Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INFLAMÁVEIS INTRODUÇÃO Fluidos fluorados com elevado efeito de estufa – HFC (F-Gases) Após a saída de mercado dos CFCs (R12 e outros) e, no final de 2014, dos HCFCs (R22 e outros) foram desenvolvidos em laboratório e fabricados, fluidos não contendo cloro (portanto, que não destruíssem a camada de ozono) que substituíssem aqueles. Estes novos fluidos, R 134a, R 404A, R 407C, R 410A, R 507, entre outros, todos isentos de cloro, portanto com um valor de ODP=0, em cuja composição não entra o cloro (Cl) mas sempre hidrogénio (H), fluor (F) e carbono (C), são conhecidos como os Hidro- fluoro-carbonetos ou HFC. PAG / GWP Tomou-se como referência precisamente o CO2, e deu-se-lhe o valor 1, a unidade, referência padrão para os valores do “Potencial de Aquecimento Global” (PAG, em português; em inglês utiliza-se a sigla GWP relativa a Global Warming Potential ). Exemplo: Fluido com PAG 2500 – Quer dizer que 1kg do fluído em questão contribui 2500 vezes mais que 1 kg de CO2, durante 100 anos. Mediu-se o valor do PAG de todos os outros gases libertados pelo homem no ambiente, ficando os “nossos” HFC tabelados com valores praticamente sempre superiores a 1000 e variando até valores cerca de 4000 vezes superiores ao do dióxido de carbono. 1 Fluidos fluorados com elevado efeito de estufa – HFC (F-Gases) Valores de GWP/PAG de alguns dos fluidos mais utilizados: Fluido GWP/PAG (valores actualizados conforme último Relatório IPCC da ONU para as Alterações Climáticas) AR4 R 134a 1430 R 404A 3922 R 407C 1774 R 410A 2088 R 507A 3985 Famílias de fluídos frigorigéneos existentes no mercado Famílias Tipo Alguns Exemplos CFC Clorados R12, R11 HCFC Clorados R22 HFC Fluorados R134a, R410A HFO Hidrofluoroolefinas R1234yf , R1234ze Natural Orgânico Hidrocarbonetos R600a ( Isobutano ) R290 ( Propano ) R1270 ( Propileno ) Natural Inorgânico Ambientais R744 (CO2) R717 (NH3) R718 (H2O) R729 (Ar ) 2 Nova tabela de classificação de segurança de fluídos Toxidade : A – Baixa Toxidade, B- Alta toxidade Inflamabilidade : 1- Não inflamável 2L- Pouco Inflamável , 2 –Inflamável 3- Muito Inflamável Muito inflamável A3 B3 Inflamável A2 B2 Pouco inflamável A2 L B2 L Não inflamável A1 B1 Baixa toxidade Alta toxidade A2 L e B2 L são as novas subclasses - Pouco inflamáveis, para uma velocidade de queima inferior ou igual a 0,1 m/s. NOTA: Não tóxico para concentrações « 400 ppm ( mg/litro ) Tóxico para concentrações » 400 ppm 3 De acordo com a nova classificação, o R744, mais conhecido como dióxido de carbono (CO2), tem uma classificação de segurança A1, o R717, mais conhecido como amoníaco (NH3), tem uma classificação de segurança B2L. Alguns exemplos de fluidos com o GWP/PAG e a classificação de segurança NÍVEL GWP/PAG – Alto »/=2500; Médio ( 150-2499 ) ;Baixo «150 FLUÍDOS TIPO ODP GWP NÍVEL GWP CL SEG R32 HFC 0 675 Médio A2L R134a HFC 0 1430 Médio A1 R404A HFC 0 3922 Alto A1 R410A HFC 0 2088 Médio A1 R290 HC 0 3 Baixo A3 R600a HC 0 3 Baixo A3 R1234yf HFO 0 4 Baixo A2L R1234ze HFO 0 7 Baixo A2L Tipos de fluidos Fluidos puros: Formados por um único componente. A uma dada pressão, a temperatura permanece constante durante as mudanças de estado. Ex: R134a Misturas: Combinação de vários componentes para criar um fluido específico. Ex: R404A Misturas Zeotrópicas: Misturas que a dada pressão, apresentam um deslizamento da temperatura durante as mudanças de estado. Ex: R407C Misturas Azeotrópicas: Misturas que a dada pressão mantém a temperatura de mudanças de estado. (Comportam-se como substâncias puras).Ex: R507 4 A tabela seguinte mostra-nos algumas misturas com o GWP/PAG e com o deslizamento de temperatura ( Glide ) na mudança de estado, em º Celsius Fluídos GWP Desl. Temp. ºC (glide) R407C 1774 7,4 R407A 2107 6,6 R407F 1825 6,4 R422A 3143 2,5 R422D 2729 4,5 R417A 2346 5,6 ALGUMAS MISTURAS A tabela seguinte mostra-nos algumas misturas com os componentes em valor percentual e o valor actual do potencial de aquecimento global. 5 Fugas no sistema, consequências RETIRADA DO MERCADO DOS FLUORADOS PROIBIÇÕES 1. QUOTAS HFC – TONELADAS CO2 EQUIVALENTE 6 2. PROIBIÇÕES – COLOCAÇÃO NO MERCADO Exceção – Equipamentos militares e isenções especiais Nota – Na tabela acima, onde se indica PAG»150 quer dizer maior ou igual que 150 7 3.PROIBIÇÕES – ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTA – Gases reciclados podem também ser utilizados no mesmo Operador. NOTA - Se os equipamentos foram colocados no mercado devido a uma autorização especial, esta restrição de utilização na assistência técnica não se aplica. 8 FLUIDOS INFLAMÁVEIS 1. NATURAIS ORGÂNICOS Propano R 290 • Fluido natural orgânico; Hidrocarboneto ( HC ) • Barato na produção; • Inflamável; Classificação de segurança (A3); • GWP baixo (3); • Pequenos/médios sistemas selados domésticos e industriais; • Pode em certas condições, substituir R 134a, R 404A ou R 22 através de retrofit, tecnicamente acompanhado; • Sistemas de segurança adequados contra faíscas; • Pessoal técnico especializado; • Carga aproximadamente igual a 40% - 50% de R22 ou R404A; • O armazenamento deve ser feito em local ventilado forçado. A utilização de sensores em locais problemáticos, ajuda a monitorizar a situação. • Tipo de óleo utilizado – MO ou POE, no entanto poderá utilizar outras famílias. • Tempo de vida na atmosfera – Meses 9 TABELA DE CARACTERÍSTICAS DO PROPANO COMPARAÇÃO COM OUTROS FLUIDOS 10 PRESSÃO – R290 anda próximo dos valores do R22 CAPACIDADE VOLUMETRICA – R290 tem cerca de 90% do R22 e 150% do R134a a uma temperatura de condensação de 45ºC. PRINCIPAIS PONTOS DE ANÁLISE DE RISCO HIDROCARBONETOS 1. Anulação de atmosferas inflamáveis –Identificar as substâncias e as atmosferas inflamáveis. Limitar a extensão dessas zonas. 2. Eliminação de fontes de ignição –Identificar, eliminar ou proteger as principais fontes de ignição. 3. Limitar as consequências de possíveis ignições- Estimar ou adoptar medidas para minimizar as possíveis ignições. 11 INFLAMABILIDADE – HÁ QUE TER CUIDADOS ESPECIAIS NO SEU MANUSEAMENTO Limite inferior de inflamabilidade 2,1 % Aprox. 0,038 kg/m3 Temperaturas de auto ignição/ superficial 470ºC/370ºC Para que se produza um acidente, é necessário cumprir as duas condições. Uma a mistura do fluído com o ar e a outra o tipo de ignição com certos níveis de energia ou temperatura. 