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Diagnóstico Laboratorial em Microbiologia

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 Principais grupos de microrganismos causadores de doenças 
• Bactérias, vírus e fungos. 
 Importância biológica das bactérias 
• Agentes causadores de doença – Sífilis, Cólera. 
• Meio ambiente – ciclos biogeoquímicos (ciclo do nitrogênio), organismos decompositores. 
• Energia – produção de biogás – gás metano. 
• Biotecnologia – Técnica do DNA recombinante – plasmídeo como vetor. 
• Industria química – separação de isômeros ópticos. 
• Agricultura – uso de fertilizantes nitrogenados. 
• Recuperação ambiental/biorremediação – degradação de petróleo e descontaminação de ambiente. 
• Indústria farmacêutica – probióticos, produção de insulina. 
• Industria de alimentos – fermentação. 
 
 Morfologia bacteriana 
• Citoplasma* 
• Ribossomos* 
• Membrana plasmática* 
• Nucleoide contendo material genético* 
*Presentes em todas as bactérias 
• Cápsula 
1. Polímero viscoso e gelatinoso situado externamente à parede celular, composto de 
polissacarídeo e/ou polipeptídeo. 
2. Protege a célula contra desidratação. 
3. Aderência: auxilia a ligação da bactéria às superfícies bióticas ou abióticas. 
4. Proteção – resistência a fagocitose pelas células de defesa do corpo (fator de virulência). 
5. Bactérias encapsuladas são mais virulentas do que as não encapsuladas. 
• Pilus: está associado a conjugação bacteriana. 
• Inclusão 
• Plasmídeo 
• Flagelo 
1. Peritríqueo 
2. Monotríqueo e polar 
3. Lofotríqueo e polar 
4. Anfitríqueo e polar 
• Fímbrias/pili: natureza proteica (pilina), mais curtos que os flagelos, aderência. 
• Parede Celular 
Bactérias de importância médica são caracterizadas morfologicamente por: 
• Tamanho 
1. Variam de 0,3 por 0,8 µm até 10 por 25 µm. 
2. As espécies de maior interesse médico medem de 0,5 a 1,0 µm por 2 a 5 µm. 
• Forma 
1. Cocos (esféricas): homogêneos em relação ao tamanho sendo células menores (0,8 a 1,0 
µm). 
2. Bacilos (cilíndricos): forma de bastão, podendo ser longos ou delgados, pequenos ou 
grossos, extremidade reta ou arredondada. 
3. Espiraladas: 
(a) Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às custas de flagelos extensos. 
(b) Espiroquetas: são flexíveis e locomovem-se provavelmente às custas de movimento 
do citoesqueleto formando movimentos em ondulantes semelhantes a hélices. 
• Arranjo: 
1. Cocos: 
a) Diplococos: agrupados em pares (ex: Neisseria) 
b) Tétrades: agrupados em 4 cocos. 
c) Sarcina: 8 cocos em forma cúbica. 
d) Estreptococos: agrupados em cadeia (ex: Streptococcus); 
e) Estafilococos: arranjos irregulares – cachos de uva (ex: Staphylococcus). 
 
