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RESUMO SEMIOLOGIA DO ABDOME

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Semiologia do Abdome 
AULA 1 
 Fígado praticamente não causa dor, apenas quando distende muito rápido, como na ICC. Trato digestivo, 
trato urinário, trato genital, grandes vasos e musculatura da parede. Com contraste: fígado, baço, grandes 
vasos bem branquinhos. 
 ANAMNESE 
o QPD 
 Dor: principal sintoma, mais diversas descrições. Questionar: duração, localização (algum 
que dói mais, apontar com o dedo), irradiação (dorso, tórax, etc.), intensidade (cuidado com 
as numerações), tipo de dor (cólica dá em vísceras ocas, contrai e descontrai / dor surda é 
episódio de dor forte indefinida / as vezes pode por entre aspas), fatores de melhora e 
piora (posição antálgica, medicação [qual? Anti-inflamatório irrita muito a mucosa, se to-
mou e sumiu provavelmente não é essa a causa]) e evolução (temporalidade, episódios 
prévios). 
 Distensão abdominal: descrita como barriga inchada, estufada, "cresceu", "está com gases". 
 Parada de eliminação de fezes e gases: normal é 1 evacuação a cada dois dias até três 
evacuações ao dia, varia de paciente para paciente. A consistência também determina nor-
malidade ou não do ritmo, muito moles e muito duros não é normal. Perguntar o ritmo 
normal do paciente. 
 Hemorragia: melena tem liga e cheiro insuportável (hemorragia digestiva), fezes escuras e 
mais fedidas que o normal (questionar o paciente). Enterorragia é um termo inespecífico, 
na dúvida, não inventar. Hematoquezia é o sangue puro que sai em coágulos, sem fezes. 
 Alteração de hábitos alimentares: hiporexia é a perda de apetite e a anorexia é sem ingesta, 
sem apetite algum, pode comer por ser forçado. 
 Trauma: não vamos ver muito. 
o HDA 
 Sintomas associados: normalmente náuseas e vômitos, mas esses não são necessaria-
mente um problema gastrointestinal. 
 Vômitos: frequência, para saber nível de desidratação (perda de água, potássio, cloreto), 
provavelmente não está comendo nem bebendo direito - perde e não repõe. Aspecto do 
vômito, resto de alimentos (problema pós-prandial), sangue (raias pode ser por lesão de 
tanto vomitar), bile (piloro não está pérvio), transparente, escuro/preto (estase, comida que 
ficou muito tempo, com bile - não significa sangramento), etc. 
 Hiporexia e anorexia. 
 Alterações do funcionamento intestinal. 
 Posição antálgica. 
 Alterações urinárias: perguntar sempre, pode não estar incomodando, nem ser importante 
para ele. 
 Alterações respiratórias: perguntar sempre, pode não estar incomodando, nem ser impor-
tante para ele. 
 Alterações de outros sistemas: perguntar sempre, pode não estar incomodando, nem ser 
importante para ele. 
o DADOS PESSOAIS 
 Idade: bebê não tem resposta imunológica desenvolvida, não sabe falar, refere dor cho-
rando. Idoso tem resposta imune deficiente. 
 Sexo: caso característico de apendicite em homem faz hemograma, na mulher faz ultras-
som (ginecológico). 
 Naturalidade: megacólon chagásico (parte mais central do país), dengue (dor muscular no 
abdome, sobretudo no abdome baixo). 
 Gravidez: fase inicial (náuseas), desconhecimento (ciclo menstrual irregular, desportistas). 
 Peso: paciente muito magro pode permitir visualização da peristalse (emagrecido por cân-
cer, doença consumptiva - perda de músculo), paciente muito obeso pode dificultar exame 
(descompressão rápida impossibilitada, não alcança peritônio - precisa de maior cuidado 
porque não conseguiu fazer exame). 
o ANTECEDENTES PESSOAIS 
 Episódios semelhantes: cólica biliar. 
 Ciclo menstrual: sempre questionar a data da última menstruação (período do ciclo) - dor 
crônica associada ao período menstrual específico grande chance de ser ginecológico. 
