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Semiologia do aparelho digestório- Semiologia Geral

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SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
SEMIOLOGIA DO APARELHO DIGESTÓRIO 
Semiologia do esôfago 
 40 cm de comprimento (incisivos até junção 
esofagogástrica- JEC). 
 Variável com sexo e estatura. 
 Relação: 
o Esôfago proximal = C6. 
o Esôfago distal = T10, T11. 
 Função: Transporte do bolo alimentar, 
controle refluxo (esfíncter esofágico superior e 
inferior). 
ANAMNESE 
 Os sintomas podem ser típicos ou atípicos. 
 Disfagia e pirose são quase patognomônicos de 
doença. 
 Sintomas típicos: (alto valor preditivo) 
o Disfagia – Pirose – Regurgitação – Odinofagia (alto 
VP). 
 Sintomas atípicos: (baixo valor preditivo) 
o Dor torácica (pode ser indicativo de doença 
cardíaca) – Globus – Soluços. 
o Sintomas respiratórios (tosse seca), 
otorrinolaringológicos (rouquidão). 
DISFAGIA 
 Deriva do grego dys (dificuldade) + phagia 
(comer). 
 Associada a uma causa orgânica. 
 Classificada em orofaríngea (proximal) e 
esofágica (mediana ou distal). 
 Disfagia orofaríngea: 
o Queixas: Engasgo – Tosse – Regurgitação nasal – 
Dificuldade respiratória – Deglutições repetidas. 
o Postura: Cabeça ereta – Ombros para trás – Queixo 
elevado. 
o Causas: Neurológicas – Musculares – Estruturais. 
 
 Disfagia esofágica: 
o Tipos: 
 Disfagia esofágica obstrutiva: 
Comprometimento do lúmen do órgão. 
Exemplo: Tumor, bolo alimentar. 
 
*Anel de Schatzki: Anel que se forma à nível de terço distal, 
na linha Z que separa a mucosa esofágica da gástrica e ele 
tem certo grau de fibrose o que faz com que a contração 
de fechamento e relaxamento do esfíncter esteja 
comprometida, dificultando a passagem de alimento para 
o estômago. 
 Disfagia esofágica motora: Desencadeada por 
distúrbios motores. Exemplo: Distúrbios que 
afetem o peristaltismo. 
 
*Acalasia: Doença motora, caracterizada pela destruição das fibras 
musculares, sobretudo do esôfago, afetando o sistema de 
peristaltismo e motricidade do órgão. 
 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
COMO ABORDAR O PACIENTE 
 É difícil iniciar o ato da deglutição? O alimento 
para no trajeto para o estômago? 
 A ingestão de sólidos ou líquidos causa 
refluxo? A deglutição é dolorosa? 
 A dificuldade para deglutir ocorre tanto para 
líquido como sólidos? 
 Pode mostrar-me, com o dedo, onde o alimento 
para? 
 A dor desaparece no intervalo das deglutições? 
 Após o alimento “parar” você o regurgita ou ele 
desce em seguida após deglutições repetidas? 
Você sente o alimento descendo quando 
deglute? 
 Você tem a sensação de algo na garganta, ou 
na base do pescoço, no intervalo das 
deglutições? 
OBS.: Essa abordagem é diferente da apresentada 
no interrogatório sintomatológico (IS). 
PIROSE 
 Sensação de dor em queimação 
retroesternal. Se a queixa for de dor 
epigástrica pode ser de doença gástrica. 
 Duração variável. 
o Queixas: Azia – Queimor – Queimação. 
o Postura: Espalma a mão sobre o esterno e a 
movimenta entre o manúbrio esternal e o apêndice 
xifoide (localiza sintoma). 
o Causas: Refeições copiosas (chocolate), gordura, 
café, álcool favorecem os sintomas. Água, leite (não 
existe evidência) ou antiácidos causa alívio. Até a 
água estimula a secreção gástrica. 
 A ocorrência mais comum é após as refeições 
(30’ a 2h). 
 Posição de decúbito e curvados para frente 
provoca pirose. 
 Sensação de dor em queimação em epigástrio 
= azia. 
 Pirose e regurgitação são sintomas típicos da 
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). 
Alguns autores (Porto) consideram os dois 
sintomas a mesma coisa, a diferença é que 
quando a queimação é epigástrica, pensa em 
doença gástrica, quando é retroesternal pensa 
em doença esofágica. 
REGURGITAÇÃO 
 Retorno do conteúdo duodenogástrico para o 
esôfago e boca. 
 O esforço do vômito não caracteriza 
regurgitação. 
 Geralmente associa-se com a eructação e 
manobras que aumentem pressão intra-
abdominal. 
 A regurgitação noturna pode causar tosse 
crônica, pneumonia, broncoespasmo. 
 O conteúdo que chega a boca pode ser: amargo 
(bile), ácido. 
ODINOFAGIA 
 Dor associada à deglutição. 
o Queixas: Sensação de queimação ou dor logo após 
deglutição de alimentos ou frios, condimentados ou 
ácidos. 
o Causas: Esofagite corrosiva (caústica)- ingestão de 
substância, infecciosa (herpes simples, monilíase) e 
péptica (medicamentos = tetraciclina, AINES, 
alendronato de sódio). 
DOR TORÁCICA 
 A semelhança da dor cardíaca e esofágica se 
deve a convergência de fibras aferentes para 
o mesmo segmento da medula. 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 A sensação de dor esofágica manifesta-se do 
terceiro ao oitavo nervos torácicos simpáticos 
e a cardíaca do primeiro ao quinto nervos 
torácicos. 
 Conhecer as características da dor ajuda 
anamnese, exame físico. 
 
