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Apostila Microbiologia Md2 2

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Prévia do material em texto

ADRYELLA DE PAULA FERREIRA LUZ
Professora autora/conteudista
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1 . Processamento de alguns materiais clínicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Urocultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6
1.1.1. Bacteriúria assintomática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.2. Cistite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.3. Pielonefrite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.4. ITU complicada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.5. Coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.6. Tipos de amostras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.7. Transporte da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1.8. Procedimento da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2. Hemocultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
1.2.1. Número de amostras e intervalo entre as coletas . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2.2. Volume de sangue. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2.3. Tipos de frascos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2.4. Coleta e transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.5. Infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter (ICS-RC) . . . . . 14
1.3. Cultura de ponta de cateter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
1.3.1. Procedimento da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3.2. Interpretação do resultado da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.4. Cultura de trato respiratório inferior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
Materiais do trato respiratório inferior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.4.2. Procedimentos da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.4.3. Interpretação dos resultados das culturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.5. Materiais do trato respiratório superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.5.1. Processamento das amostras do trato respiratório superior . . . . . . . 22
1.6. Amostras do trato genital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.6.1. Processamento das amostras de secreções do trato genital – Coleta e 
transporte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.7. Líquidos orgânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
1.7.1. Líquido pleural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.7.2. Líquido peritoneal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.7.3. Líquido ascítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.7.4. Líquido de diálise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.7.5. Líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.7.6. Líquido cefalorraquidiano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.7.7. Medula óssea. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2 . Identificação dos microrganismos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.1. Identificação dos cocos Gram-positivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.1.1. Família Micrococcaceae 28
2.1.2. Família Streptococcaceae 30
2.2. Identificação dos bacilos Gram-negativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.2.1. Enterobactérias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.2.2. Provas bioquímicas para enterobactérias . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.2.3. Bacilos Gram-negativos não fermentadores. . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Pág. 5 de 46
INTRODUÇÃO
Neste material abordaremos alguns procedimentos de coleta e cultura segundo diferentes 
situações e os casos de infecções associadas a elas. Serão elencados os tipos de amostras e 
principais cuidados e observações na sua coleta, a forma de realizar o transporte adequadamente, 
os riscos de contaminação e como evitá-los, e a identificação dos microrganismos e algumas de 
suas características, além das patologias a que estão relacionados.
Pág. 6 de 46
1. PROCESSAMENTO DE ALGUNS MATERIAIS CLÍNICOS
1.1. Urocultura
É indicada a realização de cultura de amostras de urina quando existe uma suspeita de infecção 
do trato urinário (ITU), para o controle de tratamento ou em pacientes assintomáticos com maior 
risco de infecção, como aqueles com a imunidade debilitada.
As infecções do trato urinário podem acometer indivíduos de todas as idades, independentemente 
do seu estado de saúde. Entretanto, esse tipo de infecção é mais comum entre as mulheres devido 
às características anatômicas do sistema urinário feminino.
A grande maioria das infecções é caracterizada pela presença de um número elevado de leucócitos 
na amostra (piúria), sendo importante correlacionar os resultados da cultura com a urinálise. Vale 
ressaltar que há situações em que as infecções urinárias podem apresentar contagem normal ou 
um pouco elevada de leucócitos.
Figura 1 – Infecção do trato urinário.
Fonte: Suttha Burawonk/Shutterstock
Pág. 7 de 46
Os principais patógenos causadores de ITU são:
• Bacilos Gram-negativos:
◊	 Escherichia coli (principal patógeno, representando até 70% das ITU).
◊	 Klebsiella pneumoniae.
◊	 Proteus spp.
◊	 Enterobacter spp.
• Cocos Gram-positivos:
◊	 Staphylococcus saprophyticus.
◊	 Enterococcus spp.
As infecções do trato urinário são classificadas em bacteriúria assintomática, cistite, pielonefrite 
e ITU complicada e não complicada.
1.1.1. Bacteriúria assintomática
É a presença de bactérias no trato urinário, sem sintomatologia, sendo importante em gestantes 
e crianças com refluxo vesicouretral.
1.1.2. Cistite
É a infecção da bexiga, em que o sintoma principal é a disúria.1.1.3. Pielonefrite
Infecção nos rins e na pélvis, normalmente associada a infecção sistêmica e febre.
1.1.4. ITU complicada
Infecção que acomete um indivíduo que tenha alguma anormalidade no sistema urinário.
1.1.5. Coleta
A coleta do material é a garantia de um bom exame de urocultura, e, para isso, alguns cuidados 
precisam ser tomados. É necessário orientar corretamente o paciente/cliente quanto ao procedimento 
Pág. 8 de 46
da coleta. O ideal é fazer essas orientações por escrito ou com desenhos e gravuras que fiquem 
disponíveis para o momento da coleta.
Apesar de a urina ser considerada um material biológico estéril, ela pode ser facilmente 
contaminada no momento da coleta com a microbiota normal de períneo, vagina, próstata ou uretra.
A coleta de urina deve ser feita em frasco de boca larga estéril, com tampa de rosca, sempre 
que possível antes da antibioticoterapia.
Figura 2 – Frasco de boca larga estéril com amostra.
Fonte: Shidlovski/Shutterstock
O ideal é que o paciente retenha a urina de duas a três horas. Em algumas situações, por 
exemplo, para confirmar uma contagem baixa da cultura, pode ser necessária retenção urinária de 
até quatro horas.
É importante dizer ao paciente para não ingerir líquido em excesso, pois isso fará com que a 
amostra fique diluída, comprometendo o resultado da cultura.
CURIOSIDADE
A urina humana possui diversas substâncias descartadas pelo corpo mas que têm outras 
propriedades e são estudadas de diferentes formas. Conheça um pouco sobre essas aplicações: 
<http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36492193>.
Pág. 9 de 46
1.1.6. Tipos de amostras
Urina jato médio
É a amostra mais comum para realização de urocultura. Deve ser realizada higiene na região 
genital com água e sabão ou clorexidina aquosa a 0,2%. Desprezar o primeiro jato e colher o jato 
médio em frasco estéril apropriado, sem interromper a micção até a metade do frasco. O restante 
da micção deve ser desprezado.
