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PROBLEMA II MOD 2 OBJETIVO 1: DIFERENCIAR RESPOSTA IMUNE INATA DA ADAPTATIVA ⇝ Imunidade humoral: mediada por moléculas no sangue e nas mucosas (anticorpos) que são produzidas por linfócitos B. Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a capacidade deles infectarem e os eliminam através de diversos mecanismos efetores. É a principal via de defesa contra micro organismos extracelulares e suas toxinas. IMUNIDADE INATA ● PRINCIPAIS COMPONENTES: Barreiras físicas e químicas (epitélio e substâncias antimicrobianas produzidas na superfície epitelia); células fagocitárias (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais; proteínas denominadas citocinas, que regulam e coordenam várias atividades. A imunidade inata bloqueia a entrada de microrganismo através dos epitélios (pele, GI, resp), mas se o organismo passa deparam-se com as células da imunidade natural. A resposta consiste em 2 tipos de reação: inflamação e defesa anti-viral. A inflamação será o processo de recrutamento de leucócitos (neutrófilos e monócitos) e proteínas plasmáticas, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação pra destruir os microrganismos. Muitas dessas reações envolvem citocinas, produzidas por células dendríticas, macrófagos e outros. Os leucócitos expressam em sua superfície receptores que se ligam ao microrganismo e os ingerem. Com a ativação desses receptores, os fagócitos produzem radicais reativos de O2 e enzimas lisossomicas que destroem os organ. que foram ingeridos. Defesa anti-viral é uma reação mediada por citocinas em que as células adquirem resistência à infecção viral, e na destruição pelas células NK das células infectadas por vírus. ● SISTEMA COMPLEMENTO: IMUNIDADE ADQUIRIDA/específica/adquirida ❏ Notável especificidade para moléculas distintas e capacidade de “lembrar” e responder com mais intensidade em exposições repetidas ao mesmo micro-organismo e infecções recorrentes. ❏ Reconhece, reage e distingue micro organismos e moléculas diferentes e relacionados. ● PRINCIPAIS COMPONENTES: Linfócitos, produtos secretados (anticorpos) ● TIPOS: Humoral e celular. / Passiva ou ativa. ⇝ Imunidade celular: É mediada por linfócitos T. Os micro orgnismos intracelulares como vírus e bactérias sobrevivem e proliferam no interior dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são incessíveis a anticorpos circulantes (HUMORAL ?), aí a imunidade celular promoverá a destruição dos micro organismos que residem nos macrófagos ou a destruição das células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção. Imunidade ativa: É induzida pela exposição a um antígeno Imunidade passiva: Transferência de soro ou linfócitos de um indivíduo imunizado (transferência adotiva) em qual o receptor torna-se imune ao antígeno sem nunca ter sido exposto. ex: mãe-feto ㆁ Antígeno: substância que se liga a receptores de linfócitos específicos, independente de estimular ou não respostas imunológicas. ㆁ Imunógenos: Substâncias que estimulam as respostas imunológicas. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS IMUNIDADE ADAPTATIVA ❏ Especificidade e diversidade: Respostas imunes são específicas para antígenos distintos e para diferentes porções de uma mesma molécula. As partes de tais antígenos que são especificamente reconhecidas por linfócitos individuais são denominadas determinantes antigênicos ou epítopos. Esta fina especificidade existe porque os linfócitos expressam receptores de membrana que podem distinguir sutis diferenças na estrutura entre epítopos distintos. ❏ Memória: A exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta sua habilidade em responder novamente àquele antígeno. Respostas a uma segunda exposição ou exposições subsequentes ao mesmo antígeno, denominadas respostas imunes secundárias, normalmente são mais rápidas, maiores e, com frequência, quantitativamente diferentes da primeira resposta imune, ou primária. A memória imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa e específicas para aquele antígenos. ❏ Expansão clonal: Linfócitos específicos para um antígeno se submetem a considerável proliferação após a exposição a um