 Uso de medicações: anticoagulantes (hematoma na cavidade gerando dor, hematoma de 
parede gerando dor), corticoide (tira dor, resposta inflamatória, não vai ser caso típico). 
 Cirurgias prévias: não ter determinado órgão, aderência, etc. 
 Comorbidades: HAS, diabetes, nefropata, hepatopata, doença neurológica, etc. 
 EXAME FÍSICO 
o Obs.: mais importante, relação médico-paciente deve ser muito boa - pode fingir sintomas, contra-
ção da musculatura é voluntária. Fácies: agitado, inquieto, sonolento, apático, parado, imóvel, ma-
neira de falar, maneira de sentar, andar, deitar. Estado geral. Desidratação. 
o Caracteres propedêuticos: pontos de referência --- depressão epigástrica, processo xifoide, ân-
gulo de Charpy (ângulo das costelas no epigástrico, biotipo), retrações subcostais, linha mediana, 
cicatriz umbilical, músculo reto do abdome (linhas de Spiegel quando bem definido), paredes la-
terais, ligamento inguinal (ligamento de Poupart) e ?? Divisão topográfica (rever anatomia - 9 espa-
ços ou 4 quadrantes). 
o INSPEÇÃO 
 Forma, volume e simetria. Plano, globoso, ascítico (ou ventre de batráquio - pode chegar a 
mais de 10l de líquido), pendular (ou ptótico/pendurado, alguns livros podem trazer con-
ceitos diferentes), avental (formação de pregas, abdome que caiu, saiu dos limites do ab-
dome - pode ser o mesmo que pendular), escavado (anorexia nervosa), gravídico (diferente 
do globoso, muito alto, principalmente nas 2 semanas antes do parto - lordose acentuada). 
Movimentos peristálticos, pulsações, alterações de pele, movimentos respiratórios (geral-
mente sem dor, normal, o homem usa mais o abdome para respirar que a mulher / com 
dor normalmente não usa). 
o AUSCULTA 
 Idealmente antes da palpação - alteração da contração e da peristalse: ruídos hidroaéreos 
presentes ou ausentes (movimento de gás e líquido do trato digestivos - sons metálicos na 
obstrução, mais lato e mais frequente). Pelo menos 2 minutos de ausculta, por causa do 
silêncio auscultatório normal, para dizer que os ruídos estão ausentes. Sopros (aneurisma 
de aorta - fluxo inadequado gera som nos aneurismas grandes em pacientes magrinhos). 
Obstétrica. 
o PALPAÇÃO 
 Superficial 
 Cuidar das mãos, unhas, posição (polpa e palma da mão), local de início do exame 
(não começar no local da dor, o mais distante possível, para evitar contração), com-
portamento do paciente e do examinador, sempre delicada, comparar simetria. 
Avalia características da pele e se o tônus muscular está normal, contração volun-
tária ou involuntária. Aperta um pouco, não tira a mão. Examinar todos os pontos, 
sempre comparando os lados. Pode usar apenas uma mão. Observar a tensão ab-
dominal (distendido - tônus aumentado ou flácido - tônus normal). Localização da 
dor - contração muscular. 
 Profunda 
 Apertar e trazer para si ou apertar e empurrar para lá - define o formato. Procurar 
"quebra-molas" no abdome do paciente. Mão em garra, duas mãos necessaria-
mente, pode usar lateral da mão. Palpação de vísceras - descrever forma, consis-
tência, limites, mobilidade, sensibilidade e presenta de ruídos à palpação (vasco-
lejo, não necessariamente patológico). 
 Fígado: mais famosas são as de Mathieu e de Lemos-Torres. Normalmente do lado 
direito do paciente por motivos óbvios. Manobra em garra - pegar borda do fígado 
(um pouco mais para cima do paciente). Mãos sobrepostas para empurra e sentir a 
ponta do fígado na ponta dos dedos. Quando normal a borda anterior é fina, lisa e 
mole - não se palpa a chanfradura hepática, a face anterior é lisa, não há dor, pre-
sença de descida inspiratória - Quantos centímetros do rebordo? (2 a 3cm). Fígado 
anormal pode ter nódulos, ter borda romba, irregular a palpação, ter tumoração, 
ter dor a palpação. Sinal de Torres-Homem quando há abscesso hepático gerando 
dor localizada (não acha fácil, abscesso geralmente abaixo da grade costal). Sinal 
de Jobert. 
