Buscar

Livro de Neuroanatomia com coment 22 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anatomia do Sistema Nervoso 
 
1 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Sumário 
Resumo de Neuroanatomia 
Capítulo 1 – Introdução (3) 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 2 – Tecido Nervoso (3) 
 2.1 – Neurônio 
 2.2 – Neuroglias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 3 – Embriologia do Sistema Nervoso (6) 
 3.1 – Dilatações do Tubo Neural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 4 – Histogênese do Sistema Nervoso (8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5 – Crânio (9) 
 5.1 – Acidentes Ósseos Externos do Crânio 
 5.2 – Acidentes Ósseos da Base Interna do Crânio 
 5.3 – Forames do Crânio 
 5.4 – Esquema com tópicos principais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 6 – Coluna Vertebral (17) 
 6.1 – Divisão 
 6.2 – Características Gerais das Vértebras 
 6.3 – Características Específicas das Vértebras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 7 – Medula Espinhal (20) 
 7.1 – Subdivisão 
 7.2 – Localização 
 7.3 – Planos de Proteção 
 7.4 – Estrutura Anatômica da Medula em um corte transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 8 – Tronco Cerebral (23) 
 8.1 – Face Anterior do Tronco 
 8.1.1 – Bulbo 
 8.1.2 – Ponte 
 8.1.3 – Mesencéfalo 
 8.2 – Face Posterior do Tronco 
 8.2.1 – Porção fechada do Bulbo 
 8.2.2 – IV Ventrículo 
 8.2.3 – Lâmina Quadrigeminal 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
2 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 9 – Cerebelo (29) 
 9.1 – Localização 
 9.2 – Faces Externas 
 9.3 – Divisões do Cerebelo 
 9.3.1 – Divisão Anatômica 
 9.3.2 – Divisão Ontogenética 
 9.3.3 – Divisão Filogenética 
 
Capítulo 10 – Pares Cranianos (31) 
 
Capítulo 11 – Diencéfalo (32) 
 11.1 – Divisões do Diencéfalo 
 11.2 – III Ventrículo 
 11.3 – Epitálamo 
 11.4 – Tálamo 
 11.5 – Subtálamo 
 11.6 – Hipotálamo 
 
Capítulo 12 – Telencéfalo (34) 
 12.1 – Núcleos da Base 
 12.2 – Dominância Cerebral 
 12.3 – Córtex Cerebral 
 12.4 – Face Súpero-lateral (texto e esquema) 
 12.5 – Face Medial (texto e esquema) 
 12.6 – Face Inferior (texto e esquema) 
 12.7 – Ventrículos Encefálicos 
 12.8 – Plexo Coróide 
 12.9 – Líquor 
 12.10 – Meninges 
 12.11 – Vascularização do Encéfalo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
3 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 1 – Introdução 
O sistema nervoso é subdividido em duas porções: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico 
(SNP). O SNC é formado pelo encéfalo, localizado internamente a caixa craniana, e pela medula espinhal, 
localizada internamente a coluna vertebral. O encéfalo é composto pelo cérebro, subdividido em telencéfalo e 
diencéfalo, pelo cerebelo e pelo tronco cerebral, subdividido em bulbo, ponte e mesencéfalo. O SNP é composto 
pelos gânglios nervosos e pelos nervos espalhados ao longo do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 2 – Tecido Nervoso 
A unidade funcional básica do sistema nervoso humano e que, portanto, forma seu parênquima, é o neurônio. 
Além dos neurônios, encontramos ainda uma série de outras células cujas funções variam desde nutrição, até 
sustentação do tecido nervoso, constituindo, portanto, seu estroma: são as neuroglias. 
Capítulo 2.1 – Neurônio 
Apresenta-se divido em 3 componentes principais: o corpo celular (pericário), que é o centro trófico celular; os 
dendritos, que são prolongamentos numerosos especializados na recepção de estímulos, sejam estes vindos de 
células neuroepiteliais ou de outros neurônios; e o axônio, prolongamento único especializado na condução e 
transmissão do impulso nervoso para outras células. 
 
 
 
 
 
 
No SNC, 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
4 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
No SNC o corpo celular do neurônio, juntamente com algumas células da glia, formam o que chamamos de 
substância cinzenta. Seus prolongamentos constituem a substância branca, assim denominada pois seu 
revestimento, um lipídeo chamado mielina, possui cor esbranquiçada. Já no SNP, o corpo celular dos neurônios 
constitui os gânglios nervosos e seus prolongamentos, as fibras nervosas periféricas (nervos). 
 
Os neurônios podem ser classificados em 4 tipos, de acordo com sua forma e com o número de prolongamentos 
protoplasmáticos: 
Apolar: Encontrado apenas do embrião. 
Bipolar: Possui 2 prolongamentos, um dendrito e um axônio, localizados em pólos opostos das células. Está 
presente na retina, mucosa olfatória e nos gânglios coclear e vestibular. 
Pseudo-unipolar: Apresentam um único prolongamento, que se divide em 2. Um dirige-se para a periferia 
e outro para o sistema nervoso central. Encontrados nos gânglios espinhais e sensitivos dos pares cranianos, com 
exceção do 1º PC, 2º PC e 8º PC. 
Multipolar: Apresentam um grande número de dendritos. Localizados no córtex cerebral, tronco cerebral e 
na medula espinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os neurônios podem ainda ser classificados de acordo com sua funcionalidade em: 
Neurônios Motores: Controlam as glândulas exócrinas, glândulas endócrinas e as fibras musculares. 
Neurônios Sensitivos: São encarregados da transmissão do impulso do meio ambiente para o SNC. 
Interneurônios: São encontrados somente no SNC, tendo por função conexão entre neurônios, deixando 
os circuitos nervosos mais complexos. 
Estrutura Nervosa Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico 
Corpo do neurônio Córtex e Núcleos (Subs. Cinzenta) Gânglios Nervosos 
Prolongamento Protoplasmático Substância Branca Nervos 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
5 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capitulo 2.2 – Neuroglias 
No grupo das neuroglias ou simplesmente glias, incluem-se vários tipos de células encontradas no Sistema 
Nervoso ao lado dos neurônios. Essas células apresentam funções de sustentação, nutrição e tantas outras 
essenciais para a vida dos neurônios, e dividem-se nos seguintes tipos: 
Oligodendrócitos e Células de Schwann: Ambas as células possuem a função de produzir mielina, que através 
da bainha que forma ao redor dos prolongamentos protoplasmáticos dos neurônios, possibilita uma condução 
saltatória de informações, que é mais acelerada que a contínua, além de conferir proteção à célula. É importante 
lembrar que fibras revestidas com mielina geralmente carregam informações importantes e vitais, tais como 
movimentos, localização dos membros. Fibras sem mielinização carregam informações como a dor, que, embora 
seja importante, não tem uma urgência de ser processada. Os oligodendrócitos, contudo, produzem mielina 
somente no SNC e numa proporção de 1: 20-60 neurônios. As células de Schwann produzem mielina no SNP, e 
numa proporção de 1: 1 neurônio. 
Astrócitos: Dentre suas diversas   funções   os   astrócitos   “ligam-se”   a   pequenos   vasos   e   transportam  nutrientes  
para os neurônios. Por isso exercem uma função trófica. 
Células Ependimárias: São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos encefálicos e o canal central 
da medula. Em alguns locais são ciliadas, facilitando o movimento do líquido cefalorraquidiano. As células 
ependimárias juntamente com a pia-máter formarão a tela coróide, cujas invaginações formarão o plexo coróide 
que produz o líquor. 
Microglia: São células fagocitárias originadas do mesênquima que participam de processos de inflamação e 
reparação do SNC, desempenhando papel de defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
6 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 3 – Embriologia do Sistema Nervoso 
O sistema nervoso, com o intuito de manter relação com o meio ambiente, originou-se do folheto embrionário 
mais externo, o ectoderma. Seu processo de formação é conhecido por neurulação e está completo a nível do 26º 
dia de gestação. 
Primeiramente ocorre um espessamento do ectoderma e subseqüentemente a formação da placa neural ou 
neuroectoderma no local. A placa neural então passará a sofrer em sua região média um pequeno 
aprofundamento conhecido por sulco neural. O aprofundamento do sulco neural dará origem à goteira neural, e a 
fusão dos lábiosdessa goteira formará o tubo neural. Simultaneamente ao fechamento do tubo neural, células 
ectodérmicas migram para a região dorsal do tubo, formado a crista neural. 
O fechamento dos lábios do tubo neural é um processo que começa em seu centro e migra para as extremidades. 
Os pontos de fechamento tardio são denominados neuróporos, sendo um cranial e outro caudal. O término do 
fechamento do tubo neural consiste no fim do período de neurulação. 
É importante ressaltar que qualquer erro que ocorra no processo de fechamento do tubo neural traz graves 
conseqüências ao feto, tais como mielocele e meningomielocele. Muitas vezes esses problemas podem ser 
evitados com o acréscimo de vitamina B12 a dieta materna, pois essa vitamina  facilita  o  processo  de  “costura”  do  
tubo neural e conseqüente término da neurulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
•Ectoderma 
2 
•Placa Neural 
3 
• Sulco Neural 
4 
•Goteira Neural 
5 •Tubo Neural 
6 
•Crista Neural 
ESQ
U
EM
A 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
7 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
O tubo neural dará então origem ao Sistema Nervoso Central, enquanto a crista neural dará origem ao 
sistema nervoso periférico. 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 3.1 – Dilatações do Tubo Neural 
Com o tempo, o tubo neural começará a sofrer uma dilatação superior e ventral denominada encéfalo 
primitivo ou arquencéfalo. Continuamente a essa dilatação encontraremos a medula espinhal primitiva. 
O arquencéfalo começará então a apresentar sulcos que o delimitarão em três vesículas encefálicas: o 
Prosencéfalo, o Metencéfalo e o Rombencéfalo, em ordem do mais cranial e anterior para o mais 
caudal e posterior. Após formadas, o tempo de duração dessas vesículas é bastante curto, pois elas 
começarão a subdividir-se, formando 5 outras vesículas. 
O prosencéfalo originará o telencéfalo, mais cranial e que possuirá duas evaginações laterais e o 
diencéfalo, mais caudal. Abaixo do diencéfalo, o mesencéfalo permanecerá intacto. Ocorrerá então a 
divisão do rombencéfalo em metencéfalo, mais cranial, e o mielencéfalo, mais caudal. 
Juntamente, telencéfalo e diencéfalo formarão o cérebro. O mesencéfalo originará a estrutura de 
mesmo nome. Quanto aos derivados do rombencéfalo, o metencéfalo dará origem à ponte e ao 
cerebelo, enquanto o mielencéfalo dará origem ao bulbo. 
A partir da cavidade do tubo neural A 
Tubo Neural 
x Encéfalo 
x Medula Espinhal 
x Retina 
x Glândula pineal (epífise) 
x Neurohipófise 
Crista Neural 
x Sistema Nervoso Periférico 
x Células de Schwann 
x Melanócitos 
x Medula da supra-renal 
x Células  “C”  da  tireóide 
 
