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Resumo Semiologia abdome

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Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
 
 
✓ Costuma ser dividido em 
quatro quadrantes por li-
nhas imaginárias que se cru-
zam no umbigo. Quadrante 
superior direito superior es-
querdo, inferior direito e in-
ferior esquerdo. 
✓ Também pode ser divi-
dido em nove secções. Hipo-
côndrio direito (1), epigástrio 
(2), hipocôndrio esquerdo 
(3), flanco direito (4), meso-
gástrio ou região umbilical 
(5), flanco esquerdo (6), fossa 
ilíaca direita (7), hipogástrio 
(8) e fossa ilíaca esquerda (9). 
✓ A divisão dos nove quadrantes é feita da seguinte forma: 
duas linhas horizontais: a linha bicostal que une dois pon-
tos nos quais as linhas cruzam as rebordas costais corres-
pondentes, e a linha biilíaca, que une as espinhas ilíacas 
anterossuperiores. Em seguida, traçam-se duas linhas 
curvas que acompanham as rebordas costais, a partir da 
base do apêndice xifoide até as linhas axilares médias, as 
quais são designadas linhas costais. Por fim, demarcam-
se duas linhas ligeiramente oblíquas, uma de cada lado 
 
 
 
do abdome, que ligam o ponto de cruzamento da linha 
hemiclavicular com a reborda costal e o tubérculo do pú-
bis. Por duas linhas oblíquas unem-se, por fim, as espi-
nhas ilíacas anterossuperiores com o tubérculo do púbis. 
✓ Limites da cavidade abdominal: 
➢ Superior: linha circular que passa pela junção xifoes-
ternal e pela apófise espinhosa da 7ª vértebra dorsal. 
➢ Inferior: corresponde externamente a uma linha cir-
cular que passa pela apófise espinhosa da 4ª vértebra 
lombar, cristas ilíacas, espinhas ilíacas anteriores, li-
gamentos inguinais e sínfise púbica. 
 
✓ Divisão em quatro quadrantes: 
➢ No quadrante superior direito, não conseguimos pal-
par o fígado, vesícula biliar e o duodeno. Num nível 
mais profundo consegue tocar o rim direito (+em pes-
soas magras), sentir a pulsação da aorta abdominal. 
➢ No quadrante superior esquerdo, o baço situa-se la-
teral e posteriormente ao estômago, logo acima do 
rim esquerdo, na linha axilar média esquerda. Pân-
creas é impalpável. 
 Abdome 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
➢ No quadrante inferior direito localizam-se as alças in-
testinais e o apêndice, na cauda do ceco. São impal-
páveis em indivíduos hígidos. 
➢ No quadrante inferior esquerdo, é possível perceber 
o colo sigmoide. Algumas porções do colo ascendente 
e do colo transverso também podem ser palpáveis. 
Na parte inferior da linha média encontram-se a be-
xiga, o promontório da base do sacro, a borda óssea 
anterior da vértebra S1, e, nas mulheres, o útero e os 
ovários. 
✓ Na diabetes e no hipertireoidismo temos a polifagia, hi-
perorexia e bulimia. 
✓ Nos estados infecciosos, transtornos depressivos, neo-
plasias malignas podem apresentar inapetência ou ano-
rexia. 
✓ A perversão do apetite, o paciente demonstra o desejo 
de ingerir substâncias não alimentícias ou que não está 
habituado. Ocorre na gravidez e é denominada de pica e 
malacia. 
✓ A geofagia é o desejo de comer terra, acontece nos paci-
entes anemiados e com infestação por Ancilostomídeos. 
✓ Inclui a 
maxila, man-
díbula, cavi-
dade bucal, 
complexo 
dentoalveolar, 
articulação 
temporoman-
dibular, mús-
culos da mas-
tigação, cavi-
dades paranasais e glândulas salivares. 
 
✓ A causa mais comum é a odontalgia (dor de dente). E a 
causa mais comum da odontalgia são as cáries, altera-
ções pulpares e do periodonto. 
✓ A glossalgia ou glossodina (dor na língua), é geralmente 
descrita como sensação de queimadura. Causa mais co-
mum são os processos inflamatórios, higiene bucal ina-
dequada, entre outros. 
 
✓ Pode ter causa intra ou extra articular. 
✓ Pode ser por luxação da ATM, fratura da cabeça da man-
díbula, sinovite traumática, osteoartrite etc. 
 
✓ Sintoma mais frequente é a dor, que pode estar relacio-
nada a sobrecarga exercida durante a função da ATM e 
dos ruídos articulares. 
✓ Causa comum: bruxismo, subluxação, osteoartrose e ar-
trite reumatoide. 
 
✓ Pode ser de origem metabólica ou psicogênica. 
✓ Causas bucais: lesões, má higiene, saburra lingual, doen-
ças gengivais e periodontais. 
✓ Causas não bucais: origem respiratória, corpo estranho, 
amigdalite, ozena, sinusite, laringite, fumo, alimentos 
(ex.: alho), alterações funcionais, metabólicas psicogêni-
cas. 
 
✓ Causas: desidratação, respiração bucal, uso excessivo da 
fala, glândulas salivares (ex.: Síndrome de Sjogren, DM, 
quimioterapia). 
 
 
✓ Se ocorre nas duas primeiras fases da deglutição é orofa-
ríngea ou alta. Se é da terceira fase, é disfagia esofágica 
ou baixa. 
✓ Disfagia orofaríngea: causas mecânicas (processos infla-
matórios, compressões extrínsecas, divertículo de Zen-
ker), miopatias (distrofia muscular, hipertireoidismo, 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
mixedema, miastenia gravis), doenças do SNC (AVC, par-
kinsonismo, esclerose múltiplas, tumores etc.), distúrbios 
funcionais (relaxamento incompleto do esfíncter) e disfa-
gia psicogênica (transtorno de ansiedade). 
✓ Disfagia esofágica: causas mecânicas (neoplasias, este-
noses, corpo estranho, compressões extrínsecas), moto-
ras (refluxo, megaesôfago, acalasia idiopática, espasmo) 
doenças do tecido conjuntivo (lúpus eritematoso disse-
minado, diabetes, alcoolismo), doenças do SNC (parkin-
sonismo) e outras causas. 
 
