 
reconhecidas no ativo pelo valor do custo. 
c) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na 
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase 
de pesquisa da fase de desenvolvimento. 
d) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser 
reconhecidos no resultado. 
e) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, 
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis 
benefícios econômicos futuros. 
Resolução: Analisando cada assertiva. 
a) incorreta. Os gastos incorridos na fase de desenvolvimento podem ser 
reconhecidos no ativo da entidade. 
Gastos Classificação 
Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. 
Fase de 
desenvolvimento 
Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
 
b) incorreta. São exemplos de atividades de pesquisa: 
(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
Portanto, seus custos não são incluídos no ativo, porque são despesas, quando 
incorridos. 
c) incorreta. Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos 
apenas na fase de desenvolvimento pesquisa, quando a entidade não conseguir 
diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. 
d) incorreta. Apenas os gastos com desenvolvimento que não forem capazes 
de gerar prováveis benefícios econômicos futuros são reconhecidos como 
despesa quando incorridos, ou seja, no resultado. 
e) correta. Perfeito. Gabarito: Letra E. 
 
 
 
 
 
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Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, 
o seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as 
expectativas dos participantes do mercado na data de aquisição sobre a 
probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo 
serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que 
haja benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em 
relação à época e ao valor desses benefícios econômicos. 
O adquirente deve reconhecer na data da aquisição, separadamente do 
ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) apurado em 
uma combinação de negócios, um ativo intangível da adquirida, 
independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela adquirida antes da 
aquisição da empresa. Isso significa que a adquirente reconhece como ativo, 
separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill), um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da 
adquirida se o projeto atender à definição de ativo intangível. 
Um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida 
atende à definição de ativo intangível quando: 
(a) corresponder à definição de ativo; e 
(b) for identificável, ou seja, é separável ou resulta de direitos 
contratuais ou outros direitos legais. 
 
Segue uma tabela que resume a classificação dos gastos após a aquisição 
de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento: 
Gastos Classificação 
Pesquisas em andamento adquiridos Ativo Intangível 
Pesquisas após a aquisição Despesas 
Desenvolvimento em andamento adquiridos Ativo Intangível 
Desenvolvimento após a aquisição Despesas ou Ativo Intangível 
 
 
O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado 
internamente não deve ser reconhecido como ativo. 
Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos 
futuros, mas que não resultam na criação de ativo intangível que se enquadre 
nos critérios de reconhecimento estabelecidos no CPC 04 (R1). Esses gastos 
costumam ser descritos como contribuições para o ágio derivado da expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, o qual não é 
4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios 
 
4.4 – Goodwill gerado internamente 
 
 
 
 
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reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não 
é separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) 
controlado pela entidade que pode ser mensurado com confiabilidade ao custo. 
As diferenças entre valor justo da entidade e o valor contábil de seu 
patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores 
que afetam o valor justo da entidade. No entanto, essas diferenças não 
representam o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade. 
 (CESPE / Analista MPU / 2015) Julgue o item que se 
segue, relativos à contabilização dos itens do ativo e do passivo. 
O ativo intangível gerado internamente não deve ser reconhecido nas 
demonstrações contábeis. ( ) Certo ou ( ) Errado 
Resolução: 
Misturou conceitos. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo 
(ou seja, nas demonstrações contábeis). 
O ativo intangível gerado internamente pode vir a ser reconhecido nas 
demonstrações contábeis, desde que atenda os critérios de reconhecimento do 
CPC 04 (R1). Gabarito: Errado. 
 
 
Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como 
despesa quando incorridos, exceto: 
(a) se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios 
de reconhecimento; ou 
(b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa 
ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo 
da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio 
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição 
(ver Pronunciamento Técnico CPC 15). 
 
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados 
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
Exemplos gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos: 
4.5 – Reconhecimento de despesa 
 
 
 
 
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(a) gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a 
empresa (ou seja, custo do início das operações), exceto se estiverem incluídas 
no custo de um item do ativo imobilizado, conforme Pronunciamento Técnico 
CPC 27 - Ativo Imobilizado. O custo do início das operações pode incluir custos 
de estabelecimento, tais como custos jurídicos e de secretaria, incorridos para 
constituir a pessoa jurídica, gastos para abrir novas instalações ou negócio (ou 
seja, custos pré-abertura) ou gastos com o início de novas unidades 
operacionais ou o lançamento de novos produtos ou processos; 
(b) gastos com treinamento; 
(c) gastos com publicidade e atividades promocionais (incluindo 
envio de catálogos); e 
(d) gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da 
entidade. 
 
 
Gastos com um item intangível reconhecidos inicialmente como despesa 
não devem ser reconhecidos como parte do custo de ativo intangível em data 
subsequente. 
 
 
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser 
apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda 
acumulada. 
 
 
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou 
indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou unidades 
semelhantes que formam essa vida útil. 
A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, 
com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite 
previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa 
líquidos positivos para a entidade. 
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo 
intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um 
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Porém, 
os ativos intangíveis de vida útil definida e indefinida estão sujeitos ao teste 
de recuperabilidade, pois o termo “indefinida” não significa infinita. 
Valor contábil do intangível = Custo de aquisição – amortização acumulada - perdas
4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo 
 
4.6 – Avaliação do Intangível 
 
 
 
 
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O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser 
apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. 
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo 
estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas 
condições necessárias para que possa funcionar da maneira pretendida pela 
administração. 
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como 
mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. 
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela 
entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse 
padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. 
A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no 
resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou 
exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo. 
Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados em processo 
de produção é classificada como custo de produção e faz parte do valor contábil 
dos estoques. 
Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil 
definida é zero, a não ser que: 
(a) haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua 
vida útil; ou 
(b) exista mercado ativo para ele e: 
(i) o valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado; e 
(ii) seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida 
útil do ativo. 
 
O valor amortizável de ativo com vida útil definida deve ser determinado 
após a dedução de seu valor residual. O valor residual diferente de zero implica 
que a entidade espera a alienação do ativo intangível antes do final de sua vida 
econômica. 
Ativo 
Intangível
vida útil definida
deve ser 
amortizado
vida útil 
indefinida
não deve ser 
amortizado
4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida 
 
 
 
 
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Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado, mas 
está sujeito ao teste de recuperabilidade anualmente e sempre que existam 
indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor. 
Caso um ativo intangível com vida útil indefinida sofra uma 
desvalorização, a empresa deverá constituir uma Perda Estimada que poderá 
ser revertida em períodos subsequentes. 
Esquematizando: 
Ativo Intangível Amortização Teste de recuperabilidade Reversão de perdas 
Vida útil definida SIM SIM SIM 
Vida útil indefinida NÃO SIM SIM 
Goodwill NÃO SIM NÃO 
 
 
 
Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem 
ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, 
e o valor contábil do ativo. 
Ganho ou perda de capital = Valor da alienação – valor contábil 
 
Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando 
o ativo é baixado, mas os ganhos não devem ser classificados como receitas 
de venda. 
A baixa e alienação de um ativo intangível segue as mesmas

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