 Vesícula biliar: quando normal nunca é palpável, palpação é patológica. Vesícula 
hidrópica (divergência entre patologia e radiologia) obstrução do ducto cístico por 
uma pedrinha, na doença a secreção é clara, obstrução do ducto. No ultrassom, 
quando maior queo normal já é descrita como vesícula hidrópica. 
 Baço: quando normal, não é palpável. Manobra de Mathie-Cardarelli é específica 
para baço, igual a de Mathieu para o fígado, mesma coisa, epônimos diferentes. 
Posição de Shuster - decúbito lateral direito com quadril e joelhos fletidos. 
 Rins e vias urinárias: pode ser palpado (normal) o rim no lado direito em pessoas 
magras. Punho-percussão de Murphy. Punho-percussão dolorosa positiva é sinal 
de Giordano (não precisa de muita força, leve). Bexiga normal não é palpável - 
quando muito cheia pode fazer bexigoma (obstrução, muita dor). 
 Pâncreas: nunca é explorado, palpação é patológica. 
 Aorta: pode ser palpada em pacientes bem consumidos. Na maioria das vezes que 
pode ser palpada é indicação de aneurisma. A esquerda da linha mediana. 
 Pontos dolorosos: descompressão brusca dolorosa (dor na hora que solta), quando 
específica no ponto de McBurney (cicatriz umbilical e EIAS, tres pedaços, ponto 
lateral) é o sinal de Blumberg positivo (apendicite) - só do lado direito. Palpação 
profunda no ponto cístico (LMC na borda do rebordo costal) com inspiração pro-
funda (não consegue ir até o final por causa da dor), sinal de Murphy positivo. Todos 
esses são sinal de peritonite, que pode ser localizada (Blumberg) ou generalizada 
(abdome em tábua, como na úlcera perfurada - impedimento da palpação pro-
funda). 
o PERCUSSÃO 
 Quando dolorosa equivale à descompressão brusca (sinal de irritação peritoneal). Timpa-
nismo e macicez. Timpanismo fisiológico no terço superior e nas laterais, macicez, mais 
inferior e centralmente. Espaço de Traube. Delimitação da dor. Limite hepático (macicez >> 
submacicez >> timpanismo), mesmo pra baço, etc. Ascite - sinal de Piparote (mão de um 
lado e peteleco do lado oposto, sente movimento do líquido, mão no meio do abdome 
estica a pele para tirar viés da pele tremendo), rechaço hepático (descompressão brusca 
na região do fígado sem tirar a mão) e semicírculo de Skoda. 
o Obs.: Reservar umas perguntar da anamnese para a hora do exame para facilitar, perguntar dife-
rente ou mais especificamente. Sempre diferenciar os lados (hipocôndrio, flanco e fossa ilíaca). Pôr 
a mão na barriga enquanto conversa, antes da palpação, para acostumar com o toque: facilita o 
exame. 
 
AULA 2 
 HÉRNIAS: Reduzir a hérnia para sentir o anel herniático. Quando possível, necessário descrever. Hérnia não 
redutível é chamada de encarcerada - quando aguda é uma urgência, pois possui grande chance de es-
trangular. Conteúdo sem circulação por anel pequeno ou protrusão excessiva (não redutível também) é 
hérnia estrangulada (único tipo de hérnia que é uma emergência cirúrgica). 
o Epigástrica: no epigástrico, sempre na linha mediana e sempre supraumbilical, muito comum, falha 
de parede (parte genética é mandatória), comum ter mais de uma. 
o Umbilical: mais fácil de reduzir e sentir o anel herniático. 
o Incisional: qualquer cirurgia e a aponeurose abriu, de difícil correção (fraqueza e alteração na ana-
tomia da parede - recidiva por fator genético), qualquer ponto, qualquer tamanho. 
o Semilunar: linha paramediana na borda lateral do reto do abdome, geralmente infraumbilical, não 
muito comum. 
o Inguinal: ligamento inguinal, orifício externo é palpável, quando a hérnia vem por dentro é indireta 
(encarcera muito fácil - gravidade, posição que fica). 
o Femoral: aumento do orifício (muito pequeno) dos vasos femorais. Estrangula fácil, mesmo com 
conteúdo pequeno. 
