Buscar

Casos Clínicos de neuroanatomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Casos Clínicos de Neuroanatomia 
M2 - Isabella Machado Pessanha Alves 
 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO 28.1 
Conteúdo: Telencéfalo 
1. Descreva a organização do telencéfalo. Delimite os lobos cerebrais e seus principais 
giros e sulcos. 
• O telencéfalo é constituído pelos 2 hemisférios cerebrais e pelas porções mais anteriores do III 
ventrículo. 
• Cada hemisfério apresenta 1 polo frontal, 1 polo occipital e 1 polo temporal. Os hemisférios 
direito e esquerdo são incompletamente separados pela profunda fissura longitudinal, dada a 
presença do corpo caloso que une as suas porções mais medianas e que delimita os ventrículos 
laterais. Cada hemisfério cerebral apresenta 3 superfícies: (1) superlateral (2) medial (3) inferior, 
e que são separadas pelas bordas superomedial, inferolateral, occipital medial e orbitária 
medial. 
• Os sulcos são extensões do espaço subaracnóideo que dispõe sobre a superfície cerebral, de 
forma a separar e delimitar seus giros. Existem 4 tipos de sulcos: limitantes, axiais, operculares 
e completos. 
• Os limitantes se situam entre áreas corticais, como o sulco central que separa as áreas motoras 
e sensorial. Os axiais, a invaginação ou indentação feita por sulcos axiais acarreta, em qualquer 
giro, a formação de subgiros, cujas substancias brancas, podem ser denominadas setores 
subirias do giro principal. Os operculares se sistema também entre as áreas corticais, porém 
essa separação só existe ao longo das suas bordas e não na sua profundidade, o que possibilita 
que uma terceira área funcional esteja presente nas suas paredes e assoalho. Os completos são 
aqueles que a sua profundidade chegam a produzir elevações nas paredes dos ventrículos 
laterais , como o sulco colateral. 
• Cada hemisfério se organiza a partir de 3 giros frontais e giros temporais horizontalmente, 2 
giros centrais bem inclinados e quase perpendiculares, 4 a 5 giros insulares diagonais, 2 a 3 
lóbulos parieto-occipitais semicirculares, 2 giros basais longitudinais e 2 giros límbicos que em 
conjunto, se dispõe como um círculo interno. 
• Dividido em 5 lobos: frontal, parietal, occipital, temporal e insular. Toma como principais 
limites o sulco central, a fissura lateral e uma linha imaginária que une a emergência 
superomedial do sulco perieto-occipital com a incisura pré-occipital. 
2. Identifique os lobos acometidos. Cite as principais funções de cada lobo cerebral. 
• Os lobos acometidos foram o lobo parietal e temporal. 
• O lobo frontal coordena atividades motoras como pensamento, escrita, fala, linguagem 
articulada. O lobo parietal coordena sensações da pele, coordena e sintetiza de forma 
ordenada. O lobo temporal coordena a memória e a audição como sons, entender linguagem, 
vigília. O lobo occipital coordena visão como processamento e percepção visual. 
3. Descreva as principais áreas de Broadmann. Quais áreas de Brodmann foram 
provavelmente acometidas neste caso? 
• Memória, motor, olfatório, visual, atenção, sensorial e auditivo. 
• As áreas de Brodmann que provavelmente foram acometidas são as áreas de Wernicke no lobo 
temporal relacionado a audição e no mesmo lobo a memória também foi acometida. E no lobo 
parietal, a área sensorial. 
 HIDROCEFALIA 34.1 
Conteúdo: Envoltórios e Cavidades 
1. Cite os ventrículos encefálicos. Descreva sua localização. 
1º ventrículo: chamado também de ventrículo lateral esquerdo, situa-se no telencéfalo. 
2º ventrículo: chamado também de ventrículo lateral direito, situa-se no telencéfalo. 
3º ventrículo: localizada na linha média do cérebro situada entre o tálamo direito e o esquerdo, 
mais especificamente no diencéfalo. 
4º ventrículo: situada posteriormente à ponte e porção alta do bulbo e anteriormente ao cerebelo. 
2. Quais são os seus limites anatômicos? Quais estruturas promovem a comunicação 
entre esses ventrículos? 
1º ventrículo e 2º ventrículo 
- Apresenta 1 parte central e 3 cornos: anterior / frontal, posterior / occipital e inferior / 
temporal. 
• CENTRAL 
A. Posteriormente 
- Ao forame interventricular 
B. Anteriormente 
- Ao esplênio do corpo caloso 
C. Superior e Medialmente 
- Ao núcleo caudado, à estria terminal e ao tálamo 
D. Lateralmente 
- Ao fórnix e ao septo pelúcido 
E. Inferiormente 
- Ao corpo caloso 
• FRONTAL 
A. Anteriormente 
- Ao forame interventricular (comunicação do ventrículo lateral com o III ventrículo) 
B. Inferiormente 
- Ao corpo caloso 
C. Lateralmente 
- Ao septo pelúcido 
D. Posteriormente 
- Ao joelho do corpo caloso 
E. Medial e Superiormente 
- À cabeça do núcleo caudado 
• OCCIPITAL 
A. Medialmente 
- Apresenta 2 elevações: o bulbo e o calcar avis 
B. Lateralmente 
- Passam as radiações talâmicas visuais 
• TEMPORAL 
A. Inferior e Anteriormente 
- Situando-se abaixo da cauda do núcleo caudado, de parte do complexo amigdaloide e da 
substancia branca do lobo temporal, e acima da eminência colateral, do hipocampo e da fímbria 
do hipocampo. 