Tubo Neural 
Prosencéfalo 
Telencéfalo 
Diencéfalo 
Mesencéfalo 
Mesencéfalo 
Rombencéfalo 
Metencéfalo 
Ponte 
Cerebelo 
Mielencéfalo 
Bulbo 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
8 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
A partir da cavidade do tubo neural originar-se-ão no adulto, a nível de telecéfalo os ventrículos laterais 
(I e II), no diencéfalo o III ventrículo, no mesencéfalo o aqueduto mesencefálico de Sylvius e a partir do 
metencéfalo e rombencéfalo o IV ventrículo. Na medula espinal teremos o canal ependimário, também 
chamado de canal central da medula. 
Tu
bo
 N
eu
ra
l 
Ar
qu
en
cé
fa
lo
 Fase das 3 vesículas Fase das 5 Vesículas 
Derivado no Adulto Nervos Cranianos e 
Espinhais Estrutura Cavidades 
Prosencéfalo 
Telencéfalo 
Cérebro 
Ventrículos Laterais 1º PC 
Diencéfalo III Ventrículo 2º PC 
Mesencéfalo Mesencéfalo Mesencéfalo Aqueduto Cerebral 3º e 4º PC 
Rombencéfalo 
Metencéfalo Cerebelo e Ponte 
IV Ventrículo 
5º, 6º, 7º e 8º PC 
Mielencéfalo Bulbo 9º, 10º, 11º e 12º 
M
ed
ul
a 
 
O tubo neural nessa região 
permanece cilíndrico e indiferenciado Medula Primitiva Medula Espinhal 
Canal Ependimário ou 
Canal Central da Medula 
31 Pares de Nervos 
Espinhais 
 
O Tubo neural, apresenta durante seu desenvolvimento 6 placas ou lâminas em sua parede: 
Lâmina do Teto (Dorsal) Æ Originará o epêndima e o plexo coróide. 
Lâmina do Assoalho (Ventral) ÆForma o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo. 
Lâminas Alares (Dorso-laterais) Æ Dão origem aos neurônios sensitivos (aferentes). 
Lâminas Basais (Ventro-laterais) Æ Dão origem aos neurônios motores (eferentes). 
 
No ponto de união das placas laterais ventral e dorsal encontra-se o sulco limitante, que delimita uma 
porção sensitiva (alar) e motora (basal). 
Capítulo 4 – Histogênese do Sistema Nervoso 
A parede do tubo neural inicialmente é composta por um neuroepitélio espesso. Com o tempo esse 
neuroepitélio começará a se diferenciar, originando células que podem ser classificadas em: 
Células de multiplicação: Localizadas na porção interna, apresentam capacidade de divisão; 
Células não multiplicáveis: Localizadas na região externa, não apresentam capacidade de divisão, sendo 
empurradas para o exterior quando novas células forem formadas na porção profunda; 
Na quinta semana de desenvolvimento embrionário o tubo neural passara a possuir três camadas: 
Camada ependimária: Formada por células neuroepiteliais, em divisão ou não. 
Camada do manto ou intermediária: São células derivadas da camada ependimária que se deslocam para o 
exterior. 
Camada externa ou marginal: Formada por prolongamentos protoplasmáticos de neurônios localizados no 
manto. 
A camada ependimária originará três grupos de células: 
Neuroblastos: Darão origem aos neurônios. São os principais constituintes da camada do manto. 
Glioblastos: Darão origem as macroglias, cujos representantes são os astrócitos e os oligodendrócitos. Os 
glioblastos migrarão para a camada do manto e para a zona marginal. 
Células ependimárias: Originarão o epêndima, que reveste as camadas encefálicas, e o plexo coróide, que 
produz o líquor (líquido cefalorraquidiano). 
A camada do manto apenas aloja os neuroblastos e os glioblastos e a zona marginal constitui a substância 
branca. 
O mesênquima, que é o envoltório externo do tubo neural origina as microglias e as meninges. 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
9 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 5 – Crânio 
O Crânio é uma estrutura formada por ossos chatos e irregulares, que guarda no seu interior o encéfalo. 
Juntamente com a coluna vertebral (que aloja a medula espinhal), o esterno e as costelas, ele forma o esqueleto 
axial, que é o eixo de nosso corpo. 
O crânio é subdividido em duas porções: uma inferior, chamada de esplancnocrânio ou crânio visceral, que 
proporciona sustentação as vísceras faciais, e uma superior, chamada de neurocrânio ou crânio neural, que aloja 
no seu interior a porção encefálica do SNC. 
As duas porções do crânio são separadas por uma linha imaginária, que sai da glabela (região do osso frontal 
superior ao osso nasal) e vai até a protuberância occipital externa. Essa linha é denominada násion-ínion, sendo o 
násion considerado a glabela e o ínion, o 
centro da protuberância occipital externa. 
Tudo acima dessa linha é neurocrânio e tudo 
abaixo esplancnocrânio. 
Para a neuroanatomia o estudo no 
esplancnocrânio não é tão relevante, logo 
passemos para a descrição do neurocrânio. 
Ele é dividido em duas porções: a primeira, 
mais superior, é denominada calota 
craniana, também chamada de abóbada ou 
calvária e a segunda, mais inferior, 
denominada base do crânio. 
 
Capítulo 5.1 – Calota Craniana 
É uma porção do neurocrânio de forma ovóide que possui uma concavidade interna e uma convexidade externa. 
É formada por sete ossos assim dispostos: 1 frontal (anteriormente), 2 parietais (lateralmente), 2 temporais 
(lateralmente), 1 esfenoidal (asas maiores) (lateralmente) e 1 occipital (posteriormente). 
Os ossos da calota craniana são formadas por três Os 
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Nota
não existe bem essa divisão
Usuario
Realce
Usuario
Nota
função de proteção do SNC
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Nota
porção anterior - escamosaporção vertical
porção horizontal - teto da órbita, margem supraorbital (saber onde se guiar)
ponto antopométrico - medir a cabeça (de crianças principalmente)
abertura do seio frontal - cavidade preenchida por ar, osso pneumático, maior leveza ao osso
incisura etmoidal
limites do teto da órbita - lâmina
Usuario
Nota
forma de cunha, com pontas agudas
possui articulação com osso frontal, etmoide e occiptal
célula trúcica 
parece um inseto com asas
asas menores são mais anteriores
asas maiores tem projecoes laterais que se articulam com ossos temporais
processos piterigoides
Usuario
Nota
canal óptico bilateral
depressao ossea - sulco carotideo 
plano esfenidal - porção alta do osso (e plana)
fenda esfenoidal ou fissura obitaria superior - entre as asas maior e menor, passam 4 nervos e 1 veia (3,4 e 5 e 6 nervos cranianos e veia oftalmica)
inferiormente a f.e. - forame redondo - 1 nervo trigemeo (oftalmico, maxilar, mandibular) - maxilar
forame oval - 3ª parte nervo trigemeo mandibular 
Usuario
Nota
clivus - se aloja partes altas do tronco cerebral, regiao posterior ao corpo de etmoide - faz parte tanto do osso occipatl quanto do esfenoidal
a asa menor tem um processo clinoide anterior (ganchinhos) que se projetam para parte lateral da sela turcica - muitas vezes tem que ser retirado pra visualização de algumas patologias
Usuario
Nota
bastante irregular
se articula com parietal, esfenoide, zigoma mandibula e occipital
aparelho auditivo
importante para localizacao de patologias
tem 3 partes: 
1. porção escamosa - processo estilo "cabo" (zigomático) - se articula com o zigoma; processo coronal da manibula, se articula com a fossa mandibular; parte mais sensível do osso, muitaqs fraturas de cranio ocorrem nessa regiao, por ser menos espesso
2. parte petrosa (posterior) - processo mastóide, osso areado, células da mastoide, sujeito a processos inflamatórios e infecciosos; inferomedialmente temos muitas passagens importantes - forame estilomastorideo (por onde o 7 nervo cran sai), fossa jugular (aloja o bulbo da veia jugular), forame jugular, canal carotídeo (onde a artéria carótida entra)
3. porção timpânica - meato acustico externo, ouvido médio
Usuario
Nota
largo, chato, grande
face externa - margens de acordo com os nomes dos ossos das articulações 
face interna
bossa parietal
se insere a aponeurose do músculo TEMPORAL - na linha temporal superior
se insere o musculo TEMPORAL - na linha temporal inferior
inserção no processo coronal da mandíbula - movimento da mandíbula - mastigação
inervado por um ramo do trigêmeo - ramo temporal suerficial 
Usuario
Nota
face interna - sulcos/"impressoes" feitos pela arteria meningea média e seus ramos - vasculariza a dura máter 
Usuario
Nota
porção escamosa - face externa - protuberancia occipital externa, ponto antopométrico,
acima - linha nucal suprema - se insere a gália (fascia dos músculos occipitais)
crista occipita externa 
face interna: protuberancia occuipital interna
eminencia cruciforme - divide em 4 quadrantes - superior (polos occipitais) inferior (hemisferios cerebelais) 
forame jugular - sulcos
parte baselar - canal do hipoglosso - 12 nervo craniano; condilos do occipital se articulam com C1 (atlas)
dividido em 2
forame magno - tronco cerebral - região do bulbo - transição com medula espinhal - comunicação do crebro com a medula - passagem de nervos, meninges
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
10 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Os ossos da calota craniana são formadas por três camadas distintas: 
Cortical externa: É a camada mais externa formada por uma lâmina de osso compacto; 
Díploe: É a camada intermediária formada por osso esponjoso que tem como conteúdo um lago vascular venoso; 
Cortical interna: É a camada mais interna, constituída por osso compacto, porém muito mais fina que a cortical 
externa. 
 
