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Nutrição Clínica nas Hepatopatias Nelzir Trindade Reis (nelzirtreis@gmail.com) 2017.1 Cópia autorizada, mencionando a fonte Fígado • Órgão mole e avermelhado • Maior órgão do corpo humano (1200 a 1500g) • superfícies – diafragmática – visceral • movimentado com a respiração • deslocado de posição com alt. postural que afete o diafragma • irrigação – artéria hepática – veia porta • drenagem linfática: ducto torácico • Desempenha importantes funções • Hepatócito – núcleo central com 1 ou 2 nucléolos – organela mais evidente: retículo endoplasmático • liso • granular Fígado • R.E. granular – participa gliconeogênese – síntese de várias proteínas plasmáticas (albumina, fibrinogênio, transferrina e outras), do TG e das lioproteínas • R.E. Liso – síntese de glicogênio e do colesterol – processo de conjugação (ligação de vários compostos aos radicais sulfato e glucuronato) impt. nos processos de metabolização ou inativação e desintoxicação de vários componentes do organismo Anatomofisiologia do fígado • Unidade funcional: Lóbulo hepático • Fígado humano: 50.000 a 100.000 lóbulos • Lóbulo: – construído em torno da veia central que deságua nas veias hepáticas e, a seguir, na veia cava Fisiologia hepática • Funções básicas: – funções vasculares para armazenamento e filtração do sangue – funções metabólicas – funções secretoras e excretoras, responsáveis pela formação da bile. • Pluralidade funcional - controle produção de energia. – metabolismo e armazenamento dos macronutrientes – armazenamento de vitaminas e minerais – captação, metabolização e excreção de compostos endógenos e exógenos circulantes – defesa imunológica – reserva sangüínea – síntese de proteínas – coagulação sangüínea – degradação hormonal, – síntese de lipoproteínas – síntese da Bile • Metabolismo dos Glicídios – manutenção glicemia (glicogênio hepático - tamponamento da glicose ) - conversão da galactose e da frutose em glicose – principal sede gliconeogênese – glicogênese – glicogenólise – formação de vários compostos a partir dos produtos intermediários do metabolismo dos glicídios - shunt das pentoses (produção de energia; biossíntese dos nucleotídeos e ác. nucléicos) – podução do ác. pirúvico (elo ligação ) Metabolismo dos Protídios Desaminação dos aa Síntese da uréia para remoção da amônia dos líquidos corporais ( amônia é tóxica e não é metabolizada pelos tecidos) Síntese dos aa não essenciais Síntese de todas proteínas plasmáticas (exceto g- globulina): Albumina, globulinas, transferrinas, fibrinogênio, e outras. • Metabolismo dos lipídios – lipídios absorvidos entericamente como QM via linfa --- lipase lipoproteíca (superfície endotelial vasos sangüíneos) hidrolisa TG nos QM --- libera AG e glicerol para o tecido adiposo -- origina remanescentes dos QM. – Síntese lipoproteínas • Hepatócito- sintetiza VLDL convertidas LDL, IDL e HDL (carreadores de TG e colesterol para os tecidos). – Síntese corpos cetônicos • AG (oxidação) libera acetil coA -- forma acetoacetato -- convertido em -hidroxibutirato e acetona (corpos cetônicos) - liberados pelo hepatócito - carreados para os tecidos - sofrem metabolização – Síntese Colesterol e fosfolipídios – Síntese BILE • Principal agente da função digestiva hepática • composição: ácidos biliares; colesterol; lecitina; e pigmentos biliares • Metabolismo dos Vitaminas e Minerais – Armazenamento de Fe ( sob a