3º ventrículo 
A. Superiormente 
- Comunica-se com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares 
B. Inferiormente 
- Comunica-se com o quarto ventrículo pelo aqueduto cerebral 
O assoalho do IIIº ventrículo estende-se do quiasma óptico até a abertura do aqueduto do 
mesencéfalo.  
As paredes laterais são formadas pelas faces medias dos tálamos.  
A parede posterior é formada pelo epitálamo.  
A tela corióidea (com o plexo corióideo) forma o teto do IIIº ventrículo. 
4º ventrículo 
A. 2 Recessos Laterais 
- Fazem comunicação com o espaço subaracnóideo pelas aberturas laterais 
B. Abertura Mediana 
- Comunica o quarto ventrículo à cisterna magna e, consequentemente, ao espaço 
subaracnóideo 
O assoalho do IVº ventrículo é a fossa rombóidea.  
O teto é formado pelo véu medular superior, nódulo do cerebelo, véu medular inferior e a tela 
corióidea.  
3. Cite o conteúdo dessas cavidades. Descreva o trajeto desse líquido desde sua 
produção até sua chegada na circulação venosa, caracterizando as cisternas 
subaracnoideas. 
O conteúdo dessas cavidades é o liquor. 
O liquor passa para o espaço subaracnóideo pela abertura mediada e pelas aberturas laterais do 
quarto ventrículo em direção à cisterna magna. Dessa cisterna, o liquor circula em volta da 
medula espinal e do encéfalo até ser absorvido no nível das granulações aracnóides existentes 
nos seios da dura-mater, passando à circulação sanguínea. 
Em várias regiões do espaço subaracnóideo, formam-se cisternas que contem uma quantidade 
maior de liquor, pelo afastamento existente entre a pia-meter e aracnóide. 
• Principais Cisternas 
1. Cisterna Lombar 
- Localiza-se abaixo da medula espinhal 
- Contém a cauda equina e grande quantidade de liquor 
2. Cisterna Magna 
- Limita-se anteriormente pelo bulbo e abertura mediana do quarto ventrículo, superiormente 
pelo vermos cerebelar e pelas porções medianas das tonsilas e, posteriormente, pela dura-
máter do osso occipital. 
3. Cisterna Cerebelopontina 
- Contém em seu interior os nervos ficar e vedtibulococlear e a artéria cerebelar anteroinferior, 
limitando-se posteriormente pelo flóculo do cerebelo 
4. Cisterna Pontina 
5. Cisterna Interpeduncular 
6. Cisterna Superior 
7. Cisterna Optoquiasmática 
8. Defina hidrocefalia e explique as respectivas complicações. 
Há a absorção normal do liquor, porém uma obstrução da circulação por tumor, cisto ou outras 
doenças provoca acúmulo de liquor e dilatação dos ventrículos. 
Em crianças que não apresentam fechamento das suturas cranianas, um aumento da pressão 
intracraniana e do perímetro cefálico. Quando já houve o fechamento dessas suturas, o aumento 
da pressão intracraniana é mais rápido, com sinais e sintomas de cefaleia, nauseas, vômitos e 
edema da papila do nervo óptico no exame de fundo de olho. 
 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO 32.1 
Conteúdo: Vascularização do encéfalo 
1. Descreva as estruturas arteriais responsáveis pela vascularização cerebral, citando 
suas origens e trajeto anatômico.Defina polígono de Willis. 
2 artérias carótidas internas e 2 artérias vertebrais que formam o sistema vertebrobasilar. 
• Artéria Carótida Interna (ACI) 
- Apresentam 4 segmentos com características diferentes: cervical, petroso, cavernoso e 
intracraniano 
1. Segmento Cervical 
- Localizado entre a bifurcação da artéria carótida comum até a entrada de ACI no crânio. 
- No seu início existe o seio carotídeo (dilatação localizada que contém nas suas paredes 
receptores da pressão arterial), e o corpo caloso (pequena estrutura sensível a variações da 
concentração de oxigênio). 
- Não da origem a nenhum ramo nesse segmento e penetra na parte petrosa do osso temporal 
pelo canal carotídeo. 
2. Segmento Petroso 
- A ACI fica localizada dentro do osso temporal 
- Dois ramos da ACI originam-se nesse segmento: Artéria Carotidotempânica, que irriga a 
cavidade timpânica. Artéria Pterigóidea, que passa por um canal com o mesmo nome. 
3. Segmento Cavernoso 
- A ACI forma dentro do seio cavernoso o sifão carotídeo, que diminui o impacto causado pelas 
pulsações arteriais e apresenta 3 ramos principais: tronco meningo-hipofisário, artéria 
meningea anterior e um ramo para porção inferior do seio cavernoso. 
4. Segmento Intracraniano 
- A ACI passa lateralmente ao nervo óptico, medialmente ao nervo oculomotor e da origem aos 
seus ramos terminais: 
- A Artéria oftálmica passa pelo canal óptico inferiormente ao nervo óptico, dando origem a 
vários ramos dentro da órbita. A artéria central da retina, ramo da artéria oftálmica, divide-se 
nos ramos temporais e nasais superiores e inferiores, irrigando a retina. A artéria dorsal do 
nariz, ramo da artéria oftálmica, faz anastomose direta com ramos da artéria facial, 
representando importante comunicação com a artéria carótida externa, podendo em casos de 
obliteração da ACI, permitir que a irrigação cerebral seja mantida pelo fluxo sanguíneo no 
sentido inverso. 
- A Artéria Cerebral Posterior faz anastomose da ACI com a artéria cerebral posterior, formando 
parte do círculo arterial do cérebro. A artéria coróidea anterior, com origem próxima da artéria 
comunicante posterior, dirigi-se lateralmente ao trato óptico e penetra na fissura coroidal para 
irrigar o plexo coróide do corno inferior. 