Suturas e estruturas relacionadas 
Na superfície externa da calota craniana podem ser vistas suturas que identificam pontos de fusão dos ossos que 
a compõem: 
Sutura sagital: Une os dois ossos parietais no plano sagital mediano; 
Sutura coronal: Disposta no plano coronal, une os ossos parietais ao frontal; 
Sutura lambdóide: Une os dois ossos parietais ao osso occipital. Continua-se inferiormente como sutura 
temporociptal; 
Sutura metópica: Rara, presente apenas em algumas pessoas, corresponde a região de junção das duas matrizes 
ósseas do osso frontal; 
Sutura parietotemporal (escamosa): Localizada na região lateral da abóboda, une o osso parietal ao temporal; 
Sutura esfenotemporal: É formada pela junção da sutura escamosa com o osso esfenóide. 
 
Bregma: Localizado anteriormente no ponto de união da sutura sagital com a coronal; 
Lambda: Localizado posteriormente, no ponto de união da sutura sagital com a lambdóide; 
Forames Parietais: Aberturas vasculares no osso parietal que dão passagem as veias emissárias parietais, que 
drenam sangue do escalpo para o seio sagital superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: É importante lembrar que ao nascerem, as crianças ainda não apresentam seu processo de ossificação 
completo. No caso do crânio esses ossos ainda encontram-se bastante separados, sendo o espaço preenchido 
entre eles por tecido conjuntivo. Assim, nestes pontos de junção formam-se áreas bastantes instáveis conhecidas 
como fontanelas, vulgarmente chamadas de moleiras. 
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Nota
sutura importante - ponto de referencia de diviao da parte motora
Usuario
Nota
visivel - abaixo dela tem o seio venoso que coleta sangue do terriotorio superior do cérebro - sangue sera drenado - se trabalha lateralmente a ela para evitar lesao no seio
Usuario
Nota
mais comum em crianças
Usuario
Lápis
Usuario
Lápis
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
11 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Em se tratando da visão interna da calota craniana, podemos 
visualizar: 
 
Sulcos vasculares: São impressões formadas pelos vasos 
meníngeos, especialmente pelos ramos da artéria meníngea 
média, principal estrutura de irrigação das meninges; 
Sulco sagital: Aloja o seio sagital superior in vivo, estando situado 
no plano mediano; 
Fóveas granulares: São depressões que abrigam as granulações 
da aracnóide. 
 
 
Capítulo 5.2 – Base do Crânio 
O estudo da base do crânio inicia-se pela descrição de seus ossos: 
 
Osso Etmóide: Participa da formação óssea do septo nasal. Seus acidentes mais expressivos são: a Crista Galli 
localizada na fossa anterior do crânio e os forames da lâmina cribiforme ou crivosa pelos quais passam os ramos 
do primeiro par craniano, o nervo olfatório. 
 
Osso Esfenóide: É um osso ímpar composto por quatro partes: 
x Corpo: Localizado medialmente, tem em sua face superior a cela túrcica, que abriga a glândula hipófise; 
x Asas menores: Formam parte do assoalho da fossa anterior do crânio. Ainda participam do limite entre a 
fossa anterior e a média do crânio; 
x Asas maiores: Fazem parte do assoalho da fossa média do crânio. Juntamente com a asa menor formam a 
fissura orbital superior; 
x Processos Pterigóideos: Visualizados apenas na face inferior da base do crânio, são compostos por uma 
lâmina pterigóidea lateral e medial separadas entre si pela fossa pterigóidea. 
 
Osso Temporal: Anatomicamente dividido em seis porções: 
x Porção escamosa: É uma fina lâmina óssea disposta verticalmente na calota craniana, logo abaixo da sutura 
escamosa; 
x Porção zigomática: O processo zigomático estende-se a partir da porção escamosa para se articular com o 
processo temporal do osso zigomático; 
x Porção timpânica: Forma parte do meato acústico externo; 
x Processo estilóide: É uma pequena projeção óssea que se estende no sentido ântero-inferior; 
x Processo mastóide: É um segmento pneumático do osso temporal que estende-se em sentido ântero-inferior; 
x Porção petrosa: Vista apenas na face internado crânio, possui uma cavidade que forma o conduto auditivo 
externo, o ouvido médio, o canal carotídeo, entre outras estruturas. 
 
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Nota
pode ser considerado do calota craniana também.
lâmina perpendicular
lamina horizontal tem furinhos 
avança no osso frontal
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
12 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Osso Occipital: É constituído por três partes: 
x Porção condilar: Forma a parede lateral do osso occipital e possui os côndilos occipitais, que são duas grandes 
protuberâncias que se articulam com a primeira vértebra cervical (atlas); 
x Porção basilar: É uma lamina óssea inclinada ântero-superiormente também denomina de rampa basilar ou 
clivos; 
x Porção escamosa: Forma o assoalho da fossa parietal da calota craniana. Encontramos ali a protuberância 
occipital interna e externa, crista occipital interna e externa, entre outros acidentes. 
 
OBS: Acima, figura mostrando os principais acidentes ósseos da base interna do crânio, distribuídos em seus 
respectivos andares.Texto sobre os andares cranianos a seguir. 
Usuario
Realce
Usuario
Lápis
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
13 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Andar Anterior 
Também chamado de fossa frontal, é a andar mais anterior e raso. Apresenta-se composto pelo osso frontal, 
etmóide e esfenóide. 
 
Limite: 
x Anterior: Superfície interna do osso frontal; 
x Póstero-medial: Limbo esfenoidal; 
x Póstero-lateralmente: Asa menor do esfenóide; 
x Assoalho: Osso frontal, lâmina crivosa e crista Galli (etmóide) e asa menor (esfenóide). 
 
Conteúdo: 
x Lobo frontal do cérebro. 
 
Principais Acidentes: 
x Crista Galli; 
x Lâmina Crivosa (com seus forames); 
x Forame Cego. 
 
 
Andar Médio 
Também chamado de Fossa Temporal, lembra a forma de uma borboleta em uma visão superior. Seus ossos são o 
esfenóide e o temporal. 
 
Limite: 
x Ântero-medial: Limbo esfenoidal; 
x Ântero-lateral: Asa menor do esfenóide; 
x Póstero-medial: Dorso da sela túrsica; 
x Póstero-lateral: Crista petrosa do osso temporal; 
x Assoalho: Esfenóide e temporal. 
 
Conteúdo: 
x Lobos temporais do encéfalo e a glândula hipófise. 
 
Principais Acidentes: 
x Sela túrsica, limbo esfenoidal, fossa hipofisiária, tubérculo da sela e dorso da sela; 
x Processos Clinóides Anterior e Posterior; 
x Canal Óptico, sulco óptico, fissura orbital superior, forame redondo, forame espinhoso, forame redondo e 
lacerado; 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
14 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Andar Posterior 
Também chamado de Fossa Cerebelar, é a maior e mais posterior das fossas cranianas. É constituída por três 
ossos: o occipital, o temporal e o esfenóide. 
Limite: 
x Ântero-medial: Dorso da sela túrsica; 
x Ântero-lateral: Crista petrosa do osso temporal; 
x Posterior: Osso occipital; 
x Assoalho: Osso temporal e occipital;. 
 
Conteúdo: 
x Lobo occipital, cerebelo e tronco encefálico. 
 
Principais Acidentes: 
x Forame magno, meato acústico interno, forame jugular, canal do hipoglosso; 
x Côndilos Occipitais; 
x Clivus; 
x Protuberância occipital interna; 
x Fossa Cerebelar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Porções do Osso Temporal 
 Crânio de um recém nascido 
Face Inferior do crânio 
Usuario
Realce
Usuario
Nota
fontanela mais tensa - criança desidratada - hidrocefalia 
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
15 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 5.3 – Forames do Crânio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: O nervo facial apenas passa pelo meato acústico interno. Sua exteriorização se dá pelo forame 
estilomastóideo. 
Forame cego: Veia emissária para o seio sagital superior. 
Forame etmoidal anterior: Artéria, veia e nervo etmoidais anteriores. 
Forame etmoidal posterior: Artéria, veia e nervo etmoidais posteriores. 
 
Canal óptico: Nervo óptico (II PC) e Artéria oftálmica. 
 
Forame redondo: Nervo maxilar (V2 PC). 
 
 
 
 
 
 
Forame lacerado: Nervo petroso maior e artéria carótida interna. 
 
Meato acústico interno: Nervo facial (VII PC), Nervo vestíbulo coclear (VIII PC) e Artéria labiríntica. 
 
 
Forame jugular: Nervo glossofaríngeo (IX PC), Nervo vago (X PC), Nervo acessório (XI PC), 
Seio sigmóide, Seio petroso inferior e Artéria meníngea posterior. 
 
 
 
 
Forame magno: Bulbo, meninges, artérias vertebrais, Raízes espinais do nervo 
acessório e medula. 
 
 
Forames da lâmina cribriforme: Filamentos do nervo olfatório (I PC). 
 
Fissura orbital superior (fissura esfenoidal): Nervo oculomotor (III PC), Nervo Troclear (IV PC), 
Nervo oftálmico (V1 PC), Nervo abducente (VI PC) e Veia oftálmica superior. 
 
Forame oval: Nervo mandibular (V3 PC) e Artéria Meníngea Acessória. 
 
 
 
 
 
 
Forame espinhoso: Artéria e veia meníngeas médias. 
 
 
 
 
 
 
Canal carotídeo: Artéria carótida interna e Plexo carótico interno. 
 
Forame mastóideo: Veia Emissária. 
Canal do nervo hipoglosso: Nervo hipoglosso (XII PC). 
 