Amostra de urina de qualquer jato
Amostra obtida com auxílio de saco coletor em crianças ou idosos. É necessário fazer higiene 
antes de colocar o saco coletor. Este deve ser trocado com intervalo entre 45 minutos e uma hora, 
sempre fazendo a higiene antes da troca. É fundamental evitar contaminação fecal. O laboratório 
deve receber o próprio saco coletor.
Figura 3 – Saco coletor de urina.
Fonte: <http://image.made-in-china.com/2f0j10GvSEbpdIfKkB/-Coletor-descart-vel-da-urina-de-Gt029-500-.jpg>.
Urina de paciente com cateterismo vesical
Esse tipo de amostra não é ideal para cultura. Quando existe a solicitação, deve ser realizada 
desinfecção da cânula com álcool 70%.
Após a desinfecção, pinçar a cânula do coletor e, com uma seringa e agulha estéreis, puncioná-
la e retirar até 10 mL de urina. Em seguida, colocar em frasco estéril apropriado.
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Urina coletada por sonda de alívio
É um procedimento feito por técnica asséptica. É recomendado desprezar o fluxo inicial (15 mL 
a 30 mL) e, em seguida, coletar para cultura. A decisão de passar sonda de alívio é do médico, e o 
procedimento deve ser realizado pela equipe de enfermagem.
Urina de porção suprapúbica
Esse tipo de coleta de amostras é pouco utilizado. Normalmente, é feito em crianças com 
menos de dois anos de idade. A amostra é coletada com agulha e seringa diretamente por punção 
da bexiga, e sua indicação é para suspeita de infecção por microrganismos anaeróbios. Por isso, 
ela deve ser semeada em meios de cultura ricos e não em meio específico para urina.
Como esse material é coletado diretamente na bexiga, qualquer crescimento bacteriano deve 
ser considerado após incubação de 48 horas.
Urina de primeiro jato
Esse tipo de amostra é indicado para suspeita de infecção uretral quando a secreção uretral 
é escassa. Após a higiene prévia com água e sabonete ou clorexidina aquosa a 0,2%, coletar os 
primeiros 10 mL de urina.
1.1.7. Transporte da amostra
As amostras de urina podem ser transportadas em temperatura ambiente (20 °C a 25 °C) ou 
refrigeradas (2 °C a 8°C).
Quando transportadas em temperatura ambiente, devem ser processadas em até duas horas 
após a coleta. Quando transportadas refrigeradas, podem ser processadas em até 24 horas após 
a coleta.
1.1.8. Procedimento da cultura
A semeadura da amostra de urina pode ser realizada por metodologia quantitativa, feita com 
alça calibrada de platina ou de plástico, ou semiquantitativa, utilizando o sistema de laminocultivo. A 
alça calibrada descartável de 0,01 (10 µL) ou 0,001 (1 µL) está disponível comercialmente e é estéril.
Pág. 11 de 46
Técnica de semeadura quantitativa
• Homogeneizar a urina sem centrifugar.
• Imergir a alça calibrada e retirá-la.
• Semear em placa MacConkey, CLED ou meio cromogênico.
• Incubar em estufa de 35 +/- 2°C por 18 a 24 horas.
• Quando, na primeira leitura, não for observado crescimento bacteriano e, no exame de urina, 
estiver alterada a contagem de leucócitos e a presença de bactérias, incubar durante mais 18 
a 24 horas na estufa.
Interpretação do resultado
Quando a amostra foi semeada com a alça calibrada de 1 µL, temos a diluição 1:1000, então 
será multiplicado o número de colônias por 1000.
Exemplo: 50 colônias na placa = contagem 50000 UFC/mL.
Quando a amostra foi semeada com a alça calibrada de 10 µL, temos a diluição 1:100, então 
será multiplicado o número de colônias por 100.
Ex: 50 colônias na placa = contagem 5000 UFC/mL.
Nas figuras a seguir, vemos fotos que demonstram todos os passos da semeadura quantitativa 
de amostra de urina.
Figura 4 – Amostra de urina.
Fonte: Arquivo pessoal.
Unidade formadora de colônia 
Pág. 12 de 46
1.2. Hemocultura
A hemocultura é a cultura realizada para bactérias e/ou fungos em amostra de sangue. Geralmente, 
a indicação acontece quando há suspeita de infecção da corrente sanguínea (ICS).
A bacteremia é definida como a presença de microrganismos na corrente sanguínea e pode ser 
classificada como primária ou secundária:
• Bacteremia primária: entrada direta de microrganismos na corrente sanguínea por meio de 
agulhas, infusões contaminadas, cateter etc.
• Bacteremia secundária: drenagem dos microrganismos a partir de foco infeccioso primário.
Conceitualmente, as bacteremias ainda podem ser classificadas como transitórias, intermitentes, 
contínuas e de escape.
• Transitória: rápida, com duração de alguns minutos, e mais comum, ocorre após manipulação 
de algum tecido infectado (furúnculos ou abscessos) ou de procedimento cirúrgico com tecidos 
contaminados (odontológicos, endoscopia).
• Intermitente: quando se manifesta em intervalos variáveis de tempo e com o mesmo 
microrganismo. Geralmente, ocorre em processos infecciosos relacionados a abscessos 
intra-abdominais, pélvicos, hepáticos, prostáticos, entre outros.
• Contínua: é característica da endocardite infecciosa e outras infecções intravasculares.
• Escape: ocorre em um ou mais dias após o início de uma antibioticoterapia supostamente 
adequada. Pode estar relacionada a bactérias multirresistentes.
Os microrganismos isolados com mais frequência nas amostras de hemocultura são:
• Staphylococcus coagulase-negativo (SCN).
• S. aureus.
• Enterococcus spp.
• Streptococcus spp.
• K. pneumoniae.
• E. coli.
• P. aeruginosa.
• Acinetobacter spp.
• Candida spp.
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1.2.1. Número de amostras e intervalo entre as coletas
Uma amostra é obtida de uma punção e pode ser inoculada em um ou mais frascos de hemocultura. 
Deve-se sempre verificar a quantidade de sangue a ser inoculada no frasco, conforme o fabricante.
Geralmente, duas coletas de hemocultura são suficientes, mas, se existir uma solicitação 
médica de uma terceira amostra, essa punção poderá ser realizada após 30 minutos a uma hora 
ou em 24 a 48 horas, dependendo da urgência, do estado clínico do paciente e/ou da necessidade 
de introdução de antibioticoterapia imediata.