• Sistema Vertebrobasilar 
- As artérias vertebrais tem origem na porção inicial das artérias subclávias esquerda e direita. 
Pode ser subdividida em 4 segmentos: cervical, vertebral, suboccipital e intracraniano. 
- No segmento intracraniano, a artéria vertebral passa anteriormente ao bulbo com direção 
superior e medial para se anastomosar à artéria vertebral contralateral e formar a artéria basilar 
- A Artéria basilar, originada pela união das 2 artérias vertebrais no nível do sulco bulbopontino, 
bifurcaa-se nas artérias cerebrais posteriores na cisterna interpeduncular. No seu trajeto pelo 
sulco basilar, várias artérias pontinhas irrigam a face anterior da ponte 
- A Artéria Cerebelar Anteroinferior, ramo da artéria basilar, vai até o metro acústico interno 
junto com os nervos facial e vestibulococlear. Nesse ponto nasce, em geral, a artéria do 
labirinto. E a Artéria Cerebelar Anteroinferior vai irrigando o pedúnculo cerebelar médio. 
- As Artérias Cerebrais posteriores representam os ramos terminais da artéria basilar e irrigam 
porções inferiores e posteriores do hemisfério cerebral. 
- As artérias comunicantes posteriores fazem anastomose entre as artérias carótidas internas 
posteriores, participando do círculo arterial do cérebro. 
• Polígono de Willis 
- Formada por 9 ramos arteriais, que pode compensar obstruções das principais artérias que se 
dirigem ao encéfalo 
A. Artérias Carótidas Internas (ACI) 
- Em caso de obstrução, o paciente pode não apresentar consequências clínicas, se o círculo 
arterial do cérebro estiver patente. O fluxo sanguíneo pode passar da artéria carótida interna 
contralateral para a artéria cerebral anterior contralateral e, pela artéria comunicante anterior, 
para a artéria cerebral anterior homolateral e, consequentemente, para todos os ramos do vaso 
ocluído. 
- Outra possibilidade seria o fluxo sanguíneo seguir da artéria basilar para a artéria cerebral 
posterior e, pela artéria comunicante posterior, restabelecer a circulação para os ramos do vaso 
ocluído. 
B. Artérias Comunicantes Posteriores (AComP) 
C. Artérias Cerebrais Posteriores (ACP) 
D. Artérias Cerebrais Anteriores (ACA) 
E. Artéria Comunicante Anterior (AComA) 
5. Relacione a clínica do paciente com a artéria cerebral envolvida e comente o 
possível local da obstrução arterial, nos primeiro e segundo eventos. 
• Primeiro Evento 
- Queixa súbita de paresia no MSD associada a afasia e desvio de comissura labial 
- Ao exame: afasia paresia grau II e hiper refletia do MSD, associadas a sinal de Hoffman 
- Após 72 horas a TC seriada revelou área isquemia frontal à esquerda 
• Segundo Evento 
- Hemiplegia e hemiparestesia dimidiada à direita 
6. Diferencie AVC isquêmico do hemorrágico. Explique por que a TC é o exame de 
escolha no atendimento de emergência desses pacientes. Quais outros exames 
podem ser utilizados para avaliar os vasos cerebrais. 
• AVC isquêmico 
- Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral ou oclusão aguda de uma artéria de médio ou baixo 
calibre. 
- Esta oclusão, na maioria das vezes é do tipo embólica, mas também pode ser trombótica. 
• AVC hemorrágico 
- Frequentemente relacionado com a pressão arterial sistêmica, ocorre por ruptura de pequenas 
artérias perfurantes, localizando-se geralmente próximo aos núcleos da base. 
• TC 
- Tem muitos aspectos positivos como: baixo custo, boa efetividade, não são invasivas, não 
oferecem qualquer risco ao paciente e é largamente utilizada, mostra facilmente sangue, liquor 
e tecido nervoso, permitindo ainda a identificação das áreas maiores de substância branca e 
cinzenta 
• Exames para avaliar os vasos cerebrais 
- Angiotomografia: Geralmente utilizada para o estudo do polígono de Willis, tumores e AVE 
 MIELINÓLISE PONTINA CENTRAL (MPC) 30.1 
Conteúdo: Tronco Encefálico 
1. Descreva macroscopicamente o tronco cerebral e cite suas principais funções. 
• BULBO 
- Chamada também de Medula Oblonga pois é uma continuação superior da medula espinhal. 
- Faz parte do Mielencefalo (vesicula embriologica encefalica) 
- É na parte inferior do bulbo que ocorre a Decussação das pirâmides (o trato corticoespinhal 
que faz o controle motor voluntário dos músculos do pescoço p/ baixo, vai cruzar de um lado p/ o 
outro) 
- Também tem no seu interior núcleos importantes associados ao controle do sistema 
cardiovascular e do sistema respiratório 
- Parte intermediaria do tronco encefalico 
- Como ele fica no tronco encefálico, vai estar localizado adiante do cerebelo. E entre o cerebelo e 
o bulbo, existe um espaço que é uma parte do 4 ventrículo 
- O limite superior do bulbo, vai ser o sulco que existe entre ele e a ponte, que é o sulco bulbo 
pontino 
- É possível observar no bulbo bem anteriormente uma depressão chamada de fissura mediana 
anterior. 