AN
TE
RI
O
R 
M
ED
IA
L 
PO
ST
ER
IO
R 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
16 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 5.4 – Esquema com Tópicos Principais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRETE: O nervo facial apenas passa pelo meato acústico interno. Ele se exterioriza pelo forame 
estilomastóideo. O nervo vestíbulococlear apenas passa pelo meato acústico interno. Ele não se exterioriza do 
crânio. 
11 
Forames da Lâmina Crivosa 
7 
3 
2 
1 
4 
Forame Magno 
Canal Óptico 
Forame Espinhoso 
Forame Lacerado 
Forame Oval 
Forame Redondo 
Fissura Orbital Superior 
Forame Jugular 
Canal do Hipoglosso 
Meato Acústico Interno 
N. Olfatório (I PC) 
Bulbo 
Medula 
Artérias vertebrais 
Meninges 
N. Hipoglosso (XII PC) 
N. Mandibular (V3 PC) 
N. Maxilar (V2 PC) 
N. Oculomotor (III PC) 
N. Troclear (IV PC) 
N. Oftálmico (V1 PC) 
N. Abducente (VI PC) 
Veia Oftálmica 
N. Óptico (II PC) 
Artéria Oftálmica 
6 
5 
N. Glossofaríngeo (IX PC) 
N. Vago (X PC) 
N. Acessório (XI PC) 
Seio Sigmóide 
N. Facial (VII PC) 
N. Vestíbulococlear 
Artéria labiríntica 
Artéria Carótida Interna 
Artéria Meníngea Média 10 
8 
9 
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
17 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 6 – Coluna Vertebral 
A Coluna vertebral, juntamente com o crânio, esterno e costelas forma o esqueleto 
axial, como já tratado anteriormente. Logo, uma de suas principais funções é nos 
conferir estabilidade. Ela consiste em um conjunto de 33 peças ósseas denominadas 
vértebras, nove delas fusionadas, não tendo, portanto, mobilidade. Muitas vértebras 
possuem entre si discos de fibrocartilagens denominados discos intervertebrais e são 
fixadas umas as outras através de ligamentos dispostos ao longo das juntas 
vertebrais. 
Capítulo 6.1 – Divisão 
A coluna Vertebral apresenta-se dividida em cinco porções, de acordo com sua 
localização: 
x Região Cervical: 7 Vértebras; 
x Região Torácica: 12 Vértebras; 
x Região Lombar: 5 Vértebras; 
x Região Sacral: 5 Vértebras (fundidas); 
x Região Coccígea: 4 Vértebras (fundidas). 
 
 
 
 
Capítulo 6.2 – Características Gerais das Vértebras 
As vértebras possuem características específicas de acordo com a região em que estão. Porém algumas 
características são compartilhadas por grande parte delas. Seguem as principais: 
x Forame Vertebral: É um forame de forma oval localizado internamente à vértebra. Quando uma vértebra é 
sobreposta à outra, esse forame torna-se um canal, o canal vertebral, por onde passa a medula espinhal; 
x Corpo Vertebral: É encontrado anteriormente ao forame vertebral. Tem forma cilindróide e possui suas faces 
cranial e caudal planas; 
x Arco Vertebral: É encontrado posteriormente ao forame vertebral. Constitui-se de um par de Pedículos e um 
par de Lâminas; 
xForame Intervertebral: É formado quando duas vértebras são sobrepostas, juntando as incisuras presentes 
nos pedículos. Através desse forame passa o feixe vásculo-nervoso espinhal; 
x Processo Espinhoso: É formado pela união das duas lâminas do arco vertebral, prolongando-se 
posteriormente, na forma de um espinho; 
x Processo Transverso: Surge da união do pedículo com a lâmina; 
x Processo Articular Superior e Inferior: Surgem da mesma forma do processo transverso, e apresentam faces 
articulares que permitem a articulação óssea entre uma vértebra e outra. 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
18 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 6.3 – Características Específicas das Vértebras 
Região Cervical 
São   as   vértebras   relacionadas   com   o   pescoço,   identificadas   pela   letra   “C”   e   seguidas   pelo   número   1   a   7.   A  
primeira vértebra cervical, C1, recebe um nome especial: Atlas, bem como a segunda vértebra, C2, que recebe o 
nome de Axis. Tanto C1 quanto C2 diferem entre si, dentre as vértebras cervicais e dentre todas as demais 
vértebras. 
Atlas: Não apresenta corpo, sendo constituída por duas massas laterais interligadas por um arco vertebral 
anterior e posterior. No arco anterior, encontra-se uma pequena fóvea articular para o dente da Axis. A face 
articular superior de C1 articula-se com os côndilos do osso occipital do crânio. 
 
 
 
Axis: Apresenta um pequeno corpo, em cuja superfície superior projeta-se o dente da Axis (processo odontóide), 
que se articula com a Atlas. 
 
 
 
 
Quanto à estrutura das vértebras cervicais em geral, pode-se dizer que seu corpo é bastante pequeno, 
comparado ao das outras vértebras, devido ao fato de não precisar suportar tanto peso. Possui um forame 
transverso em seu processo transverso em que passa a artéria vertebral, fundamental na vascularização do 
encéfalo e da medula espinhal. Seu processo espinhoso é bífido, curto e horizontalizado. 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
19 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Região Torácica 
É  a  região  relacionada  com  o  tórax.  Apresenta  12  vértebras,  identificadas  pela  letra  “T”  seguida  pelo  número  1  a  
12. Como característica peculiar, essas vértebras apresentam facetas articulares para as costelas na face lateral 
do corpo vertebral e na face posterior do processo transverso. Seu corpo é maior que o das cervicais e seu 
processo transverso, longo, pontiagudo e voltado em direção ínfero-posterior. 
 
 
 
 
 
 
Região Lombar 
Relacionada com o abdome, a região lombar é constituída por cinco vértebras, identificadas pela   letra   “L”   e  
seguidas pelo número 1 a 5. Como características especiais, as vértebras lombares apresentam estrutura robusta 
e corpo vertebral bastante grande, em decorrência do peso que têm que suportar. Apresentam ainda três 
processos, o costal, o mamilar e o acessório. Seu processo espinhoso é robusto, curto e em forma de  “machado”. 
 
 
 
Região Sacral 
É constituída por cinco vértebras fundidas que formam uma pirâmide ao inverso. As duas faces laterais dessa 
pirâmide articulam-se com o osso do quadril, sendo denominadas partes laterais. Sua face anterior é lisa e 
côncava, enquanto a posterior é rugosa e convexa. Essa rugosidade dá-se pela presença de três cristas: uma 
mediana, uma intermédia e uma lateral, resultantes respectivamente da união dos processos espinhosos, 
articulares e transversos das vértebras fundidas. Inferiormente, a articulação com o cóccix é realizada pelos 
cornos sacrais. Súpero-anteriormente encontramos o promontório. 
 
 
 
 
 
Cóccix Constitui-se da fusão de 2 a 4 vértebras e articula-se com o sacro através dos cornos sacrais. 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
20 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 7 – Medula Espinhal 
A medula espinhal é um tubo cilindróide, de aproximadamente 45 cm, achatada 
no sentido ântero-posterior, contida internamente à coluna vertebral. Ela possui 
diâmetro uniforme ao longo de toda a sua extensão, exceto em sua porção 
cervical e lombosacra, que formam os Intumescimentos cranial e caudal, 
respectivamente. Existe ainda, uma diminuição gradativa do tecido nervoso na 
medida em que se dirige inferiormente na medula, sendo chamada essa 
diminuição de cone medular. 
Ela faz parte, juntamente com o encéfalo, do SNC e é responsável pela recepção 
de estímulos sensitivos vindos de meios externos e transmissão do impulso 
motor. Possui substância cinzenta internamente e substância branca 
externamente. 
Até o quarto mês de vida, a coluna vertebral e a medula espinhal apresentam 
ritmo de crescimento semelhante. Após esse período, a coluna passa a ter um 
crescimento maior que o da medula. Isso acarreta com que os nervos espinhais 
não saiam mais horizontalizados no forame intervertebral de sua respectiva 
vértebra (com exceção das cervicais), e também com que haja a formação da 
cauda eqüina, um feixe de nervos espinhais que se estende após o término da 
medula (L2). 
Capítulo 7.1 – Subdivisão 
A medula espinhal é divida em quatro porções (cervical, torácica, lombar e sacral), cada uma dando origem a 
nervos espinhais que se apresentam em mesma quantidade que o número de vertebrais de mesmo nome (ex: são 
12 vértebras torácicas, logo são doze pares de nervos espinhais torácicos). A única exceção é a porção cervical da 
medula, que embora possua apenas sete vértebras, apresenta oito feixes nervosos. Isso deve-se ao fato de que a 
coluna vertebral articula-se com os côndilos occipitais, sendo ali mais um espaço para que saia um nervo espinhal. 
Esses nervos espinhais formarão plexos, que inervarão a musculatura (esquelética e lisa) do tronco, membro 
superior e inferior: 
x Plexo Cérvico-braquial - C1 a T1; 
x Nervos Intercostais Torácicos - T1 (ramo menor) a T6; 
x Nervos intercostais tóraco-abdominais - T7 a T11; 
x Nervo Subcostal Abdominal - T12; 
x Plexo Lombo-sacral - L1 a S4 (ramo superior); 
x Plexo Coccígeo - S4 a C1. 
Capítulo 7.2 – Localização 
A Medula espinhal delimita-se superiormente com o bulbo (medula oblongata) através do forame magno, e 
termina inferiormente a nível da segunda vértebra lombar (L2), encontrando-se abaixo disso apenas os nervos da 
cauda eqüina. 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
21 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 7.3 – Planos de Proteção 
A medula espinhal, por ser um órgão tão sensível e de tanta importância encontra-se protegida por uma série de 
estruturas que a isolam de agentes químicos, microorganismos infecciosos, e traumas físicos variados. Do mais 
externo para o mais interno, esses planos são: 
x Plano Muscular: Formada pelos músculos pertencentes às massas pré-vertebrais, para-vertebrais e da goteira 
neural; 
x Plano Ósseo-ligamentar: É representado pelas vértebras, pelos discos intervertebrais, localizados entre elas, 
e pelos ligamentos vertebrais. 
x Plano Adiposo: Fixa a medula espinhal dentro do forame vertebral, não deixando espaços que possam 
provocar traumatismos na mesma. Está localizado entre o periósteo interno da coluna e a meninge mais 
externa, a dura-máter, sendo esse espaço conhecido por epidural. 
x Plano Meníngeo: É formado pelas três meninges que revestem nosso SNC. A mais externa é a dura-máter, 
seguida pela aracnóide e por fim pela pia-máter. O espaço localizado entre a dura-máter e a aracnóide 
(subdural) é virtual enquanto o espaço entre a aracnóide e a pia-máter (sub-aracnóideo) é real, contendo 
mais um fator de proteção da medula, o líquor – líquido céfalo-raquidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 7.4 – Estrutura Anatômica da medula em um corte transversal 
Em um corte transversal da medula espinhal podemos encontrar ao longo de sua superfície, uma série de 
acidentes que incluem sulcos, fissuras e septos. 
Inicialmente encontramos, em uma linha mediana, anteriormente a fissura mediana anterior, e posteriormente o 
sulco mediano posterior, que se prolonga até a substância cinzenta atravésdo septo mediano posterior. 
 
