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Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia ALE-RO Assistente Legislativo Edital N° 01, de 08 de Maio de 2018 MA031-2018 DADOS DA OBRA Título da obra: Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia Cargo: Assistente Legislativo (Baseado no Edital N° 01, de 08 de Maio de 2018) •Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico-Matemático • Noções de Informática • Legislação Específica • História e Geografia de Rondônia • Conhecimentos Específicos Gestão de Conteúdos Emanuela Amaral de Souza Diagramação/ Editoração Eletrônica Elaine Cristina Igor de Oliveira Camila Lopes Thais Regis Produção Editoral Suelen Domenica Pereira Julia Antoneli Capa Joel Ferreira dos Santos APRESENTAÇÃO CURSO ONLINE PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. 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O código encontra-se no verso da capa da apostila. *Utilize sempre os 8 primeiros dígitos. Ex: FV054-18 PASSO 3 Pronto! Você já pode acessar os conteúdos online. SUMÁRIO Língua Portuguesa Leitura, compreensão e interpretação de textos. ....................................................................................................................................................83 Estruturação do texto e dos parágrafos. .....................................................................................................................................................................04 Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. ............................................................. 07 Significação contextual de palavras e expressões. ..................................................................................................................................................76 Equivalência e transformação de estruturas. .............................................................................................................................................................04 Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. ............................................................................................................................................63 Emprego de tempos e modos verbais. ........................................................................................................................................................................07 Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................................50 Estrutura e formação de palavras. ..................................................................................................................................................................................04 Funções das classes de palavras. .....................................................................................................................................................................................07 Flexão nominal e verbal. ......................................................................................................................................................................................................07 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ..................................................................................................................................07 Concordância nominal e verbal. ......................................................................................................................................................................................52 Regência nominal e verbal. ................................................................................................................................................................................................58 Ortografia oficial. ....................................................................................................................................................................................................................44 Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................................................47 Raciocínio Lógico-Matemático Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência, proposições compostas. ..... 93 Equivalências lógicas. ............................................................................................................................................................................................................93 Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos fictícios dados. ..........................................................................................................................................................................................................................................93 Diagramas lógicos, tabelas e gráficos. .......................................................................................................................................................................110 Conjuntos e suas operações. ............................................................................................................................................................................................01 Números naturais, inteiros, racionais, reais e suas operações. ..........................................................................................................................01 Representação na reta. ........................................................................................................................................................................................................01 Unidades de medida: distância, massa e tempo. ....................................................................................................................................................19 Representação de pontos no plano cartesiano. .......................................................................................................................................................29 Álgebra básica: equações, sistemas e problemas do primeiro grau. .............................................................................................................23 Porcentagem e proporcionalidade direta e inversa. ..............................................................................................................................................74 Sequências,reconhecimento de padrões, progressões aritmética e geométrica. ...................................................................................70 Juros. .............................................................................................................................................................................................................................................77 Geometria básica: distâncias e ângulos, polígonos, circunferência, perímetro e área. .......................................................................... 47 Medidas de comprimento, área, volume. ...................................................................................................................................................................19 Princípios de contagem e noção de probabilidade. ..............................................................................................................................................115 SUMÁRIO Noções de Informática Arquitetura básica de computadores: hardware: componentes e funções; unidade central de processamento; memória ROM, RAM, cache, tipos e tamanhos de memória; dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados; impres- soras, teclado, mouse, disco rígido, pendrives, scanner, plotter, discos ópticos; conectores; barramentos: especificação de equipamentos. .........................................................................................................................................................................................................................01 Software: software básico; noções de sistemas operacionais; utilitários; antivírus. ................................................................................. 01 Windows XP/7 BR: ambiente gráfico; janela do computador/Windows Explorer: ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos; ajuda do Windows; lixeira: remoção e recuperação de arquivos e de pastas, cópias de segurança/backup, uso dos recursos. ................................ 