- Ela superiormente vai terminar em uma depressão que não tem continuidade 
chamada de forame cego 
- Inferiormente ela vai terminar na ponte onde ela desaparece um pouco (é exatamente onde as 
fibras do trato corticoespinhal começam a cruzar) 
- A cada lado dessa fissura mediana, pode-se observar duas elevações, que são as pirâmides 
bulbares (elevação formada pelo conjunto das fibras do trato corticoespinhal) 
- A cada lado dessa pirâmide, vai ser observado um sulco, e logo após esse sulco uma elevação 
chamada de oliva bulbar (lembra um caroço de azeitona), correspondem aos núcleos olivares 
inferiores. 
- Na frente dessa elevação, entre ela e a pirâmide tem um sulco chamado de sulco pré olivar 
(observa os filamentos que vai formar o nervo hipoglosso), e a atras tem um sulco retro olivar 
(observa os filamentos que vão formar o acessório, o vago e o glossofaringeo) 
- Tem uma parteinferior fechada e em seguida se abre dando origem a uma parte aberta do 
bulbo, e essa parte é chamado de 4 ventrículo (mais especificamente, vai ajudar a formar junto 
com a ponte, o assoalho do 4 ventrículo chamado de fossa romboide) 
-  A parte fechada do bulbo, ela apresenta na parte superior (17) um orifício, e esse orifício é uma 
continuidade com o sulco posterior, ele vai estar adentrado na parte fechada que forma o canal 
central do bulbo, esse canal central do bulbo vai ter continuidade com o canal central da medula, 
e através dele vai passar liquor. Essa parte que está limitando esse canal central, chamada-se 
óbex. E a cada lado do óbex vai apresentar 2 proeminências, correspondem aos núcleos grácil e 
cuneiforme que são as terminações dos fascículos grácil e cuneiforme que vem desde a medula 
espinhal da parte posterior, conduzindo a propriocepção consciente. 
 - As fibras a partir desse núcleo vão subir e vão cruzar p/ lado oposto p/ ter um trajeto 
ascendente me direção ao tálamo 
- E posteriormente observar um conjunto de estruturas transversais chamados de estrias 
medulares posteriores. Tem relação com a via auditiva, e elas vão limitar superiormente na fossa 
romboide, o que pertence a ponte e ao bulbo. 
- Na parte inferior que pertence ao bulbo, e possível observar 2 estruturas triangulares, são os 
trígonos superior do hipoglosso e o inferior do vago. 
• PONTE 
- Se projeta bastante anteriormente, por isso é conhecimento pela protuberância. 
- Possui algumas fibras brancas que atravessam seu interior 
- Associada ao cerebelo e ao córtex telencefalica no controle e planejamento das ações motoras, 
isso é integrado através do feixe corticopontocerebelar. 
- No seu interior, também tem núcleos de nervos cranianos (o trigêmeo, abducente, facial, 
vestibulococlear) 
- Tem núcleos próprios, como o núcleo olivar superior, que faz parte da via auditiva e também é o 
centro que integra alguns reflexos importantes. 
- Pela sua posição no tronco encefálico, ela é atravessada por todos os tratos ascendentes e 
descendentes que vai conectar a medula espinhal com centros superiores 
- Vai estar limitada superiormente que corresponde pela fossa interpeduncular, na frente do 
mesencéfalo entre os pedúnculos cerebrais 
- O limite inferior corresponde ao bulbo pontino 
- Tem uma relação com o bulbo com a parte anterior do cerebelo, e entre ela e o cerebelo há um 
espaço que é o 4 ventrículo (vai alojar o liquor e vai se comunicar com o 3 ventrículo do 
dienencefalo através do aqueduto mesencefalico) 
- Observa bem a protuberância 
- Observa-se na parte anterior uma depressão/um sulco, chamado de sulco 
basilar (vai estar alojado a artéria basilar) 
- Essa artéria é formada na única das duas artérias que sobem a cada lado da coluna vertebral 
cervical, se unem e forma a artéria basilar. Essa artéria vai ter uma parte no circulo arterial do 
cérebro que vai ser responsável pela vascularização posterior das estruturas encefálicas 
- Lateralmente, observa-se uma estrutura que se projeta a cada lado, que é o nervo craniano 
trigêmeo. Na ponte aparece ele, vai marcar a transição da ponte p/ pedúnculo cerebelar medio 
(braço da ponte) que vai fazer a comunicação da ponte com o cerebelo. 
- Entre a bulbo e a ponte, tem um sulco chamado de sulco bulbopontino. E ao longo dele, vai 
haver o surgimento de nervos cranianos (nervo abducente, facial e vestibulococlear). 
- Entre o floculo do cerebelo e a ponte, há angulo ponto cerebelar (aloja o nervo vestíbulococlear 
e o facial). 
- Presença da fossa romboide, que é o assoalho do 4 ventrículo. No meio dessa fossa, 
transversalmente tem as estrias medulares (e vai dividir o que pertencer ao bulbo inferiormente, 
e o que pertence a ponte superiomente) 
- Possível observar os pedúnculos cerebelares superior e o medio. O sulco que percorre o 
assoalho do 4 ventriuclo, que é o sulco mediano posterior e a cada lado dele duas elevações: a 
eminência medial e o colículo facial (sao devidas a presença dos núcleos e de fibras do nervo 
facial, do núcleo do abducente. O coliculo facial é quando as fibras do facial contornam o núcleo 
do abducente e forma o joelho do nervo facial) 
- Lateralmente, tem o sulco que é o sulco limitante, e vai limitar o que é mais medial e motor e do 
que é mais lateral e sensitivo. Mais lateralmente a ele vai ter a área vestibular, associada ao 
controle vestibular, sensitivo. 
