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Direito Ambiental - Procurador da Prefeitura 06 03 17 - CURSO COMPLETO

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Professor:	Leandro	Eustáquio	 					 	 	 	 	 		Rafael	Barreto	Ramos	
											Curso	PROLABORE		 	 	 	 	 	 	 	 						2017	
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CURSO	PROCURADOR	DA	PREFEITURA	DE	BELO	HORIZONTE	
Direito	Ambiental	
Professor:	Leandro	Eustáquio	–	matosmonteiro@hotmail.com	
16/03/17	(Material	gentilmente	cedido	por	Thâmara	Laís)	
IMPORTANTE:	
1.	Informativo	853	–	STF	–	Crimes	Transnacionais	
Informativo	853	–	STF	-	Crime	ambiental	de	caráter	transnacional	e	competência	
Compete	à	 Justiça	 Federal	 processar	 e	 julgar	o	 crime	ambiental	 de	 caráter	 transnacional	 que	envolva	
animais	 silvestres,	 ameaçados	 de	 extinção	 e	 espécimes	 exóticas	 ou	 protegidas	 por	 compromissos	
internacionais	 assumidos	 pelo	 Brasil.	 Com	 base	 nesse	 entendimento,	 o	 Plenário	 deu	 provimento	 ao	
recurso	extraordinário	em	que	se	discutia	a	justiça	competente	para	processar	e	julgar	crimes	ambientais	
transnacionais.	
	
O	 Tribunal	 afirmou	 que	 as	 florestas,	 a	 fauna	 e	 a	 flora	 estão	 protegidas,	 no	 ordenamento	 jurídico	
inaugurado	 pela	 Constituição	 de	 1988,	 como	 poder-dever	 comum	 da	 União,	 dos	 Estados,	 do	 Distrito	
Federal	 e	 dos	 Municípios	 (CF/1988,	 art.	 23,	 VII).	
	
Ressaltou	 que	 a	 Carta	 Magna	 dispõe	 que	 “todos	 têm	 direito	 ao	 meio	 ambiente	 ecologicamente	
equilibrado,	bem	de	uso	comum	do	povo	e	essencial	à	sadia	qualidade	de	vida,	 impondo-se	ao	Poder	
Público	 e	 à	 coletividade	 o	 dever	 de	 defendê-lo	 e	 preservá-lo	 para	 as	 presentes	 e	 futuras	 gerações”	
(CF/1988,	art.	225,	“caput”),	incumbindo	ao	Poder	Público	“proteger	a	fauna	e	a	flora,	vedadas,	na	forma	
da	 lei,	as	práticas	que	coloquem	em	risco	sua	função	ecológica,	provoquem	a	extinção	de	espécies	ou	
submetam	 os	 animais	 a	 crueldade”	 (CF/1988,	 art.	 225,	 §	 1º,	 VII).	
	
Asseverou	que	a	competência	da	Justiça	estadual	é	residual,	em	confronto	com	a	Justiça	Federal,	à	luz	da	
Constituição	 Federal	 e	 da	 jurisprudência	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal.	
	
Consignou	que	a	competência	da	Justiça	Federal	aplica-se	aos	seguintes	crimes	ambientais,	que	também	
se	enquadram	nas	hipóteses	previstas	na	Constituição,	quando:	a)	atentarem	contra	bens,	serviços	ou	
interesses	diretos	e	específicos	da	União	ou	de	suas	entidades	autárquicas;	b)	previstos	tanto	no	direito	
interno	 quanto	 em	 tratado	 ou	 convenção	 internacional,	 tiverem	 a	 execução	 iniciada	 no	 País,	 mas	 o	
resultado	tenha	ou	devesse	ter	ocorrido	no	estrangeiro,	ou	na	hipótese	inversa;	c)	tiverem	sido	cometidos	
a	bordo	de	navios	ou	aeronaves;	d)	houver	grave	violação	de	direitos	humanos;	ou	ainda	e)	guardarem	
conexão	ou	continência	com	outro	crime	de	competência	federal,	ressalvada	a	competência	da	Justiça	
Militar	 e	 da	 Justiça	 Eleitoral,	 conforme	 previsão	 expressa	 da	 Constituição.	
	
A	razão	de	ser	das	normas	consagradas	no	direito	interno	e	no	direito	convencional	conduz	à	conclusão	
de	que	 a	 transnacionalidade	do	 crime	ambiental	 de	 exportação	de	 animais	 silvestres	 atinge	 interesse	
direto,	específico	e	imediato	da	União,	voltado	à	garantia	da	segurança	ambiental	no	plano	internacional,	
em	 atuação	 conjunta	 com	 a	 comunidade	 das	 nações.	
	
Portanto,	 o	 envio	 clandestino	 de	 animais	 silvestres	 ao	 exterior	 reclama	 interesse	 direto	 da	 União	 no	
controle	 de	 entrada	 e	 saída	 de	 animais	 do	 território	 nacional,	 bem	 como	 na	 observância	 dos	
compromissos	 do	 Estado	 brasileiro	 com	 a	 comunidade	 internacional,	 para	 a	 garantia	 conjunta	 de	
concretização	 do	 que	 estabelecido	 nos	 acordos	 internacionais	 de	 proteção	 do	 direito	 fundamental	 à	
segurança	 ambiental.	 Assim,	 a	 natureza	 transnacional	 do	 delito	 ambiental	 de	 exportação	 de	 animais	
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silvestres	 atrai	 a	 competência	 da	 Justiça	 Federal,	 nos	 termos	 do	 art.	 109,	 IV,	 da	 CF/1988.	
RE	835558/SP,	rel.	Min.	Luiz	Fux,	julgamento	em	9.2.2017.	(RE-835558)	
2.	Art.	1.072,	inciso	I,	NCPC	e	art.	892,	§3º	-	NCPC	
Art.	1.072	-	NCPC.		Revogam-se:								(Vigência)	
I	-	o	art.	22	do	Decreto-Lei	no	25,	de	30	de	novembro	de	1937;	
Art.	22	–	Decreto-Lei	25/37	-			Art.	22.	Em	face	da	alienação	onerosa	de	bens	tombados,	pertencentes	a	
pessôas	naturais	ou	a	pessôas	jurídicas	de	direito	privado,	a	União,	os	Estados	e	os	municípios	terão,	nesta	
ordem,	o	direito	de	preferência.		(Revogado	pela	Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
									§	1º	Tal	alienação	não	será	permitida,	sem	que	prèviamente	sejam	os	bens	oferecidos,	pelo	mesmo	
preço,	 à	União,	 bem	 como	 ao	 Estado	 e	 ao	município	 em	que	 se	 encontrarem.	O	 proprietário	 deverá	
notificar	 os	 titulares	 do	 direito	 de	 preferência	 a	 usá-lo,	 dentro	 de	 trinta	 dias,	 sob	 pena	 de	 perdê-
lo.		(Revogado	pela	Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
								§	2º	É	nula	alienação	realizada	com	violação	do	disposto	no	parágrafo	anterior,	ficando	qualquer	dos	
titulares	do	direito	de	preferência	habilitado	a	sequestrar	a	coisa	e	a	impôr	a	multa	de	vinte	por	cento	do	
seu	valor	ao	transmitente	e	ao	adquirente,	que	serão	por	ela	solidariamente	responsáveis.	A	nulidade	
será	pronunciada,	na	forma	da	lei,	pelo	juiz	que	conceder	o	sequestro,	o	qual	só	será	levantado	depois	de	
paga	a	multa	e	se	qualquer	dos	titulares	do	direito	de	preferência	não	tiver	adquirido	a	coisa	no	prazo	de	
trinta	dias.		(Revogado	pela	Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
	 	 	 	 	 	 	 	§	3º	O	direito	de	preferência	não	 inibe	o	proprietário	de	gravar	 livremente	a	coisa	tombada,	de	
penhor,	anticrese	ou	hipoteca.			(Revogado	pela	Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
								§	4º	Nenhuma	venda	judicial	de	bens	tombados	se	poderá	realizar	sem	que,	prèviamente,	os	titulares	
do	 direito	 de	 preferência	 sejam	disso	 notificados	 judicialmente,	 não	 podendo	 os	 editais	 de	 praça	 ser	
expedidos,	 sob	 pena	 de	 nulidade,	 antes	 de	 feita	 a	 notificação.	 	 (Revogado	 pela	 Lei	 n	 º	 13.105,	 de	
2015)				(Vigência)	
								§	5º	Aos	titulares	do	direito	de	preferência	assistirá	o	direito	de	remissão,	se	dela	não	lançarem	mão,	
até	a	assinatura	do	auto	de	arrematação	ou	até	a	sentença	de	adjudicação,	as	pessôas	que,	na	forma	da	
lei,	tiverem	a	faculdade	de	remir.	(Revogado	pela	Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
								§	6º	O	direito	de	remissão	por	parte	da	União,	bem	como	do	Estado	e	do	município	em	que	os	bens	
se	encontrarem,	poderá	ser	exercido,	dentro	de	cinco	dias	a	partir	da	assinatura	do	auto	do	arrematação	
ou	da	sentença	de	adjudicação,	não	se	podendo	extraír	a	carta,	enquanto	não	se	esgotar	êste	prazo,	salvo	
se	o	arrematante	ou	o	adjudicante	for	qualquer	dos	titulares	do	direito	de	preferência.			(Revogado	pela	
Lei	n	º	13.105,	de	2015)				(Vigência)	
Art.	892	-	NCPC.		Salvo	pronunciamento	judicial	em	sentido	diverso,	o	pagamento	deverá	ser	realizado	
de	imediato	pelo	arrematante,	por	depósito	judicial	ou	por	meio	eletrônico.	
§	1o	Se	o	exequente	arrematar	os	bens	e	for	o	único	credor,	não	estará	obrigado	a	exibir	o	preço,	mas,	
se	o	valor	dos	bens	exceder	ao	seu	crédito,	depositará,	dentro	de	3	(três)	dias,	a	diferença,	sob	pena	de	
tornar-se	sem	efeito	a	arrematação,	e,	nesse	caso,	realizar-se-á	novo	leilão,	à	custa	do	exequente.	
§	2o	Se	houver	mais	de	um	pretendente,	proceder-se-á	entre	eles	à	licitação,	e,	no	caso	de	igualdade	de	
oferta,	terá	preferência	o	cônjuge,	o	companheiro,	o	descendente	ou	o	ascendente	do	executado,	nessa	
ordem.	
§	3o	No	caso	de	leilão	de	bem	tombado,	a	União,	os	Estados	e	os	Municípios	terão,	nessa	ordem,	o	
direito	de	preferência	na	arrematação,	em	igualdade	de	oferta.	
	
