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44 Unidade 3: Propostas de atividades de escrita em português como L2 Nesta unidade, vamos apresentar algumas sugestões para serem usadas e/ou adaptadas no ensino de português para surdos. No entanto, antes de iniciarmos a apresentação das atividades propriamente ditas, é preciso levar em consideração que: � o ensino de língua portuguesa para surdos exige a perspectiva da pluralidade linguística. Isso significa que precisamos ver a educação bilíngue como algo interessante para os alunos, bem como para nós próprios. Saber mais línguas implica em conhecer outras perspectivas de significar o mundo e faz com que aprendamos a entender outras culturas. Os surdos estarão aprendendo a língua portuguesa que está em volta deles e precisamos aproveitar todas as oportunidades para explorar essa riqueza que o contexto oferece e que favorece o ensino de uma L2; � a língua portuguesa é uma língua que desempenha papéis diferentes da língua de sinais para os surdos na sociedade brasileira. Em geral, ela é usada para ler documentos, livros, artigos, materiais didáticos, entre outros. Recentemente, ela também passou a fazer parte do dia-a-dia de vários surdos que a utilizam para ler e escrever mensagens no celular e em redes sociais da internet, por exemplo. Esses espaços de uso do português devem ser amplamente utilizados como práticas sociais na L2. Tendo isso em mente, vamos apresentar algumas ideias para o ensino de português para surdos. O que vamos aprender nesta unidade? Sugestões de atividades de ensino de português para surdos com orientações específicas quanto aos objetivos e a forma de ensino. 45 PARTE I: Atividades indicadas para os níveis iniciante e pré-intermediário de proficiência em português como segunda língua Como iniciar o processo de alfabetização de surdos que não possuem domínio da LIBRAS? � Criar um inventário lexical � Explorar imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, imagens, ou seja, é preciso aprender português visualmente. � Favorecer a leitura de muitos textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos em Língua Portuguesa, textos em Libras, textos, textos, textos. Atividade 1 – Leitura de imagens associadas a nomes24 � Conversa em sinais sobre os pecados capitais � Discussão sobre os sentimentos dos alunos � Produção de uma pesquisa de imagens para representar os diferentes sentimentos com nomeação dos mesmos Alguns passos para realizar leituras: � Ler um texto sobre rotina diária em português usando a língua de sinais � Contar sua rotina diária � Comparar sua rotina com a dos colegas � Dramatizar a rotina diária com os colegas 24 Atividade desenvolvida pela Profa. Mara Lúcia Masutti do Instituto Federal de Santa Catarina. 46 � Registrar a sua própria rotina � Reler o texto � Responder perguntas sobre o texto Exemplos de imagens coletadas e associadas aos pecados capitais escritos em português e discutidas em grupo: ORGULHO INVEJA GULA PREGUIÇA 47 Atividade 2 – Texto sobre rotina diária25 Vida do João João tem 25 anos. Trabalha em uma oficina mecânica. É órfão e todo dia acorda às 5 horas da manhã. Toma banho cedo, seca-se bem, veste sua calça comprida e camisa, passa desodorante, faz a barba, escova os cabelos. Vai para a cozinha e toma um café com leite bem quentinho. Depois, ele escova os dentes. A pasta de dente que usa é Colgate. Passa um protetor solar no rosto. João dá um beijo em sua mulher Camila e vai para o ponto de ônibus às 6h30. Ao chegar no ponto de ônibus encontra uma fila enorme, todos estão com pressa para chegar no trabalho. João chega na oficina onde trabalha às 8h15. O seu patrão o recebe com um sorriso e aponta para os vários carros que estão a sua espera para consertar. João trabalha até às 18h e volta para casa muito cansado. Ao chegar em casa, toma outro banho e vai para a cozinha preparar o jantar enquanto espera a sua esposa que também trabalha fora. Após ler o texto em conjunto por meio de uma leitura mediada pela Libras, os alunos conversam sobre suas rotinas diárias. Depois, é proposto que eles identifiquem cada uma das atividades que representam sua rotina por meio de um quadro, associando imagens com palavras em português, conforme segue. 25 Atividade desenvolvida pela Profa. Mara Masutti do Instituto Federal de Santa Catarina. 48 Depois, é solicitada uma nova leitura do texto de forma individual para que sejam respondidas as perguntas relacionadas com o texto, conforme segue: # Responda: 1. Quantos anos João tem? 2. Qual a profissão de João? 3. A que horas João acorda? 4. O que João faz antes de ir para o trabalho? 5. Como João vai para o trabalho? As respostas são apresentadas pelos alunos ao grupo e comparadas com suas rotinas pessoais. 49 Sugestões para o trabalho com leitura de textos por surdos: � A repetição significativa por meio do uso faz com que a memória seja expandida, então precisamos criar várias oportunidades para retomar o vocabulário e os textos trabalhados. No exemplo acima, foram feitas várias tarefas em grupo e individual retomando o tema abordado na atividade. Isso é uma forma de visualizar várias vezes o vocabulário abordado de forma criativa. A repetição não pode ser algo monótono e sem utilidade para os alunos, mas deve ser planejada de forma variada e criativa. � O desenvolvimento da leitura e da produção textual deve ser de forma gradativa. O professor deve escolher textos para serem lidos pelos alunos que sejam adequados ao nível de leitura do grupo, mas que também sejam adequados aos interesses dos alunos. É fundamental que os alunos tenham interesse em ler o material proposto. � A compreensão sempre precede a produção. Isso significa que os alunos precisam ler antes de produzir textos sinalizados em Libras e textos escritos em português. Portanto, o professor tem que estar seguro de que eles estão entendendo o texto por meio da leitura em grupo, da leitura em Libras, da discussão, das imagens associadas ao texto e assim por diante. Daí, então, é que vamos partir para a produção de textos. � O estabelecimento de redes associativas é muito importante. Os alunos devem estabelecer relações entre os textos lidos com sua experiência anterior com outros textos, com sua experiência pessoal e com outras experiências. Essas relações devem ser exploradas e registradas, ampliando as possibilidades de usar o vocabulário pertinente em outros contextos. � É importante partir de temas geradores relacionados à vida dos alunos. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Paulo Freire Como auxiliar os alunos surdos a acessarem o português? � Elaborar os planos de ensino com esboço de referência partindo de uma lógica imagética (uma lógica visual). � Destacar o português a partir de referências visuais. � Destacar as palavras conhecidas e ler a partir delas. � Destacar as palavras desconhecidas e ignorá-las numaprimeira leitura geral do texto. 50 � Posteriormente, discutir sobre as palavras desconhecidas e contrastar com a leitura realizada previamente sem o uso delas. “Sair do próprio desejo de ‘instalar’ um português no outro e entrar no desejo desse educando é o início de todo processo de alfabetização”. Mara Lúcia Masutti Quais estratégias utilizar para fazer com que o aluno surdo que já possui o domínio da LIBRAS crie o hábito de leitura e escrita, contextualizando a LIBRAS com o Português? � Para criar o hábito da leitura não podemos cobrá-la com produções escritas, mas produções visuais e em língua de sinais. � A etapa da escrita não pode ser confundida com a da leitura, é posterior e em outra abordagem dentro do português instrumental. “[...] dar aos alunos a oportunidade de serem os atores fundamentais, agentes do processo pedagógico e o professor um mediador que constrói junto ao aluno.” Mara Lúcia Masutti Passos possíveis para se chegar à produção textual: � Fazer a leitura de textos visualmente em Libras � Assistir trechos de filmes relacionados com o texto escrito � Buscar na internet imagens relacionadas com o texto escrito � Discutir sobre relações entre as pessoas e diferentes perspectivas em Libras � Reler o texto marcando palavras-chaves e discutir sobre os sinais dessas palavras � Falar sobre experiências relacionadas com o texto em Libras � Dramatizar o texto � Produzir textos imagéticos, ou seja, com representações visuais associadas ao texto (figuras, fotos, desenhos). � Produzir textos escritos em português 51 Atividade 3 – Leitura de notícias de jornais da semana26 - Trazer o jornal do dia e propor a visualização das imagens associadas a algumas notícias. - O grupo (ou grupos) escolhe uma reportagem para explorar e justifica a escolha. - Ler a reportagem em grupo, apresentando-a em Libras. - Fazer associações com as notícias veiculadas por outros meios de comunicação. - Buscar notícias na internet associadas com a notícia escolhida. - Montar um quadro com a pesquisa realizada (este quadro pode ser uma montagem de imagens, uso de textos em destaque, palavras-chave etc.). - Fazer um levantamento de termos que não apresentam equivalentes em sinais ou que os alunos desconhecem os equivalentes em sinais. - Discutir sobre esses termos, apresentando os sinais e/ou explicando os termos. - Produzir uma reportagem curta para postar no quadro de notícias da semana da própria turma. Essa atividade pode ser feita regularmente e integrar as notícias selecionadas em um quadro que será atualizado semanalmente. Há várias formas de variar a exploração de notícias, por exemplo, pode-se destacar notícias de diferentes partes do jornal em cada dia ou em cada semana e identificar junto aos alunos características específicas de cada tipo de texto (gêneros) pertencente a sessões específicas do jornal. Atividade 4 – Contação de histórias27 Contação de histórias publicadas em português é uma forma de entusiasmar os alunos na leitura de livros. Mas é importante selecionar boas histórias. Contar as histórias em Libras partindo da fonte, que é o livro em português: - O professor acompanha o livro e conta a história (o professor deve se preparar previamente para isso, pois a recorrência ao livro tem muito mais um efeito no sentido de levar os alunos a perceberem que a fonte da história é o livro). - Pedir para os alunos recontarem a história. 26 Atividade desenvolvida pela Prof. Ronice Müller de Quadros na Escola Municipal Helen Keller. 27 Atividade desenvolvida pela Profa. Ronice Müller de Quadros. 52 - Dramatizar a história com seus personagens trabalhando com produção de máscaras ou algum acessório que os identifique na dramatização. - A dramatização poderá partir da contação da história ou poderá retomar a história em português, que será, então, lida pelos alunos para a preparação da atuação. - Depois de dramatizada, os alunos podem falar sobre a história e como ela se relaciona com a vida deles. - Eles podem produzir histórias em Libras, que podem ser filmadas e revistas pelos próprios alunos. - As histórias de vida ou as reflexões relacionadas com o conto podem ser registradas de diferentes formas: por meio de histórias em sequência, por meio da narrativa filmada em Libras, por meio da escrita em português, entre outras. Atividade 5 – Mesas Diversificadas28 As atividades por mesas são diversificadas podem explorar mais o vocabulário que está sendo trabalhado, histórias em sequência, jogos com letras e alfabeto manual, leitura de textos e produção de textos. A proposta é disponibilizar atividades que podem ser realizadas individualmente ou em grupo pelos alunos em diferentes mesas de trabalho. Cada mesa possui uma atividade e o aluno ou o grupo de alunos passa pela mesa para realizar a atividade. Uma das mesas pode envolver uma atividade com o professor. Essa possibilidade é interessante, pois o professor pode programar atividades na sua mesa que exigem um acompanhamento mais direcionado do aluno ou de um pequeno grupo. Essa atividade pode envolver várias mesas e o professor combina com os alunos que eles devem passar pelas mesas que mais lhes interessar ou por todas as mesas, dependendo do objetivo do professor. Cada aluno ou grupo de alunos pode ter uma ficha constando a relação de todas as mesas, o próprio aluno ou o grupo de alunos marca ou cola a figurinha da respectiva mesa ao concluir a atividade proposta nela (isso depende do nível da criança, as crianças pequenas gostam de colar figurinhas ou adesivos em sua ficha e a existência da ficha de acompanhamento ajuda a criança a se orientar na execução das atividades). No livro “Ideias para ensinar português 28 Atividade desenvolvida pela Prof. Jane Agne na Escola Especial Concórdia (QUADROS;SCHMIEDT, 2006). 53 para alunos surdos” (QUADROS; SCHMIEDT, 2006) há várias sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas nas mesas diversificadas. PARTE II: Atividades indicadas para os níveis intermediário e avançado de proficiência em português como segunda língua Atividade 6 29 – Leitura e produção textual de biografias # Objetivos: - Discutir a estrutura do gênero "biografia" - Exercitar a leitura, escrita e a revisão de uma biografia. # Procedimentos: Parte 1: Discussão no grande grupo O professor mostra aos alunos fotos de personalidades mundiais da história da educação dos surdos, sem dizer de quem se trata, e pergunta se eles os conhecem e o que fizeram para se tornarem conhecidos mundialmente. A seguir, propomos alguns exemplos. William Stokoe Marlee Matlin 29 A Parte II (atividades 6 a 10) trata de sequências didáticas que foram desenvolvidas pela Profa. Aline Nunes de Sousa para o ensino de produção textual para surdos. As sequências didáticas aqui propostas podem levar várias aulas até serem finalizadas, dependendo do nível de cada turma. 54 Emmanuelle Laborit Hellen Keller Em seguida, o professor pode apresentar os nomes e os sinais das personalidades apresentadas, falando brevemente de seus feitos. Parte 2: Atividade 1 - Discussão em duplas Em duplas, os alunos discutem: - Qual a pessoa mais conhecida que você conhece na comunidade surda brasileira? - Descreva essa pessoa para seu colega. Em seguida, o colega de dupla deverá descrever a pessoa escolhida por ele. Parte 3: Atividade 2 – Apresentação das duplas para o grande grupo As duplas devem escolher uma das duas pessoas citadas e descrever para os colegas do grande grupoem Libras, mas sem dizer o nome dela nem o sinal. Os colegas terão que adivinhar de quem se trata. Parte 4: Análise Textual e Linguística No grande grupo, o professor levanta questionamentos do tipo: - Qual a diferença entre autobiografia e biografia? - Para que as pessoas escrevem biografias e autobiografias? - Vocês acham importante registrar a biografia das personalidades da Comunidade Surda Brasileira? Por quê? - Qual a vantagem de se registrar essas biografias em português escrito? E em Libras? - Que informações vocês acham que não podem faltar numa biografia? 55 - Qual a estrutura que vocês consideram mais adequada a uma biografia (encadeamento de informações, tempo verbal a ser utilizado, escolha lexical etc.)? Parte 5: Atividade 3 – Leitura e produção textual (em duplas) - Em duplas, os alunos devem escolher uma das pessoas descritas no grande grupo e escrever uma pequena biografia dela, em português, sem escrever o nome da mesma nem o sinal. - Em seguida, as duplas deverão trocar seus textos entre si, ler e tentar descobrir de quem trata o relato. - Após, as duplas farão uma proposta de revisão textual no texto dos colegas, principalmente com base nos elementos discutidos na Parte 4, mas também podendo acrescentar informações que considerarem pertinente (de texto, gramática, léxico). - Ao final, as duplas se reúnem para apresentar sua proposta de revisão de texto à dupla correspondente. - Na sequência, cada dupla discute o que vai incorporar ou não das sugestões da dupla de colegas. - Ao final, cada dupla deve entregar uma versão final, reescrita, da biografia, a qual será comentada pelo professor particularmente. Nessa versão final deve constar o nome da personalidade descrita – que havia sido omitida no início por conta da dinâmica de adivinhação. Se possível, acrescentar também o sinal – mas, nesse caso, teria de ser escrito em Escrita de Sinais. Atividade 7 – Leitura e produção textual de e-mails # Objetivos: - Diferenciar os gêneros "carta" e "e-mail" em suas características funcionais e estruturais. - Exercitar a leitura e escrita de um e-mail. # Procedimentos: Parte 1: Discussão inicial em Libras (no grande grupo) a) No dia a dia, como vocês costumam se comunicar com as pessoas que estão distantes? (Possíveis respostas: e-mail, mensagem de celular, Facebook, MSN, Skype) b) Vocês costumam usar o serviço dos correios? Se sim, para quê? Vocês costumam enviar/receber correspondências? De que tipo? 56 c) Hoje há uma preferência pelo uso de e-mail ao invés de cartas. Em sua opinião, por que isso acontece? Obs.: Essa discussão pode (e deve) ser estendida com outros questionamentos. Parte 2: Atividade 1 - Leitura (em duplas) Em duplas, os alunos recebem, num mesma folha de papel, dois textos: uma carta e um gênero, a exemplo da figura abaixo. Carta 30 E-mail31 Algumas questões para as duplas discutirem: Quais as principais diferenças que vocês percebem entre a carta e o e-mail? Para que cada um é usado? Com quem? Como é a estrutura de cada um (de quais partes é composto)? As partes são fixas ou variam? Se variam, explique o porquê e dê exemplos. Texto complementar para o professor: “E-mail: um novo gênero textual”, de Vera Lúcia Menezes Paiva32. Parte 3: Atividade 2 - Produção textual (em duplas) - Em um laboratório de informática, a aluno A irá enviar um email ao aluno B (colega de sua dupla) com cópia para o professor, sem que o aluno B veja. O email deve tratar da aula de português do dia de hoje: pode ser um comentário, uma pergunta, uma sugestão etc. Neste 30 Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/dados-prova-abc-ilustram-quanto-ler-ajuda- escrever-668205.shtml?page=1>. Acesso em: out/2012. 31 Disponível em: < http://www.cj.uenp.edu.br/congressodeeducacao/images/stories/anais_2011/Congresso_2011/TRABALHAND O_O_GENERO_E_MAIL_EM_SALA_DE_AULA.pdf>. Acesso em: out/2012. 32 Disponível em: <http://www.veramenezes.com/emailgenero.htm>. Acesso em: out/2012. 57 momento, não é recomendado que os alunos utilizem gramática nem dicionários, pois a ideia é estimula-los a fazer uso de estratégias de comunicação para interagirem em português escrito. Obs.: Caso algum aluno não possua uma conta de email, o colega da dupla (bem como o professor) pode ajudar a criar uma. O professor deve colocar seu email no quadro para que todos os alunos visualizem. - Em seguida, o aluno B deve ler e responder ao email do aluno A – com cópia para o professor, sem que o aluno B veja. - Após, o aluno B lê a resposta do aluno A e, se quiser, responde ou comenta. - O professor selecionará alguns emails dos alunos como exemplares para trabalhar em sala de aula, projetando-os no quadro com um data-show. Antes de projetar as produções dos alunos, o professor pode resguardar a identidade dos alunos, apagando seu nome e email caso eles não se sintam confortáveis com a exposição. Neste momento, o professor primeiramente deve levar os alunos a revisar o conteúdo do texto, verificando se seus objetivos comunicativos foram atingidos. Em seguida, o professor pode chamar a atenção para alguns aspectos de forma do português escrito que considerar pertinente para o grupo (entre eles, aspectos de ortografia, pontuação, morfologia, sintaxe e aspectos textuais em geral). - O professor poderá também oferecer feedback individual sobre as produções. Atividade 8 – Conversa em chat # Objetivos: - Diferenciar chat privado de chat em grupo. - Conhecer as convenções usadas em bate-papos de internet (chats). - Desenvolver uma conversa num chat. # Procedimentos: Parte 1: Discussão no grande grupo - Em Libras, o professor levanta os seguintes questionamentos na turma: a) Com que frequência vocês utilizam chat na internet? b) Quais os chats que vocês usam? b) Com quem vocês costumam conversar em cada um deles? 58 c) O que vocês percebem da linguagem dos chats? Vocês poderiam citar algumas convenções usadas em chats (tipo de letras, cores, abreviaturas, expressões)? E os emoticons, o que significam? Texto complementar para o professor: “A organização constelar do gênero chat”, de Júlio César Araújo 33. - Em seguida, o professor apresenta as figuras abaixo com um data-show, levando os alunos a apontarem semelhanças e diferenças entre os dois tipos de chats apresentados. Figura 1 34 - Bate-papo UOL 33 Disponível em: <http://julioaraujo.web109.f1.k8.com.br/download/organizacao_constelar_do_chat.pdf >. Acesso em: out/2012. 34 Disponível em: <http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/lling/semestre03/llpt_texto_discurso/Aula_02/06.html>. Acesso em: out/2012. 59 Figura 2 35 - MSN Parte 2: Atividade – Conversa em chat (duplas) - O professor deve auxiliar os alunos que não são cadastrados em chats a fazê-lo, antes de iniciar a atividade. - Em um laboratório de informática, divididos em duplas, os alunos deverão conversar via chat privado (pode ser, por exemplo, no MSN ou Facebook). A conversa principal deve girar em torno de algum tema que esteja sendo discutido na mídia no momento e que seja de relevância para o contexto local dos alunos. O professor deverá então fazer uma investigação prévia sobre esse tema ou, até mesmo, promover uma investigação conjunta com os alunos. - Ao final, os alunos devem copiar e colar sua conversa no Word e enviar ao professor por e- mail. - O professor selecionará alguns exemplos das produções dos alunos (sem identificá-los) para trabalhar em sala de aula questões relativas ao gênero chat. - O professor poderá também oferecer feedback particular às duplas sobre suas produções. Atividade 9 – Leitura e produção de tirinhas # Objetivos:- Perceber a sequência de eventos em narrativas no gênero “tirinha”. - Diferenciar linguagem verbal e não verbal no gênero “tirinha” e como elas nos ajudam a compreender a sequência dos eventos em uma tirinha. - Produzir uma tirinha. 35 Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/downloads/windows-live-messenger-8-5>. Acesso em: out/2012. 60 # Procedimentos: Parte 1: Atividade 1 - Leitura (em trios) O professor entrega a cada trio de alunos uma tirinha com os quadrinhos embaralhados. Os alunos devem organizar a sequência de eventos da tirinha. A seguir trazemos um exemplar de uma tirinha a ser trabalhada. Parte 2: Discussão no grande grupo - Primeiramente, o professor confere com a turma a sequencia original da história da Atividade 1. - Em seguida, questiona cada trio quais as pistas que eles usaram para definir a sequência (texto, desenhos dos personagens, símbolos etc.). - O professor pode, então, acrescentar esclarecimentos sobre a linguagem das tirinhas: uma junção de linguagem verbal com linguagem não verbal, explorando as potencialidades de cada uma. - O professor deve, ainda, comentar com os alunos sobre o tom humorístico do gênero “tirinhas”, que aparece tanto no verbal quanto no não verbal. Parte 3: Atividade 2 – Leitura (em trios) Nos mesmos trios, os alunos são levados a ler a tirinha abaixo, respondendo as perguntas de compreensão a seguir. Obs.: O professor sinaliza as perguntas para os alunos. a) Como o Cebolinha adivinhou que a Magali estava brincando com de balanço com o Cascão? b) Você conhece o personagem Cascão? Quais características dele ajudam você a compreender o significado do segundo quadrinho da tirinha? 61 Parte 4: Discussão no grande grupo O professor checa as respostas dos alunos quanto à Atividade 2, ressaltando a importância do conhecimento prévio do leitor para inferência de informações de um texto. Esse é um aspecto a que o escritor também deve estar atento: adequar seu texto a um determinado público, balanceado informações implícitas (que podem ser inferidas por pistas) e explícitas (como a adequação lexical). Parte 5: Atividade 3 – Produção textual (em pequenos grupos) - Os alunos deverão criar uma tirinha inédita a ser publicada no jornal da escola. - O professor deve organizar pequenos grupos de modo que sempre haja um aluno do grupo que goste de desenhar (não precisa ser desenhista profissional). - Segue uma sugestão de passo a passo para a realização da atividade: a) escolha do público-alvo a quem se destinará a tirinha – série, idade etc.; b) elaboração do roteiro geral da história; c) elaboração do rascunho dos desenhos; d) elaboração do rascunho do texto dos balões; e) revisão da linguagem verbal e não verbal da tirinha, verificando inclusive se as mesmas estão adequadas ao público-alvo e se ambas estão em sintonia; f) elaboração da 1ª versão da tirinha. - Antes de enviar ao jornal da escola, o professor trabalhará cada tirinha em sala de aula, projetando-as no quadro com um data-show, fazendo a revisão, junto com o grande grupo, da linguagem verbal e não verbal das tirinhas, bem como de seus objetivos comunicativos, adequação ao público etc. 62 Atividade 10 - Elaboração de um currículo profissional # Objetivos: - Buscar com eficiência dados em currículos da Plataforma Lattes do CNPQ. - Elaborar um currículo profissional. # Procedimentos: Parte 1: Discussão inicial no grande grupo Em Libras, o professor propõe a seguinte discussão com os alunos: - Vocês sabem o que é um “currículo”? Para que é usado? - Que informações são importantes de se colocar num currículo e que informações são desnecessárias? - Em sua opinião, um modelo único de currículo serve para todas as ocasiões (seja profissional ou estudantil, para a empresa X ou para a empresa Y)? Por quê? Parte 2: Atividade 1 – Leitura (em duplas) - Em um laboratório de informática, o professor divide a sala em duplas e distribui nomes de professores ou pesquisadores entre eles – um para cada dupla. - Os alunos deverão fazer uma busca na página do Lattes (http://lattes.cnpq.br/), em “buscar currículo” (conforme marcação na figura abaixo), orientados anteriormente pelo professor em Libras. 63 - Ao encontrar a página do professor/pesquisador em questão, as duplas deverão observar as sessões/informações que constam e que não constam no currículo dessa pessoa para, posteriormente, fazer um breve relato à turma. Parte 3: Discussão no grande grupo - Cada dupla relata seus achados. - Em seguida, o professor promove uma discussão sobre os achados dos alunos. Parte 4: Apresentação de modelos de currículo pelo professor - Usando data-show, o professor apresenta aos alunos um modelo de currículo que pode ser gerado online – o Gerador de Curriculum Vitae (versão 2.0 beta) – no endereço <http://geradorpdf.com/curriculo/>. Esse seria um modelo mais comercial de currículo. - Em seguida, o professor apresenta aos alunos como se cadastrar e preencher um currículo na Plataforma Lattes. Esse seria um modelo mais acadêmico de currículo. Obs.: Essa parte da sequência didática pode levar mais tempo ou menos tempo dependendo do tamanho, nível e interesse da turma. O professor pode adaptar como preferir e precisar. Parte 5: Atividade 2 – Produção textual (em duplas) - Na aula anterior, o professor deverá ter pedido aos alunos para trazerem para sala de aula seus números de documentos, de telefone, endereço completo, cópia do histórico escolar, dos 64 certificados de cursos que tenham participado, carteira de trabalho ou declarações, entre outros documentos importantes. - Em duplas, os alunos irão construir em conjunto dois currículos – um para cada aluno, sendo um no Gerador de Curriculum Vitae e outro na Plataforma Lattes. - Após finalizarem, os alunos deverão enviar seus currículos para o professor via e-mail (no caso do Currículo Lattes, o link; no caso do Curriculum Vitae, o arquivo em pdf). Parte 5: Discussão no grande grupo - Numa entrevista de emprego, o que geralmente os empregadores costumam perguntar? - E numa entrevista para estágio escolar/acadêmico? - E numa seleção para um intercâmbio para estudar em outro país? Parte 6: Atividade 3 – Leitura (individual) - O professor entregará os currículos dos alunos uns aos outros impressos, a fim de haver um melhor manuseio. - Cada aluno terá de ler o currículo de um colega e elaborar perguntas, simulando uma entrevista (de emprego, estágio ou intercâmbio). As perguntas devem explorar as informações contidas no currículo do aluno no sentido de aprofundá-las ou até mesmo de esclarecer algo que não esteja claro – ou que esteja faltando. Parte 7: Entrevista e discussão em Libras (grande grupo) - No grande grupo, o professor encoraja aos alunos a fazerem a simulação da entrevista (de emprego, estágio ou intercâmbio). Por exemplo, o aluno A recebeu o currículo do aluno B para ler, então o aluno A entrevista o aluno B. - Ao final da entrevista, o professor discute com a turma que informações eles perceberam que poderiam constar ou sair do currículo do aluno entrevistado. - Se os alunos se sentirem confortáveis e, dependendo do tempo que a turma disponha, todos os alunos podem ser entrevistados. - Ao final, o professor, que deverá ter lido todos os currículos anteriormente, faz algumas observações gerais ao grupo sobre o que pode ser melhorado nas produções de currículo deles – tanto em forma quanto em conteúdo. - O professor poderá também oferecer feedback individual sobre as produções. 65 Materiais disponíveis que podem auxiliar o professor de português para surdos: ¨ Materiais produzidos pelo MEC: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17009&Itemid=860 ¨ Materiais produzidos pelo INES: Para adquiri-los, a instituição deve enviar um ofício para: DIESP/INES - e-mail: diesp@ines.gov.br ou Fax: (21) 2205-0224. ¨ Dicionário disponível online e impresso: http://www.acessobrasil.org.br/libras/ ¨ Vídeos e materiais produzidos pela LSBvideo: http://www.lsbvideo.com.br/ ¨ Vídeos sobre doenças sexualmente transmissíveis em Libras: http://www.libras.org.br/download.php ¨ Vídeos comercializados pela Editora Arara Azul: http://editora-arara-azul.com.br/novoeaa/ ¨ Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html ¨ Revista Nova Escola: http://www.iba.com.br/categoria/revista/175630/educacao?bannerid=adwords_Pesqui sa_Desk_Revistas_T%EDtulos&gclid=CJzD7-LambMCFQjznAodHXoAcQ ¨ Outros materiais - Dicionário Libras: http://www.dicionariolibras.com.br/website/index.asp?cod=124&idi=1&moe=6 - Editora Escala: http://www.escala.com.br/detalhe.asp?id=10156&grupo=17&cat=333&keyw=ampla- libras dicionario&orgm=21&gclid=CMb_4LHfmbMCFRGqnQodzQgAbg ¨ Coleção do Curso de Letras Libras da UFSC: http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/ 66 Considerações finais Chegando ao final deste material, esperamos que nossos objetivos tenham sido alcançados e que vocês tenham se aprofundado nas questões relativas à escrita do português como segunda língua para surdos. Na unidade 1, procuramos apresentar discussões relativas ao fenômeno do bilinguismo em geral e em particular ao bilinguismo na comunidade surda brasileira, traçando considerações acerca do status da Libras e da língua portuguesa para os surdos do nosso país. Na unidade 2, buscamos fazer o leitor perceber que aspectos que envolvem escrita em segunda língua/língua estrangeira de uma maneira geral estão presentes também na escrita de surdos – como a escrita em interlíngua e as estratégias de comunicação. Além disso, apresentamos uma proposta de ensino de L2, o Ensino Comunicativo de Línguas, bem como propostas de ensino de produção textual contemporâneas, tendo como base os gêneros textuais e o uso social da escrita. Na unidade 3, trouxemos uma série de sugestões de atividades tanto de leitura quanto de escrita em português como L2 para surdos, tendo em vista que leitura e escrita são práticas sociais indissociáveis – mesmo que o foco deste material seja a escrita. Este material teve também como objetivo alertar para a importância e a urgência do aprendizado do português como L2 pelos surdos brasileiros, tendo em vista as diversas implicações citadas ao longo deste trabalho, considerando sempre que o ensino dessa língua deve ser mediado pela língua de sinais – condição sine qua non sustentada por vários estudos desde a década de 90 em nosso país. Esperamos, enfim, que este material tenha instigado a curiosidade de vocês pelas discussões aqui levantadas, lembrando sempre que ele não se esgota em si mesmo, mas cumpre a função de indicar caminhos para a reflexão. Bons estudos! As autoras 67 Referências Bibliográficas ÁLVAREZ, Octavio Henao; SALAZAR, Doris Adriana Ramírez; MEDINA, Maribel Medina. Potenciando la capacidad lectora de los sordos con el apoyo de nuevas tecnologías. Lectura e vida: revista latinoamericana de lectura, Buenos Aires, v. 1, n. 4, p. 18-25, dez. 2004. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 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