 ESÔFAGO 
o Disfagia: dificuldade para engolir, não é exclusivo do esôfago (amigdalite, etc), um dos maiores 
causadores. Não tem dor, é dificuldade apenas. 
o Odinofagia: dor ao deglutir. 
o Pirose/azia: consideradas a mesma coisa, queimação esofágica retroesternal (doença do reflexo). 
Muito paciente usa o termo azia como sinônimo de náusea (perguntar se queima). 
o Dor esofagiana: dor independente de deglutição, decorrente do espasmo esofágico. Confunde 
muito com infarto agudo do miocárdio. 
o Regurgitação: sensação de que a secreção do estômago subiu e desceu. Não é doença do refluxo, 
ela pode causar regurgitação. Não necessariamente patológico. 
o Eructação: arroto. 
o Soluço: pode ser por outros motivos, mas também por problemas esofágicos. 
o Sialorreia/ptialismo: salivação excessiva. 
o Hematêmese 
o Doenças mais comuns: esofagite (doença do refluxo, etc), estenose (cicatriz, tumor, etc), divertículo 
de Zencker (fraqueza de parede gerando protrusão por diferença de pressão, vai crescendo, é 
crônico, aumenta depois que come e depois diminui; é muito próxima da boca, podendo voltar 
comida para ela; pode ficar resíduos, gerando mal hálito), megaesôfago (dilatado, pode ser cau-
sado por acalasia, problema muscular de hipertonia de esfíncter; disfagia crônica que comida 
desce com água, demora anos pra descobrir que é um sintoma - emagrecimento; depois que dilata 
muito a parede muscular do esôfago ela não retorna), neoplasia (geralmente em terço médio, de 
ulceração ou de tumoração; distúrbio de alimentação; primeira diminui contração e segunda dimi-
nui a luz; sempre edema em tumor de TGI; comumente causa engasgo quando ingere pedaços 
grandes). 
 ESTÔMAGO E DUODENO 
o Dor: geralmente queimação e ardência 
o Náusea e vômito: não exclusivo 
o Dispepsia: plenitude pós-prandial, 
o Hematêmese e melena. 
o Doenças mais comuns: gastrites e duodenais (vários tipos), úlcera péptica (sintomas parecidos, dis-
tensão PP, plenitude, etc.) Refluxo tem mais pirose, gastrite causa azia quando há acometimento 
do cárdia. Duodenites. 
o Úlceras: geralmente incomoda muito quando aparece, fatores defensivos e agressivos têm um 
distúrbio muito maior, descontinuidade da mucosa, tem periodicidade (dor e acalmia), clocking 
(também na esofagite e na doença do refluxo - hora para ter dor). Complicações são hemorragia, 
estenose (estenose de piloro em adultos costuma ser cicatricial, remédios antigos não faziam ci-
catrização boa) e perfuração. As pépticas são as benignas, próximas ao piloro. Sempre que tem 
úlcera gástrica - biopsia, por risco de tumor, principalmente próxima do cárdia e da curvatura me-
nor. Câncer de duodeno é um dos mais raros, não necessita de biópsia quando é úlcera duodenal. 
Úlcera de De La Fue sangra bastante - arterial. 
o Neoplasias: tumores benignos (adenoma, leiomioma e hemangioma - crescimento pode trazer dis-
túrbios alimentares) e malignos (adenocarcinomas - ulceração crônica e indolor, sintoma por causa 
do processo inflamatório, sintoma de gastrite - e linfomas). Fatores associados - gastrite atrófica 
(incidência maior com tumor) e úlcera gástrica. 
o Hérnia de hiato: orifício do esôfago no diafragma aumentado. Estômago subiu (paraesofágica, 
âgulo de Gliss para cima - favorece doença do refluxo) ou fundo gástrico subiu (mais fácil de es-
trangular - de rolamento). 