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Nota:	
Como	estudar	direito	ambiental	para	o	concurso	em	tela?	
Lei	seca,	jurisprudência	do	STF	e	STJ	e	pouca	doutrina.	
Ø Direito	ambiental	constitucional	
1.	Direito	fundamentalde	3ª	geração	–	consequência	prática	–	direito	
imprescritível	–	ADI	3540	
E	 M	 E	 N	 T	 A:	 MEIO	 AMBIENTE	 -	 DIREITO	 À	 PRESERVAÇÃO	 DE	 SUA	 INTEGRIDADE	 (CF,	 ART.	 225)	 -	
PRERROGATIVA	 QUALIFICADA	 POR	 SEU	 CARÁTER	 DE	METAINDIVIDUALIDADE	 -	 DIREITO	 DE	 TERCEIRA	
GERAÇÃO	 (OU	 DE	 NOVÍSSIMA	 DIMENSÃO)	 QUE	 CONSAGRA	 O	 POSTULADO	 DA	 SOLIDARIEDADE	 -	
NECESSIDADE	 DE	 IMPEDIR	 QUE	 A	 TRANSGRESSÃO	 A	 ESSE	 DIREITO	 FAÇA	 IRROMPER,	 NO	 SEIO	 DA	
COLETIVIDADE,	 CONFLITOS	 INTERGENERACIONAIS	 -	 ESPAÇOS	 TERRITORIAIS	 ESPECIALMENTE	
PROTEGIDOS	(CF,	ART.	225,	§	1º,	III)	-	ALTERAÇÃO	E	SUPRESSÃO	DO	REGIME	JURÍDICO	A	ELES	PERTINENTE	
-	MEDIDAS	SUJEITAS	AO	PRINCÍPIO	CONSTITUCIONAL	DA	RESERVA	DE	LEI	-	SUPRESSÃO	DE	VEGETAÇÃO	
EM	ÁREA	DE	PRESERVAÇÃO	PERMANENTE	-	POSSIBILIDADE	DE	A	ADMINISTRAÇÃO	PÚBLICA,	CUMPRIDAS	
AS	EXIGÊNCIAS	 LEGAIS,	AUTORIZAR,	 LICENCIAR	OU	PERMITIR	OBRAS	E/OU	ATIVIDADES	NOS	ESPAÇOS	
TERRITORIAIS	PROTEGIDOS,	DESDE	QUE	RESPEITADA,	QUANTO	A	ESTES,	A	INTEGRIDADE	DOS	ATRIBUTOS	
JUSTIFICADORES	DO	REGIME	DE	PROTEÇÃO	ESPECIAL	-	RELAÇÕES	ENTRE	ECONOMIA	(CF,	ART.	3º,	II,	C/C	
O	 ART.	 170,	 VI)	 E	 ECOLOGIA	 (CF,	 ART.	 225)	 -	 COLISÃO	 DE	 DIREITOS	 FUNDAMENTAIS	 -	 CRITÉRIOS	 DE	
SUPERAÇÃO	DESSE	ESTADO	DE	TENSÃO	ENTRE	VALORES	CONSTITUCIONAIS	RELEVANTES	-	OS	DIREITOS	
BÁSICOS	DA	PESSOA	HUMANA	E	AS	SUCESSIVAS	GERAÇÕES	(FASES	OU	DIMENSÕES)	DE	DIREITOS	(RTJ	
164/158,	160-161)	 -	A	QUESTÃO	DA	PRECEDÊNCIA	DO	DIREITO	À	PRESERVAÇÃO	DO	MEIO	AMBIENTE:	
UMA	LIMITAÇÃO	CONSTITUCIONAL	EXPLÍCITA	À	ATIVIDADE	ECONÔMICA	(CF,	ART.	170,	VI)	-	DECISÃO	NÃO	
REFERENDADA	-	CONSEQÜENTE	INDEFERIMENTO	DO	PEDIDO	DE	MEDIDA	CAUTELAR.	A	PRESERVAÇÃO	
DA	 INTEGRIDADE	DO	MEIO	AMBIENTE:	EXPRESSÃO	CONSTITUCIONAL	DE	UM	DIREITO	FUNDAMENTAL	
QUE	ASSISTE	À	GENERALIDADE	DAS	PESSOAS.	 -	 Todos	 têm	direito	 ao	meio	 ambiente	 ecologicamente	
equilibrado.	Trata-se	de	um	típico	direito	de	terceira	geração	(ou	de	novíssima	dimensão),	que	assiste	a	
todo	 o	 gênero	 humano	 (RTJ	 158/205-206).	 Incumbe,	 ao	 Estado	 e	 à	 própria	 coletividade,	 a	 especial	
obrigação	 de	 defender	 e	 preservar,	 em	 benefício	 das	 presentes	 e	 futuras	 gerações,	 esse	 direito	 de	
titularidade	coletiva	e	de	caráter	transindividual	(RTJ	164/158-161).	O	adimplemento	desse	encargo,	que	
é	 irrenunciável,	 representa	 a	 garantia	 de	 que	 não	 se	 instaurarão,	 no	 seio	 da	 coletividade,	 os	 graves	
conflitos	intergeneracionais	marcados	pelo	desrespeito	ao	dever	de	solidariedade,	que	a	todos	se	impõe,	
na	 proteção	 desse	 bem	 essencial	 de	 uso	 comum	 das	 pessoas	 em	 geral.	 Doutrina.	 A	 ATIVIDADE	
ECONÔMICA	NÃO	PODE	SER	EXERCIDA	EM	DESARMONIA	COM	OS	PRINCÍPIOS	DESTINADOS	A	TORNAR	
EFETIVA	 A	 PROTEÇÃO	 AO	 MEIO	 AMBIENTE.	 -	 A	 incolumidade	 do	 meio	 ambiente	 não	 pode	 ser	
comprometida	por	interesses	empresariais	nem	ficar	dependente	de	motivações	de	índole	meramente	
econômica,	 ainda	 mais	 se	 se	 tiver	 presente	 que	 a	 atividade	 econômica,	 considerada	 a	 disciplina	
constitucional	 que	 a	 rege,	 está	 subordinada,	 dentre	 outros	 princípios	 gerais,	 àquele	 que	 privilegia	 a	
"defesa	do	meio	ambiente"	(CF,	art.	170,	VI),	que	traduz	conceito	amplo	e	abrangente	das	noções	de	meio	
ambiente	 natural,	 de	meio	 ambiente	 cultural,	 de	meio	 ambiente	 artificial	 (espaço	 urbano)	 e	 de	meio	
ambiente	 laboral.	 Doutrina.	 Os	 instrumentos	 jurídicos	 de	 caráter	 legal	 e	 de	 natureza	 constitucional	
objetivam	viabilizar	a	 tutela	efetiva	do	meio	ambiente,	para	que	não	se	alterem	as	propriedades	e	os	
atributos	que	 lhe	 são	 inerentes,	o	que	provocaria	 inaceitável	 comprometimento	da	 saúde,	 segurança,	
cultura,	 trabalho	 e	 bem-estar	 da	 população,	 além	 de	 causar	 graves	 danos	 ecológicos	 ao	 patrimônio	
ambiental,	 considerado	 este	 em	 seu	 aspecto	 físico	 ou	 natural.	 A	 QUESTÃO	 DO	 DESENVOLVIMENTO	
NACIONAL	(CF,	ART.	3º,	II)	E	A	NECESSIDADE	DE	PRESERVAÇÃO	DA	INTEGRIDADE	DO	MEIO	AMBIENTE	(CF,	
ART.	225):	O	PRINCÍPIO	DO	DESENVOLVIMENTO	SUSTENTÁVEL	COMO	FATOR	DE	OBTENÇÃO	DO	JUSTO	
EQUILÍBRIO	ENTRE	AS	EXIGÊNCIAS	DA	ECONOMIA	E	AS	DA	ECOLOGIA.	-	O	princípio	do	desenvolvimento	
sustentável,	além	de	impregnado	de	caráter	eminentemente	constitucional,	encontra	suporte	legitimador	
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em	 compromissos	 internacionais	 assumidos	pelo	 Estado	brasileiro	 e	 representa	 fator	 de	obtenção	do	
justo	equilíbrio	entre	as	exigências	da	economia	e	as	da	ecologia,	subordinada,	no	entanto,	a	invocação	
desse	postulado,	quando	ocorrente	situação	de	conflito	entre	valores	constitucionais	relevantes,	a	uma	
condição	 inafastável,	 cuja	observância	não	comprometa	nem	esvazie	o	conteúdo	essencial	de	um	dos	
mais	significativos	direitos	fundamentais:	o	direito	à	preservação	do	meio	ambiente,	que	traduz	bem	de	
uso	comum	da	generalidade	das	pessoas,	a	ser	resguardado	em	favor	das	presentes	e	futuras	gerações.	
O	ART.	4º	DO	CÓDIGO	FLORESTAL	E	A	MEDIDA	PROVISÓRIA	Nº	2.166-67/2001:	UM	AVANÇO	EXPRESSIVO	
NA	 TUTELA	 DAS	 ÁREAS	 DE	 PRESERVAÇÃO	 PERMANENTE.	 -	 A	 Medida	 Provisória	 nº	 2.166-67,	 de	
24/08/2001,	na	parte	em	que	introduziu	significativas	alterações	no	art.	4o	do	Código	Florestal,	longe	de	
comprometer	os	valores	constitucionais	consagrados	no	art.	225	da	Lei	Fundamental,	estabeleceu,	ao	
contrário,	mecanismos	 que	 permitem	um	 real	 controle,	 pelo	 Estado,	 das	 atividades	 desenvolvidas	 no	
âmbito	 das	 áreas	 de	 preservação	 permanente,	 em	 ordem	 a	 impedir	 ações	 predatórias	 e	 lesivas	 ao	
patrimônio	 ambiental,	 cuja	 situação	 de	 maior	 vulnerabilidade	 reclama	 proteção	 mais	 intensa,	 agora	
propiciada,	 de	modo	adequado	e	 compatível	 com	o	 texto	 constitucional,	 pelo	diploma	normativo	 em	
questão.	 -	 Somente	 a	 alteração	 e	 a	 supressão	 do	 regime	 jurídico	 pertinente	 aos	 espaços	 territoriais	
especialmente	 protegidos	 qualificam-se,	 por	 efeito	 da	 cláusula	 inscrita	 no	 art.	 225,	 §	 1º,	 III,	 da	
Constituição,	como	matérias	sujeitas	ao	princípio	da	reserva	legal.	-	É	lícito	ao	Poder	Público	-	qualquer	
que	seja	a	dimensão	institucional	em	que	se	posicione	na	estrutura	federativa	(União,	Estados-membros,	
Distrito	Federal	e	Municípios)	-	autorizar,	licenciar	ou	permitir	a	execução	de	obras	e/ou	a	realização	de	
serviços	no	âmbito	dos	espaços	territoriais	especialmente	protegidos,	desde	que,	além	de	observadas	as	
restrições,	 limitações	 e	 exigências	 abstratamente	 estabelecidas	 em	 lei,	 não	 resulte	 comprometida	 a	
