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Aula 08
Contabilidade Geral e Avançada p/
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Com
Videoaulas - 2020 - Pré-Edital
Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 08
6 de Agosto de 2020
 
 
 1 126 
Sumário 
1. Ativo Imobilizado ........................................................................................................................................................... 5 
1.1 - Conceito De Imobilizado Segundo A Lei 6.404/76 E CPC 27 ....................................................................... 5 
2. Custo De Um Ativo Imobilizado................................................................................................................................... 7 
2.1 - Reconhecimento Inicial ............................................................................................................................................. 7 
2.2 - Mensuração Subsequente .................................................................................................................................... 12 
3. Gastos De Capital x Gastos Do Período ............................................................................................................... 13 
4. Divisão Do Imobilizado .............................................................................................................................................. 15 
5. Conteúdo Das Contas Do Imobilizado .................................................................................................................... 15 
5.1 - Terrenos .................................................................................................................................................................. 15 
5.2 - Máquinas, Aparelhos E Equipamentos .............................................................................................................. 15 
5.3 - Equipamentos De Processamento Eletrônico De Dados – Hardware - E Sistemas Aplicativos - Software
 ............................................................................................................................................................................................ 16 
5.4 - Móveis E Utensílios ................................................................................................................................................ 16 
5.5 - Veículos ................................................................................................................................................................... 17 
5.6 - Peças E Conjuntos De Reposição ........................................................................................................................ 17 
5.7 - Imobilizado Biológico ........................................................................................................................................... 17 
5.8 - Benfeitorias Em Imóveis De Terceiros ................................................................................................................ 17 
6. Imobilizados Em Andamento ..................................................................................................................................... 19 
7. Critério De Avaliação Do Ativo Imobilizado ......................................................................................................... 20 
7.1 - Depreciação ........................................................................................................................................................... 21 
7.2 - Encargos De Depreciação x Depreciação Acumulada! ................................................................................. 21 
7.3 - Início Da Depreciação .......................................................................................................................................... 22 
7.4 - Métodos De Depreciação.................................................................................................................................... 23 
- Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes: ............................................................... 23 
- Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole ou Método das Quotas Decrescentes ........................ 23 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 08
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- Método De Unidades Produzidas ......................................................................................................................... 25 
- Método das Horas de Trabalho ........................................................................................................................... 25 
8. Estimativa Contábil Versus Critério Fiscal .............................................................................................................. 26 
9. Depreciação De Bens Usados .................................................................................................................................. 27 
10. Depreciação Acelerada ........................................................................................................................................ 28 
11. Depreciação No Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado ..................................................................... 28 
12. Alteração Da Vida Útil Do Imobilizado ............................................................................................................. 30 
13. Método da Reavaliação ....................................................................................................................................... 33 
14. Redução Ao Valor Recuperável De Ativos ......................................................................................................... 35 
14.1 - Definições importantes sobre teste de recuperabilidade........................................................................... 38 
14.2 - Passos Detalhados Para o Cálculo da Valor Recuperável......................................................................... 41 
14.3- Periodicidade De Realização Do Impairment Test ........................................................................................ 45 
15. Valor Residual > Valor Contábil ......................................................................................................................... 49 
16. Reparo E Conservação De Bens E Substituição De Peças ............................................................................... 53 
16.1 - Gastos Com Limpeza, Manutenção Do Bem, Conservação ........................................................................ 53 
16.2 - Substituição De Peças ........................................................................................................................................ 53 
17. Amortização ............................................................................................................................................................. 54 
17.1 - Revisão 08 – CPC – Amortização Pela Receita ........................................................................................... 56 
18. Exaustão ................................................................................................................................................................... 61 
18.1 - Conceitos Da Lei 6.404/76 e Cálculo Da Depreciação ............................................................................. 61 
18.2 – Exaustão De Bens Aplicados Na Exploração De Recursos Minerais e Florestais .................................. 62 
18.3 - Classificação: Recursos De Propriedade Da Empresa x Direitos De Exploração Em Propriedades De 
Terceiros ............................................................................................................................................................................ 63 
18.4 - Recursos Florestais Próprios ..............................................................................................................................65 
18.5 - Direitos De Exploração De Floresta ................................................................................................................ 66 
18.6 - Mapa Mental Da Exaustão .............................................................................................................................. 68 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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19. Questões Comentadas ........................................................................................................................................... 69 
20. Lista de Questões .................................................................................................................................................. 108 
21. Gabarito ................................................................................................................................................................. 123 
22. Resumo .................................................................................................................................................................... 124 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. 
É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina 
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! 
Contabilidade é muito bom! 
Hoje, falaremos sobre um tema muito importante, que vem sendo objeto de cobrança sistemática 
em provas, o ativo imobilizado. Teceremos comentários sobre os aspectos contábeis e fiscais, além 
de falar sobre o CPC 27 – Ativo imobilizado. 
Quaisquer dúvidas, estamos à disposição! 
Vamos à aula? 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1. ATIVO IMOBILIZADO 
O ativo imobilizado tem definição básica em duas normas: lei 6.404/76 e o CPC 27 – Ativo 
Imobilizado. 
1.1 - Conceito De Imobilizado Segundo A Lei 6.404/76 E CPC 27 
Segundo a Lei 6.404/76: 
Art. 178 . No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez 
dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Ainda, continua... 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação 
dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Esquematizemos: 
 
Agora, a definição do CPC 27: 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, 
para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
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Esquematizemos: 
 
Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas 
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível. 
Esquematizemos: 
 
Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, 
riscos e controle desses bens , devem ser classificados no grupo de contas (...)” 
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como 
os bens objetos de arrendamento (leases). 
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro . Com a revisão 14 do 
CPC 06 – vigente a partir de 2019 – houve mudança na contabilização do arrendamento 
operacional. 
Os arrendamentos continuam sendo divididos em arrendamentos financeiros e operacionais. Mas, 
para o arrendatário, mudou drasticamente a contabilização do arrendamento operacional . 
Vejam essas definições: 
Arrendatário é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente por 
um período de tempo em troca de contraprestação. 
Arrendador é a entidade que fornece o direito de usar o ativo subjacente por 
um período de tempo em troca de contraprestação. 
Ativo Imobilizado
Mantido para uso na 
produção ou 
fornecimento
Mercadorias
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a 
outros (quando aluguel 
não é o fim) 
Mantido para fins 
administrativos
Espera-se utilizar por 
mais de 1 período
Item tangível
Regra Classificação dos direitos de bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa
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Agora, no arrendamento operacional, o arrendatário reconhece (contabiliza) o ativo, e passa a 
contabilizar a despesa de depreciação do bem arrendado e despesa financeira do contrato . 
2. CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO 
2.1 - Reconhecimento Inicial 
Conforme a lei 6404/76: 
Critérios de avaliação do ativo 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição , deduzido do 
saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; 
Esquematizemos: 
 
Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo . Mas não é somente 
aquilo que foi pago pelo bem, mas devemos incluir todos os custos necessários para colocá-lo em 
condições de uso. 
Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado: 
16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende: 
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos 
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais 
e abatimentos; 
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e 
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida 
pela administração; 
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de 
restauração do local (sítio) no qual este está localizado . Tais custos representam 
a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como 
consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes 
da produção de estoque durante esse período. 
Ainda, continua... 
Avaliação Inicial Custo
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17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: 
(a)custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento 
Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da 
construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; 
(b) custos de preparação do local ; 
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); 
(d) custos de instalação e montagem ; 
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após 
dedução das receitas líquida s provenientes da venda de qualquer item produzido 
enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas 
quando se testa o equipamento ); e 
(f) honorários profissionais . 
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: 
(a) custos de abertura de nova instalação ; 
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo 
propaganda e atividades promocionais ); 
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria 
de clientes (incluindo custos de treinamento); e 
(d) custos administrativos e outros custos indiretos . 
Esquematizemos: 
 
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação+ Impostos 
não recuperáveis
Preparação do local
Frete e manuseio por conta do comprador
Instalação e montagem
Testes
Honorários profissionais (engenheiros, arquitetos, por 
exemplo)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Descontos comerciais e abatimentos
Custos de abertura de nova instalação
Frete por conta do vendedor
Propaganda e atividades promocionais
Custos de treinamento
Transferência posterior (novo local)
Custos administrativos
Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas antigas
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando 
o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração . 
Por exemplo: a empresa ACME S/A faz a importação de um forno industrial da China para a 
utilização na produção. Todos os gastos necessários para que o forno esteja nas condições de uso 
determinadas pela administração são contabilizados como custo do ativo e não como despesas. 
Depois que o “forninho” estiver lá, no local determinado pela administração e em condições de 
uso, o que vier de gasto, como regra será uma despesa. 
Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são 
incluídos no seu valor contábil, mas lançados como despesas, como, por exemplo, os seguintes 
custos: 
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais 
pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior 
à sua capacidade total; 
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do 
ativo é estabelecida; e 
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade. 
Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o desenvolvimento de um item 
do ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais 
pretendidas pela administração. 
Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou 
desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e 
gerar receitas, até que a construção se inicie. 
Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições de funcionar 
no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as 
despesas relacionadas devem ser reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas 
classificações de receita e despesa. 
O item c fala “a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração 
do local (sítio) no qual este está localizado”. O que é isso? 
Imagine que a Petrobrás, através de um contrato de arrendamento financeiro, assuma uma 
plataforma de petróleo. Esse bem será registrado no Ativo Imobilizado e, além dos custos de 
instalação, o contrato prevê que a desmontagem e remoção da plataforma ocorrerão daqui a 10 
anos e serão de responsabilidade da Petrobrás. 
Esses gastos devem ser incorporados ao custo da plataforma. Eles devem ser trazidos a valor 
presente, isto é, ao seu valor atual. 
Vamos treinar? 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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(Contador/FPMA/2019 ) Em setembro/X1 uma empresa industrial adquiriu uma máquina para 
utilização em sua linha de produção, à vista, por $ 20.000. Os gastos com frete e montagem da 
máquina, incorridos e pagos pela empresa ao final de setembro/X1, foram de $ 4.000. A estimativa 
inicial dos gastos com desmontagem da máquina após o fim de sua vida útil é de $ 2.000. A vida 
útil da máquina foi estipulada em 10 anos, com valor residual de 10% do preço de aquisição. 
 Com base nessas informações, assinale a alternativa com os lançamentos contábeis corretos 
efetuados pela empresa em setembro/X1 em relação à aquisição dessa máquina. 
 a) Débito: Imobilizado, $ 26.000; Crédito: Caixa e equivalentes de caixa, $ 26.000. 
 b) Débito: Imobilizado, $ 24.000; Crédito: Contas a Pagar, $ 6.000; Crédito: Caixa e equivalentes 
de caixa, $ 18.000. 
 c) Débito: Imobilizado, $ 20.000; Débito: Despesas com montagem e desmontagem de 
máquinas, $ 6.000; Crédito: Caixa e equivalentes de caixa, $ 26.000. 
 d) Débito: Imobilizado, $ 18.000; Débito: Despesa de depreciação residual, $ 2.000; Débito: 
Despesa com montagem e desmontagem de máquina, $ 6.000; Crédito: Caixa e equivalentes de 
caixa, $ 24.000; Crédito: Contas a pagar, $ 2.000. 
 e) Débito: Imobilizado, $ 26.000; Crédito: Provisão para futura desmontagem de máquina, $ 
2.000; Crédito: Caixa e equivalentes de caixa, $ 24.000. 
Comentários: 
Dos gastos apresentados, devem ser incluídos no custo do Imobilizado, conforme prevê o CPC 
27: 
Preço de aquisição $ 20.000. 
Frete e montagem $ 4.000 
Gastos com desmontagem $ 2.000. 
Total $ 26.000 
Assim sendo, o custo do Imobilizado será de 26.000. Agora, o pagamento do preço de aquisição 
e o frete e montagem serão creditados do caixa da empresa. 
E sobre a estimativa de gasto com desmontagem? 
Essa estimativa representa para a empresa, uma obrigação, um passivo de desativação . Nesse 
caso, a empresa deve constituir uma provisão, que é um tipo particular de passivo, com essa 
estimativa de gasto. A contabilização fica assim: 
Débito: Imobilizado, $ 26.000; 
Crédito: Provisão para futura desmontagem de máquina, $ 2.000; 
Crédito: Caixa e equivalentes de caixa, $ 24.000. 
O gabarito é, portanto, letra e. 
(Câmara Municipal de Ituporanga/Contador/2019) Pela definição do CPC 27, um item do ativo 
imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu 
custo. Nesse contexto, analise as seguintes assertivas: 
I. O custo de um item do ativo imobilizado compreende seu preço de aquisição, acrescido de 
impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os 
descontos comerciais e abatimentos. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 11 126 
 II. Custos de transferência das atividades para o novo local ou para nova categoria de clientes e 
custos de abertura de nova instalação são considerados custos diretamente atribuíveis. 
 III. O custo de umitem do imobilizado compreende quaisquer custos diretamente atribuíveis para 
colocar o ativo no local e condição necessários para que ele seja capaz de funcionar da forma 
pretendida pela administração. 
Quais estão INCORRETAS? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
Comentários: 
Como dissemos, o custo do imobilizado inclui: 
 