 JEJUNO E ÍLEO 
o Menos náusea e vômito, diarreia, esteatorreia, dor, distensão abdominal (evidente) e dispepsia. 
 CÓLONS, RETO E ÂNUS 
o Dor, diarreia, obstipação, maior distensão abdominal, enterorragia, hematoquezia e prurido anal. 
o Pólipos de cólon (benignos ou pré-malignos): estudo de aparecimento de câncer, tipo celular com 
maior chance de malignidade, tumor em intestino é relativamente comum (cólon), tratável mesmo 
com metástase hepática, até 100%, apareceu um, retira por colonoscopia (preparação com mani-
tol), vai aparecer de novo. Múltiplos podem gerar excreção de muco. Normalmente são achados. 
Pólipos pré-malignos costumam ser familiares. 
o Neoplasias: diferença do tipo celular, sintomas. 
 Cólon direito: fezes líquidas, tumor pode crescer bastante e demorar para obstruir - pode 
se tornar palpável antes de ter sintomas, sangrando de pouquinho em pouquinho. Anemia 
e massa palpável do lado direito abdome. HD baixa. Crescimento vegetativo, massa. 
 Cólon esquerdo: fezes sólidas,pode ser pequeno e obstruir fácil - mais casos de obstrução 
intestinal. Abdome agudo obstrutivo. HD baixa. Colo transverso para baixo - tumor vai es-
trangulando a alça (anel de guardanapo), também pode ser de crescimento vegetativo, 
mas gera obstrução. Obstrução: pressão maior pode entrar ar no delgado. 
 PÂNCREAS 
o Dor intensa, de todos os tipos, não somente no abdome. 
o Náuseas e vômitos, icterícia e diarreia. 
o Esteatorreia: enzimas, diminuição - fezes bem moles, bolhas e catarro junto. 
o Antecedentes: pesquisar etilismo, antecedente de cálculos biliares e traumatismos (menos co-
mum). 
o Anatomia: muito próxima do duodeno, cabeça tem mesma irrigação com o duodeno. 
 FÍGADO, VESICULA, VIAS BILIARES 
o Hepatopatia e encefalopatia, além de dor, icterícia, etc 
o Edema de via biliar: náusea e vômitos frequentes, sobretudo após ingesta. 
o Vesícula faz irradiação em faixa - dor nas costas. 
o Icterícia: fígado, vias biliares e hemogênica. Pode ser causada por pedras nos ductos biliares (co-
ledocolitíase), não na vesícula em si. Colilitíase NÃO DÁ. Neoplasia de cabeça de pâncreas pode 
dar, corpo e cauda não. 
o Insuficiência hepática: pode ser aguda, crônica. Por medicação muito hepatotóxica pode fazer in-
suficiência hepática tão grave que pode evoluir para óbito em 24h - metabolismo de proteínas 
quase a zero, sem resolução do problema (interleucinas, etc.) Neoplasia primária de fígado existe, 
mas maioria é metástase quando maligna (cólon, próstata - via hematogênica). 
o Hipertensão porta: veias da cavidade abdominal não têm mais valvas - alteração de pressão aco-
mete todo o sistema - doença dessa região pode gerar alteração gástrica e esplênica também - 
dilatação das veias, visíveis na endoscopia (varizes esofágicas - HDA - e gástricas). Ascite e esple-
nomegalia. Há aparecimento de circulação colateral. 
o Encefalopatia hepática: insuficiência hepática aguda, coma hepático, proteínas circulando em ex-
cesso. Sinal asterixis ou flapping - segura a mão relaxada, mão treme antes de cair. 
 
AULA 3 
 ABDOME AGUDO: sua definição depende dador, raríssimos casos sem (diabetes, etc.). Trauma é separado 
de abdome agudo. Toda dor no abdome com necessidade de intervenção médica clínica ou cirúrgica. 
NÃO SOMENTE CIRÚRGICO! 
