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Doenças Mieloproliferativas e miolodisplásicas (1)

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DoençasDoenças
MieloproliferativasMieloproliferativas ee
miolodisplásicasmiolodisplásicas
Gleice Gandra apresenta: 
As NMP (Neoplasias Mioeloproliferativas Crônicas) são divididas em leucemia
mieloide crônica (LMC), policitemia vera (PV), trombocitemia idiopática ou essencial
(TE) e mielofibrose primária (MFP). Neoplasias positivas para o cromossomo
Philadelphia (leucemia mieloide crônica, LMC Ph+). O defeito genômico consiste em
translocação recíproca que envolve os braços longos dos cromossomos 9 e 22. 
 Neoplasias negativas para o cromossomo Philadelphia, que correspondem a todas as
demais NMPC. Nestas existem também anormalidades genômicas, sobretudo mutação
pontual no gene JAK2. Mutação em JAK2 é vista em 90% dos casos de policitemia
vera e em 50% dos pacientes com trombocitemia essencial ou mielofibrose primária.
Leucemia mieloide crônica. Numerosos
granulócitos maduros e megacariócitos
atípicos.
A mediana de idade ao diagnóstico é de 55 a
60 anos, com menos de 10% dos casos em
pacientes com menos de 20 anos. Trata-se
de doença caracterizada por leucocitose com
desvio à esquerda, esplenomegalia e
cromossomo Philadelphia (Ph).
A Policitemia vera acomete principalmente indivíduos na sexta ou sétima década de
vida, com predomínio discreto em homens (a relação homem/mulher pode chegar a 2:1).
Dados epidemiológicos sugerem a existência de fatores étnicos predisponentes, como
a frequência até quatro vezes maior da PV em certas populações judias oriundas do
Leste Europeu. A doença é rara no Japão. Causas secundárias de policitemia (p. ex.,
doença pulmonar obstrutiva crônica) devem ser descartadas.
hiperplasia da série eritroblástica. O quadro
histológico característico da medula é de
hipercelularidade à custa das três séries
hemopoéticas, com predomínio da eritroblástica e
da megacariocítica. Os megacariócitos estão
aumentados em número, encontram-se agrupados
e alguns são muito mais volumosos e com núcleos
hiperlobados.
Na trombocitemia essencial (TE), a linhagem mais afetada é a megacariocítica; úmero de
plaquetas no SP acima de 1.000.000/µL não é infrequente. Trata-se de doença que
afeta indivíduos a partir da sexta década de vida e que tem curso clínico crônico, com
sobrevida média de 10 anos ou mais. Clinicamente, a TE manifesta-se por fenômenos
hemorrágicos ou tromboembólicos, alternados com períodos de acalmia, sem sintomas.
há hipercelularidade
exclusiva da série
megacariocítica, com células
normais ou aumentadas de
volume e com núcleos
hiperlobados
A presença do gene de fusão
BCR/ABL exclui o
diagnóstico de TE; em cerca
de 50% dos casos há
mutação em JAK2
Síndrome Mielodisplásica: Sua principal característica é a hemopoese ineficaz e
displásica, que resulta em citopenia(s) periférica(s) com medula óssea geralmente
hipercelular (hipocelularidade medular é vista em 10 a 15% dos casos). SMD pode surgir
como doença primária (de novo) ou ser secundária a tratamento quimioterápico ou
radioterápico de outras neoplasias. Acredita-se que fatores inerentes à senescência
hemopoética associada à idade desempenhem papel importante como elemento iniciador,
levando à expansão de um clone geneticamente instável. Nas últimas décadas, tem ficado
mais evidente que indivíduos submetidos a radio ou quimioterapia, ou expostos
cronicamente a fatores ambientais (radiação, benzeno), têm maior risco de desenvolver
leucemia aguda e SMD. A SMD manifesta-se preferencialmente por volta de 70 anos,
sendo rara em crianças ou em jovens. A sintomatologia depende da linhagem hemopoética
acometida, sendo mais frequentes os sinais e sintomas secundários à anemia. Os
sideroblastos em anel são vistos como eritroblastos contendo depósitos granulares
perinucleares de ferro formando um colar (reação de Perls)
encontra-se diseritropoese (sideroblastos em anel, multinucleação de células,
fragmentação nuclear de vários tamanhos, irregularidades nos contornos nucleares e
alterações na coloração citoplasmática, hemoglobinização anômala); na granulocítica
(disgranulopoese), podem-se encontrar redução ou ausência de grânulos (hipo ou
agranulação), persistência de basofilia nas células maduras, hipossegmentação nuclear
(anomalia semelhante à de Pelger-Huët, também denominada pseudo-Pelger-Huët), ou
hipersegmentação nuclear; a dismegacariopoese é representada por micromegacariócitos,
megacariócitos grandes mononucleados ou megacariócitos com múltiplos pequenos
núcleos separados, além de grânulos grosseiros e anormais.
Fígado e baço geralmente não estão aumentados na SMD.
Síndrome mielodisplásica. Micromegacariócitos em
biópsia de medula óssea.
Mielofibrose primária é uma proliferação clonal de células totipotentes
caracterizada por aumento de todas as séries, mielofibrose,
hepatesplenomegalia acentuada e hemopoese extramedular. A doença
acomete indivíduos na faixa de 60 anos ou mais, fraqueza e palidez
(anemia), infecções (neutropenia), fenômenos hemorrágicos ou
tromboembólicos (plaquetopenia ou plaquetose).
o sangue periférico, encontram-se leucoeritroblastose e hemácias descritas como “em
lágrimas” (dacriócitos). Pode haver leucopenia ou leucocitose, esta quase sempre em torno
de 12.000 a 20.000/µL. As plaquetas podem estar numericamente reduzidas ou haver
plaquetose, sendo bizarra a morfologia das mesmas. Na fase celular, a medula óssea exibe
hipercelularidade intensa das três séries e frequentes nódulos linfoides reativos. As séries
granulocítica e eritroblástica mostram maturação preservada; a megacariocítica é
hipercelular, com agrupamentos de seus elementos, que são frequentemente volumosos.
Os seios venosos estão dilatados devido à retração do estroma adjacente pela fibrose. A
trama reticulínica está muito espessada desde o início, podendo haver também extensas
áreas de fibrose colágena. O cromossomo Philadelfia deve estar obrigatoriamente
ausente, mas em 50 a 60% dos casos existe a mutação JAK2.
Mielofibrose primária. A. Fibrose da medula, com
proliferação de megacariócitos atípicos e dilatação
sinusoidal. B. Aumento acentuado da trama
reticulínica.

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