OBS.: É importante fazer um ECG para afastar 
doença cardíaca para depois pensar em 
gastrite. Muitas vezes é pedido uma 
endoscopia primeiro e o paciente toma 
anestésicos que são cardiodepressores, tendo 
parada cardíaca e chegando à óbito. 
GLOBUS 
 Sensação de obstrução ou “bolo” na 
garganta. Atenção! É diferente da disfagia. 
 Não interfere na deglutição e alivia com ela. 
 Não tem relação com doença orgânica (comum 
na disfagia). 
 No passado era visto como globus hystericus 
(ansiedade). Se o paciente tem globus e 
manifestações de ansiedade pode ser fator 
associado. 
 Doenças associadas: 
o DRGE. 
o Esfíncter esofágico superior hipertenso. 
o Doença motora (acalasia). 
o Anéis e divertículos. 
SOLUÇOS 
 Conhecido como singulto. 
 Contração rápida e involuntária do 
diafragma. 
 Desencadeada por estímulos central e direto 
mediados pelo n. frênico e irritação do 
diafragma. 
 Causas: 
o Benignas (ingesta alimentar rápida). 
o Metabólicas (diabetes). 
o Medicamentos (benzodiazepínicos). 
o Doença torácica (pneumonia). 
o Doença abdominal (úlcera gástrica). 
SINTOMAS RESPIRATÓRIOS 
 Tosse crônica. 
 Dispneia (asma brônquica/fibrose pulmonar). 
SINTOMAS OTORRINOLARINGOLÓGICOS 
 Laringite. 
 Faringite. 
 Sinusite. 
 Otite. 
EXAME FÍSICO 
 Em condições normais é inacessível. 
 Achados no exame físico: 
o Estado nutricional comprometido 
(disfagia/regurgitação). 
o Anemia crônica (síndrome de Plummer-Vinson): 
Cursa com hemorragias, dor esofágica. 
o Alterações da pele na face e mãos (megaesôfago 
chagas). 
o Voz rouca ou bitonal (compressão do nervo por 
neoplasia). 
o Presença de lesões na boca. 
 
 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
Semiologia do estômago 
 O estômago é uma dilatação sacular interposta 
entre esôfago e duodeno. 
 As paredes anterior e posterior se unem pelas 
bordas direita e esquerda constituindo a 
pequena e grande curvatura, respectivamente. 
 A cavidade gástrica é constituída de dois 
orifícios: cárdia e o piloro. 
 O estômago encontra-se dividido em partes: 
fundo – corpo – antro. 
 Ocupa a região epigástrica e hipocôndrio 
direito. 
 Tem a função de armazenar os alimentos 
ingeridos e fragmentação dos componentes 
sólidos a partir da secreção gástrica, 
através da pepsina, ácido, gastrina. 
 
