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Etapas Processo Digestório

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1 Marielle Cristina Luciano – Fisioterapia UFSCar 
Etapas processos digestórios 
➥ Mastigação: boca 
➥ Deglutição: esôfago 
 
Processos digestórios: responsáveis em transformar macro-
nutrientes em moléculas menores para serem absorvidas. Macro-
nutrientes na sua forma natural são inúteis. Essa transformação é 
resultado de reações físicas e químicas que ocorrem no alimento no 
TGI. Sendo: 
➥ Físicas: motilidade: mastigação, deglutição e movimentos 
peristálticos. 
➥ Químicas: principalmente a hidrólise que transformar 
macro-nutrientes em moléculas menores. Sendo a hidrólise a 
adição de H20, que quebra macro-nutrientes. 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira Etapa do processo digestório 
➥ Mastigação: Inicia na boca, é um mecanismo mecânico, no 
qual os dentes trituram os alimentos, para reduzir em menores 
partículas, umidificar e aumentar superfície, para que as 
enzimas digestivas atuem, principalmente em frutas e vegetais 
que são revestidos de celulose. Também para evitar 
escoriações no TGI, principalmente no esôfago. Além de facilitar 
transporte para o estômago. Existe na saliva a amilase salivar 
ou ptialina, que decompõe parte do amido, transformando-o em 
uma molécula mais simples e iniciando, assim, parte da digestão 
química na boca. O processo de mastigação é controlado pelos 
músculos da mastigação (inervados pelo V par craniano – 
tronco encefálico). O reflexo de mastigação é ativado pela 
presença do alimento na boca. Primeiro é inibido a musculatura 
da mastigação para abrir a mandíbula. A abertura da mandíbula 
estira os músculos da mastigação, leva a contração reflexa, e 
então ocorre o fechamento da boca e cerramento dentes, 
comprimindo o bolo alimentar, desencadeando outra inibição da 
musculatura mandibular – abertura ... 
➥ Deglutição: Após a mastigação, o bolo alimentar será 
deglutido, conduzido ao estômago pelo esôfago por meio dos 
movimentos peristálticos. Dividido 3 fases: 
➥ Oral: inicial, a partir da formação bolo alimentar. 
Movimento voluntário. O bolo alimentar é empurrado 
(propulsão) pela língua, comprime o palato mole (região 
posterior cavidade bucal) e entra fase faríngea... 
➥ Faríngea: fase involuntária (reflexa). O bolo alimentar 
estimula receptores somatossensoriais (áreas epiteliais da 
deglutição – região posterior cavidade oral e ao redor início 
faringe). A pressão do bolo alimentar, empurra o palato 
mole para cima, o que oclui a cavidade nasal, evitando o 
refluxo do alimento. O bolo começa “descer” – pregas 
palatofaríngeas comprimem medialmente, impedindo os 
alimentos grandes de passar para o esôfago. Cordas 
vocais e laringe – puxadas para cima e para frente 
movendo a epiglote para trás, fechando canal traqueia. 
Movimento para cima laringe (Movimentos peristálticos) – 
puxe abertura esôfago – concomitante ao relaxamento 
esfíncter esofágico superior (EES) (permanece 
fortemente fechado entre refeições – evitar entrada ar 
no esôfago). Seguida - Faringe se contrai – inicia parte 
superior – impulsiona bolo alimentar para parte superior 
do esôfago – fase esofágica. Duração fase: 1 segundo 
➥ Esofágica: basicamente conduz bolo alimentar para o 
estômago, pelos movimentos peristálticos. 
➥ Primários: continuação movimentos 
peristálticos fase faríngea (faringe ao 
estômago: 8 a 10 seg). Pessoa na posição ereta: 
5 a 8 seg – ação gravidade – percorre a 
frente bolo alimentar – relaxar esfíncter 
esofágico inferior (EEI) – permitindo passagem 
bolo para estômago 
➥ Secundários: caso primários não consigam 
esvaziar esôfago completamente, ocorre a 
distensão da parede (Sistema Nervoso 
Entérico) 
Esfíncter esofágico inferior (EEI): Seu fechamento impede o refluxo 
do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago – muito ácido – 
lesão esôfago 
Refluxo gastroesofágico: retorno involuntário e repetitivo do 
conteúdo do estômago para o esôfago, juntamente com o ácido 
gástrico. Quando ocorre uma falha no relaxamento do EEI, a pessoa 
tem refluxo. Pode ser fisiológico e pode ocorrer quando ingerimos 
alimentos gordurosos, molhos de tomate, bebidas que contenham 
cafeína, chocolate, cebola etc ou que indica que algo vai mal com o 
SD. As vezes pode ter sido provocado por uma hérnia de hiato. É 
mais comum em pessoas que ingerem uma grande quantidade de 
comida e se deitam logo em seguida, pois, como o estômago está 
 