antígeno. O termo expansão clonal se refere a um aumento no número de células que expressam receptores idênticos para o antígeno e, assim, pertencem a um clone. Este aumento nas células específicas para um antígeno permite a adaptação da resposta imune em manter o ritmo com os patógenos infecciosos em rápida divisão. ❏ Especialização: O sistema imune responde de maneiras diferentes a diferentes microrganismos, maximizando a efetividade dos mecanismos de defesa antimicrobianos. Assim, a imunidade humoral e a imunidade mediada por célula são elicitadas por diferentes classes de microrganismos ou pelo mesmo microrganismo em diferentes estágios de infecção (extracelular ou intracelular) e cada tipo de resposta imune protege o hospedeiro contra a classe de microrganismo. ❏ Contração e Homeostasia: Todas as respostas imunes normais diminuem com o tempo após a estimulação pelo antígeno, retornando, assim, ao seu estado de repouso basal, o estado chamado de homeostasia. Esta contração das respostas imunes ocorre porque as respostas que são disparadas por antígenos funcionam, para eliminar os antígenos, eliminando um estímulo essencial para a sobrevivência e ativação dos linfócitos. Os linfócitos (exceto as células de memória) que são privados destes estímulos morrem por apoptose. ❏ Não reatividade ao próprio: Habilidade em reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios) enquanto não reagem negativamente às suas próprias substâncias antigênicas. A irresponsividade imunológica também é chamada de tolerância. A tolerância aos próprios antígenos, ou autotolerância, é mantida por vários mecanismos. Estes incluem a eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para alguns autoantígenos, inativando os linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células pela ação de outras células (regulatórias). Anormalidades na indução ou manutenção da autotolerância levam a respostas imunes contra os próprios antígenos (autólogos), o que pode resultar em distúrbios denominados doenças autoimunes. ⇝ Citocinas: Grande grupo de proteínas produzidas por tipos diferentes de células. Medeiam e regulam todos os aspectos da imunidade natural e adaptativa. Uma citocina pode atuam em vários tipos de células e fazer vários efeitos (pleiotropismo) e também podem fazer a mesma ação (redundantes); podem antagonizar e sinergizar umas as outras. COMPONENTES CELULARES DA IMUNIDADE ADAPTATIVA ❏ Linfócitos: reconhecem e respondem a antígenos e atuam como mediadores da imunidade humoral e celular. ➢ Linfócitos B: Únicas células capazes de produzir anticorpos. reconhecem antígenos extracelulares e diferenciam-sem em plasmócitos secretores de anticorpos, atuando como mediadores da imunidade humoral. ➢ Linfócitos T: Reconhecem antígenos de micro-organismos intracelulares e ajudam os fagócitos a destruí-los ou matam diretamente as células infectadas. Eles reconhecem peptídeos derivados de proteínas estranhas que estejam ligados a proteínas do hospedeiro denominadas moléculas do complexo principalde histocompatibilidade - MHC. ➢ Linfócitos T Auxiliares (helper): Secretam citocinas (proteínas) em resposta a determinadas estimulações antigênicas, que serão responsáveis por respostas celulares. São, portanto, moléculas “mensageiras” do sistema imune. ➢ Linfócitos CTL: Destroem células que exibem antígenos estranhos, como as infectadas por vírus e bactérias. ➢ Linfócito T regulador: Principalmente inibem a resposta imunológica. ➢ Natural Killer (NK): Destroem a célula infectada. *** As várias classes de linfócitos podem ser diferenciadas pela expressão de proteínas de superfície, que são denominadas moléculas CD e designadas por números. ❏ Células apresentadoras de antígenos: Os antígenos precisam ser capturados e apresentados aos linfócitos, esse papel é feito por elas (APC). As APC com maior grau de especialização são as células dendríticas, que capturam os antígenos vindos do meio externo e os transportam até os órgãos linfoides para os linfócitos T virgens que iniciam a resposta. ❏ Células Efetoras: Medeiam o efeito final da resposta. Linfócitos T ativados, fagócitos mononucleares, e outros leucócitos atuam como células efetoras. visão