 Diagnóstico laboratorial em bacteriologia 
→Papel do laboratório clínico – isolamento 
• Conhecer os diferentes tipos de microrganismos; 
• Informação microbiológica completa e rápida; 
• Identificação de organismos; 
• Susceptibilidades a antibióticos. 
→Diagnóstico Microbiológico: permite o diagnóstico definitivo e direciona o tratamento. 
→Toda informação proveniente do serviço de microbiologia depende da qualidade do espécime. 
→O diagnóstico incorreto pode ter consequências diretas no curso do tratamento adequados ao 
paciente. 
→Colheita incorreta, escassez, contaminação ou transporte deficiente podem resultar em falhas na 
recuperação de patógenos predominantes ou responsáveis pelo processo infeccioso. 
→Procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para evitar o isolamento de um “falso” 
agente etiológico, resultando numa orientação terapêutica inadequada. 
• Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível; 
• Instruir claramente o paciente sobre o procedimento; 
• Observar a antissepsia na coleta de todos os materiais clínicos; 
• Colher do local onde o microrganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado; 
• Considerar o estágio da doença na escolha do material; 
• Patógenos entéricos, causadores de diarreia, estão presentes em maior quantidades e são mais 
facilmente isolados durante a fase aguda ou diarreica do processo infeccioso intestinal; 
• Quantidade adequada de material deve ser coletada para permitir uma completa análise 
microbiológica; 
• O pedido do exame deve conter dados como idade, doença de base e indicação do uso de antibióticos. 
• 
 DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DIRETO 
→Pesquisa a presença de agentes causais de agentes infecciosos em espécimes clínicos. 
→Pode ser realizado de 4 maneiras distintas: 
1. Cultivo de microrganismos em meios de cultura específico. 
2. Visualização direta do patógeno por técnicas de microscopia. 
3. Detecção de antígenos específicos do patógeno através do uso de técnicas imunológicas 
ou de biologia celular. 
4. Detecção de sequências de ácidos nucléicos do patógeno pela utilização de sondas de 
amplificação gênica. 
→A visualização e o cultivo são as técnicas mais utilizadas para se realizar o diagnóstico 
microbiológico. 
→São técnicas mais simples, requerem menor infraestrutura e possuem menor custo. 
→O diagnóstico microbiológico por cultivo de microrganismos permite a recuperação do agente 
etiológico e sua utilização futura para estudos científicos: epidemiológicos, susceptibilidade a drogas. 
→Alguns microrganismos não podem ser visualizados ao microscópio óptico e outros não crescem em 
meios de cultivo. Nesse caso, deve-se ater aos métodos moleculares de diagnóstico ou às técnicas 
de diagnóstico indireto. 
→As técnicas moleculares oferecem uma capacidade de discriminação muito maior, além de seus 
resultados representarem dados mais precisos, apesar da necessidade de técnicos especializados. 
→A detecção de antígenos e de ácidos nucléicos não permite recuperar células microbianas. Essas 
técnicas são mais eficientes na pesquisa do agente não cultiváveis ou em concentrações muito baixas 
nos espécimes clínicos, além de possuírem grande rapidez. Apresentam um tempo de resposta muito 
menor do que as técnicas de cultivo porque não dependem do crescimento in vitro do patógeno. 
 DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO INDIRETO 
→É possível diagnosticar uma infecção estudando-se o sistema imunológico do paciente pela pesquisa 
de anticorpos formados pela resposta imune específica. 
→A pesquisa de anticorpos dirigidos a antígenos específicos de um dado microrganismo possibilita o 
diagnóstico de infecções crônicas ou agudas. 
 Principais técnicas de coloração utilizadas em bacteriologia 
 
• Coloração de GRAM 
→A importância das colorações é que, ao contrário das demais provas microbiológicas, fornecem um 
resultado rápido. 
→A coloração de Gram diferencia as bactérias com base nas características de suas paredes 
celulares. 
→As bactérias Gram-positivas possuem uma parede espessa de peptidoglicano e grandes quantidades 
de ácido teicoico, os quais retêm o corante inicial (cristal violeta), não sendo afetado pelo passo de 
descoloração com álcool absoluto (ou álcool acetona). Dessa forma, as células apresentam ao final da 
coloração uma cor azul/roxa. 
→As Gram-negativas, por sua vez, possuem uma parede celular constituída de uma camada fina de 
peptidoglicano, que permite a descoloração do cristal violeta com o álcool absoluto (ou álcool acetona), 
e posterior coloração com o corante de fundo, a fucsina. Ao final do processo, as bactérias Gram-
negativas apresentam cor rosa/vermelha. 
 
 
 
 
• Coloração de Ziehl-Nielsen (BAAR) 
→A coloração de Ziehl-Neelsen é utilizada basicamente para micobactérias, cuja parede celular 
constituída por ácidos micólicos é resistente à descoloração por álcool-ácido, preservando a cor do 
corante inicial, fucsina concentrada. 
→Por essa razão, os bacilos apresentam uma coloração vermelha ao final do procedimento. 
→Essa coloração é o método mais rápido para detecção de micobactérias em amostras clínicas com 
suspeita de tuberculose ou hanseníase. 
→A pesquisa de micobactérias por baciloscopia pode ser realizada em amostras de escarro, lavado 
brônquico, lavado gástrico, linfa de lóbulo da orelha (hanseníase), urina, líquor, líquidopleural, biópsias 
e secreções. 
 