ANAMNESE 
 Anamnese iniciada com o relato espontâneo 
por parte do paciente. 
 O entrevistador deve inicialmente encorajar o 
paciente para o relato. 
 Questionamentos diretos e específicos ajudam 
desenvolver a anamnese. 
 Algumas expressões são vagas, imprecisas e 
inespecíficas. 
o Queimação epigástrica: Azia, roedura, sensação de 
fome, empachamento, estufamento. 
o Plenitude pós-prandial: Indigestão, gases 
intestinais, empachamento, estufamento. 
 Sinais de alarme: 
o Emagrecimento, fadiga, anorexia, sangramento ou 
febre. 
 Interrogar sobre a história familiar, uso de 
medicamentos (AINES,ASS). 
OBS.: A doença mais comum do estômago é a 
gastrite e a causa mais comum é a infecção 
pela H. pylori e a segunda o uso de AINES. 
 Interrogar sobre os hábitos alimentares: 
o Horário das refeições – Mastigação – Tipo de 
alimentos – Ambiente das refeições. 
 Interrogar sobre a ingestão de álcool e 
consumo de cigarro. Estimula a secreção 
gástrica. 
 Alergias ou intolerância alimentares. 
 Distúrbios psiquiátricos (depressão, 
ansiedade, etc): 
o A depressão pode ser manifestação inicial de 
neoplasia gástrica. 
o O relato de boca seca (xerostomia) é comum. 
o Sensação de aperto na orofaringe. 
o Dificuldade de digestão. 
 Distúrbios funcionais: 
o Dor epigástrica sem hora certa para acontecer. 
o Sem relação com a alimentação. 
o Sem relação com os hábitos de vida. 
o Dificuldade para descrever com clareza suas 
características. 
 Manifestações clínicas comuns: 
o Dispepsia – Dor – Pirose – Regurgitação – Náuseas 
– Vômitos – Peso pós-prandial – Saciedade precoce 
– Flatulência – hematêmese – Melena. 
 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
DISPEPSIA 
 Termo de origem grega que significa má 
digestão. 
 Classificada em dois tipos: orgânica 
(acometida por uma patologia, inflamação 
gástrica) e funcional. 
 Consenso ROMA IV: 
o Dispepsia funcional: Condição clínica 
caracterizada pela presença de um ou mais 
dos seguintes sintomas: 
 Plenitude pós-prandial. 
 Saciedade precoce. 
 Dor Epigástrica e queimação epigástrica sem 
evidência de doença orgânica nos últimos 3 
meses com sintomas iniciados há 6 meses. 
COMO QUESTIONAR O PACIENTE 
 A dor é aguda ou crônica? Qual o padrão em 
24h, semas ou meses? 
 Quando e com que frequência ocorre? Tem 
relação com alimentação? 
 Descreva a dor com suas palavras. Onde 
começa? Irradia? Como é? 
 “Ela é vaga e imprecisa? Em queimação? Em 
corrosão? De que tipo? 
 Solicite ao paciente que aponte e avalie a 
intensidade de 0 a 10. 
 Medicamentos ou atividades a aliviam ou 
agravam? 
 Está usando algum medicamento? Fez alguma 
cirurgia recente? 
 Está sob condição de estresse habitual ou 
mais intenso? 
OBS.: Essas perguntas podem ser feitas para dor 
epigástrica, dispepsia. Detalhar sintoma 
gástrico. 
DOR 
 Tem localização epigástrica podendo 
apresentar: 
o Doença gástrica – duodenal – biliar - pancreática. 
o Doença não digestiva (pneumonia, infarto agudo do 
miocárdio, etc). 
 A úlcera péptica é a doença gastroduodenal 
mais comum. 
 Características: 
o Localização: No epigástrio, na linha medial ou 
ligeiramente à direita. 
o Tipo: Discreta, queimação (azia), dor de fome, 
roedura ou estômago vazio). 
o Ritmo: Hora certa para acontecer (10h/15h-
17h/01h-03h). Associação com alimentos. 
o Periódica: Períodos de calmaria intercalador com 
períodos de crise (dia-mês-ano). 
PIROSE 
 Dor ou sensação de queimação 
retroesternal. 
 Ocorre entre 30’ e 2h (após refeição) e 
mudança do decúbito. 
 A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é 
a causa mais comum. 
 Pirose funcional: Condição clínica que surge 
nos últimos 3 meses com sintomas iniciados 
havia 6 meses e com frequência mínima de 
duas vezes por semana, relatando: 
o Desconforto retroesternal ou dor em queimação. 
o Ausência de alívio com o uso de drogas 
antisecretoras. 
o Ausência de diagnóstico para DRGE e esofagite 
eosinofilica. 
o Ausência de distúrbios motores esofágicos maiores 
(exemplo: Acalásia). 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
NÁUSEAS E VÔMITOS 
 Podem se apresentar isoladamente ou em 
conjunto: 
o Náuseas: Sensação desagradável referida no 
epigástrio ou na garganta. 
o Vômitos: Expulsão violenta, em jato do conteúdo 
gástrico. 
 Náuseas intensas podem associar a distúrbios 
de atividade autônoma (salivação excessiva, 
palidez, sudorese, hipotensão e bradicardia). 
 Não confundi vômitos com ruminação, 
eructação e regurgitação: 
o Ruminação: Volta do alimento à boca previamente 
deglutido. 
o Eructação: Devolução retrógada do conteúdo 
gasoso do estômago de maneira ruidosa e 
relativamente prolongada. 
o Regurgitação: Volta das secreções ácidas ou 
alimentos à boca. 
 Situações clínica associadas: 
o Hipopotassemia: Vômitos repetitivos e volumosos. 
o Síndrome de Boerhaave: Vômito vigoroso – ruptura 