Vamos para a questão... 
I. O custo de um item do ativo imobilizado compreende seu preço de aquisição, acrescido de 
impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os 
descontos comerciais e abatimentos. Item correto, como prevê o CPC 27. 
 II. Custos de transferência das atividades para o novo local ou para nova categoria de clientes e 
custos de abertura de nova instalação são considerados custos diretamente atribuíveis. Errado, 
esses gastos não são diretamente atribuíveis ao Imobilizado. 
 III. O custo de um item do imobilizado compreende quaisquer custos diretamente atribuíveis para 
colocar o ativo no local e condição necessários para que ele seja capaz de funcionar da forma 
pretendida pela administração. Item correto, previsto no CPC 27. 
O gabarito é, portanto, letra b. 
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação+ 
Impostos não recuperáveis
Preparação do local
Frete e manuseio por conta do comprador
Instalação e montagem
Testes
Honorários profissionais (engenheiros, arquitetos, 
por exemplo)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor 
presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Descontos comerciais e abatimentos
Custos de abertura de nova instalação
Frete por conta do vendedor
Propaganda e atividades promocionais
Custos de treinamento
Transferência posterior (novo local)
Custos administrativos
Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas antigas
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2.2 - Mensuração Subsequente 
Assim como os outros ativos, o ativo imobilizado pode mudar de valor. Ele pode se desgastar, 
pode sofrer perda no seu valor de mercado ou perder também o valor que se espera em relação 
à capacidade de gerar produtos. 
Portanto, depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e exaustão e ao 
teste de recuperabilidade . 
No momento oportuno você verá que Teste de Recuperabilidade é uma metodologia para estimar 
os benefícios econômicos esperados de um ativo. 
A previsão para estes institutos encontra-se na Lei 6.404 do seguinte modo: 
Art. 183 . § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e 
intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
a) depreciação , quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência; 
b) amortização , quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na 
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros 
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de 
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua 
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens 
aplicados nessa exploração. 
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação 
dos valores registrados no imobilizado e no intangível , a fim de que sejam: 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação 
desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Então, vamos esquematizar? 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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3. GASTOS DE CAPITAL X GASTOS DO PERÍODO 
Conforme o livro “Contabilidade Societária”, da equipe de professores da USP, os gastos 
subsequentes, isto é, aqueles que ocorrem depois que o imobilizado está nas condições 
determinadas pela administração, podem ser de duas espécies: 
Gastos de capital : são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser 
adicionados ao valor do ativo imobilizado , desde que atendam às condições de reconhecimento 
de um ativo. 
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem etc. 
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do 
período, pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em 
condições de operar, não lhe aumentando o valor . Não é provável que esses gastos tenham o 
potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser 
reconhecidos como ativo, mas sim como despesa. 
Exemplo: manutenção e reparos etc. 
Vejamos o CPC 27 – Ativo Imobilizado: 
12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não reconhece 
no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção 
periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado 
quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os 
custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de 
pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo 
para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. 
13. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em 
intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode requerer novo revestimento 
após um número específico de horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos 
e equipamentos internos, pode exigir substituição diversas vezes durante a vida 
da estrutura. Itens do ativo imobilizado também podem ser adquiridos para 
Avaliação do imobilizado: Custo - depreciação/amortização/exaustão - red. val. rec. 
Diminuição: Perda do valor aplicado: 
 
Depreciação 
Por desgaste 
Por uso 
Por ação da natureza 
Por obsolescência 
 
Amortização 
Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial com 
existência ou exercício de duração limitada 
Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização por prazo 
legal ou contratualmente limitado 
Exaustão Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração. 
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efetuar substituição recorrente menos frequente, tal como a substituição das 
paredes interiores de edifício, ou para efetuar substituição não recorrente. 
Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade reconhece no valor 
contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item 
quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos. O 
valor contábil das peças que são substituídas é baixado de acordo com as 
disposições de baixa deste Pronunciamento (ver itens 67 a 72). 
14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por 
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes 
em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não 
substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, oseu custo é 
reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma 
substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor 
contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças físicas) 
é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção anterior ter sido 
identificado na transação em que o item foi adquirido ou construído. Se 
necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser usado como 
indicador de qual é o custo do componente de inspeção existente, quando o item 
foi adquirido ou construído. 
Tome nota! Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para 
despesa) e as paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto 
é contabilizado no custo do ativo, e passa a ser depreciado). 
Esquematizemos: 
 
 
Manutenção 
periódica Gastos do período
Só beneficiam um 
exercício social Despesa na DRE
Paradas programadas Gastos de capital Beneficiam mais de um exercício social Ativo Imobilizado
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4. DIVISÃO DO IMOBILIZADO 
De acordo com o Manual de Contabilidade Societária, o ativo imobilizado pode ser dividido 
basicamente em dois grandes grupos: 
- Bens em operação : Aqueles que estão sendo utilizados pela sociedade em suas atividades fins. 
- Imobilizados em andamento : Aqueles que ainda não estão operando. 
Além da segregação do imobilizado entre bens em operação e imobilizado em andamento, outros 
critérios podem ser adotados, como, por exemplo, a separação por área geográfica, segmento 
econômico, função ou departamento, necessidades internas e de terceiros, exigências fiscais . 
5. CONTEÚDO DAS CONTAS DO IMOBILIZADO 
Várias são as contas registradas no ativo imobilizado. Vejamos agora as principais: 
5.1 - Terrenos 
Registra os terrenos realmente utilizados nas operações . É, por exemplo, onde se encontra a 
fábrica, estoques, filiais, lojas. Se o terreno for destinado à atividade fim, mas ainda não estiver 
pronto, será classificado como imobilizado em andamento. 
Se, outro modo, o terreno não estiver sendo utilizado na atividade fim da empresa, deverá ir para 
o ativo não circulante investimentos. Por exemplo: a empresa adquiriu um terreno em uma região, 
mais afastada da cidade, porém ainda não definiu a destinação para ele. Nesse caso, a classificação 
é no Ativo Não Circulante Investimentos – Propriedade para Investimentos. 
Atenção! Professores, e no caso de uma indústria, temos a fábrica que executa a atividade fim, 
correto? E temos, muitas vezes, o escritório administrativo, separado da fábrica, que executa 
"atividades meio". Como fica a classificação nesta hipótese? 
Ora, as atividades fim não são apenas as atividades de fabricação. Inclui administração, 
contabilidade, compras, vendas e outras. A fábrica compra um prédio para usar como escritório. 
Fica no imobilizado. 
Se o mesmo prédio for usado para alugar a terceiros e auferir renda, fica em investimento. Não é 
mais usado nas atividades fim. 
5.2 - Máquinas, Aparelhos E Equipamentos 
Envolve o conjunto de bens corpóreos desta natureza utilizado no processo de produção da 
empresa. 
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5.3 - Equipamentos De Processamento Eletrônico De Dados – 
Hardware - E Sistemas Aplicativos - Software 
Os hardwares adquiridos pela empresa ficam registrados à conta do ativo imobilizado. Por sua 
vez, para a classificação dos softwares poder classificados no ativo intangível ou no imobilizado. 
Vamos aprender a diferenciar? 
Segundo o item 4, CPC 04 – Ativo Intangível: 
Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem 
substância física , como um disco (como no caso de software), documentação 
jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se um ativo 
que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo 
imobilizado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado 
ou como ativo intangível, nos termos do presente Pronunciamento, a entidade 
avalia qual elemento é mais significativo . Por exemplo, um software de uma 
máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse 
software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser 
tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de 
um computador . Quando o software não é parte integrante do respectivo 
hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. 
Portanto, se o software é indispensável para o funcionamento do equipamento, é parte integrante 
dele, assim sendo, é classificado como Imobilizado, como por exemplo, o sistema operacional do 
computador. 
Agora, um software instalado no computador para jogos, não é um elemento integrante dele, 
assim sendo, representa um Ativo Intangível. 
Resumidamente: 
 
