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Aula 1 Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo


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Farmacologia 3 
Aula 1 – Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo 
 
SNA – Divisões simpática x Parassimpática 
 
Relembrando, temos as duas divisões, sendo a simpática e a parassimpática: 
 
 
Etapas básicas 
 
Há alguns detalhes importantes que precisamos conhecer sobre etapas básicas que envolvem a neurotransmissão. De 
um modo geral, temos algumas etapas básicas que podem ser alvos de fármacos: 
1. Captação de percursores: Os percursores de transmissores, 
geralmente noradrenalina ou acetilcolina, entram na célula via transporte 
específico. 
2. Síntese de transmissores: Por meio de reações enzimáticas há a 
produção de transmissores, tanto noradrenalina como acetilcolina 
3. Transporte vesicular: Esses neurotransmissores são normalmente 
armazenados em vesículas sinápticas, sendo que adentram as mesmas 
via transportador específico, que também pode ser alvo de fármacos 
4. Liberação dos transmissores: Por meio de despolarização da célula, 
com um potencial de ação e abertura de canais de cálcio voltagem 
dependentes, há a exocitose desses receptores 
5. Ação dos transmissores: Esses transmissores irão agir em seus 
receptores, sendo adrenérgicos nos casos de noradrenalina e 
colinérgicos em casos de acetilcolina. 
6. Degradação dos transmissores: Os transmissores que não se ligaram 
aos seus receptores podem ser degradados por ação de enzimas 
7. Recaptação dos transmissores: Os transmissores podem ainda ser recaptados para o interior de sua célula de 
origem por meio de transportadores específicos na membrana, levando à degradação ou acúmulo em vesículas. 
Cada uma dessas etapas podem ser alvos farmacológicos 
 
SNA – Divisão Parassimpática 
 
Lembramos que a divisão parassimpática é mais relacionada com as condições de repouso, como o movimento do bolo 
alimentar, secreção glandular, um efeito que chamamos de colinérgico inibitório no coração causando queda da frequência 
cardíaca e da pressão arterial, um movimento de contração de musculo liso que leva à broncoconstrição, entre outros. 
Essas ações são desencadeadas, principalmente, por meio da ação desses neurotransmissores em receptores específicos. 
Pegando como exemplo a transmissão colinérgica, característica da divisão parassimpática, temos primeiramente a 
captação do precursor da acetilcolina, que é a colina, que sofre a ação de uma enzima chamada de colina acetil transferase, 
convertendo a colina e acetil-CoA em acetilcolina. Por meio de um transporte específico que envolve um gradiente de 
prótons, a acetilcolina é armazenada dentro das vesículas, sendo que esse transporte dependente de prótons pode ser 
bloqueado por um fármaco chamado versamicol, assim como a entrada 
de colina na célula pode ser inibida pelo hemicolínio. Na presença do 
potencial de ação temos a liberação das vesículas contendo acetilcolina 
na fenda sináptica, sendo que a toxina botulínica inibe esse processo de 
exocitose das vesículas, diminuindo a presença de acetilcolina no meio 
extracelular. Uma vez que essa acetilcolina é liberada, há a sua ação nos 
receptores muscarínicos e nicotínicos pós-sinápticos e pré-sinápticos, 
sendo que esses pré-sinápticos estão geralmente relacionados com a 
modulação da liberação do próprio transmissor, enquanto os receptores 
pós-sinápticos estão relacionados com os efeitos fisiológicos da 
acetilcolina. A enzima acetilcolinesterase, ligada à membrana na fenda 
sináptica, tem a função de hidrolisar a acetilcolina, sendo um alvo 
importante de fármacos conhecidos como Inibidores de 
Acetilcolinesterase. Da mesma forma, os receptores colinérgicos (divididos 
em muscarínicos ou nicotínicos) sofrem a ação da acetilcolina e também 
podem ser alvos de fármacos tanto para agonistas quanto para 
antagonistas. 
 
Receptores colinérgicos muscarínicos 
 
Basicamente, temos 5 subtipos de receptores muscarínicos, sendo que os receptores M1, M3 e M5 são ligados a uma 
proteína Gq que está ligada a uma ativação da fosfolipase C e consequentemente o aumento da concentração de cálcio. 
Os muscarínicos pares M2 e M4 estão associados com uma proteína Gi, que inibirão a Adenilato ciclase, reduzindo o 
cAMP, além de estimular os canais de potássio, causando uma hiperpolarização da membrana e a redução de canais de 
cálcio. Sendo assim, os receptores ímpares tem associação com a proteína Gq, que geralmente tem um caráter 
excitatório; já os receptores pares possuem relação com a proteína Gi, que geralmente tem um caráter inibitório, sendo 
que ambos os receptores são importantes alvos farmacológicos. 
A ação da acetilcolina depende muito da distribuição tecidual desses receptores. 
 