forma de ferritina) - o hepatócito contém apoferritinas(ptn) que se combinam com o ferro ( sistema apoferritina - ferritina do fígado - tampão sanguíneo do ferro ) – Armazenamento de vit. A - 10meses, D- 3 a 4 meses. e por 12 meses a B12. – Vit. K - imp. No processo metabólico do fígado para a formação da protrombina e dos fatores de coagulação - VII, IX, X • Hormônios – inativa e excreta esteróides • cortisol (glicocorticóide principal) convertido à tetraidrocortisol inativo e posteriormente conjugado com ácido glicurônico- excretado pela urina. – Degradação e excreção • epinefrina e norepinefrina (inativada monoaminoxidase) e metilada (catecol- O- metiltransferase) - enzimas abundantes no fígado Coagulação Sangüínea Fígado sintetiza substâncias usadas na coagulação (fibrinogênio, protrombina, globulina aceleradora, fator VII). Vitamina K impt. no processo metabólico do fígado para a formação da protrombina e dos fatores VII, IX, X. Remoção ou Excreção de medicamentos, hormônios e outras substâncias. Fígado detoxica ou excreta pela bile medicamentos (sulfonamidas, penicilina, ampicilina e eritromicina) Altera e excreta hormônios (tiroxina, esteróides) Esteróides: estrogênio, cortisol, aldosterona, etc. Lesão Hepática acúmulo excessivo dos hormônios METABOLISMO DA BILIRRUBINA (BR): Hemoglobina (Hb) : principal fonte de BR (70-80%). Catabolismo Hb: origina BR, Fe e globina HEME Biliverdina Bilirrubina BR: transportada ligada ALBUMINA (mantem comp. intravascular) NTReis Fígado: BR dissocia-se da albumina conjuga-se com ác. glicurônico (melhor polaridade). Torna-se hidrossolúvel, melhor excreção pela Bile e filtração pelos glomérulos Processos anatomopatológicos do fígado • Inflamação • Degeneração dos lipídios • Cirrose • Necrose • Desnutrição • Alcoolismo Fatores complicantes e/ou etiológicos Desnutrição Alcoolismo Patologias mais freqüentes Hepatite vírus B e C Hepatite auto-imune Hepatite alcoólica Doença Wilson Hemocromatose Cirrose biliar primária Colangite esclerosante Objetivos da dieta nas hepatopatias Proteger o fígado dos estados mórbidos Recuperar o estado nutricional do paciente Permitir ao órgão lesado funcionar com maior eficácia e suficiência possíveis • Fatores que limitam a alimentação • ascite, edema, diarréia com ou sem esteatorréia, N/V, abstinência alcoólica, hemorragia, encefalopatia, alt. de palatabilidade, ex. rotineiros e tratamento Desnutrição Desc. Abdominal Náuseas vômitos Anorexia Ascite HDA Restrição dietética Alt. Metab. Macronut. Álcool Ingestão inadequada Hepatite Inflamação do hepatócito processo onde se associam a necrose e necrobiose hepatocitária com infiltração de elementos inflamatórios Hepatite Tipos : aguda , crônica persis- tente e crônica ativa Manifestação : assintomática, progressiva e fatal Etiologia : - virus - parasita - bactéria -medicamen- to Hepatite viral Período de incubação Replicação viral máxima Necrose dos Modificações das Sintomas e/ou hepatócitos c/ provas de função sinais de resposta inflama- hepática lesões hepáticas tória associada ETIOLOGIA: HVA HVB HVC HVD HVE Transmissão Fecal-oral Sangue/s exual = HVB ( sexual) = HVB (precisa HVB) = HVA Período Inc. 2 - 6 sem. 4 sem. –6 m. 4 sem. – 6 m 5 - 10 sem 2 - 9 sem. Períodode infecciosidade 2-3 sem. final incubação Durante positivi- dade Durante positividad e = HVA Necrose hep. Maciça Rara incomum Sim Incomum Sim Estado de portador Não Sim Sim Sim Não