integridade	dos	atributos	que	justificaram,	quanto	a	tais	territórios,	a	 instituição	de	regime	jurídico	de	
proteção	especial	(CF,	art.	225,	§	1º,	III).	(ADI	3540	MC,	Relator(a):		Min.	CELSO	DE	MELLO,	Tribunal	Pleno,	
julgado	em	01/09/2005,	DJ	03-02-2006	PP-00014	EMENT	VOL-02219-03	PP-00528)	
2.	Princípios	estruturantes	de	Direito	Ambiental	
Não	há	consenso	no	Direito	Brasileiro	quanto	ao	número	e	ao	conteúdo	dos	princípios.		
2.1.	Prevenção	e	Precaução	
Exigem	conduta	prévia.	
-	Prevenção:	Diz	respeito	ao	que	já	se	conhece	–	risco	certo/conhecido/certeza.		
A	precaução	não	pode	impedir	o	exercício	da	atividade	econômica.	Ofensa	à	livre	iniciativa	–	
art.	170	–	CF.	
A	precaução	coloca	mais	exigências	–	em	prendedor	terá	que	comprovar	que	sua	atividade	não	
gera	inversão	do	ônus	da	prova.	
-	Precaução:	Refere-se	a	risco	incerto/desconhecido/dúvida	–	falta	de	absoluta	certeza	
científica	(não	pode	trazer	risco	ao	meio	ambiente).	
Ex.	Torres	de	celular,	organismos	transgênicos.	
Art.	170	-	CF.	A	ordem	econômica,	fundada	na	valorização	do	trabalho	humano	e	na	livre	iniciativa,	tem	
por	fim	assegurar	a	todos	existência	digna,	conforme	os	ditames	da	justiça	social,	observados	os	seguintes	
princípios:	
I	-	soberania	nacional;	
II	-	propriedade	privada;	
III	-	função	social	da	propriedade;	
IV	-	livre	concorrência;	
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V	-	defesa	do	consumidor;	
VI	-	defesa	do	meio	ambiente,	inclusive	mediante	tratamento	diferenciado	conforme	o	impacto	ambiental	
dos	produtos	e	serviços	e	de	seus	processos	de	elaboração	e	prestação;										(Redação	dada	pela	Emenda	
Constitucional	nº	42,	de	19.12.2003)	
VII	-	redução	das	desigualdades	regionais	e	sociais;	
VIII	-	busca	do	pleno	emprego;	
IX	-	tratamento	favorecido	para	as	empresas	de	pequeno	porte	constituídas	sob	as	leis	brasileiras	e	que	
tenham	sua	sede	e	administração	no	País.										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	6,	de	1995)	
Parágrafo	 único.	 É	 assegurado	 a	 todos	 o	 livre	 exercício	 de	 qualquer	 atividade	 econômica,	
independentemente	de	autorização	de	órgãos	públicos,	salvo	nos	casos	previstos	em	lei.	
2.2.	Poluidor	pagador	e	usuário	pagador	(ADI	3378)	
2.2.1.	Poluidor	pagador	
-	Dois	vieses:	
a)	Viés	preventivo	–	mitigar	ou	evitar	o	dano	ambiental;	
b)	Viés	repressivos	–	pós-dano.	
-	Implica	a	internalização	das	externalidades	negativas.	
Ex.	BH	Shopping	–	trânsito	–	ajudar	o	Estado	a	fazer	obras	para	a	melhoria.	
ATENÇÃO:	
Não	se	pode	poluir	mediante	pagamento.	
Nota:	
-	Licenciamento	ambiental	–	procedimento	administrativo	–	3	atos:	
a)	Licença	prévia;	
b)	Licença	de	instalação;	
c)	Licença	de	operação	–	válida	por	10	anos.	
-	Licença	ambiental	
a)	Características	de	discricionariedade	≠	Direito	Administrativo;	
b)	Pode	ser	revista	antes	mesmo	de	vencida.	
2.2.2.	Usuário	pagador	
Para	toda	e	qualquer	pessoa	que	venha	a	usar	recurso	ambiental,	o	pagamento	deve	ocorrer	(ADI	–	3378	
–	art.	36	–	Lei	9985/00).	
Contraexemplo:	Conta	de	água	da	Copasa.	
Não	significa	poluição	propriamente	dita.	
“Nem	todo	aquele	que	usa	polui,	mas	todo	aquele	que	polui	usa.	
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Art.	 36	 –	 Lei	 9985/00.	 Nos	 casos	 de	 licenciamento	 ambiental	 de	 empreendimentos	 de	 significativo	
impacto	ambiental,	assim	considerado	pelo	órgão	ambiental	competente,	com	fundamento	em	estudo	
de	 impacto	 ambiental	 e	 respectivo	 relatório	 -	 EIA/RIMA,	 o	 empreendedor	 é	 obrigado	 a	 apoiar	 a	
implantação	e	manutenção	de	unidade	de	conservação	do	Grupo	de	Proteção	Integral,	de	acordo	com	o	
disposto	neste	artigo	e	no	regulamento	desta	Lei.(Regulamento)	
§	1o	O	montante	de	recursos	a	ser	destinado	pelo	empreendedor	para	esta	finalidade	não	pode	ser	inferior	
a	meio	por	cento	dos	custos	totais	previstos	para	a	implantação	do	empreendimento,	sendo	o	percentual	
fixado	 pelo	 órgão	 ambiental	 licenciador,	 de	 acordo	 com	 o	 grau	 de	 impacto	 ambiental	 causado	 pelo	
empreendimento.		(Vide	ADIN	nº	3.378-6,	de	2008)	
§	2o	Ao	órgão	ambiental	licenciador	compete	definir	as	unidades	de	conservação	a	serem	beneficiadas,	
considerando	as	propostas	apresentadas	no	EIA/RIMA	e	ouvido	o	empreendedor,	podendo	inclusive	ser	
contemplada	a	criação	de	novas	unidades	de	conservação.		
§	3o	Quando	o	empreendimento	afetar	unidade	de	conservação	específica	ou	sua	zona	de	amortecimento,	
o	licenciamento	a	que	se	refere	o	caput	deste	artigo	só	poderá	ser	concedido	mediante	autorização	do	
órgão	responsável	por	sua	administração,	e	a	unidade	afetada,	mesmo	que	não	pertencente	ao	Grupo	de	
Proteção	Integral,	deverá	ser	uma	das	beneficiárias	da	compensação	definida	neste	artigo.	
ADI	3378	-	Ementa	
AÇÃO	DIRETA	DE	 INCONSTITUCIONALIDADE.	ART.	36	E	SEUS	§§	1º,	2º	E	3º	DA	LEI	Nº	9.985,	DE	18	DE	
JULHO	 DE	 2000.	 CONSTITUCIONALIDADE	 DA	 COMPENSAÇÃO	 DEVIDA	 PELA	 IMPLANTAÇÃO	 DE	
EMPREENDIMENTOS	DE	SIGNIFICATIVO	IMPACTO	AMBIENTAL.	INCONSTITUCIONALIDADE	PARCIAL	DO	§	
1º	DO	ART.	36.	
1.	O	compartilhamento-compensação	ambiental	de	que	trata	o	art.	36	da	Lei	nº	9.985/2000	não	ofende	
o	princípio	da	legalidade,	dado	haver	sido	a	própria	lei	que	previu	o	modo	de	financiamento	dos	gastos	
com	as	unidades	de	conservação	da	natureza.	De	igual	forma,	não	há	violação	ao	princípio	da	separação	
dos	Poderes,	por	não	se	 tratar	de	delegação	do	Poder	Legislativo	para	o	Executivo	 impor	deveres	aos	
administrados.	
2.	 Compete	 ao	 órgão	 licenciador	 fixar	 o	 quantum	da	 compensação,	 de	 acordo	 com	a	 compostura	 do	
impacto	ambiental	a	ser	dimensionado	no	relatório	-	EIA/RIMA.	
3.	O	art.	36	da	Lei	nº	9.985/2000	densifica	o	princípio	usuário-pagador,	este	a	significar	um	mecanismo	
de	 assunção	 partilhada	 da	 responsabilidade	 social	 pelos	 custos	 ambientais	 derivados	 da	 atividade	
econômica.	
4.	 Inexistente	desrespeito	ao	postulado	da	razoabilidade.	Compensação	ambiental	que	se	revela	como	
instrumento	adequado	à	defesa	e	preservação	do	meio	ambiente	para	as	presentes	e	futuras	gerações,	
não	 havendo	 outro	 meio	 eficaz	 para	 atingir	 essa	 finalidade	 constitucional.	 Medida	 amplamente	
compensada	pelos	benefícios	que	sempre	resultam	de	um	meio	ambiente	ecologicamente	garantido	em	
sua	higidez.	
5.	Inconstitucionalidade	da	expressão	"não	pode	ser	inferior	a	meio	por	cento	dos	custos	totais	previstos	
para	 a	 implantação	 do	 empreendimento",	 no	 §	 1ºdo	 art.	 36	 da	 Lei	 nº	 9.985/2000.	 O	 valor	 da	
compensação-compartilhamento	é	de	ser	fixado	proporcionalmente	ao	impacto	ambiental,	após	estudo	
em	que	se	assegurem	o	contraditório	e	a	ampla	defesa.	Prescindibilidade	da	fixação	de	percentual	sobre	
os	custos	do	empreendimento.	
6.	Ação	parcialmente	procedente.	
	 	