5.4 - Móveis E Utensílios 
Representa, por exemplo, mesas, cadeiras, arquivos, estantes, entre outros móveis que estejam 
sendo utilizados nas atividades fins da empresa. 
Softwares
É elemento 
integrante do 
Imobilizado?
Imobilizado
Não é elemento 
integrante do 
Imobilizado?
Ativo Intangível
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5.5 - Veículos 
Registram-se nessa conta veículos sob controle da empresa. Todavia, o FIPECAFI defende que se 
os veículos forem utilizados diretamente na produção, tal como empilhadeira, escavadeira, etc, 
poderão ser agrupados na conta equipamentos. 
5.6 - Peças E Conjuntos De Reposição 
Peças e conjuntos de reposição são aquelas que se destinam à substituição de outras em 
máquinas, equipamentos etc. 
Trataremos melhor deste assunto à frente. 
5.7 - Imobilizado Biológico 
São os animais, plantas vivas, mantidos para produção, que se esperem utilizar por mais de um 
período social. Exemplo: gados reprodutores, gados produtores de leite, plantação de café. 
5.8 - Benfeitorias Em Imóveis De Terceiros 
Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao 
final do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado . 
Se as benfeitorias em imóveis de terceiros forem em contrato de locação por prazo indeterminado, 
ou se o prazo do contrato for maior que a vida útil da benfeitoria, devemos depreciar estas 
benfeitorias. 
Caso o contrato tenha duração determinada e menor que a vida útil da benfeitoria, esta será 
amortizada pelo prazo do contrato. 
Exemplo: Benfeitoria em imóveis de terceiros: 
1º caso: Prazo indeterminado. 
 Vida útil: 8 anos. 
 Contrato por prazo indeterminado. 
 Deprecia a benfeitoria em 8 anos. 
2º caso: Prazo determinado e contrato > Vida útil. 
 Vida útil: 8 anos. 
 Contrato por prazo determinado, de 10 anos. 
 Deprecia a benfeitoria em 8 anos. 
 
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3º caso: Prazo determinado e contrato < Vida útil. 
 Vida útil: 8 anos. 
 Contrato por prazo determinado, de 5 anos. 
 Amortiza a benfeitoria em 5 anos. 
Ou seja, se o desgaste da benfeitoria puder ser reconhecido pelo prazo de vida útil, seja porque 
o contrato é por prazo indeterminado, seja porque o prazo do contrato é maior que a vida útil da 
benfeitoria, será depreciação. 
Se o desgaste da benfeitoria tiver que ser abreviado, porque o prazo do contrato é menor que a 
vida útil da benfeitoria, será amortização. 
Esquematizemos:Agora, duas questões: 
(Analista/Contabilidade/UFSM/2014) Benfeitorias em imóveis de terceiros devem ser 
reconhecidas como 
a) Ativo circulante – Estoque 
b) Passivo circulante – Obrigações diversas 
c) Ativo não circulante – Imobilizado. 
d) Ativo não circulante – Investimentos permanentes. 
e) Ativo não circulante – Intangível. 
Critério de 
avaliaçãoContrato
Benfeitorias em 
imóveis de 
terceiros
Prazo indeterminado
Depreciação 
(Vida útil)
Prazo determinado e 
Contrato maior que 
Vida útil
Depreciação
(Vida útil)
Prazo determinado e 
Contrato menor que
Vida útil
Amortização (Contrato)
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Comentários: 
Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao 
final do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado . Ou seja, essa benfeitoria 
fica para o proprietário. 
O gabarito é, portanto, letra c. 
(Assistente/Contabilidade/INMETRO/2015) Para instalação de sua nova fábrica, uma empresa 
realiza uma série de benfeitorias em um imóvel alugado pelo período de dois anos, cujo contrato 
prevê a restituição do valor gasto ao final da vigência. O contador deverá registrar esse gasto 
como “benfeitorias em imóveis de terceiros”, no Ativo. Assim, essa conta deverá ser classificada 
no grupo: 
a) Intangível. 
b) Circulante. 
c) Imobilizado. 
d) Investimentos. 
e) Realizável a longo prazo. 
Comentários: 
Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao final 
do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado . 
Nesta hipótese, vai haver restituição do valor gasto ao final da vigência . Ou seja, o inquilino vai 
receber de volta esse valor pago . Portanto, é um direito realizável em longo prazo para ele, a 
classificação será no ativo não circulante – realizável a longo prazo. Se fosse em menos de um ano, 
a classificação seria no ativo circulante. Fiquem de olho nesta hipótese! 
O gabarito é, portanto, letra e. 
6. IMOBILIZADOS EM ANDAMENTO 
Além das contas listadas acima, classificam-se no imobilizado: construções em andamento, bens 
em uso na fase de implantação, importações em andamento de bens. 
Ainda, uma pegadinha que pode aparecer em provas é a conta adiantamento a fornecedores de 
imobilizado , classificada no ativo imobilizado, que registra todos os adiantamentos a fornecedores 
por conta de fornecimento sob encomenda de bens do ativo imobilizado 
Esquematizemos: 
 