do esôfago por pressão. 
o Síndrome de Mallory-Weiss: Vômito vigoroso – 
laceração linear da mucosa. 
o Doença do SNC: Vômito em jato, repentino, não 
precedido de náuseas. 
o Obstrução pilórica: Vômitos volumosos com 
alimento antigo e parcialmente digerido. 
o Divertículo esofágico: Vômitos com alimentos não 
digeridos associados com halitose e ruídos aéreos 
no pescoço. 
o Obstrução intestinal: Vômitos de odor fétido. 
o Gastrite flegmonosa: Vômitos com presença de 
material purulento. 
o Gravidez: Vômitos matinais. 
COMO QUESTIONAR O PACIENTE 
 Solicite ao paciente que descreva o início, 
duração e intensidade. 
 O que melhora? Qual a característica? 
Esverdeado? Com sangue? Borra de café? 
 Qual a cor? Odor? Volume? Uma colher de 
chá? Duas colheres de chá? Uma xícara? 
 Alguma queixa associada? Náuseas? 
Anorexia? Perda de peso? Distensão? 
 Questione uso de medicamentos, consumo de 
álcool e suspeita de gravidez. Algumas vezes o 
vômito é efeito colateral de alguma medicação, 
abstinência alcóolica. 
PESO EPIGÁSTRICO PÓS-PRANDIAL 
 Sensação desagradável e incômoda de 
enchimento excessivo do estômago. 
 Conhecido como empachamento, estufamento 
ou plenitude. 
 Relação com retardo no esvaziamento gástrico. 
 Comum em pacientes com dispepsia funcional 
tipo desconforto. 
 Alterações de motilidade: 
o Gastroparesia (diabetes mellitus) – Doença de 
chagas – Hipotiroidismo. 
 Visceromegalias ou tumores intra-abdominais. 
 Perguntar ao paciente ritmo intestinal, se tem 
alguma doença metabólica. Em algumas 
situações pedir ultrassom. 
SACIEDADE PRECOCE 
 Redução do apetite e da fome após início da 
refeição. 
 Difere da anorexia (perda do desejo de se 
alimentar). 
 Mecanismo central: 
o Percepção do gosto dos alimentos. 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o Aversão alimentar. 
o Variações diurnas na ingestão dos alimentos. 
 Mecanismo periférico: 
o Distúrbios de acomodação dos alimentos. 
o Retardo no esvaziamento gástrico. 
o Muito comum em pacientes com doenças 
metabólicas, idosos. 
FLATULÊNCIA 
 Causa repercussão psicológica, social e se 
assemelha à aerofagia. 
 Queixas associadas: Distensão – Plenitude – 
Timpanismo abdominal – Borborigmos – 
Eliminação de flatos excessivos. 
 100 a 200 ml de gases estão no tubo digestivo. 
 20 flatos/dia (voluntário). 
 Fontes: 
o Deglutição de ar, produção intraluminal e difusa 
entre o lúmen e o sangue. 
o Tipo de dieta – Deglutição de ar – Flora bacteriana 
– Má absorção intestinal. 
o Alimentos: Feijão – Fava – Brócolis – Repolho. 
o Perguntar ao paciente o que ele come. 
SOLUÇOS 
 Conhecido como singulto. 
 Contração rápida e involuntária do 
diafragma. 
 Mecanismos: 
o Estímulos de origem central. 
o Estímulo direto do n.frênico ou irritação do 
diafragma. 
 Causas: 
o Benignas (ingesta alimentar rápida). 
o Metabólicas (diabetes). 
o Medicamentos (benzodiazepínicos). 
o Doença torácica (pneumonia). 
o Doença abdominal (úlcera gástrica). 
o SNC (AVC). 
o Infecções (meningite). 
o Psicogênica (anorexia). 
HEMATÊMESE E MELENA 
 São manifestações clínicas da hemorragia 
digestiva alta. 
o Hematêmese: Vômito com sangue (vermelho ou 
escuro). 
o Melena: Evacuação de fezes escuras, negras com 
sangue digerido. 
o Muitas vezes um sangramento de origem gástrica 
por uma úlcera, pode fazer com que esse sangue 
desça através do intestino delgado, seja digerido e 
mude a coloração das fezes.É diferente da 
hematoquezia. 
 Hematoquezia: 
o Trânsito intestinal muito acelerado. 
o Hemorragia maciça e muito volumosa. 
 Causas de hemorragia digestiva alta 
(hematêmese): 
o Doença ulcerosa péptica. 
o Varizes esofagianas. 
o Síndrome de Mallory-Weiss: Laceração da mucosa, 
comum em pacientes etilistas. 
 Classificação da hemorragia digestiva: 
o Alta: Sangramento originário até ângulo de Treitz 
(ângulo duodedojejunal)- melena, hematêmese. 
o Baixa: Sangramento originário após ângulo de 
Treitz- melena, hematoquezia. 
COMO QUESTIONAR O PACIENTE 
 Solicite ao paciente para descrever 
quantidade, cor e consistência. 
 Quando foi a primeira vez? Frequência? Houve 
mudança na coloração das fezes? 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Usa alguma medicação (AINES, ASS)? 
 Tem passado de doença péptica, distúrbio 
hepático ou de coagulação? 
 Sintomas digestivos associados. 
EXAME FÍSICO 
 O exame físico pouco contribui para o 
diagnóstico. Porque é um órgão sacular e os 
sintomas não são bem compreendidos. 
 Deve ser realizado com o paciente em decúbito 
dorsal. 
 Braços estendidos ao longo do corpo e 
relaxados. 
 Inspeção: 
o Pesquisar existência de massas no epigástrio. 
o Averiguar presença de peristaltismo gástrico visível. 
o Sinal de Gobier: “Abaulamento na região 
epigástrica consequente à paralisia, em bloco, do 
estômago e cólon transverso” (pancreatite aguda). 
 