1.2.2. Volume de sangue
O volume de sangue coletado é uma das variáveismais importantes que interferem diretamente 
na sensibilidade da metodologia utilizada e na positividade da hemocultura.
A proporção recomendada entre o volume de sangue e o meio de cultivo, para os sistemas 
convencionais, é de 1:5 a 1:10. No caso dos sistemas automatizados, é necessário verificar a 
quantidade exigida pelo fabricante.
1.2.3. Tipos de frascos
Tanto para a metodologia manual quanto para a automatizada, temos os meios de cultura para 
aeróbios e anaeróbios. Geralmente, são meios enriquecidos que devem favorecer o crescimento 
dos microrganismos, inclusive os considerados fastidiosos.
Figura 5 – Frascos de hemocultura do sistema Bactec® da BD.
Fonte: <https://experienciasdeumtecnicodeenfermagem.wordpress.com/2017/04/30/
hemocultura-o-tecnico-de-enfermagem-pode-colher/>.
Pág. 14 de 46
Figura 6 – Frascos de hemocultura para metodologia manual.
Fonte: <http://www.biolife-rs.com.br/hemoculturas.jpg>.
1.2.4. Coleta e transporte
As amostras que são coletadas sem antissepsia adequada podem levar ao isolamento de 
microrganismos contaminantes não relacionados ao processo infeccioso. Portanto, a coleta 
adequada da amostra de hemocultura é essencial para obter resultados confiáveis. É recomendado 
que a coleta seja feita antes da antibioticoterapia, mas, quando isso não é possível, é importante 
coletar a amostra antes da próxima dose do antimicrobiano.
Em relação ao transporte, quando os frascos colhidos forem de equipamentos automatizados, 
devem ser enviados ao laboratório em temperatura ambiente (20 °C a 25 °C) até 12 horas após a 
coleta. No caso de frascos de metodologia manual, eles podem permanecer em estufa até serem 
enviados ao laboratório.
1.2.5. Infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter (ICS-RC)
É necessário ressaltar a importância de relacionar a infecção da corrente sanguínea ao cateter 
quando o paciente faz uso desse dispositivo. Veremos mais à frente a cultura de ponta de cateter 
e sua importância nos diagnósticos de ICS-RC.
Pág. 15 de 46
Figura 7 – Técnica de processamento de hemoculturas pelo método manual.
Frasco de
hemocultura
Semear em
AS e fazer Gram*
Semear em
AS e fazer Gram*
Liberar segativo
desprezar frasco
Incubar a 30°C
por ±10 dias
Semear em CHOC
Suspeito positivo
Semear em A5
e fazer Gram*
Positivo
Positivo
Negativo
Negativo
Positivo
Negativo***
Positivo**
Realizar
identificação e
antibiograma
Emitir resultado
parcial
Negativo
Fungos?
Após 24 horas
Após 48 horas
Observar
diariamente****
Incubar 35 ± 2°C em CO2
Incubar 35 ± 2°C em CO2
Incubar 35 ± 2°C 
7º dia
Fonte: Adaptado de Oplustil et al. (2010).
1.3. Cultura de ponta de cateter
As infecções relacionadas ao cateter normalmente apresentam, no local de inserção, sinais 
inflamatórios como eritema, pus, enduração, entre outros. Uma das situações de suspeita dessa 
infecção é quando o paciente apresenta febre e ausência de outro foco infeccioso.
Essas infecções precisam ser diagnosticadas com rapidez, pois são muito importantes 
clinicamente, por serem muito comuns nesses pacientes.
Pág. 16 de 46
A metodologia semiquantitativa, descrita por Maki et al., é a mais utilizada em laboratórios 
clínicos para determinar a relação entre colonização do cateter e infecção. Nela, um resultado com 
crescimento	≥	15	UFC/mL	de	um	microrganismo	deve	ser	considerado	significativo	de	infecção.
Além de cultura semiquantitativa do cateter, pode ser utilizada uma metodologia alternativa 
de coleta pareada de amostras de sangue de igual volume, via cateter e via periférica, quando a 
metodologia for de um sistema automatizado. Nesse caso, quando a amostra coletada via cateter 
duas horas antes da amostra do sangue periférico com o mesmo microrganismo for positiva, supõe-
se que a ICS seja relacionada ao cateter.
Tipos de cateter em que é possível a realização de cultura:
• Central.
• Periférico.
• Arterial, Swan-Ganz.
• Port-a-cath.
• Broviac.
• Triplo-lúmen.
• Hickman.
Os principais microrganismos isolados em cultura de cateter são:
• SCN.
• Staphylococcus aureus.
• Acinetobacter spp.
• Pseudomonas aeruginosa.
• Enterobactérias.
• Outros bacilos Gram-negativos.
• Corynebacterium spp.
• Candida spp.
1.3.1. Procedimento da cultura
Para a semeadura, é necessário algo para cortar o cateter (bisturi ou tesoura, estéreis), caso 
ele venha com mais de 5 cm de comprimento.
• Retirar do frasco ou tubo o pedaço de cateter.
• Colocar na superfície do meio ágar sangue.
Pág. 17 de 46
• Com o auxílio de uma pinça estéril, rolar o cateter por toda a superfície do meio.
• É importante observar que o cateter esteja realmente rolando no ágar e não sendo esfregado.
Seguem figuras com todo o procedimento da semeadura da ponta de cateter.
Figura 8 – Procedimento de semeadura.
Fonte: Arquivo pessoal.
1.3.2. Interpretação do resultado da cultura
O resultado da cultura é obtido pela contagem de colônias, sendo considerada:
• Infecção:	≥	15	UFC/placa.
• Contaminação: < 15 UFC/placa.
Figura 9 – Resultado de cultura positiva de ponta de cateter.
Fonte: Arquivo pessoal.
Pág. 18 de 46
1.4. Cultura de trato respiratório inferior
As infecções do trato respiratório inferior incluem um grande número de etiologias, principalmente 
virais e bacterianas, variando clinicamente desde bronquites até quadros graves de pneumonias.