 
 ISOLAMENTO BACTERIANO 
→Fatores que influenciam o isolamento: 
• Coleta do material 
• Transporte livre de oxigênio 
• Técnicas cuidadosas do laboratório 
 
 IDENTIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DE ESPÉCIES MAIS FREQUENTES NA ROTINA DO 
LABORATÓRIO CLÍNICO 
• Enterobactérias 
→A família das Enterobacteriaceae compreende um largo número de espécies bacterianas de 
importância médica. 
→Estas espécies respondem por mais de 70% dos isolados bacterianos na rotina do laboratório 
clínico, são responsáveis por diferentes agravos infectocontagiosos como gastroenterites, 
bacteremias, infecções urinárias, infecções de feridas, meningites etc. 
→Estão intimamente associadas a diferentes mecanismos de resistência bacteriana, sobretudo, no 
ambiente hospitalar. 
→Em termos morfológicos, todas as espécies apresentam um aspecto bacilar e/ou cocobacilar, 
adquirem coloração rosa/vermelha após coloração de Gram apresentando uma bioquímica de 
fermentação, são oxidase negativa, anaeróbias facultativas, reduzem nitrato a nitrito, não 
apresentando a capacidade de formar esporos 
→Isolamento em meio seletivo (Agar McConkey*) + provas bioquímicas. 
*Presença de cristal violeta nesse meio impede o crescimento de bactérias GRAM + como 
estafilococos e enterococos. Fermentadores de lactose formam colônia rosa/vermelho e amostras 
lactose – apresentam-se incolores ou transparentes. 
→Meio TSI: auxilia na diferenciação específica, ex: Salmonela-produção de H2S, Klebsiella e E.coli-
produção gás CO2. 
• Cocos Gram+ (Staphylococcus e Streptococcus) 
→Os cocos Gram-positivos são exemplos de bactérias frequentemente isoladas de amostras clínicas. 
Por essa razão, dependendo do quadro clínico do paciente, meios como ágar sangue e ágar manitol 
salgado (em caso de suspeita de Staphylococcus aureus) são muito utilizados para o semeio primário 
de amostras. 
→Isolamento em Agar sangue + provas bioquímicas (catalase o coagulase). 
 
 
 
 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE FLUIDOS CORPORAIS 
→Espécimes clínicos mais frequentes na rotina de bacteriológica: Urocultura, Hemocultura e Líquor. 
COLETA DE URINA 
• Para coletar adequada amostra de urina é necessário avaliar as condições de higiene e 
normalidade da genitália, coletar a amostra preferencialmente no laboratório e preceder à 
limpeza da genitália com água e sabão (que deve ser totalmente removido), sem a utilização de 
antissépticos. 
• Nos pacientes com controle miccional, o jato médio é o modo ideal de coleta, com intervalo 
mínimo de duas horas após a última micção. 
• Nos pacientes sem controle miccional a urina pode ser coletada de três maneiras: saco coletor, 
punção suprapúbica e cateterismo vesical. 
• Quando for usado o saco coletor, as trocas devem ser realizadas no máximo a cada 30 minutos, 
até obtenção da amostra de urina. 
• A punção suprapúbica (PSP), método invasivo, seguro e de execução relativamente fácil, está 
indicada quando a coleta por via natural suscitar dúvidas ou quando estiver contraindicada, 
como nos quadros de diarreia, dermatite perineal, vulvogaginite, balanopostites e em algumas 
malformações genitais. 
• O cateterismo vesical (CV) preconizado por alguns autores, como rotina na coleta de urina, é 
um método invasivo, agressivo e pode lesar a mucosa uretral. Oferece menos segurança e é 
pouco prático, considerando-se o elevado número de exames que são realizados. 
• É importante que a urina seja imediatamente processada para não haver perda dos elementos 
figurados, nem proliferação bacteriana. Portanto, a coleta de urina deve ser feita próxima do 
local do exame. 
Urocultura 
• Meio ágar CLED (deficiente em eletrólitos - impede a formação do característico véu em 
amostras de Proteus sp) 
• Semeadura quantitativa com alça calibrada 
→No semeio quantitativo, a alça bacteriológica calibrada (1 µL ou 10 µL) é introduzida em uma 
amostra de urina bem homogeneizada, fazendo-se movimentos para cima e para baixo verticalmente. 
→A alça carregada é então utilizada para inocular o meio de cultura, fazendo-se, inicialmente, uma 
linha reta no centro da placa (correspondente ao diâmetro da placa) e completando-se o espalhamento 
com uma série de passagens em ângulo de aproximadamente 90° (em relação à estria inicial). 
→A identidade da bactéria isolada na urocultura é um dos fatores indicativos de infecção, pois 
existem bactérias que podem normalmente colonizar a porção distal do trato urinário sem causar 
infecções (microbiota local). Sendo assim, a quantificação é um aspecto essencial do exame 
bacteriológico da urina. 
 