 Ausculta: 
o Sopros epigástricos: Aorta abdominal. 
 Percussão: 
o Ruídos de vasculejos na evidência de estase gástrica 
de alimento ou de líquido. 
 Palpação: 
o Superficial: 
 Polpas digitais comprimem pontos simétricos 
de cada hemiabdome, avaliando dor. 
 Avalia-se tensão e sensibilidade da parede 
abdominal. 
o Profunda: 
 Mãos juntas e repousando sobre superfície 
abdominal. 
 Deslizamento no sentido craniocaudal. 
 Deve realizar durante expiração. 
 Avalia-se vísceras anormais quando 
comprimidas. 
SITUAÇÕES CLÍNICAS 
 Úlcera péptica e dispepsia funcional: 
o Exame físico normal ou dor leve a moderada à 
palpação da região epigástrica. 
 Úlcera péptica complicada: 
o Defesa e rigidez muscular do abdome. 
 Gastrite aguda: 
o Aumento da sensibilidade à palpação do epigástrio. 
 Neoplasia gástrica: 
o Massa na região epigástrica. 
 Obstrução pilórica: 
o Vômitos de estase + peristaltismo visível + sinal do 
vascolejo (patinhação). 
 
EXAME FÍSICO DO ABDÔMEN 
 Auxilia no diagnóstico de doenças abdominais, 
extra-abdominais e sistêmicas. 
 Importante na investigação de doenças agudas 
e crônicas do aparelho digestivo. 
 Realizá-lo adequadamente e interpretá-lo 
corretamente é o maior desafio médico. 
 Etapas: 
o Inspeção. 
o Ausculta: Deve ser feita nessa etapa, porque a 
palpação e percussão podem estimular o 
peristaltismo, tornando um viés de falso negativo 
ou positivo para o abdômen. 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o Palpação. 
o Percussão. 
 
