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IFRN – NOVA CRUZ – DISCIPLINA: Prof.: Biocombustível Líquido Etanol TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS BIOCOMBUSTÍVEIS Samuel Alves de Oliveira 06 Etanol O etanol (CH3CH2OH), também chamado álcool etílico, é UMA SUBSTÂNCIA ORGÂNICA OBTIDA DA FERMENTAÇÃO DE AÇÚCARES, hidratação do etileno ou redução de acetaldeído. Pode ser utilizado como COMBUSTÍVEL PARA MOTORES DO TIPO OTTO. Substituindo parcial ou totalmente a gasolina. Atualmente é o BIOCOMBUSTÍVEL MAIS PRODUZIDO E CONSUMIDO NO MUNDO. INTRODUÇÃO Matérias-primas para produção e etanol SACAROSE DE CALDO • Cana-de-açúcar • Beterraba açucareira • Qualquer caldo adocicado SACAROSE DE AMIDO • Milho • Mandioca • Batata • Qualquer fonte de amido INTRODUÇÃO ETANOL COMO COMBUSTÍVEL VEICULAR O primeiros testes do etanol como combustível veicular foram FEITOS POR HENRY FORD NOS SEUS PRIMEIROS MODELOS DE CARRO. O uso de etanol como combustível foi abandonado após OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (GASOLINA) SEREM DE MENOR CUSTO NA ÉPOCA que o etanol. Ao longo dos anos HOUVERAM VÁRIOS TESTES DO USO DO ETANOL para caminhões, ônibus, navios e aviões. INTRODUÇÃO ETANOL COMO COMBUSTÍVEL VEICULAR Com a alta do preço do petróleo na década de 1970, o ETANOL VOLTOU A SER USADO COMO COMBUSTÍVEL VEICULAR. O ETANOL POSSUI UMA MELHOR OCTANAGEM (melhor combustão por explosão) do que a gasolina. No BRASIL O ETANOL É USADO COMO ADITIVO VEICULAR a gasolina (20% a 25%). O Brasil desenvolveu a tecnologia de MOTORES FLEX QUE CONSEGUEM USAR COMBUSTÍVEL COM 20% A 100% DE ETANOL. INTRODUÇÃO LEVEDURA PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL As leveduras SÃO ORGANISMOS UNICELULARES MICROSCÓPICOS, classificados no reino dos fungos. A ESPÉCIE MAIS COMUM É SACCHAROMYCES CEREVISIAE, conhecida vulgarmente como levedura de padeiro ou da cerveja. Consome a sacarose do meio para produzir energia para si e GERAM COMO RESÍDUO ETANOL E CO2. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Reação bioquímica A levedura primeiramente QUEBRA A SACAROSE (DISSACARÍDEO) EM GLICOSE E FRUTOSE (MONOSSACARÍDEOS). Os monossacarídeos são então consumidos em algumas etapas bioquímicas GERANDO ATP QUE SERÁ USADO PELA CÉLULA DA LEVEDURA. Nesse processo bioquímico a levedura produz UM SUBPRODUTO INDESEJADO PELA CÉLULA, O ETANOL E O CO2. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA RECEPÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR A cana que chega na usina é PESADA PARA CONTROLE agrícola e industrial. A pesagem é feita computando O PESO TOTAL DO CAMINHÃO COM A CARGA DE CANA. O caminhão vazio é pesado novamente após a saída e assim pode-se determinar O PESO DA CARGA DE CANA. Nesse processo DADOS SOBRE A PROCEDÊNCIA DA CANA-DE-AÇÚCAR são coletados. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Amostragem da cana-de-açúcar O VALOR DA CANA PARA A USINA DEPENDE DA QUANTIDADE DE AÇÚCAR que pode ser recuperada dela e do custo associado em seu processamento. Por isso é realizada uma AMOSTRAGEM DA CANA AINDA NO CAMINHÃO por um amostrador automático. A amostra coletada é enviada para um laboratório para SE DETERMINAR A CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCAR NA CANA. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Pagamento da cana-de-açúcar No laboratório são realizadas ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS PARA DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCARES, teor de material inorgânico e outros parâmetros. Somente após essas análises que se determina qual O VALOR A SER PAGO PELA CARGA DE CANA-DE-AÇÚCAR. Determina-se também o TEMPO DE ESTOCAGEM MÁXIMO daquela carga de cana-de-açúcar. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Descarregamento da cana-de-açúcar A carga de cana é então descarregada no pátio de estocagem ou DIRETAMENTE NA MESA RECEPTORA DAS MOEDAS. Evita-se manter por muito tempo uma carga de cana no pátio de estocagem, para EVITAR A INVERSÃO DA SACAROSE. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Mesa receptora de cana-de-açúcar Recebem a carga de cana em UMA ESTEIRA DE 45° DE INCLINAÇÃO que elevam a cana até o início do processamento. No alto da mesa, A CANA RECEBE UM JATO DE ÁGUA QUENTE PARA A LIMPEZA preliminar da cana-de-açúcar. A água com as impurezas são captadas e conduzidas para UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO OU REUSO. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Picagem A cana-de-açúcar é conduzida para um conjunto de facas picadoras com a FINALIDADE DE CORTAR A CANA EM FRAGMENTOS MENORES. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO desfibragem Após a picagem, o material passa por facas cegas, para SEPARAR AS FIBRAS DA CANA E FACILITAR PARA POSTERIOR EXTRAÇÃO. EXTRAÇÃO DO CALDO Pode ser feita por dois processos distintos: MOAGEM: compressões sucessivas da cana e posteriormente do bagaço (extração de 95-97%); DIFUSÃO: diluição e lixiviação dos sólidos solúveis existentes na cana com água quente ou vapor (extração de 97- 98%). PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO EXTRAÇÃO DO CALDO POR MOAGEM Cada unidade de esmagamento se constitui de TRÊS CILINDROS ESMAGADORES Ao longo do tandem de moagem DIMINUI A ABERTURA DE TRABALHO E AUMENTA A PRESSÃO sobre o colchão de bagaço Se EMBEBEDA O BAGAÇO COM ÁGUA para facilitar a extração A ROTAÇÃO DAS MOENDAS É DE 3- 7RPM. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO EXTRAÇÃO DO CALDO POR DIFUSÃO A cana já desfibrada é conduzida em um equipamento fechado, com fundo perfurado e RECEBE JATOS DE ÁGUA QUENTE OU VAPOR. A elevada temperatura de operação promove uma QUEBRA QUÍMICA DAS MEMBRANAS DAS CÉLULAS QUE CONTÉM A SOLUÇÃO RICA EM SACAROSE, aumentando permeabilidade e permitindo que a sacarose seja extraída. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Produção de energia elétrica O bagaço produzido após a extração do caldo de cana-de-açúcar é QUEIMADO EM CALDEIRAS PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. A grande maioria das usinas de etanol são AUTO-SUFICIENTES EM ENERGIA ELÉTRICA na época da safra de cana-de- açúcar. A energia GERADA EXCEDENTE É VENDIDA para ajudar na matriz energética nacional. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO PURIFICAÇÃO DO CALDO O caldo de cana-de-açúcar é composto de uma solução de sacarose e várias outras substâncias indesejadas. A purificação do caldo é feita por: PROCESSOS MECÂNICOS: peneiramento, filtragem PROCESSOS FÍSICOS: aquecimento, decantação e flotação PROCESSOS QUÍMICOS: sulfitação, calagem e adição de ácido fosfórico PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO PURIFICAÇÃO DO CALDO - Processos mecânicos Essa etapa têm o objetivo de ELIMINAR IMPUREZAS GROSSEIRAS (bagacilhos, pedaços de cana). As impurezas podem PROVOCAR ENTUPIMENTO DE BOMBAS E CENTRÍFUGAS, além de funcionar como núcleo de cristalização de açúcares. Os equipamentos mais usados são PENEIRAS ESTACIONARIAS OU ROTATIVAS E FILTROS PRENSAS OU ROTATIVOS. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO PURIFICAÇÃO DO CALDO - Processos físicos AQUECIMENTO: Acelerar as reações químicas que levam à formação de compostos insolúveis e coagulação das proteínas. DECANTAÇÃO: remoção de impurezas que foram floculadas pela ação de agentes clarificantes e pelo aquecimento. FLOTAÇÃO: remoção das impurezas que flutuam. A acelerada pela adição de ácido fosfórico e vapor de baixo para cima nos flotadores. PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO PURIFICAÇÃO DO CALDO - Processos Químicos SULFITAÇÃO: Adição de enxofre com as funções purificante, descorante, fluidificante, preservativa (pH vai de 3,8-4,3). CALAGEM: Adição de cal com a função de neutralizar a acidez promovida pelo tratamento com enxofre (pH retorna a ±6,9). PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO CALDO Preparação do mosto Chama-se mosto a MISTURA DO CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR DILUÍDO COM A LEVEDURA e mais alguns aditivos. É necessário menor contaminação inicial por microrganismos, por isso se ADICIONA- SE DESINFETANTES E ÁCIDOS. Um CONTROLE DA TEMPERATURA E PH são fundamentais para evitar uma nova proliferação de microrganismos indesejados. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL Dornas de fermentação Nessa etapa a levedura (Saccharomyces cerevisiae) converte bioquimicamente a SACAROSE PRESENTE NO CALDO EM ÁLCOOL E CO2. A fermentação alcoólica pode DURAR DE 6 A 12 HORAS,concluída somente quando todo a sacarose é consumida. Etapa crítica no processo sendo necessário CONTROLE DE TEMPERATURA E DE PROLIFERAÇÃO DE MICRORGANISMO INDESEJADOS. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL Separação do vinho e do leite Chama-se VINHO O MOSTO JÁ FERMENTADO. Chama-se LEITE O CALDO DE LEVEDURAS que fica no fundo da dorna de fermentação. O processo de separação pode ser feito por DECANTAÇÃO DE 6 A 24 HORAS. Usinas de maior porte utilizam um CENTRÍFUGA INDUSTRIAL PARA ACELERAR ESSE PROCESSO de separação em poucas horas. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL Destilação O VINHO É FORMADO POR ÁGUA, ÁLCOOL e diversas outras substâncias orgânicas. A separação do álcool nessa mistura ocorre em uma SÉRIE DE COLUNAS DE DESTILAÇÃO. O sub-produto gerado nessa etapa, a VINHAÇA, É REAPROVEITADO PARA IRRIGAÇÃO da lavoura de cana-de-açúcar. Dependendo de quantos processos de destilação e retificação pode-se obter o ÁLCOOL HIDRATADO ou ÁLCOOL ANIDRO. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL Tancagem e distribuição O álcool após a sua produção é então ESTOCADO EM TANQUES DE GRANDE PORTE. E após a tancagem é DISTRIBUÍDO PARA OS REVENDEDORES (postos de combustíveis) através de carros- tanques. A MISTURA DO ÁLCOOL ANIDRO NA GASOLINA OCORRE NO ABASTECIMENTO do carro-tanque. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO Consiste na conversão físico-química da LIGNOCELULOSE EM UMA SOLUÇÃO DE GLICOSE para posterior fermentação alcoólica. Esse tecnologia já é dominada em ESCALA DE LABORATÓRIO COM TESTES EM ESCALA INDUSTRIAL. Permitirá converter praticamente QUALQUER MATERIAL LENHOSO, PRINCIPALMENTE RESÍDUOS AGROFLORESTAIS, EM ETANOL. TECNOLOGIAS AVANÇADAS DO ETANOL
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