 TIPOS DE DOR ABDOMINAL 
o Dor visceral: aquele órgão, aquela víscera. Surda, mal localizada, mal-estar na linha média do ab-
dome (inervação), sudorese, inquietação, náuseas. Intestino de delgado - dor inespecífica em me-
sogástrico, cólon também. Apendicite tem dor referida em epigástrico - torção do meso na vida 
intrauterina >> processo inflamatório evolui para acometimento peritônio parietal - dor em fossa 
ilíaca direita. 
o Dor parietal: peritônio parietal. Dor somática, não é distúrbio funcional, de forte intensidade, mais 
contínua, bem localizada e depende do órgão afetado, sinais e sintomas específicos de cada órgão. 
Disseminação de processo inflamatório por contiguidade - apêndice pode edemaciar bexiga. Plas-
trão? 
o Dor referida: percebida em local distante da fonte responsável pelo estímulo, específica. Processo 
inflamatório atinge diafragma, inervado pelo nervo frênico - dor no ombro (sinal de Kehr). 
 PERITÔNIO 
o Cavidade peritoneal, peritônio visceral e peritônio parietal 
o Peritonite primária (ou espontânea) é muito rara: doença do peritônio, contaminação da cavidade, 
normalmente com líquido. 
o Peritonite secundária: decorrente de acometimento de vísceras primariamente. 
 HDA 
o Sintomas associados 
o Vômitos 
o Hiporexia e anorexia 
o Posição antálgica: posição que melhora a dor. Paciente com pedra nos rins normalmente encontra-
se agitado, pois não tem posição antálgica. Paciente com líquido livre na cavidade infectado fica 
parado, pois a disseminação do líquido piora a dor. 
o Alterações do funcionamento intestinal: diarreia e constipação. 
 EXAME FÍSICO 
o Sinais vitais primeiro: indicam a urgência da investigação diagnóstica e do tratamento. Instabilidade 
pode indicar tendência de o paciente chocar. 
o Choque: instabilidade hemodinâmica - não mantém tecido bem nutrido (oxigênio e glicose). Fre-
quência cardíaca - taquicardia e bradicardia. Pressão arterial - hipotensão. Hipovolemia por perito-
nite - perda do líquido para o terceiro espaço (cavidade, não ta na célula/interstício ou vaso). Pri-
meiro sinal do paciente chocado é taquicardia, depois pode ter, muito tempo depois, hipotensão 
(não esperar ela chegar). 
o Palpação superficial: na procura de tônus muscular, em caso de peritonite, há contração involun-
tário (defesa). Pode fazer contração voluntaria por medo ou cócegas. Deve ser delicada, deve-se 
avaliar a expressão facial do paciente. Iniciar distante do local da dor. Descompressão dolorosa. 
o Ausculta: peristalse de luta - obstrução causa aumento da contração local (ruídos hidroaéreos 
muito aumentados), som metálico (muito alto) - timbre diferente. 
o Percussão: dolorosa equivale a descompressão brusca positiva, ambas indicam irritação parietal. 
o Outros exames 
 Toque retal é obrigatório sempre que tem trauma, ideal é sempre fazer quando houver dor 
abdominal - sangramento, tumor, às vezes líquido, quando muito - não é possível chegar 
na parte do reto que está dentro da cavidade. 
 Toque vaginal feito de acordo com a dor e com a história do paciente, útil também em 
alguns casos não ginecológicos - fundo de saco de Douglas (dor por processo inflamató-
rio), em apendicite, lado direito fica mais quente. 
 Sinal de obturador e sinal do psoas - sinal de movimentação muscular (impedimento de 
sua movimentação - podem estar positivos em apendicite, devido contiguidade). 
 Exames laboratoriais: hemograma completo é só hemograma, bioquímica depende das 
hipóteses diagnósticas. Exames de imagem de acordo com cada doença. 
 Tomografia não vê pedra de vesícula, depende do tamanho e do tipo de sal que a 
compõe. 
 Colilitíase melhor exame é ultrassom. 
 TIPOS DE ABDOME AGUDO 
o Inflamatório: processo inflamatório, não necessariamente infeccioso. Caráter insidioso, acompa-
nhado de febre (inflamação), podendo evoluir para choque e sepse. Mais comum a apendicite, 
colecistite e pancreatite. 
