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ABDOME 1 ABDOME ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. PONTOS DE REFERÊNCIA E REGIÕES DO ABDOME PONTOS DE REFERÊNCIA Rebordos costais. ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. PONTOS DE REFERÊNCIA E REGIÕES DO ABDOME PONTOS DE REFERÊNCIA REGIÕES DO ABDOME PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS NAS PAREDES EXAME FÍSICO DO ABDOME INSPEÇÃO OBS SINAIS PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA SÍNDROMES ABDOMINAIS ASCITE HIPERTENSÃO PORTAL SÍNDROMES DIARREICA E DISENTÉRICA ABDOME 2 Ângulo de Charpy Cicatriz umbilical. Cristas e Espinhas ilíacas anteriores. Ligamento inguinal Poupart). Sínfise púbica. REGIÕES DO ABDOME As divisões mais utilizadas são a em 4 ou 9 quadrantes. ABDOME 3 4 Quadrantes: Linha vertical e horizontal que se cruzam perpendicularmente no umbigo. QSD, QSE, QID e QIE. 9 Quadrantes: 2 linhas horizontais → linha bicostal + linha bi-ilíaca. 2 linhas curvas → linhas costais (acompanham os rebordos costais). 2 linhas oblíquas → ligam o ponto que forma as linhas bicostais até o tubérculo do púbis. Hipocôndrios D e E e Epigástrio entre eles. Flancos D e E e Mesogástrio entre eles. Fossas Ilíacas D e E e Hipogástrio entre eles. PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS NAS PAREDES ABDOME 4 Variações → idade e biotipo, estado de nutrição, posição do paciente. FÍGADO Limite superior → delimitado pela percussão: paciente em decúbito dorsal, percute-se o hemitórax direito de cima para baixo, acompanhando a linha hemiclavicular direita até se obter som submaciço → presença do limite superior 5°6° espaço intercostal direito). Limite inferior → determinado pela palpação: normalmente não deve ultrapassar 1 cm da reborda costal (em crianças um pouco abaixo). Baço → não percutível em condições normais - área esplênica apresenta som timpânico (espaço de Traube). EXAME FÍSICO DO ABDOME https://www.youtube.com/watch?v=oB5QN9PkOD4 INSPEÇÃO Premissas básicas: Boa iluminação; Desnudamento da área corpora; PRESENÇA DE LESÕES DE CONTINUIDADE DA PAREDE Diástase dos Músculos Retos Anteriores do Abdome → manobra de caracterização: paciente em decúbito dorsal, pede-se para contrair a musculatura abdominal sem mover o tórax (levantar pernas estendidas ou levantar a cabeça do travesseiro) (essa manobra também serve para investigação de hérnias). https://www.youtube.com/watch?v=oB5QN9PkOD4 ABDOME 5 Hérnias Abdominais → umbilicais, inguinais, crurais. FORMA E VOLUME Variação → idade, sexo, estado de nutrição. Abdome Atípico/ Normal → simetria + levemente abaulado. Abdome Globoso/ Protuberante → globalmente aumentado (predomínio nítido do diâmetro AP → consequência de gravidez avançada, ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitônio, obstrução intestinal, grandes tumores policísticos no ovário e hepatoesplenomegalia. Abdome Globoso em decorrência de obesidade. ABDOME 6 Abdome em Ventre de Batráquio → predomínio do diâmetro tranversal sobre o AP franco no paciente em decúbito dorsal → ascite em fase de regressão (consequência da pressão exercida pelo líquido nas laterais do abdome). Abdome Pendular/ Ptótico → quando as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal estando o paciente em pé → causa mais comum é flacidez do abdome no período puerperal; ocorre também em pessoas edemaciadas. Abdome Globoso consequência de hepatomegalia mediana e acentuada esplenomegalia. Abdome em Ventre de Batráquio ABDOME 7 Abdome em Avental → pessoas com obesidade em grau elevado; consequência do acúmulo de tecido gorduroso na parede. Abdome Escavado Escafoide/ Côncavo) → parede abdominal retraída → pessoas