• Identidade da bactéria isolada como indicativo de infecção X microbiota comensal 
• Critério diagnóstico de Kass > 105 UFC / ml 
• Critério diagnóstico de Stamm de 102 a 104 UFC/ml 
• Pacientes do sexo feminino, ambos os critérios 
• O resultado da urocultura deve ser avaliado juntamente com outros dados laboratoriais, como 
o sumário de urina (pesquisa de bacteriúria e/ou piúria) e clínicos (presença ou ausência de 
sintomas, fatores predisponentes, população de risco etc.) 
• Após o semeio e quantificação, os passos de identificação seguintes serão direcionados 
dependendo das características morfológicas das colônias e morfotintoriais (coloração de 
Gram) da amostra em questão. Normalmente, os passos são os anteriormente comentados para 
enterobactérias, cocos Gram-positivos ou não fermentadores. 
 
Interpretação de resultados 
→A infecção do trato urinário (ITU) é uma das doenças bacterianas mais comuns; a conduta clínica 
adequada exige o conhecimento do número e tipos de bactérias envolvidas. Assim, quando métodos 
quantitativos ou semiquantitativos são usados, o exame bacteriológico de urina pode ser uma ajuda 
valiosa no diagnóstico e no controle terapêutico. 
• Leucócitos ou piócitos (piúria) são muito sugestivos de ITU. 
• Outras condições também podem apresentar leucocitúria, sem significar ITU: febre, 
desidratação grave, inflamação de estruturas contíguas como na apendicite, injúria química do 
trato urinário, glomerulonefrites e tumores. 
• O teste da esterase leucocitária na fita reativa detecta mais de cinco leucócitos por campo 
de grande aumento e o teste da conversão do nitrato em nitrito detecta, indiretamente, 
bactérias Gram-negativas na urina. 
• Na bacterioscopia pelo Gram, uma ou mais bactérias Gram-negativas correlacionam-se 
fortemente com urocultura positiva. Apresenta sensibilidade de 94%, especificidade de 92% 
e valor preditivo de 85% quando associada à piúria. 
 