 Apendicite aguda: evolução da dor - dor que começa em epigástrico, enjoo, dor em fossa 
ilíaca direita, mais intensa, diarreia, vômito, dor evolui para toda a pelve, dor ao deambular, 
taquicardia, dor difusa, distensão abdominal mais importante, febre pode diminuir, pode 
ficar frio, queda de pressão, etc. Mais comum no início da adolescência até os 60 anos. Um 
dos problemas é que 40% não possui essa história clássica. 
 Sintomas associados: náuseas, vômitos, hiporexia, febre, alterações urinárias e de 
ritmo intestinal. 
 Blumberg e descompressão brusca apenas quando houver acometimento de pe-
ritônio parietal. Defesa muscular bem localizada quando acomete peritônio. Co-
mum fazer plastrão (massa irregular, consistência relativamente elástica, dolorosa, 
pouco móvel ou não, mais quente). Possivelmente por obstrução do apêndice, fe-
calito - simplesmente um processo inflamatório. Apendicite retrocecal, abaixo do 
ceco - não dá os sinais clássicos, pois não acomete peritônio. 
 Sinais mais comuns: 
o De Blumberg: descompressão brusca no ponto de McBurney. 
o De Lenander: diferença de temperatura - principalmente em crianças, mais 
de 1ºC de diferença em entre TAX e temperatura retal. 
o Do Psoas: dor a elevação da coxa - localização da dor, do apêndice. 
o Do Obturador: dor na rotação lateral em flexão da coxa- localização da dor 
e do apêndice]. 
o De Rovsing: apendicite na base do ceco também - mobilização do gás do 
IG no lado esquerdo para o direito leva à dor. 
 Diagnóstico sindrômico de abdome agudo inflamatório é o ponto de partida. 
 Diagnóstico diferencial (processos inflamatórios em fossa ilíaca direita) com:o Pneumonia: crianças e pré-adolescentes, processo inflamatório abdominal 
pode, por contiguidade, inflamar abdome superior, dificultando respiração. 
Pneumonia de base direita pode dar um pouco de edema em abdome su-
perior, "dor desceu para a barriga" - questão clássica. 
o Uropatias: cólica nefrética em lado direito, pedra descendo. 
o Doenças da vesícula biliar: disseminação por contiguidade. 
o Invaginação intestinal. 
o Dor do meio ou de Mittel-schmertz: período ovulatório, dor em algumas 
mulheres. 
o Doença inflamatória pélvica: de trompas e ovário, abscesso ovariano. 
 Colecistite aguda: mais comum em mulher obesa com mais de 40 anos e multípara. For-
mação de cálculo na vesícula depende de muitos fatores, inclusive genética e hormonal. 
Dor geralmente em hipocôndrio direito com irradiação em faixa (inclusive para as costas) - 
ponto cístico é o local de mais dor. Sinal de Murphy positivo (aulas passadas, não é des-
compressão brusca). Dor geralmente após alimentação, sobretudo mais gordurosas ou pe-
sadas. Sintomas não relacionados com episódio de dor. 
 Colilitíase é a doença de base, não significa processo inflamatório - não dá sinal de 
Murphy; complicações são a colecistite, colecocolitíase e coleperitônio. 
 Colangite é um processo inflamatório e infeccioso da via biliar, gravíssimo, pode 
evoluir para óbito - difícil antibiótico terapia. 
o Tríade de Charcot: dor abdominal, febre alta e icterícia. 
o Pêntade de Reynauld: evolução com sintomas neurológicos (parte pela ic-
terícia) e choque circulatório. Mais comum em doenças agudas por cálculo. 
 Colestase é quando não há eliminação correta da bilirrubina. Diagnóstico diferen-
cial com úlcera péptica, pancreatite (também pode ser consequência), apendicite, 
síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (DST, mulher faz abscesso nessa proximidade), he-
patites e pneumopatias. 
 Pancreatite aguda: leve a grave, deixa de ser localizada e passa a ser sistêmica (dissemi-
nação do processo inflamatório). Quando grave, pode fazer derrame pleural, sobretudo 
esquerdo, e ascite - perda de grandes volumes para o terceiro espaço - insuficiência renal, 
circulatória, sinais neurológicos. Pode ser rico em sintomas e pobre em sinais abdominais 
(dor à palpação profunda, sem irritação peritoneal – órgão retrocavitário com estômago 
em cima). 
