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Atualização Manual Dire. P. 8ª Edicao - Hugo Goes

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Atualização da 8ª edição do Manual de Direito Previdenciário 
Hugo Goes 
 
 
Orientações: 
 
Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 
 
1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão realçados em ​vermelho​. 
2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em ​azul​. 
3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em ​verde​. 
 
 
ágina 13 – Alterar o verde 
 
Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem 
ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência 
Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos 
planos de benefícios, aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem 
concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já 
tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS 
somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). 
Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é ​R$4.663,75​. 
 
 
Página 26 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos 
benefícios e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a 
distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior 
necessidade, definindo o grau de proteção. ​Os benefícios da assistência social, por 
exemplo, serão concedidos apenas aos “necessitados”; os benefícios salário-família e o 
auxílio-reclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, 
para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a ​R$1.089,72​) . 1
 
Página 82 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou 
cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, 
salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei 6.019/74, 
art. 10). ​O Ministério do Trabalho expediu Instrução Normativa regulamentando esse 
dispositivo, estabelecendo a possibilidade de prorrogação automática desse tipo de 
contrato. A duração total do pacto, entretanto, incluída a prorrogação, ficou limitada a 
seis meses (Instrução Normativa 3, de 29/8/97). ​O Ministério do Trabalho e Emprego 
editou a Portaria 789/2014, estabelecendo a possibilidade de prorrogação do prazo de 
1 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2015​, pela Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. 
 
três meses nos seguintes casos: 
 
Art. 2º Na hipótese legal de substituição transitória de pessoal regular e 
permanente, o contrato poderá ser pactuado por mais de três meses com 
relação a um mesmo empregado, nas seguintes situações: 
I – quando ocorrerem circunstâncias, já conhecidas na data da sua celebração, 
que justifiquem a contratação de trabalhador temporário por período superior a 
três meses; ou 
II - quando houver motivo que justifique a prorrogação de contrato de trabalho 
temporário, que exceda o prazo total de três meses de duração. 
Parágrafo único - Observadas as condições estabelecidas neste artigo, a 
duração do contrato de trabalho temporário, incluídas as prorrogações, não 
pode ultrapassar um período total de nove meses. 
 
Art. 3º - Na hipótese legal de acréscimo extraordinário de serviços, será 
permitida prorrogação do contrato de trabalho temporário por até três meses 
além do prazo previsto no art. 10 da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, desde 
que perdure o motivo justificador da contratação. 
 
​A empresa de trabalho temporário deverá solicitar as autorizações previstas nos 
arts. 2º e 3º da Portaria 789/2014 por meio da página eletrônica do Ministério do 
Trabalho e Emprego. 
O trabalhador temporário não deve ser confundido com o trabalhador eventual, 
que também é segurado obrigatório do RGPS, porém, na qualidade de contribuinte 
individual. Trabalhador eventual é aquele que presta serviço de natureza urbana ou 
rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (Lei 
8.213/91, art. 11, V, “g”). 
 
 
Página 94 – Acrescentar o azul. 
 
Se o trabalhador prestar serviço, sem vínculo empregatício, a diversas 
empresas, sem a intermediação do sindicato ou do OGMO, não será considerado 
trabalhador avulso. Nesta hipótese, será considerado contribuinte individual. ​Mas caso 
seja celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores 
e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e 
dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto (Lei 
12.815/2013, art. 32, parágrafo único). 
O trabalhador avulso presta serviço sem vínculo de emprego, pois não há 
subordinação nem com o sindicato ou OGMO, muito menos com as empresas para as 
quais presta serviços, dada inclusive a curta duração. 
 
 
Páginas 134 e 135 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: excluir e acrescentar também as notas de rodapé. 
 
Os menores sob guarda judicial foram excluídos do rol dos dependentes 
equiparados a filho, conforme se verifica do art. 16, §2º, da Lei 8.213/91, com nova 
redação dada pela Lei 9.528/97. Com a exclusão do menor sob guarda, restaram 
apenas enteado e menor sob tutela que, para fins previdenciários, podem ser 
equiparados a filho. ​Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ: 
 
 
Agravo regimental em recurso especial. Pensão a menor sob guarda. Óbito 
posterior à Medida Provisória nº 1.523/1996. Impossibilidade. Precedente da 
terceira seção. Decisão mantida. 1. A Egrégia Terceira Seção firmou a 
compreensão de ser indevida a concessão de pensão a menor sob guarda, se o 
óbito do segurado ocorreu após o advento da Medida Provisória nº 1.523, de 
11.10.1996, convertida na Lei nº 9.528/1997, que excluiu o inciso IV do art. 16 
da Lei nº 8.213/1991. 2. Não há como reconhecer o direito da agravante ao 
benefício, porquanto o falecimento de seu guardião deu-se em 5.9.2000. 3. 
Agravo improvido. 2
 
Mas vale salientar que, de acordo com o §3º do art. 33 da Lei 8.069/90 
(Estatuto da Criança e do Adolescente), “a guarda confere à criança ou adolescente a 
condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive 
previdenciários”. ​Contudo, o STJ tem entendido que, em face da alteração introduzida 
pela Lei 9.528/97, o §3º do art. 33 da Lei 8.069/90 não se aplica aos benefícios 
previdenciários que são regidos por legislação própria. Nesse sentido, confira o 
seguinte julgado: 
 
Previdenciário. Menor sob guarda. Inclusão como dependente de segurado do 
Regime Geral de Previdência Social após a Lei nº 9.528/1997. Inviabilidade. 
Prevalência da Legislação Previdenciária. Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Inaplicabilidade. 1. A Terceira Seção firmou entendimento segundo o qual, após 
a alteração da Lei nº 9.528/1997, não é possível incluir o menor sob guarda 
como dependente de segurado do Regime Geral de Previdência Social. 2. A Lei 
Previdenciária prevalece sobre a norma definida no § 3º do artigo 33 da Lei n. 
8.069/1990. 3. Agravo regimental improvido. 3
 
​Percebe-se, portanto, que há um conflito entre asnormas estabelecidas no art. 
16, §2º, da Lei 8.213/91 (na redação dada pela Lei 9.528/97) e o §3º do art. 33 da Lei 
8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
No âmbito do STJ, o tema é controverso. A 1ª Seção vem entendendo que o 
Estatuto da Criança e do Adolescente deve prevalecer, mantendo o menor sob guarda 
no rol dos equiparados a filho, conforme pode ser visto no seguinte julgado: 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE 
SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA JUDICIAL. 
APLICABILIDADE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA. 
INTERPRETAÇÃO COMPATÍVEL COM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E COM 
O PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO INTEGRAL DO MENOR. 
1. Caso em que se discute a possibilidade de assegurar benefício de pensão por 
morte a menor sob guarda judicial, em face da prevalência do disposto no 
artigo 33, § 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, sobre norma 
previdenciária de natureza específica. 
2. Os direitos fundamentais da criança e do adolescente têm seu campo de 
incidência amparado pelo status de prioridade absoluta, requerendo, assim, 
uma hermenêutica própria comprometida com as regras protetivas 
estabelecidas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
2 ​STJ, AgRg no REsp 961230/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª Turma, DJe 04/08/2008. 
3 ​STJ, AgRg no Ag 1175808/MG, Jorge Mussi, 5ª Turma, DJe 25/05/2011. 
 