muito emagrecidas, geralmente portadoras de doenças consuntivas (principalmente neoplasias malignas do sistema digestivo). Abdome Pendular/ Ptótico. Abdome em Avental. ABDOME 8 CICATRIZ UMBILICAL Normal → plana ou levemente retraída. Protusa → geralmente indica hérnia ou acúmulo de líquido; gravidez. Secreção → infecções (onfalites), frequentes em crianças. Abdome Escavado. Cicatriz Umbilical Normal Cicatriz Umbilical Protusa. ABDOME 9 ABAULAMENTOS OU RETRAÇÕES Normal → forma regular e simétrica; leve proeminência na parte média e inferior de observação comum. Abaulamento → hepatomegalia, esplenomegalia, útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção urinária, tumores renais ou pancreáticos, linfomas, aneurisma de aorta abdominal e megacólon chagásico. Dado semiológico fundamental → localização. VEIAS SUPERFICIAIS - CIRCULAÇÃO COLATERAL Padrão venoso geralmente é pouco perceptível. Veias visíveis → pode caracterizar circulação colateral. CICATRIZES DA PAREDE ABDOMINAL Informações úteis sobre cirurgias anteriores. Onfalite. ABDOME 10 MOVIMENTOS Movimentos Respiratórios → respiração toracoabdominal (sobretudo no sexo masculino); movimentos podem desaparecer nos processos inflamatórios do peritônio que se acompanham de rigidez da parede abdominal. Pulsações → observadas e palpadas no abdome de pessoas magras; aorta abdominal. Hipertrofia de VE = pulsações na região epigástrica. Movimentos Peristálticos Visíveis → podem ser vistos em pessoas magras na ausência de anormalidades; indicam obstrução em algum segmento do tubo digestivo → analisar localização e direção das ondas. OBS: SINAIS SINAL DE CULLEN → Pancreatite Aguda ou Gravidez Ectópica; indica hemorragia retroperitoneal (equimose periumbilical). SINAL DE GRAYTURNER → Pancreatite Necro-hemorrágica (grave comprometimento) (equimose dos flancos). ABDOME 11 SINAL DE MURPHY → Colecistite Aguda (dor inesperada que obriga o paciente a interromper subitamente a inspiração. Compressão do Ponto Cístico+ pedir para o paciente inspirar profundamente. https://www.youtube.com/watch?v=2T0XUQ1M-x0 SINAL DE ROVSING → Apendicite Aguda (sensação dolorosa - pressão progressiva, lenta e contínua). Compressão do Ponto Apendicular. https://www.youtube.com/watch?v=2T0XUQ1M-x0 ABDOME 12 https://www.youtube.com/watch?v=AMPCBjgrboU SINAL DE BLUMBERG → Peritonite (descompressão rápida da parede abdominal gerando dor). Compressão e descompressão do Ponto Apendicular. Pode ser aplicada em qualquer região da parede abdominal. https://www.youtube.com/watch?v=-6aoRXTZ3kE PALPAÇÃO Paciente em decúbito dorsal - técnica de palpação com mão espalmada. Objetivos: Avaliar o estado da parede; https://www.youtube.com/watch?v=AMPCBjgrboU https://www.youtube.com/watch?v=-6aoRXTZ3kE ABDOME 13 Explorar a sensibilidade (provocando ou exacerbando dores); Reconhecer alterações das vísceras abdominais; Pessoas magras → possível reconhecer → fígado, rins, aorta abdominal, ceco, cólon transverso e sigmóide. PALPAÇÃO SUPERFICIAL SENSIBILIDADE Palpação desperta dor → hiperestesia cutânea. A dor sentida na parede abdominal pode originar-se nos órgãos abdominais ou em outras estruturas - torácicas, retroperitoneais ou coluna vertebral. Características fundamentais → localização e irradiação da dor. PONTOS DOLOROSOS Compressão dolorosa nesses pontos = comprometimento do órgão ali projetado. Pontos Gástricos → ponto xifoidiano (cólica biliar e afecções de esôfago, estômago e duodeno) e ponto epigástrico (gastrite, processos ulcerosos e tumorais). Ponto Cístico/ Biliar → ângulo entre o rebordo costal direito e a borda externa do músculo reto abdominal. Ponto Apendicular → 2/3 da linha que une a espinha