✓ Dor que surge com a ingestão de alimentos. 
✓ É um sintoma predominante na candidíase do esôfago. 
 
✓ Azia, queimor ou queimação. 
✓ Sugestivo de refluxo gastroesofágico. 
✓ Pirose constante sugere insuficiência do mecanismo im-
pediente do refluxo, cujas mais comuns são a hérnia hia-
tal e a hipotonia do esfíncter inferior do esôfago. 
 
✓ Não depende do ato de deglutir. 
✓ Pode ser causada por mudança do pH intraluminal decor-
rente do refluxo. 
 
✓ Causas mecânicas: estenoses, neoplasias, divertículo fa-
ringeoesofágico e obstrução do lúmen esofágico. 
✓ Causas motoras: megaesôfago chagásico, acalasia idiopá-
tica e,, mais raramente, o espasmo difuso do esôfago. 
✓ Ocorre, na maioria das vezes, em consequência da inges-
tão de maior quantidade de ar durante as refeições, ou 
em situações de ansiedade. 
✓ Não é um sintoma específico das doenças do esôfago. 
✓ O soluço, que é causado por contrações espasmódicas do 
diafragma, pode ser devido a numerosas causas, tais 
como doenças do sistema nervoso central, irritação do 
nervo frênico ou do diafragma, estimulação reflexa e do-
enças que comprometem o mediastino, pleura e órgãos 
intra-abdominais. 
 
✓ Produção excessiva de saliva. 
✓ Observada nas esofagopatias obstrutivas e, em particu-
lar, no megaesôfago chagásico. 
 
✓ Caracteriza a hemorragia digestiva alta, assim entendida 
aquela em que a sede do sangramento se localiza desde 
a boca até o ângulo de Treitz (ângulo formado na junção 
entre o duodeno e o jejuno). 
✓ Causa mais comum são as varizes do esôfago. 
✓ Mais 
frequente é 
a dor epi-
gástrica. 
✓ A dor 
visceral e do 
bulbo duo-
denal é na li-
nha medi-
ana → úlce-
ras péptica, gastrite aguda e câncer gástrico. 
✓ Doenças inflamatórias ou neoplásicas → dor intensa na 
região epigástrica. 
✓Úlcera péptica: alívio imediato após ingestão de alimen-
tos. Intensifica nos períodos pós-prandiais tardios. 
✓ É o conjunto de sintomas relacionados com a parte alta 
do abdome. 
✓ A síndrome dispéptica compõe-se de dor ou desconforto 
epigástrico, acompanhado de empanzinamento, sensa-
ção de distensão do abdome por gases, pirose, saciedade 
precoce, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a 
alimentos gordurosos e eructações. 
✓ Tipos: 
➢ Dispepsia tipo refluxo: desconforto ou pirose retro-
esternal. 
➢ Dispepsia tipo úlcera: dor epigástrica 
➢ Dispepsia tipo dismotilidade: sensação de plenitude 
gástrica. 
✓ Sinais de alerta: >50 anos, vômitos persistentes, icterícia 
e perda de peso. 
✓ Comuns nas doenças do estômago e duodeno. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Úlceras gástricas ou duodenal e gastrite → vômito con-
siste em suco gástrico puro ou pequena quantidade de 
bile. 
✓ Estase gástrica → vômito com grande quantidade de ali-
mentos ingeridos várias horas antes. 
✓ Obstrução intestinal alta → grande quantidade de bile 
✓ Hematêmese sugere lesões a montante do ângulo de 
Treitz. Causas comuns: úlcera péptica, varizes esofágicas, 
lacerações da transição esofagogástrica, LAMGD e carci-
noma. 
✓ É a expressão da inflamação ou irritação da mucosa eso-
fágica causada pelo refluxo. 
 
