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LOGÍSTICA INTERNACIONAL - 6 de Maio

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Professor Msc Marcelo de Souza
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
A logística tem como objetivo central fazer com que as mercadorias de uma empresa cheguem a seus destinatários em menos tempo, com redução de custos e maior lucro. Envolve, basicamente, cadeias de expedição, transporte, armazenamento e recepção de itens (materiais, produtos ou matérias-primas).
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Ao longo dos anos, esforços políticos e econômicos estreitaram os canais de comercialização entre muitos países, rompendo barreiras e estimulando relacionamentos. Nesse sentido, a infraestrutura logística é um componente de auxílio para o contato entre produtores e consumidores internacionais, a partir da manutenção do comércio exterior.
A logística internacional despontou como meio de entender as conexões das cadeias de suprimentos globais e a comunicação entre fornecedores, fabricantes e clientes. Leva em consideração os diversos fatores que influenciam essa prática comercial, tais como: o desenvolvimento constante da tecnologia de informação, transporte, movimentação e armazenagem.
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Uma empresa que está envolvida com importação ou exportação, é muito importante que entenda como a logística internacional pode trazer benefícios ao seu negócio. Ela estabelece métodos de trabalho desde o desembaraço aduaneiro até a entrega final dos produtos, para tanto aplica diferentes estratégias, pesquisas e organização.
Objetivos da logística internacional:
centralizar e padronizar as operações
minimizar erros e reduzir custos com processos de fluxo de produtos
garantir a satisfação do cliente com a mercadoria, seu preço e qualidade, além de prover serviços justos e valor agregado
alcançar credibilidade e confiança do cliente e mercado
realizar transações comerciais produtivas e rentáveis
atingir metas definidas pela empresa
melhorar relacionamento com clientes e fornecedores
controlar o percurso de entrega e/ou recebimento de mercadorias
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Mercado internacional e seus passos:
Conheça bem seus fornecedores e clientes internacionais
Busque prever a demanda, pois mercados distintos podem reagir de formas imprevisíveis
Realize pesquisa de mercado
Conheça os acordos dos quais o Brasil faz parte, bem como as normas estrangeiras sobre produtos
Estude os modais de transporte para conferir preço, prazos, benefícios e malefícios que podem influenciar diretamente em seu processo comercial
Faça consultas e simulações de importação e exportação
Confira câmbio e impostos que influenciam no preço final de seu produto, para não ter prejuízos
Certifique-se de que sua empresa possui a autorização da Receita Federal e do SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior) – órgão responsável pelo registro e controle de atividades internacionais.
Fatores que incentivam a Logística Internacional
A indisponibilidade de certas matérias-primas locais podem levar uma organização a buscar o fornecimento deles no exterior;
Pode haver problemas de qualidade no mercado local. O mercado local pode não oferecer a qualidade exigida por alguns países. A maioria dos supermercados em países como a África que produzem frutas e legumes são abastecidos com os mesmos produtos comprados da UE e dos EUA, porque o mercado local falha em fornecer a qualidade exigida pelos clientes;
O lead time é um problema. Algumas organizações podem demorar muito para fornecer os materiais exigidos pelo mercado de compras. Assim, a organização pode obter os produtos necessários no exterior mais rápido do que em fontes locais;
Os esforços de integração regional podem fazer com que produtos estrangeiros de outros região sejam mais barato, obrigando as empresas locais a comprar dessa região em vez de localmente;
Por exemplo, há esforços dentro da região da EAC (East African Community) para remover do comércio impostos intra-regionais. Isso tornará os produtos locais mais baratos;
A tecnologia é um problema. Algumas empresas podem exigir produtos que a tecnologia disponível localmente não produz. Isso exigirá que eles importem;
A fabricação de certos produtos (como carro) exige adquirir diferentes materiais de vários países e continentes. Para fazer uma camisa pode exigir botões, linhas, zíperes, etc. que não podem ser obtidos no mercado local.
O Processo Logístico no Comércio Internacional
O agendamento para a cadeia logística deve começar a partir do momento em que uma empresa desenvolve planos para importar ou exportar um produto. Isso ocorre porque afeta tudo, desde o design de contêineres ou pacotes até os termos de entrega que serão acordados no contrato de venda, entre muitos outros aspectos. Além dos custos inerentes a todas as operações logísticas, os principais elementos que devem ser considerados incluem:
Natureza e características dos produtos;
A unidade de carga;
O modo de transporte;
O processo de transporte;
Legislação e padrões;
Logística no contrato de venda internacional.