 
→A maioria dos episódios de ITU é causada por enterobactérias, como: Escherichia, Klebsiella, 
Enterobacter, Citrobacter, Proteus, Serratiae outros. 
→A Escherichia coli é o agente etiológico mais comum, ocorrendo em 80-90% dos casos. 
→Bactérias da espécie Proteus são encontradas em 30% dos meninos com cistite e Staphylococcus 
saprophyticus em 30% dos adolescentes com ITU. 
→Em crianças imunodeprimidas, principalmente naquelas que estejam usando antibióticos potentes, 
de amplo espectro, pode ocorrer ITU por Candida albicans ou outros fungos. 
→Uma situação peculiar é a presença de bacteriúria significativa em crianças sem sintomatologia 
(bacteriúria assintomática). É caracterizada por três uroculturas positivas consecutivas em um 
período de três dias a duas semanas. Geralmente é transitória, 95% das meninas com bacteriúria 
assintomática ficam livres dela sem tratamento em um ano. Pode tornar-se sintomática se a criança 
é submetida a tratamento com antibióticos. 
Hemocultura 
• Sítio essencialmente estéril, a presença de microrganismos viáveis em amostras de sangue 
tem alta relevância do ponto de vista clínico. 
• A determinação do agente etiológico associado a uma bacteremia pode fazer toda a diferença 
no esquema terapêutico e, consequentemente, na evolução clínica e prognóstico do paciente. 
Por essa razão, os cuidados para a liberação de um resultado rápidoe fidedigno devem ser 
tomados desde o momento da coleta até a liberação do laudo. 
• Como é comum na rotina de microbiologia a presença de microrganismos contaminantes, é um 
grande desafio a ser superado. A realização de coleta adequada, por flebotomista bem 
treinado, pode manter os índices de contaminação das culturas dentro dos aceitáveis 1 a 3%. 
No caso da hemocultura, tem-se uma complicação relacionada ao isolamento de Staphylococcus 
coagulase-negativos (SCN). Por estar presente na microbiota da pele, durante muito tempo o 
crescimento desse tipo de bactéria em hemoculturas foi considerado contaminação, mas, com 
o passar dos anos, a ocorrência de bacteremias verdadeiras causadas por SCN demanda do 
microbiologista um olhar mais atento a essas ocorrências. 
• Para evitar contaminações, após a escolha da veia a ser puncionada, a área deve ser limpa com 
álcool etílico 70%, essa limpeza deve ser reforçada com a aplicação de outro agente 
antisséptico à base de iodo (como PVPI a 10%) ou clorexidina. Deixe secar e não toque 
novamente o local da punção. Limpe com álcool 70% a tampa do frasco de hemocultura. Realize 
a coleta com seringa e agulha descartáveis e transfira o sangue para o frasco apropriado sem 
trocar a agulha. Homogeneíze os frascos por inversão. Identifique-os adequadamente e 
encaminhe rapidamente para o laboratório. O ideal é que a coleta seja feita antes que o 
paciente inicie a antibioticoterapia, o microbiologista deve estar atento para o fato de que 
nos pacientes em tratamento a chance de positividade é diminuída. Existem divergências 
quanto ao número de amostras necessárias para cada paciente, mas recomenda-se que sejam 
realizadas no mínimo duas até quatro amostras, o que permite o isolamento do agente 
bacteriano em mais de 95% dos eventos. Vale salientar que cada amostra será semeada em 
dois frascos (tradicionalmente um aeróbico e outro anaeróbico). Amostras diferentes devem 
ser preferencialmente coletadas de sítios diferentes (braço esquerdo, braço direito). 
Tipos de Bacteremia - origem 
• A bacteremia primária é assim denominada por ter origem no próprio sistema circulatório ou 
pela entrada direta de microrganismos na corrente sanguínea, através de agulhas, infusões 
contaminadas, cateteres ou outros dispositivos vasculares. 
• A bacteremia secundária ocorre através de drenagem de pequenos vasos sanguíneos ou 
linfáticos, seguindo para a corrente circulatória como consequência de um foco de infecção 
definido em outro sítio do organismo 
Tipos de Bacteremia - cronologia 
a) Drenagem/escape: ocorre mesmo enquanto o paciente esteja recebendo 
antibioticoterapia sistêmica apropriada. Quando se dá no início da terapêutica, geralmente 
deve-se a concentrações insuficientes do antimicrobiano atingidas na corrente sanguínea 
(é interessante lembrar que nas estafilococcias é comum haver escape nos primeiros dias 
de tratamento, mesmo sob condições adequadas de antibioticoterapia). Já os episódios de 
escape que ocorrem tardiamente geralmente se dão por drenagem inadequada do foco 
infeccioso ou por debilidade das defesas do hospedeiro. 
b) Intermitente: ocorre intervalos variáveis de tempo, este tipo ocorre em processos 
infecciosos relacionados a abscessos intra-abdominais, pélvicos, perinefréticos, hepáticos, 
prostáticos e outros, configurando assim causas frequentes de febre de origem 
indeterminada. 
c) Transitória: é rápida (com duração que pode variar de alguns minutos a poucas horas) é a 
mais comum, e ocorre após a manipulação de algum tecido infectado como em casos de 
abscessos, furúnculos e celulites; durante algum procedimento cirúrgico envolvendo 
tecidos contaminados ou colonizados como em procedimentos dentários; manipulações 
geniturinárias como cistoscopia, cateterização ou dilatação uretral; abortamento ou 
endoscopias digestivas; e cirurgias que envolvem áreas contaminadas, como ressecção 
transuretral de próstata, histerectomia vaginal e debridamento de queimaduras. Este tipo 
de bacteriemia também ocorre em algumas infecções agudas, localizadas ou sistêmicas, 
como pneumonias, meningites, artrites sépticas e osteomielites. 
d) Contínua: é característica da endocardite infecciosa aguda e subaguda e de outras 
infecções endovasculares. Este padrão também é encontrado nas primeiras semanas da 
febre tifóide e na brucelose. 
• Geralmente causada por um único microrganismo. 
• As fontes mais comuns de ICS em geral (incluindo de origem comunitária e hospitalar) são: 
1. dispositivos intravasculares (19%) 
2. trato geniturinário (17%) 
3. trato respiratório (12%) 
4. intestino e peritônio (5%) 
5. pele (5%) 
6. trato biliar (4%) 
7. abscesso intra-abdominal (3%) 
8. outros sítios (8%) 
9. sítios desconhecidos (27%) 
• As condições que predispõem um paciente ao quadro de bacteriemia ou fungemia incluem a 
idade, doenças de base, medicamentos (corticóides, quimioterápicos, drogas citotóxicas) e 
alguns procedimentos médicos invasivos (cateteres e procedimentos endoscópicos). O risco é 
maior nas faixas etárias extremas e nos pacientes portadores de doenças hematológicas, 
neoplasias, diabetes mellitus, insuficiência renal em diálise, cirrose hepática, imunodepressão 
e grandes queimaduras. Alguns procedimentos cirúrgicos são também predisponentes, 
particularmente os do trato geniturinário e gastrointestinal. 
 