✓ Pode ser decorrente de vários mecanismos: 
➢ Aumento da pressão osmótica do conteúdo intralu-
minal (diarreia osmótica): acúmulo de substâncias 
não absorvíveis no lúmen do intestino delgado. É se-
cundária a laxantes salinos não absorvíveis, má absor-
ção de nutrientes etc. 
➢ Aumento da secreção de água e eletrólitos pela mu-
cosa intestinal (diarreia secretora): consequência do 
estímulo para síntese de AMPc intracelular. Ex.: diar-
reia de Crohn, enterites bacterianas ou parasitárias e 
dos linfomas difusos do delgado. 
➢ Alterações da motilidade do intestino (diarreia mo-
tora): decorre de modificações do trânsito nesse seg-
mento do intestino. 
✓ Diarreias agudas: infecções virais, bacterianas e parasitá-
rias, intoxicação alimentar, retocolite ulcerativa, medica-
mentos, laxativos, diarreia de origem psicogênica. 
✓ Diarreia crônica: cólon irritável, câncer do cólon, parasi-
toses intestinais, doença inflamatória do intestino (do-
ença de Crohn), diabetes etc. 
✓ Padrões de diarreia: 
➢ Diarreia alta: grande volume, muito líquido, presença 
de gordura → comprometimento do intestino del-
gado. 
➢ Diarreia baixa: maior nº de evacuações, eliminação 
pequena quantidade de fezes, pode conter muco, pus 
ou sangue → comprometimento do intestino grosso 
✓ Perguntas chaves para análise da diarreia: 
➢ É aguda ou crônica (>4 meses de duração)? 
➢ Há dados para diferenciar entre baixa ou alta? 
➢ Tem esteatorreia? 
➢ É de causa infecciona? 
➢ Há outras manifestações clínicas? 
✓ Indica defeito nos processos de digestão e absorção. 
✓ Associada à diarreia (+freq. a alta), flatulência, cólicas pe-
riumbilicais e distensão abdominal. 
✓ Mecanismos: 
➢ Distensão das paredes do intestino delgado 
➢ Aumento da tensão muscular das paredes do intes-
tino 
➢ Alterações inflamatórias ou congestivas do intestino 
delgado 
➢ Isquemia intestinal 
➢ Alterações inflamatórias do peritônio 
✓ Geralmente relacionada com má absorção de nutrientes. 
✓ Se for somente a flatulência com a distensão abdominal, 
pode estar relacionada com um tipo de alimento, ex. lac-
tose. 
✓ É a passagem de sangue do continente intravascular para 
o lúmen do tubo gastrointestinal, liberado por hematê-
mese, enterorragia ou melena. 
✓ Pode ter causa afecções de natureza inflamatória: do-
ença de Crohn, tuberculose intestinal, paracoccidioido-
micose, estrongiloidíase e enteropatia actínica. 
✓ Por tumores e condições associadas 
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Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Por alterações de natureza vascular: hemangiomas, angi-
odisplasias, fístulas, vasculites etc. 
✓ Por anomalias congênitas não vasculares: divertículo de 
Meckel e diverticulose intestinal. 
✓ Por doenças sistêmicas: púrpuras, leucemias, uremia e 
deficiência de vitamina K (síndrome de má absorção). 
✓ E por ação de medicamentos. 
 
✓ No quadrante superior direito: impactação fecal e obsti-
pação intestinal grave. Em forma de cólica. 
✓ No quadrante inferior direito: apendicite, câncer do ceco, 
processos inflamatórios, invaginação, suboclusão ou 
oclusão por lesões benignas ou malignas. 
✓ No quadrante superior esquerdo: diverticulite, impacta-
ção fecal alta e obstipação intestinal crônica. 
✓ No quadrante inferior esquerdo: doença diverticular do 
cólon. 
✓ Abdominal difusa. 
✓ Diarreia aguda: retocolite ulcerativa inespecífica, colites 
amebianas, colites, retites, doença de Crohn do reto e có-
lon. 
✓ Diarreia crônica: todas as causas da aguda e o cólon irri-
tável. 
✓ Considera-se normal desde três evacuações por dia até 
uma evacuação a cada dois dias. Desde que não sejam 
nem líquidas nem ressecadas. 
–
✓ Geralmente provocado por hemorroidas. 
✓ Também é comum a doença diverticular difusa dos có-
lons, retites e colites actínicas. 
✓ Principais causas: má higiene, enterobíase, doenças 
anorretais cutâneas e doenças sistêmicas (diabetes e as 
hepatopatias crônicas). 
✓ Pode traduzir ascite, meteorismo, fecaloma e neoplasias. 
✓ Uma causa importante é o volvo sigmoide (torção do có-
lon sigmoide sobre seu próprio eixo), câncer, estenose do 
cólon e do reto. 
✓ Não são tão frequente nas afecções do intestino grosso. 
✓ Os neoplasias do cólon direito costumam evoluir com 
anemia porque é onde tem a reabsorção de ferro. 
✓ Distensão da cápsula de Glisson, que piora com a palpa-
ção e esforço físico → congestão passiva do fígado → 
principal manifesta-
ção da insuficiência 
ventricular direita → 
hepatomegalia dolo-
rosa. 
✓ Dor do abcesso 
hepático que intensifica com palpação. 
✓ Nas vias biliares: 
➢ Cólica biliar: início súbito, grande intensidade, locali-
zação no hipocôndrio direito e duração de várias ho-
ras. Coleli-
tíase. Se 
tiver icte-
rícia após 
o episó-
dio, su-
gere mi-
gração do 
cálculo 
para o co-
lédoco. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
➢ Colecistite aguda: dor contínua, pode irradiar para ân-
gulo da escápula. Sinal de Murphy positivo. 
✓ Bilirrubina > 2 mg/dL. 
✓ Pode ser por: 
➢ Icterícia hemolítica: destruição excessiva de hemá-
cias. 
➢ Icterícia de origem hepática: lesão dos hepatócitos ou 
condutos biliares intra-hepáticos. 
➢ Icterícia obstrutiva: por obstrução das vias biliares ex-
tra-hepáticas. 
✓ Causas mais frequentes: hepatite infecciosa, hepatopatia 
alcoólica, hepatopatia por medicamentos, cirrose hepá-
tica, leptospirose, malária, septicemias, anemia hemolí-
tica, cirrose biliar, coledocolitíase, neoplasias do pân-
creas, pancreatite crônica e neoplasias das vias biliares. 
✓ Nos episódios de cólica biliar, náuseas e vômitos ocorrem 
quase invariavelmente. 
✓ Dor: nas pancreatite. Se for na região epigástrica, à di-
reita da linha mediana, irradiação para o dorso é na ca-
beça do pâncreas. Se for na região epigástrica, à es-
querda da linha mediada é no corpo. Se for nohipocôn-
drio esquerdo, irradiação para dorso é porque é em toda 
glândula. 
✓ Náuseas e vômitos: tem em quase todo paciente com 
processo inflamatório. 
✓ Icterícia: causada por obstrução do colédoco terminal e 
do edema do tecido pancreático. 
✓ Diarreia e esteatorreia: insuficiência pancreática. 
 
✓ Ângulo de 
Charpy, cica-
triz umbilical, 
cristas e as 
espinhas ilía-
cas anterio-
res, ligamento inguinal e a sín-
fise pubiana. 
 