3. A Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao 
adolescente, verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja vista o 
artigo 227 da Constituição Federal de 1988 dispor que é dever do Estado 
assegurar com absoluta prioridade à criança e ao adolescente o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além 
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica conteúdo que atente 
contra a dignidade da pessoa humana e, consequentemente, contra o princípio 
de proteção integral e preferencial a crianças e adolescentes, já que esses 
postulados são a base do Estado Democrático de Direito e devem orientar a 
interpretação de todo o ordenamento jurídico. 
5. Embora a lei complementar estadual previdenciária do Estado de Mato 
Grosso seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a criança 
e adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente 
que confere ao menor sob guarda a condição de dependente para todos os 
efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, § 3º, Lei n.º 8.069/90), norma que 
representa a política de proteção ao menor, embasada na Constituição Federal 
que estabelece o dever do poder público e da sociedade na proteção da criança 
e do adolescente (art. 227, caput, e § 3º, inciso II). 
6. Havendo plano de proteção alocado em arcabouço sistêmico constitucional e, 
comprovada a guarda, deve ser garantido o benefício para quem dependa 
economicamente do instituidor. 
7. Recurso ordinário provido. 4
 
Já as Turmas da 3ª Seção (5ª e 6ª Turmas), por outro lado, continuam 
entendendo que, em face da alteração introduzida no art. 16, § 2º, da Lei 8.213/91, 
pela Lei 9.528/97, o § 3º do art. 33 da Lei 8.069/90 não se aplica aos benefícios 
previdenciários, que são regidos por legislação própria. Nesse sentido, confira o 
seguinte julgado: 
 
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENSÃO POR 
MORTE. MENOR SOB GUARDA. ANÁLISE DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. 
IMPOSSIBILIDADE. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de ser 
indevida pensão por morte a menor sob guarda se o óbito do segurado tiver 
ocorrido sob a vigência da MP n. 1.523/96, posteriormente convertida na Lei n. 
9.528/97. Precedentes. [...] 5
 
Em prova de concurso público, como não há consenso na jurisprudência, o 
candidato deve seguir a literalidade do art. 16, § 2º, da Lei 8.213/91, na redação dada 
pela Lei 9.528/97. Ou seja, o candidato deve considerar que o menor sob guarda não é 
beneficiário do RGPS na condição de dependente. 
 
2.3.6 Os pais 
 
 
 
4 ​STJ, RMS 36034 / MT, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, 1ª Seção, DJe 15/04/2014. 
5 ​STJ, AgRg no REsp 1141788 / RS, Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, 6ª Turma, DJe 24/11/2014. 
 
Página 160 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
Vale frisar que o segurado facultativo, após a cessação do benefício por 
incapacidade ​e salário-maternidade​, terá o período de graça pelo prazo de doze meses 
(IN INSS ​45/2010, art. 10, §8º ​77/2015, art. 137, § 7º​). Ou seja, enquanto o 
segurado facultativo estiver recebendo ​salário-maternidade ou benefício por 
incapacidade (auxílio-doença, por exemplo), ele mantém a qualidade de segurado com 
base no inciso I do art. 15 da Lei 8.213/91. Após o término ​do benefício por 
incapacidade ​desses benefícios​, ele ainda manterá a qualidade de segurado, 
independentemente de contribuições, por mais doze meses. 
O segurado obrigatório que, durante o gozo de período de graça de 12, 24 ou 
36 meses, conforme o caso, se filiar ao RGPS na categoria de facultativo, ao deixar de 
contribuir nesta última, terá direito de usufruir o período de graça de sua condição 
anterior, se mais vantajoso (IN INSS 77/2015, art. 137, § 8º). 
O segurado obrigatório que, durante o período de manutenção da qualidade de 
segurado decorrente de percepção do benefício por incapacidade, salário maternidade 
ou da condição de detido ou recluso, se filiar ao RGPS na categoria de facultativo, terá 
direito de usufruir do período de graça decorrente da sua condição anterior, se mais 
vantajoso (IN INSS 77/2015, art. 137, §9º). 
 
2 Direitos preservados durante o período de graça 
 
 
Página 180 – Acrescentar o azul. 
 
 
Benefício Carência 
Aposentadoria por idade, por tempo de 
contribuição, especial e da pessoa com 
deficiência. 
Em regra, 180 contribuições mensais. 
Aposentadoria por invalidez e 
auxílio-doença. 
Em regra, 12 contribuições mensais. 
Salário-maternidade. Para as seguradas contribuinte 
individual, especial e facultativa: 10 
contribuições mensais. 
Pensão por morte. Em regra, 24 contribuições mensais. 
Auxílio-reclusão. 24 contribuições mensais. 
 
 
Página 181 – Acrescentar o azul. 
 
Em se tratando de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, para que haja 
a dispensa da carência, não é necessário que o acidente seja acidente de trabalho. A 
lei refere-se a acidente de qualquer natureza ou causa. Entende-se como acidente de 
 
qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes 
exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da 
capacidade laborativa. 
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas 
mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por 
morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio-reclusão, inclusive quanto à 
carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independiade carência a 
concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente. 
Mas na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou 
da seguinte forma: 
 
Lei 8.213/91 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - salário-família e auxílio-acidente; 
[...] 
 
Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além 
da pensão por morte, o auxílio-reclusão também passou a exigir carência de 24 
contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80). Mas vale frisar 
que a pensão por morte independe de carência nos casos: 
 
I - em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez; e 
II - de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. 
 
Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito 
do segurado ele estava em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez 
(Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do 
trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII). 
 
1.1.4 Perda da qualidade de segurado 
 
 
Página 194 – Alterar o verde 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
1.3 Limites da renda mensal do benefício 
 
A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário 
mínimo (hoje, ​R$788,00​), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição 
(hoje, ​R$4.663,75​), respeitados os direitos adquiridos. 6
 
 
Página 199 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
Os benefícios do RGPS serão reajustados na mesma data de reajuste do salário 
6 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2015​, pela Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. 
 
mínimo, mas não necessariamente pelo mesmo índice de reajuste do salário mínimo. 
Em janeiro de ​2015​, por exemplo, os benefícios do RGPS foram reajustados em ​6,23% 
(Portaria MPS/MF ​13/2015​), enquanto o salário mínimo foi reajustado em ​8,84% 
(​Decreto 8.381/2014​). 
 
 
Página 207 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, 
em certos casos, recuperar-se. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está 
obrigado, ​a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de 
suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, 
processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento 
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são 
facultativos ​(Lei 8.213/91, art. 101)​. Os exames médico-periciais serão realizados 
bienalmente ​(RPS, art. 86, parágrafo único)​. No entanto, o aposentado por invalidez 
estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida isenção 
não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: 
 
I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a 
concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício, conforme dispõe o 
art. 45 da Lei 8.213/91; 
II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do 
aposentado que se julgar apto; 
III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o 
art. 110 da Lei 8.213/91. 
 