2 Marielle Cristina Luciano – Fisioterapia UFSCar 
cheio, o EEI terá mais dificuldade para se fechar. Obesos, grávidas e 
pessoas que ingerem bebidas com cafeína, pois a cafeína provoca o 
relaxamento do EEI causando o retorno dos alimentos. Em bebês, a 
porque o EEI é imaturo, muito comum depois das mamadas. Esse tipo 
pode acometer bebês de até 6 meses. Se não tratado, pode causar 
algumas complicações, como ulcerações, estenose do esôfago 
(inflamação grande, dificultando a passagem de alimentos), 
dismotricidade esofágica (esôfago não consegue fazer os 
movimentos peristálticos), pneumonia, bronquite e asma (refluxo 
gastroesofágico é aspirado e vai parar nos pulmões). A agressão 
contínua às células do esôfago faz com que elas adquiram 
características de células intestinais - esôfago de Barret. Então, as 
células se tornam mais propensas a apresentar um câncer. 
Acalasia: EEI não relaxa e também não há movimentos peristálticos. 
Causa desconhecida, mas pode ocorrer após a exposição a 
determinados vírus. Sintoma principal é a dificuldade em engolir. A 
retenção do alimento no esôfago leva a putrefação. Causa infecções 
– úlceras, ruptura e morte. 
 
Segunda e Terceira Etapa do Processo Digestório 
➥ Estômago 
 Fase armazenamento gástrico 
 Fase mistura 
 Fase trituração 
 Fase esvaziamento gástrico 
➥ Intestino Delgado 
 Movimentos mistura 
 Movimentos propulsão 
➥ Intestino Grosso 
 Movimentos mistura 
 Movimentos propulsão 
 Formação e composição fezes 
Estômago - Fase armazenamento gástrico 
Digestão e absorção: na verdade ocorre mais digestão, porque o 
estômago não apresenta vilosidades absortivas típicas do ID, mas 
absorve álcool e aspirina. 
Movimentos peristálticos vindos do esôfago encaminham o alimento 
em direção ao estômago, ondas relaxam EEI e o estômago. Conforme 
o estômago enche, distende a parede e ativa “reflexo vagovagal”, 
envia sinais ao encéfalo e envia de volta ao estômago, reduzindo o 
tônus muscular (relaxamento receptivo), enche até limite de 0,8 a 
1,5 litros (pressão permanece baixa dentro do estômago até esse 
limite). 
Estômago - Fase mistura 
Existem glândulas gástricas (em toda extensão) que secretam sucos 
digestivos que serão misturados ao bolo alimentar. Secreções 
gástricas, compostas de ácidos poderiam lesar a parede do 
estômago. Isso não ocorre porque a parede é revestida de células 
secretoras de muco que protegem de ácidos e escoriações oriundas 
de alimentos. 
Ponto de vista secretor estômago é dividido em: 
➥ Região cárdia: logo abaixo EEI, composta de glândulas 
secretoras de muco; 
➥ Região oxíntica: corresponde 80% da área total (envolve 
fundo e corpo). Composta de glândulas oxíticas, formadas de 
três tipos celulares: 
 Células mucosas: secretam muco 
 Células pépticas: secretam pepsinogênio 
 Células parientais (oxínticas): secretam HCl 
➥ Região antro-pilórica: corresponde a 20% (envolve porção 
antral+piloro). Composta de glândulas pilóricas, formadas de três tipos 
celulares: 
 Células secretoras mucosas: secretam muco 
 Células G: secretam gastrina 
 Células D: secretam somatostatina 
Estômago - Fase trituração 
Alimento e as secreções gástricas desencadeiam ondas constritivas 
(ondas de misturas) que iniciam na porção média e deslocam sentido 
antro (a cada 15-20 seg), desencadeiam ritmo elétrico, ganham 
intensidade. Formam anéis constritivos que forçam conteúdo antral 
sob pressões cada vez maior em direção ao piloro. Pressão abre 
piloro (esfíncter pilórico) – pequena abertura – passa pouco 
conteúdo em direção duodeno. Músculo piloro contrai “bomba pilórica” 
que impede esvaziamento do piloro e envia volta (sentido corpo 
estômago)– conteúdo antral (ejeção retrógrada – retropropulsão ) 
– MECANISMO MISTURA: Alimento bem misturado: QUIMO 
(consistência semilíquida a pastosa). 
Estômago - Fase esvaziamento gástrico 
Movimentos peristálticos criam anéis constritivos que forçam quimo 
em direção ao piloro. Esfíncter pilórico abre e passa água e outros 
líquidos em direção ao duodeno. Estômago esvazia-se gradativamente. 
Terceira Etapa Processo Digestório - Intestino Delgado 
Tem alto poder absortivo, as pregas de Kerckring aumentam 
superfície mucosa e borda em escova dos enterócitos (vilosidades: 
aumentam a superfície da mucosa). Após fase esvaziamento, quimo 
atinge duodeno, que possui pH muito baixo (0.8 – 3). O HCl liberado 
pelas células parietais oxínticas é lesivo ao ID. Mas não lesa porque o 
ID é revestido de células que secretam hormônios importantes para 
aumentar o pH e auxiliar na digestão e motilidade 
➥ Células S: secretam secretina. estimuladas em valores de 
pH acima de 3.0. Atua na contração do piloro e estimulam ductos 
excretores pancreáticos a liberarem NaHCO3; 
 