• Microrganismo mais frequentes 
a) Gram+: Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-, Enterococcus spp, 
Streptococcus spp, Listeria spp 
b) Gram-:Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp, Pseudomonas aeruginosa, 
Neisseria meningitidis 
c) Staphylococcus coagulase- (contaminação?) 
d) Fungos: Candida spp, Cryptococcus neoforans 
Coleta de hemoculturas 
→Indicação clínica 
• Idealmente, a coleta deve ser feita antes do início da antibioticoterapia de pacientes que 
configurem quadro clínico sugestivo de infecção e suficiente para serem submetidos à 
internação e que apresentem febre (> 38ºC) ou hipotermia (< 36ºC), leucocitose (> 10.000/ 
mm3, especialmente com desvio à esquerda) ou granulocitopenia absoluta (< 1000 
leucócitos/mm3 ). 
• Em crianças pequenas com quadro de queda do estado geral sem explicação, e em idosos, 
principalmente acompanhado de mal estar, mialgia ou sinais de acidente vascular cerebral 
devem ser investigados. 
• Nos casos em que houver suspeita de foco de infecção provável, é desejável também a coleta 
de materiais representativos dos outros sítios (por exemplo: liquor, urina, fezes, secreções, 
abscessos etc.). 
 
→Número de amostras 
• Número de amostras deve ser de no mínimo 2 e no máximo 4 mostras por episódio infeccioso. 
• Um maior número de amostras traz pouco benefício, aumentando os custos, trabalho e risco 
de provocar anemia, sem aumento significativo da positividade. 
• De forma prática, a coleta deve ser indicada precocemente ao início dos sintomas de infecção 
e antes do início da antibioticoterapia. 
• Se o paciente estiver em vigência de antimicrobianos, as hemoculturas devem ser obtidas 
imediatamente antes da administração da próxima dose. Preferencialmente são coletadas por 
punção venosa, tão logo se inicie o aumento de temperatura do paciente. A coleta de sangue 
arterial não está associada com aumento da sensibilidade e não é recomendada, em princípio. 
• As hemoculturas, preferencialmente, não devem ser coletadas a partir de cateter, exceto 
para diagnóstico de infecção relacionada ao dispositivo. Neste caso, a amostra obtida através 
do cateter deve ser sempre acompanhada por uma ou duas amostras de veia periférica, de 
forma sequencial ou concomitante, identificando corretamente as amostras quanto ao local de 
punção. 
→Volume de sangue e intervalo de coleta 
• Variável crítica para realização do exame 
• Adulto: em cada punção, coleta de 8 a 10 ml de sangue em frasco aeróbico ou anaeróbico. 
• Crianças (1 ano a 6 anos): colher 1 a 5 ml de sangue emfrascos pediátricos. 
• RN: coletar 0,5 a 1 ml de sangue por punção venosa e inocular em frascos pediátricos. 
Recomenda-se 2 punçoes venosas diferentes. 
 