O Estatuto do Idoso assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela 
perícia médica do INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de 
saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde – SUS, para 
expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de 
isenção tributária (Lei 10.741/2003, art. 15, §6º). 
 
 
Página 211 – Alterar o verde 
 
II. Quando não for precedida de auxílio-doença: 
a) Para o segurado empregado: a contar do ​31º dia do afastamento da 
atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o 
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de ​45​ dias; e 
 
 
Página 212 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
Durante os primeiros ​30 dias de afastamento consecutivos da atividade por 
motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário ​integral 
(Lei 8.213/91, art. 43, § 2º)​. 
 
 
 
Página 215 – Alterar o verde 
 
 
 
Data do início 
do benefício 
I. Precedida de auxílio-doença – dia imediato ao da cessação do 
auxílio-doença. 
II. Não precedida de auxílio-doença: 
a) para o segurado empregado: a contar do ​31º​ dia do afasta- 
mento da atividade ou a partir da data da entrada do reque- 
rimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento 
decorrerem mais de ​45​ dias; e 
b) para os demais segurados: a contar da data do início da 
incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre 
essas datas decorrerem mais de 30 dias. 
 
 
Página 265 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
2.6 Auxílio-doença 
 
O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o 
caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade 
habitual por mais de quinze dias consecutivos (RPS, art. 71). 
De acordo com o art. 60 da Lei 8.213/91, o auxílio-doença será devido ao 
segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que 
cumprido, quando for o caso, o período de carência: 
 
I - ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento 
da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o 
afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta 
e cinco dias; e 
II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de 
entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. 
 
Durante os primeiros trinta dias consecutivos ao do afastamento da atividade 
por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à 
empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, § 
3º). 
 
2.6.1 Requerimento 
 
Em regra, o auxílio-doença é requerido pelo próprio segurado. Todavia, é 
facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio-doença ou documento dele 
originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu 
serviço, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 76-A). A empresa que adotar este 
procedimento terá acesso às decisões administrativas a ele relativas (RPS, art. 76-A, 
parágrafo único). 
 
2.6.2 Verificação da incapacidade 
 
A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame 
realizado pela perícia médica do INSS. ​No entanto, o INSS a seu critério e sob sua 
 
supervisão, poderá, na forma do regulamento, realizar perícias médicas: 
 
I - por convênio ou acordo de cooperação técnica com empresas; e 
II - por termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicos, 
especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS. 
 
O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de 
sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a 
cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e 
custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão desangue, que são facultativos (RPS, art. 77). Não cessará o benefício até que seja dado 
como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência 
ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, 
art. 62). 
 
 
Páginas 268 a 270 – Acrescentar o azul; Excluir o Vermelho; Alterar o verde. 
 
Para o segurado filiado à Previdência Social até 28/11/99, véspera da 
publicação da Lei 9.876/99, só serão considerados para o cálculo do salário de 
benefício os salários de contribuição referentes às competências de julho de 1994 em 
diante. As competências anteriores a julho de 1994 são, assim, desprezadas para 
efeito do cálculo do salário de benefício. 
​O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 
doze salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não 
alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição 
existentes (Lei 8.213/91, art. 29, § 10). 
Para o segurado especial, a renda mensal do auxílio-doença é de um salário 
mínimo. Todavia, caso o segurado especial tenha optado por contribuir, 
facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, a renda 
mensal do benefício será calculada de forma igual à aplicada para os demais 
segurados. 
 
2.6.8 Data de início do benefício 
 
O auxílio-doença será devido: 
I. Quando requerido até o 30º dia do afastamento da atividade: 
a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da 
atividade; 
b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade. 
II. quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade: a contar da 
data de entrada do requerimento, para todos os segurados. 
I - ao segurado empregado, a partir do 31º dia do afastamento da atividade ou 
a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data 
de entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias; e 
II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de 
entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. 
 
Saliente-se que o auxílio-doença somente é devido quando o segurado fica 
incapacitado para o exercício de suas atividades habituais por mais de 15 dias. Se ficar 
afastado por período inferior, não terá direito a benefício previdenciário algum. Mas se 
 
ficar incapacitado por mais de 15 dias, tratando-se de segurado empregado doméstico, 
trabalhador avulso, contribuinte individual, especial ou facultativo, o benefício será 
pago a contar da data do início da incapacidade, desde que seja requerido até o 30º 
dia do afastamento. Nesse caso, o benefício retroage para a data de início da 
incapacidade. 
Tratando-se de segurado empregado, se requerido até o ​45º dia do 
afastamento, o auxílio-doença será devido a contar do ​31º dia do afastamento da 
atividade. É assim porque durante os primeiros ​30 dias consecutivos de afasta- mento 
da atividade por motivo de doença ​ou de acidente de trabalho ou de qualquer 
natureza, ​incumbe caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário 
integral (Lei 8.213/91, art. 60, § 3º)​. ​Quando o auxílio-doença for requerido pelo 
empregado após o 45º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do 
requerimento. 
Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o 
auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando 
requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do 
requerimento. 
​Porém, quando o auxílio-doença for requerido após o 30º dia do afastamento, o 
benefício será devido a contar da data do requerimento, independentemente da 
espécie do segurado. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ: 
 
Previdenciário e Processual Civil. Embargos de declaração no agravo regimental 
no agravo de instrumento. Ocorrência de erro material. Acolhi- mento dos 
embargos de declaração e reexame do agravo regimental. Termo inicial do 
auxílio-doença. Segurado empregado. Data da entrada do requeri- mento 
administrativo. Agravo desprovido. [...] 2. Nos termos do art. 60, §1º da Lei nº 
8.213/91, para o segurado empregado, a data de início do auxílio-doença é a 
do décimo sexto dia do afastamento da atividade, quando requerido até 30 dias 
após o afastamento da atividade, ou na data da entrada do requerimento 
administrativo, quando requerido após aquele prazo, como no presente caso. 3. 
Embargos de Declaração acolhidos para sanar o erro material mencionado e 
negar provimento ao Agravo Regimental. 7
 
Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, 
os ​30 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são 
contados a partir da data do afastamento. 
Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o 
exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros ​30 dias de 
afastamento. ​A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da 
Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 30 dias (Lei 8.213/91, art. 60, § 
4º). ​Quando a incapacidade ultrapassar 15 dias consecutivos, o segurado será 
encaminhado à perícia médica do INSS. 
Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de 60 dias 
contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do paga- 
mento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício 
anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. Na situação aqui prevista, 
é necessário que o novo benefício seja decorrente da mesma doença. Assim, se o 
empregado retornar de um auxílio-doença e, dentro de 60 dias, iniciar outro 
auxílio-doença decorrente de outra doença, a empresa será obrigada a pagar os 15 
7 ​STJ, EDcl no AgRg no Ag 883266/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 12/04/2010. 
 
primeiros dias de afastamento. A empresa também ficará responsável pelo pagamento 
dos 15 primeiros dias quando o segundo afastamento (decorrente da mesma ou de 
outra doença) iniciar após 60 dias da cessação do auxílio-doença anterior. 
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho 
durante 15 dias, retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar dentro 
de 60 dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio-doença 
a partir da data do novo afastamento. Se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de 
15 dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte 
ao que completar aquele período. 
 