Essas infecções são frequentemente prejudicadas por contaminação da amostra biológica, 
durante a coleta, com microrganismos potencialmente patogênicos que podem estar colonizando o 
trato respiratório superior. Esses microrganismos colonizadores são capazes de inibir o verdadeiro 
patógeno causador da infecção.
Em relação às pneumonias, podemos ter as hospitalares e as comunitárias. As pneumonias 
hospitalares geralmente são mais complicadas por se tratar de microrganismos mais resistentes, 
sendo a segunda causa mais comum de infecção associada à assistência à saúde.
Os microrganismos mais isolados nas pneumonias comunitárias são:
• S. pneumoniae.
• H. influenzae.
• S. aureus.
• M. catarrhalis.
• Enterobactérias.
• Bacilos Gram-negativos não fermentadores (BGN NF).
• Legionella spp.
• M. pneumoniae.
Os microrganismos mais isolados nas pneumonias hospitalares são:
• K. pneumoniae.
• E. coli.
• Enterobacter spp.
• P. aeruginosa.
• A. baumannii.
• S. aureus.
• L. pneumophila.
• Vírus sincicial respiratório (VSR).
• Aspergillus spp.
• P. jirovecii (antigamente P. carinnii).
Pág. 19 de 46
As amostras para a cultura do trato respiratório inferior podem ser obtidas por métodos não 
invasivos (escarro expectorado) ou invasivos (lavado brônquico, lavado broncoalveolar) e processadas 
por métodos quantitativos ou semiquantitativos.
Materiais do trato respiratório inferior
Escarro expectorado
Colher preferencialmente a primeira amostra da manhã, por ser o material mais concentrado. 
O paciente deve ser orientado a enxaguar a boca várias vezes para remover a microbiota oral e 
colher a amostra após tosse. Explicar ao paciente sobre a diferença entre a amostra obtida por 
tosse profunda e a saliva, para que ele saiba o que é um material de qualidade.
Escarro induzido
Essa amostra é coletada quando há suspeita de M. tuberculosis ou em pacientes HIV positivos 
com suspeita de infecção por P. jirovecii. Nesses casos, o laboratório deve ser avisado sobre o 
método de coleta, pois os critérios de aceitabilidade para esse tipos de amostra são outros.
Aspirado traqueal
A amostra é colhida por sonda de aspiração em pacientes entubados e em uso de ventilação 
mecânica. A coleta é realizada em frasco estéril acoplado a um sistema de sucção.
Figura 10 – Frasco de coleta de aspirado traqueal.
Fonte: <http://static.catalogohospitalar.com.br/img/produtos/39920/imagem-de-
sistema-coletor-para-broncoscopia-tipo-bronquinho_g.jpg>.
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Quadro 1 – Critérios de triagem para aceitar a amostra.
Microscopia (aumento de 10 X)
Amostra Aceitável Inaceitável
Critério1
Escarro e Aspiradortraqueal
≤	10	células	epiteliais/campo	≥25	
leucócitos/campo
> 10 células epiteliais/campo e < 
25 leucócitos/campo
Critério 2
Escarro < 10 células/campo > 10 células campo
Aspirador traqueal < 10 células/campo
Detecção de bactéria em 1 a 20 
campos (aumento de 100 X)
> 10 células/campo
Ausência de bactéria em 20 
campos (aumento de 100 X)
Fonte: Adaptado de Oplustil et al. (2010).
Lavado brônquico
A amostra é obtida do brônquio principal ou dos brônquios direito e esquerdo. Esse procedimento 
consiste em injetar um volume de NaCl a 0,85% estéril pelo broncoscópio e lavar os alvéolos. Em 
seguida, o material é coletado em frasco estéril. Quando coletadas amostras dos lados esquerdo 
e direito, devem ser encaminhadas em frascos diferentes.
Lavado broncoalveolar (LBA)
As amostras obtidas com esse procedimento vêm diretamente dos bronquíolos e dos alvéolos 
pulmonares. O procedimento consiste em injetar um volume de NaCl a 0,85% estéril pelo broncoscópio 
e lavar os alvéolos. Em seguida, o material é coletado em frasco estéril. Várias lavagens podem ser 
feitas no mesmo alvéolo ou em alvéolos diferentes. Nesse caso, as amostras devem ser coletadas 
em frascos distintos.
Esse procedimento deve ser realizado antes que sejam feitas biópsias ou escovados, devido a 
eventual sangramento, e é realizado por equipe médica especializada.
Escovado brônquico protegido
O material normalmente é a própria escova, colocada em um tubo contendo 1 mL de NaCl. Esse 
material é mais indicado para pesquisa de vírus e citologia.
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Biópsia transbrônquica
Esse material é obtido durante a broncoscopia. A biópsia coletada deve ser colocada em frasco 
com solução fisiológica estéril. Podem também ser coletados biópsia de pulmão, aspirado pulmonar 
e líquido pleural.
1.4.2. Procedimentos da cultura
Cultura de escarro e aspirado quantitativa
• Diluir 1:2 com agente mucolítico (1 mL da amostra + 1 mL do mucolítico), homogeneizar e 
deixar 15 minutos em TA.
• Diluir 0,1 mL em 9,9 mL de solução fisiológica estéril.
• Semear 0,01 mL nas placas.
• Diluição final 1:20000.
Cultura de lavado brônquico, LBA e escovado (quantitativa)
• Homogeneizar a amostra.
• Diluir 0,1 mL em 0,9 mL de solução fisiológica estéril.
• Semear 0,01 mL da amostra nas placas.
1.4.3. Interpretação dos resultados das culturas
Cultura de escarro
Microbiota oral normal geralmente presente nas culturas:
• Neisseria spp.
• Streptococcus grupo viridans.
• Corynebacterium spp.
• SCN.
Cultura de lavado brônquico, lavado broncoalveolar e aspirado traqueal
Algumas culturas podem apresentar crescimento de patógenos da microbiota oral normal, por 
isso é importante a quantificação nelas para valorizar ou não o crescimento desses microrganismos.
Os valores de referência para a avaliação das amostras do trato respiratório inferior são:
• Escovado	brônquico	–	crescimento	≥	10³	UFC/mL.
• Lavado	broncoalveolar	–	crescimento	≥	104	UFC/mL.
• Aspirado	traqueal	–	crescimento	≥	106	UFC/mL.