 
Lateralemnte encontramos então dois pares 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
22 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Lateralmente encontramos dois pares de sulcos, da onde se originam as raízes nervos espinhais. Do sulco 
colateral anterior origina-se a raiz motora do nervo espinhal; do sulco colateral posterior, origina-se a raiz 
sensitiva do nervo espinhal. 
Os sulcos presentes na substância branca mediana delimitam áreas denominadas funículos. Sendo assim temos: 
x Funículo Anterior: Localizado entre a Fissura Mediana Anterior e o Sulco Colateral Anterior; 
x Funículo Lateral: Localizado entre o Sulco Colateral Anterior e o Sulco Colateral Posterior; 
x Funículo Posterior: Localizado entre o Sulco Mediano Posterior e o Sulco Colateral Posterior; 
 
 
Na medula cervical, o funículo posterior é dividido em duas porções 
(fascículos) por um sulco, denominado Sulco Intermédio Posterior. 
Ambos os fascículos continuam-se na medula oblongata (bulbo), 
mantendo seus respectivos nomes 
x Fascículo Grácil ou de Goll: É o mais medial; 
x Fascículo Cuneiforme ou de Burdach: É o mais lateral. 
 
Quanto a substância cinzenta raquidiana, apresenta-se   na   forma   de   “H”,   o   H   Medular.   Nele   podem   ser  
diferenciadas uma coluna anterior e uma coluna posterior, delimitadas por uma comissura intermediária. No 
centro da substância cinzenta encontra-se o canal ependimário, por onde circula líquor. 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
23 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 8 – Tronco Cerebral 
Conceito 
O tronco cerebral é uma estrutura pertencente ao sistema nervoso segmentar, que possui substância branca 
externamente e substância cinzenta internamente e que comunica a medula espinhal ao cérebro. Ele ainda serve 
como a sede de 10 núcleos de pares cranianos. 
Divisão 
É subdividido em três andares: o inferior ou bulbo, o médio ou ponte e o superior ou mesencéfalo. 
Origem Embriológica 
O tronco encefálico é derivado das vesículas encefálicas mais caudais. Assim temos que: 
x A vesícula mesencefálica forma o mesencéfalo; 
x A vesícula metencefálica forma a ponte; 
x A vesícula mielecefálica forma o bulbo. 
Localização 
Localiza-se na fossa craniana posterior, interposto ao cérebro e a medula espinhal. 
Limites 
É delimitado através de 3 planos: 
x Plano Superior: Plano horizontal que passa pelos corpos mamilares e vai até a comissura posterior. Separa o 
tronco do diencéfalo; 
x Plano Lateral: É definido como a origem aparente do nervo trigêmeo (V PC); 
x Plano Inferior: Separa o tronco da medula espinhal, estando localizado a nível do forame magno. 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
24 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 8.1 – Face Anterior do Tronco Cerebral 
8.1.1 - Bulbo 
Delimitação 
x Limite Inferior: Forame Magno. Faz limite com a medula espinhal. 
x Limite Superior: Sulco Bulbopontino (visível apenas anteriormente). Faz limite com a ponte. 
Face Anterior 
O bulbo apresenta em sua face anterior 3 depressões: 
x Fissura Mediana Anterior, continuação da fissura mediana anterior da medula espinhal; 
x Sulco Pré-olivar ou Colateral Anterior, continuação do sulco ântero-lateral da medula espinhal; 
x Sulco Pós-olivar ou Colateral Posterior, continuação do sulco póstero-lateral da medula espinhal; 
Entre essas depressões formam-se duas áreas bulbares: 
x Área Bulbar Anterior: Localizada entre a fissura Mediana anterior e o sulco pré-olivar. Na sua superfície 
encontramos as pirâmides bulbares, um intumescimento formado por fibras motoras. Na região inferior 
encontramos um cruzamento oblíquo de fibras motoras que cobrem a fissura mediana anterior, que garante 
que o hemicorpo seja controlado pelo lado oposto do cérebro. A esse cruzamento é dado o nome de 
decussação motora. 
x Área Bulbar lateral: Localizada entre o sulco pré-olivar e o pós-olivar. Observa-se em sua superfície uma 
eminência de cada lado denominadas olivas bulbares. 
Estruturas Principais da face anterior do bulbo 
Sulco bulbopontino; Fissura mediana anterior; Sulco pré-olivar; Sulco pós-olivar; Pirâmides bulbares; Decussação 
motora; Olivas bulbares. 
 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
25 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
8.1.2 - Ponte 
Delimitação 
x Limite Inferior: Sulco Bulbopontino (visível apenas anteriormente). Faz limite com o bulbo. 
x Limite Superior: Sulco pontomesencefálico (visível apenas anteriormente). Faz limite com o mesencéfalo. 
Face Anterior 
Apresenta um sulco medial denominado Sulco Basilar, onde aloja-se a artéria Basilar. Ao lado do sulco 
encontramos, de cada lado, o tóros piramidal, e ainda mais lateral encontra-se a origem aparente do V PC, o 
nervo trigêmeo. 
Estruturas Principais da face anterior da ponte 
Sulco bulbopontino; Sulco pontomesencefálico; Sulco basilar; Tóros piramidal; Origem aparente do n. trigêmeo. 
 
 
 
 
 
 
8.1.3 - Mesencéfalo 
Delimitação 
x Limite Inferior: Sulco pontomesencefálico (visível apenas anteriormente). Faz limite com a ponte. 
x Limite Superior: Plano que liga os corpos mamilares à comissura posterior. Limita-se com o diencéfalo. 
Face Anterior 
Em um corte transversal do mesencéfalo vemos os 
pedúnculos cerebrais anteriormente, divididos em 
uma porção ventral chamada de Base do pedúnculo 
e uma dorsal chamada de Tegmento. Interpondo-se 
ao tegmento e a base dos pedúnculos encontra-se a 
Substância Negra, aglomerado de neurônios com 
deposição de melanina, responsáveis pelo mal de 
Parkinson caso lesões degenerativas ocorram neles. 
Entre os pedúnculos encontramos a Fossa 
Interpeduncular e posteriormente o Aqueduto de 
Sylvius. 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
26 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 8.2 – Face Posterior do Tronco Cerebral 
A principal característica da face posterior do tronco é o surgimento de uma grande cavidade, o primeiro 
resquício do tubo neural a nível encefálico, denominado IV Ventrículo. Devido a presença dessa cavidade, o 
tronco encefálico apresenta-se dividido em 3 porções: 
x Porção Fechada do bulbo: Corresponde ao 1/3 inferior da face posterior do bulbo; 
x Fossa Rombencefálica: Corresponde ao IV ventrículo e compreende os 2/3 superiores da face posterior do 
bulbo e a face posterior da ponte; 
x Lâmina Quadrigeminal: Também chamada de tecto mesencefálico, corresponde à face posterior do 
mesencéfalo. 
8.2.1 – Porção Fechada do Bulbo 
Os acidentes encontrados na face posterior do bulbo são muito semelhantes aos encontrados na porção cervical 
da medula espinhal. Três depressões podem ser encontradas: 
x Sulco Mediano Posterior: É a continuação do sulco longitudinal posterior da medula espinhal; 
x Sulco Lateral Posterior; 
x Sulco Intermediário posterior; 
A área bulbar posterior (a anterior e a lateral são vistas na face anterior) é delimitada pelo sulco mediano 
posterior e pelo sulco lateral posterior. Ela é subdividida, pelo sulco intermediário posterior em dois fascículos: 
x Fascículo de Goll: Também chamado de fascículo Grácil, localiza-se medialmente, entre o sulco mediano 
posterior e o sulco intermediário posterior; 
x Fascículo de Burdach: Também chamado de fascículo Cuneiforme, localiza-se lateralmente, entre o sulco 
intermediário posterior e o sulco lateral posterior; 
Na região superior de cada fascículo encontra-se uma saliência de tecido nervoso, que para o fascículo grácil é 
chamada de Tubérculo de Goll e para o fascículo cuneiforme, Tubérculo de Burdach. Os feixes que trazem 
informações para os tubérculos carregam informações de propriocepção consciente, um tipo de sensibilidade 
especial que permite saber onde está cada segmento do corpo sem que precisemos olhar para os mesmos. 
Estruturas Principais da porção posterior fechada do bulbo 
Sulco mediano posterior; Sulco lateral posterior; Sulco intermediário posterior; Fascículo de Goll; Tubérculo de 
Goll; Fascículo de Burdach, Tubérculo de Burdach.Anatomia do Sistema Nervoso 
 
27 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
8.2.2 – IV Ventrículo ou Fossa Rombencefálica 
Conforme já mencionado o IV ventrículo relaciona-se com os 2/3 superiores da face posterior do bulbo e com a 
porção posterior da ponte. 
Localização 
Está localizado entre o tronco cerebral e o cerebelo, podendo ser visto em um corte sagital, em forma de 
triângulo ou em um corte coronal, em forma de losango, sendo dividido em dois triângulos, um superior e outro 
inferior. 
Limites 
x Limite Ínfero-lateral: Pedúnculos Cerebelares Inferiores; 
x Limite Súpero-lateral: Pedúnculos Cerebelares Superiores; 
x Limite Lateral: Forames de Lutschka; 
x Limite Superior: Aqueduto Mesencefálico de Sylvius (ânus aquedutal inferior); 
x Limite Inferior: Óbex, um conglomerado de neurônios com funções viscerais e que é o local de abertura do 
canal ependimário da medula no IV ventrículo; 
x Teto: Véu Medular Inferior ou Posterior e Véu Medular Superior ou Anterior; 
x Assoalho: Fossa Rombóide. Seu 1/3 inferior forma uma triângulo, que é representado pela porção aberta do 
bulbo, e seus 2/3 superiores formam outro triângulo, representado pela face posterior da ponte. 
 