 Estruturas que ajudam na delimitação do 
abdômen: 
 
 Órgãos que ocupam a região abdominal: 
 
 Divisão do abdômen em quadrantes: 
 
 
 
 Divisão do abdômen em regiões: 
 
OBS.: Essas divisões servem de orientação no 
relatório do exame físico. 
ELEMENTOS ANATÔMICOS (NOVE REGIÕES) 
 Elementos que delimitam as nove regiões: 
o Base do apêndice xifoide. 
o Bordas do gradeado costal. 
o Extremidades das décimas costelas. 
o Espinhas ilíacas anterossuperiores. 
o Ramos horizontais do púbis. 
o Arcadas inguinais. 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
 Ambiente: 
o Inspirar tranquilidade e conforto. 
o Iluminado e arejado. 
o Preservar privacidade do paciente e médico. 
 Mesa de exame: 
o Firme, resistente e larga. 
o Cabeceira regulável. 
o Altura ideal. 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Cuidado com as mãos 
o Aquecidas (evitar a indução de reflexos). 
o Unhas aparadas. 
 Posição do paciente: 
o Decúbito dorsal com cabeceira fletida 
(travesseiro): Posição padrão. 
o Toda região do abdome deve estar exposta. 
o MMSS e MMII estendidos ou levemente fletidos. 
o Mantes posição favorável para o relaxamento 
muscular. 
 
OBS.: É necessário desnudar a parte inferior ao 
umbigo, visto que faz parte da divisão do 
abdômen. 
 Posições inconvenientes: 
o Pernas cruzadas. 
o Pescoço excessivamente fletido. 
o Braços elevados com mãos sob a nuca. 
o Tronco fletido. 
o Ausência de suporte para cabeça e ombros. 
 
 Atenção! Antes de iniciar a inspeção analisar: 
o Ectoscopia: 
 Fácies. 
 Aparência. 
 Atitude. 
INSPEÇÃO 
 Estática: 
o Paciente posições ortostática e decúbito 
dorsal. 
o Tipos de abdome- Vista frontal e perfil: 
 Abdome escavado: Diâmetro anteroposterior 
está em um plano inferior ao da caixa torácica: 
 
 Abdome globoso: Diâmetro anteroposterior 
está cima do nível da linha do tórax. Variantes 
do globoso: 
 
 Abdome avental: Dos grandes obesos, 
decorrente do acúmulo de gordura. 
 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Abdome pendular: Muito comum em mulheres 
após gravidez. Fragilidade da musculatura 
abdominal inferior. 
 
