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TECIDO ÓSSEO

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TECIDO O SSEO 
O tecido ósseo apresenta inúmeras funções: 
 Suporte para tecidos moles 
 Proteção de órgãos vitais ( caixa craniana e 
torácica) 
 Alojamento e proteção da medula óssea 
 Apoio aos músculos esqueléticos 
 Deposito de íons (cálcio, fosfato) 
 Absorção de toxinas e metais pesados 
É um tipo especializado de tecido conjuntivo 
muito particular composto por uma matriz 
óssea (matriz extracelular calcificada) com 
uma porção orgânica e uma porção inorgânica 
Além disso, apresenta inúmeras células 
características como os OSTEÓCITO, 
OSTEOBLASTOS E OSTEOCLASTOS. 
 
Como a matriz extracelular do tecido ósseo 
encontra-se mineralizada são utilizadas 
técnicas histológicas especiais para o estudo. 
Uma das técnicas é o desgaste do tecido 
ósseo, essa técnica não preserva as células, 
mas permite o estudo da matriz, de suas 
lacunas e canalículos 
Outra técnica é a descalcificação do tecido 
ósseo que permite o estudo das células, a 
partir de solução acida diluída de acido nítrico 
e solução com substancia quelante (EDTA) 
 
 
A. CÉLULAS DO TO: 
 
1. OSTEOBLASTOS: 
São células oriundas das células 
osteoprogenitoras, localizam-se na superfície 
óssea, lado a lado. 
Os osteoblastos ATIVOS são aqueles com 
núcleos esféricos e citoplasma basófilo e não 
aqueles presentes na borda do tecido ósseo 
com células pavimentosas. 
Apresentam inúmeras funções especificas 
 Síntese da parte orgânica da matriz óssea 
constituída de colágeno tipo I, proteoglicanos, 
glicoproteínas, fosfatase alcalina 
 Produzem OSTEONECTINA que facilita a 
deposição de cálcio na matriz 
 Produz OSTEOCALCINA que estimula outros 
osteoblastos 
 Produzem OSTEOPONTINA e SIALOPROTEÍNAS 
ÓSSEAS que facilitam a adesão celular à 
matriz. 
Já os osteoblastos INATIVOS com núcleos 
pavimentosos e basofilia diminuída servem 
como células de revestimento ósseo. 
 
 
Devido a elevada síntese de inúmeras 
substancias, os osteoblastos apresentam um 
abundante REG, um Golgi bem desenvolvido e 
numerosas vesículas de secreção 
OSTEOIDE: matriz óssea recém-formada e não 
calcificada ou mineralizada ainda. Parte 
orgânica da matriz 
O deposito de matriz ao redor do corpo das 
células e dos seus prolongamentos (junções 
comunicantes) é denominado de lacunas e 
canalículos. 
Os osteoblastos aprisionados pela matriz 
recém-formada, passa a ser denominado de 
OSTEÓCITOS. 
 
2. OSTEÓCITOS: 
São provenientes dos osteoblastos que foram 
circundados por matriz óssea recém-formada 
(osteoide). Apresentam núcleo achatado e 
citoplasma pobre em organelas 
Os espaços em que essas células são 
aprisionadas na matriz óssea é denominado 
de LACUNAS . 
OBS: cada lacuna possui apenas um osteócito, 
e apresentam CANALÍCULOS que são 
estruturas que irradiam das lacunas formadas. 
Os osteócitos apresentam prolongamentos 
citoplasmáticos no interior dos canalículos 
que funcionam como junções comunicantes e 
permitem a passagem de pequenas moléculas 
e íons. 
Os osteócitos ainda são responsáveis pela 
manutenção do tecido ósseo através da 
secreção de MEC e de Metaloproteinas(MMP) 
Além de possuir mecanorreceptores 
responsáveis pela expressão genica e 
apoptose celular. 
Não existe difusão de substancias na matriz 
óssea calcificada, logo, a nutrição dos 
osteócitos só podem ocorrer a partir dos 
canalículos que permitem passagem de 
pequenas moléculas e íons. 
 
 
3. OSTEOCLASTOS: 
É células oriundas da medula óssea (sistema 
mononuclear fagocitário), móveis e gigantes, 
multinucleadas com ramificações irregulares, 
citoplasma acidófilo. 
Essas células estão presente em locais em que 
a remodelação óssea é necessária, formam as 
Lacunas de Howship que são depressões raras 
no tecido ósseo a partir das escavação do 
tecido ósseo. 
Sofrem apoptose apor realizar a reabsorção 
óssea do tecido nas áreas em que houve a 
escavação denominada acima. Os osteclastos 
são uma espécie de Pack-Man do tecido 
ósseo. 
OBS: MECANISMO DE REABSORÇÃO 
As bombas de H+ acidificam o microambiente 
delimitado pela zona clara que permite 
dissolver o componente inorgânico da matriz 
e melhorar a atividade das enzimas 
secretadas devido a adaptação do PH. 
A reabsorção da matriz óssea ocorre devido 
aos prolongamentos digitiformes, bombas de 
H+ e secreção de enzimas como colagenases e 
hidrolases 
Podem ocorrer casos em que alguns 
osteoclastos não possuem a zona pregueada 
por onde ocorre a liberação das enzimas e 
fagocitose do material a ser digerido. Essa 
anomalia é denominada de OSTEOPETROSE. 
Caso a reabsorção óssea não ocorra, podem 
trazer complicações aos indivíduos como 
anemia, surdez e até cegueira em casos mais 
graves. 
Alguns hormônios apresentam determinada 
influencia sobre as atividades dos osteoclastos 
como o paratormônio que aumenta o numero 
e consequentemente a atividade dessas 
células. Ao contrario do que faz a calcitonina, 
evitando a reabsorção óssea e portanto, 
inibindo a atividade dos osteoclastos. 
 