• MESENCÉFALO 
- Porção mais superior do tronco encefálico 
- Logo abaixo do diencefalo 
- Faz a ligação entre o 4 e o 3 ventrículo através do aqueduto mesencefalico. É importante essa 
posiçao, porque qualquer alteração no interior do mesencéfalo que curse com obstrução desse 
aquedoto mesencefalico vai provocar a interrupção da circulação do liquor entre o 3 e 4 
ventrículo e consequentemente vai interromper a drenagem de todos os ventrículos com exceção 
do 4 
- Fica entre o diencéfalo e a ponte 
- Tem núcleos próprios (nucleo rubro, que é importante na regulação do reflexo flexor. Núcleos 
dos coliculos superior e inferior associados a vai óptica e a via auditiva) e tem núcleos dos nervos 
cranianos (oculomotor e o troclear) 
• FUNÇÕES 
A. BULBO 
- A região superior é responsável por receber estímulos visuais, enquanto que a inferior 
compreende os estímulos auditivos. Sua principal função é coordenar os movimentos dos 
olhos, o movimento corporal e os estímulos da audição e da visão. 
B. PONTE 
- Atua principalmente no controle da respiração. Além disso, ela é a “ponte de transmissão” 
entre informações nervosas do cerebelo, cérebro e medula espinhal. 
C. MESENCÉFALO 
- Sua principal funcionalidade está relacionada com o controle da respiração, dos batimentos 
cardíacos, da pressão sanguínea e dos estímulos nervosos regionais.
2. Cite e caraterize os componentes estruturais internos do tronco encefálico, 
localizando os núcleos dos pares cranianos. 
• Núcleo dos nervos cranianos 
- Formados pela substância cinzenta homóloga à da medula espinhal 
- Os núcleos eferentes (motores) localizam-se medialmente no TE, ao passo que os núcleos 
aferentes (sensoriais) situam-se lateralmente. 
• Núcleos próprios do TE 
- Correspondem à substância cinzenta própria, sem relação com a da medula espinhal 
- Sua disposição segue o plano geral do SN, ou seja, os núcleos relacionados às atividades 
motoras situam-se mais anteriormente aos núcleos relacionados com a sensibilidade. 
• Tratos descendentes, ascendentes e de posição 
- Todos os tratos descendentes que terminam na medula espinhal passam pelo TE. Além disso, 
vários sistemas de fibras descendentes terminam ou originam-se no TE. 
- Vários tratos ascendentes se originam ou terminam no TE ou passam por ele. logo, o TE é uma 
estação de retransmissão importante para muitas vias longitudinais, tanto descendentes como 
ascendentes. 
• Formação reticular- 
- Localizada no segmento do TE, está envolvida no controle da respiração, das funções do 
sistema cardiovascular e do estado de consciência, do sono e da vigília. 
• BULBO 
- Núcleos grácil e cuneiforme localizadas nos funículos posteriores do bulbo. 
- Núcleo cuneiforme acessório também pertence à substancia cinzenta própria do bulbo e situa-
se lateralmente à porção cranial do núcleo cuneiforme. 
- Núcleo olivar inferior principal é uma grande massa de substância cinzenta que corresponde à 
formação já descrita como oliva. 
- Núcleo olivar acessório medial localiza-se ao longo da borda lateral do lemnisco medial. 
- Núcleo olivar acessório dorsal localiza-se dorsalmente ao núcleo olivar inferior principal. 
• PONTE 
- Núcleos Pontinos são pequenos aglomerados de neurônios dispersos em toda a base da ponte 
- Núcleo Olivar Superior, Núcleo do Corpo Trapezoide e o Núcleo do Lemisco Lateral 
pertencem às vias auditivas 
• MESENCÉFALO 
- Núcleo Rubro caracteriza-se por sua coloração róseo-amarelada, em sua posição central, e por 
sua “capsula" formada por fibras do pedúnculo cerebelar superior. 
- Núcleodo ColículoInferior é constituido de massa ovoide bem delimitada de substância 
cinzenta e localiza-se na porção caudal do teto mesencéfalico. Pode ser dividido em núcleo 
central, núcleo percentual e núcleo externo. 
- Núcleo pré-tectal localiza-se imediatamente rostral ao folículo superior, nas proximidades da 
comissura posterior. 
- Núcleo do trato óptico consiste em uma base de células grandes ao longo do bordo 
dorsolateral da área pré-tectal em sua junção com a pulvinar. 
- Núcleo Olivar pré-tectal. 
3. Descreva a vascularização do tronco encefálico. 
Suprido pela artéria cerebelar. Como a artéria basilar resulta da união das duas artérias 
vertebrais, esta área de suprimento também é chamada área de suprimento vertebrobasilar. Os 
vasos que suprem o tronco encefálico (bolbo, ponte e mesencéfalo) orginam-se diretamente da 
artéria basilar e das artérias vertebrais, ou, ainda, de seus respectivos ramos. 
Dependendo da posição de seus pontos de entrada e de suas áreas de suprimento, distinguem-se 
ramos mediais, mediolaterais e laterais (ramos paramedianos, ramos circunferências curtos e 
longos). 
Diminuição da perfusão ou obstruções destes ramos vasculares geram distúrbios, temporários ou 
permanentes, do suprimento sanguíneo (síndromes do tronco encefálico), causando sintomas 
clínicos muito variáveis, devido às numerosas regiões nucleares e às vias que passam no tronco 
encefálico. 
 HEMORRAGIA DE TRONCO CEREBRAL 37.4 
Conteúdo: Nervos Cranianos 
1. Cite os nervos comprometidos neste caso. 
• Sensitivos - Sensoriais 
NC VIII - N. Vestibulococlear 
• Motores 
NC III - N. Oculomotor 
NC IV - N. Troclear 
NC VI - N. Abducente 
NC XI - N. Acessório 
NC XII - N. Hipoglosso 
• Mistos 
NC V (V1, V2, V3) - N. Trigêmeo 
NC VII - N Facial 
NC IX - N. GlossoFaríngeo 
NC X - N. Vago 
2. Descreva os nervos cranianos com origem real na ponte. Caracterize suas origens 
aparentes e funções. 