Hepatite crônica Não Sim Sim Sim Não Profilaxia Higiene vacina (vírus inativado) IgM Ig HVB vacina Higiene Higiene Ig? Higiene Med. sanit. CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES CAUSAIS COMUNS HVD Co – infecção: simultânea HVB Super – infecção: indivíduos já portadores HVB crônica HVE Mato Grosso Isolado Brasil Formas fulminantes em gestantes Quadro clínico: Início tipo gripal, quedo do estado geral, anorexia, náuseas, vômitos, febre, mal-estar, dor HD; 2º e 3º dias Hepatomegalia + Icterícia Quadro Laboratorial: BR total; BR conjugada; VHS; F. alcalina; transaminases;albumina biópsia necrose hepatocelular infiltrado mononucl. ; aumento ALT/AST F. AGUDA VÍRUS HEPATITE G (VHG) •Isolado África em 1995 •Pequena freqüência Brasil •Pouca agressividade hepática •Pode cronificar (pac. assintomáticos) •Co-infecção VHB e VHC •Transmissão: parenteral (transplante, transfusão, transm. vertical) •Dúvidas; ?? será alt. auto-imune ?? VÍRUS Na – G •Grande freqüência necessita estudos Prevenção •Vacina VHB: OMS – Vacinação de todos RN a partir de 1997. Áreas Endêmicas: Norte e Sul •Campanha Educativa: Eslarecer risco contágio (manicure; barbeiro; dentista; sexo e outros). Vírus A: Prevenção: melhorar condições higiênicas – sanitárias vacina com vírus inativo A (dose única com reforço) Predomínio: criança entre 5 e 9 anos e maior de 15 anos Adulto pode ser: bifásica: 10% casos (melhora depois retorna) prolongada: 10-15%: TGO, TGP por 1 ano HEPATITE CRÔNICA Processo inflamatório e necrótico hepático (± 6m) Classificação •Persistente: expansão da zona porta + alguma fibrose. Não há necrose focal do fígado •Ativa ou agressiva: presença infiltrado inflamatório necrose focal + tecido fibroso entre células hepáticas Hepatite Crônica Persistente ETIOLOGIA: desconhecida (HVB; álcool; S.Mansoni; infecção Salmonella; E. histolytica) QUADRO CLÍNICO: assintomático; astenia, anorexia, intolerância ao lipídeo e ao álcool; desconforto abdominal; hepatomegalia leve. LABORATÓRIO: BRN ou ; AST e ALT ; F. Alc N Hepatite Crônica Ativa: VHC e álcool fadiga intensa; icterícia; anorexia; prognóstico ruim com evolução para cirrose BR; AST e ALT ; F. Alc.; Iq G VHB 95% prognóstico favorável 5% port. crônico VHB 1/3 evolui Hepatite crônica ativa 2/3 assintomática depois HCA cirrose carcinoma hepático VHC – evolução lenta – forma cirrose descomp. aparece 10 – 20 anos (com uso álcool) ou 25 – 30 anos. – 85 % pac. ficam crônicos cirrose carcinoma – vírus “escape imunológico” mutações sucessivas inviabiliza a vacina. cirrose TRATAMENTO REQUER 2 ESTÁGIOS 1º) Induzir resp. terapêutica (desaparecimento do genoma viral e normalização aminotransferase): uso do interferon (efeito imuno – modulador e anti – viral direto) – sucesso 20% pac. 2º) Manutenção da resposta terapêutica HEPATITE C Pós – transfusional Dependentes em drogas injetáveis Indivíduo hemodiálise Hemofílicos e outros com tratamento com sangue e derivados Positividade para anti – VHC semanas ou meses após a infecção inicial Evolução lenta 30% dos casos de hepatite crônica cirrose 50 a 80% hepatite crônica Vírus C identificado e clonado em 1989 causador da hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular 1993 MS 36092 indivíduos investigados 532 positivos para anti – VHC (1,5% de todo o grupo) Região Sudeste 285 (3,2%) Região Sul (4,5%) RJ 1993 obrigatória pesquisa de anti – VHC Histopatologia hepatite – esteatose – cirrose