 
B. MATRIZ ÓSSEA: 
 
1. PORÇÃO INORGÂNICA: 
A porção inorgânica é composta por cristais 
de hidroxiapatita, bicarbonato, magnésio, 
potássio, sódio e citrato 
 
 
2. PORÇÃO ORGÂNICA: 
A porção orgânica é composta por colágeno 
do tipo I, substancia fundamental 
(proteoglicanos, GAGs sulfatados, 
glicoproteínas e fatores de crescimento – 
BMP). Esses elementos participam do 
processo de calcificação da matriz e são 
responsáveis por ligações entre células e 
matriz. 
OBS: A associação entre hidroxapatita e fibras 
colágenas garantem rigidez e resistência ao 
tecido ósseo. 
Descalcificação óssea: ocorre a remoção da 
parte inorgânica, o osso torna-se flexível 
 
Por outro lado, a extração do componente 
orgânico ( colágeno) faz com que o osso 
torna-se extremamente quebradiço. 
O osso é composto por duas superfícies 
conjutivas, uma interna denominada 
ENDÓSTEO (apresenta uma monocamada de 
células osteoprogenitoras) e outra externa 
denominada PERIÓSTEO ( constituída por 
tecido conjuntivo denso na parte mais 
externa e células osteoprogenitoras na 
camada mais interna) recobertas com células 
osteogênicas e tecido conjuntivo . 
Ambas superfícies garantem a nutrição do 
tecido ósseo e fornecimento de novos 
osteoblastos para recuperação óssea. 
C. TIPOS DE TECIDO ÓSSEO: 
Macroscopicamente o osso possui uma parte 
interna denominada de osso trabecular ou 
osso esponjoso e uma parte externa 
denominada de osso compacto ou denso. 
A medula óssea localizada internamente 
preenche o canal medular e os espaços no 
osso esponjoso. 
 
 
Microscopicamente, existem dois tipos de 
tecido ósseo: o tecido IMATURO/ PRIMÁRIO 
e o tecido MADURO/SECUNDÁRIO/LAMELAR 
Ambos possuem os mesmos tipos celulares e 
constituintes de matriz. Mas apresentam 
diferenciação na orientação das fibras de 
colágeno, no numero de células e na 
calcificação da matriz. 
 
A. TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO: 
As fibras colágenas não apresentam 
organização definida, com menor quantidade 
de minerais e maior proporção de osteócitos. 
É o primeiro tecido ósseo a se formar 
(desenvolvimento fetal e em reparo de 
fraturas) 
É reabsorvido e substituído por tecido ósseo 
secundário posteriormente. Em adultos, esse 
tipo de tecido ósseo é encontrado nas suturas 
dos ossos cranianos, nos alvéolos dentários e 
nas inserções dos tendões. 
B. TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO: 
As fibras colágenas diferentemente das fibras 
do tecido primário, estão organizadas de 
maneira paralelas umas ás outras ou 
organizadas de forma concêntrica em torno 
de canais com vasos, formando os SISTEMAS 
DE HAVERS (ósteons). 
 
 
 Canal de Havers: contém vasos sanguíneos e 
nervos, paralelos a diáfises ( eixo longitudinal 
dos ossos) de ossos longos e revestido por 
endósteo. 
 Cimento: separa as lamelas – matriz 
calcificada pobre em colágeno. 
 Lacunas: ocupadaspor osteocitos 
 Canalículos: ocupados por prolongamentos 
de osteócitos. 
 
 
OBS: CANAL DE WOLKMANN: comunicação 
entre os canais de Havers e destes canais com 
a medula óssea e com a superfície externa do 
osso. Não apresenta lamelas concêntricas. 
 Lamelas circunferenciais externas: logo 
abaixo do periósteo 
 Lamelas circunferências internas: envolvem 
completamente a cavidade medular, próximo 
do endósteo. 
 Lamelas intersticiais: restos de sistemas de 
Havers que sofreram remodelamento. 
 