 
 
 
 
 
 
Descrição do Assoalho (Fossa Rombóide) 
O assoalho do IV ventrículo apresenta medialmente um sulco central e longitudinal denominado de Cálamos ou 
Sulco do Cálamo, e é dividido didaticamente em dois triângulos, um superior e outro inferior. 
No triângulo superior encontramos a cada lado do Cálamos uma saliência, chamada de Funículo Teres, que se 
acaba caudalmente em uma pequena eminência chamada de Colículo facial ou Eminência Teres. Profundamente 
ao colículo facial encontra-se o núcleo do nervo abducente, e não o do facial como era de se esperar. 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
28 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Lateralmente ao Funículo Teres encontramos o Sulco Limitante. Os núcleos encontrados medialmente a esse 
sulco são motores e derivados da lâmina basal, e os núcleos encontrados lateralmente a ela são sensitivos, sendo 
derivados da lâmina alar do tubo neural. No triângulo superior encontramos ainda o Locus Ceruleos, que é 
relacionado ao ciclo sono-vigília. 
Quanto ao triângulo inferior, apresenta diversas regiões chamadas de trígonos ou Asas do IV Ventrículo: 
x Trígono do Hipoglosso (Asa Branca Interna): É o trígono mais medial e corresponde ao núcleo do nervo 
hipoglosso (XII PC); 
x Trígono do Vago (Asa Cinzenta): É lateral ao trígono do hipoglosso e corresponde aos núcleos dos nervos 
vago (X PC) e Glossofaríngeo (IX PC); 
x Área Vestibular (Asa Branca Externa): É Lateral ao trígono do vago, relacionando-se com o equilíbrio; 
x Tubérculo Acústico: É a estrutura mais lateral de todas, sendo relacionada com a audição; 
Existem ainda as Estrias Medulares, na região medial e horizontalizadas, como que divisoras entre os dois 
triângulos (superior e inferior). 
Estruturas Principais do assoalho do IV Ventrículo 
Cálamos; Funículo Teres; Colículo Facial; Sulco Limitante; Locus Ceruleos; Trígono do Hipoglosso; Trígono do Vago; 
Área Vestibular; Tubérculo Acústico; Estrias Medulares. 
 
 
 
 
 
Comunicações do IV Ventrículo 
O IV Ventrículo comunica-se superiormente com o 
Aqueduto mesencéfálico de Sylvius e inferiormente 
com o Canal Central do Bulbo. 
Além disso, ele comunica-se com o espaço 
subaracnóideo através de três forames. Dois são 
laterais, os Forames de Lutschka, e drenam o líquor 
para a Cisterna Pontina e um é medial, o Forame de 
Magendie, que drena o líquor para a Cisterna 
Magna (Cerebelo-medular). 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
29 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
8.2.3 – Lâmina Quadrigeminal 
A Lâmina Quadrigeminal, também chamada de Tecto Mesencefálico, corresponde à porção posterior do 
mesencéfalo. Ela é constituída por um grupo de quatro tubérculos quadrigeminais, dois superiores (colículos 
superiores) e dois inferiores (colículos inferiores). Entre os quatro colículos há um sulco delimitando-os – o sulco 
cruciforme – e sobre essa lâmina apóia-se a glândula pineal (epífise). Os colículos superiores relacionam-se com a 
visão e os inferiores com as vias da audição. 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 9 – Cerebelo 
O cerebelo é um órgão Supra-segmentar do sistema nervoso central. Ele apresenta uma camada externa 
constituída de substância cinzenta, o córtex cerebelar, e uma camada mais interna de substância branca, o corpo 
medular. Origina-se da vesícula metencefálica, que é derivada do rombencéfalo. 
 
Capítulo 9.1 – Localização 
O cerebelo localiza-se na fossa craniana posterior, juntamente com o lobo occipital do cérebro. Encontra-se 
separado das demais estruturas superiores do neuroeixo através de uma tenda, a tenda do cerebelo, sendo então 
considerado um órgão infratentorial. 
 
Capítulo 9.2 – Faces Externas 
O cerebelo encontra-se externamente dividido em três faces, abaixo descritas, apresentando-se com forma 
triangular: 
x Face Anterior: Está voltada para o IV ventrículo, fazendo parte de seu teto; 
x Face Inferior: Voltada para as fossas cerebelares do osso occipital; 
x Face Superior: Voltada para a face inferior da tenda do cerebelo. 
 
 
 
 
 
 
Pedúnculos Cerebelares 
Do centro da face anterior do cerebelo observa-se 3 cordões de substância branca que o conectam com o 
restante do sistema nervoso central. São eles: 
x Pedúnculo Cerebelar Superior: Predominantemente eferente. Comunica-se com o mesencéfalo; 
x Pedúnculo Cerebelar Médio: Comunica-se com a ponte; 
x Pedúnculo Cerebelar Inferior: Predominantemente aferente. Comunica-se com o bulbo. 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
30 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 9.4 – Divisões do Cerebelo 
O cerebelo é dividido de acordo com três conceitos: anatômico, ontogenético e filogenético. 
 9.4.1 – Divisão Anatômica 
O cerebelo possui externamente forma similar à de uma borboleta, possuindo uma região ímpar e medial, 
denominada Vermis Cerebelar, e duas grandes massas laterais, denominadas Hemisférios Cerebelares. Na face 
inferior do cerebelo ainda encontramos uma pequena depressão mediana chamada de Valécula Cerebelar, além 
das Tonsilas Cerebelares, que possuem importância clínica bastante grande, pois caso haja aumento excessivo de 
pressão intracraniana, uma diminuição subida poderá fazer com que elas descem pelo forame magno, 
comprimindo o bulbo, o que poderá causar sérias complicações cardiorrespiratórias. 
 
9.4.2 – Divisão Ontogenética 
Essa divisão é baseada no desenvolvimento do cerebelo desde sua embriogênese até sua maturação completa. 
Inicialmente o cerebelo é um órgão liso. Com o tempo, ele começa a adquirir sulcos e fissuras. A primeira a 
aparecer é a fissura póstero-lateral, que divide o cerebelo em duas partes: uma superior, o corpo do cerebelo 
(vermis + hemisférios) e uma inferior, o lobo flóculo-nodular. 
O segundo sulco a aparecer é a Fissura Prima, que divide o corpo cerebelar em lobo cerebelar anterior e lobo 
cerebelar posterior. A terceira fissura que aparece é a fissura horizontal que, no entanto, não tem grande 
importância. 
Formam-se então uma série de fissuras que dividirão o cerebelo em uma série de lóbulos cerebelares. Dentre 
esses, é de fundamental importância o reconhecimento de dois no lobo posterior: os lóbulos vermianos Úvula e 
Pirâmide. 
 
9.4.3 – Divisão Filogenética 
É a divisão que apresenta maior importância clínica. Divide o cerebelo em três porções, abaixo descritas: 
Porção Cerebelar Córtex Cerebelar Núcleo Cerebelar Informação provém do (a) Função Cerebelo 
Arquicerebelo Lóbulo Flóculo-nodular Fastigial Aparelho Vestibular Equilíbrio Vestibular 
Paleocerebelo Lobo Anterior + Pirâmide e Úvula (lobo posterior) 
Emboliforme e 
Globoso 
Medula Espinhal 
(propriocepção consciente) 
Tônus muscular e 
movimentos aprendidos Espinhal 
Neocerebelo Lobo Posterior menos Pirâmide e Úvula Denteado Córtex Cerebral 
Aprendizagem de 
movimentos, coordenação 
e metria 
CorticalAnatomia do Sistema Nervoso 
 
31 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 10 – Pares Cranianos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Par Craniano Origem Real Origem Aparente Emergência Craniana Função 
I N. Olfatório Telencéfalo Telencéfalo Lâmina Crivosa Olfação 
II N. Óptico Diencéfalo Diencéfalo Canal Óptico Visão 
III N. Oculomotor Mesencéfalo Fossa Interpeduncular Fissura Orbital Superior 
Músculos Oculares 
extrínsecos e Intrínsecos* 
IV N. Troclear Mesencéfalo Inferiormente ao Colículo Inferior Fissura Orbital Superior M. Oblíquo Superior 
V N. Trigêmeo 
Mesencéfalo 
Ponte 
Bulbo 
Face Lateral da ponte 
V1-Fissura. O. S. 
V2-Forame Redondo 
V3-Forame Oval 
Raiz Motora: F. Oval 
Sensibilidade da pele da 
face e motricidade dos m. 
da mastigação 
VI N. Abducente Ponte Sulco Bulbopontino Fissura Orbital Superior Músculo Reto lateral 
VII N. Facial Ponte Sulco Bulbopontino Forame Estilomastóideo 
Mímica, gustação dos 2/3 
anteriores da língua e 
Glândulas ** 
VIII N. Vestibulococlear Ponte Sulco Bulbopontino Não Possui Vestibulo-Equilíbrio Coclear-Audição 
IX N. Glossofaríngeo Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular 
Gustação do 1/3 posterior 
da língua e sensibilidade da 
orofaringe 
X N. Vago Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular 
Motricidade da faringe. 
Inervação parassimpática 
*** 
XI N. Acessório Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular Esternocleidomastóideo e trapézio 
XII N. Hipoglosso Bulbo Sulco Pré-olivar Canal do Hipoglosso Motricidade da língua 
 
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Lápis
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
32 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 11 – Diencéfalo 
O diencéfalo é uma estrutura encontrada no plano mediano, sendo visualizada apenas na parte inferior do 
cérebro (de quem faz parte, juntamente com o telecéfalo). Anteriormente a ele encontra-se a hipófise e 
posteriormente a epífise (pineal). 
 
Capítulo 11.1 – Divisões do Diencéfalo 
O diencéfalo é dividido em quatro porções, e possui em seu interior o Sulco Hipotalâmico, que liga os forames 
interventriculares de Monroe* ao aqueduto mesencefálico de Sylvius. Esse sulco separa as quatro porções do 
diencéfalo em dois grupos, um superior, que apresenta funções sensitivas e outro inferior, que apresenta funções 
motoras. 
x Tálamo (superior – sensitivo); 
x Epitálamo (superior – sensitivo); 
x Hipotálamo (inferior – motor); 
x Metatálamo (inferior – motor); 
*O forame interventricular de Monroe liga os ventrículos laterais do encéfalo ou terceiro ventrículo. 
 
 
Capítulo 11.2 – III Ventrículo 
Para se entender de maneira mais precisa o diencéfalo é necessário estudar a cavidade delimitada pelas suas 
paredes, o III ventrículo. Ele comunica-se superiormente com os ventrículos laterais do telencéfalo através dos 
forames interventriculares de Monroe e inferiormente com o IV ventrículo, através do aqueduto mesencefálico 
de Sylvius. Em seu interior encontra-se o líquor. 
 