Natureza e características dos produtos
Esses aspectos determinam a configuração da unidade de carga e até o modo de transporte que deve ser utilizado, bem como os sistemas de armazenamento e manuseio. Vale a pena fazer uma distinção entre:
Carga geral em unidades soltas (carga fracionada) ou agrupadas em paletes (carga unitária), a que é majoritariamente transportada em contêineres;
Carga a granel, que pode ser embarcada em contêineres ou outras unidades de transporte de carga, ou ainda em navios graneleiros, petroleiros, caminhões-tanque, etc;
Carga de grandes dimensões, que requer condições especiais para manuseio ou transporte;
Carga de temperatura controlada: refrigerada, congelada, ultracongelada ou quente;
Mercadorias perigosas, particularmente aquelas incluídas em regulamentos internacionais: Convenção ADR, Código IMDG, Regras IATA DGR e a Convenção RID;
Carga rolante, composta de plataformas que podem ser roladas sobre rodas, caminhões reboques, caminhões, vagões de trem, etc. Outros bens, como bens valiosos ou animais vivos.
A unidade de carga
A unidade de carga deve ter duas qualidades básicas: resistência e estabilidade. Estes são alcançados através dos contêineres e embalagens utilizados para os produtos.
A carga fracionada é geralmente agrupada em paletes, que, uma vez estrechadas, representam unidades de carga individuais que podem ser mais facilmente manuseadas e armazenadas. Isso aumenta a segurança e contribui para um manuseio mais eficiente.
Os paletes são normalmente transportados em unidades de transporte de carga (CTUs) construídas para uso em transporte intermodal. Essas CTUs são geralmente contêineres de transporte, caixas portáteis, vagões de trem de carga ou trailers de caminhões.
O carregamento ou a consolidação do contêiner deve levar em conta os padrões estabelecidos para a embalagem e a segurança das mercadorias, e isso pode ser feito pela empresa exportadora ou pelo operador logístico. Isso pode resultar em um contêiner cheio (FCL) ou em um contêiner consolidado (LCL).
O modo de transporte
A seleção do modo de transporte na Logística Internacional é condicionada por fatores como o país de destino, a natureza, valor e volume dos produtos e o tempo de entrega planejado.
A empresa de transporte deve informar o exportador sobre os itinerários e o modo de transporte ou combinação de modos (transporte intermodal, no âmbito de um contrato de transporte único), que devem ser contratados para cada etapa da viagem:
Marítimo – regulamentado pelas Regras de Haia e quando o contrato for formalizado no conhecimento de embarque;
Rodoviário – onde o contrato é formalizado na carta de transporte da CMR, regulada pela Convenção CMR;
Aéreo – regulado pela Convenção de Montreal e com o contrato formalizado na carta da transportadora aérea;
Ferrovia – onde o contrato é formalizado na carta de transporte da CIM e regulado pela Convenção CIM.
Embora a maioria das mercadorias embaladas em contêineres viajem em navios porta-contêineres que seguem rotas regulares intercontinentais, também há produtos queviajam por via aérea (produtos de temperatura controlada, produtos valiosos, animais vivos, peças de reposição etc.).
O processo de transporte na Logística Internacional
Embora haja muitos detalhes que podem variar, a Logística Internacional tem uma série de processos comuns:
Assinatura do contrato de transporte entre a empresa de carga (pode ser o exportador ou o importador, dependendo dos termos acordados no contrato de venda e estabelecido através das regras apropriadas do Incoterms) e o operador logístico internacional;
Recolha das mercadorias no armazém da empresa exportadora, geralmente utilizando caminhões. As mercadorias são enviadas para o terminal de expedição (contêiner cheio) ou para o depósito do operador logístico (carga fracionada);
Manuseio e armazenamento na plataforma logística do operador ou terminal de transporte;
Carregamento e embalagem no meio de transporte (navio, trem, caminhão ou avião) após o processamento aduaneiro no terminal de embarque;
Envio da mercadoria pelo principal meio de transporte;
Desembalar e descarregar no terminal de destino e importar o processamento aduaneiro;
Manuseio e armazenamento no terminal marítimo ou na plataforma logística do operador de transporte internacional;
Transferência das mercadorias (contêiner cheio) para o depósito da empresa importadora, ou após a desconsolidação do contêiner, se a carga fracionada estiver envolvida.