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1.5. Materiais do trato respiratório superior
Os exames mais solicitados do trato respiratório superior são cultura de orofaringe, tonsila 
(amígdala) e faringe. Existem outras amostras que podem também ser solicitadas para a realização 
de cultura, como de seios maxilares para diagnóstico de sinusite, mucosa oral para o diagnóstico 
de candidíase oral, secreção nasofaríngea, entre outros.
Figura 11 – Sistema respiratório.
Fonte: Alila Medical Media/Shutterstock
Os microrganismos mais isolados nessas amostras são:
• Faringite, tonsilite: Streptococcus pyogenes	β-hemolítico	dos	grupos	C	e	G.
• Sinusite aguda: Moraxella catarrhalis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, 
Streptococcus pyogenes.
• Sinusite crônica: Os mesmos da aguda, bacilos Gram-negativos, Pseudomonas aeruginosa, 
anaeróbios e fungos.
1.5.1. Processamento das amostras do trato respiratório superior
Esses materiais podem ser coletados em swabs de meio de transporte ou em frascos estéreis. 
Em ambos os casos, eles devem ser semeados em meios de cultura ricos em nutrientes, pois a 
maioria dos microrganismos isolados nessas culturas são fastidiosos, ou seja, bactérias mais 
exigentes em relação aos nutrientes para o seu metabolismo e crescimento.
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1.6. Amostras do trato genital
As doenças infecciosas que acometem o trato genital masculino e feminino podem ser de origem 
bacteriana, viral, parasitária ou fúngica. Grande parte dessas infecções pode ser assintomática ou 
causar sintomas muito discretos, que podem passar despercebidos pelo paciente.
Quando existe um desequilíbrio hormonal e do pH vaginal, alguns microrganismos da microbiota 
normal podem tornar-se patógenos, como Gardnerella vaginalis e Candida spp.
Na uretra feminina, encontramos uma microbiota normal com vários microrganismos:
• Enterobactérias (principalmente Escherichia coli).
• Lactobacilos.
• Streptococcus spp.
• Enterococcus spp.
• Neisseria spp. (não patogênica).
• SCN.
• Anaeróbios.
A microbiota masculina é composta por microrganismos da pele:
• SCN.
• Streptococcus do grupo viridans.
• Corynebacterium spp.
• Micrococcus spp.
As infecções do trato genital feminino mais comuns são vulvovaginite, vaginose bacteriana, 
cervicite, doença inflamatória pélvica e lesões genitais.
No homem, as infecções mais comuns são uretrite, epididimite, prostatite e lesões genitais.
1.6.1. Processamento das amostras de secreções do trato genital – Coleta e transporte
São vários os materiais clínicos do trato genital feminino e do masculino que podem ser 
submetidos a exames microbiológicos. Geralmente, as amostras são coletadas em swab com 
meio de transporte apropriado. Além dos swabs, normalmente são coletadas lâminas para 
microscopia, por facilitar a liberação parcial do exame. A Gardnerella vaginalis, por exemplo, 
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possui uma característica marcante quando observada em coloração de Gram, que são as clue 
cells, demonstradas na figura a seguir.
Figura 12 – Clue cells características de infecção por Gardnerella vaginalis.
Fonte: <https://microbeblogdotorg.files.wordpress.com/2015/12/bv-clue-cells.jpg?w=700>.
1.7. Líquidos orgânicos
Qualquer região ou fluido estéril do corpo pode ser infectado por bactérias, fungos, vírus ou 
parasitas. Apesar de as amostras serem obtidas de diferentes áreas do corpo humano, são tratadas 
de forma semelhante.
1.7.1. Líquido pleural
É um material colhido por procedimento invasivo, retirado entre o pulmão e a pleura. Deve ser 
colocado em frasco estéril e encaminhado ao laboratório em até duas horas após a coleta. Os 
patógenos mais frequentes são:
• Streptococcus pneumoniae.
• Bacilos Gram-negativos.
• Legionella spp.
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1.7.2. Líquido peritoneal
A cavidade abdominal engloba os órgãos da região abdominal e pélvica. Os patógenos mais 
frequentes na peritonite primária são:
• Em crianças:
◊	 Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, enterobactérias, SCN.
• Em adultos:
◊	 Escherichia coli, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes.
Os patógenos mais frequentes na peritonite secundária são:
• Anaeróbios (Bacteroides fragilis), Escherichia coli, Enterococcus spp., Streptococcus spp., 
Neisseria gonorrhoeae.
1.7.3. Líquido ascítico
Ascite é o aumento do volume de líquidos na cavidade abdominal. O líquido é obtido por punção, 
deve ser colocado em frasco estéril e encaminhado em TA até duas horas após a coleta.
1.7.4. Líquido de diálise
O líquido de diálise peritoneal é obtido após a introdução de uma quantidade de solução 
hidroelétrica na cavidade abdominal peritoneal. Esse procedimento é comum em pacientes com 
insuficiência renal e substitui o rim na sua função de troca de íons e sais na remoção de substâncias 
tóxicas. Quando existe suspeita de infecção, o líquido removido pode ser encaminhado para cultura 
em um frasco estéril à temperatura ambiente até duas horas após a coleta.
A amostra também pode ser encaminhadana própria bolsa de diálise. Nesse caso, é importante 
homogeneizar várias vezes o líquido e fazer assepsia com álcool 70% no local onde será aspirado 
para o procedimento da cultura.
Os principais patógenos isolados normalmente são:
• SCN.
• Staphylococcus aureus.
• Enterococcus spp.
• Streptococcus spp.
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• Pseudomonas aeruginosa.
• Acinetobacter spp.
• Enterobactérias.
1.7.5. Líquido sinovial
As articulações podem apresentar sinais de processos inflamatórios, com ou sem infecção. O 
material obtido é colhido por punção da articulação, sendo enviado na própria seringa à temperatura 
ambiente em até duas horas após a coleta. Deve-se lembrar que material enviado em seringa não 
deve ser encaminhado com agulha e sim com a ponta da seringa bloqueada.
Os principais patógenos isolados são:
• Staphylococcus aureus.
• Neisseria gonorrhoeae.
• Haemophilus influenzae.
• Streptococcus pyogenes.
Quando o paciente faz uso de próteses, os microrganismos geralmente isolados são:
• SCN.