12 Etiqueta amarela, gás inflamável. Os compressores com o R290, têm protectores internos e sistemas de arranque e relés especiais, assegurando que não podem produzir faíscas junto ao compressor. Em caso de fuga, não está assegurado que a mistura com o ar exterior fique abaixo do Limite de explosão inferior. O R 290 em sistemas de refrigeração doméstico ou similares, está regulamentado na Europa, de forma que a carga máxima seja 500g. Segundo as Normas EN 378-1 DE 2017 o valor aconselhado é 20%, pelo que o valor prático a considerar deverá ser 8g/m3 O principal objectivo é afastar os componentes de corte (Ignições) dos elementos com concentração de fluído. TRÊS TIPOS DE APLICAÇÕES 13 Solução 1Evaporador / termóstato / interruptor de porta na zona de armazenamento. Com fluidos inflamáveis não se deveria utilizar. Solução 2 Evaporador na zona de armazenamento. É a solução mais segura Solução 3 Evaporador incrustado no interior do equipamento É uma solução segura, utiliza-se com frequência NOTA – Diagram P/H comparação R404A e R290, ver pagina 48. Butano R 600 e Isobutano R 600a O butano R 600 e o isobutano ou ciclo-butano R 600a são também fluidos naturais orgânicos inflamáveis, derivados do petróleo, baratos, de fácil acessibilidade e com boas características termodinâmicas. R 600a ( PAG = 3 ) suplanta o R 600 ( PAG = 4 ), acabando por ser hoje, dos dois butanos, aquele que aparece em mais de 90% dos circuitos frigoríficos. O butano sempre encontrou boa aplicação mas, em pequenos circuitos frigoríficos de uso doméstico ou comercial ou pequenos sistemas de climatização ambiente. Espera-se que o R 600a isobutano será um dos fluidos de grande aplicação na refrigeração e ar condicionado no futuro. Tempo de vida na atmosfera – Semanas Classe de Segurança A3 / PAG = 3 14 Os hidrocarbonetos são compatíveis com a maior parte das famílias de óleo, pelo que poderá utilizar óleo tipo MO ou POE. TABELA DE CARACTERÍSTICAS DO ISOBUTANO 15 INFLAMABILIDADE – HÁ QUE TER CUIDADOS ESPECIAIS NO SEU MANUSEAMENTO Limite inferior de inflamabilidade 1,8 % Aprox. 0,043kg/m3 Temperatura de auto ignição/ superficial 460ºC/360ºC O valor prático de inflamabilidade considerando 20% é aproximadamente 9 g/m3. Poderá utilizar o valor 8g/m3 igual ao Propano. Para que se produza um acidente é necessário cumprir as duas condições. Uma a mistura do fluído com o ar e a outra o tipo de ignição com certos níveis de energia ou temperatura. Os compressores com o R600a, têm protectores internos e sistemas de arranque e relés especiais, assegurando que não podem produzir faíscas junto ao compressor. Em caso de fuga, não está assegurado que a mistura com o ar exterior fique abaixo do Limite de explosão inferior. Etiqueta amarela, gás inflamável. 16 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTO RECOMENDADOS PARA TRABALHAR COM HIDROCARBONETOS Detectores Devem ser especialmente indicados para gases inflamáveis. Devem ter uma escala mínima de 40 ppm. Balanças Se electrónicas, devem ser apropriadas para gases inflamáveis e com escala adequada para pequenas cargas. Manifold Se electrónico, devem confirmar se o mesmo é apropriado para utilização em gases inflamáveis. Vacuometro Se electrónico, devem confirmar se o mesmo é apropriado para utilização em gases inflamáveis. Bomba de vácuo Deve ser adequada para HC ou preparada para (on/off ) à distância fora da zona crítica. Máquina recuperadora Confirmar se a recuperadora aceita e foi especialmente projectada para gases inflamáveis. Ventilação Para tornar os locais seguros é necessário haver ventilação natural ou forçada dependendo das cargas de gás utilizado. Cilindros de recuperação e acessórios Devem ser adequados para as pressões máximas recomendadas para hidrocarbonetos. Os vários adaptadores para cilindros devem ser utilizados para evitar de uma forma eficaz, as possíveis fugas. Equipamento de protecção Os equipamentos standards devem ser utilizados, mais os extintores de incêndio. 