 
Sistema Cardiovascular 
Temos que no coração há o predomínio dos receptores muscarínicos M2, que tem uma relação com a proteína Gi, 
logo, reduzirá a entrada do cálcio e aumentará a abertura de canais de potássio, sendo responsável pela inibição colinérgica 
do coração. O efeito final é o: 
Inotrópico negativo: Redução da força de contração 
Cronotrópico negativo: Redução da frequência cardíaca 
Dromotrópico negativo: Redução da velocidade de condução atrioventricular 
 
Sistema Respiratório 
Outro efeito importante da acetilcolina é sobre a musculatura lisa do sistema respiratório, que possui o subtipo M3 dos 
receptores colinérgicos muscarínicos. Esse subtipo possui ligação com a proteína Gq, que atua com a ativação de 
fosfolipase C e o aumento da concentração de cálcio intracelular, levando a um efeito excitatório. Portanto, teremos um 
aumento da excitabilidade celular, promovendo, no caso do sistema respiratório, uma contração do músculo liso. Ao mesmo 
tempo ocorrerá o aumento das secreções traqueobrônquicas. 
 
Sistema Urinário 
No sistema urinário a acetilcolina também irá se ligam com o receptor de tipo M3, que, como dito anteriormente, é 
relacionado com uma proteína Gq de caráter excitatório. Sendo assim, causará uma contração do músculo detrusor da 
bexiga. 
 
Sistema Digestório 
No sistema digestório teremos um receptor M3, que é associado à proteína Gq de caráter excitatório, aumentando a 
amplitude das contrações e as secreções gástricas e intestinais. No sistema digestório, com relação à secreção gástrica, 
o receptor M1 também possui influencia em mediar o processo. 
 
Secreções 
Com relação às secreções, principalmente via receptores M3, há um aumento das secreções (lacrimal, sudorípara, salivar 
e nasofaríngea) e a contração da musculatura lisa. 
 
Olho 
Também via receptor M3 teremos nos olhos a contração do músculo esfíncter da pupila, gerando um efeito chamado 
de miose. Promoverá também a contração do músculo ciliar, que corroborará com a acomodação para a visão de curta 
distancias. 
 
 
 
 
Locais de ação para fármacos na transmissão colinérgica 
 
Pensando na transmissão colinérgica, temos diversos locais de ação de fármacos. Temos que o Vesamicol é um fármaco 
que pode inibir o transporte da acetilcolina para dentro da vesícula sináptica. A Toxina Botulínica impede a exocitose das 
vesículas pré-sinápticas contendo acetilcolina devido ao fato de que essa toxina atua aumentando a degradação de 
proteínas importantes para a exocitose e diminuindo a quantidade de acetilcolina na fenda sináptica. Esse efeito pode ser 
utilizado terapeuticamente em situações em que existe um aumento do tônus muscular, como torcicolos, estrabismo e 
até mesmo em procedimentos estéticos e em determinados tipos de cefaleia. 
Temos também a Tubocorarina, que bloqueia receptores nicotínicos pós-sinápticos. Ainda temos outros fármacos, como 
o Hemicolínio, que inibe a entrada do precursor colina na célula, e os fármacos anticolinesterásicos, que inibem a 
degradação de acetilcolina na fenda sináptica. 
O vesamicol e o hemicolínio são usados principalmente em pesquisas, não possuindo uso terapêutico em geral. 
 
Como agem os fármacos no sistema nervoso autônomo parassimpático? 
 
Falando mais especificamente da farmacologia no sistema nervoso autônomoparassimpático é importante lembrar que a 
acetilcolina é o ligante endógeno dos receptores colinérgicos, agindo como um agonista endógeno, ligando-se ao receptor, 
ativando-o e causando os efeitos fisiológicos/terapêuticos. 
Portanto, temos na lista abaixo os possíveis efeitos que agentes colinérgicos 
e anticolinérgicos apresentam na prática clínica. Essa ação irá depender muito 
da ação da acetilcolina nos receptores dos tecidos e órgãos, sendo a sua 
compreensão importante para que possamos analisar o que acontece 
quando imitamos a acetilcolina ou bloqueamos a sua ação. 
A primeira classe que iremos tratar é a classe dos agonistas, portanto, eles 
irão se ligar ao receptor colinérgico e simular a ação da acetilcolina, gerando 
efeitos fisiológicos/terapêuticos semelhantes à acetilcolina. O grande detalhe 
é que a grande maioria dos fármacos colinérgicos agonistas não são seletivos, 
podendo atuar tanto em receptores nicotínicos quanto nos receptores 
muscarínicos, ou ainda com os diferentes subtipos de receptores 
muscarínicos, sendo que essa falta de seletividade é muito relacionada com 
a aparição de efeitos adversos. 
 