geral imunidade adaptativa O sistema imune adaptativo utiliza 3 estratégias principais para combater a maioria: -Os anticorpos, que são secretados e ligam-se aos microrganismos extracelulares, bloqueiam a sua capacidade de infectar células do hospedeiro e promovem sua ingestão e subsequente destruição pelos fagócitos. -Células T auxiliares aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos, que ingerem e destroem. -LInfócitos T (citotóxicos) CTL: destroem células infectadas por microrganismos que são inacessíveis aos anticorpos e a destruição faogcítica. O objetivo da resposta adquirida consiste em ativar um ou mais desses mecanismos de defesa que podem estar em diferentes localizações do corpo. Essa resposta se desenvolve em etapas. ➔ Captura e apresentação dos antígenos microbianos: São necessários mecanismos especiais para capturar os microorganismos, concentrar seus antígenos na localização correta e apresentar os antígenos a linfócitos específicos. As células dendríticas são as APC que apresentam os peptídeos microbianos aos linfócitos TCD4 E CD8 virgens, iniciando a resposta imunológica adquirida aos antígenos protéicos. As células dendríticas localizadas nos epitélios e tecidos conjuntivos capturam microorganismos, digerem suas proteínas em peptídeos e expressam em sua superfície os peptídeos ligados a moléculas MHC (moleculas especializadas de apresentação de peptídeos). As células dendríticas transportam sua carga antigênica até os gânglios satélites ou orgãos linfoides e ficam lá esperando algum linfócito com receptores de antígeno entrar em contato. Os microorganismos intactos que entram nos gânglios linfáticos e baço são reconhecidos em sua forma não processada (nativa) por linfócitos B. Existe também 1 tipo especial de macrófago que retém e apresenta determinados antígenos na sua forma nativa aos linfócitos B. ➔ Reconhecimento dos Antígenos pelos linfócitos: A ativação dos linfócitos virgens exige o reconhecimento de complexos peptídeos-MHS apresentados pelas células dendríticas. A natureza do complexo que ativa as células T assegura que esses linfócitos possam interagir apenas com outras células, e não com o antígeno livre. Para responder, as células T precisam reconhecer não apenas os antígenos, mas também outras moléculas, denominadas coestimuladoras, que são induzidas pelos micro-organismos a serem expressas nas superfícies dos APC. O reconhecimento do antígeno fornece especificidade à resposta imunológica, e a necessidade de coestimulação assegura que as células T respondam a micro-organismos, e não a substâncias inofensivas. Os linfócitos B utilizam seus receptores de antígenos (moléculas de anticorpos ligadas à membrana) para reconhecer antígenos de várias composições diferentes. A ocupação desses receptores e outros sinais desencadeiam a proliferação e diferenciação dos linfócitos. A resposta e funções dos linfócitos T e B diferem: ◆ Imunidade Celular: Ativação dos Linfócitos T e Eliminação dos Microorganismos Intracelulares: Os linfócitos TCD4 auxiliares ativados proliferam e diferenciam-se em células efetoras cujas funções são mediadas a maioria por citocinas secretadas. Uma das respostas mais iniciais das células T auxiliares CD4 é a secreção de citocina, a interlucina 2 (IL-2). Esse é um fator de crescimento que atua sobre os linfócitos ativados por antígenos e que estimula a sua proliferação (expansão clonal). Algumas células T efetoras da linhagem de células auxiliares CD4 secretam citocinas que recrutam leucócitos e que estimulam a produção de substâncias microbicidas nos fagócitos. Por conseguinte, essas células T auxiliares ajudam os fagócitos a destruir os patógenos. Outras células T efetoras CD4 secretam citocinas que estimulam a produção de uma classe especial de anticorpo, denominado imunoglobulina E (IgE), e ativam leucócitos denominados eosinófilos, que são capazes de matar parasitas que podem ser demasiados grandes para serem fagocitados. Os linfócitos CD8 ativados proliferam e diferenciam-se em CTL, que destroem as células que contêm micro-organismos no citoplasma. ◆ Imunidade Humoral: ativação de linfócitos B e eliminação dos microorganismos extracelular: A resposta das