17 RECOLHA DE HIDROCARBONETOS HC Nota Importante A recolha de hidrocarbonetos deve ser feita de forma eficaz, para evitar resíduos inflamáveis. A utilização de bombas recuperadoras projectadas para tal é fundamental. Qualquer brasagem, obriga a redobrados cuidados especiais e deve ser feita sempre com azoto circulando no interior das tubagens. Alternativa às brasagens Para tornar mais seguras as operações de ligação de tubagens, devem ser utilizados novos sistemas de ligação por pressão, já disponíveis no mercado. Exemplos de várias ferramentas e equipamentos para trabalhar com HC 18 Exemplos de carga em segurança. 19 Evacuação e carga Exemplo de sistema de ligação de tubagens sem brasagem 20 Propileno R 1270 ( C3H6 ) O Propileno é um fluido natural orgânico inflamável, mais pesado que o ar, incolor, não tóxico e com boas características termodinâmicas. O R 1270 tem um PAG de 2 e a classificação de segurança é A3. É um substituto do R22 e do R 502. É compatível com óleos Minerais ou Polialfaofelinos. Tem uma temperatura de evaporação de – 47,9ºC. Limite inferior de inflamabilidade 0,046 kg/m3, valor prático com base em 20%LFL - 9,4g/m3. Poderá utilizar o valor 8g/m3 igual ao Propano. Temperatura de auto ignição/superficial 455ºC /355ºC. Utiliza-se em sistemas comerciais e industriais de refrigeração e em sistemas de ar condicionado de pequena e grande dimensão. 21 2. HIDROFLUOROOLEFINAS - HFO R1234yf R1234ze Tetrafluoropropano Este tipo de fluidos conhecidos como HFO, chamam-se hidrofluoro olefinas e são compostos em que as ligações entre os átomos de carbono, contem pelo menos uma dupla ligação. São HFCs não saturados. Os dois fluidos mais conhecidos, são o R 1234yf e o R 1234ze. Principais características: Baixo GWP 4,0 e 7,0 respectivamente. Classificação de segurança - A2L Índices de inflamabilidade – 0,289kg/m3 e 0,303kg/m3 Temperatura de auto ignição / superficial – R1234yf - 405ºC/305ºC Temperatura de auto ignição / superficial – R1234ze - 368ºC/268ºC Estes fluidos têm um tempo curto de degradação na atmosfera, normalmente uma a duas semanas e são compatíveis com os óleos lubrificantes sintéticos, tipo POE . 22 R1234 ze – Pressões de funcionamento – Comparativo O R1234ze trabalha com pressões inferiores ao R134a e R1234yf. Na substituição do R134a, não pode ser utilizado em “drop-in” (substituição directa) devido ao problema das pressões. Estes dois fluidos poderão ser usados na substituição do R134a ( R 1234 yf ) e no R 410 A ( R 1234 ze ). 23 Comparação com o R134a Principais características R1234ze R134a Peso molecular 114kg/mol 102kg/mol Temperatura de evaporação a 101.3kPa -18,95ºC -26,06ºC Temperatura crítica 109,40ºC 101,1ºC Pressão crítica 36,4 bar 40,6 bar Calor latente de vaporização a 30ºC 162,90kJ/kg 173,10kJ/kg HFOs na composição das novas misturas Algumas utilizações atuais: R 1234 yf – Especialmente no mercado ar condicionado automóvel e em misturas R 1234 ze – Utilizado em Chillers para aplicações comerciais e em misturas. Podem também ser utilizados em sistemas em cascata com CO2. Em estudo estão aplicações em Chillers de grande capacidade. 