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INTRODUÇÃO A UROANÁLISE MODULO 2

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INTRODUÇÃO A UROANÁLISE
ESCOLA DE ENFERMAGEM SÃO VICENTE DE PAULA
DISCIPLINA: BIOQUIMICA E UROANALISE
PROFESSORA: THAMIRES NERI
Introdução à Uroanálise
A análise da urina foi, na realidade, o começo da medicina laboratorial.
Podem ser encontradas referências ao estudo da urina nos desenhos dos homens das cavernas e nos hieróglifos egípcios. Muitas vezes nem se via os pacientes, apenas sua urina. Embora não contassem com métodos sofisticados de exame, eram capazes de obter informações diagnósticas de observações básicas, tais como cor, turvação, odor, volume, viscosidade e até mesmo a presença de açúcar em certas amostras capaz de atrair formigas.
Introdução à Uroanálise
É interessante notar que essas mesmas características urinárias ainda são utilizadas pelos laboratoristas hoje em dia.
Contudo, os modernos métodos de uroanálise ampliaram seu campo de ação, abrangendo não só o exame físico, mas também a análise bioquímica e o exame microscópico do sedimento urinário.
FORMAÇÃO DA URINA
Cada rim tem cerca de 11,25 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura e um pouco mais de 2,5 cm de espessura. A massa do rim no homem adulto varia entre 125 e 170 g; na mulher adulta, entre 115 e 155 g. Tem cor vermelho-escuro e a forma de um grão de feijão enorme.
Os rins filtram e excretam os produtos residuais do organismo e regulam a composição química dos líquidos orgânicos.
Cada rim contém aproximadamente um milhão de “unidades filtradoras”, chamados néfrons.
Néfrons
O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo tubo contornado distal, este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.
A formação da urina ocorre em três etapas básicas 
- Filtração: Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um processo passivo. Caracteriza-se pela saída do filtrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula. Isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue nesse local. O chamado filtrado glomerular, ou urina inicial, é livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo.
Reabsorção
O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta substâncias que são bastante importantes para o organismo e devem ser reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos túbulos proximais, e é importante para evitar a perda excessiva de substâncias, tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo é responsável por determinar como será a composição final da urina.
A concentração da urina formada é regulada através da secreção de ADH (hormônio antidiurético) pela neuro-hipófise. Esse hormônio atua aumentando a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores, fazendo com que ocorra uma maior reabsorção de água. A liberação de ADH é maior quando bebemos pouca água, pois é uma forma de o corpo diminuir a eliminação dessa substância que está escassa no momento.
Secreção
Algumas substâncias presentes no sangue e que são indesejáveis ao organismo são absorvidas pelas células do túbulo contorcido distal. O ácido úrico e amônia fazem parte dessas substâncias que são retiradas dos capilares e lançadas ao líquido que formará a urina.
Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada. Ela então é conduzida até os ureteres, que a levarão até a bexiga, onde permanecerá até sua eliminação.
Os constituintes da urina são os produtos da filtração glomerular mais os produtos da secreção tubular menos as constituintes que voltam ao sangue através da reabsorção tubular.
COMPOSIÇÃO DA URINA
A urina é uma solução aquosa complexa, constituída de sais inorgânicos e produtos orgânicos da eliminação, provenientes do metabolismo.
Podem ocorrer grandes variações na concentração dessas substâncias, devido à influência de fatores como a ingestão alimentar, a atividade física, o metabolismo orgânico, a função endócrina e até mesmo a posição do corpo.
A uréia, resíduo metabólico produzido no fígado a partir da utilização de proteínas e aminoácidos, representa quase metade das substâncias orgânicas dissolvidas na urina.
Outras substâncias orgânicas são principalmente a creatinina e o ácido úrico.
Se for necessário verificar se determinado fluido trata-se de urina, a amostra deverá ser avaliada quanto ao teor da uréia e creatinina, pois estes estão presentes em concentração muito maiores na urina que em outros fluidos orgânicos.
A urina também pode conter elementos como células, cristais, muco e bactérias.
 