células B a antígenos proteicos exige sinais ativadores das células T CD4. As células B podem responder a numerosos antígenos não proteicos sem a participação de outras células. Os polissacarídeos e os lipídeos estimulam a secreção principalmente da classe de anticorpos denominada IgM. Já os antígenos proteicos, após induzirem uma produção inicial de IgM, causam a produção de anticorpos de classes funcionalmente distintas de anticorpos (IgG, IgA ou IgE). A produção desses anticorpos é denominada mudança de classe e exige a ação de células T auxiliares; esta proporciona plasticidade à resposta dos anticorpos, possibilitando o desempenho de muitas funções. Os anticorpos IgG recobrem os micro-organismos e os transformam em alvos para fagocitose, visto que os fagócitos expressam receptores para as caudas de IgG. A IgA e IgM OBJETIVO 2: CONHECER OS TIPOS E AS FUNÇÕES DE CADA CÉLULA DE DEFESA ➔ Fagócitos: Incluem neutrófilos e macrófagos. Função primária é identificar, ingerir e destruir microorganismos. Além disso, por meio do contato direto e da secreção de proteínas os fagócitos comunicam-se com outras células de tal forma que promovem ou regulam as respostas imunológicas. Neutrófilos: Seu citoplasma contém granulos que são preenchidos por enzimas (lisoenzimas, colagenase e elastase, lissossomos com ezimas e subastâncias microbicidas - defensinas e catelicidinas.) Podem migrar para o local de infecção poucas horas após entrada de microorg., e se não for recrutado nesse período sofre apoptose e é fagocitado por ummacrófago do fígado ou baço. Se entra no tecido, atuam por algumas horas e em seguida morre. Fagócitos Mononucleares: Células cuja função primária é fagocitose e desempenham funçõesna i.inata e adquirida. O precursor é o monócito, e ele pode ser inflamatório (pq vai rapido p/ o local de inflamação) e o outro ja reside no tecido. Quando entram nos tecidos, os monócitos amadurecem em macrófagos, que tem nome específico a depender da localização (células da micróglia, osteoclastos..). Suas funções mais importantes são: - Ingestão e morte de microorganismos (geração enzimática de espécies reativas de O2 e N2 que são toxicas e digestão proteolítica). ; - Ingerem células mortas do hospedeiro como limpeza (neutrófilos, células apoptóticas) - Secretam citocinas que estimularão a defesa do hospedeiro e amplificam a respostas protetora. - Atuam como APC que apresentam antígenos e ativam linfócitos T - Promovem o reparo de tecido lesionado pelo estímulo da angiogênese e síntese de matriz extracelular rica em colágeno. Para realizar suas funções, os macrófagos são ativados pelo reconhecimento de diferentes tipos de moléculas microbianas e moléculas do hospedeiro produzidas em resposta à infecção. Os macrófagos podem adquirir distintas propriedades funcionais, dependendo do tipo de estímulo para a ativação celular. ➔ Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos: Essas células têm em comum a presença de grânulos citoplasmáticos preenchidos por vários mediadores inflamatórios e antimicrobianos; envolvimento nas respostas imunes que protegem contra helmintos e nas que causam doenças alérgicas. Mastócitos: Estão presentes na pele e no epitélio das mucosas e contem grânulos citoplasmáticos abundantes preenchidos por citocinas, histamina e outros mediadores. O fator de células-tronco (c-Kit) é uma citocina essencial para o desenvolvimento dos mastócitos. Eles não estão presentes na circulação na forma maduramas sim nos tecidos saudáveis perto de vasos sanguíneos e nervos. Expressam receptores de membrana para a fração Fc (?) de anticorpos IgE e IgG e são revestidos por eles. Com estimulação do mastócito são induzidos a liberarem citocinas e histamina, que promovem alterações nos vasos sanguíneos e fazem parte do processo inflamatório. ativam o sistema complemento através da via clássica, e os produtos do complemento promovem a fagocitose ou a destruição direta dos micro-organismos. A IgA é secretada pelos epitélios da mucosa e neutraliza os micro-organismos presentes no lúmen dos tratos respiratório e gastrointestinal. A IgG materna é transportada ativamente através da placenta e protege o recém-nascido até o sistema