24 3. HIDROFLUORCARBONO - HFC R32 Difluorometano, CH2F2 Fluído puro, pertencente à família dos HFCs, que é utilizado como fluido puro e em misturas, como por exemplo : R 407C, R410A, R442A e outras. Não é utilizado como fluido de “retrofit”, aparece em novos equipamentos projectados para este fluído. Principais características: Baixo GWP 675 – Nível médio Classificação de segurança - A2L Índice de inflamabilidade – 0,307kg/m3 Temperatura de auto ignição / superficial – 648ºC/548ºC Este fluído é compatível com os óleos lubrificantes sintéticos, tipo POE. Energicamente mais eficiente – Capacidade de transferência de calor 1,5 vezes superior ao R410A. Volume decarga – Será inferior ao R410A, podendo em alguns casos chegar a 30% mais pequeno. Exemplo para uma unidade de 3,5kW: PAG Carga de fluído kg Impacto CO2 eq R410 A 2088 100% 100% R32 675 69% 22% 25 COMPARAÇÃO COM R22 E R410A ENTALPIA DE EVAPORAÇÃO ANALISE DOS PAG E CARGAS DE R32 E R410A Valor final PAG = 472, inferior a ¼ quando comparado com 2088 26 EXEMPLO VERIFICAÇÃO DA CARGA EM FUNÇÃO DO VOLUME Volume = 35m2 x 2,60m = 91 m3 . Carga por m3 1000g / 91m3 = 11g/m3 Unidade de 3,5 kW a R32, limite inferior de inflamabilidade não é atingido. Dividindo o valor teórico 307 g/m3 por 5 (20%) e comparando dá 61g/m3 : 11g/m3 « 61 g/m3 Utilização – Em equipamentos de ar condicionado, com carga inferior a 3 kg. Como tem um PAG inferior a 750, pode continuar a ser utilizado mesmo depois de Janeiro de 2025. O Reg 517 /2014, proíbe novos produtos de ar condicionado com carga inferior a 3 kg que tenham um PAG igual ou superior a 750. 27 NORMA EN 378-1 SEGURANÇA CLASSIFICAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DOS SISTEMAS – Classe IV – Recinto ventilado. – Classe III – Sala de máquinas ou ao ar livre. – Classe II – Compressores em sala de máquinas ou ao ar livre. – Classe I – Equipamento mecânico localizado num local ocupado. CATEGORIAS DE ACESSO – ACESSO GERAL (a)– Hospitais, tribunais, prisões, escolas, hotéis, supermercados, etc. – ACESSO SUPERVISIONADO (b) – Escritórios de negócios, laboratórios, fabricas, etc. – ACESSO AUTORIZADO (c) – Matadouros, instalações de fabrico de produtos químicos ou alimentares, centrais leiteiras, entrepostos frigoríficos, fabricas de gelo, etc. QUADROS DE REQUISITOS E LIMITAÇÕES 28 QUADROS DE REQUISITOS E LIMITAÇÕES ( Para equipamento ao ar livre e sala de máquinas ver também página 49) 29 QUADROS DE REQUISITOS E LIMITAÇÕES Fórmula de cálculo para zona de conforto, conforme C.2 30 31 32 RESUMO HISTÓRICO DE UTILIZAÇÃO DE FLUIDOS FRIGORIGÉNICOS TENDÊNCIAS FUTURAS EM TERMOS DE UTILIZAÇÃO DE FAMÍLIAS DE FLUIDOS 33 LIMITE DE IFLAMABILIDADE (g/m3) VERSUS ENERGIA DE IGNIÇÃO (MJ) e VELOCIDADE DE QUEIMA (cm/s ) 34 COMPARATIVO LCCP – Rendimento energético analisando o ciclo de vida e os efeitos ambientais. 35 36 CARACTERÍSTICAS SEGURANÇA FRIGORIGÉNEO CLASSIFICAÇÃO DE LFL, kg/m3 AUTO IGNIÇÃO PL, kg/m3 ATEL/ODL SEGURANÇA 1 TEMP Limite prático 2 R744 A1 Não aplicável Não aplicavel 0,1 0,072 CO2 R717 B2L 0,116 630 0,00035 0,00022 NH3 R32 A2L 0,307 648 0,061 0,3 HFC R1234ze A2L 0,303 368 0,061 0,28 HFO R1234YF A2L 0,289 405 0,058 0,47 HFO R600a A3 0,043 460 0,009 0,059 HC R290 A3 0,038 470 0,008 0,09 HC R1270 A3 0,047 455 0,009 0,0017 HC 1 Limite inferior de inflamabilidade 2 Relação Limite de exposição a toxidade aguda/Limite de privação de oxigénio 37 “ CHECK LIST ” TIPO PARA INTERVENÇÕES EM FLUIDOS INFLAMÁVEIS ITEMS Verificado Observações INFLAMABILIDADE (ATMOSFERAS INFLAMÁVEIS ) IGNIÇÕES VENTILAÇÃO ZONA DE SEGURANÇA EXTINTOR E SINALÉTICA DETETOR FIXO EQUIPAMENTOS A UTILIZAR TEMPERATURAS MÁXIMAS DE AUTO IGNIÇÃO E SUPERFICIAL Fluido Auto ignição (ºC) Temperatura superficial (ºC ) R32 648 548 R290 470 370 R600a 460 360 R1234yf 405 305 R1234ze 368 268 R1270 455 355 38 DETEÇÃO DE FUGAS FIXAS, ALARME Alarme – 25% de LFL ou 50% de ATEL FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS • Conhecimentos das características dos fluidos, classificação de segurança e densidade relativa • Normas de segurança adequadas a cada tipo de fluido • Conhecimento de ferramentas adequadas a cada caso. Manusear e armazenar em segurança 39 SUBSTITUIÇÃO DE FLUIDOS – HFC 40 SUBSTITUIÇÃO DE FLUIDOS - HFC 41 APLICAÇÕES MAIS USUAIS 42 CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS FLUÍDOS ARMAZENAMENTO E MANUSEAMENTO Precauções de manuseamento – Hidrocarbonetos Utilize um transporte adequado para evitar arrastar ou rodar os cilindros. Utilize ferramentas à prova de faíscas e à prova de explosão. Cuidados especiais na inalação, contacto com a pele, ingestão e contacto ocular. As cargas devem ser reduzidas. 43 Precauções de armazenamento – Hidrocarbonetos Ventilação adequada. Não haver pontos de ignição. Temperatura do local, não deve exceder 52ºC. O equipamento eléctrico tem de ser à prova de explosão. Os cilindros devem ser colocados na vertical, se possível agarrados à parede e afastados do oxigénio, cloro e outros oxidantes, pelo menos 6 m. Se possível ter uma divisória de protecção. Planta tipo, exemplo de armazenagem 44 Transporte em caixa fechada de pequenas cargas de hidrocarbonetos 45 ALGUMAS NOTAS INFORMAÇÃO SOBRE DENSIDADES Comparação de cargas de fluído no estado líquido dentro dos cilindros e efeitos da redução de Oxigénio no corpo humano 46 ÓLEOS LUBRIFICANTES FLUÍDOS / ÓLEOS MO AB MO/AB PAO POE PVE PAG HIDRO (H)CFC OK OK OK MISTURAS c/R22 OK OK OK HFC/MIST. OK OK HC OK OK OK OK OK HFC/HC MIST OK OK HFO+HFO/HFC MIST OK NH3 OK OK OK Famílias de óleos Novos POE – Poliester; PVE – Polivinil; PAG – Polialquiglicol; Hidro – Hidro mineral Famílias de óleos Tradicionais MO – Óleo Mineral; AB – Alqui-Benzeno; MO / AB – Mineral / Alqui- Benzeno; PAO – Polialfaolefinos 47 DIAGRAMA P/H COMPARAÇÃO DO R404A E R290 48 INFORMAÇÃO SOBRE A NORMA 378-3 EQUIPAMENTOS NO EXTERIOR E EM SALA DE MÁQUINAS 49 INFORMAÇÃO EXTRA PROGRAMA INFLAMÁVEIS LEGISLAÇÃO DE GASES FLUORADOS RESUMO DA SITUAÇÃO ACTUAL Reg. 842/2006 – Substituído pelo Reg. 517/2014 – Reg. Base ou principal Reg. 303/2008 – Substituído pelo Reg. (U.E.) 2015/2067 Introduz algumas alterações gerais, e inclui a certificação dos técnicos de refrigeração de camiões e reboques refrigerados. Reg. Certificação Reg. 1494/2007 – Substituído pelo Reg. (U.E.) 2015/2068 Introduz algumas alterações à rotulagem. Reg. Rotulagem Reg. 1516 / 2007 – Regulamento deteção de fugas. Em vigor. Reg. Deteção de fugas Dec.lei 56/2011 – Substituído pelo Dec.lei 145/2017 – Permite o acesso à certificação de fluidos ODS (APA), caso o técnico de fluorados esteja certificado pelo Reg.2015/2067 Regulamento Europeu (CE)517/2014 Toneladas de equivalentes de CO2 Quantidade de gases com efeito de estufa correspondente ao resultado da multiplicação da carga de gases com efeitode estufa em toneladas métricas pelo potencial de aquecimento global ( PAG ) . Toneladas CO2 equivalente = Carga (toneladas métricas) x PAG Exemplos : Obter toneladas equivalentes de CO2 através da carga em kg 1.Fluído R134a ; Carga = 2,4 kg ; PAG = 1430 Carga em Ton. CO2eq = 2,4/1000 x 1430 = 3,43 Ton. CO2 eq. 2.Fluído R410a ; Carga = 2,4 kg ; PAG = 2088 Carga em Ton. CO2eq = 2,4/1000 x 2088 = 5,01 Ton. CO2 eq. 50 Carga em kg versus toneladas CO2 equivalente Obrigações e periodicidades 1. Evitar as fugas dos gases fluorados e reparar assim que possível quaisquer fugas detetadas. O responsável é o operador. 