Agonistas dos Receptores Colinérgicos Nicotínicos 
 
Succinilcolina 
Quando é liberada, a acetilcolina irá se ligar aos receptores nicotínicos, que se fazem presente nas junções 
neuromusculares, sendo relacionado ao efeito de indução da contração muscular. A Succinilcolina é um fármaco que 
promove um efeito chamado de bloqueio despolarizante, sendo utilizado para a indução de paralisia em cirurgias. Mas se 
a acetilcolina é uma promotora da contração muscular, como pode ser um fármaco que induz paralisia um agonista? 
A Succinilcolina é resistente à acetilcolinesterase, que é a enzima degradadora de acetilcolina. A Succinilcolina, como o 
próprio nome já diz, possui uma estrutura semelhante à da acetilcolina, porém, é resistente à hidrólise pela 
acetilcolinesterase. Isso significa que quando há a liberação de um fármaco que imita a ação da acetilcolina, mas que é 
resistente à degradação o transmissor ficará ligado ao receptor nicotínico de forma persistente. Essa ligação persistente 
levará à dois eventos, sendo primeiramente uma excitação causada pela despolarização da membrana e logo em seguida 
a inativação dos canais de sódio regulados por voltagem, ocorrendo posteriormente uma dessensibilização dos receptores 
nicotínicos, sendo a paralisia como resposta final. 
A utilidade de Succinilcolina deve ser utilizada em procedimentos de curta duração, uma vez que em procedimentos 
longos pode causar um desequilíbrio hidroeletrolítico, principalmente relacionado ao efluxo de potássio que pode ser um 
potencial risco fatal. 
Portanto, isso é o que chamamos de bloqueio despolarizante, que é o fármaco que se liga ao receptor nicotínico e 
permanece, causando uma dessensibilização dos receptores e gerando a paralisia como resultado final. 
 
Agonistas Muscarínicos 
 
Temos também os agonistas muscarínicos, sendo compreendidos em ésteres da colina e alcaloides naturais. 
 
Ésteres da Colina 
Dentre os ésteres da colina temos a própria acetilcolina, a metacolina, o carbacol e o betanecol. Observando a sua estrutura 
química temos que são bem semelhantes com a acetilcolina, possuindo algumas modificações que tornam os fármacos 
mais resistentes à ação da acetilcolinesterase. 
Clinicamente, os agonistas muscarínicos são utilizados para o diagnóstico da asma e como mióticos, ou seja, induzindo 
miose. Sendo assim, as diferenciações de estrutura entre os fármacos e a acetilcolina visam tanto uma maior resistência 
à degradação por enzimas quanto uma maior seletividade para os receptores muscarínicos e uma menor para os 
receptores nicotínicos. 
Temos por exemplo o carbacol e a metacolina, que possuem uma ação menor da acetilcolinesterase, sendo utilizadas 
principalmente em pesquisas clínicas. O betanecol também é resistente à ação da acetilcolinesterase, sendo utilizada na 
clínica e possuindo uma maior seletividade para receptores muscarínicos. 
 
 
Alcaloides Naturais 
Entrando nos alcaloides naturais, temos a pilocarpina e a muscarina. A pilocarpina é um alcaloide natural, agindo como 
agonista muscarínico e possuindo uma seletividade para determinadas glândulas, além de não ser degradado por 
acetilcolinesterase. A pilocarpina tem como uma utilidade clínica o papel sialogogo (aumentar secreção) e miótico (induzir 
miose), sendo utilizado no tratamento da xerostomia (boca seca). 
 
 
Agonistas Muscarínicos – Usos clínicos 
 
Olhos 
Temos abaixo algumas utilidades clínicas desses agonistas muscarínicos no olho: 
A acetilcolina atuando em receptores 
muscarínicos causava uma contração do 
músculo liso da pupila e do músculo ciliar, 
sendo que essa contração do músculo 
liso esfinctérico é capaz de reduzir a 
pressão intraocular. Sendo assim, é 
possível a utilização de Pilocarpina em 
glaucomas. 
 