imunológico do lactante amadurecer. Os anticorpos têm, em sua maioria, meia-vida de poucos dias; entretanto, alguns anticorpos IgG possuem meia-vida de cerca de 3 semanas. Alguns plasmócitos secretores de anticorpos migram até a medula óssea e vivem durante anos, continuando a produzir baixos níveis de anticorpos que fornecerão proteção imediata caso o microorganismo volte a infectar o indivíduo. ➔ Memória Imunológica: A ativação inicial dos linfócitos gera células de memória de vida longa, que podem sobreviver durante anos após a infecção. As células de memória são mais efetivas no combate aos micro-organismos do que os linfócitos virgens, visto que as células de memória representam um reservatório expandido de linfócitos específicos para um determinado antígeno e respondem mais rapidamente e de modo mais efetivo contra o antígeno do que as células virgens. Basófilos: São semelhanres funcionalmente aos mastócitos. Sintetizam vários mediadores produzidos pelos mastócitos. Embora não estejam presentes nos tecidos, podem ser recrutadas para alguns sítios inflamatórios. Expressam receptores para Fc de IgG e IgE e podem ser estimulados pela ligação do antígeno IgE presente em sua superfície. Eosinófilos: São granulócitos do sangue que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas danosas às paredes celulares de parasitas, mas podem também lesionar tecidos do hospedeiro. Alguns estão presentes normalmente nos tecidos periféricos, especialmente nos revestimentos das mucosas dos tratos respiratórios, gastrointestinal e genitourinário, podendo aumentar em número em razão do recrutamento dessas células do sangue em condições inflamatórias. ➔ Células Apresentadoras de Antígeno: São populações celulares especializadas em capturar antígenos microbianos e outros antígenos, apresentá-los aos linfócitos e fornecer sinais que estimulem a proliferação e diferenciação desses linfócitos. Os principais são as células dendríticas, porém os macrófagos e linfócitos B apresentam antígenos aos linfócitos em diferentes tipos de resposta imune. Células Dendríticas: São as APC mais importantes para ativação das células T virgens e desempenha grande papel na resposta imune inata e na ligação entre inata e adquirida. São células que têm longas projeções membranosas e capacidade fagocítica, no epitélio das mucosas e no parênquima dos órgãos. É uma célula precursora que pode se diferenciar em monócitos. Expressam receptores que reconhecem moléculas tipicamente produzidas por micro-organismos, mas não derivadas de células de mamíferos. A maioria delas é denominada células dendríticas convencionais, daí em resposta à ativação induzida por microorg., elas que estavam na pele, mucosa, e parênquima, migram para os gânglios linfáticos e apresentam os antígenos microbianos aos linfócitos T. Uma subpopulação de células dendríticas, chamadas células dendríticas plasmocitoides, são respondedoras celulares precoces nas infecções virais. Essas reconhecem ácidos nucleicos de vírus intracelulares e produzem proteínas solúveis chamadas interferons do tipo I, que têm potentes atividades antivirais. Células Apresentadoras de Antígenos para Linfócitos T Efetores: Os macrófagos e linfócitos B também realizam importantes funções como células apresentadoras de antígenos em respostas mediadas por células TCD4 auxiliares. Macrófagos apresentam antígenos para os auxiliares nos sítios de infecção, conduzindo à ativação dessas células e à produção de moléculas para posterior ativação dos macrófagos. Esse processo é importante para a erradicação de agentes infecciosos que são ingeridos pelos fagócitos, mas que resistem à morte; nesses casos, as células T auxiliares intensificam as atividades microbianas dos macrófagos. As células B apresentam antígenos para as auxiliares nos gânglios linfáticos e no baço, o que é uma etapa-chave na cooperação de células T auxiliares com células B na resposta imune humoral aos antígenos proteicos. Linfócitos T citotóxicos são células T CD8 efetoras que podem reconhecer antígenos em qualquer tipo de célula nucleada e tornar-se ativadas para matar a célula, aí todas as células nucleadas são potencialmente APC para os CTL. Células