Adiantamento a 
Fornecedores do Imobilizado Ativo Imobilizado
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7. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO 
Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição, subtraído da 
depreciação, amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável . 
Esquematizemos: 
 
Deemed Cost um caso particular 
 
Pessoal, de acordo com o que prevê a Interpretação Técnica ICPC 10, temos um caso bem 
particular, no qual seria possível adotar o valor justo como custo atribuído (deemed cost) para 
ajustar eventuais saldos subavaliados ou superavaliados para ativos imobilizados. 
Quando da adoção inicial dos Pronunciamentos Contábeis, o que para a maioria das empresas 
ocorreu no ano de 2010, poderia ser observado que alguns ativos poderiam gerar mais ou menos 
benefícios econômicos do que pelos quais estavam registrados na Contabilidade. 
Por exemplo: um forno industrial possui valor contábil de R$ 100.000, mas fazendo uma estimativa 
no momento da adoção inicial dos Pronunciamentos Contábeis, poderíamos observar que o valor 
justo desse bem seria de R$ 250.000. 
Somente nesse caso particular poderíamos adotar o valor de R$ 250.000 como custo atribuído ao 
imobilizado e essa diferença, 250.000 – 100.000 = 150.000, seria lançada diretamente no 
Patrimônio Líquido da entidade, sem afetar o seu resultado, em uma conta de Ajuste de Avaliação 
Patrimonial. 
Contabilização 
D – Ativo Imobilizado R$ 150.000 
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) R$ 150.000 
Ativo Imobilizado
Custo de aquisição
(-) Depreciação, amortização, exaustão
(-) Ajuste ao valor recuperável
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Como isso foi cobrado em provas: 
(Auditor Fiscal Tributário Municipal/Campinas/2019) Uma sociedade, ao optar pela sua adesão 
às atuais Normas Brasileiras de Contabilidade por meio da adequação de seus relatórios 
financeiros àquelas normas, utilizou a prerrogativa, prevista em vários atos emitidos pelo Comitê 
de Pronunciamento Contábeis (CPC), a apresentar os valores do seu imobilizado pelo seu custo 
atribuído (deemed cost). A diferença positiva entre este último e o valor registrado na escrituração 
da sociedade deverá ter contrapartida credora na conta de 
a) Ajustes de Avaliação Patrimonial. 
b) Reservas de Reavaliação. 
c) Receitas de avaliação a valor justo. 
d) Ganhos decorrentes da aplicação do teste de recuperabilidade do valor dos ativos. 
e) Reservas de Lucros. 
Comentários: 
Conforme apresentamos, o nosso gabarito é a letra “A”, essa conta, Ajuste de Avaliação 
Patrimonial, irá receber a contrapartida dos aumentos e diminuições do chamado custo atribuído 
dos ativos. 
7.1 - Depreciação 
A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76: 
Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e 
intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência; 
7.2 - Encargos De Depreciação x Depreciação Acumulada! 
Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação 
e depreciação acumulada . 
Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, e não 
esperamos obter nenhum valor pela sua venda, ao final desse período, ou seja, sem valor residual. 
Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício 
em 31.12.X2? 
Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00). 
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O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste 
período, conta esta que é zerada no encerramento do exercício social . Portanto, no exercício 
de X2 será R$ 100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício . 
A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo . Como o próprio 
nome sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada durante toda a vida útil do bem . 
Esta conta só é baixada, zerada, com o fim da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação. 
Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2). 
Esquematizemos: 
 
Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação. 
7.3 - Início Da Depreciação 
A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso . Então, em regra, o mês de aquisição 
vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas questões, a data em que o ativo está pronto para 
ser utilizado . 
O mais correto tecnicamente é adotar a data em que o ativo está pronto para uso. Por exemplo, 
se estiver pronto no dia 20, deprecia a partir desta data. Porém, para facilitar os cálculos, em 
provas,pode aparecer da seguinte maneira: 
- Se o imobilizado está pronto para uso até o dia 15: deprecia o mês todo. 
- Se o imobilizado está pronto para uso após o dia 15: deprecia a partir do mês seguinte. 
Como saber? Somente testando os números. 
 
Encargo de 
depreciação Despesa no período Zera todo ano
Depreciação 
Acumulada Retificadora do ativo
Considera todos os 
períodos somandos
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7.4 - Métodos De Depreciação 
Há vários métodos para se calcular a depreciação. Apresentaremos, a seguir, os principais 
abordados em prova. Os mais usados são: 
- Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes: 
Disparadamente o método mais cobrado em provas! 
Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas . Dividimos o valor depreciável pelo 
tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos 
utilizar o da linha reta. 
Exemplo: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000. 
Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano. 
Como calcular a depreciação pelo método da linha reta? 
1) Pegue o valor de aquisição. 
2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero. 
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o chamado 
valor depreciável. 
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 
5) Divida o valor depreciável pela vida útil 
6) Você encontrará o valor da depreciação. 
Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito 
pelo fisco, utilize o prazo contábil ou também a “melhor estimativa contábil”. É 
este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não pode interferir 
nos dispositivos da legislação contábil! 
- Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole ou Método das Quotas 
Decrescentes 
Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma . 
Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de 5 anos, tomaremos os 
seguintes procedimentos: 
Somamos: 
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5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. 
Depreciação: 
Ano 1 = 5 / 15; 
Ano 2 = 4/15; 
Ano 3 = 3/15; 
Ano 4 = 2/15 e 
Ano 5 = 1/15. 
Mas por que, professor?! Por que isso? 
Há uma justificativa técnica para tal método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos 
anos é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Por esse motivo, segundo o 
Manual de Contabilidade, apresenta “custos globais mais uniformes”. 
Além disso, o declínio do valor do ativo é mais acentuado nos primeiros anos. Você já deve ter 
ouvido falar que só tirar o veículo 0km da concessionária já perdemos 20%, não é mesmo? 
Vejam que a despesa de depreciação será decrescente . Começará maior e terminará menor. 
Supondo um bem cujo valor depreciável é R$ 90.000,00. 
Ano 1: 5/15 x 90.000 = 30.000,00 
Ano 2: 4/15 x 90.000 = 24.000,00 
Ano 3: 3/15 x 90.000 = 18.000,00 
Ano 4: 2/15 x 90.000 = 12.000,00 
Ano 5: 1/5 x 90.000 = 6.000,00 
Total da depreciação = 90.000,00 
Atenção, alunos! Já apareceu em prova uma questão em que a depreciação era 
calculada de acordo com o “Método de Cole crescente”, neste caso a depreciação 
do ano 1 é 1/15, do ano 2 é 2/15, e assim por diante. Nunca vimos registro desse 
tipo de questão por outra banca, mas fiquemos de olho 
 
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- Método De Unidades Produzidas 
Por este método, estima-se a quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é 
feita dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total de produção. 
Por exemplo, uma máquina custou 100.000 e com capacidade de produção total, ao longo de 
toda a sua vida útil, de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades. 
Portanto, a depreciação em X1 será: 
(80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%. 
Valor da depreciação em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00. 
Por último, resta o método das horas trabalhadas... 
- Método das Horas de Trabalho 
É feito de forma semelhante ao método explicado anteriormente. Inicialmente, estima-se o total 
de horas que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de sua vida útil. E a depreciação é calculada 
dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total de horas. 
Exemplo: Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1. 
Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%. 
 