VOLUME DA URINA
A água é o principal constituinte do organismo e, portanto a quantidade excretada em geral é determinada pelo estado de hidratação do corpo.
Os fatores que influenciam o volume de urina são: ingestão de fluidos, perda de fluidos por fontes não renais, variação na secreção do hormônio antidiurético e necessidade de excretar grandes quantidades de solutos, como glicose e sais.
Levando em consideração esses fatores, pode-se observar que embora o débito urinário diário médio seja de 1.200 a 1.500 mL, podem ser consideradas normais os limites de 600 a 2.000 mL.
Termos relacionados
Oligúria é a redução no volume diário normal de urina. É comumente observada quando o organismo entra em estado de desidratação devida à excessiva perda de água em decorrência de vômitos, diarréia, transpiração ou queimaduras graves. 
ANÚRIA
A oligúria que leva à Anúria (cessação do fluxo da urina) pode ser resultante de qualquer lesão renal grave ou de uma diminuição no fluxo sangüíneo para os rins.
NICTÚRIA
Durante o dia a excreção da urina é 2 a 3 vezes maior que durante a noite. O aumento na excreção noturna da urina é chamado Nictúria.
POLIÚRIA
Poliúria é o aumento no volume urinário diário. Está muitas vezes associado ao diabetes, contudo, também poder ser induzida artificialmente pelo uso de diurético, cafeína ou álcool, que reduzem a secreção de hormônio antidiurético.
O diabetes produz poliúria por razões diferentes e a uroanálise é um passo importante no diagnóstico diferencial.
Diabetes mellitus
É causado ou por anormalidade na produção de insulina pelo pâncreas ou na função da própria insulina, resultando num aumento da concentração de glicose no organismo. A glicose em excesso não é reabsorvida pelos rins, necessitando e excreção de grandes quantidades de água para removê-las.
Diabetes insipidus
É resultante de uma diminuição na produção ou na função do hormônio antidiurético-ADH (AVP - Arginina Vaso-pressina), por isso, a água necessária a hidratação adequada do organismo não é reabsorvida à partir do filtrado plasmático. Nesta condição, a urina será realmente diluída e terá baixa densidade.
OBSERVAÇÃO
A perda de fluido em outras doenças é compensada pelo aumento da ingestão de água o que produz um volume ainda maior de urina. A poliúria acompanhada por aumento de ingestão de fluido muitas vezes é o primeiro sintoma dessas doenças.
COLETA DE AMOSTRAS DE URINA
Há 3 regras importantes quanto aos cuidados com a amostra de urina que na realidade se aplicam a todas as amostras recebidas no laboratório:
A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco. Os recipientes devem estar isentos de medicamentos, perfumes, poeira ou poluição com fezes, que prejudicam radicalmente o exame. Os recipientes descartáveis são os mais populares e econômicos. Esses recipientes existem de vários tamanhos e formas, inclusive bolsas plásticas com adesivo para colheita de amostra pediátrica e recipiente grandes para amostra 24 horas.
 
 
O recipiente da amostra deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente, data e hora da colheita e se conveniente informações adicionais tais como: a identificação do hospital e nome do médico. Amostras sem identificação colocadas sobre as requisições podem ser removidas e trocadas.
 