Exemplo: Tarcísio, empregado da empresa Delta S.A., ficou afastado de suas 
atividades durante 10 dias, em razão de problemas renais. Um mês após ter 
voltado às atividades, ficou incapacitado para o trabalho por mais 20 dias, em 
decorrência da mesma doença. Neste caso, o auxílio-doença será devido a 
contar do 6º dia do segundo afastamento, ficando os 5 primeiros dias a cargo 
da empresa. 
 
No exemplo supra, se o primeiro afastamento de Tarcísio tivesse sido por 15 
dias, o auxílio-doença seria devido a partir do primeiro dia do segundo afastamento.Ressalte-se, contudo, que o novo afastamento deve ocorrer dentro de 60 dias contados 
da data do retorno do primeiro afastamento. 
 
2.6.9 Cessação do benefício 
 
 
Página 272 – Excluir o vermelho; acrescentar o azul. 
 
2.6.12 Situação trabalhista do empregado 
 
Durante os primeiros ​quinze ​trinta dias consecutivos ao do afastamento da 
atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o 
seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Assim, neste período, ocorre a 
interrupção do contrato de trabalho. 
A partir do ​décimo sexto ​31º dia do afastamento da atividade, o segurado 
empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como licenciado 
(Lei 8.213/91, art. 63). Assim, neste caso, ocorre a suspensão do contrato de trabalho, 
pois não há pagamento de salário pela empresa. 
De acordo com o disposto no art. 118 da Lei 8.213/91, “o segurado que sofreu 
acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção 
do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença 
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente”. 
 
Fato gerador Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade 
habitual ​por mais de 15 dias consecutivos​. 
Início do 
benefício 
I. Quando requerido até o 30º dia do afastamento da atividade: 
a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do 
 
afastamento da atividade; 
b) para os demais segurados: a contar da data do início da 
incapacidade. 
II. Quando requerido após o 30º dia do afastamento da 
atividade: a contar da data de entrada do requerimento, para 
todos os segurados. 
I - ao segurado empregado, a partir do 31º dia do afastamento 
da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se 
entre o afastamento e a data de entrada do requerimento 
decorrerem mais de 45 dias; e 
II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou 
da data de entrada do requerimento, se entre essas datas 
decorrerem mais de 30 dias. 
 
 
Página 282 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao 
trabalhador avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a ​R$1.089,72​, 8
na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição, até 
14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83). 
 
 
Página 283 – Alterar o verde. 
 
Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de 
reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a 
R$1.089,72​. 
 
 
Página 285 – Alterar o verde. 
 
I - ​R$37,18​, para o segurado com remuneração mensal não superior a 
R$725,02​; e 
II - ​R$26,20​, para o segurado com remuneração mensal superior a ​R$725,02 e 
igual ou inferior a ​R$1.089,72​. 
 
Os valores acima são os vigentes a partir de ​1º/01/2015​, de acordo com a 
Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. Esses valores são corrigidos na mesma data e 
pelo mesmo índice de correção dos demais benefícios do RGPS. 
Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a 
R$1.089,72​ não têm direito ao salário-família. 
Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se 
remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, 
8 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2015​, pela Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. 
 
ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a 
atividades simultâneas (Portaria MPS/MF ​13/2015​, art. 4º, § 1º). O direito à cota do 
salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no 
mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados (Portaria 
MPS/MF ​13/2015​, art. 4º, § 2º). 
Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão 
consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o 
adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para 
efeito de definição do direito à cota de salário-família (Portaria MPS/MF ​13/2015​, art. 
4º, § 3º). 
 
 
Página 286 – Alterar o verde. 
 
Exemplo​: 
Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em 
comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 
anos) e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é R$800,00, e a de 
Joaquim, R$900,00. Neste caso, Maria receberá três cotas de salário-família, 
sendo ​R$26,20 o valor de cada cota, perfazendo um total de ​R$78,60​. Joaquim 
também receberá três cotas, sendo ​R$26,20 o valor de cada cota, perfazendo 
um total de ​R$78,60​. Note-se que, apesar da existência de quatro filhos, cada 
um dos segurados só terá direito a três cotas de salário-família, pois o primeiro 
filho (Mateus) já tem mais de 14 anos de idade. 
 
No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário-família, um 
valor total de ​R$157,20 (que corresponde a ​78,60 + 78,60​). Quando a empresa Beta 
S.A. for recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos 
segurados que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor 
despendido com o pagamento de salário-família. 
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias 
trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota 
(RPS, art. 82, § 2º). Já para o empregado, a cota do salário-família é devida 
proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria 
MPS/MF ​13/2015​, art. 4º, § 4º). 
 
 
Página 289 – Alterar o verde. 
O restante da tabela permanece como está. 
 
 Quadro Resumo – Salário-família 
Fato 
gerador 
Ser segurado de baixa renda (SC de até ​R$1.089,72​); e 
Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. 
Beneficiário
s 
a) Segurado empregado e trabalhador avulso; 
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e 
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homem, ou 
 
60 anos de idade, se mulher. 
Carência Não é exigida. 
Renda 
mensal 
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de 
idade ou inválido. O valor da cota é de: 
I - ​R$37,18​, para o segurado com remuneração mensal não superior a 
R$725,02​; e 
II - ​R$26,20​, para o segurado com remuneração mensal superior a 
R$725,02​ e igual ou inferior a ​R$1.089,72​. 
 
 
Página 304 – Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: acrescentar também a nota de rodapé. 
 
Segundo entendimento do STJ, no que diz respeito ao termo inicial da pensão 
por morte, o dependente absolutamente incapaz tem direito ao benefício no período 
compreendido entre o óbito do segurado e a data do pedido administrativo. 
Também conforme o STJ, a pensão por morte será devida ao dependente 
menor de dezoito anos desde a data do óbito, ainda que tenha requerido o benefício 
passados mais de trinta dias após completar dezesseis anos. De acordo com o inciso II 
do art. 74 da Lei 8.213/1991, a pensão por morte será devida ao conjunto dos 
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do 
requerimento, caso requerida após trinta dias do óbito. Entretanto, o art. 79 da 
referida lei dispõe que tanto o prazo de decadência quanto o prazo de prescrição são 
inaplicáveis ao “pensionistamenor”. A menoridade de que trata esse dispositivo só 
desaparece com a maioridade, nos termos do art. 5º do CC — segundo o qual "A 
menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil" —, e não aos dezesseis anos de idade. Nesse 
sentido, confira o seguinte julgado do STJ: 
 
“PREVIDÊNCIA SOCIAL. PENSIONISTA MENOR. INÍCIO DO BENEFÍCIO. A 
expressão 'pensionista menor', de que trata o art. 79 da Lei nº 8.213, de 1990, 
identifica uma situação que só desaparece aos dezoito anos de idade, nos 
termos do art. 5º do Código Civil. Recurso especial provido para que o benefício 
seja pago a contar do óbito do instituidor.” 9
 
O STJ também tem entendido que a pensão por morte, cujo fato gerador tenha 
ocorrido antes da vigência da Lei 8.213/91, é devida a partir do óbito do instituidor da 
pensão, independentemente de ter sido requerido tardiamente, ressalvando-se, 
contudo, a prescrição quinquenal. 10
 
 
Página 306 – Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: acrescentar também as notas de rodapé. 
 