2. Periodicidade obrigatória para deteção de fugas, de acordo com o Reg. 517/2014 : 51 Notas importantes sobre o Reg. 517/2014 1.As aplicações devem ser controladas para detecção de fugas no prazo de um mês a contar da reparação de uma fuga, a fim de assegurar que a reparação foi eficaz Para efeitos do presente número, «controladas para detecção de fugas» significa que o equipamento ou sistema é examinado para detectar fugas, utilizando métodos de medição directos ou indirectos. As aplicações recentemente instaladas, devem ser controladas para detecção de fugas, imediatamente após colocação em funcionamento. 2.Os operadores e as empresas que prestem serviços, devem estabelecer e manter registos e cópias dos mesmos (para as empresas) durante 5 anos com a seguinte informação: • Quantidade e tipo de gases fluorados instalados. • Quantidades de gases adicionadas em várias operações. • Quantidades de gases reciclados ou valorizados, indicando o nome e endereço do local de recuperação e valorização. Quantidade de gases fluorados recuperados. • Identidade da empresa que instalou, ou realizou algum serviço técnico. • Datas e resultados das verificações para detecção de fugas • Medidas tomadas para recuperar e eliminar os gases fluorados, quando os equipamentos tiverem sido desactivados. Pela Lei portuguesa, é considerado operador o dono do equipamento. 3.Os certificados existentes emitidos nos termos do Reg. 842/2006 mantêm-se válidos por sete anos desde a data de emissão. 4.Gases fluorados com efeito de estufa, são os hidrofluorocarbonetos (HFC), perfluorocarbonetos (PFC), hexafluoreto de enxofre ( SF6 ), constantes do anexo I e II do Reg. 517/2014, e as preparações que contenham pelo menos uma destas substâncias. 52 5.Das intervenções que não envolvam contacto com o gás fluorado, apenas a detecção de fugas, terá de ser efectuada por um técnico certificado. 6.Chama-se aplicação a um circuito de refrigeração independente. Como exemplo se 2 Chillers com 100kg de HFC cada, estão interligados do lado da água fria, mas não no circuito de refrigeração, representam duas aplicações de 100kg cada. 7.As quotas de mercado para os gases fluorados vão ter como referência o consumo médio entre 2009 e 2012. Em 2015 a importação diz respeito a 100% desse consumo médio, em 2016 terá um redução de 7%, nos anos seguintes a redução aumentará até aos 21% em 2030. 8.De acordo com o decreto-lei 56/2011 só os equipamentos colocados no mercado a partir de 22/Abril/2011 são obrigados a rotulagem em português. Nos produtos que sejam colocados a partir de 1 de Janeiro de 2017, deverão constar, o PAG, a quantidade de carga de gás (g ou kg) e em toneladas equivalente de CO2. 9.Os rótulos devem ser colocados de modo a serem visíveis aquando da instalação ou assistência técnica, por exemplo, ao lado das placas indicadoras existentes sobre informação do produto. A responsabilidade da rotulagem é de quem coloca o equipamento no mercado. 10.Os registos devem ser mantidos um por cada circuito independente de refrigeração. Não é obrigatório manter registos RAE para cargas inferiores a 5 ton. CO2 equivalente e menos de 3kg ( até 31/12/2016 ). 