Dendríticas Foliculares: As FDC são células com projeções membranosas encontradas em áreas enriquecidas de células B ativadas, chamadas centros germinativos, nos folículos linfoides dos gânglios linfáticos, do baço e dos tecidos linfoides das mucosas. Capturam antígenos complexados com anticorpos ou produtos do complemento e apresentam esses antígenos em suas superfícies para reconhecimento pelos linfócitos B. ➔ Linfócitos: São as principais células de imunidade adquirida e as únicas células docorpo que expressam receptores de antígenos distribuídos clonalmente, cada qual com uma especificidade distinta para diferentes determinantes antigênicos. Cada clone de linfócitos consiste em uma progênie derivada de uma célula e expressa receptores de antígeno com a mesma especificidade. Subtipo dos Linfócitos: Morfologicamente, todos os linfócitos são similares, e sua aparência não reflete sua heterogeneidade nem suas funções diversas. Os linfócitos B e T consistem em subtipos com distintas características fenotípicas e funcionais. Os principais subtipos de células B são as células B foliculares, células B da zona marginal e células B-1, sendo cada uma delas encontradas em distintas localizações anatômicas dentro dos tecidos linfoides. Os dois principais subtipos de linfócitos T são os CD4 auxiliares e os CD8 citotóxicos, que expressam um receptor de antígeno chamado receptor αβ. As células assassinas naturais (NK apresentam funções efetoras semelhantes às das CTL, mas seus receptores são distintos daqueles observados em células B ou T e não são codificados por genes recombinados somaticamente. As células NKT representam uma pequena população de linfócitos T e expressam uma molécula de superfície que é encontrada em células NK. Proteínas de membrana são utilizados como marcadores fenotípicos para distinguir populações de linfócitos. Linfócitos Virgens: São células B ou T maduras que residem nos órgãos linfoides periféricos ou na circulação e que nunca encontraram o antígeno correspondente. Normalmente morrem depois de três meses se não reconhecerem o antígeno. Os de memória são ambos considerados linfócitos em repouso, pois não estão ativamente em divisão nem estão desempenhando funções efetoras. Não podem ser facilmente distinguidos morfologicamente e ambos são frequentemente vistos como pequenos linfócitos quando observados em esfregaços sanguíneos ou em citometria de fluxo. Antes da estimulação antigênica, os linfócitos virgens estão em estado de repouso ou na fase G0 do ciclo nuclear. Em resposta ao estímulo, entram na fase G1 do ciclo celular antes de sofrerem divisão. Os linfócitos ativados têm mais citoplasma e organelas, além de quantidade aumentada de RNA citplasmatico e são denominados grandes linfócitos ou linfoblastos. As citocinas são também essenciais para a sobrevivência de linfócitos virgens. Constitutivamente expressam receptores para essas citcininas. A mais importante dessas é a interleucina 7 (IL-7), que promove sobrevivência, e talvez baixos níveis de divisão celular de células T virgens, e o fator ativador de células B pertencem à família TNF, que é necessário para a sobrevivência de células B virgens. Linfócitos Efetores : Após a ativação dos linfócitos virgens, essas células tornam-se maiores e passam a proliferar, sendo chamadas de linfoblastos. Algumas delas diferenciam-se em linfócitos efetores que têm a capacidade de produzir moléculas que atuam para eliminar o antígeno; os linfócitos efetores incluem células T auxiliares, CTL e plasmócitos secretores de anticorpos. As células T auxiliares, que geralmente são CD4, expressam moléculas de superfície, como ligante de CD40, e secretam citocinas que atuam nos macrófagos e linfócitos B, levando à ativação dessas células. A maioria dos linfócitos T efetores diferenciados tem vida curta e não é autorrenovável. Muitas células B secretoras de anticorpos são morfologicamente identificáveis como plasmócitos. São células com citoplasma abundante e denso, retículo endoplasmático granuloso, que é sitio em que anticorpos são sintetizados, além de distintos complexos de Golgi perinucleares, que as moléculas de anticorpos são convertidas em suas formas finais