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8. ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL 
Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica 
disponível . 
Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima que um terá vida útil 
de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve depreciá-los conforme esta estimativa. 
Ocorre que a Receita Federal aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. As 
diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas 
passaram a usar o critério fiscal. Porém, contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, 
ainda que diferente do critério fiscal. 
Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida útil, usamos o que 
o fisco determina: 
Caso a questão seja silente! 
Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR: 
- Veículos: 5 anos ou 20% ao ano 
- Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano 
- Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano 
- Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano. 
- Tratores: 4 anos ou 25%. 
 
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9. DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS 
No caso de aquisição de bens usados, há uma regra diferente da utilizada para bens novos. O 
Regulamento do IR prescreve que a depreciação seja calculada pelo maior prazo entre: 
1) Pelo tempo de vida útil restante; 
2) Pela metade da vida útil do bem novo. 
Esquematizemos: 
 
Regulamento do IR (Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018): 
Depreciação de bens usados 
Art. 322. A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada 
tendo em vista o maior dos seguintes prazos: 
I - a metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou 
II - o restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para 
utilização do bem. 
Expliquemos! Se adquirimos duas máquinas usadas, a primeira com 1 ano de vida e a segunda 
com 6 anos. 
 Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos – 1 ano = 9 anos 
Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos 
Devemos usar o maior dos dois prazos, portanto a máquina será depreciada em 9 anos, o que 
resultará um menor valor de depreciação. 
 Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos – 6 anos = 4 anos 
Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos 
Neste caso, a máquina será depreciada em 5 anos. 
Depreciação de bens 
usados
Vida útil restante
Metade da vida útil 
do bem novo
Maior prazo
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10. DEPRECIAÇÃO ACELERADA 
Para o caso em que osativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8 horas de trabalho, o 
Fisco admite que a depreciação seja acelerada: 
 
11. DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO 
CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO 
Falemos agora sobre as novidades contábeis trazidas com o CPC 27, que trata sobre o ativo 
imobilizado. De acordo com o texto do pronunciamento CPC 27: 
43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo 
em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente . 
44. A entidade deve alocar o valor inicialmente reconhecido de item do ativo 
imobilizado aos componentes significativos desse item e deve depreciá-los 
separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a 
estrutura e os motores de aeronave. De forma similar, se o arrendador adquire o 
ativo imobilizado que esteja sujeito a arrendamento operacional, pode ser 
adequado depreciar separadamente os montantes relativos ao custo daquele item 
que sejam atribuíveis a condições do contrato de arrendamento favoráveis ou 
desfavoráveis em relação a condições de mercado. 
45. Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida 
útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método 
de depreciação de outro componente significativo do mesmo item. Esses 
componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação. 
46. Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um 
item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente do 
item. Esse remanescente consiste em componentes de um item que não são 
individualmente significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes para 
essas partes, técnicas de aproximação podem ser necessárias para depreciar o 
remanescente de forma que represente fidedignamente o padrão de consumo 
e/ou a vida útil desses componentes. 
47. A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um 
item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do item. 
Utilização da depreciação acelerada
1 turno de 8 horas: fator 1,0
2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,00
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Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um ativo são depreciados conjuntamente. 
Todavia, de acordo com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com custo significativo 
em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. 
Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar uma aeronave em 12 
anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos. 
Explique-se melhor este ponto, através do exemplo a seguir, do livro que escrevemos – 
Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos , pela Editora Método. 
Vamos falar do caso de uma grande revisão (também chamada de paradas programadas). Assim, 
o tratamento contábil atual é o seguinte: a empresa efetua a revisão e capitaliza o valor no ativo. 
Por exemplo, a troca do motor de um avião. Aí, dá baixa no valor remanescente do motor antigo 
e deprecia o novo motor, pela melhor estimativa técnica. 
Por exemplo: Uma empresa compra uma aeronave pelo valor total de $ 1.200.000. O custo do 
motor (já incluído nesse total) é de $200.000. O motor tem vida útil de 5 anos, e o restante do 
conjunto do avião tem vida útil de 10 anos, sem valor residual. 
A depreciação anual fica assim: 
Motor: 200.000 / 5 anos = 40.000 por ano 
Avião (sem o motor): 1.000.000 / 10 anos = 100.000 
Contabilização da depreciação: 
D – Despesa de depreciação (resultado) 140.000 
C – Depreciação acumulada – Motor 40.000 
C – Depreciação acumulada – avião 100.000 
No quinto ano, ao efetuar a troca do motor, a empresa dá baixa contabilmente no motor antigo 
e capitaliza (contabiliza como custo do ativo) o novo motor. 
Situação do Imobilizado ao final do quinto ano: 
Motor 200.000 
Depreciação acumulada (200.000) 
Aeronave 1.000.000 
Depreciação acumulada (500.000) 
Baixa do motor antigo: 
D – Depreciação acumulada 200.000 
C – Motor 200.000 
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Capitalização do novo motor (ao custo, digamos, de 280.000) 
D – Motor (ativo) 280.000 
C – Caixa ou bancos 280.000 
A partir do sexto ano, a empresa passa a depreciar o novo motor. 
12. ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO IMOBILIZADO 
Nos termos do CPC 27: 
50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao 
longo da sua vida útil estimada. 
51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final 
de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a 
mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil , 
segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de 
Estimativa e Retificação de Erro. 
Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas 
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam , durante a vida útil do ativo. 
Porém, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo 
menos ao final de cada ano . Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de 
estimativa contábil , como prevê o artigo 51 do CPC 27. 
A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir. 
A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, isto implica 
produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma 
alteração nos valores já contabilizados como depreciação. 
A seguir, dois quesitos: 
(Esp. Regulação/ARTESP/2017) A empresa Metais Pesados S.A. adquiriu, em 31/12/2014, um 
imobilizado por R$ 50.000,00, à vista. A vida útil econômica estimada da máquina, na data de 
aquisição, foi 10 anos e o valor residual estimado foi R$ 5.000,00. 
Em 31/12/2015, a empresa reavaliou a vida útil e determinou que a vida útil econômica 
remanescente da máquina era 5 anos e o valor residual era R$ 8.000,00. 
Com base nestas informações e sabendo que a empresa utiliza o critério de quotas constantes 
para cálculo da depreciação, o valor da depreciação acumulada evidenciado no Balanço 
Patrimonial da empresa, em 31/12/2016, foi, em reais, 
(A) 11.000,00. 
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(B) 12.000,00. 
(C) 16.800,00. 
(D) 9.000,00. 
(E) 14.000,00 
Comentários: 
Nesse tipo de questão é fundamental que possamos organizar bem as datas informadas, pois nos 
ajudarão a calcular a depreciação acumulada dos ativos. 
Antes da reavaliação, o valor da depreciação anual do bem era: 
Depreciação Anual=
50.000-5.000
10
=R$ 4.500,00 
Portanto, em 31.12.2015, após um ano da aquisição dos bens, a depreciação acumulada era de 
R$ 4.500,00 e valor contábil líquido de 50.000 - 4.500= 45.500. 
Após a reavaliação, o valor da depreciação anual também foi alterado: 
Depreciação Anual=
45.500-8.000
5
=R$ 7.500 
Diante do exposto, em 31.12.2016, a depreciação acumulada do ativo era de 4500+7500=R$ 
12.000. 
O gabarito é, portanto, letra b. 
(Contabilidade/TRE/PR/2017) No dia 02/01/2013 uma empresa adquiriu um equipamento de 
produção pelo valor de R$ 30.000.000,00 e efetuou o pagamento à vista. A vida útil definida pela 
empresa para o equipamento foi 12 anos e a vida útil para fins fiscais é 10 anos. A despesa de 
depreciação é calculada em função do tempo decorrido e no início do prazo de utilização a 
empresa estimou o valor residual para venda do equipamento no finalda vida útil em R$ 
3.000.000,00. No início do ano de 2016 foi identificado que o valor residual no final da vida útil 
estimada originalmente pela empresa foi reduzido para R$ 2.550.000,00, em decorrência de 
mudanças no mercado secundário para este tipo de equipamento. O valor contábil que deveria 
ser evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2016 para este equipamento era, em reais, 
(A) 19.200.000,00. 
(B) 20.000.000,00. 
(C) 18.000.000,00. 
(D) 20.950.000,00. 
(E) 21.000.000,00. 
Comentários: 
O que interessa, para fins de depreciação, é a estimativa contábil. A estimativa fiscal é utilizada 
para cálculo de imposto de renda e afins. 
Valor depreciável: 
Valor de aquisição 30.000.000 
(-) Valor residual (3.000.000) 
Valor depreciável 27.000.000 
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Então, 
Depreciação anual = 27.000.000/12 = 2.250.000/ano 
Depreciação até 2016 (Depreciou em 2013, 2014 e 2015) = 2.250.000,00 x 3 = 6.750.000,00 
Lembre-se de que ao menos no final do exercício, há necessidade de revisar a vida útil e o valor 
residual. Como a questão não falou nada sobre a vida útil, pressupomos que ela continua a mesma. 
Valor contábil em 01.01.2016: 
Valor de aquisição 30.000.000 
(-) Depreciação acumulada (6.750.000) 
Valor contábil 23.250.000 
Novo valor depreciável: 
Valor já depreciado 23.250.000 
(-) Valor residual (2.550.000) 
Valor depreciável 20.700.000 
Como já depreciou pelo período de 3 anos, ainda restam 9 anos. Assim: 
Depreciação anual = 20.700.000/9 = 2.300.000/ano 
Portanto, depreciando mais um ano. 
Valor contábil em 31.12.2016: 
Valor já depreciado 23.250.000 
(-) Depreciação em 2016 2.300.000,00 
Valor contábil 20.950.000,00 
O gabarito é, portanto, letra d. 
 