III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
9 STJ, REsp 1405909 / AL, Rel. Min. SÉRGIO KUKINA, 1ª Turma, DJe 09/09/2014. 
10 AgRg no REsp 1181655/RS, Rel. Min. Haroldo Rodrigues, 6ª T., DJe 30/08/2010. 
 
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (classe III). 
 
Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso 
de que tenha resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, § 1º). 
O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da 
pensão por morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos 
de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que: 
 
I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou 
ao início da união estável; ou 
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe 
garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por 
doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e 
anterior ao óbito. 
 
A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes (Lei 8.213/91, art. 16, §1º). Assim, existindo 
algum dependente da classe I, os das classes II e III não terão direito à pensão por 
morte. Os dependentes da classe III só terão direito à pensão por morte se não houver 
dependentes das classes I ou II. Por isso, os pais (classe II) ou irmãos (classe III) 
deverão, para fins de concessão da pensão por morte, comprovar a inexistência de 
dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o INSS (RPS, art. 
24). 
 
[...] 
 
A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação 
de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe 
em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da 
inscrição ou habilitação (Lei 8.213/91, art. 76). ​Seguindo essa linha de raciocínio, o 
STJ decidiu que a viúva que vinha recebendo a totalidade da pensão por morte de seu 
marido não deve pagar ao filho posteriormente reconhecido em ação de investigação 
de paternidade a quota das parcelas auferidas antes da habilitação deste na autarquia 
previdenciária, ainda que a viúva, antes de iniciar o recebimento do benefício, já 
tivesse conhecimento da existência da ação de investigação de paternidade. Confira o 
julgado: 
 
RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR 
MORTE. TERMO INICIAL. MENOR ABSOLUTAMENTE INCAPAZ. DATA DO ÓBITO. 
TEMPUS REGIT ACTUM. PLURALIDADE DE PENSIONISTAS. RATEIO DO 
BENEFÍCIO. RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE POST MORTEM. 
RECEBIMENTO DE VALORES PELA VIÚVA, PREVIAMENTE HABILITADA. 
INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ. PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE DAS VERBAS 
PREVIDENCIÁRIAS. 
1. A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é a vigente na 
data do óbito do segurado (tempus regit actum). 
2. Aplica-se o art. 74 da Lei de Benefícios, na redação vigente à época da 
abertura da sucessão (saisine), motivo pelo qual o termo inicial da pensão por 
morte é a data do óbito. 
3. Havendo mais de um pensionista, a pensão por morte deverá ser rateada 
 
entre todos, em partes iguais, visto ser benefício direcionado aos dependentes 
do segurado, visando à manutenção da família. 
4. Antes do reconhecimento da paternidade, seja espontâneo, seja judicial, o 
vínculo paterno consiste em mera situação de fato sem efeitos jurídicos. Com o 
reconhecimento é que tal situação se transforma em relação de direito, 
tornando exigíveis os direitos subjetivos do filho. 
5. Ainda que a sentença proferida em ação de investigação de paternidade 
produza efeitos ex tunc, há um limite intransponível: o respeito às situações 
jurídicas definitivamente constituídas. 
6. O mero conhecimento sobre a existência de ação de investigação de 
paternidade não é suficiente para configurar má-fé dos demais beneficiários 
anteriormente habilitados no recebimento de verbas previdenciárias e afastar o 
princípio da irrepetibilidade de tais verbas. 
7. A filiação reconhecida em ação judicial posteriormente ao óbito do instituidor 
do benefício configura a hipótese de habilitação tardia prevista no art. 76 da Lei 
n. 8.213/1991. 
8. Recurso especial conhecido e provido. 11
 
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão 
de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes da classe I 
(Lei 8.213/91, art. 76, §2º). A respeito deste tema, o STJ tem um entendimento mais 
favorável à mulher divorciada ou separada judicialmente. De acordo 
 
Página 308 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
O pensionista inválido está obrigado, ​independentemente de sua idade e sob 
pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da 
Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, 
que são facultativos ​(RPS, art. 109) ​(Lei 8.213/91, art. 101). No entanto, o pensionista 
inválido estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida 
isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: 
 
I - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do 
pensionista que se julgar apto; 
II - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o 
art. 110 da Lei 8.213/91. 
 
No caso de dependente (filho ou irmão) com deficiência intelectual ou mental 
que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, para 
fins de inscrição e concessão da pensão por morte, não há necessidade de realização 
de perícia médica. Para tal fim, a declaração judicial já é suficiente. 
 
 
Página 311 a 313 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
ATENÇÃO: Excluir também a NOTA DE RODAPÉ. 
 
2.10.4 Carência 
 
11 STJ, REsp 990549 / RS,Rel. Min. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, 3ª Turma, DJe 01/07/2014. 
 
A concessão da pensão por morte independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, 
I). 
 
Em regra, a carência da pensão por morte é de 24 contribuições mensais. Mas 
esse benefício independe de carência nos casos: 
 
I - em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez; e 
II - de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. 
 
Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito 
do segurado ele estava em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez 
(Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do 
trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII). 
 
2.10.5 Renda mensal inicial 
 
O valor mensal da pensão por morte será de ​50% do valor da aposentadoria 
que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por 
invalidez na data de seu falecimento​, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do 
valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o 
máximo de cinco (Lei 8.213/91, art. 75). ​A cota individual cessa com a perda da 
qualidade de dependente (Lei 8.213/91, art. 75, § 1º). 
O valor mensal da pensão por morte será acrescido de mais uma cota individual 
de 10% (uma cota extra), rateada entre os dependentes, no caso de haver filho do 
segurado ou pessoa a ele equiparada, que seja órfão de pai e mãe na data da 
concessão da pensão ou durante o período de manutenção desta, observado o 
seguinte: 
 
I - o limite máximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia 
ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de 
seu falecimento; 
II - essa cota extra de 10% cessará quando esse filho órfão se emancipar ou 
completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual 
ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; 
III - o acréscimo dessa cota extra de 10% não será aplicado quando for devida 
mais de uma pensão aos dependentes do segurado (Lei 8.213/91, art. 75, § 
3º). 
 