Legislação e padrões
Embora o operador logístico internacional seja o responsável por aconselhar a empresa exportadora ou importadora sobre as leis e normas aplicáveis a cada operação de embarque, é importante ter o conhecimento mais detalhado possível de certas questões relacionadas exclusivamente à empresa de carga, assim como:
Embalagem e garantia da carga;
Armazenamento e transporte de mercadorias perigosas;
Armazenamento e transporte de bens ou produtos perecíveis para consumo humano;
Transporte de espécies protegidas.
Logística Internacional no contrato de venda
Existem aspectos relacionados à logística que exigem um planejamento cuidadoso antes que quaisquer riscos e responsabilidades sejam assumidos no contrato de venda, tais como:
Estabelecer e concordar com o ponto exato de entrega no país de destino;
Riscos físicos associados à operação (condições climáticas, roubo, pilhagem, etc.);
Realizar uma avaliação aprofundada das regras mais apropriadas do InCoTerms 2020 para adequar a complexidade logística da operação;
Os benefícios de usar um operador logístico internacional confiável para controlar o gerenciamento do envio;
A necessidade de cobertura de seguro para todo o processo logístico em toda a cadeia de embarque.
Formas de pagamento na Logística Internacional
As condições para o pagamento cobrem principalmente o preço do não pagamento.  Os riscos comerciais ou de exportação podem ser cobertos pelo seguinte:
Garantindo o pagamento através de um corretor (insurance broker);
Dividindo os riscos de não entrega entre o comprador e o vendedor, especificando as tarefas de cada um.
Formas de pagamento em compras internacionais
Existem cinco (5) formas principais de pagamento no comércio internacional. Estes são o pagamento antecipado, remessa sem saque, cobrança documentária, carta de crédito e conta aberta.
Dependendo do método de pagamento, o grau de risco pode aumentar para o vendedor ou para o comprador.
LOGÍSTICA INTERNACIONAL – DIAGRAMA DE RISCO
Métodos de pagamento na Logística Internacional
Pagamento antecipado – Este é o método de pagamento mais seguro para o exportador; e o menos atraente para os compradores. O pagamento é esperado na íntegra pelo exportador antes do embarque das mercadorias. Esta forma de pagamento coloca mais risco para o comprador.
O pagamento não é necessário para o envio da mercadoria ao comprador. Em alguns casos, o vendedor primeiro usa o dinheiro por algum período antes de enviar a mercadoria.
Remessa sem saque – O saque, também chamado de letra de câmbio, é um título de crédito. Esse documento serve como comprovação da responsabilidade de pagamento do importador. Em caso de não pagamento, ele pode ser protestado. Porém, na remessa sem saque esse documento não é utilizado.
Isso significa que o exportador efetua o embarque da mercadoria e, posteriormente, envia a documentação, incluindo a fatura, diretamente ao importador. Não existe nenhum banco intermediário e, como não existe o saque, o exportador não possui formas legais de efetuar a cobrança em caso de inadimplência.
Cobrança documentária – A cobrança documentária é outra opção dentre as modalidades de pagamento no comércio internacional. Nela, o processo de pagamento é intermediado por um banco. O exportador embarca a carga e remete os documentos, incluindo fatura, ao banco. Esse, após conferência da documentação, envia os papéis ao seu representante bancário no país do importador.
Carta de crédito – A carta de crédito para pagamento internacional não é muito diferente daquelas que você já conhece. Basicamente, é um documento em que uma instituição bancária autoriza o vendedor a dispor de certa quantidade de dinheiro, desde que cumpridas as condições negociadas.
Conta Aberta – Onde o pagamento das mercadorias é feito após a entrega das mercadorias sem qualquer segurança. O vendedor dá crédito ao comprador por um determinado período de tempo após a entrega de mercadorias. O período de crédito é geralmente curto. O comprador geralmente efetuará o pagamento através de transferência bancária.
Termos comerciais internacionais (InCoTerms)
Os inCoTerms são uma terminologia comercial universal que foi publicada pela primeira vez em 1936 pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) para esclarecer as obrigações de ambas as partes na venda e compra.
Nas últimas décadas, sempre houve uma revisão das Regras dos Incoterms coincidindo com o primeiro ano de cada década 1990, 2000, 2010 e 2020, que é a versão mais recente e atualmente em vigor.