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2.3.	Informação	e	participação.	
A	participação	pressupõe	informação.	
Ex.	Audiências	públicas1	–	instrumento	consultivo.	
(1)	Legitimados	para	pedir	audiências	públicas:	
-	O	órgão	ambiental;	
-	50	ou	mais	cidadãos;	
-	Ministério	Público;	
-	Associação	que	tem	por	objeto	defesa	da	causa	ambiental.	
Quem	decide	sobre	o	licenciamento	ambiental2	é	o	Poder	Executivo.	
(2)	 Licenciamento	 ambiental:	 Necessário	 estudo	 de	 impacto	 ambiental	 a	 ser	 providenciado	 pelo	
empreendedor	e	analisado	pelo	Poder	Executivo	–	estudo	não	vincula.	
	Nota:	
-	Resolução	9/87	–	CONAMA:	
O	CONSELHO	NACIONAL	DO	MEIO	AMBIENTE	-	CONAMA,	no	uso	das	atribuições	que	lhe	conferem	o	Inciso	
II,	 do	 artigo	 7o,	 do	 Decreto	 no	 88.351,	 de	 1o	 de	 junho	 de	 1983165,	 e	 tendo	 em	 vista	 o	 disposto	 na	
Resolução	CONAMA	no	1,	de	23	de	janeiro	de	1986,	re-	solve:		
Art.	 1o	 A	 Audiência	 Pública	 referida	 na	 Resolução	 CONAMA	 no	 1/86,	 tem	 por	 finali-	 dade	 expor	 aos	
interessados	o	conteúdo	do	produto	em	análise	e	do	seu	referido	RIMA,	dirimindo	dúvidas	e	recolhendo	
dos	presentes	as	críticas	e	sugestões	a	respeito.		
Art.	2o	Sempre	que	julgar	necessário,	ou	quando	for	solicitado	por	entidade	civil,	pelo	Ministério	Público,	
ou	por	50	(cinqüenta)	ou	mais	cidadãos,	o	Órgão	de	Meio	Ambiente	promoverá	a	realização	de	audiência	
pública.		
§	1o	O	Órgão	de	Meio	Ambiente,	a	partir	da	data	do	recebimento	do	RIMA,	fixará	em	edital	e	anunciará	
pela	 imprensa	 local	a	abertura	do	prazo	que	será	no	mínimo	de	45	dias	para	 solicitação	de	audiência	
pública.		
§	2o	No	caso	de	haver	solicitação	de	audiência	pública	e	na	hipótese	do	Órgão	Estadual	não	realizá-la,	a	
licença	concedida	não	terá	validade.		
§	 3o	 Após	 este	 prazo,	 a	 convocação	 será	 feita	 pelo	 Órgão	 licenciador,	 através	 de	 corres-	 pondência	
registrada	aos	solicitantes	e	da	divulgação	em	órgãos	da	imprensa	local.		
§	4o	A	audiência	pública	deverá	ocorrer	em	local	acessível	aos	interessados.		
§	5o	Em	função	da	localização	geográfica	dos	solicitantes,	e	da	complexidade	do	tema,	poderá	haver	mais	
de	uma	audiência	pública	sobre	o	mesmo	projeto	de	respectivo	Rela-	tório	de	Impacto	Ambiental	-	RIMA.		
Art.	3o	A	audiência	pública	será	dirigida	pelo	representante	do	Órgão	licenciador	que,	após	a	exposição	
objetiva	do	projeto	e	do	seu	respectivo	RIMA,	abrirá	as	discussões	com	os	interessados	presentes.		
Art	4o	Ao	final	de	cada	audiência	pública	será	lavradauma	ata	sucinta.		
Parágrafo	único.	Serão	anexadas	à	ata,	todos	os	documentos	escritos	e	assinados	que	forem	entregues	
ao	presidente	dos	trabalhos	durante	a	seção.		
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Art.	5o	A	ata	da(s)	audiência(s)	pública(s)	e	seus	anexos,	servirão	de	base,	juntamente	com	o	RIMA,	para	
a	análise	e	parecer	final	do	licenciador	quanto	à	aprovação	ou	não	do	projeto.		
Art.	6o	Esta	Resolução	entra	em	vigor	na	data	de	sua	publicação.		
JOSÉ	A.	LUTZENBERGER	-	Presidente	do	Conselho	TÂNIA	MARIA	TONEL	MUNHOZ	-	Secretária	Executiva		
NOTA:	 Resolução	 aprovada	 na	 15a	 Reunião	 Ordinária	 do	 CONAMA,	 porém	 só	 foi	 re-	 ferendada	 pelo	
Presidente	do	Conselho	por	ocasião	da	24a	Reunião	realizada	em	28	de	junho	de	1990.		
2.4.	Equidade		
Equidade	intergeracional.	
-	Art.	225,	caput,	-	CF	
-	Ligado	a	desenvolvimento	sustentável	–	preservação	ambiental,	crescimento	econômico,	equilíbrio	
-	Art.	4º,	inciso	I,	Lei	6938/91.	
Art.	225	-	CF.	Todos	têm	direito	ao	meio	ambiente	ecologicamente	equilibrado,	bem	de	uso	comum	do	
povo	e	essencial	 à	 sadia	qualidade	de	vida,	 impondo-se	ao	Poder	Público	e	à	 coletividade	o	dever	de	
defendê-lo	e	preservá-	lo	para	as	presentes	e	futuras	gerações.	
Art	4º	-	Lei	6938/91	-	A	Política	Nacional	do	Meio	Ambiente	visará:		
I	 -	à	compatibilização	do	desenvolvimento	econômico-social	com	a	preservação	da	qualidade	do	meio	
ambiente	e	do	equilíbrio	ecológico;	
2.5.	Princípio	da	cooperação	
Ex.	Convenção	do	clima	–	dezembro	de	2015	–	Paris.	
Todos	são	responsáveis	pelos	danos	causados	ao	meio	ambiente,	porém	tem	países	que	poluem	
há	mais	tempo	e	mais	que	outro.	
Os	países	que	mais	poluem	devem	pagar.	
Quanto	pagar?	Ainda	não	definido.	
3.	Competências	legislativa	e	administrativa	
Art.	22	-	CF.	Compete	privativamente	à	União	legislar	sobre:	
IV	-	águas,	energia,	informática,	telecomunicações	e	radiodifusão;	
Art.	182	-	CF.	A	política	de	desenvolvimento	urbano,	executada	pelo	Poder	Público	municipal,	conforme	
diretrizes	gerais	fixadas	em	lei,	tem	por	objetivo	ordenar	o	pleno	desenvolvimento	das	funções	sociais	da	
cidade	e	garantir	o	bem-	estar	de	seus	habitantes.									(Regulamento)												(Vide	Lei	nº	13.311,	de	11	de	
julho	de	2016)	
§	1º	O	plano	diretor,	aprovado	pela	Câmara	Municipal,	obrigatório	para	cidades	com	mais	de	vinte	mil	
habitantes,	é	o	instrumento	básico	da	política	de	desenvolvimento	e	de	expansão	urbana.	
§	 2º	 A	 propriedade	 urbana	 cumpre	 sua	 função	 social	 quando	 atende	 às	 exigências	 fundamentais	 de	
ordenação	da	cidade	expressas	no	plano	diretor.	
§	3º	As	desapropriações	de	imóveis	urbanos	serão	feitas	com	prévia	e	justa	indenização	em	dinheiro.	
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§	4º	É	facultado	ao	Poder	Público	municipal,	mediante	lei	específica	para	área	incluída	no	plano	diretor,	
exigir,	 nos	 termos	 da	 lei	 federal,	 do	 proprietário	 do	 solo	 urbano	 não	 edificado,	 subutilizado	 ou	 não	
utilizado,	que	promova	seu	adequado	aproveitamento,						sob	pena,	sucessivamente,	de:	
I	-	parcelamento	ou	edificação	compulsórios;	
II	-	imposto	sobre	a	propriedade	predial	e	territorial	urbana	progressivo	no	tempo;	
III	-	desapropriação	com	pagamento	mediante	títulos	da	dívida	pública	de	emissão	previamente	aprovada	
pelo	 Senado	 Federal,	 com	prazo	 de	 resgate	 de	 até	 dez	 anos,	 em	parcelas	 anuais,	 iguais	 e	 sucessivas,	
assegurados	o	valor	real	da	indenização	e	os	juros	legais.	