Se o segurado falecido já era aposentado, ​a renda mensal inicial da pensão por 
morte será de 100% do ​os percentuais acima serão aplicados sobre o valor da 
aposentadoria que ele recebia. 
Mas se o segurado não era aposentado, ​o valor da pensão por morte será de 
100% do ​tais percentuais serão aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele teria 
direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. ​Vale dizer, se 
o segurado falecido não era aposentado, para efeito de cálculo da pensão por morte, 
utiliza-se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 
100% do salário de benefício. ​Em outras palavras, podemos dizer que, nesse caso, os 
referidos percentuais incidirão sobre o salário-de-benefício. Esse salário-de-benefício 
será calculado da mesma forma daquele usado para fins de cálculo da aposentadoria 
 
por invalidez. O seja, esse salário-de-benefício consiste na média aritmética simples 
dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o 
período contributivo. 
Na redação original do art. 75 da Lei 8.213/91, o valor da pensão por morte era 
80% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou a que teria direito, se 
estivesse aposentado na data do seu falecimento, mais tantas parcelas de 10% do 
valor da mesma aposentadoria quantos forem os seus dependentes, até o máximo de 2 
(duas). A Lei 9.032/95 fixou a pensão por morte em 100% do salário de benefício. A 
atual regra de cálculo foi instituída pela Lei 9.528/97. Diante das diversas mudanças 
nas regras de cálculo, saliente-se que “a lei aplicável à concessão de pensão 
previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado” (Súmula 340 
do STJ). Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STF: 
 
Ementa: Recurso extraordinário. Interposto pelo INSS, com fundamento no art. 
102, III, “a”, da Constituição Federal, em face de Acórdão de turma recursal 
dos juizados especiais federais. Benefício previdenciário: pensão por morte (Lei 
nº 9.032, de 28 de abril de 1995). 1. No caso concreto, a recorrida é 
pensionista do INSS desde 04/10/1994, recebendo através do benefício nº 
055.419.615-8, aproximadamente o valor de R$ 948,68. Acórdão recorrido que 
determinou a revisão do benefício de pensão por morte, com efeitos financeiros 
correspondentes à integralidade do salário de benefícios da previdência geral, a 
partir da vigência da Lei nº 9.032/1995. 2. Concessão do referido benefício 
ocorrida em momento anterior à edição da Lei nº 9.032/1995. No caso 
concreto, ao momento da concessão, incidia a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 
1991. (...) 15. Salvo disposição legislativa expressa e que atenda à prévia 
indicação da fonte de custeio total, o benefício previdenciário deve ser calculado 
na forma prevista na legislação vigente à data da sua concessão. A Lei nº 
9.032/1995 somente pode ser aplicada às concessões ocorridas a partir de sua 
entrada em vigor. 16. No caso em apreço, aplica-se o teor do art. 75 da Lei nº 
8.213/1991 em sua redação ao momento da concessão do benefício à recorrida. 
17. Recurso conhecido e provido para reformar o acórdão recorrido. 12
 
A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre 
todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverterá em favor dos demais a parte 
daquele cujo direito à pensão cessar​, mas sem o acréscimo da correspondente cota 
individual de dez por cento​ (Lei 8.213/91, art. 77, §1º). 
 
Exemplo 1: 
João, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos não 
emancipados menores de 21 anos. Neste caso, cada um dos dependentes 
receberá 1/3 do valor total da pensão por morte. Quando o filho mais velho 
completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar-se), a sua parte na 
pensão reverterá em favor dos demais dependentes, que passarão a receber 
(cada um) 1/2 do valor total da pensão. Quando o segundo filho completar 21 
anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar-se), a pensão passará a ser 
recebida, integralmente, por Maria (esposa do segurado falecido). Quando 
Maria morrer, o benefício será encerrado. 
João, segurado aposentado pelo RGPS, era casado com Maria há 10 anos. Eles 
tinham dois filhos em comum: Aninha com 17 anos de idade e Pedrinho com 20 
12 STF, RE 415454/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, Órgão Julgador: Tribunal Pleno, DJ 26/10/2007. 
 
anos de idade. João recebia uma aposentadoria no valor de R$3.000,00. O 
segurado faleceu em abril de 2015. Nesse caso, o valor global da pensão por 
morte será R$2.400,00 (80% da aposentadoria que o segurado recebia), pois 
há três dependentes (Maria, Aninha e Pedrinho). Inicialmente, a parte individual 
de cada dependente será R$800,00. Mas em 1º de agosto de 2015 Pedrinho 
completa 21 anos de idade. Nesse caso, a partir de agosto de 2015, o valor 
global da pensão por morte seráR$2.100,00 (70% da aposentadoria que o 
segurado recebia), pois agora só há dois dependentes com direito ao benefício 
(Maria e Aninha). A partir de agosto de 2015, a parte individual de cada 
dependente será R$1.050,00. 
 
Exemplo 2: 
Pedro é segurado obrigatório do RGPS. ​Há sete anos, Maria divorciou-se de 
Pedro, passando a receber uma pensão alimentícia equivalente a 10% do 
salário de Pedro. Posteriormente, Pedro, que ​há três anos se encontrava em 
união estável com Lúcia, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. 
Nessa situação, Maria e Lúcia terão direito à pensão por morte, ​que ​cujo valor 
global corresponderá a 70% do salário-de-benefício e será dividida em partes 
iguais. Ocorrendo a morte de uma das beneficiárias, a outra passará a receber 
a pensão por morte ​de forma integral ​no valor de 60% do salário-de-benefício​. 
Observa-se que não existe nenhuma relação entre o valor da pensão alimentícia 
que Maria recebia com o valor da pensão por morte que ela passou a receber 
após o óbito de Pedro. O fato de Maria ser beneficiária de pensão alimentícia 
apenas assegura o direito ao recebimento da pensão por morte. Vale dizer, 
havendo mais de um dependente com direito ao benefício, a divisão das cotas 
da pensão por morte ocorrerá sempre em partes iguais. 
 
 
Páginas 314 e 315 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
IV. pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais 
biológicos (RPS, art. 114, IV). Todavia, a pensão não cessará quando o cônjuge 
ou companheiro adota o filho do outro ​(RPS, art. 114, § 2º). 
V. pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro 
ou companheira, nos termos do § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91. 
 
De acordo com o § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da 
pensão por morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na 
hipótese de que trata o § 2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa 
de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo: 
 
Expectativa de sobrevida à idade x do 
cônjuge, companheiro ou companheira, 
em anos (E(x)) 
Duração do benefício de 
pensão por morte (em anos) 
55 < E(x) 3 
50 < E(x) ≤ 55 6 
45 < E(x) ≤ 50 9 
 
40 < E(x) ≤ 45 12 
35 < E(x) ≤ 40 15 
E(x) ≤ 35 vitalícia 
 
A expectativa de sobrevida será obtida a partir da Tábua Completa de 
Mortalidade — ambos os sexos — construída pela Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística — IBGE, vigente no momento do óbito do segurado instituidor. 
Apenas para termos uma ideia a respeito dessa tábua e podermos elaborar alguns 
exemplos, relacionamos abaixo algumas idades com suas respectivas expectativas de 
sobrevida: 
 
Tábua de expectativa de vida – IBGE 2013​ – ​ambos os sexos 
 
Idade 
exata 
Expectativa de 
vida 
 
Idade 
exata 
Expectativa de vida 
21 anos 55,8 anos 35 anos 43,0 anos 
22 anos 54,9 anos 36 anos 42,1 anos 
23 anos 54,0 anos 37 anos 41,2 anos 
24 anos 53,1 anos 38 anos 40,3 anos 
25 anos 52,2 anos 39 anos 39,4 anos 
26 anos 51,3 anos 40 anos 38,5 anos 
27 anos 50,4 anos 41 anos 37,6 anos 
28 anos 49,4 anos 42 anos 36,7 anos 
29 anos 48,5 anos 43 anos 35,8 anos 
30 anos 47,6 anos 44 anos 35,0 anos 
31 anos 46,7 anos 45 anos 34,1 anos 
 