• Propionibacterium spp.
• Corynebacterium spp.
1.7.6. Líquido cefalorraquidiano
A meningite aguda é uma das infecções mais comuns do sistema nervoso central (SNC) e 
representa importante urgência médica. Ela pode ser causada por bactérias ou vírus.
Em razão da gravidade dessas infecções, o laboratório deve estar preparado para realizar o 
diagnóstico com rapidez e precisão. Geralmente, a concentração de microrganismos é baixa (< 103 
UFC/mL), por isso a importância da centrifugação da amostra.
A amostra deve ser colhida em tubo estéril e encaminhada ao laboratório à temperatura ambiente 
o mais rápido possível. Dependendo do patógeno, a demora de mais de uma hora pode prejudicar 
o exame, pois bactérias como Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae tendem a morrer 
mais facilmente.
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Figura 13 – Bactéria da meningite.
Fonte: Ezume Images/Shutterstock
1.7.7. Medula óssea
Em certas situações, a coleta de medula óssea é muito importante para diagnóstico de algumas 
infecções fúngicas (blastomicose e histoplasmose) e por micobactérias. O mais recomendado é fazer 
a coleta em frascos de hemocultura com volume de 1 mL a 5 mL. O material deve ser encaminhado 
ao laboratório em temperatura ambiente em no máximo 12 horas para ser processado.
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2. IDENTIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
2.1. Identificação dos cocos Gram-positivos
Os cocos compõem um grupo de grande importância clínica e são responsáveis por inúmeras 
e variadas infecções e síndromes.
Os cocos Gram-positivos de maior importância clínica pertencem a uma de duas famílias, 
Micrococcaceae ou Streptococcaceae, sendo as bactérias não esporuladas as que mais resistem 
no ambiente.
2.1.1. Família Micrococcaceae
Staphylococcus spp.
As espécies clinicamente mais importantes são:
• S. aureus.
• S. epidermidis.
• S. saprophyticus.
• S. warneri.
• S. hominis.
• S. haemolyticus.
• S. capitis.
• S. caprae.
• S. lugdunensis.
Dentre essas espécies, as mais isoladas em materiais clínicos são S. aureus, S. epidermidis e 
S. saprophyticus (em urina).
S. aureus
É a espécie mais importante, sendo responsável pelo segundo maior número de infecções 
em seres humanos. Está presente no trato respiratório superior, especialmente nas narinas, de 
aproximadamente 60% da população em geral, e assim permanece sem causar doença em condições 
normais.
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A enzima extracelular mais importante é a coagulase, exclusividade da espécie, por isso, é um 
critério na sua identificação.
O nome aureus significa dourado em latim e se deve à coloração característica da sua colônia.
Figura 14 – Colônias de S. aureus em ágar sangue.
Fonte: Arquivo pessoal.
S. epidermidis
É a segunda espécie mais importante do gênero. Faz parte da microbiota normal da pele e da 
mucosa de seres humanos e animais superiores. É uma espécie bem menos virulenta do que S. 
aureus, não apresenta a produção de coagulase, e algumas cepas apresentam produção muito 
tímida de certas enzimas proteolíticas. Essa espécie tem muitos fatores de adesão e forma muito 
biofilme, sendo perigosa para pacientes que fazem uso de material invasivo de plástico (cateter, 
próteses, stents etc.).
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Figura 15 – Colônias de S. epidermidis em ágar sangue.
Fonte: <http://www.bacteriainphotos.com/bacteria%20under%20microscope/bacterial%20
colonies/staph%20larger/staphylococcus%20epidermidis.jpg>.
S. saprophyticcus
É de interesse clínico, pois frequentemente causa infecção do trato urinário, especialmente em 
mulheres, podendo chegar a causar cistite, uretrite, pielonefrite e, em casos extremos, bacteremia.
2.1.2. Família Streptococcaceae
β-hemolíticos do grupo A – S. pyogenes
O reservatório natural é o homem, e a transmissão se dá por via respiratória, sendo a faringite 
a infecção mais frequente causada por esse microrganismo.
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Figura 16 – Colônias de S. pyogenes em ágar sangue.
Fonte: Arquivo pessoal.
β-hemolíticos do grupo B – S. agalactiae
Faz parte da microbiota do trato gastrointestinal. Em mulheres, coloniza vagina e reto, por isso é 
a principal causa de doença nos períodos neonatal e perinatal; pode acontecer transmissão vertical 
(útero ou durante o parto) ou nosocomial após o nascimento.
β-hemolíticos do grupo D
• S. bovis
Associado a infecções humanas e animais.
• S. equinus
Encontrado predominantemente em cavalos, raro agente causador de bacteremia e endocardite 
no homem.
S. pneumoniae
É o principal causador de pneumonia bacteriana comunitária, podendo também causar meningite 
bacteriana em adultos. Geralmente, as infecções graves ocorrem em crianças com menos de dois 
anos, em adultos no final da meia idade e em idosos. O seu principal fator de virulência é a cápsula 
de polissacarídeos. O material capsular evita que o microrganismo seja fagocitado e morto pelas 
células fagocitárias do hospedeiro.
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Figura 17 – Colônias de S. pneumoniae em ágar sangue.
Fonte: <https://i.pinimg.com/736x/0b/80/d7/0b80d7112189360172d788f02
0450dee--streptococcus-pneumoniae-microbiology.jpg>.
Streptococcus do grupo viridans
Esse	grupo	inclui	várias	espécies	de	estreptococos	α-hemolíticos	e	não	hemolíticos:
• S. sanguinis.
• S. oralis.
• S. gordonii.
• S. mitis.
• S. mutans.
• S. salivarius.
Podem causar endocardite bacteriana aguda e complicações de abscessos paravalvulares e 
glomerulonefrite.
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Enterococcus spp.
Fazem parte da microbiota de trato gastrointestinal, trato geniturinário e cavidade oral, além de 
estarem presentes em solo, água, vegetais e alimentos. Sobrevivem em ambientes contaminados, 
sendo a segunda causa mais importante de infecções hospitalares nos Estados Unidos. A sua 
importância deve-se ao fato de poderem apresentar resistência a vários antimicrobianos, inclusive 
à vancomicina.
As espécies mais importantes são:
• E. faecalis.