✓ Verificar a diástase dos músculos retos anteriores: paci-
ente em decúbito dorsal, pede-se para ele contrair a 
musculatura abdominal (elevando as pernas estendidas). 
✓ Essa mesma manobra serve para investigar a presença de 
hérnias da parede abdominal. As inguinais e crurais tor-
nam-se evidentes quando o paciente sopra com força sua 
própria mão. 
✓ Deve-se investigar: 
➢ Forma e volume 
➢ Cicatriz umbilical 
➢ Abaulamentos ou retrações localizadas 
➢ Veias superficiais 
➢ Cicatrizes da parede abdominal 
➢ Movimentos 
✓ Variam de acordo com a idade, sexo e estado nutricional; 
✓ Tipos de abdome: 
➢ Atípico ou normal: varia de cada pessoa, mas tem 
que ser simétrico e levemente abaulado. 
➢ Globoso ou protuberante: diâme-
tro anteroposterior maior que o trans-
versal. Observado na gravidez, ascite, 
distensão gasosa, obesidade, pneu-
moperitônio, obstrução intestinal, mui-
tos tumores policísticos do ovário e he-
patoesplenomegalia 
volumosa. 
➢ Em 
ventre de batrá-
quio: em decúbito 
dorsal, o diâmetro 
transverso é maior que o anteropos-
terior. Observado na ascite em fase 
de regressão. 
➢ Em avental: pessoas com obesidade de grau elevado. 
➢ Escavado (escafoide ou côn-
cavo): parede abdominal retra-
ída. Típico de pessoas muito 
emagrecidas. 
✓ É geralmente plana ou retraída. 
✓ Protusão pode indicar hérnia ou acúmulo de líquido. 
✓ Onfalites (infecções no umbigo) são frequentes em crian-
ças. 
✓ Sinal de Cullen: equimose periumbilical resultante de he-
morragia retroperitoneal. Pode surgir na pancreatite 
aguda e na ruptura de gravidez ectópica. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Sinal de Gray-Tunner: equimose dos flancos. Pode ocor-
rer na pancreatite necro-hemorrágica e indica grave 
comprometimento da víscera. 
✓ Condições normais: abdome regular e simétrico. 
✓ As principais causas são: hepatomegalia, esplenomega-
lia, útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção 
urinária, tumores renais, tumores pancreáticos, linfomas, 
aneurisma da aorta abdominal e megacólon chagásico. 
✓ Circulação colateral 
✓ Localização, extensão e forma. 
✓ Flanco direito: colecistectomia 
✓ Flanco esquerdo: colectomia 
✓ Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia 
✓ Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia 
✓ Hipogástrio: histerectomia 
✓ Linha média: laparotomia 
✓ Região lombar: nefrectomia 
✓ Linha vertebral: laminectomia. 
✓ Movimentos respiratórios: respiração toracoabdominal. 
Costumam desaparecer nos processos inflamatórios do 
peritônio. Nas afecções dolorosas do andar superior do 
abdome também se inverte a forma da respiração, que 
passa a ser torácica. 
✓ Pulsações: em pessoas magras, dá para sentir a pulsação 
da aorta abdominal. 
✓ Movimentos peristálticos visíveis: Faz-se a diferenciação 
entre peristaltismo normal e ondas peristálticas anor-
mais correlacionando-se o achado com o quadro clínico 
do paciente, como, por exemplo, nas síndromes de este-
nose pilórica e de oclusão intestinal. Movimentos peris-
tálticos visíveis indicam obstrução em algum segmento 
do tubo digestivo. 
✓ Paciente em decúbito dorsal e o examinador com a mão 
espalmada. 
✓ Tem por objetivo avaliar o estado da parede abdominal, 
explorar sensibilidade abdominal e reconhecer condições 
anatômicas das vísceras abdominais. 
✓ Em pessoas bem magras e relaxadas consegue-se reco-
nhecer o fígado, rins, aorta abdominal, ceco cólon trans-
verso e o sigmoide. 
 
 
 
 
✓ São irreconhecíveis, exceto em situações especiais, o es-
tômago, duodeno, intestino delgado, pâncreas, vias bili-
ares e peritônio. 
✓ Sequência: palpação superficial → palpação profunda → 
palpação do fígado → palpação do baço → palpação de 
outros órgãos. 
✓ A téc-
nica para avalia-
ção consiste em 
palpar de leve ou 
apenar roçar a pa-
rede abdominal 
com objeto ponti-
agudo. 
✓ Se des-
pertar dor → hi-
perestesia cutânea 
✓ Localização e irradiação são fundamentais para o raciocí-
nio clínico. 
✓ Pontos dolorosos: são pontos cuja compressão desperta 
dor e indica comprometimento do órgão ali projetado. 
➢ Pontos gástricos: ponto xifoidiano (abaixo do apên-
dice xifoide; representa cólica biliar e afecções do 
esôfago, estômago e duodeno → úlceras, esofagites 
e neoplasias) e o epigástrico (no meio da linha xi-
foumbilical; gastrite, úlceras e tumores). 
➢ Ponto biliar: ou cístico. No ângulo formado pela re-
borda costal direita e a borda do músculo reto abdo-
minal 
➢ Ponto apendicular: na extremidade dos dois terços 
da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior di-
reita ao umbigo. 
 
 
 
Sinais de Murphy 
Posicionar os dedos no rebordo costal onde a borda lateral do 
músculo reto fizer interseção com gradil costal → fazer pres-
são. Paciente respirar fundo e observar sensibilidade. O sinal 
de dor e pausa abrupta da respiração consiste no sinal posi-
tivo para colicistite aguda. 
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➢ Ponto esplênico: abaixo da reborda costal esquerda 
no início do seu terço esterno. O infarto esplênico 
provoca dor nesse local. 
➢ Pontos ureterais: situam-se na borda lateral dos mús-
culos retos abdominais em duas alturas: na interse-
ção com uma linha horizontal que passa pelo umbigo 
e no cruzamento da linha que passa pela espinha ilí-
aca anterossuperior. Referente a cólica renal e traduz 
migração de um cálculo renal pelos ureteres. 
 
