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Histologia do Sistema Respiratório

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Ana Luiza Fonseca | @analuizafz_ 
 
Os pulmões e suas inúmeras vias aéreas compõem o sistema respiratório. As vias aéreas 
entram nos pulmões e lá se ramificam constituindo a árvore brônquica, essas ramificações 
atingem espaços aéreos pequenos, chamados alvéolos. 
 
 
 
 
 
 Porção condutora: a parede é constituída por uma combinação de cartilagem, 
tecido conjuntivo e tecido muscular liso, o que lhe proporciona suporte estrutural, 
flexibilidade e extensibilidade e assegura a passagem contínua de ar; a mucosa é 
revestida pelo epitélio respiratório (pseudoestratificado cilíndrico ciliado com 
células caliciformes) e apresenta abundante tecido linfoide associado 
Formada por epitélio respiratório, cartilagem hialina – tireoide, cricoide e maior parte da 
aritenoides – e elástica, ligamentos e músculos voluntários. A laringe não tem um 
revestimento epitelial uniforme ao longo da via. Na face ventral e parte da face dorsal da 
epiglote e nas cordas vocais, o epitélio está sujeito a atritos e desgastes por isso o 
revestimento desses locais é feito por um epitélio do tipo estratificado plano não-
queratinizado. Nas demais regiões, o epitélio de revestimento é do tipo respiratório 
(pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes). 
 
 
 
 
 
 
Divisão funcional 
Zona condutora Zona respiratória 
Função: filtrar, aquecer e 
umedecer o ar e conduzi-lo 
para os pulmões. 
Nariz, cavidade nasal, faringe, 
laringe, traqueia, brônquios, 
bronquíolos; 
Consiste em tubos e tecidos 
nos pulmões onde ocorrem as 
trocas gasosas. 
Bronquíolos respiratórios, os 
ductos alveolares, os sacos 
alveolares e os alvéolos. 
Supraglote Epitélio respiratório com presença de glândulas seromucosas 
Glote/pregas vocais 
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, 
músculo estriado presente e espaço de Reinke 
Infraglote Epitélio respiratório 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Ana Luiza Fonseca | @analuizafz_ 
 
As cartilagens mantêm a laringe aberta, permitindo a passagem do ar e, em virtude da 
ação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da laringe, de músculo estriado esquelético, 
podem se mover, impedindo a entrada de alimento durante a deglutição. 
 É uma continuação da laringe, conectando-a aos pulmões através de um tubo e 
suas ramificações. A parede da traqueia é constituída das seguintes camadas: 
mucosa, submucosa, anel de cartilagem hialina e adventícia. É revestida 
internamente por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células 
caliciformes que está sob uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em 
fibras elásticas; 
 A traqueia apresenta 16 a 20 peças de cartilagem em C, com as extremidades 
unidas por músculo liso. Os anéis cartilaginosos evitam o colapso da parede; 
 Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem na luz traqueal, na camada 
submucosa. O muco produzido forma um tubo mucoso que funciona como uma 
barreira mucosa às partículas de pó que entram junto com o ar inspirado, nesse 
tubo o muco é transportado em direção à faringe pelo batimento ciliar, das células 
cilíndricas ciliadas. 
 
 
 Ana Luiza Fonseca | @analuizafz_ 
 
A traqueia bifurca-se nos brônquios primários (ou principais), que, ao entrarem nos 
pulmões, ramificam-se em três brônquios secundários (ou lobares) no pulmão direito e 
dois no esquerdo: um para cada lobo pulmonar. Eles se ramificam nos brônquios 
terciários (ou segmentares): 10 deles no pulmão direito e oito no pulmão esquerdo. São 
divididos em extrapulmonares e intrapulmonares. Os extrapulmonares possuem mucosa 
idêntica à da traqueia. Enquanto os intrapulmonares possuem epitélio cilíndrico simples 
ciliado. 
 Mucosa: Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado à cilíndrico simples com 
células caliciformes. Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras 
elásticas; 
 Camada de tecido muscular liso: feixes musculares dispostos em espiral; 
 Camada de tecido conjuntivo contendo glândulas seromucosas que abrem seus 
ductos na luz brônquica; 
 Placas de cartilagem hialina aparecem como ilhas entre o tecido conjuntivo; 
Adventícia: tecido conjuntivo. 
Não apresentam cartilagem, glândulas, e nem nódulos linfáticos. 
 Mucosa: inicia com epitélio cilíndrico simples ciliado 
com algumas células caliciformes e passa a cúbico 
simples intermitentemente ciliado apoiado em lâmina 
própria de tecido conjuntivo frouxo; 
 Camada de tecido muscular liso muito desenvolvida e 
disposta helicordal. 
No decorrer do trajeto dos bronquíolos, o 
número de células caliciformes diminui 
progressivamente, podendo até deixar de 
existir. 
Cada bronquíolo penetra num lóbulo 
pulmonar, onde se ramifica, formando de 
cinco a sete bronquíolos terminais. 
Bronquíolos terminais: são as últimas 
porções da árvore brônquica, eles 
possuem estruturas semelhantes aos 
demais, porém com paredes mais 
delgadas. Além disso, esses 
bronquíolos apresentam células da 
Clara, as quais produzem um material 
surfactante que reveste a superfície do 
epitélio bronquiolar evitando o 
colabamento dos alvéolos. 
O epitélio muda de colunar 
pseudoestratificado para 
epitélio colunar ciliado 
simples à medida que 
diminui de diâmetro. 
 Ana Luiza Fonseca | @analuizafz_ 
 
 Parede mais delgada e revestida 
internamente por epitélio colunar 
cúbico, com células ciliadas e não 
ciliadas. Possuem as células de Clara, as 
quais produzem proteínas contra 
poluentes e contra inflamação, e, em 
menor quantidade, produzem surfactante. 
 
Bronquíolos respiratórios: constituem a 
transição entre a porção condutora e 
respiratória. Possuem estrutura semelhante 
aos bronquíolos terminais, porém 
apresentam expansões saculiformes 
constituídas por alvéolos. As porções dos 
bronquíolos respiratórios não ocupadas 
pelos alvéolos são revestidas por epitélio 
simples que varia de colunar baixo a 
cuboide, podendo ainda apresentar cílios na 
porção inicial. 
 
As fossas nasais são subdivididas em três regiões: o 
vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. 
 Vestíbulo: epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado. Nesse local existem pêlos e glândulas 
cutâneas, que constituem uma primeira barreira à entrada de partículas grosseiras 
de pó nas vias aéreas; 
 Área respiratória: maior parte das fossas nasais, sua mucosa é constituída por 
um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado, com muitas células 
caliciformes; 
 Área olfatória: localizada na região superior das fossas nasais e é responsável 
pela sensibilidade olfativa. Possui epitélio olfatório – neuroepitélio 
pseudoestratificado colunar; células de sustentação: colunares, com 
microvilosidades; células basais: são células tronco, responsáveis pela renovação; 
células olfatórias: com cílios imóveis – são neurônios bipolares renováveis. 
Presença de glândulas serosas alveolares = glândulas de Bowman – servem para 
a lavagem dos receptores (AUSÊNCIA DE CÉLULAS CALICIFORMES). 
 
Umidificação: glândulas; 
Filtração: vibrissas; 
Aquecimento: vasos sanguíneos 
 
 Ana Luiza Fonseca | @analuizafz_ 
 
 Epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado

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