Outros usos 
A metacolina pode ser utilizada no 
diagnóstico da asma, uma vez que a 
acetilcolina promove broncocontrição, 
que é um processo dado de forma 
exagerada em pacientes asmáticos. 
Portanto, ao administrar um fármaco que 
irá imitar uma acetilcolina haverá uma 
resposta exagerada, permitindo o 
diagnóstico. 
O Betanecol é muito utilizado para a retenção urinária pós-operatória, uma vez que é relacionado com a contração da 
musculatura lisa do trato urinário. 
 
Efeitos Adversos 
Os efeitos adversos dos agonistas muscarínicos estão relacionados com os próprios efeitos da acetilcolina. Sendo assim, 
como a acetilcolina causa um aumento de secreções, pode ocorrer diaforese, assim como diarreia e cólicas intestinais, 
mediante a ação da acetilcolina na contração do músculo liso do trato gastrointestinal. A acetilcolina também age sobre o 
centro do vômito, podendo causar náuseas e vômitos. Como esses fármacos também irão promover uma contração do 
músculo ciliar nos olhos, podem causar dificuldade de acomodação visual e hipotensão. 
 
 
 
Antagonistas muscarínicos 
 
O fármaco que é um antagonista também tem a capacidade de se ligar ao receptor, porém sem ativá-lo, bloqueando 
assim a ação da acetilcolina e impedindo-a de se acoplar com os receptores. Quando esse fármaco reduz os efeitos 
parassimpáticos ele permite que os efeitos simpáticos predominem. 
Normalmente, esses fármacos fazem um antagonismo competitivo reversível, ou seja, competem com a acetilcolina pelo 
sítio de ligação no receptor, porém, sem formar uma ligação forte, se desassociando após um tempo. Se usarmos um 
fármaco inibidor de acetilcolinesterase aumentaremos a concentração de acetilcolina nas junções, possibilitando a reversão 
da ação do antagonista. 
Sendo assim, temos que o efeito final será uma espécie de oposto à ação normal da acetilcolina. Então, se antes tínhamos 
broncoconstrição, um dos possíveis efeitos é a broncodilatação; se antes havia efeito inibitório sobre o coração, agora 
pode ocorrer taquicardia; se antes havia aumento da contração da musculatura lisa, agora podemos ter um relaxamento 
dessas musculaturas no sistema gastrointestinal e urinário, por exemplo; se antes havia aumento das secreções, agora 
pode ocorrer diminuição, gerando boca e pele secas por exemplo. 
Existem duas classes de antagonistas muscarínicos, sendo os Alcaloides Naturais, destacando-se a Atropina, e os Derivados 
Sintéticos, destacando-se a Piremisida e a Tropicamida. Observando esses fármacos temos que sua estrutura química 
possuem grupos volumosos, ocupando espaço e atrapalhando a ligação da acetilcolina. 
A Atropina possui uma maior seletividade para receptores muscarínicos, já os Derivados Sintéticos possuem também 
efeitos significativos em receptores nicotínicos. Isso evidencia o que já foi falado anteriormente de que produzir fármacos 
totalmente seletivos é uma missão quase impossível. 
A Atropina e a Escopolamina, também chamada de Iocina, são lipossolúveis, tendo boa absorção no trato gastrointestinale no saco conjuntival. A Escopolamina, especificamente, é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica com a 
administração de doses terapêuticas, significando que esse fármaco possui ação no SNC, podendo ser usada na cinetose, 
um distúrbio do movimento com a presença de náuseas e vômitos. 
Alguns outros fármacos, como a Metilescopolamina e o Glicopirrolato, tem menor capacidade de atravessar a barreira 
hematoencefálica e consequente menor ação sobre o SNC, mas podem ser usados em algumas condições, como 
antiespasmódicos ou na doença ulcerosa péptica. 
 
Sistema Cardiovascular 
A ação de antagonistas, como Atropina e Glicopirrolato, podem controlar situações clínicas envolvendo Bradicardia e 
causando até Taquicardia. 
 
Sistema Respiratório 
Com o bloqueio de acetilcolina por antagonistas há o predomínio de broncodilatação, com redução de secreções 
traqueobrônquicas. O Tiotrópio e o Ipratrópio são fármacos que podem ser utilizados para o tratamento de asma e DPOC, 
sendo que o Ipratrópio é mais efetivo do que outros fármacos agonistas B2 adrenérgicos na DPOC, porém, menos eficaz 
na asma. O Tiotrópio tem uma eficácia que pode ser até maior do que o Ipratrópio na DPOC. 
 
 
 
 
Olho 
A ligação de antagonistas nos receptores nessa região há o relaxamento do músculo esfíncter da pupila, levando à 
dilatação (midríase) da pupila, além de relaxamento do músculo ciliar, que leva à cicloplegia. Existem dois fármacos, a 
Tropicamida e o Ciclopentolato, que são necessários em forma de colírio para a possibilidade de realizar o exame de 
fundo de olho. 
 