01 MSOffice 2010 BR (Word, Excel, Powerpoint, Access, Outlook): conceitos, características, funcionalidades, ícones, atalhos de teclado, uso dos recursos. ..................................................................................................................................................................................................21 Internet: conceitos; características; figuras e imagens (formatos); acesso; browsers (Internet Explorer 9 BR x Firefox Mozilla x Google Chrome); ....................................................................................................................................................................................................................55 Correio eletrônico/e-mail; ..................................................................................................................................................................................................55 Thunderbird Mozilla: conceitos, características, funcionalidades, ícones, atalhos de teclado e uso dos recursos. ................... 55 Legislação Específica Constituição Estadual: Título I – Da Organização do Estado: Disposições Preliminares, Da Competência do Estado e da Administração Pública; Título II – Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo. .............................................................. 01 Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia: Resolução nº 32, de 21 de agosto de 1990 e suas alterações. ...................................................................................................................................................................................................................04 Estatuto dos Servidores Públicos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas estaduais: Lei Com- plementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 e suas alterações. ....................................................................................................... 50 Plano de Carreira, Cargos e Remuneração e o Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia: Lei Complementar nº 731, de 30 de setembro de 2013 e suas alterações. ............................................................................................. 50 Estrutura Organizacional Administrativa e o Quadro Gerencial e de Assessoramento da Assembleia Legislativa do Esta- do de Rondônia: Lei Complementar nº 967, de 10 de janeiro de 2018 e suas alterações. ........................................................ 50 SUMÁRIO História e Geografia de Rondônia I – HISTÓRIA DE RONDÔNIA 1. As bases da ocupação colonial da Amazônia; ............................................................................. 01 2. As políticas do Estado português para as regiões dos vales do Guaporé e Madeira; ............................................................ 01 3. A questão das fronteiras entre América Portuguesa e o império hispânico e a criação da Capitania de Mato Grosso; .. 05 4. A economia colonial nos vales do Guaporé e Madeira: mineração, drogas do sertão, o escravismo, o contrabando e as rotas fluviais; .......................................................................................................................................................................................................06 5. Colonização e povoamento no vale do Madeira e do Guaporé nos séculos XIX e XX; ......................................................... 08 6. O advento da exploração seringueira e a questão das fronteiras; ................................................................................................. 09 7. As diversas etapas da construção da Ferrovia Madeira-Mamoré; .................................................................................................. 10 8. A Comissão Rondon e a instalação das linhas telegráficas; .............................................................................................................. 12 9. A criação dos Territórios Federais do Guaporé e de Rondônia; ...................................................................................................... 12 10. Os novos surtos de povoamento e a ampliação do extrativismo mineral; .............................................................................. 13 11. A implantação do Estado de Rondônia; ................................................................................................................................................. 13 12. Os projetos de colonização estatais e privados; ................................................................................................................................. 14 13. A instalação da rodovia federal BR-364. ................................................................................................................................................. 14 II - GEOGRAFIA DE RONDÔNIA 1. Povoamento e ocupação dos Vales do Madeira, Mamoré e Guaporé; ........................ 16 2. Colonização ibérica na região; ...................................................................................................................................................................... 16 3. A colonização portuguesa no Vale do Guaporé; ................................................................................................................................... 16 4. Os séculos XIX e XX e a exploração da borracha, poia e castanha; ................................................................................................ 16 5. A construção da EFMM e da Linha Telegráfica; ..................................................................................................................................... 16 6. Território Federal do Guaporé/Rondônia; ................................................................................................................................................16 7. A Rodovia BR-364 e os garimpos; ............................................................................................................................................................... 16 8. A ocupação recente da Amazônia e Rondônia, a Colonização Agropastoril; ............................................................................ 16 9. O Estado de Rondônia, da criação as questões atuais; ....................................................................................................................... 16 10. O ambiente amazônico, as estruturas físicas e ambientais da região; ....................................................................................... 16 11. O Estado de Rondônia, componentes do meio físico e ambiental; ............................................................................................ 17 12. Populações e ocupação do espaço; ......................................................................................................................................................... 18 13. As divisões regionais; .....................................................................................................................................................................................19 14. Produção econômica regional; .................................................................................................................................................................. 19 15. As questões socioambientais; .................................................................................................................................................................... 19 16. Populações tradicionais. ................................................................................................................................................................................19 SUMÁRIO Conhecimentos Específicos Processo organizacional (planejamento, coordenação, direção, organização e controle). ....................................................... 01 Relações Interpessoais: comunicação e relações interpessoais. .......................................................................................................... 07 Administração de conflitos: desenvolvimento de trabalho em equipe. ............................................................................................. 13 Noções sobre Administração de Materiais e Patrimônio. ...................................................................................................................... 21 Logística: conceito, evolução, dimensão, processo logístico, transporte. ........................................................................................ 29 Arquivos: finalidade, classificação, fases, técnicas, sistemas e métodos de arquivamento. Protocolo: finalidades, objeti- vos e atividades. ......................................................................................................................................................................................................34 Noções sobre Contratos Administrativos. .................................................................................................................................................... 