3 Marielle Cristina Luciano – Fisioterapia UFSCar 
➥ Células K: secretam peptídeo inibidor gástrico (PIG). no 
duodeno e jejuno que inibe secreção gástrica; 
➥ Células I: secretam colecistocinina (CCK), presentes na 
mucosa duodeno e jejuno, importante digestão lipídeos; 
➥ Células M: secretam motilina. presentes mucosa duodeno e 
jejuno, estimula motilidade gástrica e intestinal. 
 
Movimentos de mistura 
Entrada do quimo distende ID estira parede o que provoca 
contrações concêntricas localizadas e espaçadas com duração 
fração minuto. Contrações causam segmentação, dividindo quimo 
duas a três partes (salsicha) – promovendo mistura alimento com 
secreções ID (também impulsiona). 
Movimentos propulsivos 
quimo impulsionado no ID por ondas peristálticas fracas – movem 
direção ânus com uma velocidade média 1.0 cm/s, sendo mais rápidas 
no ID proximal. Muito fracas e cessam depois de percorrer de 3 a 
5 centímetros, depois quimo vai muito lento. 3 a 5 horas para a 
passagem do quimo do piloro até a válvula ileocecal. Irritação intensa 
da mucosa, como ocorre em casos de diarreia), pode causar um surto 
peristáltico. Desencadeada em parte por reflexos nervosos que 
envolvem SNA e tronco cerebral e pela intensificação intrínseca de 
reflexos no plexo mientérico da parede do trato intestinal. Essas 
contrações intensas percorrem longas distâncias no ID em minutos, 
varrendo os conteúdos do ID para o cólon, aliviando-o do quimo 
irritativo de da distensão excessiva. 
Movimentos peristálticos 
ID impulsionar em direção ao IG. Entre íleo e ceco há valva ileocecal 
que evita o refluxo dos conteúdos fecais do cólon para o ID. Alguns 
centímetros acima há uma musculatura circular: esfíncter ileocecal, 
que permanece geralmente contraído e retarda o esvaziamento de 
conteúdo ileais no ceco (aumenta absorção). Imediatamente, após 
uma refeição, um reflexo gastroileal intensifica peristalse no íleo e 
esvazia os conteúdos ileais no ceco. A resistência ao esvaziamento 
na válvula prolonga a permanência do quimo no íleo e facilita a 
absorção, normalmente apenas1.500 a 2.000 ml quimo esvaziam-se 
no ceco/dia). O grau de contração do esfíncter e a intensidade da 
peristalse no íle são controlados por reflexos do ceco. Quando o ceco 
se distende, a contração do esfíncter se intensifica e a peristalse é 
inibida, o que retarda o esvaziamento de mais quimo do íleo para o 
ceco. Qualquer irritação no ceco (inflamação apêndice), retarda muito 
esvaziamento íleo ou até paralisia 
Quarta Etapa Processo Digestório - Intestino Grosso 
1.500ml de quimo passam pela válvula ileocecal, apenas 100ml líquido 
excretados fezes. Funções cólon: 
 Absorção água e eletrólitos do quimo para formar fezes 
sólidas; 
 Armazenamento material fecal até que possa ser 
expelido. 
