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3 - Acidente de trabalho

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Segurança do Trabalho 
Disciplina: Acidente de Trabalho 
Pedagógico do Instituto Souza 
atendimento@institutosouza.com.br 
Modalidade de Curso 
Curso livre de Capacitação Profissional 
 
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1 - Conceito de Acidentes do Trabalho 
Define-se como acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que 
cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho. 
Consideram-se acidente do trabalho a doença profissional e a doença do trabalho. 
Equiparam-se também ao acidente do trabalho: o acidente ligado ao trabalho que, 
embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a 
ocorrência da lesão; certos acidentes sofridos pelo segurado no local e no horário de 
trabalho; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; e o acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto 
entre a residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa. 
Os principais conceitos tratados neste capítulo são apresentados a seguir: 
Acidentes com CAT Registrada – corresponde ao número de acidentes cuja 
Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT foi cadastrada no INSS. Não são 
contabilizados o reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de 
acidente do trabalho ou doença do trabalho, já comunicados anteriormente ao INSS; 
Acidentes sem CAT Registrada – corresponde ao número de acidentes cuja 
Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT não foi cadastrada no INSS. O 
acidente é identificado por meio de um dos possíveis nexos: Nexo Técnico 
Profissional/Trabalho, Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP ou Nexo 
Técnico por Doença Equiparada a Acidente do Trabalho. 
 
Esta identificação é feita pela nova forma de concessão de benefícios acidentários: 
1.1 - Acidentes Típicos – são os acidentes decorrentes da característica da 
atividade profissional desempenhada pelo acidentado; 
1.2 - Acidentes de Trajeto – são os acidentes ocorridos no trajeto entre a 
residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa; 
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1.3 - Acidentes Devidos à Doença do Trabalho – são os acidentes ocasionados 
por qualquer tipo de doença profissional peculiar a determinado ramo de atividade 
constante na tabela da Previdência Social; 
1.4 - Acidentes Liquidados – corresponde ao número de acidentes cujos processos 
foram encerrados administrativamente pelo INSS, depois de completado o 
tratamento e indenizadas as sequelas; 
1.5 - Assistência Médica – corresponde aos segurados que receberam apenas 
atendimentos médicos para sua recuperação para o exercício da atividade 
laborativa; 
1.6 - Incapacidade Temporária – compreende os segurados que ficaram 
temporariamente incapacitados para o exercício de sua atividade laborativa em 
função de acidente ou doenças do trabalho. Durante os primeiros 15 dias 
consecutivos ao do afastamento da atividade, caberá à empresa pagar ao segurado 
empregado o seu salário integral. Após este período, o segurado deverá ser 
encaminhado à perícia médica da Previdência Social para requerimento do auxílio-
doença acidentário – espécie 91. No caso de trabalhador avulso e segurado 
especial, o auxílio-doença acidentário é pago a partir da data do acidente. 
1.7 - Incapacidade Permanente – refere-se aos segurados que ficaram 
permanentemente incapacitados para o exercício laboral. A incapacidade 
permanente pode ser de dois tipos: parcial e total. Entende-se por incapacidade 
permanente parcial o fato do acidentado em exercício laboral, após o devido 
tratamento psicofísico-social, apresentar sequela definitiva que implique em redução 
da capacidade. Esta informação é captada a partir da concessão do benefício 
auxílio-acidente por acidente do trabalho, espécie 94. O outro tipo ocorre quando o 
acidentado em exercício laboral apresentar incapacidade permanente e total para o 
exercício de qualquer atividade laborativa. Esta informação é captada a partir da 
concessão do benefício aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho, 
espécie 92; 
1.8 - Óbitos – corresponde a quantidade de segurados que faleceram em função do 
acidente do trabalho; 
 