Quadro Clínico fadiga, N/V, icterícia, hipoalbuminemia, aminotransferases alteradas, TAP , gama – glutamil - transpeptidase Tratamento interferon, ribavirina Alterações metabólicas na Hepatite Crônica Glicídio – intolerância glicose Hiperglicemia GERepouso pode ser aumentado ou N Lipídios - Diminuição neoglic. Hepática aumento lipólise hepática e periférica; Hiperlipemia; esteatose hepática Protídios – diminuição síntese de P plasmáticas; aumento da liberação aa tec.; oxidação musc.; diminuição função hepática; diminuição ciclo uréia Tratamento da hepatite Aguda - Sintomatologia grave – repouso; N/V - soro glicosado a 10% Evitar exercícios físicos exagerados e bebidas alcoólicas Dieta líquida liberada gradativamente de acordo com a tolerância do paciente , com VET e PN - ANP, priorizando AAs ramificados. Na presença de pré-coma suspender as PAVBs e reintroduzir progressivamente, de acordo com a melhora clínica. Crônica - atividade adaptada a cada caso, drogas- corticosteróides e imunossupressores (ativa) e tranquilizantes SOS (persistente) Dieta c/controle de proteínas e R/A ( encefalopatia - hipoprotídica ) , de lipídios, álcool proibido e outras características - ANP Cirrose • Doença crônica e difusa do parênquima hepático, caracterizada por alterações na sua estrutura, presença de fibrose, necrose hepatocelular e nódulos de regeneração. Pode ser mista, macro e micronodular. • Etiologia : hepatite, álcool, má nutrição, auto- imunidade, obstrução biliar e drogas • Quadro clínico : assintomático ou com sintomas de acordo com a fase ( anorexia, N/V, dor abdominal, dispepsia e flatulência, ascite, derrame pleural, edema de MsIs, lesões purpúricas, aranhas vasculares,circulação colateral, eritema palmar, glossite e queilite, constipação, anormalidades menstruais, perda libido e esterilidade,ginecomastia dolorida e atrofia testicular, estado pré - comatoso e encefalopatia , etc. - A composição química da cicatriz é similar em qq. etiologia e consiste na molécula de matriz extracelular, colágeno tipo I e II, proteglicans e glicoproteínas. - Atualmente a deposição de moléculas de matriz no espaço subendotelial de Disse (capilarização do sinusóide) é o fato que mais se correlaciona com disfunção hepática. EPIDEMIOLOGIA: - Cirrose e Dç Hepática Crônica + de 25.000 mortes e 373.000 hospitalizações em 1998 nos EUA. - 40% são assintomáticos (exs. de rotina ou autopsias). - Prevalência de 360/100.000 hab. - Maior causa: dç. hepática alcoólica ou dç. viral. Causas mais comuns • As duas causas mais comuns de cirrose nos EUA são álcool e vírus C. • A proporção de pcs. com cirrose sem causa definida está diminuindo 1960: 1/3 criptogênica / 10 a 15% hoje. CIRROSE PÓS-VIRAL HBV e HCV são as principais causas de cirrose no Ocidente, Ásia e África. O desenvolvimento de cirrose em pcs. com infecção crônica por HBV ou HCV é incidioso. Ex: HCV 30a. Idade avançada, sexo masc., HIV, álcool; outras infecções virais fat. de riscos para abreviar as lesões. CIRROSE BILIAR Refere-se a fibrose nodular por obstrução biliar intra ou extra-hepática. • Cirrose Biliar Primária - Dç. inflamatória dos ductos biliares intra- hepáticos. - Fem. > masc. (10:1). - Associado a outras doenças auto-imunes. - Assintomáticos,fadiga, prurido, hiperpigmentação sem icterícia. •Cirrose Biliar Secundária - Dç. biliar obstrutiva crônica > que 6 meses. . Colangite Esclerosante maior causa de colestase