Sistema Digestório 
A ligação de antagonistas nos receptores nessas regiões leva à uma redução do tônus vagal, que leva à redução da 
amplitude e frequência das contrações peristálticas. Sendo assim, esses antagonistas serão utilizados como 
antiespasmódicos, uma vez que reduzem as contrações. Temos a Metilescopolamina e o Glicopirrolato para a ação nesse 
trato, tendo também um efeito de reduzir a secreção gástrica, podendo ser utilizada no tratamento da úlcera péptica, 
causada por aumento da secreção do suco gástrico 
 
Sistema Urinário 
Quando utilizamos os antagonistas de acetilcolina nessas regiões, principalmente em receptores de tipo M3, temos o 
relaxamento do músculo detrusor da bexiga, sendo utilizados no tratamento da síndrome da bexiga hiperativa e da 
incontinência urinária fármacos como Oxibutinina e Propantelina. A acetilcolina também causa um relaxamento do músculo 
do esfíncter, portanto, com a ação do antagonista haverá uma contração desse músculo, que também auxiliará no 
tratamento dessas síndromes anteriormente citadas. 
 
Sistema Nervoso Central 
No sistema nervoso central, temos que a Escopolamina atravessa a barreira hematoencefálica e, em doses terapêuticas, 
pode ser utilizada no tratamento da cinetose. A Atropina tem um efeito um pouco diferente da Escopolamina, tendo uma 
ação mais excitatória em altas doses, podendo causar inquietação, agitação e desorientação. A Escopolamina, quando 
utilizada em forma de adesivo transdérmico, tem uma absorção mais lenta, permitindo uma ação mais duradoura e 
impedindo que haja rápidas elevações da concentração plasmática de Escopolamina, que poderia causar efeitos 
indesejáveis no sistema nervoso central 
 
Efeitos Adversos 
Os efeitos adversos dos antagonistas muscarínicos estão 
relacionadas com as ações que apresentam e 
consequentemente da dose. Os antagonistas muscarínicos, 
dependendo da concentração e do fármaco, podem tanto 
ter um efeito de bradicardia e sedação quanto um efeito de 
taquicardia e hiperexcitação do SNC; bem como visão 
embaçada devido a coclopegia e midríase, boca seca, 
retenção urinária, rubor e febre e ainda agitação e 
taquicardia. 
Esses fármacos são contraindicados em pacientes com 
glaucoma e geram um risco de morbidade e comprometimento funcional na população geriátrica. 
 
Antagonistas Nicotínicos 
 
Os antagonistas nicotínicos, como o próprio nome já diz, irão ligar-se aos receptores nicotínicos e impedir a ligação destes 
com a acetilcolina. Esses antagonistas irão produzir um bloqueio dos receptores nicotínicos, sendo considerados 
bloqueadores não-despolarizantes. Esses fármacos se ligam ao receptor nicotínico e impedem a despolarização das células 
musculares, causando uma paralisia muscular. Como são antagonistas nicotínicos, também podem promover bloqueio 
ganglionar e causar outros efeitos autônomos. 
Inicialmente existe a paralisia dos músculos extrínsecos dos olhos, depois dos músculos pequenos da face, seguida pelos 
membros e faringe, sendo que os músculos da respiração são os últimos a sofrer paralisia e os primeiros a retornar. 
A ação desses antagonistas nicotínicos pode causar bloqueio ganglionar simpático, uma vez que nos gânglios há a presença 
de acetilcolina ligada à receptores nicotínicos. Esse bloqueio pode resultar em uma queda da pressão arterial. 
Esses fármacos podem ser administrados por via endovenosa, sendo metabolizado no fígado e excretados na urina. Tanto 
que em pessoas que apresentam algum problema hepático ou renal que atrase a metabolização do fármaco podem 
sofrer prolongamento da paralisia. 
Como esses fármacos impedem a despolarização das células musculares, seu principal uso clínico é relacionado à 
manutenção do relaxamento muscular em cirurgias ou em pacientes que estão na UTI e que podem apresentar quadros 
de espasmos musculares. 
Temos as classes de fármacos mediante o seu tempo de ação: 
• Ação longa: d-tubocurarina e pancurônio 
• Ação intermediária: vecurônio e rocurônio 
• Ação curta: mivacúrio 
Se for aplicado um fármaco anticolinesterasico, há o aumento da concentração de acetilcolina na fenda sináptica, fazendo 
com que possa haver a reversão desse relaxamento muscular. 
 
Agentes Anticolinesterásicos 
 
Por último, temos a classe de fármacos do parassimpático que irão promover uma inibição das enzimas que degradam a 
acetilcolina. Essas enzimas é uma das responsáveis pelo fim da ação da acetilcolina nos receptores. Com a inibição dessa 
enzima há uma diminuição da degradação de acetilcolina e um consequente aumento da quantidade de acetilcolina na 
fenda sináptica. 
Temos uma classificação desses anticolinesterásicos de acordo com o tempo de ação: 
Temos os anticolinesterásicos de ação curta, como o Edrofônio. Esse fármaco se liga à enzima de uma maneira fraca e 
reversível, sendo que a enzima volta a funcionar normalmente uma vez que a ligação se encerra. Esse fármaco é utilizado 
como forma de diagnóstico da miastenia gravis. 
Temos os de ação intermediária, que são os mais utilizados, como a Neostigmina e a Fisostigmina. Esses fármacos 
apresentam em sua estrutura um grupo carbamil, fazendo com que o fármaco se ligue de forma covalente com a enzima, 
que só volta ao normal quando a ligação se desfaz. Esses fármacos são hidrolisados pela acetilcolinesterase e a demora 
para esse processo ocorrer é o que está relacionado com o tempo de ação da Neostigmina e da Fisostigmina. Essa 
ligação que temos entre o grupo carbamil e a enzima faz com que a sua recuperação seja mais lenta. 
Os considerados irreversíveis são os organofosforados, que se ligam à enzima por meio do grupo fosfato de forma muito 
forte, demorando tanto para que seja desligada que é considerada essencialmente irreversível, sendo necessária a síntese 
de novas enzimas. 
Dentro das utilidades clínicas desses fármacos temos a sua ação na miastenia gravis, principalmente da Neostigmina e da 
piridostigmina, que inibirão a ação da enzima de degradação da acetilcolina, fazendo com que o tempo de permanência 
do transmissor na fenda sináptica aumente, aumentando a força muscular e melhorando os sintomas da síndrome. 
Se tivermos uma intoxicação por esses fármacos poderemos ter uma concentração tão alta de acetilcolina nas fendas 
sinápticas a ponto de causar um bloqueio despolarizante. Normalmente, em uma dose terapêutica há apenas efeito útilde 
aumento de força muscular. O papel do Edrofônio é de um papel mais diagnóstico para identificar as causas de fraqueza 
muscular, sendo que um paciente que apresenta fraqueza muscular devido de um bloqueio despolarizante, ao utilizar o 
Edrofônio e aumentar a sua concentração de acetilcolina, apresenta piora no quadro. Já um paciente apresentar fraqueza 
devido a uma doença da JNM, o uso de Edrofônio melhorará os sintomas, possibilitando um diagnóstico. 
Outra propriedade clínica do uso de agentes anticolinesterásicos é no tratamento da doença de Alzheimer. A Donepezila 
pode ser utilizada, aumentando o tempo de permanência da acetilcolina na fenda sináptica, melhorando a condução 
colinérgica e por fim melhorando a função cognitiva e atrasando a progressão da doença. 
Temos ainda outras propriedades clínicas: 
A intoxicação por Organofosforados 
pode ser revertida através do uso 
de um fármaco chamado 
Pralidoxima, que irá atrair o grupo 
fosfato ligado à enzima, retirando-o 
e reativando a enzima. É importante 
que isso seja feito antes de algumas 
horas, pois a ligação pode sofrer um 
processo de envelhecimento, 
impossibilitando a reativação. 
 
 
 
 
 
 
SNA – Divisão Simpática 
 
Temos as varicosidades, que são as ramificações dos neurônios adrenérgicos 
conforme se aproximam dos órgãos que irão inervar e nessas varicosidades 
temos a síntese de noradrenalina. Semelhante ao que vimos na via de formação 
da acetilcolina, também temos o transporte do precursor da noradrenalina, 
tirosina, para dentro do neurônio, sendo convertida em DOPA e posteriormente 
em Dopamina, sendo essa dopamina a transferida para dentro das vesículas 
utilizando um transporte chamado de TVMA. Dentro da vesícula a dopamina é 
convertida em noradrenalina, ocorrendo a abertura doa canais de cálcio, 
culminando na exocitose e liberação da noradrenalina na fenda sináptica. Essa 
noradrenalina irá interagir com receptores adrenérgicos, alfa ou beta. Pode ainda 
ser recaptada por meio de um transporte específico, via transportador de 
noradrenalina, de volta para a varicosidade, onde pode ser metabolizada pela 
MAO ou ser recaptada para a vesícula. 
Existem alguns receptores adrenérgicos, sendo alfas e betas adrenérgicos: 
 
Da mesma forma que para receptores colinérgicos, nos receptores adrenérgicos é importante conhecer a função da 
noradrenalina quando atuam neles para compreender os acontecimentos quando usamos um fármaco agonista ou 
antagonista sobre eles. 
 
Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
 
Existem vários possíveis alvos farmacológicos quando falamos de SNA simpático, sendo que os próprios receptores 
adrenérgicos podem atuar como alvos farmacológicos, podendo sofrer ação de fármacos agonistas e antagonistas. Temos 
fármacos que afetam os processos que acontecem com as Monoaminas, desde a síntese, armazenamento e recaptura. 
Outro alvo farmacológico importante são as enzimas metabolizadoras, que possuem um papel importante na degradação 
das Monoaminas, como a MAO. 
 
Simpaticomiméticos Indiretos 
 
Os simpaticomiméticos são fármacos que imitam os efeitos da 
ativação do SNA simpático. São chamados de indiretos pois não 
afetam diretamente o receptor noradrenérgico, mas sim no 
processo de armazenamento da noradrenalina. Temos dois 
efeitos desses simpaticomiméticos indiretos, sendo o efeito 
agudo e o efeito crônico. De um modo geral, esses fármacos, 
como a Guanitidina, entram dentro da vesícula de 
armazenamento, deslocando a noradrenalina, que é transportada 
para fora da célula por meio do transportador de noradrenalina 
em uma direção contrária. Isso causa uma estimulação rápida 
do simpático devido à grande liberação de noradrenalina, 
caracterizando o efeito agudo. A longo prazo, que chamamos 
de efeito crônico, ocorre uma depleção da noradrenalina, 
acarretando na redução da ativação simpática. 
A guanitidina, portanto, é um fármaco que entra no neurônio e 
posteriormente na vesícula, causando uma liberação repentina de 
noradrenalina e posteriormente a sua depleção. Esse fármaco era 
utilizado no tratamento da hipertensão, mas agora temos fármacos 
melhores e que causam menos efeitos indesejáveis. A anfetamina 
também possui esse efeito de deslocamento da noradrenalina, um 
efeito semelhante para o que vemos em um produto da dieta 
chamado de Tiramina, presente em queijos e que geralmente são 
metabolizados pela MAO. Pacientes que fazem uso de uma classe 
de fármacos chamados de inibidores de MAO, essa tiramina não é 
metabolizada, fazendo com que se acumule e entre nas 
vesículas das varicosidades e desloca a noradrenalina, 
podendo causar uma crise adenérgica aguda. 
Temos a Excedrina, outro fármaco com efeito semelhante, 
com liberação de noradrenalina, assim como a anfetamina 
e o metilfenidato, usado no tratamento de hiperatividade. A 
Excedrina, além de atuar liberando noradrenalina, também 
atua como agonista B2 adrenérgico. 
 
 
 
 
Simpatomiméticos 
 
Temos que os agonistas vão imitar a ação da noradrenalina. 
A noradrenalina irá se ligar ao receptor adrenérgico 
ativando-o e acarretando os efeitos biológicos desse 
transmissor, como o aumento do débito e da frequência 
cardíaca, vasoconstrição e broncodilatação. O fármaco 
agonista se liga ao receptor e o ativa, gerando efeito 
biológicos semelhantes aos da NA. 
 
 
 
 
Ações do SNA simpático na função cardiovascular 
 
Quando temos a liberação de noradrenalina e uma ligação com os receptores B1 adrenérgicos do coração ocorrerá um 
aumento da frequência cardíaca e da força de contração, levando à um aumento do débito cardíaco. Esse aumento da 
frequência cardíaca se dá pelo aumento da automaticidade cardíaca. 
No receptor alfa1 adrenérgico dos vasos sanguíneos teremos a ação de noradrenalina, causando vasoconstrição nos 
músculos lisos dos vasos. Sendo assim, a união da vasoconstrição dos vasos com o aumento do débito cardíaco leva a 
um aumento da pressão arterial. 
 
Agonistas alfa1 adrenérgicos. 
 
Quando utilizamos um fármaco agonista, como por exemplo a Fenilefrina e a Norepinefrina, haverá a ativação dos 
receptores adrenérgicos alfa1, acarretando em efeitos similares ao da noradrenalina, como vasoconstrição. Essa 
vasoconstrição levará à um aumento da resistência periférica total que por sua vez levará ao aumento da pressão arterial. 
Portanto, o uso terapêutico desses fármacos está relacionado com esses efeitos, sendo utilizados em estados hipotensivos 
ou que se precise uma manutenção da pressão arterial. 
Esses fármacos também promovem a vasoconstrição de arteríolas dilatadas dentro da mucosa nasal, reduzindo a 
congestão nasal (neosoro). A metoxamina tem uma ação mais limitada ao choque. A noradrenalina tem um intenso efeito 
vasoconstritor, que pode causar lesão tecidual, não sendo utilizada em aplicações locais. Já a adrenalina tem esse efeito 
vasoconstritor menos extremo, podendo ser utilizada localmente para estancar sangramentos superficiais e também 
prolongar o tempo dos anestésicos locais. 
 