• E. faecium.
Figura 18 – Colônias de Enterococcus faecalis em ágar sangue.
Fonte: <http://www.bacteriainphotos.com/bacteria%20under%20microscope/bacterial%20
colonies/enterococcus%20larger/enterococcus%20faecalis%20on%20agar.jpg>.
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Figura 19 – Esquema para identificação dos cocos Gram-positivos.
Cocos gram-positivos
Catalase
Estafilococo
Coagulase
em tubo
Aglutimação
látex
Optoquina
< 14mm
Optoquina
> 14mm
DNase
Estreptococos
Beta hemólise Sem hemolise
S. aureus
S. lugdunensis
S. saprophyticus
Streptococcus
grupo viridans
Streptococcus
pneumoniae
Outros
beta-hemolíticos
Streptococcus
pyogenes
Streptococcus
agalactiae
SCN
PYR
PYR
CAMP rápido
SCN
Isolado de urina
Isolado de urina
Alfa-hemólise
Ornitina (+) Ornitina (-) Novobiocina R
Aglutinar***
S. aureus SCN
(+)
(+)
(–)
(–)
(–)
(–) (+)
(–) (+)
(–) (+)
(+)
(+) (–)(+) (–)
Não
Não
Sim
Sim
Fonte: Oplustil et al (2010).
ACONTECEU
Cientistas criaram uma “arena” para bactérias, onde diferentes concentrações de antibióticos 
aumentavam das bordas para o centro. Depois de dias,as bactérias venceram o antibiótico 
gradativamente, demonstrando diferentes evoluções e adaptações. Leia o artigo:
<https://www.publico.pt/ciencia/noticia/cavalgada-microbiologica-mostra-bacterias-a-adaptaremse-aos-
antibioticos-1743580>.
2.2. Identificação dos bacilos Gram-negativos
2.2.1. Enterobactérias
As enterobactérias são fermentadoras de glicose, formando um grupo muito extenso de 
microrganismos. Fazem parte da nossa microbiota do trato gastrointestinal e podem causar vários 
tipos de infecções.
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Na rotina laboratorial, o início da identificação ocorre com o crescimento em ágar sangue ou 
MacConkey.
As enterobactérias mais frequentemente isoladas em amostras clínicas são: Escherichia coli, 
Salmonella spp., Shigella spp., Enterobacter spp., Citrobacter spp., Proteus spp., Klebsiella spp., 
Serratia spp. e Providencia spp.
Escherichia coli
Podem causar vários tipos de infecções, desde as do trato urinário até bacteremia. Existem 
quatro tipos – os quais só conseguimos identificar por meio de testes sorológicos – que causam 
infecção gastrointestinal:
• E. coli enteropatogênica (EPEC).
• E. coli enterotoxigênica (ETEC).
• E. coli enteroinvasora (EIEC).
• E. coli entero-hemorrágica (EHEC).
Figura 20 – Colônias de Escherichia coli em ágar EMB e ágar MacConkey.
Fontes: <https://microbeonline.com/eosin-methylene-blue-emb-agar-composition-uses-colony-characteristics/> e 
<https://40.media.tumblr.com/a09d13f3a8d9e7efb948edab2b419637/tumblr_nmhzklqMGY1r8x2ybo1_500.jpg>.
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Salmonella spp.
Qualquer espécie de Salmonella pode causar gastroenterites, bacteremia e septicemia, bem como 
febre entérica. Além disso, a Salmonella typhi é a causadora da febre tifoide. No gênero Salmonella, 
existe uma grande quantidade de sorotipos, que não são mais considerados como espécies; sua 
identificação sorológica completa e detalhada é uma tarefa restrita aos denominados laboratórios 
de referência.
Figura 21 – Colônias de Salmonella spp. em ágar MacConkey.
Fonte: <http://www.minutobiomedicina.com.br/uploads/posts/8/intoxicacao-alimentar-por-salmonella.jpg>.
Shigella spp.
Causa infecção gastrointestinal, podendo chegar a infecções mais graves. As espécies são:
• Shigella sonnei.
• Shigella dysenteriae.
• Shigella boydii.
• Shigella flexneri.
Klebsiella spp.
As espécies mais frequentemente isoladas em amostras clínicas são K. oxytoca e K. pneumoniae, 
sendo esta de maior importância clínica.
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A K. pneumoniae é muito comum no ambiente hospitalar, podendo causar pneumonias, infecções 
do trato urinário, endocardites, infecções pós-cirúrgicas e bacteremias. Atualmente, é um grande 
problema nos hospitais brasileiros quando é produtora de KPC, uma enzima capaz de inativar alguns 
antimicrobianos.
Figura 22 – Colônias de Klebsiella pneumoniae em ágar MacConkey.
Fonte: <http://www.bacteriainphotos.com/Klebsiella%20pneumoniae%20on%20MacConkey.html>.
Citrobacter spp.
Pode causar pielonefrites, meningites no recém-nascido, abscesso cerebral, endocardite e 
bacteremias em indivíduos com a imunidade comprometida. Há relatos de diarreias causadas por 
C. freundii (raro) e C. koseri em alguns casos de meningites em neonatos.
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Proteus spp.
Existem duas espécies: P. mirabilis e P. vulgaris. São móveis, com colônias irregulares em meio 
sólido e com característica de formar véu. A espécie de maior importância é o P. mirabilis, que é 
agente de infecções urinárias (principalmente em meninos) e de feridas, comum em infecções 
comunitárias. Em infecção urinária, por hidrolisarem a ureia, formam amônia, alcalinizando a urina, 
o que favorecerá a produção de cálculos renais.
Figura 23 – Colônias de Proteus mirabilis com formação de véu.
Fonte: <http://microbitosblog.com/wp-content/uploads/2011/10/proteus-mirabilis-2-294x300.jpg>.
Serratia spp.
Produz pigmento vermelho em meios sólidos, e a espécie de maior importância clínica é a 
S. marcescens. É um patógeno que causa desde infecções urinárias e em feridas cirúrgicas até 
pneumonias, sendo isolado em infecções hospitalares.
Diferencia-se das demais enterobactérias pela presença de três enzimas: DNase, lipase e 
gelatinase.
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Figura 24 – Colônias de Serratia marcescens.