 
 
 
 
 
 
✓ A dor abdominal em pacientes com apendicite aguda 
pode ser desencadeada ou exacerbada por algumas ma-
nobras. Teste do psoas (dor no quadrante inferior direito 
que ocorre ao se fazer flexão ativa ou hiperextensão pas-
siva do membro inferior direito) e Teste do obturador 
(dor no quadrante inferior direito ao se fazer flexão 
passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve 
com rotação interna da coxa). 
✓ Em condições normais, tem que estar descontraída. 
✓ Se a contração for voluntária, desvia a atenção do paci-
ente. 
✓ A contratura muscular involuntária obedece a um reflexo 
visceromotor, cujo estímulo se origina no peritônio infla-
mado (peritonite). 
✓ É avaliada deslocando a mão que palpa por toda a parede 
e, ao encontrar uma área de menor resistência, tenta-se 
insinuar uma ou mais polpas digitais naquele local 
✓ Diástase: separação dos músculos retos. Não há saco 
herniário nem anel palpável. 
✓ Hérnias: alterações 
da parede abdomi-
nal caracterizada ba-
sicamente por ha-
ver, em alguma 
parte, uma solução 
de continuidade por 
onde penetram uma 
ou mais estruturas 
intra-abdominais. 
✓ As pulsações epigástricas podem ser a transmissão das 
contrações do ventrículo direito hipertrofiado ou pulsa-
ções da aorta abdominal. 
✓ Investigam-se órgãos contidos na cavidade abdominal e 
eventuais passas palpáveis. 
✓ Precisa analisar: 
➢ Localização: relação entre as divisões do abdome. 
➢ Forma e volume: é muito variável, então usa-se de-
signações comparativas (tamanhode azeitona, limão) 
➢ Sensibilidade: refere-se a dor. 
➢ Consistência: pode ser cística, borrachosa, dura ou 
pétrea. 
➢ Mobilidade: se ocorre em função da respiração ou 
apensas na palpação. 
➢ Pulsatilidade: tem que diferenciar pulsação própria 
de pulsações transmitidas. 
Sinais de Rovsing 
Com paciente em decúbito dorsal, o examinador com 
a mão serrada realiza uma pressão em rolamento no 
sentido ínfero superior partindo da fossa ilíaca es-
querda do paciente seguindo trajeto cólico. Observa 
se paciente refere dor na fossa ilíaca direita, reflete 
dilatação por gases na região que sofre processo in-
flamatório 
Sinais de Blumberg 
Dor que ocorre à descompressão brusca da parede abdo-
minal. Essa manobra – descompressão rápida – pode ser 
aplicada em qualquer região da parede abdominal, e seu 
signicado é sempre o mesmo, ou seja, peritonite. Nos ca-
sos de peritonite generalizada, o sinal de Blumberg é ob-
servado em qualquer área do abdome em que 
for pesquisado. 
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✓ Semiotécnica: palpar o hipo-
côndrio direito, o flanco direito 
e o epigástrio. Em seguida pal-
par junto à reborda costal (du-
rante a expiração as mãos se 
ajustam à parede abdominal 
sem fazer compressão, na ins-
piração a mão comprime e é 
movimentada para cima para 
detectar a barda hepática. 
✓ Quanto à borda: distância da 
reborda costal (referida em cm 
ou em dedos transversos). 
✓ Hepatomegalias, causas frequentes a insuficiência cardí-
aca direita, colestase extra-hepática de etiologia benigna 
ou maligna, cirrose, fibrose esquetossomótica, vesícula 
biliar palpável, esplenomegalia e massas. Tipos: 
➢ Pequenas: o fígado pouco ultrapassa a reborda costal 
no final da inspiração, até dois dedos transversos. 
➢ Médias: quatro dedos transversos. 
➢ Grandes: mais de quatro dedos. 
✓ Espessura: fina ou romba 
✓ Superfície: lisa ou nodular. 
✓ Consistência: diminuída, normal ou aumentada 
✓ Sensibilidade: indolor ou dolorosa. 
✓ É palpável somente em condições patológicas. Ex.: cân-
cer vesicular e obstrução. 
✓ A obstrução do ducto cístico quase sempre é de natureza 
calculosa ou inflamatória. 
✓ A obstrução do colédoco pode ser calculosa ou tumoral. 
✓ A existência de uma vesícula biliar palpável em paciente 
ictérico é, portanto, sugestiva de neoplasia pancreática 
maligna, que, na maioria das vezes, localiza-se na cabeça 
do pâncreas. Esta associação, classicamente denominada 
regra de Courvoisier, deve ser lembrada, dada a sua utili-
dade no raciocínio diagnóstico. 
✓ Mesma maneira do fígado, só que do lado esquerdo. 
✓ Pode fazer com o paciente em decúbito lateral direito o 
paciente com perna estendida e coxa fletida sobre ab-
dome em um ângulo de 90º. 
✓ Para que se torne palpável, precisa ter o dobro do seu 
tamanho normal. 
✓ Esplenomegalia pode ter causa vascular (hipertensão 
portal), infecciosas e parasitárias (mononucleose, hepa-
tite febre tifoide, calazar, chagas, esquistossomose), he-
matológicas (anemias hemolíticas, policitemia, leucemia, 
tricoleucemia), neoplásicas, metabólicas, colagenoses e 
outras. Tipos: 
➢ Pequenas: palpação do seu polo inferior logo abaixo 
da reborda costal esquerda. 
➢ Grandes: extremidade interior ultrapassa a cicatriz 
umbilical. 
✓ Normalmente não é percutível. 
✓ Reconhecido com facilidade na fossa ilíaca direita. 
✓ Ao alcançar a borda interna do ceco, percebe-se uma sú-
bita elevação; ato contínuo, as polpas digitais do exami-