 Abdome assimétrico: Área com 
abdômen depressivo e outra abaulada. 
 
 Abdome em ventre batráquio: Muito 
típico em bebês. Apesar de parecer 
globoso, seu diâmetro transversal é 
expressivamente maior do que o 
diâmetro anteroposterior. Também 
pode ser encontrado em pacientes com 
ascite. 
 
o Abaulamentos, retrações, cicatrizes. 
 
o Pele e anexos: 
 Estrias, equimose, ictérica. 
 
 Sinal de Cullen: Equimose periumbilical é sinal 
típico nas doenças pancreáticas, aguda 
necrotizante. 
 Sinal de Grey-Turner: Equimose nos flancos. 
o Turgência venosa: 
 Circulação colateral 
 Tipo Cava: 
 Superior: Quando a direção do fluxo é 
descendente. 
 Inferior: Quando a direção do fluxo é 
ascendente. 
 Tipo Porta: 
 Pode ter um fluxo centrípeto ou centrífugo. 
 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Técnica de exame de circulação 
colateral: 
 Une os dedos e faz compressão na 
turgência para observar qual a direção 
do fluxo, se é ascendente ou 
descendente. 
 
 Dinâmica: 
o Hérnias (importância da expiração e 
expiração forçada): 
 Pede que o paciente coloque o braço entre a 
boca e que ele sopre contra o braço. 
 
o Respiração. 
o Movimentos peristálticos (local, sentido, 
frequência, sintomas e sinais acústicos). 
 Pode ser indicativo de uma obstrução do 
aparelho digestivo. 
 Se consegue ver um peristaltismo de 
localização epigástrica, normalmente a 
obstrução está à nível do antro gástrico. 
Paciente vai referir vômitos de estase, ou seja, 
se o paciente comeu às 6h da manhã, ao meio 
dia vomita. E também o Sinal da patinhação 
ou sacolejo: Faz movimento de palpação ou 
compressão na região epigástrica vai perceber 
o movimento de líquido ou resíduos no 
estetoscópio ou na vibração da mão. 
 Se consegue ver peristaltismo à nível de 
intestino delgado (entre a região umbilical e a 
epigástrica) pode ter vômitos fétidos com 
aumento dos ruídos hidroaéreos na ausculta. 
 Se consegue ver peristaltismo à nível de 
intestino, como flancos e fossas ilíacas vai ter a 
paralisação das fezes. 
o Pulsações na região epigástrica (aortismo x 
dilatação aneurismática). 
AUSCULTA 
 Avaliar o estado de motilidade intestinal. 
 Pesquisa de sopros vasculares na aorta ou 
ramos. 
o Ambiente silencioso. 
o Ao menos 2 min: Caso ausculte antes pode passar 
para o próximo, caso não escute após desses 2 min 
não esperar mais. 
o Auscultar os 4 quadrantes. 
 Ruídos hidroaéreos: Ar + líquidos. 
o Frequência: 1 ruído/5-10s. 
o Aumenta: Diarreias, hemorragias digestivas altas, 
obstrução intestinal – borborigmos (som maisaudível). Aumenta porque vai se acumular mais 
líquidos. 
o Diminui ou é abolida: Íleo paralítico. Vai ter mais 
acúmulo de ar. 
o Metálico: Obstrução do intestino delgado. 
 Sopros: 
o Arteriais: 
SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Aneurisma de aorta abdominal: Na linha 
mediana do abdome. 
 Aneurisma da artéria hepática: Em qualquer 
ponto da área de projeção do fígado. 
 
o Venosos: 
 Hipertensão portal – sobre a circulação 
colateral periumbilical – decorre do hiperfluxo 
na veia umbilical, recanalizada (sopro + frêmito 
local) – Síndrome de Cruveillier – Baumgarten. 
Essa síndrome é de doença hepática crônica 
com circulação colateral, periumbilical e 
evidência de sopro. 
 Vascolejo gástrico: 
o Movimentação de líquidos e gases no estômago 
quando se “sacode” o paciente. 
o Estase gástrica secundária à estenose pilórica 
crônica.

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