ilíaca direita ao umbigo. Ponto de McBurney. ABDOME 14 Ponto Esplênico → Abaixo do rebordo costal esquerdo (início do 1/3 externo); dor = infarto esplênico. Pontos Ureterais → borda lateral dos mm retos abdominais (intersecção com a linha horizontal que passa pelo umbigo e com a que passa pela espinha ilíaca superior) → dor = cólica renal (migração de cálculo pelos ureteres). OBS DOR REFERIDA → Colecistite Ombro direito), Pleura Flanco D ou E, Cólica Renal e Apendicite Escroto), IAM Epigástrio). ANÁLISE DA DOR ABDOMINAL Descrição da dor → localização e irradiação. Pesquisa de pontos dolorosos. Identificar (palpar) áreas com aumento de sensibilidade (sinaisde Murphy, Rovsing e Blumberg). Identificar (palpar) presença de contratura muscular involuntária. RESISTÊNCIA Resistência de músculo descontraído → normal. Musculatura Contraída → diferenciar contração voluntária vs. involuntária. ABDOME 15 Contração involuntária → reflexo visceromotor (estímulo em peritônio inflamado) CONTINUIDADE Deslocar a mão que palpa por toda a parede → ao encontrar área de menor resistência, tentar insinuar polpas digitais naquele local. Diástases → separação dos músculos retos (paciente de pé + esforço → porção do intestino penetra pela abertura). Hérnias → solução de continuidade na parede abdominal por onde penetram uma ou mais estruturas intra-abdominais (defeitos congênitos ou adquiridos). Inspeção → tumefação na área herniada. Palpação → reconhecimento do orifício. Suspeita de hérnia → pedir ao paciente para tossir → observar regiões inguinal, umbilical e femoral. Tipos mais comuns: inguinal, femoral, escrotal, umbilical, ventrolateral e incisional. Diástase. ABDOME 16 Hérnia inguinoescrotal. Hérnia femoral. Hérnia umbilical. Hérnia incisional. ABDOME 17 PULSAÇÕES Podem ser visíveis e palpáveis, ou apenas palpáveis. Pessoas magras → pulsações da aorta facilmente percebidas. Pessoas idosas → aorta abdominal costuma ser endurecida e tortuosa. REFLEXO CUTÂNEOABDOMINAL https://www.youtube.com/watch?v=v4FyZydgHs0 PALPAÇÃO PROFUNDA Investigação de órgãos, massas ou tumorações. Características a serem analisadas na palpação: Localização. Forma e Volume (designações comparativas → azeitona, limão, laranja etc). Sensibilidade → dor. Consistência → cística, borrachosa, dura ou pétrea. Mobilidade. Pulsatilidade. FÍGADO Paciente em decúbito dorsal, parede abdominal relaxada. SEMIOTÉCNICA palpar o hipocôndrio direito, flanco direito e epigástrio → palpação junto ao rebordo costal. Facilitador → fazer a palpação com a face radial do indicador ou face ventral dos dedos e polpas digitais do mínimo, médio e anular. https://www.youtube.com/watch?v=NUI3ZGMf9dc https://www.youtube.com/watch?v=v4FyZydgHs0 https://www.youtube.com/watch?v=NUI3ZGMf9dc ABDOME 18 https://www.youtube.com/watch?v=DBif1jjAfKk Distância da borda do fígado (do rebordo costal) → detecção de hepatomegalias → toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável está aumentado de volume → causas mais frequentes: IC direita, colestase extra-hepática, cirrose, fibrose esquistossomótica, hepatite, esteatose, neoplasias e linfomas. Espessura (fina ou romba). Superfície (lisa ou nodular) → nódulos podem significar cirrose (difusos), metástases (esparsos), câncer primário (nódulo único). Consistência (diminuída, normal ou aumentada). Sensibilidade (indolor ou dolorosa) → condições patológicas que estiram a cápsula hepática → hepatomegalia por IC e surgimento de metástases que crescem rapidamente. VESÍCULA BILIAR Normal → não é identificada pela palpação. Palpável apenas em condições patológicas. Vesícula biliar palpável em paciente ictérico ⇒ sugestiva de neoplasia pancreática maligna - Regra de Courvoisier. Sinal de Murphy → pode indicar colelitíase ou colecistite crônica. BAÇO Precede-se da mesma maneira que a palpação do Fígado (no quadrante superior esquerdo). Posição de Schuster → quando não é possível palpar da forma anterior. https://www.youtube.com/watch?v=DBif1jjAfKk ABDOME 19 Atenção → não confudir a última costela (flutuante) com o baço. Característica semiológica principal → distância entre o rebordo costal e a extremidade inferior do baço. Normalmente é palpável quando há esplenomegalia → baço palpável geralmente apresenta 2x o seu tamanho normal. https://www.youtube.com/watch?v=6VXGLStTEMU Normalmente não é percutível. Todo baço aumentado é tamanho é percutível → é essencial realizar a percussão adequada do espaço de Traube. https://www.youtube.com/watch?v=W7tpC1XQbX8 Grandes esplenomegalias → abaulamento do flanco esquerdo → reconhecidas à inspeção. Esplenomegalia → alterações no hemograma → anemia, leucopenia, trombocitopenia (hiperesplenismo). CECO Reconhecido com facilidade na fossa ilíaca direita. Posição de Schuster. https://www.youtube.com/watch?v=6VXGLStTEMU https://www.youtube.com/watch?v=W7tpC1XQbX8 ABDOME 20 Deslizar a mão palpadora ao longo de uma linha que une a cicatriz umbilical à espinha ilíaca anterossuperior. Dificuldade de palpação → manobra auxiliar → palpar com a mão direita enquanto a esquerda exerce pressão sobre o cólon ascendente. Maior sensibilidade na região → processos inflamatórios. Presença de massa palpável nessa topografia. CÓLON TRANSVERSO Reconhecido sobretudo em indivíduos magros ou com parede flácida. Deslizar as mãos de cima para baixo e de baixo para cima no abdome. SIGMOIDE É o segmento do trato digestivo de mais fácil percepção ao exame palpatório. Quadrante inferior esquerdo → semelhante a uma corda de consistência firme e pouco móvel. RINS Indivíduos magros, especialmente mulheres → polo inferior do rim direito palpável → não confundir com tumor abdominal. https://www.youtube.com/watch?v=QKxlaWuM2no Paciente em decúbito dorsal. https://www.youtube.com/watch?v=QKxlaWuM2no ABDOME 21 Método bimanual → uma mão transversalmente na região lombar e a outra apoiada longitudinalmente na parede abdominal, à altura do flanco. A mão palpadora é homônima ao rim palpado → mão direita palpa rim direito e mão esquerda o rim esquerdo. Rins palpáveis sem o uso das técnicas descritas → nefroptose, tumor renal, hidronefrose, malformações congênitas ou ectopia renal. MANOBRAS ESPECIAIS Técnicas semióticas específicas para análise de algumas condições. PALPAÇÃO BIMANUAL PARA AVALIAR DEFESA LOCALIZADA DA PAREDE ABDOMINAL Suspeita → maior resistência em determinada área da parede do abdome. Semiotécnica → ambas as mãos longitudinal e paralelamente no sentido craniocaudal → uma das mãos palpa a região suspeita e a outra a região homóloga (seguidos movimentos alternados) → comparação da resistência oferecida. Confirmação → afecção própria da parede ou na cavidade abdominal (peritonite localizada). MANOBRA DO RECHAÇO Identifica a presença de órgãos sólidos aumentados ou massas abdominais dentro de um abdome ascitico. Semiotécnica → com a palma da mão comprime-se com certa firmeza a parede abdominal + com a face ventral dos dedos e polpas digitais provoca-se impulso rápido na parede, retornando-se os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão da parede abdominal. ABDOME 22 Rechaço → após impulsão se percebe choque na mão que provocou o impulso. Essa técnica é própria para a palpação de abdome globoso em decorrência de ascite de grande volume pois, nessas condições, a palpação profunda habitual torna-se impossível em virtude da resistência da parede