nador vão se deslocando sobre a face anterior do ceco 
até alcançarem a espinha ilíaca. Sem retirar a mão deste 
local, o examinador encurva ligeiramente seus dedos e 
repete a manobra em direção oposta, procurando deslo-
car o ceco para dentro, com a finalidade de investigar o 
seu grau de mobilidade. A manobra deve ser repetida 
mais de uma vez. 
✓ Está mais sensível nos processos inflamatórios crônicos 
da região ileocecal ou por tumores do ceco. 
✓ É o segmento mais fácil de percepção ao exame palpató-
rio. Situa-se no quadrante inferior esquerdo e assemelha-
se a uma corda de consistência firme e pouco móvel. 
✓ Nos casos de megassigmoide, a alça dilatada se alonga, 
deixa sua topografia normal e se desloca para a direita e 
para cima, sendo palpável em outras regiões do abdome. 
✓ Se contiver fezes, sua consistência varia de pastosa a pé-
trea. 
✓ Polo inferior do rim direito costuma ser palpável. 
✓ Palpação é feita com uma das mãos aplicada transversal-
mente na região lombar enquanto a outra se apoia longi-
tudinalmente sobre a parede abdominal, à altura do 
flanco. 
✓ Ao final da inspiração e início da expiração intensifica-se 
a pressão exercida por ambas as mãos. 
✓ Nos casos de nefroptose, tumor renal, hidronefrose, mal-
formações congênitas ou ectopia renal, os rins podem ser 
palpáveis mesmo sem o uso das técnicas. 
✓ A palpacao bimanual para avaliar defesa localizada da pa-
rede abdominal deve ser efetuada sempre que se suspei-
tar de maior resistência em determinada área da parede 
do abdome. Procede-se da seguinte maneira: o examina-
dor coloca ambas as mãos longitudinal e paralelamente 
no sentido craniocaudal e, enquanto uma das mãos palpa 
a região suspeita, a outra examina a região homóloga, 
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com seguidos movimentos alternados, isto é, quando 
uma das mãos comprime a parede, a outra não o faz. 
Desse modo, é possível comparar a resistência oferecida 
pelas áreas em exame. Confirmando-se a presença de de-
fesa localizada, é justo levantar a hipótese de uma afec-
ção na própria parede ou na cavidade abdominal (perito-
nite localizada). 
✓ A manobra do rechaço é assim executada: com a palma 
da mão comprime-se com certa firmeza a parede abdo-
minal, e com a face ventral dos dedos e polpas digitais 
provoca-se um impulso rápido na parede, retornando-se 
os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão da 
parede abdominal. Há rechaço quando, imediatamente 
após a impulsão, percebe-se um choque na mão que pro-
vocou o impulso. Isso traduz a presença de órgão ou tu-
mor sólido (fígado, baço ou neoplasia) flutuando em um 
meio líquido, representado por ascite. Essa técnica é pró-
pria para a palpação de abdome globoso em decorrência 
de ascite de grande volume, pois, nessas condições, a pal-
pação profunda habitual torna-se impossível em virtude 
da resistência da parede distendida. 
✓ Para se realizar a manobra da descompressão súbita, 
comprime-se vagarosa e progressivamente um determi-
nado local do abdome que, durante a palpação geral, te-
nha se mostrado dolorido. Ao se fazer a compressão, a 
dor se exacerba, porém quase sempre o paciente a tolera 
desde que não ultrapasse determinado limite. 
✓ Durante a execução da manobra, o examinador indaga e 
observa as reações do paciente em relação à dor. Ao al-
cançar determinada compressão, cuja intensidade de-
pende da tolerância do paciente, informa-se a ele que se 
vai retirar a mão abruptamente, cabendo-lhe dizer a al-
teração ocorrida quanto à intensidade da dor. É necessá-
rio observar atentamente a expressão facial do paciente. 
Diz-se que é positiva se a dor apresentar nítida exacerba-
ção no momento em que se faz a descompressão. Cons-
titui importante sinal de peritonite e é classicamente cha-
mado de sinal de Blumberg. 
✓ A pesquisa de vascolejo pode ser efetuada de duas ma-
neiras: (1a) Prende-se o estômagocom a mão direita, 
movimentando-o de um lado para o outro, ao mesmo 
tempo que se procura ouvir ruídos hidroaéreos nele ori-
ginados. (2a) Repousa-se a mão sobre a região epigás-
trica e executam-se rápidos movimentos compressivos 
com a face ventral dos dedos e as polpas digitais, tendo-
se o cuidado de não deslocar a palma da mão. Quando se 
ouvem ruídos de líquidos sacolejando, diz-se que há vas-
colejo. Esta segunda manobra costuma ser chamada de 
patinhacao. 
✓ O sinal de vascolejo denuncia a presença de líquido no 
interior do estômago, e este achado não é 
necessariamente anormal. Pode ser encontrado no estô-
mago de pessoas normais logo após a ingestão de líquido. 
No entanto, o vascolejo permite levantar a suspeita de 
estase líquida em um estômago atônico ou quando há es-
tenose pilórica. Resta assinalar que o sinal de vascolejo 
desaparece quando o paciente vomita. 
✓ O sinal de Gersuny é encontrado nos casos de fecaloma. 
Sua pesquisa consiste em palpar o “tumor fecal” na topo-