Agonistas alfa2 adrenérgicos – Simpatolíticos Centrais 
 
Os agonistas alfa2 atuam sobre os receptores alfa2 adrenérgicos que, como vimos anteriormente, estão associados à 
uma proteína G inibitória. Neurônios adrenérgicos centrais reduzem a liberação de Noradrenalina, reduzindo o efeito da 
ativação do simpático, reduzindo a frequência e débito cardíaco, além da resistência periférica total, levando a uma redução 
da pressão arterial. 
A clonidina e a metildopa são exemplos desses simpatolíticos centrais. O simpatolítico é o fármaco que tem um efeito 
oposto ao da ativação do simpático, ou seja, esses fármacos, embora sejam agonistas, tem uma ação de diminuição de 
ativação do simpático. Metildopa tem um uso muito frequente na gestação, já a clonidina, se sofrer uma interrupção 
abrupta em seu uso, pode gerar uma crise hipertensiva potencialmente fatal. 
 
Agonistas B1 – Adrenérgicos 
 
Os receptoresB1 no coração aumentam a força de contração do coração, chamado de efeito Inotrópico positivo. De 
modo geral, quando o receptor B1 é ativado, também pode aumentar a automaticidade cardíaca, aumentando a força de 
contração e o débito cardíaco. 
A dobutamina se comporta como um agonista B1 seletivo, tendo como efeito principal o aumento da força de contração 
cardíaca, tendo o seu uso clínico na insuficiência cardíaca grave, levando a uma melhora do desempenho cardíaco global. 
O isoproterenol também é um fármaco agonista alfa1, porém, não é seletivo, agindo em beta1 e em beta2. 
 
Agonistas B2 – Adrenérgicos 
 
Os agonistas B2, como o salbutamol e o salmeterol, são fármacos que se ligam com os receptores B2 adrenérgicos e 
causam um efeito de relaxamento do músculo liso brônquico, ou seja, broncodilatação, sendo utilizado no tratamento da 
asma. 
 
Simpatomiméticos no Sistema Cardiovascular 
 
A toxicidade desses simpatomiméticos é uma extensão de seus efeitos farmacológicos, ou seja, como eles provocam 
vasoconstrição, um aumento da frequência e força de contração cardíaca e consequentemente aumento da pressão 
sanguínea pode haver um aumento das chances de isquemia e prejudicação de pacientes que sofrem de insuficiência 
cardíaca. 
Como aumentam a frequência cardíaca, podem causar arritmias cardíacas e lesão miocárdica e, portanto, paciências idosas 
ou com corionariopatia devem ter muita cautela ao utilizar esses fármacos. Além disso, quando esses fármacos são 
administrados via parenteral, há uma necessidade de monitoramento da PA constante. 
 
 
 
Simpatolíticos 
 
Os fármacos simpatolíticos são fármacos que produzem efeitos opostos aos efeitos da ativação do sistema nervoso 
autônomo simpático, sendo antagonistas da noradrenalina, causando bloqueio nos receptores adrenérgicos. Esse bloqueio 
pode ocorrer tanto nos receptores alfa quanto betas. 
Os antagonistas alfa1 adrenérgicos impedem o 
efeito vasoconstritor, levando à redução da 
resistência periférica e consequentemente 
redução da pressão arterial. Um dos efeitos 
colaterais possíveis do uso desses 
antagonistas alfa1 é a hipotensão postural e a 
taquicardia reflexa. 
Como esses antagonistas reduzem a pressão 
arterial, é claro que um de seus usos clínicos 
é para o tratamento da hipertensão crônica. 
A ação de simpatolíticos nos receptores B1 
impedem o efeito de aumento da força e frequência cardíaca, que pode ou não diminuir o débito cardíaco. Já antagonistas 
no receptor B2 fazem uma broncoconstrição. Agora imaginem se, 
ao utilizar um antagonista B1 visando a diminuição da pressão 
sanguínea, também houver ação do antagonista em receptores B2, 
causando uma broncoconstrição em paciente asmático. Portanto, é 
de extrema importância entendermos a seletividade e sua 
importância na clínica.

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