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Função Hepática Anatomia do Fígado Maior órgão do corpo humano (1,5kg) Localizado abaixo do diafragma, no quadrante superior direito do abdômen Suprimento sanguíneo duplo • Veia porta: sangue oriundo do baço e TGI • Artéria hepática: sangue rico em O2 oriundo da circulação central hepática Drenagem venosa (veias hepáticas direita e esquerda) • Veia cava inferior Funções Bioquímicas do Fígado Metabólica Lipídios, glicose, amônia, fármacos, sais biliares Detoxificação – xenobióticos, amônia Excretora Eliminação de substâncias do corpo, por ex., bilirrubina Sintética Albumina, outras proteínas plasmáticas e fatores da coagulação Síntese de lipídeos e lipoproteínas Angiotensinogênio, trombopoetina e IGF-1 Função Metabólica Metabolismo de fármacos, hormônios e ânions orgânicos Ácidos biliares Formam a bile (600 a 1000 ml/dia) – sintetizados a partir do colesterol São conjugados com glicina e taurina (cisteína), formando os sais biliares A quantidade de ácidos biliares pode indicar disfunções hepáticas, mas são pouco utilizados na clínica Bilirrubina Síntese de Proteínas Disfunções hepáticas Manifestações clínicas da doença hepática Icterícia: depósito de bilirrubina na pele, mucosas e esclera – pré ou pós-hepática Hipertensão portal: obstrução ao fluxo sanguíneo em qualquer ponto da circulação porta Sangramento das varizes esofágicas Ascite → acúmulo de líquidos no peritônio Síndrome hepatorrenal ( função renal → doença hepática) Distúrbios da hemostasia: alterações nos fatores de coagulação produção de fatores de coagulação CID (coagulação intravascular disseminada) – liberação de tromboplastina tecidual Doenças hepáticas Hepatites agudas Lesão aguda do hepatócito Hepatite viral aguda: 5 vírus (A. B, C, D, E), citomegalovírus e herpes simples Hepatite A → contaminação da água ou dos alimentos Hepatite B → transmitido por secreções corporais – sexuais ou parenterais Hepatite C → transmitido através do plasma – risco (drogas injetáveis ou transfusão sanguínea) Hepatite alcoólica aguda: doença febril aguda, leucocitose e [ ] de proteínas de fase aguda Hepatite tóxica: lesão direta do hepatócito por toxinas ou metabólitos tóxicos Relacionada a dose do agente ingerido Ex: paracetamol (analgésico amplamente utilizado) Hepatite isquêmica: hipoperfusão hepática Síndrome de Reye: encefalopatia aguda (disfunções neuropsiquiátricas) combinada com degeneração gordurosa dos órgãos Associada ao uso de aspirina em infecções virais (porém, com as campanhas para não uso de aspirina em crianças febris, a doença se tornou rara) Hepatites crônicas Lesão inflamatória persistente que atinge os hepatócitos (+ de 6 meses) Atividade necro-inflamatória Fibrose (relacionada com risco de progressão para cirrose) Hepatite B crônica: definida como a persistência do antígeno HBsAg Hepatite C crônica: substitui a infecção aguda mais comumente que o HBV Esteatose hepática não-alcoólica (NASH): doença associada à gordura e inflamação no fígado em pacientes que não ingerem álcool Hepatite auto-imune: hepatite de progressão rápida Doenças hereditárias: hemocromatose, deficiência e doença de Wilson Doença hepática alcoólica Fatores de risco incluem: duração e magnitude do abuso, sexo, presença de uma co-infecção e o estado nutricional Cirrose: fibrose difusa com regeneração nodular, representa o estágio final da formação de cicatriz e regeneração da lesão hepática crônica Aumento da produção de colágeno Comprometimento da circulação sanguínea Grande diminuição das funções dos hepatócitos Relação AST/ALT muito elevada Doenças hepáticas colestáticas Colestase Bloqueio ou supressão do fluxo da bile, retendo-a dentro do sistema excretor Classificada como extra- ou intra-hepática Obstrução física dos ductos biliares: causam má absorção dos lipídios e das vitaminas lipossolúveis (Vit. K) Cirrose biliar primária: distúrbio auto-imune que acomete ductos biliares intra-hepáticos Colangite esclerosante primária: doença inflamatória que afeta comumente os ductos biliares extra-hepáticos Cálculos biliares: formação sólida na vesícula biliar, compostos por colesterol e sais biliares Tumores hepáticos Carcinoma hepatocelular Quinto tipo de câncer mais comum no mundo Cirrose presente na maioria dos casos Principal fator de risco: infecção por vírus da hepatite B ou C Diagnóstico laboratorial da função hepática é inespecífico, sendo necessária a avaliação de um marcador tumoral associados a exames de imagem Hepatograma É o conjunto de dosagens laboratoriais para avaliação da função hepática Avaliação das enzimas hepáticas Albumina Bilirrubinas Coagulação Diagnóstico laboratorial Enzimas liberadas por lesão hepática O padrão e grau da elevação da atividade enzimática variam com o tipo da doença hepática: Especificidade tecidual Distribuição dentro da célula Perfil da atividade da enzima no fígado e no plasma Padrões de liberação Velocidade (tempo) de remoção do plasma Enzimas Citoplasmáticas Aspartato aminotransferase (TGO/AST) Coração, fígado, músculo esquelético e rim (citoplasmática e mitocondrial) Alanina aminotransferase (TGP/ALT) Fígado e rim (citoplasmática) Membranas Fosfatase alcalina (FA/ALP) Fígado, rins e ossos -glutamil transferase (GGT) Túbulo renal proximal, fígado, pâncreas, intestino ❖ AST Aspartato aminotransferase (AST ou Transaminase Oxalacética (TGO) Dosagem: ❖ ALT Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase Pirúvica (TGP) Dosagem: ❖ GGT -glutamil transferase ❖ FA Fosfatase alcalina (hidrolise alcalina de grupamento fosfato) Método do p-nitrofenol Albumina plasmática Diminuída na lesão hepática Não é específica Também pode estar diminuída em: Distúrbios inflamatórios Desnutrição Síndrome nefrótica Útil na avaliação da cronicidade e gravidade da lesão hepática Método colorimétrico (verde de bromocresol) Eletroforese de proteínas Bilirrubina plasmática Correlação modesta com lesão hepática Útil na icterícia do neonato Medidas seriadas auxiliam na avaliação da gravidade da doença hepática aguda e crônica Tempo de protrombina (fator II – TAP) Medidas seriadas são usadas para determinar a função da síntese hepática Mais confiáveis que a albumina Marcador mais importante da hepatite aguda Primeiro a sofrer alteração quando a hepatite crônica evolui para cirrose Testes da função hepática anormal Diagnóstico específico para cada doença
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