• Oculomotor (NC III) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco medial do pedúnculo cerebral 
- Origem aparente no crânio: fissura orbital superior 
*FUNÇÕES* 
- Inervação dos músculos extrínsecos do olho 
- Eferente somático geral e Eferente visceral geral - parassimpático 
- Motricidade ocular extrínseca (Mm. Reto Superior, medial e inferior) 
- Motricidade ocular intrínseca (Mm. Intrínsecos do olho, Mm. Ciliar e Esfíncter da pupila) 
• Troclear (NC IV) 
- Origem aparente no encéfalo: véu medular superior 
- Origem aparente no crânio: fissura orbital superior 
*FUNÇÕES* 
- Eferente somático e proprioceptivo para um Mm. Extrínseco do bulbo do olho 
• Abduscente (NC VI) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino 
- Origem aparente no crânio: fissura orbital superior 
*FUNÇÕES* 
- Eferente Somático e proprioceptivo para um Mm. Extrínseco do bulbo do olho, o reto lateral 
• Trigêmeo (NC V) 
- Principal nervo sensitivo da face 
- V1: Divisão oftálmica 
- V2: Divisão maxilar 
- V3: Divisão mandibular 
- Origem aparente no encéfalo: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio 
- Origem aparente no crânio (V1 - fissura orbital superior, V2 - forame redondo, V3 - forame 
oval) 
*FUNÇÃO* 
A. Aferente Somático Geral (raiz sensitiva) 
- Propriocepção 
- Temperatura, dor, pressão 
B. Eferente Visceral Especial (raiz motora) 
- Mastigação 
• Facial (NC VII) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco bublo-pontino 
- Origem aparente no crânio: forame estiloomastóideo 
*FUNÇÕES* 
A. N. Facial Propriamente Dito (riaz motora) 
- Eferente visceral especial 
- Mímica Facial 
• N. Intermédio 
- Nervo misto 
*FUNÇÕES* 
- Aferente visceral especial (gustação - 2/3 anterior da língua) 
- Aferente visceral geral 
- Aferente somático geral 
- Eferente visceral geral - parassimpático (função lacrimal e salivar) 
• Vestibulococlear (NC VIII) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino 
- Origem aparente no crânio: meato acústico interno 
*FUNÇÕES* 
A. Aferente somática especial 
- Audição: parte vestibular 
- Equilibrio: parte coclear 
3. Descreva os nervos cranianos com origem real no bulbo. Caracterize suas origens 
aparentes e funções. 
• Glossofaríngeo (NC IX) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo 
- Origem aparente no crânio: forame jugular 
*FUNÇÕES* 
A. Aferente somático geral 
- 1/3 posterior da língua 
B. Aferente visceral especial 
- Gustação 
C. Aferente visceral geral 
- Sensibilidade geral: faringe, úvula, tonsilar, tuba auditiva, seio e corpo carotídeo 
D. Eferente visceral geral - Parassimpático 
- Inervação da parótida 
• Vago (NC X) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo 
- Origem aparente no crânio: forame jugular 
*FUNÇÕES* 
A. Aferente visceral geral 
- Sensibilidade geral: esôfago, traqueia, faringe, laringe, vísceras do tórax e abdome 
B. Eferente visceral geral 
- Inervação parassimpático das vísceras torácicas e abdominais 
C. Eferente visceral especial 
- Fonação (Mm. Laringe e Faringe) 
• Acessório (NC XI) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo (raiz craniana) e medula (raiz 
espinhal) 
- Origem aparente no crânio: forame jugular 
*DIVISÃO* 
A. Ramo interno 
- Fibras da raiz craniana 
- Se junta ao nervo vago 
B. Ramo externo 
- Fibras da raiz espinal 
*FUNÇÕES* 
A. Eferente visceral geral 
- Mm. Da laringe (raiz craniana) 
- Mm. Esternocleidomastoideo e trapézio (raiz espinhal) 
• Hipoglosso (NC XII) 
- Origem aparente no encéfalo: sulco lateral anterior do hulbo 
- Origem aparente no crânio: canal do hipoglosso 
*FUNÇÕES* 
A. Eferente somático 
- Mm. Intrínsecos e extrínsecos da língua 
- Motricidade da língua 
 TUMOR ESPINAL 33.1 
Conteúdo: Medula Espinal 
1. Descreva a medula espinhal macroscopicamente, seus segmentos e dermátomos. 
• Cranialmente limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso 
occipital. Caudalmente, no adulto, situa-se geralmente na 2ª vértebra lombar. Termina afilando-
se para formar um cone (cone medular) que continua com um delgado filamento meníngeo, o 
filamento terminal. 
• A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos: 
- Sulco mediano posterior 
- Fissura mediana anterior 
- Sulco lateral anterior 
- Sulco lateral posterior 
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior situado entre o mediano posterior e 
o lateral posterior e que continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo 
posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes 
ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
• Na medula a substância cinzenta localiza-se por dentro da substância branca e apresenta a 
forma de uma borboleta (H medular). Nela distinguimos de cada lado 3 colunas que aparecem 
nos cortes como cornos, que são as colunas anterior, posterior e lateral. 
OBS: A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar 
• No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula (ou canal do epêndima), 
resquício da luz do tubo neural do embrião. 