 Causado por cálculo da vesícula biliar ou álcool (deformidade das vias pancreáti-
cas - doença crônica que pode ser agudizada por grande ingesta alcoólica). Bas-
tante vômitos, sinal importante, ou então muito enjôo ou não comem muito. 
 Posição antálgica é o corpo levado para frente - posição de prece maometana (di-
minui pressão abdominal), dor não some, mas alivia. 
 Diagnóstico diferencial com colecistite, úlcera péptica perfurada, IAM de parede 
posterior (dor referida em epigástrico), trombose mesentérica (isquemia da dor) e 
dissecção de aorta. 
o Perfurativo: dor súbita, de forte intensidade, início abrupto. Causado por úlcera gástrica ou duode-
nal, perfuração de vesícula biliar e de bexiga. Irritação do peritônio parietal muito rápida - sabe dar 
a hora que perfurou. Peritonite química a princípio, podendo evoluir para infecciosa. Abdome em 
tábua (aulas passadas). 
 Sequência: 
 Pneumoperitônio: ar do intestino, estômago, etc. 
 Peritonite química regional: escorreu líquido. 
 Generalizada: esparramou pela cavidade. 
 Peritonite infecciosa bacteriana: prolongou. 
 Perfuração livre é mais comum, segue essa sequência. Às vezes pode ser tamponada, não 
tem ar, dor só à palpação profunda. Importante reconhecer a víscera perfurada e ver se o 
paciente está chocado (choca rápido, não tanto quanto o da pancreatite) e a história pre-
gressa, embora várias vezes a perfuração é o primeiro sintoma da úlcera. Diagnóstico dife-
rencial com IAM, pancreatite aguda e dissecção aguda de aorta - essas 4 andam muito 
juntas. 
o Hemorrágico: não é hemorragia digestiva - sangramento dentro da cavidade abdominal. 
 Causado por trauma fechado: 
 Hematoma de baço que faz ruptura em segundo tempo: dor após episódio acom-
panhado de fraqueza, etc., perda com descompressão aguda que evolui para cho-
que, também pode ocorrer no fígado. 
 Gravidez ectópica rota 
 Medicamentoso: sobretudo anticoagulantes. 
 Podem evoluir para choque. Por sangue livre na cavidade, hematoma ou sangramento de 
retrocavidade. 
o Obstrutivo: causado por tumor. Vômito, para de eliminação de gases e fezes, distensão abdominal 
e ruídos intestinais aumentados SEMPRE. Depende da altura da obstrução a intensidade e tempo-
ralidade dos sintomas. Obstrução do piloro (alta) tem vômito rápido e devagar para de eliminação 
de fezes e gases, distensão abdominal menor e ruídos não tão altos. 
 Classificação como oclusão intraluminar, íleo adinâmico (funcional, não contrai) e íleo vas-
cular (isquêmico). 
 Sinal de pilha de moeda ou de Kerckring (obstrução de intestino delgado), sempre patoló-
gico. Processo inflamatório pode edemaciar, nesse caso, não muda com a posição. Pre-
sença de níveis no IG é patológico (haustrações), pode ter ar fisiologicamente. Peristalse 
de luta. Níveis hidroaéreos no raio X. Ausência de gás no reto - sinal de obstrução. Toque 
retal pode permitir tocar o tumor, ver que está vazio. 
 Outras causas são hérnia estrangulada, volvo (alça se torce em si mesma - mais comum 
de sigmoide) e invaginação intestinal (comum em crianças, principalmente em ceco e íleo, 
podendo ou não isquemiar). 
o Isquêmico: obstrução funcional, pode se encaixar dentro do obstrutivo dependendo da literatura. 
Todo paciente que o possui é porque as vísceras abdominais estão sofrendo isquemia. Antece-
dente de doença cardíaca tem alteração de fluxo, formação de fluxo, soltura de êmbolos. Trom-
bose venosa profunda (bem menos comum). Geralmente evolução muito rápida. História clínica 
com queda importante do estado geral e exame abdominal pobre. Catástrofe abdominal - pode 
acometer toda a alça, todo o delgado (incompatível com a vida), todo o cólon.

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