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13. MÉTODO DA REAVALIAÇÃO 
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo imobilizado trazidos pelo CPC 27, 
Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber: 
Método de Custo : Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo imobilizado deve ser 
apresentado ao custo, menos a depreciação acumulada e a perda por recuperabilidade (se 
houver).. 
Método de reavaliação : Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um ativo imobilizado 
pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor justo na data da 
reavaliação. 
Apesar do CPC 27 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização pela reavaliação não 
é permitida mais no Brasil, mas precisamos saber o que as normas internacionais nos apresentam 
sobre isso, pois cai em provas. 
O CPC 27 afirma que se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo 
imobilizado for reavaliado , toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo deve 
ser reavaliado. 
Classe de ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes nas 
operações da entidade. São exemplos de classes individuais: 
(a) terrenos; 
(b) terrenos e edifícios; 
(c) máquinas; 
(d) navios; 
(e) aviões; 
(f) veículos a motor; 
Como é contabilizada essa reavaliação? De acordo com o CPC 27, se o valor contábil de ativo 
imobilizado aumentar em virtude de reavaliação , esse aumento deve ser creditado diretamente 
à conta própria de outros resultados abrangentes no patrimônio líquido. A exceção seria uma 
a reversão de uma reavaliação anterior, que diminuiu o valor do ativo e foi lançada no 
resultado. 
Exemplo: o valor contábil de um imobilizado é de R$ 100.000 e fora efetuada uma reavaliação 
para R$ 120.000. 
Contabilização 
D – Ativo Imobilizado R$ 20.000 
C – Reserva de Reavaliação – Patrimônio Líquido R$ 20.000 
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Essa é a regra, mas poderia ser lançado no resultado se fosse uma reversão: 
D – Ativo Imobilizado R$ 20.000 
C – Receitas - Reversão de ajuste de reavaliação R$ 20.000 
Mas se houver diminuição do valor contábil, a regra seria lançar diretamente no resultado, a não 
ser que exista saldo anterior de Reserva de Reavaliação para “consumir”. Nesse caso, o 
lançamento seria diretamente no PL. 
Vamos analisar um exemplo: 
Exemplo: o valor contábil de um imobilizado é de R$ 100.000 e fora efetuada uma reavaliação 
para R$ 90.000 
Contabilização 
D – Despesa com ajuste a valor de mercado (diferença em virtude de reavaliação) R$ 10.000 
C – Ativo Imobilizado R$ 10.000 
Porém, se houver saldo de Reservas já contabilizados, vamos “consumi-la” antes: 
D – Reserva de Reavaliação – Patrimônio Líquido R$ 10.000 
C – Ativo Intangível R$ 10.000 
Esquematizando, temos: 
 