59 Noções de administração de pessoal, de material e de patrimônio. ................................................................................................. 62 Atos administrativos de uso mais frequente: circulares, avisos, portarias ........................................................................................ 65 Ofícios, despachos e ordens de serviços. ...................................................................................................................................................... 79 Procedimentos administrativos. Noções básicas de organização de arquivos e fichários. Documentos oficiais, tipos de documentos. ...........................................................................................................................................................................................................101 Correspondência oficial: conceito, classificação; recepção e expedição de correspondência em geral. ...........................101 Protocolo: conceito, sistema de protocolo. ................................................................................................................................................102 Noções de Administração Pública: princípios. Descentralização e desconcentração. Administração Direta e Indire- ta. ............................................................................................................................................................................................................ 102 Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização. ..................................................................................................................................................................105 Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. Excelência nos serviços públicos. ...........................................................................................................109 Gestão da Qualidade. Gestão de resultados na produção de serviços públicos. O paradigma do cliente na gestão públi- ca. ................................................................................................................................................................................................................................117 Noções de administração de recursos materiais: funções e objetivos; classificação e especificação de materiais; com- pras; registros; cadastro de fornecedores; acompanhamento de pedidos. ...................................................................................119 Ética profissional. O papel do servidor. ........................................................................................................................................................119 Interação com o público interno e externo. ...............................................................................................................................................120 Cidadania: direitos e deveres do cidadão. O cidadão como usuário e contribuinte. .................................................................133 LÍNGUA PORTUGUESA Letra e Fonema .........................................................................................................................................................................................................01 Estrutura das Palavras ............................................................................................................................................................................................04 Classes de Palavras e suas Flexões .................................................................................................................................................................... 07 Ortografia ...................................................................................................................................................................................................................44 Acentuação ................................................................................................................................................................................................................47 Pontuação ...................................................................................................................................................................................................................50 Concordância Verbal e Nominal ........................................................................................................................................................................52 Regência Verbal e Nominal ..................................................................................................................................................................................58 Frase, oração e período .........................................................................................................................................................................................63 Sintaxe da Oração e do Período ........................................................................................................................................................................ 63 Termos da Oração....................................................................................................................................................................................................63 Coordenação e Subordinação ............................................................................................................................................................................ 63 Crase .............................................................................................................................................................................................................................71 Colocação Pronominal ...........................................................................................................................................................................................74 Significado das Palavras ........................................................................................................................................................................................76 Interpretação Textual ..............................................................................................................................................................................................83 Tipologia Textual ......................................................................................................................................................................................................85 Gêneros Textuais ......................................................................................................................................................................................................86 Coesão e Coerência ................................................................................................................................................................................................86 Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas ............................................................................................................................................ 88 Estrutura Textual .......................................................................................................................................................................................................90 Redação Oficial .........................................................................................................................................................................................................91 Funções do “que” e do “se” ...............................................................................................................................................................................100 Variação Linguística. .............................................................................................................................................................................................101 O processo de comunicação e as funções da linguagem. ....................................................................................................................103 1 LÍNGUA PORTUGUESA PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp LETRA E FONEMA A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín- gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta- belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor – ator / morro – corro / vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra - O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê). - Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio. - Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar: - o fonema /sê/: texto - o fonema /zê/: exibir - o fonema /che/: enxame - o grupo de sons /ks/: táxi - O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 1 2 3 4 1 2 3 4 5 - As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”. - A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 1 2 3 1 2 3 4 Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal. 2 LÍNGUA PORTUGUESA Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entrea- berta. As vogais podem ser: - Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. - Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na- sais. /ã/: fã, canto, tampa / ẽ /: dente, tempero / ĩ/: lindo, mim /õ/: bonde, tombo / ũ /: nunca, algum - Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola. - Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola. Quanto ao timbre, as vogais podem ser: - Abertas: pé, lata, pó - Fechadas: mês, luta, amor - Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). 