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RELAXANTES MUSCULARES Bloqueadores musculares são aquelas substâncias encontradas na junção neuromuscular. Os relaxantes musculares apresentam ações mais centrais geralmente associadas a condições mais leves como tensão muscular e contraturas, além de ser usado muitas vezes em procedimentos invasivos a fim de diminuir a resistência muscular. Já os bloqueadores neuromusculares apresentam ações mais periféricas e mais fortes atuando diretamente na junção neuromuscular promovem uma paralisia geral do indivíduo, muito usado em casos cirúrgicos. 1. RELAXANTES MUSCULARES Os fármacos relaxantes musculares agem nos dois principais transmissores derivados de aminoácidos a fim de diminuir a excitabilidade dos neurônios motores. O glutamato é o principal excitatório do SNC, os neurônios glutamanérgicos pré-sinápticos armazenam o glutamato e o liberam na fenda sináptica. O glutamato possui receptores ionotrópicos que irão promover a entrada de ions sódio e cálcio e consequente despolarização da membrana muscular para inicio da contração. Já o GABA é o principal inibitório do SNC, presente nos neurônios inibitórios na medula espinhal em que são responsáveis pela liberação tanto de GABAa, quanto de GABAb que se ligarão aos receptores ionotrópicos de GABA e promoverão a entrada de íons cloreto permitindo uma hiperpolarização. Já a Noradrenalina também irá participar como transmissor (monoaminas) inibitórios juntamente com o GABA. Ainda sim, o mecanismo de ação dos relaxantes musculares não é muito conhecido. Apenas é conhecido que eles reduzem o reflexo medular de estiramento muscular, além de efeito antimuscarínico bloqueando os receptores muscarinicos de acetilcolina. Promove relaxamento muscular, boca seca, sonolência e cansaço. A. AGONISTAS NORADRENÉRGICOS Existem os agonistas noradrenérgicos alfa2 responsáveis por promover uma ação inibitória espinal. É sabido que a noradrenalina promove a mediação da sensação de dor na medula espinhal. Dessa forma, os fármacos agonistas noradrenérgicos também possuem função analgésica e anticonvulsionante (diminui a quantidade de contração muscular). Promove sedação, hipotensão e amnésia. São exemplos de fármacos a clonidina e a tizanidina. B. AGONISTAS GABA B São receptores metabotrópicos acoplados a proteína G, especificamente Gi. Expressam em todo o SNC por estarem amplamente difusos no SNC. São utilizados em casos de espasmos devido a lesões no SNC e neurodegeneração. Promove também analgesia muscular. Causa gastrite/úlceras e transtornos neurológicos e psiquiátricos. OBS: o neurotransmissor GABA A apresentam uma serie de distribuição heterogênica que faz com que muitos fármacos ajam de maneira geral e atuem em todos os segmentos. Os benzodiazepínicos agem em GABA A com subunidades ALFA2, ALFA3 e ALFA5. Apresenta ação na medula e no encéfalo, e controla a tensão muscular causada por crises de ansiedade. Possuem tarja preta devido as varias contra indicações do uso desses fármacos, não sendo usados exclusivamente para relaxantes musculares. C. ANTAGONISTAS MUSCULARES Agem diretamente nos músculos, reduzindo a concentração de cálcio intracelular no reticulo sarcoplasmático, fundamental para o inicio da contração muscular. A redução dos níveis de cálcio faz com que as ações tropomiosina/miosina se reduzem e a contração não se inicia, diminuindo a contração muscular e tensão. São seletivos para a musculatura esquelética, principalmente porque a musculatura lisa necessita de cálcio extracelular para a ocorrência de contração também. 2. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Agem diretamente na junção neuromuscular, lembrando que na placa motora existem basicamente canais nicotínicos ou ionotrópicos. A ideia desses bloqueadores neuromuscular é antagonizar os canais nicotínicos ou inativar o mecanismo de ação deles impedindo que o estímulo passe para a placa motora. ou seja, diminuindo a ação da placa motora sendo seletivos e preferencialmente reversível. A. MECANISMOS DE AÇÃO. Existem bloqueadores neuromusculares que possuem mecanismo de ação ADESPOLARIZANTES ou não despolarizantes são antagonistas, ou seja, bloqueiam a chegada da acetilcolina, impedindo que ela se ligue aos receptores nicotínicos e o canal não se abre. O principal exemplo desse tipo de bloqueador neuromuscular é o CURARE, age diretamente nos receptores nicotínicos, evitando que ocorre a despolarização do receptor e abertura do canal. Apresenta um bloqueia seriado, primeiramente perde a movimentação de músculos menores ate atingirem os músculos maiores devido a quantidade de canais nicotínicos. Subdividem-se em não esteroidais e esteroidais devido as suas estruturas conterem ou não esteroides. A principal diferença entre esses bloqueadores baseia-se na reversibilidade de efeitos. Pode-se utilizar, por exemplo, fármacos inibidores de acetilcolinesterase que irão aumentar a quantidade de Ach e iniciar uma competição com o antagonista, revertendo o efeito. Apenas os esteroidais podem ser revertidos por um tipo de fármaco denominado SUGAMADEX. Os fármacos que terminam em “curio” são não esteroidais e os que terminam em “curonios” são esteroidais e podem ser revertidos por sugamadex. Existem os bloqueadores DESPOLARIZANTES, são agonistas inicialmente parece uma ironia já que esses bloqueadores neuromusculares vão se ligar aos receptores nicotínicos e abrir os canais, porem de maneira tão rápida que mesmo com os canais abertos, não permitirão a passagem de sódio para o meio intracelular. Ou seja, o canal é tão ativado que se torna bloqueado. É análoga a acetilcolina e degradados pela acetilcolinesterase. Promovem uma despolarização do canal e uma posterior dessensibilização do canal.
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