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2 - A nova sistemática de concessão de benefícios acidentários 
A partir de abril de 2007, o INSS instituiu uma nova sistemática de concessão de 
benefícios acidentários que teve impacto sobre a forma como são levantadas as 
estatísticas de acidentes do trabalho apresentadas nessa seção. Apresentamos a 
seguir uma breve explicação sobre os fundamentos, as alterações implementadas e 
suas implicações para as estatísticas de acidentes do trabalho. 
Em 2004, o Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS aprovou a Resolução 
no 1.236/2004 com uma metodologia para flexibilizar as alíquotas de contribuição 
destinadas ao financiamento do benefício aposentadoria especial e daqueles 
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente 
dos riscos ambientais do trabalho. Essa metodologia buscava fortalecer o tema 
“prevenção e proteção contra os riscos derivados dos ambientes do trabalho e 
aspectos relacionados à saúde do trabalhador”. 
A metodologia aprovada necessitava de uma fonte primária, que aliada à CAT, 
minimizasse a sub-notificação dos acidentes e das doenças do trabalho e a 
consequente bonificação para sonegadores de informação. Estudos aplicando 
fundamentos estatísticos e epidemiológicos, mediante o cruzamento dos dados de 
código da Classificação Internacional de Doenças – CID 10 e de código da 
Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE, permitira identificar forte 
associação entre diversas lesões, doenças, transtornos de saúde, distúrbios, 
disfunções ou a síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza 
clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência 
(formas que convencionou se denominar, no âmbito da Previdência Social “agravo”) 
e diversas atividades desenvolvidas pelo trabalhador. 
A partir da identificação das fortes associações entre agravo e atividade laboral foi 
possível construir uma matriz, com pares de associação de códigos da CNAE e da 
CID-10 que subsidia a análise da incapacidade laborativa pela medicina pericial do 
INSS: o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP. O NTEP surge, então, 
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como mais um instrumento auxiliar na análise e conclusão acerca da incapacidade 
laborativa pela perícia médica do INSS. 
A partir da implementação do NTEP a perícia médica passa a adotar três etapas 
sequenciais e hierarquizadas para a identificação e caracterização da natureza da 
incapacidade – se acidentária ou não-acidentária (previdenciária). As três etapas 
são: 
2.1 - Identificação de ocorrência de Nexo Técnico Profissional ou do Trabalho – 
NTP/T – verificação da existência da relação “agravo – exposição” ou “exposição – 
agravo” (Listas A e B do Anexo II do Decreto no 3.048/1999); 
2.2 - Identificação de ocorrência de Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – 
NTEP – averiguação do cruzamento do código da CNAE com o código da CID-10 e 
a presença na matriz do NTEP (publicada na Lista C do Anexo II do Decreto no 
3.048/1999); 
2.3 – Identificação de ocorrência de Nexo Técnico por Doença Equiparada a 
Acidente do Trabalho – NTDEAT – implica a análise individual do caso, mediante o 
cruzamento de todos os elementos levados ao conhecimento do médico-perito da 
situação geradora da incapacidade e a anamnese. 
A ocorrência de qualquer um dos três nexos implicará
na concessão de um benefício 
de natureza acidentária. Se não houver nenhum dos nexos, o benefício será 
classificado como previdenciário. 
Com a adoção dessa sistemática não é mais exigida a vinculação de uma CAT a um 
benefício para a caracterização deste como de natureza acidentária. Embora a 
entrega da CAT continue sendo uma obrigação legal, o fim da exigência para a 
concessão de benefícios acidentários implicou alterações nas estatísticas 
apresentadas nessa seção. Passou-se a ter um conjunto de benefícios acidentários, 
causados por acidentes do trabalho, para os quais não há CAT associada. Em 
função disso, nas tabelas que tratam de Acidentes Registrados foi incluída uma 
coluna adicional que traz informações sobre os benefícios acidentários concedidos 
pelo INSS para os quais não foram registradas CAT. O conjunto dos acidentes 
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registrados passou a ser, então, a soma dos acidentes informados por meio da CAT 
com o conjunto de acidentes ou doenças do trabalho que deram origem a benefícios 
acidentários para os quais não há uma CAT informada. 
Disponível em: 
http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/aeps-2010-anuario-estatistico-da-
previdencia-social-2010/secao-iv-acidentes-do-trabalho-texto/ 
 
3 - Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2013 
 
 
Tendo em vista as mudanças na metodologia de caracterização de acidentes de 
trabalho na concessão de benefícios previdenciários a partir de abril de 2007, 
entendem-se como acidentes do trabalho aqueles eventos que tiveram 
http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/aeps-2010-anuario-estatistico-da-previdencia-social-2010/secao-iv-acidentes-do-trabalho-texto/
http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/aeps-2010-anuario-estatistico-da-previdencia-social-2010/secao-iv-acidentes-do-trabalho-texto/
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Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT registrada no INSS e aqueles que, 
embora não tenham sido objeto de CAT, deram origem a benefício por incapacidade 
de natureza acidentária. As informações aqui apresentadas são do Sistema de 
Comunicação de Acidentes do Trabalho, com base nas Comunicações de Acidentes 
do Trabalho – CAT registradas nas Agências da Previdência Social ou pela Internet, 
bem como do Sistema Único de Benefícios – SUB, utilizado pelo INSS. 
Os principais conceitos tratados neste capítulo são apresentados a seguir: 
 