Fonte: <https://s0www.utdlab.com/contents/image?imageKey=ID/90934>.
Enterobacter spp.
Existem 11 espécies, sendo os principais patógenos o E. aerogenes e o E. cloacae. Podem causar 
infecções oportunistas, urinárias e respiratórias. Isoladas geralmente de pacientes hospitalizados.
2.2.2. Provas bioquímicas para enterobactérias
O meio de Rugai modificado (IAL) consiste em um tubo que contém substratos para visualização 
de nove provas bioquímicas, em que a leitura é baseada na reação química dos substratos, conforme 
demonstrado na figura a seguir.
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Figura 25 – Esquema de leitura do Rugai modifi cado.
LISINA 
MOTILIDADE
L-TRIPTOFANO
SACAROSE
ÁPICE
INDOL
FASE SUPERIOR
Composição do 
meio IAL/RUGAI
VASCAR
FASE INFERIOR
BASEGÁS SULFÍDRICO (H2S)
GÁS
GLICOSE
UREIA
Fonte: <https://4.bp.blogspot.com/-ZVxJ7HoJ0e0/WVUHAP8s0EI/AAAAAAAAGGs/3XjG7
RYriQI6SlzqM5JYw1W5oE-mRep2ACLcBGAs/s1600/Meio_IAL_Rugai.png>.
Figura 26 – Tabela de interpretação dos resultados do Rugai.
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INDOL+
INDOL-
SACAROSE+
SACAROSE-
LTD+
LTD/SAC+
INALT.
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GLI+/GÁS+
GLI+ H2S+
UREASE+
UR+ H2S+
LIS+/MOV+
LIS-/MOV+
LIS+/MOV-
LIS-/MOV-
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/5304080/17/images/50/Leitura+do+meio+de+Rugai.jpg>.
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2.2.3. Bacilos Gram-negativos não fermentadores
Esses microrganismos não utilizam carboidratos como fonte de energia ou degradam-nos por 
meio de vias que não a fermentação. Dessa maneira, é necessário utilizar uma série bioquímica 
apropriada para a identificação deles.
Entre os bacilos Gram-negativos mais importantes clinicamente, podemos citar: Pseudomonas 
aeruginosa, Acinetobacter spp., Stenotrophomonas maltophilia e complexo Burkholderia cepacia. Os 
mais frequentemente envolvidos com infecções hospitalares são P. aeruginosa e Acinetobacter spp.
Pseudomonas aeruginosa
É uma das bactérias patogênicas mais importantes clinicamente em infecções hospitalares. 
Suas colônias são redondas e lisas, de coloração esverdeada e fluorescente em razão da substância 
pioverdina. Ela pode apresentar crescimento entre 37 °C e 42 °C, o que ajuda a diferenciá-la de outras 
espécies de Pseudomonas.
Figura 27 – Colônias de Pseudomonas aeruginosa.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pseudomonas_aeruginosa_culture.JPG>.
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Acinetobacter spp.
São cocobacilos imóveis. Devido à grande resistência aos antimicrobianos, é um patógeno 
muito importante nas infecções hospitalares.
Figura 28 – Colônias de Acinetobacter baumannii em ágar MacConkey.
Fonte: <http://lib.jiangnan.edu.cn/ASM/112-22.jpg>.
Teste de sensibilidade
Após realização da cultura, quando há crescimento de microrganismos patogênicos, além da 
identificação deste(s) microrganismo(s), é necessário realizarmos o teste de sensibilidade.
Disco-difusão
Existem alguns métodos para realização do teste de sensibilidade.O mais utilizado nos laboratórios 
de análises clínicas no Brasil é o método de disco-difusão em ágar, que foi descrito por Bauer e 
Kirby em 1966.
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Neste método são utilizados discos de papel-filtro impregnados com antibacterianos em uma 
dose padronizada que são colocados sobre uma placa de ágar Mueller-Hinton, previamente semeada 
pela bactéria inoculada na cultura através de uma suspensão. Esta placa ficará incubada de 18 a 
24 horas e em seguida será feita a leitura dos halos de inibição.
SAIBA MAIS
Segue abaixo alguns sites importantes para consulta relacionados com o tema Microbiologia:
Museu de Microbiologia:
<http://www.butantan.gov.br/cultura/museus/museumicrobiologia/Paginas/default.aspx>.
Manual de Microbiologia da Anvisa:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia.asp>.
Revista da Sociedade Brasileira de Microbiologia:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0001-3714&lng=en&nrm=iso>.
ACONTECEU
Oswaldo Cruz foi um pesquisador brasileiro; seu interesse pela Microbiologia levou-o a montar um 
pequeno laboratório no porão de sua casa. Conheça a trajetória dele, a qual foi dedicada à ciência, 
acessando o site abaixo:
<http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/oswaldo-cruz>.
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CONCLUSÃO
Tratamos de alguns dos principais tipos de procedimentos de culturas, indicando suas 
respectivas práticas, as preocupações que devem ser levadas em conta em sua coleta, transporte 
e no procedimento de cultura, garantindo a precisão, segurança e confiabilidade da análise. Por 
fim, as características e aspectos destes microrganismos e as especificidades de suas culturas, 
seu aspecto visual e as indicações necessárias para sua identificação.
SAIBA MAIS
O Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo possui um glossário de bactérias 
com importância médica. Confira:
<http://www.icb.usp.br/bmm/ext/index.php?option=com_content&view=article&id=113&lang=br>.
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GLOSSÁRIO
Alcalinizar: transformar em alcalino, fazer uma substância tornar-se base, isto é, tornar não ácida, 
aumentando seu pH. (Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcalinizante>.)
Disúria: refere-se à dificuldade para urinar. (Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Dis%C3%BAria>.)
Etiologia: estudo de determinada causa de um fenômeno, fato, ou objeto específico. (Fonte: <https://
pt.wikipedia.org/wiki/Etiologia>.)
Homogeneizar: tornar homogêneo, misturar diferentes substâncias ou elementos para que se tornem 
uma solução de aspecto uniforme, fazer um todo de mesma natureza e concentração.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KONEMAN, E. W. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2001. Trad. A. E. Cury.
OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos básicos em microbiologia clínica. São Paulo: Sarvier, 2010.
TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. São Paulo: Atheneu, 2008.

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