distendida. https://www.youtube.com/watch?v=FdnjHxAXIRE MANOBRA DA DESCOMPRESSÃO SÚBITA Compressão vagorosa e progressiva de local dolorido durante a palpação do abdome → compressão = exacerbação da dor (paciente tolera) → alcançar determinada compressão cuja intensidade depende da tolerância do paciente e retirar a mão abruptamente → positiva quando o paciente apresenta nítida exacerbação da dor no momento da descompressão. SINAL DE BLUMBERG. PESQUISA DE VASCOLEJO Denuncia a presença de líquido no interior do estômago; este achado não é necessariamente anormal. Suspeita de estase líquida. Movimentação do estômago de um lado para o outro → procurar ouvi ruídos hidroaéreos nele originados. SINAL DE GERSUNY Casos de fecaloma. Palpação do "tumor fecal" na topografia sigmoide. Positivo → ouve-se ligera crepitação (ar interposto entre a parede intestina e o fecaloma). PERCUSSÃO A partir do minuto 6 Sinal do Rechaço). https://www.youtube.com/watch?v=FdnjHxAXIRE ABDOME 23 https://www.youtube.com/watch?v=JcU7BYzQ8f4 Posição fundamental → decúbito dorsal. Outras posições são necessárias na pesquisa de ascite. Som timpânico → ardentro de víscera oca → percebido em quase todo o abdome (especialmente no espaço de Traube). Hipertimpanismo → indica aumento da quantidade de ar → gastrectasia, meteorismo, obstrução intestinal, vólvulo, pneumoperitônio. Submaciço → menor quantidade de ar. Maciço → ausência de ar → fígado normal, baço normal, útero gravídico, ascite, tumores, cistos com líquido. DETERMINAÇÃO DO LIMITE SUPERIOR DO FÍGADO E DA ÁREA DE MACICEZ HEPÁTICA Percussão → Hemitórax direito no nível da linha hemiclavicular direita desde sua origem na clavícula até o 4/5o espaço intercostal → Som claro pulmonar. 5/6o espaço intercostal → Som submaciço → corresponde ao limite superior do fígado. Não encontro da macicez hepática → interposição de alça intestinal entre o fígado e a parede e pneumoperitônio → sinal de Jobert. PESQUISA DE ASCITE ASCITE DE GRANDE VOLUME Aspecto globoso do abdome. Cicatriz umbilical plana ou protusa. https://www.youtube.com/watch?v=JcU7BYzQ8f4 ABDOME 24 Percussão por piparote → dado semiótico essencial. Decúbito dorsal; Paciente coloca a borda cubital da mão sobre a linha mediana do abdome, exercendo ligeira pressão; Examinador do lado direito do paciente com a mão esquerda no flanco direito. Golpear com o indicador a face lateral do hemiabdome direito. Se houver líquido → mão esquerda captará os choques das ondas desencadeadas pelos piparotes. ASCITE DE MÉDIO VOLUME Abdome com configuração levemente globosa e cicatriz umbilical quase plana. Ascite de grande volume. Percussão por piparote. ABDOME 25 Sinal de piparote negativo → utilizar técnica de pesquisa de macicez móvel: Percutir todo o abdome com o paciente em decúbito dorsal. Determinação de macicez nos flancos e som timpânico na parte média do abdome → suspeita de determinada quantidade de líquido na cavidade peritoneal → SEMICÍRCULO DE SKODA. Paciente em decúbito lateral direito. Percutir todo o abdome. Ascite → timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flando direito. Explicação da macicez móvel → mobilização do líquido existente na cavidade abdominal. Posição ortostática → sinal do piparote no baixo ventre. Ascite de médio volume. ABDOME 26 ASCITE DE PEQUENO VOLUME Pequeno volume = < 500 ml de líquido. Técnica Semiológica → percussão por piparote na região do baixo ventre com o paciente de pé e com bexiga vazia. Método ideal para diagnóstico → ultrassonografia abdominal. AVALIAÇÃO DA SONORIDADE DO ABDOME Paciente em decúbito dorsal. Som timpânico x Som maciço. Comparação de áreas homólogas. Timpânico → vísceras com gás (estômago, duodeno, intestino). Maciço → fígado e baço. Som timpânico no Hipocôndrio Direito → pneumoperitônio (sinal de Jobert) ou interposição do cólon. Macicez circunscrita → áreas de projeção de massas (inflamatória ou neoplásica). Som timpânico nítido em todo o abdome → distensão abdominal por gases. AUSCULTA Informações → movimentação de gases e líquidos no trato intestinal → avaliação clínica de suspeita de íleo paralítico ou oclusão intestinal. Realizar ausculta antes da percussão e palpação (podem estimular peristaltismo). A cada 510s → timbre agudo decorrente de movimentação de líquidos e gases no TGI. Diarreia/ Oclusão Intestinal → ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos (borborigmos). Silêncio Abdominal → íleo paralítico? SÍNDROMES ABDOMINAIS ASCITE ABDOME 27 Acúmulo de líquido na cavidade abdominal. CONDIÇÕES QUE PODEM SIMULAR ASCITE Cisto ovariano. Hidronefrose. Cistos renais. CAUSAS MAIS FREQUENTES Hepática → Cirrose. Cardiocirculatória → IC e Trombose venosa. Renal → Síndrome Nefrótica. Inflamatória → Tuberculose. Neoplásica → Tumores Fígado, Ovário, Estômago e Carcinomatose). Diagnóstico depende fundamentalmente da magnitude da ascite. Ascite de Grande Volume → abdome globoso ou batráquio, pele lisa, brilhante e fina, com frequência: protusão da cicatriz umbilical, hérnias inguinais e escrotais. Ascite por Hipertensão Portal → chama a atenção a presença de circulação colateral. HIPERTENSÃO PORTAL Qualquer obstáculo ao livre fluxo de sangue, por meio do sistema porta, produz elevação da pressão venosa, acarretando a síndrome da hipertensão portal. CLASSIFICAÇÃO Maior remoção de cisto ovariano já registrada. ABDOME 28 Pré-hepática → trombose da veia porta. Intra-hepática pré-sinusoidal → esquistossomose mansônica, fibrose hepática congênita, esclerose hepatoportal. Intra-hepática sinusoidal ou pós-sinusoidal → cirrose hepática, doença venoclusiva do fígado. Pós-hepática → insuficiência cardíaca, síndrome de Budd-Chiari, pericardite constritiva. CIRCULAÇÃO COLATERAL Acarreta alterações circulatórias hemodinâmicas importantes → o sangue represado inverte o fluxo sanguíneo em veias tributárias → desenvolvimento de circulação colateral → sangue passa diretamente para a circulação geral, sem atravessar o fígado. Pode ser do tipo: Veia Cava Superior (profunda ou superficial). Veia Cava Inferior (profunda ou superficial). CONSEQUÊNCIAS Varizes esofágicas e gástricas → podem acarretar hemorragias. Esplenomegalia → aumento do volume do baço em consequência da estase venosa no território da veia esplênica. Ascite. Circulação colateral superficial → cabeça de Medusa. SÍNDROMES DIARREICA E DISENTÉRICA Circulação colateral do tipo cava superior. ABDOME 29 Síndrome diarreica → aumento do número e volume de evacuações com diminuição da consistência das fezes. Síndrome disentérica → presença de muco, pus e sangue nas fezes. Quase sempre está relacionada a tenesmo. Falsa Diarreia → ausência de restos alimentares digeríveis nas fezes; traduz afecções de reto e cólon distal (inflamação, neoplasia ou funcional). TIPOS DE DIARREIA Osmótica → substâncias osmoticamente ativas no lúmen intestinal que não são absorvidas. Secretora → hipersecreção intestinal. Motora → alteração da motilidade. Disabsortiva → defeito de absorção. CLASSIFICAÇÃO Agudas → infecções intestinais (virais ou bacterianas) ou ingestão de toxinas pré-formadas. Crônicas → infecciosas e parasitárias, doenças inflamatórias inespecíficas, síndrome de má absorção, colopatias orgânicas, colopatias funcionais, diarreias secundárias. Altas ou Baixas. DIAGNÓSTICO Exames mais comuns ⇒ EPF e Coprocultura.
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