Art.	24.	Compete	à	União,	aos	Estados	e	ao	Distrito	Federal	legislar	concorrentemente	sobre:	
	I	-	direito	tributário,	financeiro,	penitenciário,	econômico	e	urbanístico;	
II	-	orçamento;	
III	-	juntas	comerciais;	
IV	-	custas	dos	serviços	forenses;	
V	-	produção	e	consumo;	
VI	 -	 florestas,	 caça,	 pesca,	 fauna,	 conservação	 da	 natureza,	 defesa	 do	 solo	 e	 dos	 recursos	 naturais,	
proteção	do	meio	ambiente	e	controle	da	poluição;	
VII	-	proteção	ao	patrimônio	histórico,	cultural,	artístico,	turístico	e	paisagístico;	
VIII	-	responsabilidade	por	dano	ao	meio	ambiente,	ao	consumidor,	a	bens	e	direitos	de	valor	artístico,	
estético,	histórico,	turístico	e	paisagístico;	
IX	 -	 educação,	 cultura,	 ensino,	 desporto,	 ciência,	 tecnologia,	 pesquisa,	 desenvolvimento	 e	
inovação;												(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	85,	de	2015)	
X	-	criação,	funcionamento	e	processo	do	juizado	de	pequenas	causas;	
XI	-	procedimentos	em	matéria	processual;	
XII	-	previdência	social,	proteção	e	defesa	da	saúde;	
XIII	-	assistência	jurídica	e	Defensoria	pública;	
XIV	-	proteção	e	integração	social	das	pessoas	portadoras	de	deficiência;	
XV	-	proteção	à	infância	e	à	juventude;	
XVI	-	organização,	garantias,	direitos	e	deveres	das	polícias	civis.	
§	 1º	No	âmbito	da	 legislação	 concorrente,	 a	 competência	da	União	 limitar-se-á	 a	estabelecer	normas	
gerais.	
§	2º	A	competência	da	União	para	legislar	sobre	normas	gerais	não	exclui	a	competência	suplementar	dos	
Estados.	
§	3º	 Inexistindo	 lei	 federal	sobre	normas	gerais,	os	Estados	exercerão	a	competência	 legislativa	plena,	
para	atender	a	suas	peculiaridades.	
§	4º	A	superveniência	de	lei	federal	sobre	normas	gerais	suspende	a	eficácia	da	lei	estadual,	no	que	lhe	
for	contrário.	
Art.	30	-	CF.	Compete	aos	Municípios:	
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I	-	legislar	sobre	assuntos	de	interesse	local;	
II	-	suplementar	a	legislação	federal	e	a	estadual	no	que	couber;	
III	-	instituir	e	arrecadar	os	tributos	de	sua	competência,	bem	como	aplicar	suas	rendas,	sem	prejuízo	da	
obrigatoriedade	de	prestar	contas	e	publicar	balancetes	nos	prazos	fixados	em	lei;	
IV	-	criar,	organizar	e	suprimir	distritos,	observada	a	legislação	estadual;	
V	-	organizar	e	prestar,	diretamente	ou	sob	regime	de	concessão	ou	permissão,	os	serviços	públicos	de	
interesse	local,	incluído	o	de	transporte	coletivo,	que	tem	caráter	essencial;	
VI	-	manter,	com	a	cooperação	técnica	e	financeira	da	União	e	do	Estado,	programas	de	educação	infantil	
e	de	ensino	fundamental;										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	53,	de	2006)	
VII	 -	prestar,	 com	a	cooperação	 técnica	e	 financeira	da	União	e	do	Estado,	 serviços	de	atendimento	à	
saúde	da	população;	
VIII	-	promover,	no	que	couber,	adequado	ordenamento	territorial,	mediante	planejamento	e	controle	do	
uso,	do	parcelamento	e	da	ocupação	do	solo	urbano;	
IX	 -	 promover	 a	 proteção	 do	 patrimônio	 histórico-cultural	 local,	 observada	 a	 legislação	 e	 a	 ação	
fiscalizadora	federal	e	estadual.	
Ex1.	Lei	das	sacolas	plásticas.	
O	município	não	pode	editar	norma	geral.	
Art.	23	-	CF.	É	competência	comum	da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	Federal	e	dos	Municípios:	
I	 -	zelar	pela	guarda	da	Constituição,	das	 leis	e	das	 instituições	democráticas	e	conservar	o	patrimônio	
público;	
II	-	cuidar	da	saúde	e	assistência	pública,	da	proteção	e	garantia	das	pessoas	portadoras	de	deficiência;	
III	 -	 proteger	 os	 documentos,	 as	 obras	 e	 outros	 bens	 de	 valor	 histórico,	 artístico	 e	 cultural,	 os	
monumentos,	as	paisagens	naturais	notáveis	e	os	sítios	arqueológicos;	
IV	 -	 impedir	 a	 evasão,	 a	destruição	e	 a	descaracterização	de	obras	de	arte	e	de	outros	bens	de	 valor	
histórico,	artístico	ou	cultural;	
V	 -	 proporcionar	 os	 meios	 de	 acesso	 à	 cultura,	 à	 educação,	 à	 ciência,	 à	 tecnologia,	 à	 pesquisa	 e	 à	
inovação;											(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	85,	de	2015)	
VI	-	proteger	o	meio	ambiente	e	combater	a	poluição	em	qualquer	de	suas	formas;	
VII	-	preservar	as	florestas,	a	fauna	e	a	flora;	
VIII	-	fomentar	a	produção	agropecuária	e	organizar	o	abastecimento	alimentar;	
	 IX	 -	 promover	 programas	 de	 construção	 de	moradias	 e	 a	melhoria	 das	 condiçõeshabitacionais	 e	 de	
saneamento	básico;	
X	-	combater	as	causas	da	pobreza	e	os	fatores	de	marginalização,	promovendo	a	integração	social	dos	
setores	desfavorecidos;	
	XI	 -	 registrar,	acompanhar	e	fiscalizar	as	concessões	de	direitos	de	pesquisa	e	exploração	de	recursos	
hídricos	e	minerais	em	seus	territórios;	
XII	-	estabelecer	e	implantar	política	de	educação	para	a	segurança	do	trânsito.	
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Parágrafo	único.	Lei	complementar	fixará	normas	para	a	cooperação	entre	a	União	e	os	Estados,	o	
Distrito	 Federal	 e	 os	Municípios,	 tendo	 em	 vista	 o	 equilíbrio	 do	desenvolvimento	 e	 do	bem-estar	 em	
âmbito	nacional.	
Parágrafo	 único.	 Leis	 complementares	 fixarão	 normas	 para	 a	 cooperação	 entre	 a	União	 e	 os	
Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	Municípios,	tendo	em	vista	o	equilíbrio	do	desenvolvimento	e	do	bem-
estar	em	âmbito	nacional.										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	53,	de	2006)	
Lei	Complementar	140/11	–	Licenciar	é	ato	exclusivo	–	Município,	Estado,	Distrito	Federal	OU	
União.	
Resolução	237/97	–	CONAMA	
Ex.	Atividade	de	postos	de	combustíveis	–	licença	municipal.	
Autuar/multar	por	falta/vencimento	de	licença	é	competência	comum	de	todos	os	entes,	mas	a	
preferência	é	do	ente	que	licencia.	
4.	Deveres	ambientais	
5.	Instrumentos	jurisdicionais	
6.	Função	ambiental	pública	e	privada	(socioambiental	da	propriedade	–	vide	tópico	7)		
Flexibiliza	o	elemento	do	nexo	causal.	
7.	Função	social	da	propriedade	(dentro	da	propriedade)	
Não	é	limitação	administrativa	(obrigação	de	não	fazer),	mas	de	fazer	(independentemente	do	
plano	diretor)	no	Direito	Ambiental.	
	