intra-hepática; > masc.; associado a DII; colangiocarcinoma; diagóstico por CPER. . Fibrose Cística . Colestase Extra-hepática colédoco litíase, pancreatite crônica, esteatose cicatricial. Cirrose alcoólica Fígado Bilirrubina Hemoglobina Hemólise Hiperbilirrubinemia Dano aos ductos biliares Ictericia Pressão do plexo esofágico Fluxo sanguíneo portal é desviado através das veias coronárias do estômago, para o plexo venoso esofágico sub mucoso e sub epitelial indo para as veias ázigos e, para circulação sistêmica. Vasos dilatados e tortuosos Varizes esofagianas Quebra barreira mucosa intestinal Translocação bacteriana por: Alteração da flora intestinal Alteração da permeabilidade da mucosa intestinal Defesa do hospedeiro Passagem de bactérias não-patogênicas que colonizam o trato gastrointestinal pela parede intestinal Infecção dos sítios distantes: como nódulos linfáticos, baço e fígado Incapacidade do fígado de remover as bactérias da circulação sanguínea, pois as anastomoses portossistêmicas intra e extra-hepáticas, permitem que as bactérias realizem curto-circuito, fugindo da captação sistema retículo-endotelial da bacteremia Infecção urinária hemorragia Insuficiência renal Hepatite Necrose hepatocelular; Inflamção; Corpos de Mallory; Alteração gordurosa Fígado normal Exposição moderada ao álcool Cirrose Fibrose; Nódulos hiperplásicos Exposição grave ao álcool Esteatose Alteração gordurosa Fibrose perivenular Exposição crônica Hipertensão arterial sistêmica Hipertensão portal Mal-estar; Fraqueza; Anemia Perda de peso e de apetite Ascite e Edema periférico Hiperbilirrubinemia Aminotranferase sérica Variável da fosfatase alcalina sérica Hipoproteinemia (globulina, albumina e fatores de coagulação) Coma Hepático Hemorragia Gastrointestinal Maciça Infecção intercorrentes Síndrome hepatorrenal (após o surto de hepatite alcóolica) Carcinoma hepatocelular (3 a 6% dos casos) Óbito -ACHADOS FÍSICOS: . Aranhas vasculares . Eritema palmar . Mudanças na unha .Osteoartropatia hipertrófica . Contratura dupuytrens . Ginecomastia . Atrofia testícular Achados Físicos Paciente muito ictérico. A icterícia é percebida quando a Bilirrubina se encontra em torno de 3,0 mg%. Este paciente cirrótico e com hepatite alcoólica apresentava Bilirrubina Total de 27 mg% ! http://medicina.ccs.univali.br http://medicina.ccs.univali.br Cirrose • Episódios repetitivos de necrose hepática • Formação de tecido fibroso • Desorganização da estrutura dos lóbulos hepáticos • Compressão do fluxo de sangue através da linfa • Aumento da pressão hepática • Pressão da veia porta • Hipertensão portal • Formação de canais colaterais para desviar o fluxo sanguíneo • Varizes ( esofagianas e estomacais) • Hemorragia -- óbito Seqüelas - Hipertensão Portal É um sistema de baixa pressão (< 10mmHg), responsável pela drenagem das vísceras intraperitoneais (TGI, baço, vesícula, pâncreas). Sinusoidal. Desenvolvimento de vasos colaterais portossistêmicos: Cabeça de medusa (“shunt” de veias umbilicais). Varizes de fundo gástrico e de esôfago - Hemorragia – 1/3 das mortes; 30 a 50% de mortalidade em cada episódio. Sequelas maiores da cirrose - Hipertensão Portal - Varizes esofagianas Esplenomegalia -Disfunção Hepatocelular “Fetor Hepaticus” dimetilsulfida. Encefalopatia: . Desordem neuropsiquiátrica, com mudanças na personalidade, cognição, do nível de consciência. . do nitrogênio hepático. . “ Flapping”. -Síndrome Hepatorenal