2) SemivogaisOs fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- sempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série. 3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton- go e o hiato. 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice- versa) numa mesma sílaba. Pode ser: - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo- gal: pai (a = vogal, i = semivogal) - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na- sais: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vo- gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri- tongo nasal. 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a). Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo- gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se. 2-) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta. Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go. Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na es- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na es- crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo- ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = le- tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. 3 LÍNGUA PORTUGUESA Dígrafos Consonantais Letras Fonemas Exemplos lh /lhe/ telhado nh /nhe/ marinheiro ch /xe/ chave rr /re/ (no interior da palavra) carro ss /se/ (no interior da palavra) passo qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia sc /se/ crescer sç /se/ desço xc /se/ exceção Dígrafos Vocálicos Registram-se na representação das vogais nasais: Fonemas Letras Exemplos /ã/ am tampa an canto /ẽ/ em templo en lenda /ĩ/ im limpo in lindo õ/ om tombo on tonto /ũ/ um chumbo un corcunda * Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre- senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) . ** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas). Dífonos Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 4 LÍNGUA PORTUGUESA Questões 1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um dígrafo, EXCETO em (A) prazo. (B) cantor. (C) trabalho. (D) professor. 1-) (A) prazo – “pr” é encontro consonantal (B) cantor – “an” é dígrafo (C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo (D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- grafo RESPOSTA: “A”. 2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- das as palavras da sequência. (A) Externo – precisa – som – usuário. (B) Gente – segurança – adjunto – Japão. (C) Chefe – caixas – deixo – exatamente. (D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo. 2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado pela letra destacada: (A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/ (B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ (C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente /z/ (D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/ RESPOSTA: “D”. 3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- no também está presente em: A) cartola. B) problema. C) guaraná. D) água. E) nascimento. 3-) Duas letras representando um único fonema = dí- grafo A) cartola = não há dígrafo B) problema = não há dígrafo C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) E) nascimento = dígrafo: sc RESPOSTA: “E”. ESTRUTURA DAS PALAVRAS As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos em seus menores elementos (partes) possuidores de sen- tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por três elementos significativos: In = elemento indicador de negação Explic – elemento que contém o significado básico da palavra Ável = elemento indicador de possibilidade Estes elementos formadores da palavra recebem o nome de morfemas. Através da união das informações contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en- tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não tem possibilidade de ser explicado,que não é possível tornar claro”. MORFEMAS = são as menores unidades significativas que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido. Classificação dos morfemas: Radical, lexema ou semantema – é o elemento por- tador de significado. É através do radical que podemos for- mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez. O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um mesmo radical denomina-se família de palavras. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi- xo), prever (prefixo), infiel. Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos concluir que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi- nências nominais e desinências verbais. • Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos- tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/ menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/ garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu- me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes. 5 LÍNGUA PORTUGUESA • Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem- porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- bos (desinência número-pessoais): cant-á-va-mos: cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo- do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati- vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primei- ra pessoa do plural) cant-á-sse-is: cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência mo- do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti- vo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural) Vogal temática Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as de- sinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vo- gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indica as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e (da 2.ª conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = partir). • Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base, combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. A estas vogais temáticas se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática. • Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a per- tencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação. Interfixos São os elementos (vogais ou consoantes) que se in- tercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou mes- mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por exemplo: Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. Consoantes: cafezal, sonolento, friorento. Formação das Palavras Há em Português palavras primitivas, palavras deriva- das, palavras simples, palavras compostas. Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue- sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor. Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue- sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura. Palavras simples: aquelas que possuem um só radical: azeite, cavalo. Palavras compostas: aquelas que possuem mais de um radical: couve-flor, planalto. * As palavras compostas podem ou não ter seus ele- mentos ligados por hífen. Processos de Formação de Palavras Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma- ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a derivação, a composição, a onomatopeia, a abreviação e o hibridismo. Derivação por Acréscimo de Afixos É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri- vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri- vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo. In feliz des leal Prefixo radical prefixo radical Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo. Feliz mente leal dade Radical sufixo radical sufixo Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam- se principalmente verbos. En trist ecer Prefixo radical sufixo Em tard ecer prefixo radical sufixo Outros Tipos de Derivação Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a derivação imprópria. Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por re- dução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos. janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca (substantivo) – deriva de pescar (verbo) 6 LÍNGUA PORTUGUESA Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob- tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri- mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente na classe gramatical. Não entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê” deriva da conjunção porque) Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva do verbo olhar). ** Dica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da palavra e geralmente transforma verbos em substantivos: caça = deriva de caçar, saque = deriva de sacar. A derivação imprópria não “mexe” com a palavra, apenas faz com que ela pertença a uma classe gramatical “imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira- mente faz parte. A alteração acontece devido à presença de outros termos, como artigos, por exemplo: O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a fun- cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”) Composição Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de composição: justaposição e aglutinação. Justaposição: ocorre quando os elementos que for- mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos- tos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. Composição por aglutinação: ocorre quando os ele- mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me- nos um deles perde sua integridade sonora: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre). Outros processos de formação de palavras: Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom.Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). * Observação: - Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras, limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor). - Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini- ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras), que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras); DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu- ras). - Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes. automóvel (auto: grego; móvel: latim) sociologia (socio: latim; logia: grego) sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e- formacao-de-palavras-i.htm SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Questões sobre Estrutura das Palavras 1-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN- CIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é for- mada pelo seguinte processo: A) sufixação B) prefixação C) parassíntese D) justaposição E) aglutinação 1-) Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou prefixação). RESPOSTA: “B”. 2-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é um exemplo de: a) palavra composta b) palavra primitiva c) palavra derivada d) neologismo 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) = ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa- ção. Para o exercício, basta “derivada”! RESPOSTA: “C”. 7 LÍNGUA PORTUGUESA CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- cordando com este em gênero e número. As praias brasileiras estão poluídas. Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos (plural e feminino, pois concordam com “praias”). Locução adjetiva Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne- cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe outros exemplos: de águia aquilino de aluno discente de anjo angelical de ano anual de aranha aracnídeo de boi bovino de cabelo capilar de cabra caprino de campo campestre ou rural de chuva pluvial de criança pueril de dedo digital de estômago estomacal ou gástrico de falcão falconídeo de farinha farináceo de fera ferino de ferro férreo de fogo ígneo de garganta gutural de gelo glacial de guerra bélico de homem viril ou humano de ilha insular de inverno hibernal ou invernal de lago lacustre de leão leonino de lebre leporino de lua lunar ou selênico de madeira lígneo de mestre magistral de ouro áureo de paixão passional de pâncreas pancreático de porco suíno ou porcino dos quadris ciático de rio fluvial de sonho onírico de velho senil de vento eólico de vidro vítreo ou hialino de virilha inguinal de visão óptico ou ótico * Observação: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática): O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiras: Alagoas alagoano Amapá amapaense Aracaju aracajuano ou aracajuense Amazonas amazonense ou baré Belo Horizonte belo-horizontino Brasília brasiliense Cabo Frio cabo-friense Campinas campineiro ou campinense 8 LÍNGUA PORTUGUESA Adjetivo Pátrio Composto Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: África afro- / Cultura afro-americana Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas América américo- / Companhia américo-africana Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses China sino- / Acordos sino-japoneses Espanha hispano- / Mercado hispano-português Europa euro- / Negociações euro-americanas França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas Grécia greco- / Filmes greco-romanos Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Flexão dos adjetivos O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs- tantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a moça norte-americana. * Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social. Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan- tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas. Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en- tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 9 LÍNGUA PORTUGUESA Adjetivo Composto É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável.Veja: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café e paredes verde-claras. * Observação: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in- variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa. - O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- mentos flexionados: crianças surdas-mudas. Grau do Adjetivo Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten- sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- buída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual- dade, de superioridade ou de inferioridade. Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- rioridade Analítico No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- rioridade Sintético Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/inferior. Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de supe- rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- pectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- mentos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe- rioridade Sou menos passivo (do) que tolerante. Superlativo O superlativo expressa qualidades num grau muito ele- vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre- senta-se nas formas: 1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. 2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: benéfico - beneficentíssimo bom - boníssimo ou ótimo comum - comuníssimo cruel - crudelíssimo difícil - dificílimo doce - dulcíssimo fácil - facílimo fiel - fidelíssimo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: 1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de todas. 2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de todas. * Note bem: 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, an- tepostos ao adjetivo. 10 LÍNGUA PORTUGUESA 2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. php Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Advérbio Compare estes exemplos: O ônibus chegou. O ônibus chegou ontem. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sen- tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio. Estudei bastante. = modificando o verbo estudei Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio (bem) Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adje- tivo (claros) Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- tar ideia de: Tempo: Ela chegou tarde. Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal. Negação: Ela não saiu de casa. Dúvida: Talvez ele volte. Flexão do Advérbio Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: Grau Comparativo Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: - de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- nato fala tão alto quanto João. - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que): Renato fala menos alto do que João. - de superioridade: 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato fala mais alto do que João. 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala melhor que João. Grau Superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético: - Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato fala muito alto. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de modo - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo. * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti- nho, etc.) são comuns na língua popular. Maria mora pertinho daqui. (muito perto) A criança levantou cedinho. (muito cedo) Classificação dos Advérbios De acordo com a circunstância que exprime, o advér- bio pode ser de: Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es- querda, ao lado, em volta. Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en- fim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessiva- mente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momen- to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa- cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen- te, bondosamente, generosamente. Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti- vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente. Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel- mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quemsabe. Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as- saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran- demente, bem (quando aplicado a propriedades graduá- veis). 11 LÍNGUA PORTUGUESA Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen- te, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência. Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa. * Saiba que: - Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. - Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno respondeu calma e respeitosamente. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido Há palavras como muito, bastante, que podem apare- cer como advérbio e como pronome indefinido. Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. * Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio (não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: 1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, pois “muitos” não dá!). = advérbio 2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei muitos capítulos) = pronome indefinido Advérbios Interrogativos São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Interrogação Direta Interrogação Indireta Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. Onde mora? Indaguei onde morava. Por que choras? Não sei por que choras. Aonde vai? Perguntei aonde ia. Donde vens? Pergunto donde vens. Quando voltas? Pergunto quando voltas. Locução Adverbial Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres- sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria- mente por uma preposição. Veja: lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. afirmação: por certo, sem dúvida, etc. modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. * Observações: - tanto a locução adverbial como o advérbio modifi- cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio: Chegou muito cedo. (advérbio) Joana é muito bela. (adjetivo) De repente correram para a rua. (verbo) - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: Essa matéria é mais bem interessante que aquela. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér- bio: Cheguei primeiro. - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução adverbial desempenham na oração a função de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân- cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio. Exemplo: Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad- verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”) Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi- dade e de tempo, respectivamente. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75. php Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Artigo O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo- se como o termo variável que serve para individualizar ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural). Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va- riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações “uma”[s] e “uns”). 12 LÍNGUA PORTUGUESA Artigos definidos – São aqueles usados para indicar seres determinados, expressos de forma individual: O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam muito. Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar seres de modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram aprovadas! Circunstâncias em que os artigos se manifestam: * Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. * Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... * Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. * No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. O Pedro é o xodó da família. * No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os Astecas... * Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to- do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- dos. (qualquer classe) * Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. * A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. * O artigo também é usado para substantivar palavras pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso. * Há casos em que o artigo definido não pode ser usado: - antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: O professor visitará Roma. Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela Roma. - antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sairá agora? Exceção: O senhor vai à festa? - após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse é o concurso cujas provas foram anuladas? Este é o candidato cuja nota foi a mais alta. Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCO- NI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Conjunção Além da preposição, há outra palavra também invariá- vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con- junção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras de mesma função em uma oração: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. Morfossintaxe da ConjunçãoAs conjunções, a exemplo das preposições, não exer- cem propriamente uma função sintática: são conectivos. Classificação da Conjunção De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso- lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de- pende da existência do outro. Veja: Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse- quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”. Já em: 13 LÍNGUA PORTUGUESA Espero que eu seja aprovada no concurso! Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin- cipal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal). Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. A sua pesquisa é clara e objetiva. Não só dança, mas também canta. 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Não demore, que o filme já vai começar. Falei muito, pois não gosto do silêncio! Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora- ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em inte- grantes e adverbiais: 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se. Quero que você volte. (Quero sua volta) 2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor- do com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Se precisar de minha ajuda, telefone-me. ** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con- dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima, ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não sei se farei o concurso... Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto, a oração em destaque exerce a função de objeto direto da oração principal, sendo classificada como oração subordi- nada substantiva objetiva direta. d) Conformativas: introduzem uma oração que expri- me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor- me, como (= conforme), segundo, consoante, etc. O passeio ocorreu como havíamos planejado. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina- lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Toque o sinal para que todos entrem no salão. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expres- sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. 14 LÍNGUA PORTUGUESA O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- seiam. * Observação: são incorretas as locuções proporcio- nais à medida em que, na medida que e na medida em que. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. A briga começou assim que saímos da festa. h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- sa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- do com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Zê!). O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa- rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú- do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o con- junto das relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe- cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial