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O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite, com 5% de participação, ou 32,9 milhões de toneladas, em uma produção global de 544,1 milhões de toneladas em 2012, de acordo com o USDA. No início da década de 80, o leite C e o B eram líderes do mercado consumidor das regiões metropolitanas. O leite tipo A começava a disputar a preferência dos compradores. O leite longa vida chegou de mansinho e pouco a pouco foi deixando os concorrentes para trás, até se tornar no leite mais vendido no país. No período entre 2006 e 2010, o Brasil foi o segundo país em aumento absoluto na produção de leite, com 1,3 milhão de toneladas, ficando atrás apenas da Índia com 2,9 milhões de toneladas. Este crescimento fez com que o Brasil se aproximasse da Alemanha, da Rússia, da China e do Paquistão, podendo vir a ocupar, na próxima década, o posto de terceiro maior produtor mundial, atrás da Índia e dos Estados Unidos, caso mantenha esta taxa de crescimento. A França, com 25 bilhões de litros e segundo maior produtor europeu, já foi ultrapassada há alguns anos No entanto, esta expansão contínua da produção de leite cria novos desafios, já que a produtividade em litros de leite/vaca/ano ainda figura entre as mais baixas do mundo, com 1.381 litros. Países como o Uruguai, que se enquadra em 46ª maior produção mundial de leite, e a Argentina na 17ª colocação são os países que mais exportam produtos lácteos para o Brasil. Balança Comercial de Lácteos – Agosto de 2014 Exportações em equivalente leite (milhões litros/mês) Para o estado de SP Produção de leite em Rondônia Produção de leite no mundo Um dos principais fatores que encarecem o leite brasileiro quando comparado ao de outros países produtores é a baixa produtividade dos animais em lactação. No Brasil, o rendimento é de apenas aproximadamente 4 litros de leite por animal/dia, ante cerca de 30 litros por dia nos EUA, 22 litros na Europa, 18 litros na Argentina e 15 litros na Nova Zelândia A taxa de câmbio em vigor neste período (2010) torna o custo de produção de leite brasileiro em dólar um dos mais altos do mundo. Futuro da produção de leite no Brasil Estima-se que a produção brasileira de leite crescerá 3,2% a.a., partindo de 32,9 bilhões de litros em 2012 para 46,7 bilhões de litros em 2023; O consumo per capita de lácteos apresentará variação de 2,5% a.a. entre 2012 e 2023, que passará de 166 quilos a.a. para 216 quilos a.a. A produtividade por animal apresentará crescimento de 1,2% a.a., saindo de 3,9 litros/dia em 2012 para 4,4 litros/dia em 2023. Essa produtividade é bastante baixa em comparação com os níveis observados em outros países. Em um cenário alternativo, o mesmo crescimento esperado da produção (3% a.a.) poderia vir exclusivamente do ganho de produtividade, em que o rebanho se manteria constante e a produtividade por vaca evoluiria num ritmo anual mais forte, de 3,5%. Indicadores de avanço tecnológico, como o crescimento de 43% nas vendas de sêmen importado de gado leiteiro nos últimos cinco anos, dão evidências de que uma transformação está em curso no setor. Com isso, a pecuária leiteira deverá caminhar para um modelo de produção mais concentrado com menor número de propriedades cada vez mais especializadas.
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