Falência renal funcional (sem lesão intrínseca renal). Ascite sempre presente. Não necessita de fatores precipitantes. Associado a um pior prognóstico (95% de morte em poucas semanas). Hipoperfusão renal causada por vasodilatação esplânica (peptídeos vasodilatadores). -Síndrome Hepatopulmonar Hipoxemia que ocorre associada a doença hepática avançada, na ausência de doença cardiopulmonar intrínseca. “Shunt” intrapulmonar. Genéticas • Hemocromatose - Mais comum. - História familiar de cirrose. - Hiperpigmentação da pele. - DM, pseudogota, cardiomiopatia. • Dç. Wilson - Desordem autossômica recessiva. - Hist. familiar de dç. hepática fulminante < 45a. • Deficiência de 1- Antitripsina - Cirrose em crianças e 10 a 15% de adultos Exames a serem solicitados Sangue: hemograma , plaquetas, glicose, uréia, creatinina, sódio, potássio, bilirrubinas, ALT, AST, gama GT, fosfatase alcalina, hormônios tireiodeanos, marcadores virais, eletroforese de proteínas, dosagem de imunoglobulinas, alfa-feto proteína, pesquisa de crioglobulinas, ferro, ferritina, TIBC, FAN, AML, anti-LKM, anti-mitocôndria, 1 anti-tripsina e ceruloplasmina. Urina: EAS , sódio e potássio/ urina de 24 horas, proteinúria. DadosClínicos INSUFICIÊNCIA HEPATOCELULAR albumina TAP alargado Ascite Encefalopatia Coagulopatia Icterícia HIPERTENSÃO PORTAL Esplenomegalia Varizes esofageanas Gastropatia congestiva Hemorróidas Circulação colateral Avaliação Nutricional • História dietética e de consumo de bebidas alcoólicas e drogas • Avaliação antropométrica • Avaliação bioquímica e imunológica • Avaliação clínico-nutricional • Guia para avaliação de peso líquido Ascite Edema • mín. - 2,2Kg leve - 1,0Kg • mod. - 6,0Kg mod. - 5,0Kg • severa-14,0Kg severo- 10,0Kg • fonte: James ( 1989 ) I - PACIENTE CLINICAMENTE COMPENSADO: Evitar agentes hepatotóxicos, principalmente álcool e drogas. Vacinar os pacientes com sorologias negativas para hepatite A e B quando negativos. Vigilância para complicações. II - PACIENTE CLINICAMENTE DESCOMPENSADO: Restrição de sódio. Restrição de água na hiponatremia dilucional. Uso de diuréticos ( aldactone, furosemida, tiazídicos). Tratamento da encefalopatia. Dieta com aminoácidos de cadeia ramificada. ESPECÍFICO: Vírus B - anti-virais (lamivudina). Vírus C - interferon- / ribavirina. Hemocromatose - sangria, desferroxamina. Cirrose biliar 1ª - ácido ursodesoxicólico. Doença auto-imune - corticóide e imunossupressor. Transplante hepático. Conduta nutricional Tratamento • Problemas especiais : • Ascite e edema - diurético, paracentese de alívio, albumina e outras drogas SOS, dieta N/hprot. ( R/A ), hNa, hhíhrica (BH),frac. aumentado e vol. diminuído, restante ANP • Pré-coma- diurético, antibióti-co, fenobarbital sódico e outras drogas SOS, paracentese de alívio, dieta h/Nprot. ( R/A , HK, hNa, BH, restante ANP • Coma - parenteral Referências Bibliográficas • CUPPARI, L. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina – Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2005. • REIS,N.T. & COPLE, C.S., Nutrição clínica – alcoolismo – RJ, Rubio, 2004 • REIS, N.T.., Aperfeiçoamento em Nutrição Clínica – apostila III, CFN,BSB,1991 • SHILS, OLSON & SHIKE. Modern nutrition in health and disease, 9th ed., Philadelphia: Lea & Febiger, 2010. WINTROBE, M. HARRISON: Medicina Interna. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, 2011.
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