	
	
	
	
	
	 	
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17/03/17	
8.	Art.	225	CF/88	
Restaurar	é	trazer	o	meio	ambiente	para	o	mais	próximo	que	era	antes.	
Recuperar	 é	 revitalizar	 área	 degradada,	 mas	 não	 necessariamente	 trazendo-a	 para	 o	 mais	
próximo	que	era	antes.	
Art.	225	-	CF.	Todos	têm	direito	ao	meio	ambiente	ecologicamente	equilibrado,	bem	de	uso	comum	do	
povo	e	essencial	 à	 sadia	qualidade	de	vida,	 impondo-se	ao	Poder	Público	e	à	 coletividade	o	dever	de	
defendê-lo	e	preservá-	lo	para	as	presentes	e	futuras	gerações.	
§	1º	Para	assegurar	a	efetividade	desse	direito,	incumbe	ao	Poder	Público:	
I	-	preservar	e	restaurar	os	processos	ecológicos	essenciais	e	prover	o	manejo	ecológico	das	espécies	e	
ecossistemas;							(Regulamento)	
II	 -	 preservar	 a	 diversidade	 e	 a	 integridade	 do	 patrimônio	 genético	 do	 País	 e	 fiscalizar	 as	 entidades	
dedicadas	 à	 pesquisa	 e	 manipulação	 de	 material	
genético;						(Regulamento)					(Regulamento)					(Regulamento)							(Regulamento)	
III	 -	definir,	em	todas	as	unidades	da	Federação,	espaços	territoriais	e	seus	
componentes	 a	 serem	 especialmente	 protegidos,	 sendo	 a	 alteração	 e	 a	
supressão	 permitidas	 somente	 através	 de	 lei,	 vedada	 qualquer	 utilização	 que	
comprometa	a	integridade	dos	atributos	que	justifiquem	sua	proteção;							(Regulamento)	
TODOS	OS	ENTES	FEDERADOS	PODEM	CRIAR	UNIDADES	DE	CONSERVAÇÃO.	
SUPRESSÃO	E	ALTERAÇÃO	SOMENTE	ATRAVÉS	DE	LEI.	
Para	criar,	com	qualquer	ato	do	poder	público	(art.	22	–	lei	9985/00	–	vide	abaixo)	
IV	 -	 exigir,	 na	 forma	 da	 lei,	 para	 instalação	 de	 obra	 ou	 atividade	 potencialmente	 causadora	 de	
significativa	degradação	do	meio	ambiente,	estudo	prévio	de	impacto	ambiental,	a	que	se	dará	
publicidade;		(Regulamento)	
VERSA	SOBRE	ESTUDO	PRÉVIO	DE	IMPACTO	AMBIENTAL.	
Deve	ser	dada	a	publicidade	a	estudo	de	impacto	ambiental	para	que,	em	
audiências	públicas,	a	população	possa	participar	de	forma	efetiva.	
Para	fins	de	prova,	este	estudo	deve	ser	PRÉVIO.	
Não	se	exige	estudo	de	impacto	ambiental	de	toda	e	qualquer	atividade	ou	
empreendimento	que	polua	ou	degrade	o	meio	ambiente,	mas	sim	apenas	
aquelas	elencadas	na	parte	inicial	do	inciso	em	análise.	
Ambientalista	não	é	uma	profissão	 regulamentada,	 ou	 seja,	 o	 estudo	de	
impacto	ambiental	não	precisa	ser	feito	por	esta,	mas	sim	por	profissional	
habilitado.	
Professor:	Leandro	Eustáquio	 					 	 	 	 	 		Rafael	Barreto	Ramos	
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V	 -	 controlar	 a	 produção,	 a	 comercialização	 e	 o	 emprego	 de	 técnicas,	 métodos	 e	 substâncias	 que	
comportem	risco	para	a	vida,	a	qualidade	de	vida	e	o	meio	ambiente;						(Regulamento)	
VI	 -	promover	a	educação	ambiental	em	 todos	os	níveis	de	ensino	e	a	 conscientização	pública	para	a	
preservação	do	meio	ambiente;	
VII	-	proteger	a	fauna	e	a	flora,	vedadas,	na	forma	da	lei,	as	práticas	que	coloquem	em	risco	sua	função	
ecológica,	provoquem	a	extinção	de	espécies	ou	submetam	os	animais	a	crueldade.							(Regulamento)	
§	2º	Aquele	que	explorar	recursos	minerais	 fica	obrigado	a	recuperar	o	meio	ambiente	degradado,	de	
acordo	com	solução	técnica	exigida	pelo	órgão	público	competente,	na	forma	da	lei.	
§	3º	As	condutas	e	atividades	consideradas	lesivas	ao	meio	ambiente	sujeitarão	os	infratores,	pessoas	
físicas	ou	jurídicas,	a	sanções	penais	e	administrativas,	independentemente	da	obrigação	de	reparar	os	
danos	causados.	
Tríplice	 responsabilização	 ambiental	 (cível	 –	 deve	 ter	 ilícito,	 penal	 e	
administrativa	–	deve	ter	ilícito),	sendo	todas	independentes.		
“Pode	ter	condenação	/	absolvição	em	qualquer	um	deles.”	
Não	implica	em	“tris	in	idem”.	
§	4º	A	Floresta	Amazônica	brasileira,	a	Mata	Atlântica,	a	Serra	do	Mar,	o	Pantanal	Mato-Grossense	e	a	
Zona	Costeira	são	patrimônio	nacional,	e	sua	utilização	far-se-á,	na	forma	da	lei,	dentro	de	condições	
que	 assegurem	 a	 preservação	 do	 meio	 ambiente,	 inclusive	 quanto	 ao	 uso	 dos	 recursos	
naturais.					(Regulamento)							(Regulamento)	
São	5	os	patrimônios	nacionais	(Patrimônio	nacional	NÃO	é	sinônimo	de	patrimônio	nacional,	
pois	não	está	no	art.	20	–CF):	
Floresta	Amazônica,	Mata	Atlântica	
Pantanal	Mato-Grossense	
Zona	Costeira,	Serra	do	Mar	
(CERRADO	E	CAATINGA	NÃO	SÃO	PATRIMÔNIOS	NACIONAIS)	
Via	de	regra,	os	crimes	ambientais	serão	de	competência	estadual,	se	for	
federal,	a	questão	dirá	explícita	ou	implicitamente.	
§	 5º	 São	 indisponíveis	 as	 terras	 devolutas	 ou	 arrecadadas	 pelos	 Estados,	 por	 ações	 discriminatórias,	
necessárias	à	proteção	dos	ecossistemas	naturais.	
§	6º	As	usinas	que	operem	com	reator	nuclear	deverão	ter	sua	localização	definida	em	lei	federal,	
sem	o	que	não	poderão	ser	instaladas.	
Art.	22	–	Lei	9985/00.	As	unidades	de	conservação	são	criadas	por	ato	do	Poder	Público.(Regulamento)	
§	1o	(VETADO)	
§	2o	A	criação	de	uma	unidade	de	conservação	deve	 ser	precedida	de	estudos	 técnicos	e	de	consulta	
pública	que	permitam	identificar	a	localização,	a	dimensão	e	os	limites	mais	adequados	para	a	unidade,	
conforme	se	dispuser	em	regulamento.	
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§	3o	No	processo	de	consulta	de	que	 trata	o	§	2o,	o	Poder	Público	é	obrigado	a	 fornecer	 informações	
adequadas	e	inteligíveis	à	população	local	e	a	outras	partes	interessadas.		
§	4o	Na	criação	de	Estação	Ecológica	ou	Reserva	Biológica	não	é	obrigatória	a	consulta	de	que	trata	o	§	
2o	deste	artigo.	
§	 5o	 As	 unidades	 de	 conservação	 do	 grupo	 de	 Uso	 Sustentável	 podem	 ser	 transformadas	 total	 ou	
parcialmente	em	unidades	do	grupo	de	Proteção	Integral,	por	 instrumento	normativo	do	mesmo	nível	
hierárquico	do	que	criou	a	unidade,	desde	que	obedecidos	os	procedimentos	de	consulta	estabelecidos	
no	§	2o	deste	artigo.	
§	6o	A	ampliação	dos	limites	de	uma	unidade	de	conservação,	sem	modificação	dos	seus	limites	originais,	
exceto	pelo	acréscimo	proposto,	pode	ser	feita	por	instrumento	normativo	do	mesmo	nível	hierárquico	
do	que	criou	a	unidade,	desde	que	obedecidosos	procedimentos	de	consulta	estabelecidos	no	§	2o	deste	
artigo.		
§	7o	A	desafetação	ou	redução	dos	limites	de	uma	unidade	de	conservação	só	pode	ser	feita	mediante	lei	
específica.	
Nota:	
Informativo	853	–	STF	
Crime	 ambiental	 de	 caráter	 transnacional	 e	 competência	
Compete	à	 Justiça	 Federal	 processar	 e	 julgar	o	 crime	ambiental	 de	 caráter	 transnacional	 que	envolva	
animais	 silvestres,	 ameaçados	 de	 extinção	 e	 espécimes	 exóticas	 ou	 protegidas	 por	 compromissos	
internacionais	 assumidos	 pelo	 Brasil.	 Com	 base	 nesse	 entendimento,	 o	 Plenário	 deu	 provimento	 ao	
recurso	extraordinário	em	que	se	discutia	a	justiça	competente	para	processar	e	julgar	crimes	ambientais	
transnacionais.	
	