grafia da sigmoide. Quando positivo, ouve-se ligeira cre-
pitação, decorrente do ar interposto entre a parede in-
testinal e o fecaloma. 
✓ O som timpânico é percebido mais no espaço de Traube. 
✓ Hipertimpanismo acontece quando tem o aumento da 
quantidade de ar, como na gastrectasia, meteorismo, 
obstrução intestinal, no vólvulo e no pneumoperitônio. 
✓ Com maciço nas áreas de projeção do fígado, baço e 
útero gravídico. Na ascite, tumores e cistos também. 
✓ Percutir o hemitórax no nível na linha hemiclavicular di-
reita desde sua origem na clavícula até o 4º ou 5º EIC. 
✓ Som claro pulmonar e no 5º-6º EIC tem o som submaciço 
→ limite superior do fígado. 
✓ O não encontro da macicez hepática ocorre nas seguintes 
eventualidades: acentuada atrofia hepática; interposição 
de alça intestinal entre o fígado e a parede costal; e pneu-
moperitônio. 
✓ De grande volume: 
abdome globoso e ci-
catriz umbilical plana 
ou protusa. Percussão 
por piparote (decúbito 
dorsal, com a borda 
cubital de uma mão na 
linha média do ab-
dome; examinador repousa mão esquerda no flanco e a 
direita dá um “peteleco” do lado direito). 
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✓ De mé-
dio volume: 
usa-se a pes-
quisa de maci-
cez móvel. Pri-
meira parte: 
percute todo o 
abdome do pa-
ciente em decú-
bito dorsal. Se-
gunda parte: 
paciente em de-
cúbito lateral direito, percute todo abdome, se tiver as-
cite, encontra-se timpanismo no flanco esquerdo e maci-
cez no flanco direito. Terceira parte: paciente em decú-
bito lateral esquerdo percutindo todo o abdome nova-
mente se tiver ascite vai ter timpanismo no hemiadbome 
direito e macicez no esquerdo. 
✓ De pequeno volume: A técnica semiológica consiste em 
fazer a percussão por piparote na região do baixo ventre 
estando o paciente na posição de pé e com a bexiga vazia. 
Mas a ultrassonografia é o ideal para o diagnóstico. 
✓ Normalmente encontra-se som maciço nas áreas de pro-
jeção dos órgãos maciço e timpânico nos vísceras que 
contêm alguma quantidade de gás 
✓ Som timpânico no hipocôndrio direito indica pneumope-
ritônio → sinal de Jobert. 
✓ Tem que fazer antes da percussão e da palpação. 
✓ Auscultar até ouvir ruídos de timbre agudo (hidroaéreos). 
✓ Tem que auscultar em todos os quadrantes. 
✓ Em diarreia e oclusão intestinal os RHA ficam mais inten-
sos, denominados de borborigmos. 
✓ No íleo paralítico, desaparece os movimentos peristálti-
cos. 
✓ Além dos RHA, podem ser ouvidos sopros sistólicos ou 
sistodiastólicos indicativos de estreitamento do lúmen de 
um vaso 
✓ Causas mais frequentes são: 
➢ Hepáticas (cirrose) 
➢ Cardiocirculatórias (insuficiência cardíaca e trombose 
venosa) 
➢ Renais ( síndrome nefrótica) 
➢ Inflamatórias (tuberculose) 
➢ Neoplasias ( tumores do fígado, ovário, estômago e 
carcinomatose) 
✓ Classificação de acordo com a sede do obstáculo: 
➢ Pré-hepática: trombose da veia porta 
➢ Intra-hepática pré-sinusoidal: esquistossomose man-
sônica, fibrose hepática congênita, esclerose hepato-
portal. 
➢ Intra-hepática sinusoidal ou pós-sinusoidal: cirrose 
hepática, doença venoclusiva do fígado. 
➢ Pós-hepática: insuficiência cardíaca, síndrome de 
Budd-Chiari (obstrução das veias supra-hepáticas ou 
da veia cava inferior) pericardite constritiva. 
✓ Hipertensão portal acarreta alterações circulatórias he-
modinâmicas importantes. O sangue represado inverte o 
sentido do fluxo sanguíneo em veias tributárias do sis-
tema porta, desenvolvendo circulação colateral. 
✓ Assim o sangue passa diretamente do sistema porta para 
a circulação geral, sem atravessar o fígado. 
✓ As novas vias de comunicação que se estabelecem distri-
buem-se em dois grupos: 
➢ Vias de comunicação com a veia cava superior: 
▪ Circulação profunda: o sangue deixa o sistema 
porta através da veia gástrica direita e das veias 
gástricas curtas, e por meio de anastomoses, al-
cança as veias esofágicas, de onde passa para a 
veia ázigos e daí para a veia cava superior. Em con-
sequência do aumento da pressão no plexo ve-
noso submucoso esofágico, desenvolvem-se as 
varizes esofágicas. 
▪ Circulação superficial: sangue deixa o sistema 
porta, dirigindo-se à parede abdominal através 
das veias paraumbilicais, de onde, por meio de 
anastomoses, alcança as veias epigástricas superi-
ores da parede abdominal. Na hipertensão portal 
pré-hepática, falta este tipo de circulação colate-
ral. 
➢ Vias de comunicação com a veia cava inferior: 
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▪ Circulação profunda: a estase venosa no território 
da veia mesentérica inferior impele o sangue, em 
contracorrente, através da veia retal superior em 
direção às veias retais médias e inferiores. Em 
consequência, os plexos hemorroidários tornam-
se muito evidentes, podendo sangrar. 
▪ Circulação superficial: o sangue deixa o sistema 
porta pelas veias paraumbilicais e, por meio de 
anastomoses, alcança as veias epigástricas inferi-
ores e as veias superficiais da parece abdominal. 
 