Conforme ocorre a realização dos ativos, seja pela depreciação ou pela baixa, o saldo da reserva 
de realização é transferido para lucros acumulados. 
Método da 
Reavaliação
Aumento do 
Ativo 
Direto no PL -
Reserva de 
Reavaliação
Exceção:
Reversão: 
Receita
Diminuição do 
Ativo
Despesa -
Regra
Exceção: Direto 
no PL - Reserva 
de Reavaliação
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14. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS 
Nenhum ativo pode estar registrado na Contabilidade por valores que superem os benefícios 
econômicos que esperamos dele, seja pela sua venda ou pelo seu uso. Existe uma metodologia 
própria para analisarmos a chamada “recuperabilidade de ativos”. 
Trata-se de um tema importantíssimo para provas. 
O teste de recuperabilidade (ou impairment test), para ativos imobilizados e intangíveis , foi uma 
novidade trazida pela Lei 11.638/2007, que alterou a Lei 6.404/76. 
Segundo este diploma legal: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação 
dos valores registrados no imobilizado e no intangível , a fim de que 
sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação 
desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e 
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Portanto, o artigo 183, parágrafo terceiro, prega que há necessidade de se analisar a capacidade 
de recuperação de valores registrados no imobilizado e no intangível . 
Em síntese, é requisito para o reconhecimento de um ativo que ele traga benefícios econômicos 
futuros. Quando os benefícios econômicos futuros que esse ativo vai trazer são menores do que 
o valor pelo qual ele está registrado na contabilidade, devemos, então, fazer a redução do valor 
(isso ficará claro a seguir). 
Portanto, segundo a Lei 6.404/76: 
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Destacamos que para a Lei 6404/76 fala do teste de recuperabilidade somente para Intangíveis e 
Imobilizados, mas o “conceito geral de recuperabilidade” é aplicado a todos os ativos, sem 
exceção. 
Segundoo CPC 01 – Pronunciamento Técnico destinado estritamente e este assunto: 
1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a 
entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados 
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo 
está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação 
se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela 
venda do ativo . Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao 
reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade 
reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico 
também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por 
desvalorização e estabelece as divulgações requeridas. 
O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um 
ativo pode ser realizado . Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela 
sua utilização nas atividades da entidade. Vejam que a norma fala em: assegurar que seus ativos 
estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação . 
Vejam: 
Valor Contábil
Valor de Venda
Valor em uso
 
AdicionalmenteQuandoRegistraRecuperação
Imobilizados e 
intangíveis
Perda do valor do 
capital aplicado 
Houver interrupção 
do empreendimento Revisa a vida útil
Os ativos não 
puderem produzir 
resultados suficientes 
para recuperar o 
valor
Ajusta depreciação, 
amortização, 
exaustão
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Dissemos que o ativo não pode ficar registrado por valores superiores ao de recuperação. A 
recuperação dos valores de um ativo pode se dar se nós decidirmos vender esse ativo ou então 
se produzirmos mercadorias, por exemplo, e vendermos. Então, é só comparar o valor contábil 
com o maior desses valores (esse será o chamado valor recuperável) . 
Esquematizemos: 
Valor Recuperável
Perda por recuperabilidade
Valor Contábil
Valor de Venda
Valor em uso
 
Dissemos que o teste de recuperabilidade, que está previsto no CPC 01. Porém, há ativos aos 
quais, por disposição expressa do próprio CPC, não se submetem ao CPC 01, mas possuem 
metodologias próprias. . 
Vamos dar uma olhada? 
Alcance 
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para 
perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto: 
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques); 
(b) ativos de contrato e ativos resultantes de custos para obter ou cumprir 
contratos que devem ser reconhecidos de acordo com o CPC 47 – Receita de 
Contrato com Cliente (Alterada pela Revisão CPC 12); 
(Alterada pela Revisão CPC 12) (c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento 
Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro); 
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento 
Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); 
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos 
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; 
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento); 
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(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance do 
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola que sejam 
mensurados ao valor justo líquido de despesas de vender; (Alterada pela Revisão 
CPC 08) 
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos 
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do 
alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e 
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados 
como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 
31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. 
Por favor, pessoal, não quer dizer que esses ativos não estão sujeitos ao conceito geral de 
recuperabilidade ou impairment, mas a METODOLOGIA PREVISTA NO CPC 01 não se aplica a 
eles. : 
 
14.1 - Definições importantes sobre teste de recuperabilidade 
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior (repita-se: maior) 
valor entre o valor justo líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. 
Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor líquido de venda de um ativo e, 
também, o seu valor em uso. Após, o maior, dentre esses dois valores, será utilizado como valor 
recuperável. 
Esquematizemos: 
 
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um 
ativo ou de unidade geradora de caixa. 
CPC 01 - Não se aplica a
Estoques
Receita de 
contrato com 
cliente
Ativos fiscais 
diferidos
Benefícios a 
empregados
Propriedade 
para 
investimento 
mensurada ao 
valor justo
Ativos 
biológicos ao 
valor justo
Contratos de 
seguro
Ativos não 
circulantes 
mantido para 
venda
Valor recuperável
Valor justo líquido de 
despesa de venda
Valor em uso
Maior
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Para achar o valor em uso, temos de conhecer as entradas de caixa que serão esperadas pela 
utilização do ativo. Desse valor subtraímos todas os saídas de caixa que estejam relacionados 
às receitas . 
Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, entradas de caixa de R$ 1.000.000,00, com 
saídas esperadas de R$ 400.000,00. O seu valor em uso será, resumidamente, o montante de R$ 
600.000,00 (1 milhão – 400.000,00). Se tivéssemos uma taxa de juros na operação, teríamos que 
usá-la para obter o valor presente. 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na 
data de mensuração. (CPC 46 – Mensuração do Valor Justo). 
Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem nas CNTP, rsrs,(Condições 
Normais de Temperatura e Pressão, lembram das aulas de Física?). 
Para fins de teste de recuperabilidade, o valor justo deve ser diminuído de gastos que necessário 
para colocar o bem em condições de venda, com fretes, revisões, manutenções. 
Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo valor de R$ 
600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O valor líquido de venda seria 
neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 – 200.000). 
Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado os passos acima, 
devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo: 
1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00. 
2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00. 
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$ 600.000,00, que é 
o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda. 
Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova. 
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade 
geradora de caixa excede seu valor recuperável. 
Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável . Valor Contábil é o valor 
pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva 
depreciação, amortização ou exaustão acumulada e estimativa para perdas por recuperabilidade. 
Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o contábil e o recuperável, 
para achar a perda . 
No exemplo acima,

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