Movimentos mistura 
Similar aos movimentos de segmentação do ID. A cada uma dessas 
constrições uma extensão de 2,5 cm de músculo circular se contrai, 
ao mesmo tempo, o músculo longitudinal, que se reúne em 3 faixas 
denominadas de tênias cólicas). Essas contrações de faixas circulares 
e longitudinais fazem com que a porção não estimulada do IG se infle 
em sacos formando haustrações (2,5 cm). Cada haustrações atinge 
intensidade máxima em cerca de 30 seg e desaparecem nos 
próximos 60 segundos. Mistura e até propulsiona 
Movimentos propulsivos 
“Movimentos de massa”. Grande parte propulsão ceco e cólon 
ascendente – contrações haustrais – onde quimo leva 8 a 15 horas 
transformar material semilíquido em pastoso. Movimentos de massa 
– mantém por 10 a 30 minutos – cessam e retornam quase meio 
dia depois. Massa atinge o reto – determinando pressão – 
desencadeia reflexo defecação. 
 
Defecação 
Maior parte reto – vazio – existe esfíncter entre cólon sigmoide e 
reto (20 cm acima ânus). Movimento massa força fezes reto – 
surge vontade de defecar. Passagem fezes pelo ânus evitada pelo 
esfíncter anal interno (músculo liso) e esfíncter anal externo 
(músculo esquelético – circunda esfíncter anal interno) – controle 
nervo pudendo (plexo sacral). 
Reflexo de defecação: Inicia-se reflexo intrínseco – controlado SN 
entérico (rico parede reto). Fezes distendem parede reto – sinais 
aferentes propagam (plexo mioentérico) – inicia-se movimentos 
peristálticos cólon descendente, sigmoide e reto – empurram fezes. 
Ondas peristálticas (movimentos peristálticos) – determinam 
Carelaxamento esfíncter interno (sinais inibitórios do plexo 
mioentérico). Se esfíncter externo estiver relaxado – consciente e 
voluntariamente – ocorre defecção. Porém Reflexo intrínseco – não 
é suficiente – necessitando outro reflexo chamado reflexo de 
defecação parassimpático. Terminações reto – enviam sinais medula 
– volta cólon descendente, sigmoide e reto (via nervos pélvicos) – 
intensificam ondas peristálticas – relaxar esfíncter interno – 
intensificar o reflexo de defecação. Sinais defecação entram medula 
 
4 Marielle Cristina Luciano – Fisioterapia UFSCar 
desencadeiam outros sinais como: inspiração profunda, fechamento 
glote e contrações músculos abdominais – forçam fezes para baixo 
– relaxamento assoalho pélvico – empurra anel anal para baixo. 
Fezes 
COMPOSIÇÃO ¾ água 
¼ matéria sólida: 
30% bactérias 
mortas 
10-20% gorduras 
10 - 20% - matéria 
inorgânica 
2-3% proteínas 
30% restos 
indigeridos 
COR 
Marrom: derivados 
bilirrubina 
Estercobilina 
Urobilina 
CHEIRO 
Produtos ação 
bacteriana – variam 
pessoa/pessoa – 
depende flora 
Produtos odoríferos: 
indol, escatol, 
mercaptanas e 
sulfeto de hidrogênio

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