Limites do III Ventrículo 
x Lateral: Tálamo superiormente e Hipotálamo inferiormente; 
x Inferior (assoalho): Hipotálamo; 
x Superior (teto): Tela Coróide; 
x Posterior: Epitálamo; 
x Anterior: Comissura anterior e lâmina terminal (telecéfalo); 
 
Recessos do III Ventrículo 
São prolongamentos situados no assoalho do III ventrículo: 
x Óptico: Na região do quiasma óptico; 
x Infundibular: liga o diencéfalo à hipófise; 
x Pineal: Na região da glândula pineal; 
x Supra-pineal: na Região superior da glândula pineal; 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
33 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 11.3 – Epitálamo 
Localiza-se póstero-superiormente no diencéfalo, sendo formado pelo corpo pineal (epífise) e pela comissura 
posterior. A epífise é responsável pela produção de melatonina, sendo então intimamente ligada com o processo 
de sono e vigília. 
Capítulo 11.4 – Tálamo 
Possui duas massas laterais, unidas pela aderência intertalâmica. Realiza a sinapse do sistema nervoso sensitivo, 
funcionando como uma espécie de filtro de sensibilidade. Sua porção posterior alarga-se, sendo chamada de 
pulvinar. No pulvinar do tálamo encontra-se o metatálamo, que é sub-dividido em duas porções: 
x Corpo Geniculado Lateral: Relaciona-se com os Colículos Superiores da lâmina quadrigeminal, participando, 
portanto, da via óptica; 
x Corpo Geniculado Medial: Relaciona-se com os Colículos Inferiores da lâmina quadrigeminal, participando, 
portanto, da via auditiva. 
 
Capítulo 11.5 – Subtálamo 
É a única porção do diencéfalo que não é relacionada com o III ventrículo. Sua principal estrutura é o núcleo 
subtalâmico de Luys, que pode provocar movimentos involuntários de arremesso no ombro e até mesmo 
Parkinson, caso seja lesado. 
Capítulo 11.6 – Hipotálamo 
Apresenta uma série de estruturas importantes, que são assim dispostas quando em uma sintopia ântero-
posterior: Quiasma Óptico; Infundíbulo; Túber Cinéreo; Corpos Mamilares. Sua porção anterior é parassimpática 
e sua porção posterior simpática. Apresenta como funções o controle do sistema nervoso autônomo, sistema 
endócrino, controle do comportamento, afetividade e memória, cognição, regulação da homeostasia, produz 
antidiurético e occitocina e regulação do da adeno-hipófise. 
OBS: Adenohipósfise (anterior) – Glandular 
 Neurohipófise (posterior) – Neural 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
34 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12 – Telencéfalo 
Subdivisão: 
Profundamente 
 Centro Branco Medular 
 Núcleos da Base 
 
Superficialmente 
 Córtex Cerebral 
 
Centro Branco Medular 
É formado por fibras Mielínicas. Dividido em: 
 
Fibras de Associação: Associam os lobos do cérebro (intercortical). Divididas em: 
 
1. Intrahemisféricas: Associam lobos dentro do mesmo hemisfério. 
2. Interhemisféricas: Associam lobos dos dois hemisférios. 
 
Fibras de Projeção: Ligam o córtex cerebral a centros subcorticais. Dividem-se em: 
 
1. Fórnix: Une o hipocampo aos corpos mamilares. Integra o circuito de Papez (emoção e comportamento). 
2. Cápsula Interna: Contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras 
formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e 
tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir 
a coroa radiada. 
 
Perna Posterior: N. Lentiforme e Tálamo 
Perna Anterior: N. Lentiforme e N. Caudado 
Joelho 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
35 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.1 – Núcleos da Base 
São agregados de corpos de Neurônios, em meio à substância branca. 
Núcleo Cláustrum: É uma delgada lâmina de substância 
cinzenta localizada entre o córtex da ínsula e o putâmen. 
Delimita-se através de lâminas de substância branca: a cápsula 
Externa e Extrema. 
Núcleo Lentiforme: Apresenta o formato de uma pirâmide. 
Localiza-se na curvatura do núcleo caudado, estando unido a 
este anteriormente. Divide-se em duas porções através das 
lâminas medulares lateral e medial: putâmen e globo pálido. 
Núcleo Caudado: Apresenta o aspecto de uma ferradura, cuja 
borda convexa ajuda a formar as paredes do ventrículo lateral, e a côncava circunda o 
núcleo lentiforme e o tálamo. Apresenta 3 porções: a cabeça, uma porção anterior e 
volumosa, o corpo e a cauda. No término da cauda dispo-se o corpo amigdalóide, uma 
massa de subs. cinzenta pequena e esférica. Separando o núcleo lentiforme do 
caudado tem-se uma faixa de substância branca chamada cápsula interna (perna 
anterior). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corpo Amigdalóide – Sistema Básico de proteção (avançar ou correr). 
Núcleo Accumbens – Comportamento Agressivo. 
OBS 1: Tudo que chega aos núcleos entra pelo Putâmen e pelo Núcleo Caudado e sai pelo Globo pálido Medial e 
Lateral. 
OBS 2: A Cápsula Internaé Importante pois na região onde se comunica com o tálamo encontra-se a passagem 
das fibras motoras. 
Sintopia Latero-Medial 
1. Córtex Cerebral 
2. Cápsula Extrema 
3. Núcleo Cláustrum 
4. Cápsula Externa 
5. Putamen do Núcleo Lentiforme 
6. Lâmina Medular Lateral 
7. Globo Pálido Lateral do Núcleo Lentiforme 
8. Lâmina Medular Medial 
9. Globo Pálido Medial do Núcleo Lentiforme 
10. Cápsula Interna 
11. Anteriormente: Núcleo Caudado, Posteriormente: Tálamo 
12. Terceiro Ventrículo 
*Cauda do Núcleo Caudado 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
36 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.2 – Dominância Cerebral 
O Hemisfério Dominante é em 99% das pessoas Destras, esquerdo e em 50% das pessoas Sinistras esquerdo. O 
Hemisfério Dominante é responsável pelo Cálculo, raciocínio científico, pela linguagem, pela leitura. O não 
Dominante é responsável pela música, pelo raciocínio abstrato, pela compreensão dos espaços e dos objetos 
como um todo. 
Capítulo 12.3 – Córtex Cerebral 
 
Dois hemisférios, direito e esquerdo, subdivididos pela fissura longitudinal do cérebro. Três pólos, um anterior, 
denominado frontal, um latero-inferior denominado temporal, e um posterior, o occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
Apresenta-se dividido em 5 lobos. Quatro destes são visíveis na face externa do cérebro: frontal, parietal, 
temporal e occipital. Apenas um, a insúla, está profundamente 
à superfície. Pode-se enxergá-lo afastando-se os lábios da 
fissura lateral de Sylvius. 
 
Possui também 3 faces: uma súpero-lateral, uma inferior e 
uma medial. Suas bordas são assim dispostas: uma 
superiormente, uma ínfero-medialmente e uma ínfero-
lateralmente. 
Lobo Frontal 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
37 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.4 – Face Súpero-lateral 
A nível de lobo frontal encontramos, paralelamente à Fissura Central de Rolando, o sulco pré-central. Desse sulco 
saem outros dois, em um ângulo de 90º: o frontal superior e o frontal inferior. Os giros ali encontrados são o pré-
central, que é responsável pela motricidade do membro superior, tronco e face, o frontal superior e o frontal 
inferior, que, no hemisfério dominante, constitui área de Broca, responsável pela fala. No lobo parietal 
encontramos, paralelamente a fissura central de Rolando o sulco pós-central. Dele sai outro sulco, o intraparietal. 
Os giros ali encontrados são: o pós-central, responsável pela sensibilidade somestática do membro superior, 
tronco e face, o lóbulo parietal superior e o lóbulo parietal inferior. Dentro do lóbulo parietal inferior 
encontramos dois giros, o supra-marginal e o angular. Na região intermediária entre esses dois giros, no 
hemisfério dominante, encontramos a área de Wernicke, que é o centro da interpretação. No lobo temporal 
encontramos dois sulcos, o temporal superior e o temporal inferior. Entre esses sulcos encontra-me três giros: o 
temporal superior, o temporal médio e o temporal inferior. Internamente ao giro temporal superior, 
encontramos o giro temporal transverso, que é responsável pela audição. 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas Corticais Primárias 
x Centro Cortical da Palavra Falada (de Broca) 
Giro frontal Inferior do hemisfério Dominante 
x Centro Cortical Motor 
Giro pré-central (origem do feixe piramidal) 
x Centro Cortical da Audição 
Giro Temporal Transverso (Giro Temporal Superior) 
x Centro Cortical da Sensibilidade Somestática 
Giro pós-central 
x Centro da Interpretação 
Giro Supramarginal (somente no hemisfério dominante) (Área de Wernicke) 
 
1. Giro Pré-central 
2. Giro Frontal Superior 
3. Giro Frontal Médio 
4. Giro Frontal Inferior 
5. Giro Temporal Superior 
6. Giro Temporal Médio 
7. Giro Temporal Inferior 
8. Giro Pós-central 
9. Lóbulo Parietal Superior 
10. Lóbulo Parietal Inferior 
11. Giro Supramarginal 
12. Giro Angular 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
38 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.5 – Face Medial 
Na face medial vemos um sulco que delimita as bordas do corpo caloso, chamado de sulco do corpo caloso. Acima 
dele encontramos o giro do cíngulo, área relacionada ao sistema límbico (emoções), que é delimitada 
superiormente pelo sulco do cíngulo. Esse se bifurca no sulco paracentral e no ramo marginal. Entre esses dois 
sulcos encontramos o lóbulo paracentral, em cuja região anterior encontramos a área motora do membro inferior 
e genitália, e na região posterior, a área sensitiva dos respectivos órgãos. Na região anterior ao sulco paracentral, 
encontramos os giros frontais. Abaixo do corpo caloso e anteriormente à lâmina terminal encontramos a área 
septal, responsável pela olfação. Posteriormente ao lóbulo paracentral encontraremos o lóbulo quadrilátero (pré-
cúneos), que será delimitado inferiormente pela fissura parieto-occipital. Abaixo dessa fissura encontramos o 
cúneos, e então a fissura calcarina. Nos lábios da fissura calcarina, encontrada no lobo occipital, encontra-se a 
área cortical da visão. Abaixo dessa fissura vemos o giro occipto-temporal medial. 
 