→Frascos de Hemocultura 
• Respeitar volume 
• Metodologia manual 
Nas metodologias convencionais, ou de monitoração visual, os frascos de hemocultura devem ser 
incubados a 35 °C e examinados periodicamente para evidenciar os sinais de crescimento bacteriano: 
turvação do meio, colônias crescendo na camada de sangue sedimentada, produção de gás, hemólise. 
O período de incubação é de 7 dias durante o qual são feitos subcultivos. O primeiro subcultivo pode 
ser feito 12 a 18 horas após início da incubação da amostra, preferencialmente em placa de ágar 
chocolate (pode ser usado ágar sangue). Devem ser feitos subcultivos de todas as amostras coletadas 
de um paciente. Após o primeiro subcultivo, a inspeção visual dos frascos deve ser feita diariamente 
à procura de sinais de crescimento. Caso seja verificado crescimento, a amostra deve ser 
subcultivada imediatamente e preparada uma lâmina de Gram. Posteriormente, deve ser feita a 
determinaçãodo agente etiológico, utilizando os passos anteriormente comentados para 
enterobactérias, cocos Grampositivos ou não fermentadores e realização do antibiograma. A grande 
maioria das bactérias é isolada nas primeiras 72 horas e a sua identificação tem valor preditivo 
importante. 
• Metodologia automatizada: aditivos para neutralizar e inativar agentes microbianos 
A implantação de sistema automatizado para hemocultura depende muito da rotina e porte do 
laboratório, que precisa justificar o investimento de alto custo. Razão pela qual os métodos manuais 
ainda são muito empregados. Como exemplo de sistema de hemocultura automatizado, citaremos o 
BacT/ALERT®. Foi um dos primeiros sistemas de monitoramento contínuo implementado. A detecção 
do crescimento bacteriano é feita com base na detecção de CO2 produzido através de um sensor 
presente na base do frasco. Quando o CO2 é produzido, a cor do sensor muda de verde para amarelo, 
gerando um alerta sonoro ou visível, e a posição do frasco é indicada pelo computador. Uma das 
grandes vantagens da automação em relação aos métodos manuais é aumento na rapidez para 
liberação dos resultados, pois geralmente os protocolos são de 5 dias de incubação e a grande 
maioria dos resultados positivos podem ser detectados nas primeiras 48 horas. 
• Transporte em temperatura ambiente (20 a 25°C) até 12h após a coleta. 
LÍQUOR 
→Devido à grande importância do sistema nervoso central, à gravidade do quadro clínico e à urgência 
por se tratar de um sítio normalmente estéril, o líquor (LCR) deve ter máxima prioridade, devendo 
ser processado imediatamente _ avalie e anote o volume e o aspecto do LCR. 
→O volume mínimo recomendável para coleta é de 1-2 ml, que será utilizado na bacterioscopia, 
pesquisa de antígenos e cultura. Caso o serviço não tenha plantão de microbiologia, a cultura pode ser 
semeada, 5 a 10 gotas, diretamente durante a punção em tubos contendo o meio ágar chocolate, ágar 
sangue e caldo tioglicolato (esse último, em caso de suspeita de bactéria anaeróbia). 
→No caso de exame direto e cultura de fungos, o volume recomendado é de 2 ml (caso exista 
indicação). Mesmo volume recomendado para coloração de Ziehl e cultura para micobactérias (se 
indicado). Para provas virológicas, o volume recomendado é 2-3 ml (caso haja indicação). 
→Realize a cultura em ágar chocolate e ágar sangue. Incubar em 5 a 10% de CO2, a 35-36ºC. 
→A primeira leitura deve ser feita em 24 horas (se positivo, informar ao médico imediatamente), se 
positiva fazer identificação e o teste de suscetibilidade aos antimicrobianos. Caso a cultura esteja 
negativa, reincube e faça leituras diárias até completar 72 horas. 
→Quando da realização da cultura de líquor, outros parâmetros devem ser avaliados para uma 
interpretação correta do achado microbiológico, tais como a celularidade, o nível de glicose e 
proteínas. 
→Celularidade, nível de glicose e proteínas 
• Valores de proteínas acima de 100mg/dl indicam provável infecção bacteriana 
• A contagem normal de leucócitos no liquor é < a 5 células/mm3, todas mononucleares. Na 
meningite bacteriana está aumentada com predomínio inicial de polimorfonucleares (>80%), 
podendo aparecer linfócitos subsequentemente. 
• Valores de glicose menores que 30 mg/dl ou menos que 50% dos níveis séricos, em 50% dos 
pacientes, sugerem meningite bacteriana, fúngica ou por micobactérias. 
 