C. HISTOGÊNESE: 
As células osteoprogenitoras localizam-se na 
camada interna do periósteo e no endósteo 
em toda sua totalidade. São ativadas durante 
o período de crescimento ósseo intenso. 
Os osteoblastos proveniente de uma célula 
mesenquimal indiferenciada darão origem aos 
osteocitos. 
Existem dois tipos de ossificação, a ossificação 
intramembranosa e a ossificação endocondral 
Independente do tipo de ossificação, o 
primeiro tecido ósseo a se formar é o tecido 
primário/imaturo, que posteriormente é 
substituído aos poucos por tecido ósseo 
secundário ou lamelar. 
1. OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA: 
É o processo de diferenciação do tecido 
mesenquimal altamente vascularizado. 
Segue o padrão de desenvolvimento a partir 
das células mesenquimais que formarão os 
osteoblastos. Os osteoblastos darão origem 
aos osteocitos e ao osteoide que sofrera 
posteriormente um processo de 
mineralização. 
 
Esse tipo de formará os ossos planos do 
crânio e da face, mandíbula e clavícula. Alem 
de ser o tipo de ossificação característico para 
o crescimento dos ossos curtos e o aumento 
de espessura dos ossos longos. 
Ocorre a partir de centros de ossificação, e 
ocorrem de maneira simultânea em vários 
locais do tecido conjuntivo. 
2. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
Esse tipo de ossificação inicia-se sobre uma 
peça de cartilagem hialina, de forma parecida 
à do osso que será formado, porém de 
tamanho menor. Encontrada na maioria dos 
ossos longos e curtos. 
O processo inicia-se a partir da modificação da 
cartilagem hialina pré-existente com a 
mineralização da matriz cartilaginosa, 
hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz 
cartilaginosa e morte dos condrócitos por 
apoptose. 
Posteriormente, ocorre o aumento da 
vascularização local e chegada das células 
osteoprogenitoras e da medula óssea. O 
tecido mesenquimal adjacente diferencia-se 
em osteoblastos e ocorre a deposição de 
matriz óssea sobre a matriz cartilaginosa 
calcificada. 
O tecido cartilaginoso é substituído por tecido 
ósseo, não ocorre a transformação de um 
tecido em outro diferentemente do que 
ocorre na ossificação intramembranosa em 
que o tecido mesenquimal se transforma em 
tecido ósseo. 
 
3. FORMAÇÃO DOS OSSOS LONGOS 
Ocorre a ossificação intramembranosa do 
pericôndrio na parte media da diáfise, 
formando o colar ósseo. 
A formação do colar ósseo induz a hipertrofia 
e morte dos condrócitos e em seguida a 
matriz óssea se mineraliza. 
Os vasos sanguíneos do periósteo penetram a 
cartilagem calcificada levando as células 
osteoprogenitoras. Os osteoblastos iniciam a 
síntese de osteóide sobre a matriz 
cartilaginosa calcificada. 
Por fim, ocorre a mineralização da matriz 
óssea e formação do osso longo. 
O centro primário de ossificação localizado na 
porção media da diáfise proporciona um 
crescimento longitudinal rápido, muito 
comum na medula óssea. 
 
Ainda que ocorra a ossificação endocondral, 
nem todo tecido cartilaginoso é substituído 
por tecido ósseo. Alguns pontos como a 
cartilagem articular do osso, ainda 
permanecem com tecido cartilaginoso, além 
do DISCO EPIFISÁRIO localizado entre a diáfise 
e a epífise do osso, em que desaparece com 
20 anos de idade (responsável pelo 
crescimento longitudinal do osso). 
 
4. CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS 
Quando ocorre uma fratura, inicia-se com 
uma hemorragia e morte das células ósseas. 
Os restos celulares são removidos e formam-
se os coágulos por macrófagos. 
Ocorre a proliferação do endósteo e periósteo 
formando um tecido rico em células 
osteoprogenitoras. 
Surgimento do tecido ósseo primário, tanto 
por ossificação endocondral com substituição 
da cartilagem hialina como ossificação 
intramembranosa. 
Forma-se o calo ósseo, constituindo um tecido 
ósseo imaturo que posteriormente dará 
origem ao tecido ósseo secundário ou 
lamelar. 
 
5. TECIDO ÓSSEO E RELEVÂNCIA CLINICA 
 
 CALCITONINA – inibe as atividades dos 
osteoclastos ( diminui a absorção óssea) 
 PARATORMÔNIO – estimulo na atividade dos 
osteoclastos ( aumenta a calcemia) 
 HORMÔNIOS DE CRESC. – os hormônios da 
adenohipófise influenciam no crescimento 
dos ossos podendo provocar nanismo 
hipofisário, gigantismo em crianças e 
acromegalia em adultos. 
 HORMONIOS SEXUAIS – estimulo na 
formação do tecido ósseo, relacionado a 
osteosporose. 
 OSTEOPETROSE – comprometimento da 
absorção óssea ( aumento da densidade 
óssea) provoca anemia, surdez, deficiência de 
leucócitos e ate cegueira. 
 RAQUITISMO – a falta de vitamina D (falta de 
cálcio provoca uma calcificação incompleta). A 
osteomalacia provocada pela falta de 
vitamina D em adultos ( ossos maleáveis, 
fragilidade) 
 
Os ossos estão sujeitos a inúmeros tipos de 
tumores que o podem afetar, como os 
OSTEOMAS que são benignos e os 
OSTEOSSARCOMAS, CONDROMAS E 
CONDROSSARCOMAS que são malignos.

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