Exemplo: 
Joaquim recebe aposentadoria paga pelo RGPS no valor de R$2.000,00. Ele é 
casado com Maria há três anos. Joaquim faleceu em março de 2015 e Maria é 
sua única dependente. Nesse caso, o valor mensal da pensão por morte que 
será recebida por Maria é de R$1.200,00 (60% da aposentadoria que o 
segurado recebia). Por quantos anos Maria terá direito de receber a referida 
pensão por morte? Se na data do óbito de Joaquim Maria tivesse, por 
exemplo: 
a) 21 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 55,8 anos. Nesse 
caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 3 anos. 
b) 25 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 52,2 anos. Nesse 
caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 6 anos. 
c) 30 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 47,6 anos. Nesse 
caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 9 anos. 
d) 35 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 43 anos. Nesse 
caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 12 anos. 
e) 40 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 38,5 anos. Nesse 
caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 15 anos. 
 
f) 45 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 34,1 anos. Nesse 
caso, a pensão por morte de Maria seria vitalícia. 
 
O cônjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetível 
de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, 
mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por acidente ou doença ocorrido 
entre o casamento ou início da união estável e a cessação do pagamento do benefício, 
terá direito à pensão por morte vitalícia (Lei 8.213/91, art. 77, § 7º). 
A parte individual da pensão do dependente (filho ou irmão) com deficiência 
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser 
integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade 
empreendedora (Lei 8.213/91, art. 77, §4º). ​O valor dessa redução de 30% não 
reverterá para os demais dependentes (IN INSS 77/2015, art. 375, § 8º). 
 
2.10.7 Cessação do benefício 
 
Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será 
encerrada (Lei 8.213/91, art. 77, §3º). 
 
Exemplo: 
Em razão da morte de Ana, que era segurada do RGPS, Francisco (esposo de 
Ana) e Antônio (filho de Ana) passaram a receber pensão por morte. Sebastiana 
(mãe de Ana) dependia economicamente de sua filha, mas não teve direito à 
pensão por morte, pois era dependente da classe II. Quando Antônio completar 
21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar-se), a sua parte na pensão 
reverterá em favor de seu pai (Francisco). Quando Francisco morrer, a pensão 
será encerrada. Note-se que, com a morte de Francisco, a pensão não reverterá 
em favor de Sebastiana, pois esta depen- dente já foi excluída à época do 
óbito. 
 
No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o 
pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da 
reposição dos valores recebidos, salvo má-fé (Lei 8.213/91, art. 78, §2º). Note-se que, 
neste caso, o pagamento da pensão por morte de todos os dependentes cessará na 
mesma data. 
 
 
 
Página 316 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
ATENÇÃO: o restante da tabela permanece sem alteração. 
 
Carência Não é exigida. ​Em regra, 24 contribuições mensais. Independe de 
carência nos casos: (I) em que o segurado esteja em gozo de 
auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez; e (II) de 
acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. 
Renda mensal 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou 
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez 
na data de seu falecimento​, acrescido de tantas cotas individuaisde 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os 
dependentes do segurado, até o máximo de cinco​. 
Cessação do 
pagamento da 
cota individual 
a) Pela morte do pensionista; 
b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos 
os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, 
salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que 
o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; 
c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o 
pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo 
levantamento da interdição; 
d) Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte 
dos pais biológicos​; 
e) pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, 
companheiro ou companheira. 
 
 
Páginas 316 a 318 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
 
O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, 
restringiu a concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional nº 20/98, “até que a lei 
discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e 
seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham 
renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, que, até a publicação da lei, serão 
corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de 
previdência social”. Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos 
mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, 
atualmente, a ​R$1.089,72​. 13
 
[...] 
 
Assim, para que os dependentes tenham direito ao auxílio-reclusão é necessário 
que o segurado: 
a) Tenha sido recolhido à prisão; 
b) Não receba remuneração da empresa; 
c) Não esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de 
permanência em serviço; e 
d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a 
R$1.089,72​. 
 
O STJ tem entendido ser possível a concessão de auxílio-reclusão aos 
dependentes do segurado que recebia salário de contribuição pouco superior ao limite 
estabelecido como critério de baixa renda pela legislação da época de seu 
13 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2015​, pela Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. 
 
encarceramento. Nesse sentido, confira o seguinte julgado: 
 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. 
POSSIBILIDADE DE FLEXIBILIZAÇÃO DO CRITÉRIO ECONÔMICO ABSOLUTO 
PREVISTO NA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PREVALÊNCIA DA FINALIDADE 
DE PROTEÇÃO SOCIAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. RECURSO ESPECIAL DO INSS 
A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
1. O benefício de auxílio-reclusão destina-se diretamente aos dependentes de 
segurado que contribuía para a Previdência Social no momento de sua reclusão, 
equiparável à pensão por morte; visa a prover o sustento dos dependentes, 
protegendo-os nesse estado de necessidade. 
2. À semelhança do entendimento firmado por esta Corte, no julgamento do 
Recurso Especial 1.112.557/MG, Representativo da Controvérsia, onde se 
reconheceu a possibilidade de flexibilização do critério econômico definido 
legalmente para a concessão do Benefício Assistencial de Prestação Continuada, 
previsto na LOAS, é possível a concessão do auxílio-reclusão quando o caso 
concreto revela a necessidade de proteção social, permitindo ao Julgador a 
flexiblização do critério econômico para deferimento do benefício, ainda que o 
salário de contribuição do segurado supere o valor legalmente fixado como 
critério de baixa renda. 
3. No caso dos autos, o limite de renda fixado pela Portaria Interministerial, 
vigente no momento de reclusão da segurada, para definir o Segurado de 
baixa-renda era de R$ 710,08, ao passo que, de acordo com os registros do 
CNIS, a renda mensal da segurada era de R$ 720,90, superior aquele limite. 
4. Nestas condições, é possível a flexibilização da análise do requisito de renda 
do instituidor do benefício, devendo ser mantida a procedência do pedido, 
reconhecida nas instâncias ordinárias. 
5. Recurso Especial do INSS a que se nega provimento. 14
 
É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver 
salário de contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que 
mantida a qualidade de segurado (RPS, art. 116, §1º). 
O STJ tem entendido que, na análise de concessão do auxílio-reclusão a que se 
refere o art. 80 da Lei 8.213/1991, o fato de o recluso que mantenha a condição de 
segurado pelo RGPS (art. 15 da Lei 8.213/1991) estar desempregado ou sem renda no 
momento do recolhimento à prisão indica o atendimento ao requisito econômico da 
baixa renda, independentemente do valor do último salário de contribuição. Nesse 
sentido, confira o seguinte julgado: 
 