e acondicionadas para serem secretadas. Linfócitos de Memória: Podem sobreviver em um estado funcionalmente quiescente ou de ciclagem lenta por meses ou anos sem a necessidade de estimulação pelo antígeno e provavelmente após a eliminação do antígeno. Os linfócitos B de memória expressam certas classes de Ig de membrana, como IgG, IgE ou IgA, como resultado da mudança de isótipo, enquanto células B virgens expressa somente IgM e IgD. População de Linfócitos Distinguidas pela História de Exposição ao Antígeno OBJETIVO 3: ENTENDER A INFLUÊNCIA DO STRESS NO SIST. IMUNOLÓGICO Crises seguidas de estresse podem afetar o funcionamento do sistema imunológico, tornando o organismo mais sensível às chamadas doenças infecciosas (que são transmitidas por vírus ou bactérias). É por isso que quem vive estressado costuma ser mais suscetível a gripes e resfriados, mesmo “fora de época” – e com sintomas mais incômodos e duradouros. Estudos mostram que o estresse interfere na produção de cortisol, hormônio cuja função é inibir as defesas do organismo, evitando que o corpo ataque a si mesmo após enfrentar uma situação de risco. Uma importante função do cortisol é a ação anti-inflamatória, isto é, a capacidade de atenuar a intensidade dos processos inflamatórios. Uma característica desses processos é a importância dos mediadores químicos intercelulares para o desencadeamento de todos os eventos característicos de uma inflamação. Os corticoides atuam diminuindo a expressão gênica de proteínas que participam das inflamações. Portanto, podemos concluir que os corticoides podem ser utilizados como fármacos contra as doenças inflamatórias. Seu uso em doenças reumáticas é bastante difundido, sendo, portanto, um importante avanço no tratamento dessas doenças. Contudo, o uso prolongado desses medicamentos pode resultar em efeitos colaterais. Os glicocorticoides, como o cortisol, agem sobre um receptor intranuclear que regula transcrição gênica. Eles não têm dificuldade em ultrapassar a membrana celular já que são lipofílicos. O seu efeito deve-se à modificação da atividade de vários genes e as proteínas produzidas a partir deles. O receptor ligado ao medidor liga-se a regiões específicas de DNA e ativa e inibe a transcrição de diversos genes. Uma vez que a transcrição gênica é demorada (é preciso produzir grande quantidade de proteínas) os seus efeitos demoram sempre algumas horas a manifestar-se. O cortisol também reduz a permeabilidade dos vasos sanguíneos, diminuindo a diapedese de células de defesa sanguíneas, como monócitos, e diminui o extravasamento de plasma para o interstício, reduzindo os edemas. Além disso, o cortisol reduz a reprodução de linfócitos, diminuindo a ação do sistema imune, já que são os linfócitos que iniciam o processo inflamatório, reconhecendo, primeiramente os antígenos. Por conta dessas características ele é usado no tratamento de doenças autoimunes, asma, alergias, edema cerebral, transplante de órgãos, doença de Addison, bronquite dentre outros tantos. Em relação aos perigos do uso indiscriminado de glicocorticoides o problema normalmente se dá por que essa é uma substância que o corpo também produz e através de um mecanismo de feedback, a produção natural de cortisol pelo córtex das adrenais é inibida. Enquanto o uso do medicamento é feito não se tem problema porque a quantidade de cortisol necessária estávinda de fontes externas, mas se o remédio é retirado de maneira abrupta as adrenais não conseguem suprir o corpo com o hormônio. Desse modo, os sintomas que aparecem são os relacionados ao hipo-adrenalismo, como baixa disponibilidade de glicose entre as refeições e baixo poder de combater uma situação de stress. Outro perigo do “corticoide” é que se usado de forma muito prolongada, pode ter ação supressora do sistema imune, podendo levar a infecções que não são devidamente combatidas pelo corpo, podendo um vírus pouco perigoso como o da gripe debilitar seriamente uma pessoa, podendo ela chegar à morte e surgimento e disseminação do câncer, pela redução da destruição de células tumorais (diminuição da atividade de células NK e Tc, componentes da imunidade celular, em razão da diminuição das funções Th1). Ele