A amostra deveser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de 1 hora. A amostra que não puder ser entregue ou analisada em 1 hora deve ser refrigerada ou receber conservante químico apropriado.
CONSERVAÇÃO DA URINA
O método da conservação mais usado é a refrigeração, que é confiável na prevenção da decomposição bacteriana na urina pelo período de 1 noite.
A refrigeração de amostra pode provocar aumento na sua densidade e precipitação de fosfatos e uratos amorfos que podem prejudicar a análise microscópica do sedimento.
No entanto se deixar à temperatura ambiente, a densidade será corrigida e alguns uratos amorfos poderão dissolver-se.
Quando a refrigeração não for possível, deve-se acrescentar conservantes químicos.
O conservante químico ideal deve ser bactericida, inibir a urease e conservar os elementos figurados do sedimento, e não interferir nos testes bioquímicos.
São vários os conservantes químicos (acido bórico, formalina, mertiolate, etc), no entanto, o conservante químico ideal ainda não foi identificado.
ALTERAÇÕES NA URINA NÃO CONSERVADA
Uso de conservantes X urina não conservada.
As amostras mantidas à temperatura ambiente por mais de uma hora, sem conservantes, podem apresentar as alterações abaixo:
aumento do pH, bactérias, turvação
diminuição	da	concentração	de	glicose,	cetonas,	bilirrubinas, urobilinogênio
desintegração de hemácias e cilindros
alteração de cor - oxido-redução de metabólitos
TIPOS DE AMOSTRAS DE URINA
Para colher uma amostra que seja realmente representativa do estado metabólico do paciente, muitas vezes é necessário controlar certos aspectos da coleta, como hora, duração, dieta e medicamentos ingeridos e métodos da coleta. É importante dar instruções ao paciente quando eles tiverem de seguir procedimentos especiais da colheita.
AMOSTRA ALEATÓRIA
Tipo mais comum e útil nos exames para detectar anormalidades bem evidentes. Podem produzir resultados errados devido à ingestão de alimentos ou à atividade física realizada pouco antes da colheita da amostra.
Se necessário informar para colher amostras em condição mais controladas. Esta amostra se presta para fazer urina tipo I ou de rotina.
PRIMEIRA AMOSTRA DA MANHÃ
Amostra ideal para exame de rotina ou tipo I. Preferencialmente, deve ser colhida no laboratório, caso contrário deve ser levada ao laboratório dentro de 1 hora.
Este tipo de amostra é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática (deitado).
A 1ª amostra da manhã é uma amostra mais concentrada o que garante a detecção de substâncias que podem estar presentes nas amostras aleatórias mais diluídas.
AMOSTRA EM JEJUM
Difere da primeira amostra da manhã por ser resultado da segunda micção após um período de jejum. Essa amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a monitoração de glicosúria.
AMOSTRA COLHIDA 2 HORAS APÓS A REFEIÇÃO
O paciente deve urinar pouco antes de se alimentar normalmente e colher uma amostra 2 horas após comer.
Faz-se a prova de glicosúria e os resultados são utilizados principalmente para controlar a terapia com insulina em pessoas com diabetes mellitus. Pode-se fazer uma avaliação mais completa do estado do paciente se for feita uma comparação entre os resultados da amostra colhida 2 horas após a refeição e os da amostra colhida em jejum.
AMOSTRA PARA TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG)
As amostras de urina são colhidas no mesmo instante em que se colhe o sangue para fazer o TTG (jejum – ½ hora – 1h – 2h e 3h) se possível também serão colhidas amostras de 4, 5 e 6 horas.
NO TTG:
Verifica-se a glicosúria e cetonúria e os resultados são registrados juntamente com os da glicemia para avaliar a capacidade do paciente em metabolizar determinada quantidade de glicose.
AMOSTRA DE 24 HORAS (OU COM TEMPO MARCADO)
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de determinada substância química na urina, ao invés de registrar apenas sua presença ou ausência.
Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos exatas. Quando a concentração de substância a ser medida varia segundo as atividades do dia, como exercícios, refeições e metabolismo orgânico é necessário a coleta de 24 horas. Se, por outro lado, sua concentração permanece constante, a amostra pode ser colhida por um período mais curto. Entretanto deve-se tomar cuidado para manter o paciente suficientemente hidratado durante os períodos de coletas curtas. Os pacientes devem ser claramente instruídos sobre os procedimentos da colheita com tempo marcado. Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada, é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga vazia.
1º dia – 7 da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas. (Manter refrigerada)
2º dia – 7 da manhã: o paciente urina e junta toda esta urina com aquela previamente colhida.
Ao chegar ao laboratório, a amostra de 24 horas deve ser homogeneizada e seu volume medido e registrado precisamente. Usar pequena quantidade para os testes necessários e não desprezar o resto, pois pode haver necessidade de repetição do teste ou a realização de outros.
A conservação a amostra deve ser feita com um conservante não tóxico para o paciente e não deve interferir nas análises a serem feitas.
Antes de iniciar a colheita deve-se dar ao paciente todas as informações necessárias para o modo correto da colheita e os testes a serem realizados.
Para garantir a precisão desse tipo de amostra pode-se dar ao paciente uma quantidade conhecida de marcador químico atóxico como o ácido-4-aminobenzoico, no inicio do período de colheita. A concentração do marcador excretado na amostra é medido para se determinar se a amostra está completa ou não. Recomenda-se o uso de um marcador inerte, injetável, cuja concentração possa ser controlada, para a medição de creatinina urinária endógena, que varia segundo a ingestão alimentar e a nossa massa corpórea.
AMOSTRA COLHIDA POR CATETER
A amostra é colhida em condição estéril passando-se um tubo através da uretra até a bexiga. Indicada para urocultura em pacientes internados.
Outra indicação menos usada é quando se deseja avaliar separadamente a função de cada rim. As amostras provenientes do rim direito e esquerdo são colhidos separadamente, passando um cateter através do ureter de cada rim.
COLETA ESTÉRIL DE JATO MÉDIO
É um método seguro e menos traumático de se obter amostra para a cultura bacteriana. É mais representativa e menos contaminada para a análise microscópica. Deve ser realizada em sala de coleta ou instruir o paciente da limpeza apropriada e um recipiente estéril. Instruí-lo também para colher apenas o jato médio da urina.
ASPIRAÇÃO SUPRAPÚBICA
A amostra é colhida pela punção da bexiga. Este método propicia amostra para cultura de bactérias completamente livre decontaminação externa. Este tipo de amostra também pode ser usado para exame citológico.
AMOSTRA PEDIÁTRICA
Usar	coletores	de plástico	transparente com 	adesivo	 para prender a área genital de meninos e meninas.
Questões para estudo
O que são néfrons e glomérulo de malpighi? Quais as suas funções?
Quais os constituintes da urina?
Quais os fatores que influenciam no volume urinário?
Quais os cuidados com a coleta da urina?
Como deve ser colhida a amostra de urina para o TTG?
Qual o melhor conservante para urina?
FIM

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