O	 Tribunal	 afirmou	 que	 as	 florestas,	 a	 fauna	 e	 a	 flora	 estão	 protegidas,	 no	 ordenamento	 jurídico	
inaugurado	 pela	 Constituição	 de	 1988,	 como	 poder-dever	 comum	 da	 União,	 dos	 Estados,	 do	 Distrito	
Federal	 e	 dos	 Municípios	 (CF/1988,	 art.	 23,	 VII).	
	
Ressaltou	 que	 a	 Carta	 Magna	 dispõe	 que	 “todos	 têm	 direito	 ao	 meio	 ambiente	 ecologicamente	
equilibrado,	bem	de	uso	comum	do	povo	e	essencial	à	sadia	qualidade	de	vida,	 impondo-se	ao	Poder	
Público	 e	 à	 coletividade	 o	 dever	 de	 defendê-lo	 e	 preservá-lo	 para	 as	 presentes	 e	 futuras	 gerações”	
(CF/1988,	art.	225,	“caput”),	incumbindo	ao	Poder	Público	“proteger	a	fauna	e	a	flora,	vedadas,	na	forma	
da	 lei,	as	práticas	que	coloquem	em	risco	sua	função	ecológica,	provoquem	a	extinção	de	espécies	ou	
submetam	 os	 animais	 a	 crueldade”	 (CF/1988,	 art.	 225,	 §	 1º,	 VII).	
	
Asseverou	que	a	competência	da	Justiça	estadual	é	residual,	em	confronto	com	a	Justiça	Federal,	à	luz	da	
Constituição	 Federal	 e	 da	 jurisprudência	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal.	
	
Consignou	que	a	competência	da	Justiça	Federal	aplica-se	aos	seguintes	crimes	ambientais,	que	também	
se	enquadram	nas	hipóteses	previstas	na	Constituição,	quando:	a)	atentarem	contra	bens,	serviços	ou	
interesses	diretos	e	específicos	da	União	ou	de	suas	entidades	autárquicas;	b)	previstos	tanto	no	direito	
interno	 quanto	 em	 tratado	 ou	 convenção	 internacional,	 tiverem	 a	 execução	 iniciada	 no	 País,	 mas	 o	
resultado	tenha	ou	devesse	ter	ocorrido	no	estrangeiro,	ou	na	hipótese	inversa;	c)	tiverem	sido	cometidos	
a	bordo	de	navios	ou	aeronaves;	d)	houver	grave	violação	de	direitos	humanos;	ou	ainda	e)	guardarem	
conexão	ou	continência	com	outro	crime	de	competência	federal,	ressalvada	a	competência	da	Justiça	
Militar	 e	 da	 Justiça	 Eleitoral,	 conforme	 previsão	 expressa	 da	 Constituição.	
	
A	razão	de	ser	das	normas	consagradas	no	direito	interno	e	no	direito	convencional	conduz	à	conclusão	
de	que	 a	 transnacionalidade	do	 crime	ambiental	 de	 exportação	de	 animais	 silvestres	 atinge	 interesse	
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direto,	específico	e	imediato	da	União,	voltado	à	garantia	da	segurança	ambiental	no	plano	internacional,	
em	 atuação	 conjunta	 com	 a	 comunidade	 das	 nações.	
	
Portanto,	 o	 envio	 clandestino	 de	 animais	 silvestres	 ao	 exterior	 reclama	 interesse	 direto	 da	 União	 no	
controle	 de	 entrada	 e	 saída	 de	 animais	 do	 território	 nacional,	 bem	 como	 na	 observância	 dos	
compromissos	 do	 Estado	 brasileiro	 com	 a	 comunidade	 internacional,	 para	 a	 garantia	 conjunta	 de	
concretização	 do	 que	 estabelecido	 nos	 acordos	 internacionais	 de	 proteção	 do	 direito	 fundamental	 à	
segurança	 ambiental.	 Assim,	 a	 natureza	 transnacional	 do	 delito	 ambiental	 de	 exportação	 de	 animais	
silvestres	 atrai	 a	 competência	 da	 Justiça	 Federal,	 nos	 termos	 do	 art.	 109,	 IV,	 da	 CF/1988.	
RE	835558/SP,	rel.	Min.	Luiz	Fux,	julgamento	em	9.2.2017.	(RE-835558)	
Art.	31	da	Lei	de	Crimes	Ambientais	
Art.	31	–	Lei	9605/98.	Introduzir	espécime	animal	no	País,	sem	parecer	técnico	oficial	favorável	e	licença	
expedida	por	autoridade	competente:	
Pena	-	detenção,	de	três	meses	a	um	ano,	e	multa.	
IMPORTANTE:	
Grafitar	não	é	crime	desde	2010,	desde	que	haja	autorização	do	proprietário	do	bem	e	acarrete	
em	melhoramento	na	propriedade.	
Contudo,	pichar	é	crime.	
Art.	 65	 –	 Lei	 9605/98.	 	 Pichar	 ou	 por	 outro	 meio	 conspurcar	 edificação	 ou	 monumento	
urbano:							(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.408,	de	2011)	
Pena	-	detenção,	de	3	(três)	meses	a	1	(um)	ano,	e	multa.									(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.408,	de	2011)	
§	 1o	 	 Se	 o	 ato	 for	 realizado	 em	 monumento	 ou	 coisa	 tombada	 em	 virtude	 do	 seu	 valor	 artístico,	
arqueológico	ou	histórico,	a	pena	é	de	6	(seis)	meses	a	1	(um)	ano	de	detenção	e	multa.								(Renumerado	
do	parágrafo	único	pela	Lei	nº	12.408,	de	2011)	
§	2o		Não	constitui	crime	a	prática	de	grafite	realizada	com	o	objetivo	de	valorizar	o	patrimônio	público	
ou	privado	mediante	manifestação	artística,	desde	que	consentida	pelo	proprietário	e,	quando	couber,	
pelo	locatário	ou	arrendatário	do	bem	privado	e,	no	caso	de	bem	público,	com	a	autorização	do	órgão	
competente	 e	 a	 observância	 das	 posturas	 municipais	 e	 das	 normas	 editadas	 pelos	 órgãos	
governamentais	 responsáveis	 pela	 preservação	 e	 conservação	 do	 patrimônio	 histórico	 e	 artístico	
nacional.							(Incluído	pela	Lei	nº	12.408,	de	2011)	
2.	Conceito	de	meio	ambiente	e	seus	aspectos	
2.1.	Meio	ambiente	natural,	artificial,	cultural	e	do	trabalho	
Conceito	lato	senso/amplo	dado	por	José	Afonso	da	Silva	(vide	item	4.4.)	
A	Constituição	não	define	meio	ambiente,	mas	dá	atenção	especial	ao	seu	viés	cultural	(art.	216	
–	CF).	
A	CF	cita	o	patrimônio	do	trabalho	tão	somente	no	art.	200,	inciso	VIII	–	CF.	
-	Patrimônio	cultural:	
Patrimônio	cultural	é	gênero	de	patrimônio	histórico.	
Patrimônio	histórico	é	tudo	que	é	tombado	(Decreto-Lei	25/37).	
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“Tudo	que	é	patrimônio	histórico	é	patrimônio	cultural.”	
“NEM	tudo	que	é	patrimônio	cultural	é	patrimônio	histórico.”	
Art.	216	-	CF.	Constituem	patrimônio	cultural	brasileiro	os	bens	de	natureza	material	e	imaterial,	tomados	
individualmente	ou	em	conjunto,	portadores	de	referência	à	identidade,	à	ação,	à	memória	dos	diferentes	
grupos	formadores	da	sociedade	brasileira,	nos	quais	se	incluem:	
I	-	as	formas	de	expressão;	
II	-	os	modos	de	criar,	fazer	e	viver;	
III	-	as	criações	científicas,	artísticas	e	tecnológicas;	
IV	-	as	obras,	objetos,	documentos,	edificações	e	demais	espaços	destinados	às	manifestações	artístico-
culturais;	
V	-	os	conjuntos	urbanos	e	sítios	de	valor	histórico,	paisagístico,	artístico,	arqueológico,	paleontológico,	
ecológico	e	científico.	
§	1º	O	Poder	Público,	com	a	colaboração	da	comunidade,	promoverá	e	protegerá	o	patrimônio	cultural	
brasileiro,	 por	 meio	 de	 inventários,	 registros,	 vigilância,	 tombamento	 e	 desapropriação,	 e	 de	 outras	
formas	de	acautelamento	e	preservação.	
§	2º	Cabem	à	administração	pública,	na	 forma	da	 lei,	 a	 gestão	da	documentação	governamental	e	as	
providências	para	franquear	sua	consulta	a	quantos	dela	necessitem.							(Vide	Lei	nº	12.527,	de	2011)	
§	3º	A	lei	estabelecerá	incentivos	para	a	produção	e	o	conhecimento	de	bens	e	valores	culturais.	
§	4º	Os	danos	e	ameaças	ao	patrimônio	cultural	serão	punidos,	na	forma	da	lei.	
§	5º		Ficam	tombados	todos	os	documentos	e	os	sítios	detentores	de	reminiscências	históricas	dos	antigos	
quilombos.	
§	 6	 º	 É	 facultado	 aos	 Estados	 e	 ao	 Distrito	 Federal	 vincular	 a	 fundo	
estadual	de	fomento	à	cultura	até	cinco	décimos	por	cento	de	sua	receita	
tributária	líquida,	para	o	financiamento	de	programas	e	projetos	culturais,	
vedada	a	aplicação	desses	recursos	no	pagamento	de:										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	42,	de	19.12.2003)	
I	 -	 despesas	 com	 pessoal	 e	 encargos	 sociais;	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucionalnº	42,	de	19.12.2003)	
II	 -	 serviço	da	dívida;	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	pela	 Emenda	Constitucional	 nº	 42,	 de	
19.12.2003)	
III	 -	 qualquer	 outra	 despesa	 corrente	 não	 vinculada	 diretamente	 aos	
investimentos	ou	ações	apoiados.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
42,	de	19.12.2003)	
Art.	200	-	CF.	Ao	sistema	único	de	saúde	compete,	além	de	outras	atribuições,	nos	termos	da	lei:	
VIII	-	colaborar	na	proteção	do	meio	ambiente,	nele	compreendido	o	do	trabalho.	
	