• A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na 
medula e podem ser agrupadas, de cada lado, em 3 funículos 
- Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior 
- Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior 
- Funículo posterior: entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior 
OBS: O sulco mediano posterior se liga à substância cinzenta pelo septo mediano posterior 
OBS2: Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido, pelo sulco intermédio 
posterior, em fascículo grácil e fascículo cuneiforme 
A medula espinhal apresenta 2 dilatações a cervical e a lombar. A dilatação cervical é formada 
pelos segmentos medulares C3 a T1, responsável pela inervação dos MMSS (plexo braquial) e a 
lombar formada pelos segmentos L1 a S3 associada aos MMII (plexo lombar e plexo sacro) 
2. Identifique os tratos e fascículos que compõe a medulaespinhal e correlacione com as 
respectivas funções. 
• Tracto: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e 
mesmo destino. Podem ser mielínicas ou amielínicas. Na denominação de um trato usam-se 2 
nomes, um indica a origem e o outro a terminação 
Vias descendentes 
• Vias piramidais 
- Tracto corticoespinhal anterior 
- Tracto corticoespinhal lateral: controle dos músculos motores distais 
No trajeto do córtex até o bulbo as fibras destes tractos constituem um só feixe, o tracto córtico-
espinhal. 
Os 2 tractos são cruzados, o que significa que o córtex de um hemisfério cerebral comanda os 
neurônios motores situados do lado oposto na medula, visando a realização dos movimento 
voluntários. 
• Vias extrapiramidais 
- Tracto tecto-espinhal: musculatura axial e proximal dos membros 
- Tracto vestíbulo-espinhal: musculatura axial e proximal dos membros 
- Tracto rubro-espinhal: controle dos músculos da motricidade distal 
- Tracto retículo-espinhal: musculatura axial e proximal dos membros 
Todos estes tractos se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e assim, exercem sua 
função motora. 
OBS: Os tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal são importantes para a manutenção do 
equilíbrio e da postura básica, sendo que este último controla, também, a motricidade voluntária 
da musculatura axial e proximal. Já o tracto tecto-espinhal parece ter funções mais limitadas, 
relacionadas com certos reflexos em que a movimentação decorre de estímulos visuais 
Fascículo é um tracto mais compacto 
• Vias ascendentes 
- Fascículo grácil e cuneiforme: têm origem no gânglio espinhal, têm trajeto direto na medula. 
Localizam-se no funículo posterior e terminam no bulbo. Têm como função o tato epicrítico 
(permite localizar e descrever as características táteis de um objeto). O fascículo grácil conduz 
impulsos provenientes dos MMII e da ½ inferior do tronco e o cuneiforme dos MMSS e da ½ 
superior do tronco. 
- Tracto espinotalâmico anterior: origina-se na coluna posterior e tem trajeto cruzado na 
medula. Localiza-se no funículo anterior e termina no tálamo. Tem como função o tato 
protopático e pressão. 
- Tracto espinotalâmico lateral: origina-se na coluna posterior. Possui trajeto cruzado na medula. 
Localiza-se no funículo lateral e termina no tálamo. Tem como função a percepção de 
temperatura e dor. 
- Tracto espinocerebelar anterior: tem origem na coluna posterior e substância cinzenta 
intermédia. Tem trajeto cruzado e direto na medula. Localiza-se no funículo lateral. Termina no 
paleocerebelo. Tem como funções: propriocepção inconsciente, e detecção dos níveis de atividade 
do tracto corticoespinhal. 
- Tracto espinocerebelar posterior: tem origem na coluna posterior. Tem trajeto direto na 
medula. Localiza-se no funículo lateral e termina no peleocerebelo. Tem como função a 
propiocepção inconsciente. 
3. Descreva a vascularização da medula espinal. 
- As artérias que irrigam a medula espinhal são ramos das artérias vertebrais, cervicais 
ascendentes, cervicais profundas, intercostais, lombares e sacaria laterais. 
- Três artérias longitudinais suprem a medula espinhal: uma artéria espinhal anterior e um par 
de artérias espinhais posteriores. Essas artérias seguem longitudinais do bulbo do tronco 
encefálico até o cone medular da medula espinhal. 
- A artéria espinhal anterior, formada pela união dos ramos das artérias vertebrais, segue 
inferiormente na fissura mediana anterior. As artérias dos sulcos originam-se da artéria 
espinhal anterior e entram na medula espinhal através dessa fissura. As artérias dos sulcos 
irrigam aproximadamente dos terços da área de corte transversal da medula espinhal. 
- Cada artéria espinhal posterior é um ramo da artéria vertebral ou da artéria cerebelar 
posteroinferior. As artérias espinhais posteriores costumam formar canais que se anastomosam 
na pia-máter . 
- Sozinhas, as artérias espinhais anteriores e posteriores irrigam apenas a parte superior curta da 
medula espinhal. A circulação para grande parte da medula espinhal depende das artérias 
medulares segmentares e radiculares que seguem ao longo das raízes dos nervos espinhais. As 
artérias medulares segmentares anteriores e posteriores são derivadas de ramos espinhais das 
artérias cervicais ascendentes, cervicais profundas, vertebrais, interpostas posteriores e 
lombares. As artérias medulares segmentares são encontradas principalmente em associação 
com as intumescências cervical e lombossacral, regiões nas quais a necessidade de uma boa 
vascularização é maior. Elas entram no canal vertebral através dos forames IV. 
- A artéria radicular anterior reforça a circulação para os 2/3 da medula espinhal, inclusive a 
intumescência lombossacral. Geralmente se origina via um ramo espinhal, de uma artéria 
intercostal inferior ou lombar superior e entra no canal vertebral através do forame IV no nível 
torácico inferior ou lombar superior. 