 
 
 
 
 
Corpo Caloso: Dividido em quatro porções (tronco, esplênio, joelho e rosto). Forma o teto dos ventrículos laterais. 
Comissura Anterior: Conecta os dois bulbos olfatórios e as áreas piriformes. Une-se ao quiasma óptico pela 
lâmina terminal. 
Fórnix ou trígono: É formado por duas metades simétricas e laterais. A extremidade anterior, colunas do fórnix, 
termina nos corpos mamilares, e a extremidade posterior, pernas do fórnix, termina no hipocampo. 
Septo Pelúcido: Cavidade encontrada entre duas lâminas verticais de tecido nervoso, que ligam o fórnix ao corpo 
caloso. 
Áreas Corticais Primárias 
x Centro Cortical Motor (homúnculo de penfield) 
Anterior a fissura central de Rolando 
x Sensibilidade da Genitália Externa, perna e pé 
Posterior a fissura Central de Rolando 
x Sistema Límbico (emoções) 
Giro do Cíngulo 
x Centro do Prazer 
Área Septal 
x Centro Cortical da Visão 
Fissura Calcariana 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
39 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.6 – Face Inferior 
No lobo frontal, observamos os sulcos olfatório (aloja o bulbo olfatório), cruciforme e orbitário externo. Os giros 
são o reto, olfatório externo, orbitário interno, e orbitário externo. Posteriormente, encontramos vários sulcos e 
giros, assim descritos em uma sintopia látero-medial: Giro temporal inferior, sulco occipito-temporal externo, giro 
occipito-temporal lateral, o sulco occipito-temporal interno (colateral), giro occipito-temporal medial. O sulco 
occipito-temporal interno continua-se anteriormente como sulco rinal e delimita juntamente com o sulco 
hipocampal o giro para-hipocampal. Esse último, ao curvar-se sobre o sulco hipocampal, forma o uncus, que 
participa da área cortical da olfação. O hipocampo, localizado nessa região é o responsável pela memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 12.7 – Ventrículos Encefálicos 
São cavidades, em número de quatro, encontradas internamente ao encéfalo, revestidas por epitélio 
ependimário e que possuem em seu interior líquor (líquido cérebro-espinal) circulante. 
Ventrículos Laterais: São dois ventrículos, um esquerdo (I) e outro direito (II), constituídos por uma grande 
porção central, chamada de corpo, da onde se originam três expansões, denominadas cornos, uma para cada 
pólo cerebral. Cada ventrículo lateral comunica-se com o III Ventrículo através de um forame interventricular de 
Monro. 
Terceiro Ventrículo: Anteriormente já explicado, é a cavidade do diencéfalo, tendo a maior parte de seus limites 
formadas por ele. Comunica-se inferiormente com o IV ventrículo através do aqueduto de Sylvius. 
Quarto Ventrículo: O IV ventrículo, também já explicado anteriormente, é a cavidade encontrada a nível de 
tronco cerebral. Comunica-se superiormente com o III Ventrículo e inferiormente com o canal central do bulbo. 
Apresenta três aberturas que permitem a drenagem do líquor para o espaço subaracnóideo. Duas delas, os 
forames de Lutchska, são laterais,e uma, o forame de Magendie, é medial. 
Áreas Corticais Primárias 
x Centro Cortical da Olfação 
Uncus 
x Memória 
Hipocampo 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
40 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.8 – Plexo Coróide 
As cavidades do SNC são revestidas internamente por uma lamina de epitélio prismático denominada epêndima. 
Externamente são recobertos pela pia-máter vascular. O conjunto formado pela pia-máter e pelo epêndima forma 
a tela coróide, cujas invaginações formam o plexo coróide. Esse plexo é encarregado da produção de líquor 
(líquido cérebro-espinal). Os plexos coróides localizam-se internamente as cavidades ventriculares do encéfalo ( I, 
II, III e IV ventrículos). 
 
Capítulo 12.9 – Líquor 
O líquor é um filtrado do plasma sanguíneo, límpido, incolor e sem cheiro. Encontra-se circulante internamente as 
cavidades encefálicas e ao espaço subaracnóideo. Como já descrito anteriormente, é produzido pelo plexo 
coróide e junta-se ao sangue quando reabsorvido pelas granulações aracnóides no seio sagital superior. O líquor 
apresenta duas funções extremamente importantes: 
� Diminui o peso absoluto do encéfalo (cerca de 300g) – Lei do Empuxo. 
� Amortece impactos e conseqüentemente, diminui os traumas sobre o encéfalo e medula espinal. 
Circulação Liquórica (desde os plexos coróides até o coração): 
O líquor é produzido pelos plexos coróides, localizados internamente aos ventrículos encefálicos. Cerca de 95% 
dele é formado nos ventrículos laterais. Desses ventrículos, o líquor passa para o III ventrículo através do forame 
interventricular de Monro. O líquor então passa para o IV ventrículo através do aqueduto mesencefálico de 
Sylvius. No IV ventrículo o líquor passará para o espaço subaracnóideo através de 3 aberturas. Duas laterais, 
denominadas forames de Lutchska, e uma medial, o forame de Magendie. No espaço subaracnóideo, o líquor 
encontrará diversas cisternas, tais como a magna (cerebelo-medular), pontina etc, e então se dirigirá parte para o 
espaço subaracnóideo da medula e outra parte para o seio sagital superior. A parte que dirigiu-se para a medula, 
voltará a subir e então também se dirigirá ao seio sagital superior. O líquor então é reabsorvido pelo seio sagital 
superior através das granulações aracnóides. Do seio sagital superior, o líquor seguirá juntamente com o sangue 
venoso para a confluência dos seios, seio transverso, seio sigmóide e passará então para a veia jugular interna. A 
veia jugular interna se juntará com a jugular externa e com a veia subclávia e formará a veia braquiocefálica 
(direita e esquerda). As duas veias braquiocefálicas se juntarão formando a veia cava superior que desembocará 
no átrio direito do coração (ver seios da dura-máter e drenagem venosa do encéfalo). 
 
 
 
 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
41 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.10 – Meninges 
É o tecido conjuntivo que envolve o SNC, sendo originada do mesênquima os redor do tubo neural. São em 
número de 3: a dura-máter, a aracnóide e a pia-máter. A aracnóide e a pia-máter no embrião constituem um 
único folheto, sendo muitas vezes denominadas de leptomeninge, ou meninge fina, enquanto a dura-máter por 
vezes é denominada paquimeninge, ou meninge espessa. 
Elas funcionam como barreiras naturais de defesa de nosso sistema nervoso, protegendo-o contra 
microorganismos, agentes químicos e inclusive traumatismos. Em uma sintopia de superficial para profunda na 
cabeça, encontramos: pele, crânio, dura-máter, aracnóide, pia-máter e tecido nervoso. Entre as meninges ainda 
existem espaços, que serão vistos depois. 
Dura-máter: É a meninge mais superficial e espessa. É ricamente inervada, ao contrário das outras meninges e 
do tecido nervoso, que não possuem terminações nervosas. Logo, cefaléias são em geral decorrentes da dura-
máter. 
A dura-máter possui dois folhetos, um externo, que é ricamente vascularizado (artéria meníngea média) e outro 
interno. Na coluna vertebral porém, somente um folheto se continua, o interno. É importante ressaltar que o 
periósteo interno do crânio, aquele que está em contato com o folheto externo da dura-máter, não possui 
osteoblastos e, portanto, não tem a capacidade de regeneração. Isso é extremamente importante pois a 
formação de calos ósseos internamente ao crânio poderia causar compressão no tecido nervoso. 
Existem pontos onde ocorrem projeções para dentro do encéfalo do folheto interno da dura-máter: são as 
chamadas pregas durais. Existem ainda pontos em que o folheto interno se desprende do externo, formando os 
seios da dura-máter. 
Pregas Durais: 
x Foice do cérebro: situa-se na fissura longitudinal dividindo os hemisférios cerebrais; 
x Foice do cerebelo: separa os dois hemisférios cerebelares; 
x Tenda do cerebelo: divide a cavidade craniana em compartimentos supra-tentorial e infra-tentorial; 
x Diafragma da cela: isola a hipófise dentro da sela túrcica; 
x Cavo trigeminal de Meckel: aloja o gânglio trigeminal; 
Seios Durais: 
Da abóbada craniana: 
x Seio Sagital Superior: Ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro e acaba na 
confluência dos seios; 
x Seio Sagital Inferior: Ímpar e mediano, percorre a margem livre da foice do cérebro, terminando no seio 
reto; 
x Seio Reto: Impar e mediano, localizado no ângulo de união da foice do cérebro coma atenda do cerebelo. 
Recebe em sua extremidade anterior a veia cerebral Magna e o seio sagital inferior e acaba na 
confluência dos seios; 
x Seio Occipital: Pequeno, irregular e impar, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do 
cerebelo, acabando na confluência dos seios; 
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Nota
paquemeninge: rica em fibras colagenas, mais espessa
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Usuario
Realce
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
42 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
x Seio Transverso: Par, dispõe-se de cada lado na margem de inserção da tenda do cerebelo. Começa na 
confluência dos seios e acaba no seio sigmóide; 
x Seio Sigmóide: Par, em forma de S, é uma continuação do seio transverso. Continua-se diretamente coma 
a veia jugular interna; 
Da base do crânio: 
x Seio Esfenoparietal: Par, percorre a face interior da pequena asa do esfenóide, acabando no seio 
cavernoso; 
x Seio Cavernoso: Par, localizado em cada lado do corpo do esfenóide e da sela túrcica; 
x Seio Intercavernoso: Par, faz a união dos dois seios cavernosos; 
x Seio Petroso Superior: Par, localizado de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo, acabando 
no seio sigmóide. 
x Seio Petroso Inferior: Par, localiza-se ao longo do sulco petroso inferior, acabando na veia jugular interna; 
x Plexo Basilar: Ímpar, ocupa a porção basilar do osso occipital. Comunica-se com o seio cavernoso 
anteriormente e acaba no plexo venoso vertebral; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 12.11 – 
Se
io
s d
a 
ab
ób
ad
a 
cr
an
ia
na
 
Se
io
s d
a 
ba
se
 d
o 
cr
ân
io
 
OBS: Ver Drenagem Venosa do Encéfalo 
Anatomia do Sistema Nervoso 
 
43 
 
 Lucas Piccoli Conzatti ATM 2015/1 
Capítulo 12.11 – Vascularização do Encéfalo 
Irrigação Sanguínea (Polígono de Willis) 
O sistema arterial que irriga o encéfalo, levando a ele sangue rico em O2, tem origem em duas artérias: a 
vertebral e a carótida interna. Os ramos dessas duas artérias se anastomozarão formando uma estrutura arterial 
denominada de Polígono de Willis. Iniciemos a descrição desse polígono pela região anterior (carotídea), que 
contribui com cerca de 80% do suprimento sanguíneo encefálico: 
A artéria carótida interna segue como um ramo da bifurcação da carótida comum (o outro ramo é a carótida 
externa). A artéria carótida comum direita tem origem no tronco braquiocefálico, enquanto a esquerda é ramo 
direto do arco aórtico. Ao subirem em direção ao pescoço as artérias carótida interna e externa não seguem a 
ordem conforme seu nome as designa:

Continue navegando