Os Incoterms 2020 foram elaborados por um Comitê de Peritos (Grupo de Redação) que pela primeira vez inclui representantes da China e da Austrália, embora a maioria dos membros seja europeia. Este Comitê se reúne periodicamente para discutir as diferentes questões que vêm dos 150 membros (principalmente Câmaras de Comércio) da Câmara de Comércio Internacional.
Os novos Incoterms foram lançados em  no dia 10/09/2019 pela  ICC, International Chamber of Commerce, e entou em vigor em 1º de janeiro de 2020.
 Contêiner
Um contêiner é um módulo de aço que foi construído de acordo com os padrões de fabricação ISO em conformidade com os padrões estabelecidos pelo estudo da Organização Marítima Internacional (IMO), que iniciou sua revisão inicial em 1967
Naquela época, esperava-se que o Container fosse usado apenas para fins de envio, portanto, a IMO iniciou um projeto  de pesquisa para criar algum tipo de “certificação de engenharia” padronizada para esses novos contêineres Globalmente. Alguns anos depois, os resultados desta pesquisa foram apresentados em conjunto às Nações Unidas e à IMO para considerar o esboço final. 
O resultado dessa conferência conjunta foi a adoção do rascunho e a formação da Conferência para Contêineres Seguros (CSC) em 1972. O CSC 1972 exigia um Engenheiro qualificado em todas as fábricas para inspecionar e certificar cada Contêiner, por assinar, em seguida, emitir uma placa CSC a todos os contêineres conforme foram fabricados.
Tamanhos de Contêineres
Os contêineres de expedição comuns e os módulos ISBU são contêineres secos de 20 ‘e 40’ e o setor de remessas refere-se a todos os contêineres e estatísticas como TEU, ou seja, unidade equivalente a vinte pés (TEU). Um contêiner de 20 ‘é referido como 1 TEU Um contêiner de 40’ é referido como 2 TEU Outros tamanhos de contêineres certamente estão disponíveis, como 8 ‘, 10’.
No entanto, esses tamanhos são feitos especialmente e são uma minoria como estoque global, mas estão crescendo.
Os tipos mais comuns de contêineres ISO são:
20 ‘GP
40′ GP
20 ‘HC (que significa High Cube (cubagem alta).A diferença é 1 pé mais alto que um padrão de 20’ GP)
40 ‘HC (que significa High Cube (cubagem alta). a diferença é 1 pé mais alta que um GP padrão de 40 ‘(GP) de 40’ (GP) de
45 GP (somente para uso doméstico)
53′ (apenas para uso doméstico)
Reefers (contêineres congelados e refrigerados também estão disponíveis, mas não são recomendados para os projetos de construção ISBU de vários módulos).
Avaria no Contêiner
Container amassado, arranhado, enferrujado com dano ou perda – o que fazer o detectar avarias na carga, de modo a preservar os direitos às obrigações contratuais
Notifique a sua seguradora
Se algum dano ou perda em sua carga for aparente após o recebimento, você deverá notificar sua seguradora de carga imediatamente. Eles o aconselharão sobre como proceder e quais os procedimentos necessários para proteger totalmente sua cobertura de seguro.
Entre em contato com o Atendimento ao cliente
Ao mesmo tempo, você também deve entrar em contato com o departamento de atendimento ao cliente local para que eles possam ajudá-lo da maneira mais eficaz.
Mitigue a perda da carga
Observe que, por uma questão de lei, você deve fazer o máximo para mitigar a sua perda. Tais medidas podem incluir precauções para proteger o valor da carga, segregando a carga danificada.
Colete toda a documentação necessária
Você deve tirar fotos de toda a carga danificada (para que seja possível a comparação).
Submeta uma reivindicação quantificada
Sua reivindicação formal deve ser enviada em papel timbrado da sua empresa e incluir uma declaração e cálculo detalhados das reivindicações com o valor específico de dano ou perda da carga.
Proteja-se contra o tempo
Na maioria dos casos, sua reivindicação está sujeita a um prazo de um ano. Se a sua reclamação permanecer sem resolveapós um ano a partir da data de entrega (ou entrega prevista se a remessa for perdida), você deverá iniciar um processo legal contra a companhia ou solicitar, por escrito, que prorrogue o tempo para r iniciar um processo legal. Se você não der esse passo, a obrigação de processar a sua reivindicação expirará.

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