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. SEGURADO DESEMPREGADO OU SEM 
RENDA. CRITÉRIO ECONÔMICO. MOMENTO DA RECLUSÃO. ÚLTIMO SALÁRIO 
DE CONTRIBUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 
1. A questão jurídica controvertida consiste em definir o critério de rendimentos 
ao segurado recluso em situação de desemprego ou sem renda no momento do 
recolhimento à prisão. O acórdão recorrido e o INSS defendem que deve ser 
considerado o último salário de contribuição, enquanto os recorrentes apontam 
que a ausência de renda indica o atendimento ao critério econômico. 
2. À luz dos arts. 201, IV, da Constituição Federal e 80 da Lei 8.213/1991 o 
benefício auxílio-reclusão consiste na prestação pecuniária previdenciária de 
14 STJ, REsp 1479564 / SP, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, 1ª Turma, DJe 18/11/2014. 
 
amparo aos dependentes do segurado de baixa renda que se encontra em 
regime de reclusão prisional. 
3. O Estado, através do Regime Geral de Previdência Social, no caso, entendeu 
por bem amparar os que dependem do segurado preso e definiu como critério 
para a concessão do benefício a "baixa renda". 
4. Indubitavelmente que o critério econômico da renda deve ser constatado no 
momento da reclusão, pois nele é que os dependentes sofrem o baque da perda 
do seu provedor. 
5. O art. 80 da Lei 8.213/1991 expressa que o auxílio-reclusão será devido 
quando o segurado recolhido à prisão "não receber remuneração da empresa". 
6. Da mesma forma o § 1º do art. 116 do Decreto 3.048/1999 estipula que "é 
devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver 
salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que 
mantida a qualidade de segurado", o que regula a situação fática ora deduzida, 
de forma que a ausência de renda deve ser considerada para o segurado que 
está em período de graça pela falta do exercício de atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social." (art. 15, II, da Lei 8.213/1991). 
7. Aliada a esses argumentos por si sós suficientes ao provimento dos Recursos 
Especiais, a jurisprudência do STJ assentou posição de que os requisitos para a 
concessão do benefício devem ser verificados no momento do recolhimento à 
prisão, em observância ao princípio ​tempus regit actum​. Nesse sentido: AgRg 
no REsp 831.251/RS, Rel. Ministro Celso Limongi (Desembargador convocado 
do TJ/SP), Sexta Turma, DJe 23.5.2011;REsp 760.767/SC, Rel. Ministro Gilson 
Dipp, Quinta Turma, DJ 24.10.2005, p. 377; e REsp 395.816/SP, Rel. Ministro 
Fernando Gonçalves, Sexta Turma, DJ 2.9.2002, p. 260. 
8. Recursos Especiais providos. 15
 
A respeito dos requisitos necessários à concessão do auxílio-reclusão, confira o 
seguinte julgado do STJ: 
 
 
Página 319 – Acrescentar o azul. 
 
Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo 
necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do 
segurado, a preexistência da dependência econômica (RPS, art. 116, §3º). Se, por 
exemplo, a realização do casamento ocorrer durante o recolhimento do segurado à 
prisão, o auxílio-reclusão não será devido ao seu cônjuge, considerando a dependência 
superveniente ao fato gerador (IN INSS 45/2010, art. 337). 
O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício do 
auxílio-reclusão se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de 
dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que o 
cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de 
reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, 
mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido 
após o casamento ou início da união estável e anterior ao recolhimento à prisão. Essa é 
uma regra aplicada à pensão por morte (Lei 8.213/91, art. 74, § 2º), mas como o art. 
80 da Lei 8.213/91 estabelece que o auxílio-reclusão será devido nas mesmas 
condições da pensão por morte, entendo que tal regra também deva ser aplicada ao 
15 STJ, REsp 1480461 / SP, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, 2ª Turma, DJe 10/10/2014. 
 
auxílio-reclusão. 
O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao 
benefício de auxílio-reclusão a partir da data de seu nascimento (IN INSS 45/2010, art. 
336). 
 
[...] 
 
2.11.2 Carência 
 
A concessão do auxílio-reclusão independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, 
I). 
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas 
mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por 
morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio-reclusão, inclusive quanto à 
carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a 
concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente. 
Mas na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou 
da seguinte forma: 
 
Lei 8.213/91 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - salário-família e auxílio-acidente; 
[...] 
 
Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além 
da pensão por morte, o auxílio-reclusão também passou a exigir carência de 24 
contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80). 
 
2.11.3 Requerimento do benefício 
 
 
Páginas 320 e 321 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado 
ocorrer até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de 
segurado), mesmo que os dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do 
salário-de-contribuição do segurado recluso ser superior a ​R$1.089,72 (RPS. art. 16
118, parágrafo único). 
 
2.11.5 Renda mensal inicial 
 
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas 
mesmas condições da pensão por morte. ​Por isso, o Regulamento da Previdência Social 
determina que “o valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será de 
cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que 
teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento” (RPS, 
art. 39, §3º). Contudo, quando aplicado ao auxílio-reclusão, este dispositivo do RPS 
apresenta algumas imprecisões. Se o segurado que foi recolhido à prisão já era 
16 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2015​, pela Portaria MPS/MF nº ​13, de 09/01/2015​. 
 
aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. 
Assim, o melhor é dizer que a renda mensal inicial do auxílio- -reclusão será de 100% 
do valor da aposentadoria que o segurado teria direito, se estivesse aposentado por 
invalidez na data em que foi recolhido à prisão. Ou seja, para efeito de cálculo do 
auxílio-reclusão, utiliza-se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, 
que corresponde a 100% do salário de benefício. A respeito deste tema, no concurso 
para Defensor Público da União, rea- lizado em 2007, o Cespe/UnB elaborou a seguinte 
questão: 
 
Considere que Silvano seja segurado não aposentado da previdência social e 
tenha sido condenado pela prática de crime que determinou o início do 
cumprimento da pena em regime fechado. Nessa situação, a renda mensal 
inicial do auxílio-reclusão devida aos dependentes é calculada de acordo com o 
modelo de cálculo a ser utilizado em caso de aposentadoria por invalidez. 
 
A questão supra foi considera como certa, pois a renda mensal inicial do 
auxílio-reclusão é calculada de acordo com a mesma regra de cálculo da aposentadoria 
por invalidez. Vale dizer, a renda mensal inicial do auxílio-reclusão é de 100% do 
salário de benefício, pois este é o valor da renda mensal inicial da aposentadoria por 
invalidez. Havendo mais de um dependente com direito ao auxílio-reclusão, o benefício 
será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte 
daquele cujo direito ao benefício cessar (Lei 8.213/91, art. 77, §1º). 
De acordo com o art. 75 da Lei 8.213/91, o valor mensal da pensão por morte 
corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia 
ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu 
falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma 
aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. 
Mas se o segurado que foi recolhido à prisão já for aposentado, os seus 
dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. Assim, adaptando o 
disposto no art. 75 da Lei 8.213/91 ao auxílio-reclusão, podemos dizer que o valor 
mensal do auxílio-reclusão corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o 
segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu 
recolhimento à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da 
mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de 
cinco. 
Havendo mais de um dependente com direito ao auxílio-reclusão, o benefício 
será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte 
daquele cujo direito ao benefício cessar, ​mas sem o acréscimo da correspondente cota 
individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º)​. 
 
2.11.6 Data de início do benefício 
 
 
Página 322 – Acrescentar o azul. 
 
c) para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista

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