✓ As principais consequências da hipertensão portal são: 
➢ Varizes esofágicas e gástricas. 
➢ Esplenomegalia. 
➢ Ascite. 
➢ Circulação colateral superficial. 
 
✓ A síndrome disentérica distingue-se da síndrome diar-
reica pela presença de muco, pus e sangue nas fezes. 
✓ Disenteria: associada ao tenesmo e traduz lesão orgânica 
do reto ou do cólon distal. É a manifestação frequente te 
shigelose, amebíase, retocolite ulcerativa, proctite e ba-
lantidíase. 
✓ Principais vírus: rotavírus, vírus Norwalk, vírus ECHO, 
adenovírus, enterovírus e HIV. 
✓ As bactérias capazes de provocar diarreia são: Staphylo-
coccus aureus, Campylobacter jejuni, Listeria monocyto-
genes, Yersinia enterocolitica, Clostridium difficile, T. 
whippelii. 
✓ As causas de diarreia crônica são de diagnóstico mais di-
fícil e são: 
➢ Infecciosas e parasitárias: enterobactérias patogêni-
cas, protozoários, helmintos, tuberculose intestinal, 
blastomicose sul-americana 
➢ Doenças inflamatórias inespecíficas: retocolite ulce-
rativa inespecífica, doença de Crohn, colite linfocítica, 
colite colágena, colite eosinofílica. 
➢ Síndrome de má absorção: por defeito de digestão ou 
por deficiência de absorção como, por exemplo, na 
doença celíaca 
➢ Colopatias orgânicas: doença diverticular, neoplasias 
➢ Colopatias funcionais: síndrome do intestino irritável 
➢ Diarreiassecundárias: uremia, doenças inflamatórias 
pélvicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO 
Pele: 
Tecido celular subcutâneo: 
Musculatura: 
Veias superĴciais: Normal ( ) Circulação colateral ( ) Tipo cava 
superior ( ) Tipo cava inferior ( ) Tipo porta ( ) 
Forma e volume do abdome: Normal ( ) Globoso ( ) Escavado 
( ) Em ventre de batráquio ( ) Pendular ( ) Em avental ( ) 
Cicatriz umbilical: Normal ( ) Protrusa ( ) Secreção ( ) Sinal de 
Cullen ( ) 
Abaulamentos ( ) Localização: 
Retracao ( ) Localização: 
Cicatrizes ( ) Localização: 
Movimentos: Respiratórios ( ) Peristálticos ( ) Localização: 
Pulsacoes ( ) Localização: 
 
PALPAÇÃO SUPER CIAL 
Parede abdominal: 
Vísceras abdominais: 
Sensibilidade 
 Pontos dolorosos: Xifoidiano( ) Gástrico( ) Cístico ou biliar( ) 
 Apendicular( ) Esplênico( ) Ureterais( ) 
Resistencia da parede abdominal: Normal ( ) Contratura vo-
luntária ( ) Contratura involuntária ( ) 
Continuidade da parede abdominal: Normal ( ) Diástase ( ) 
Roteiro Pedagógico 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Semiologia do Abdome 
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Hernias: Umbilical ( ) Inguinal direta ( ) Inguinal indireta ( ) 
Femoral ( ) 
Eventração ( ) Localização: 
Pulsações ( ) Localização: 
 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
Visceras abdominais: 
Dor ( ) Localização: 
 
MANOBRAS ESPECIAIS 
Palpação bimanual para avaliar defesa localizada da parede 
abdominal: 
Manobra do rechaço: 
Manobra da descompressão súbita: 
Sinal de Blumberg ( ) 
Pesquisa do vascolejo: 
Sinal de Gersuny ( ) 
Sinal de piparote ( ) 
 
PALPAÇÃO DO FÍGADO 
Impalpável ( ) Palpável ( ) 
Hepatomegalia: Pequena ( ) Média ( ) Grande ( ) 
Borda hepática ( ) Espessura: Fina ( ) Romba ( ) 
Superfície: Lisa ( ) Irregular ( ) 
Consistência: Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada ( ) 
Sensibilidade: Indolor ( ) Dolorosa ( ) 
 
PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR 
Palpável: Sim ( ) Não ( ) Sinal de Murphy ( ) 
 
PALPAÇÃO DO BAÇO 
Impalpável ( ) Palpável ( ) 
Esplenomegalia 
 Magnitude: Pequena ( ) Média ( ) Grande ( ) 
 Sensibilidade: Indolor ( ) Dolorosa ( ) 
 
PALPAÇÃO DO CECO 
Palpável ( ) Indolor ( ) Doloroso ( ) 
Palpação do sigmoide 
Palpável ( ) Indolor ( ) Doloroso ( ) 
 
PERCUSSÃO 
Timpanismo ( ) Localização: 
Hipertimpanismo ( ) Localização: 
Submacicez ( ) Localização: 
Macicez ( ) Localização: 
 
PESQUISA DE ASCITE 
Forma e volume abdominal: Normal ( ) Globoso ( ) 
Cicatriz umbilical: Normal ( ) Plana ( ) Protrusa ( ) 
Sinal do piparote ( ) 
Pesquisa de macicez móvel: 
Pesquisa dos semicírculos de Skoda ( ) 
 
AUSCULTA 
Ruídos hidroaéreos: Presentes ( ) Ausentes ( ) 
Sopros: Presentes ( ) Ausentes ( ) 
 
MASSA ABDOMINAL 
Presente ( ) Ausente ( ) 
Localização: 
Dimensão: 
Contorno: 
Consistência: 
Mobilidade: 
Pulsações: 
Relação com órgãos abdominais: 
Relação com parede abdominal: 
Pele da região circunjacente: 
 
REGIÃO ANOPERINEAL 
Inspeção anal: 
Toque anorretal: 
Canal anal 
Tônus do esfíncter: 
Sensibilidade: 
Elasticidade: 
Tumorações: 
Reto:

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