3.1 - Acidentes Com CAT Registrada – correspondem ao número de acidentes 
cuja Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT foi registrada no INSS. Não é 
contabilizado o reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de 
acidente do trabalho ou doença do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; 
3.2 - Acidentes Sem CAT Registrada – correspondem ao número de acidentes 
cuja Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT não foi registrada no INSS. O 
acidente é identificado por meio de um dos possíveis nexos: Nexo Técnico 
Profissional/Trabalho, Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP ou Nexo 
Técnico por Doença Equiparada a Acidente do Trabalho. Esta identificação é feita 
pela nova forma de concessão de benefícios acidentários; 
3.3 - Acidentes Típicos – são os acidentes decorrentes da característica da 
atividade profissional desempenhada pelo segurado acidentado. Esse dado somente 
está disponível para acidentes que foram registrados por meio da CAT. 
3.4 - Acidentes de Trajeto – são os acidentes ocorridos no trajeto entre a 
residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa. Esse dado somente está 
disponível para acidentes que foram registrados por meio da CAT. 
3.5 - Doença do trabalho – são as doenças profissionais, aquelas produzidas ou 
desencadeadas pelo exercício do trabalho peculiar a determinado ramo de atividade, 
conforme disposto no Anexo II do Regulamento da Previdência Social – RPS, 
aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999; e as doenças do trabalho, 
aquelas adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o 
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Esse dado somente está 
disponível para acidentes que foram registrados por meio da CAT. 
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 Os dados de acidentes do trabalho com CAT registrada são provenientes das 
comunicações entregues ao INSS. A empresa deve comunicar o acidente do 
trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, 
até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à 
autoridade competente, sob pena de multa variável entre os valores mínimo e 
máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, 
aplicada e cobrada na forma do artigo 286 do Regulamento da Previdência Social – 
RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999. 
A CAT é apresentada em três tipos, a saber: tipo 1 – Inicial, 2 – Reabertura e 3 – 
Óbito. Assim, uma CAT é considerada “Inicial” quando corresponder ao registro do 
evento acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do 
trabalho; é considerada “Reabertura” a correspondente ao reinício de tratamento ou 
afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença 
profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; e “Comunicação 
de Óbito” a correspondente a falecimento decorrente de acidente ou doença 
profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. As CAT de 
reabertura e de comunicação de óbito vinculam-se, sempre, as CAT iniciais, a fim de 
evitar-se a duplicação na captação das informações relativas aos registros. 
A contabilização dos registros de CAT é feita considerando-se a data da ocorrência 
do acidente. No caso de doença profissional ou do trabalho, é considerada a data do 
início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em 
que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
Tabulações posteriores podem gerar números diferentes, no caso de registros de 
acidentes serem realizados em datas posteriores aos seus fatos geradores tendo, 
consequentemente, referência temporal associada a anos anteriores. Dessa forma, 
a cada edição do AEAT são republicados dados referentes ao ano imediatamente 
anterior, neste caso os de 2011. 
Os dados de acidentes sem CAT registrada são obtidos pelo levantamento da 
diferença entre o conjunto de benefícios acidentários concedidos pelo INSS com 
data de acidente no ano civil e o conjunto de benefícios acidentários concedidos 
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com CAT vinculada, referente ao mesmo ano. Os dados de caracterização do 
acidentado são obtidos do Sistema Único de Benefícios – SUB. 
São apresentadas informações sobre a quantidade de acidentes do trabalho, para 
os anos de 2011 a 2013, segundo: a) situação do registro, motivo do acidente e 
CNAE para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação; b) situação do 
registro, motivo do acidente e grupos de idade e sexo para o Brasil e Unidades da 
Federação; e, c) situação do registro, dados mensais por motivo do acidente para o 
Brasil e Unidades da Federação. Deve ser observado que para os acidentes do 
trabalho sem CAT, não é possível fazer a classificação por tipo de acidente, uma vez 
que a metodologia utilizada pelo INSS não permite esse grau de detalhamento. 
Cabe ressaltar que os dados relativos ao ano de 2013 são preliminares, ou seja, 
tabulações posteriores podem gerar números diferentes, uma vez que algumas CAT 
poderão ser registradas posteriormente à data da leitura inicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
Ministério do Trabalho e Emprego (2008). «Inspeção do Trabalho Segurança e Saúde no Trabalho - 
Normas regulamentadoras». Ministério do Trabalho e Emprego. Consultado em 20 de maio de 2010. 
NOGUEIRA, D. P. (1987). Prevention of accidents and injuries in Brazil. Ergonomics v.30, n.2 [S.l.] 
pp. p. 387–393. 
Peixoto, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial : segurança do trabalho. – 3. ed. 
– Santa Maria : Universidade Federal de Santa Maria : Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 
2011. 128 p. : il. 
«Pesquisa publicada no portal A Crítica». Consultado em 22 de agosto de 2016. 
Lida, Itiro (2005). Ergonomia: projeto e produção. (São Paulo: Edgard Blücher). p. 422. 
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm - NR. 5 – Ministério do Trabalho 
 
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6.htm - NR.6 – Ministério do Trabalho 
 
 
 
 
 
http://www.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp
http://www.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp
http://www.acritica.net/editorias/economia/empresas-tem-retorno-ao-investir-em-saude-e-seguranca-no-trabalho-diz/169403/
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6.htm

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