- As raízes posteriores e anteriores dos nervos espinhais e seus revestimentos são supridas pelas 
artérias radiculares posteriores e anteriores, que seguem ao longo das raízes nervosas. 
 CISTO DE FOSSA POSTERIOR 31.1 
Conteúdo: Cerebelo 
1. Descreva o cerebelo macroscopicamente. 
O cerebelo _ a maior massa do encéfalo que se encontra dorsal a ponte e a medula oblonga e 
ventral a parte posterior do cérebro. Situa-se abaixo do tentório do cerebelo na fossa posterior do 
crânio; consiste em 2 hemisférios laterais unidos por uma parte média estreita, o verme. Se 
origina da parte dorsal do metencéfalo. Forma o teto do IV ventrículo. O cerebelo se liga ao 
tronco encefálico através dos pedúnculos. 
Pedúnculo cerebelar superior liga o cerebelo ao mesencéfalo (axônios eferentes); 
O médio liga o cerebelo a ponte (axônios aferentes) e o inferior liga o cerebelo ao bulbo (axônios 
eferentes e aferentes). As principais funções do cerebelo são: manutenção do equilíbrio e da 
postura, controle do tônus musuclar, controle dos movimentos voluntários e aprendizagem 
motora. 
2. Cite a divisão anatômica do cerebelo. Correlacione essa divisão com as funções 
desse órgão. 
O cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de 
onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de 
substância cinzenta, o córtex cerebral. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que 
dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, receberam o nome de árvore da vida. No interior 
do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos 
centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. Os lóbulos recebem 
denominações diferentes nos vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmis correspondem 
dois nos hemisférios. 
Flóculo – situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no 
cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmis, pelo 
pedúnculo do flóculo. 
O cerebelo possui uma região central, mediana, chamada vérmis, mais dilatada na face superior, 
formando uma crista, enquanto que na face inferior do cerebelo, o vérmis afunda-se numa 
depressão. O vérmis está separado do restante do corpo do cerebelo por dois sulcos. O restante 
corresponde as porções laterais chamadas hemisférios cerebelares. 
Os sulcos mais profundos são chamados fissuras que separam as folhas em grupos chamados 
lóbulos. Esses lóbulos são agrupados em lobos, separados pelas principais fissuras. São elas: a 
fissura prima, na parte superior, que separa o corpo do cerebelo em duas partes desproporcionais 
– o lobo anterior, que é menor e superior, e o lobo posterior. a fissura póstero-lateral, visível na 
porção inferior, separa o lobo floco-nodular do restante do corpo. Este lobo é formado pelo 
nódulo, lóbulo do vérmis, ligado ao flóculo, lóbulo do hemisfério. Há também a fissura horizontal, 
vista na porção posterior do cerebelo 
A divisão ontogenética estábaseada no desenvolvimento do homem . A 1ª fissura a surgir durante 
este desenvolvimento é a fissura póstero-lateral , que separa o lobo floco-nodular do restante do 
corpo. A 2ª fissura é a prima que separa o lobo anterior do lobo posterior. 
O cerebelo se divide em 3 lobos: lobo anterior do cerebelo; Lobo posterior do cerebelo e Lobo 
flóculonodular. São divididos por lóbulos! A parte anterior do lóbulo quadrangular é separado na 
parte posterior do lobo quadrangular pela fissura prima. No plano mediano existe o lóbulo 
semilunar superior e o semilunar inferior que são delimitados pela fissura horizontal. E 
separando o lóbulo biventre da tonsila do cerebelo encontra-se a fissura secundária. 
• Lobo anterior do cerebelo: língula, lóbulo central e Cúlmen; 
• Lobo posterior do cerebelo: declive, Folium, Túber, pirâmide e Úvula; 
• Lobo flóculo-nodular: flóculo e nódulo (parte responsável pelo equilíbrio); 
O pedúnculo cerebelar comunica o cerebelo com o tronco encefálico. 
3. Defina as relações anatômicas e funcionais do cerebelo com as outras regiões do 
sistema nervoso central. 
4. Descreva a vascularização cerebelar. 
- Sistema Vértebro-Basilar: As artérias vertebrais saem das artérias subclávias passam pelos 
forames transversos das vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter 
e aracnóide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrendo a seguir o bulbo fundindo-se 
em um tronco único chamado artéria basilar. As artérias vertebrais dão origem às duas artérias 
espinhais posteriores e à artéria espinhal anterior. Além de originar também as artérias 
cerebelares inferiores posteriores que irrigam o cerebelo e a área lateral do bulbo. A artéria 
basilar termina se bifurcando em artérias cerebelares posteriores direita e esquerda. Além dos 
ramos: 
• Artéria Cerebelar Superior: distribui-se ao mesencéfalo e a parte superior do cerebelo; 
• Artéria Cerebral Inferior Anterior: parte anterior da face inferior do cerebelo; 
• Artéria do labirinto: vasculariza estruturas do ouvido interno (penetra no meato acústico 
interno). 
5. Correlacione os sintomas apresentados com as síndromes cerebelares. 
• Marcha Atáxica 
- Incoordenação dos movimentos. 
• Nistagmo 
- Um movimento involuntário dos olhos que pode fazer o olho mover-se rapidamente de um lado 
para o outro, para cima e para baixa ou em um círculo, podendo borrar ligeiramente a visão. 
• Dismetria 
- Quando alguma lesão cerebelar impede que o paciente realize movimento de maneira adequada 
e precisa, e também que ande em linha reta. 
• Disdiadococinesia 
- Dificuldade de realizar movimentos rápidos em sequência.

Outros materiais