COPROCULTURA 
• Na cultura de fezes, em geral, são pesquisados Salmonella spp., Shigella spp. e alguns sorotipos 
de Escherichia coli, agentes bacterianos mais comumemente causadores de gastrointerites. 
• Outros agentes que podem ser pesquisados são Campytobacter spp., Yersinia spp. e Vibrio spp. 
• A morbidade e a mortalidade devido à doença diarréica, são mais importantes em crianças 
lactentes, mas também, causam grande preocupação em adultos. Isto resulta em altos custos 
devido à utilização das fontes de recursos para saúde e perda da produtividade. 
• É de conhecimento que a coprocultura possui um alto custo, porém é possível realizar o teste 
com qualidade, visando o lucro do exame. 
• Amostra: o ideal é a coletada no início do quadro diarreico, antes da antibioticoterapia, pois a 
positividade da cultura diminui com o tempo, pela redução do número de bactérias. 
• Transporte: o melhor meio de transporte é o Cary Blair. Se diferenciando do meio de Stuart, 
pela adição de tampão fosfato inorgânico. 
• Procedimento: 
1. A utilização de caldos de enriquecimento favorece o isolamento dos patógenos 
entéricos, inibindo os microorganismos da microbiota intestinal 
2. Usar sempre o swab Cary-blaire para quando a amostra não for processada 
imediatamente após a coleta, pois quaisquer 30 minutos entre a coleta e a passagem 
para o swab pode interferir, gerando resultados falso negativos 
3. Amostras não diarreicas e/ou líquidas tem 99,9% de chance de obterem resultados 
negativos 
4. Sempre anotar as condições da amostra (aspecto, cor, odor, presença de sangue ou 
muco) 
5. Realizar pesquisa de leucócitos fecais. Pacientes sem imunossupressão sempre terão 
leucócitos na amostra 
6. A coloração de gram é uma ferramenta importante para a qualidade da análise. Deve-
se buscar equilíbrio da microbiota. Microbiotas predominantemente ou exclusiva para 
gram negativos ou gram positivos podem sugerir algum estágio de infecção. 
 
Exemplos: 
• AGAR MAC CONKEY: Escherichia coli – crescimento bom, colônias brilhantes, incolores 
(lactose negativa), rosas a vermelhas (lactose positiva), podendo apresentar ou não 
precipitados de bile. 
• AGAR SS ou Agar XLD: Escherichia coli – crescimento parcial, colônias brilhantes, incolores, 
H2S negativo. 
Gastroenterites 
→As gastroenterites infecciosas afetam grande parte da população mundial. 
→A OMS estima que ocorram cerca de 2 bilhões de casos a cada ano, sendo a principal causa de 
morbidade e mortalidade de origem infecciosa e a maior causa de mortalidade em crianças menores 
de cinco anos. 
→A grande maioria das diarreias de origem infecciosa é tratável; entretanto, em muitos casos, o 
isolamento do agente etiológico não é feito de forma adequada. 
→Mesmo quando são realizados os exames adequados, cerca de 30% dos casos podem permanecer 
sem etiologia definida. 
→Diversos motivos podem influenciar na dificuldade em se isolar o agente etiológico, sendo a 
diversidade desses agentes a principal causa. 
→A origem das gastroenterites infecciosas pode ser parasitária, bacteriana ou viral. 
→As diarreias podem ser classificadas em três síndromes: inflamatória, com presença de 
disenteria; não inflamatória; e doença com repercussão sistêmica, febre entérica. 
 
 
 
→Os principais agentes bacterianos relacionados com gastroenterites incluem os gêneros Salmonella, 
Shigella, Escherichia, Staphylococcus, Aeromonas,Plesiomonas, Yersinia e Campylobacter. 
→O teste globalmente mais utilizado para a pesquisa de agentes bacterianos em fezes é a 
coprocultura. 
→Apesar de se tratar de um teste bastante sensível, a coprocultura apresenta diversas limitações, 
incluindo a ocasião e a forma de colheita da amostra. 
→As fezes devem ser colhidas na fase aguda (diarreicas), em frascos estéreis ou em swabs com meio 
de transporte conservante específico (Carry-Blair). De preferência, devem ser encaminhadas ao 
laboratório até duas horas após a colheita e conservadas em temperatura ambiente. 
→Caso seja possível a utilização de meio de transporte conservante (Carry-Blair), a amostra poderá 
permanecer estável por até 48 horas se conservada sob refrigeração (2-8ºC). 
→O uso prévio de antibióticos ou antidiarreicos também pode interferir no teste. 
→Na maioria dos laboratórios clínicos são utilizados meios de cultivo seletivos para os seis primeiros 
agentes, deixando os últimos dois (Yersinia e Campylobacter) apenas para pesquisas específicas, 
solicitadas de forma especial ao laboratório. 
→Este procedimento pode trazer grande limitação à sensibilidade da coprocultura, devido à grande 
incidência de Campylobacter associada a processos gastroentéricos.

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