11.O caderno de registos de intervenções deverá ser preenchido em triplicado e obtido junto do organismo de certificação. A 1ª cópia deve ser enviada anualmente para o organismo de certificação, a 2ª cópia deverá ser para o proprietário e a 3ª cópia para o técnico certificado. 12.Fluído frigorigéneo recuperado, sujeito a processo de regeneração ou destruição, tem de ser encaminhado por um operador de gestão de resíduos licenciado, que deverá preencher uma guia de acompanhamento de resíduo, cujo número, deve ser colocado no registo da intervenção. 53 13.Só as uniões soldadas ou obtidas por brasagem podem ser consideradas num sistema hermeticamente fechado. 14.Uma empresa de prestação de serviços não certificada pode subcontratar uma empresa certificada para executar uma determinada intervenção. 15.Um organismo ou Empresa, que não preste serviços a terceiros nesta área, tem de possuir o seu próprio quadro de técnicos certificados, assim como os recursos próprios necessários, em termos de ferramentas e equipamentos (capítulo 4.5.1 especificações CERTIF), mas a empresa (organismo) não terá de ser certificada mas terá de estar registada na APA. 16.A instalação e manutenção ou assistência técnica a terceiros tem de ser efectuada por um técnico certificado, pertencente a uma empresa certificada ou estabelecido em nome individual como empresa certificada. 17.Os atestados de formação são específicos e estão apenas associados ao Reg. 307/2008, dizendo respeito a pessoal técnico, ligado aos sistemas de ar condicionado instalados em determinados veículos a motor e que contêm gases fluorados com efeito de estufa. Fluxos de informação atuais 54 ACORDO DE PARIS COP-21- Acordo de Paris – Quadro das nações Unidas sobre a Mudança de Clima 1.Pela primeira vez os EUA e a China aprovaram um acordo nesta área ( 195 países disseram sim ao acordo). 2.EUA e China representam cerca de 38% das emissões mundiais. 3.Foi assumido o compromisso de manter o aumento da temperatura média global da terra em menos de 2ºc acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC cima dos níveis pré-industriais. 4.Como o acordo foi ratificado pelos países que representam 55% das emissões mundiais, o mesmo entrou em vigor em Novembro de 2016 em vez da data limite de 2020. SUBSTITUIÇÃO DE FLUIDOS - ODS Substituição do R 12 • Substituir o óleo por um óleo novo dos tipos POE (polioléster) ou PAG (polialquilenoglicol), com os quais há que ter preocupações acrescidas devido à sua facilidade em absorverem humidade e degradarem-se; Não substituir no caso de instalações mais antigas com compressores herméticos. R 437A • Para resolver a situação das instalações antigas; • Tem bom comportamento com os óleos minerais (MO/AB), POE e PAG, actuar em conformidade com as recomendações do fabricante; R 424A, R 427A e R 438A • Alternativas equivalentes ainda em estudo, 55 Substituição do R 22 R 417A, R 417B, R 422D, R 438A Estes fluidos pelo facto de apresentarem um ou mais hidrocarbonetos na sua mistura (em proporções variáveis) são considerados pertencentes a um grupo designado por HFC/HO. • Misturas zeotrópicas; • Alteração de temperatura na mudança de estado; • Carga sempre no estado líquido; • Mistura de HFCs com HCs; • Pode utilizar óleos MO e AB. R 427A (quatrenária) • Substituição directa; • Mudança de óleo para POE (suporta 15% de mistura com MO ou AB); • Filtros maiores na aspiração (se houver mistura de óleos); • Carga no estado líquido.56
Compartilhar