também diminui a atividade dos linfóctos T helpers Th, que aumenta a imunidade humoral e diminui a celular. Em algumas doenças auto-imunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, o aumento da imunidade humoral, resultante do predomínio das atividades Th2 induzidas pelo estresse, participa da fisiopatologia da doença. OBJETIVO 4: COMPREENDER OS TIPOS E FUNÇÕES DAS IMUNOGLOBULINAS Definição: Imunoglobulinas (Ig): Moléculas de glicoproteína que são produzidas pelos plasmócitos em resposta a um imunógeno e que funcionam como anticorpos. Funções Gerais das Imunoglobulinas: Ligação a antígenos: Imunoglobulinas se ligam especificamente a um ou a alguns antígenos proximamente relacionados. Cada imunoglobulina na verdade liga-se a um determinante antigênico específico. Ligação a antígeno pelos anticorpos é a função primária dos anticorpos e pode resultar em proteção do hospedeiro. A valência do anticorpo refere-se ao número de determinantes antigênicos que uma molécula individual de anticorpo pode se ligar. A valência de todos os anticorpos é pelo menos duas e em alguns casos mais. Funções efetoras: As imunoglobulinas mediam uma variedade dessas funções efetoras. Usualmente a habilidade de carrear uma função efetora particular requer que o anticorpo se ligue a seu antígeno. Nem todas as imunoglobulinas irão mediar todas as funções efetoras. Tais funções efetoras incluem: ● Fixação ao complemento – Isso resulta na lise de células e liberação de moléculas biologicamente ativas. ● Ligação a vários tipos celulares – Células fagocitárias, linfócitos, plaquetas, células master, e basófilos têm receptores que se ligam a imunoglobulinas. Essa ligação pode ativar as células que passam a realizar algumas funções. Algumas imunoglobulinas também se ligam a receptores em trofoblastos placentários, o que resulta na transferência da imunoglobulina através da placenta. Como resultado, os anticorpos maternos transferidos proveem imunidade ao feto e ao recém-nascido. Propriedades das Classes: IgG: ● IgG é a principal Ig no soro - 75% das Ig do soro são IgG ● IgG é a principal Ig em espaços extra vasculares ● Transferência placentária - IgG é a única classe de Ig que atravessa a placenta. A transferência é mediada pelo receptor da região Fc do IgG nas células placentárias. Nem todas as subclasses atravessam com a mesma eficiência; IgG2 não atravessa bem. ● Ligação a células – Macrófagos, monócitos e alguns linfócitos têm receptores para a região Fc da IgG. IgG é uma boa opsonina. IgM: ● IgM é a terceira Ig mais comum no soro. ● IgM é a primeira Ig a ser feita pelo feto e a primeira Ig a ser feita por uma célula B virgem quando é estimulada pelo antígeno. ● IgM é uma boa Ig fixadora do complemento. Assim, anticorpos IgM são muito eficientes em levar à lise de microrganismos. ● IgM também é uma boa Ig aglutinadora. Assim, anticorpos IgM são muito boas em agregar microrganismos para eliminação eventual para fora do corpo. ● Ig de superfície de célula B IgA: ● IgA é a 2a Ig mais comum no soro. ● IgA é a principal classe de Ig em secreções – lágrimas, saliva, colostro, muco. Uma vez que é encontrada em secreções IgA secretora é importante na imunidade local (de mucosa). ● Normalmente IgA não fixa complemento, a menos que esteja agregada. ● IgA pode se ligar a algumas células e alguns linfócitos. IgE: ● IgE é a Ig sérica menos comum uma vez que se liga fortemente com receptores de Fc em basófilos e mastócitos mesmo antes da interação com o antígeno. ● Envolvida em reações alérgicas – Como consequência da sua ligação a basófilos e mastócitos, IgE é envolvida em reações alérgicas. Ligação do alergeno à IgE nas células resulta na liberação de vários mediadores farmacológicos que resulta em sintomas alérgicos. ● IgE também participa em doenças parasitárias por helmintos. Uma vez que os níveis sorológicos de IgE aumentam em doenças parasitárias, a quantificação dos níveis de IgE auxilia no diagnóstico de infecções parasitárias. Eosinófilos têm receptores de Fc para IgE e a ligação de eosinófilos a helmintos cobertos por IgE resulta na morte do parasita. ● IgE não fixa complemento.
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