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2.2.	Conceito	de	recursos	naturais	e	meio	ambiente	como	bens	ambientais	
O	 meio	 ambiente	 é	 bem	 difuso,	 cujo	 conceito	 está	 no	 art.	 81	 do	 CDC	 (nem	 público,	 nem	
particular).	
Art.	81	-	CDC.	A	defesa	dos	interesses	e	direitos	dos	consumidores	e	das	vítimas	poderá	ser	exercida	em	
juízo	individualmente,	ou	a	título	coletivo.	
Parágrafo	único.	A	defesa	coletiva	será	exercida	quando	se	tratar	de:	
I	 -	 interesses	 ou	 direitos	 difusos,	 assim	 entendidos,	 para	 efeitos	 deste	 código,	 os	 transindividuais,	 de	
natureza	indivisível,	de	que	sejam	titulares	pessoas	indeterminadas	e	ligadas	por	circunstâncias	de	fato;	
II	-	interesses	ou	direitos	coletivos,	assim	entendidos,	para	efeitos	deste	código,	os	transindividuais,	de	
natureza	 indivisível	de	que	seja	titular	grupo,	categoria	ou	classe	de	pessoas	 ligadas	entre	si	ou	com	a	
parte	contrária	por	uma	relação	jurídica	base;	
III	-	interesses	ou	direitos	individuais	homogêneos,	assim	entendidos	os	decorrentes	de	origem	comum.	
2.3.	Conceito	de	biodiversidade	(a	ser	analisado	posteriormente)	
2.4.	Significado	de	Direitos	Culturais	
É	tudo	aquilo	que	provém	do	ser	humano.	
Nem	tudo	que	é	Direito	Cultural	(art.	215	–	CF)	é	Patrimônio	Cultural	(art.	216	–	CF).	
Art.	215	-	CF.	O	Estado	garantirá	a	todos	o	pleno	exercício	dos	direitos	culturais	e	acesso	às	fontes	da	
cultura	nacional,	e	apoiará	e	incentivará	a	valorização	e	a	difusão	das	manifestações	culturais.	
§	1º	O	Estado	protegerá	as	manifestações	das	culturas	populares,	indígenas	e	afro-brasileiras,	e	das	de	
outros	grupos	participantes	do	processo	civilizatório	nacional.	
§	 2º	 A	 lei	 disporá	 sobre	 a	 fixação	 de	 datas	 comemorativas	 de	 alta	 significação	 para	 os	 diferentes	
segmentos	étnicos	nacionais.	
§	3º	A	lei	estabelecerá	o	Plano	Nacional	de	Cultura,	de	duração	plurianual,	visando	ao	desenvolvimento	
cultural	do	País	e	à	integração	das	ações	do	poder	público	que	conduzem	à:										(Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	48,	de	2005)	
I	defesa	e	valorização	do	patrimônio	cultural	brasileiro;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	48,	
de	2005)	
II	produção,	promoção	e	difusão	de	bens	culturais;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	48,	de	
2005)	
III	formação	de	pessoal	qualificado	para	a	gestão	da	cultura	em	suas	múltiplas	dimensões;									(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	48,	de	2005)	
IV	democratização	do	acesso	aos	bens	de	cultura;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	48,	de	
2005)	
V	valorização	da	diversidade	étnica	e	regional.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	48,	de	2005)	
3.	Princípios	(já	estudado	na	aula	anterior)	
	
	
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4.	Política	nacional	do	meio	ambiente	(Lei	6938/81)	
4.1.	Objetivos	(art.	4o)	
Art	4º	-	Lei	6938/81	-	A	Política	Nacional	do	Meio	Ambiente	visará:		
I	 -	 à	 compatibilização	 do	 desenvolvimento	 econômico-social	 com	 a	
preservação	da	qualidade	do	meio	ambiente	e	do	equilíbrio	ecológico;	
Desenvolvimento	sustentável.	
“Equilíbrio	entre	crescimento	econômico	e	preservação	ambiental.”	
II	-	à	definição	de	áreas	prioritárias	de	ação	governamental	relativa	à	qualidade	e	ao	equilíbrio	ecológico,	
atendendo	aos	interesses	da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	Federal,	dos	Territórios	e	dos	Municípios;		
III	 -	ao	estabelecimento	de	critérios	e	padrões	de	qualidade	ambiental	e	de	normas	relativas	ao	uso	e	
manejo	de	recursos	ambientais;		
IV	 -	 ao	 desenvolvimento	 de	 pesquisas	 e	 de	 tecnologias	 nacionais	 orientadas	 para	 o	 uso	 racional	 de	
recursos	ambientais;		
V	 -	 à	 difusão	 de	 tecnologias	 de	 manejo	 do	 meio	 ambiente,	 à	 divulgação	 de	 dados	 e	 informações	
ambientais	e	à	formação	de	uma	consciência	pública	sobre	a	necessidade	de	preservação	da	qualidade	
ambiental	e	do	equilíbrio	ecológico;		
VI	 -	 à	 preservação	 e	 restauração	 dos	 recursos	 ambientais	 com	 vistas	 à	 sua	 utilização	 racional	 e	
disponibilidade	permanente,	concorrendo	para	a	manutenção	do	equilíbrio	ecológico	propício	à	vida;		
VII	-	à	imposição,	ao	poluidor	e	ao	predador,	da	obrigação	de	recuperar	e/ou	indenizar	os	danos	causados	
e,	ao	usuário,	da	contribuição	pela	utilização	de	recursos	ambientais	com	fins	econômicos.		
4.2.	Instrumentos	de	proteção	(art.	9o,	9-A,	9-B,	9-C)	–	Rol	exemplificativo	
Art.	9º	-	Lei	6938/81	-	São	instrumentos	da	Política	Nacional	do	Meio	Ambiente:		
I	-	o	estabelecimento	de	padrões	de	qualidade	ambiental;		
II	-	o	zoneamento	ambiental;	(Regulamento)	
III	-	a	avaliação	de	impactos	ambientais;		
IV	-	o	licenciamento	e	a	revisão	de	atividades	efetiva	ou	potencialmente	poluidoras;		
V	-	os	incentivos	à	produção	e	instalação	de	equipamentos	e	a	criação	ou	absorção	de	tecnologia,	voltados	
para	a	melhoria	da	qualidade	ambiental;	
VI	 -	 a	 criação	de	 espaços	 territoriais	 especialmente	protegidos	 pelo	 Poder	 Público	 federal,	 estadual	 e	
municipal,	 tais	 como	 áreas	 de	 proteção	 ambiental,	 de	 relevante	 interesse	 ecológico	 e	 reservas	
extrativistas;		(Redação	dada	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
	VII	-	o	sistema	nacional	de	informações	sobre	o	meio	ambiente;	
VIII	-	o	Cadastro	Técnico	Federal	de	Atividades	e	Instrumentos	de	Defesa	Ambiental;		
IX	 -	 as	 penalidades	 disciplinares	 ou	 compensatórias	 ao	 não	 cumprimento	 das	 medidas	 necessárias	 à	
preservação	ou	correção	da	degradação	ambiental.		
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X	-	a	instituição	do	Relatório	de	Qualidade	do	Meio	Ambiente,	a	ser	divulgado	anualmente	pelo	Instituto	
Brasileiro	do	Meio	Ambiente	e	Recursos	Naturais	Renováveis	 -	 IBAMA;	 	 (Incluído	pela	Lei	nº	7.804,	de	
1989)	
XI	-	a	garantia	da	prestação	de	informações	relativas	ao	Meio	Ambiente,	obrigando-se	o	Poder	Público	a	
produzí-las,	quando	inexistentes;		(Incluído	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
	XII	-	o	Cadastro	Técnico	Federal	de	atividades	potencialmente	poluidoras	e/ou	utilizadoras	dos	recursos	
ambientais.		(Incluído	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
XIII	 -	 instrumentos	 econômicos,	 como	 concessão	 florestal,	 servidão	 ambiental,	 seguro	 ambiental	 e	
outros.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.284,	de	2006)	
IMPORTANTE:	
O	tombamento	e	o	estudo	de	impacto	de	vizinhança	não	são	instrumentos	de	proteção.	
4.2.1.	Servidão	ambiental	
A	 servidão	 ambiental	 pode	 ser	perpétua	ou	temporária,	 com	o	prazo	mínimo	de	15	
anos.	
Pode	ser	gratuita	ou	onerosa.	
NÃO	pode	ser	instituída	em	área	de	reserva	legal	ou	área	de	proteção	permanente	–	APP	(vide	art.	14	
abaixo).		
Art.	9o-A	–	Lei	6938/81.	 	O	proprietário	ou	possuidor	de	 imóvel,	pessoa	natural	ou	 jurídica,	pode,	por	
instrumento	 público	 ou	 particular	 ou	 por	 termo	 administrativo	 firmado	 perante	 órgão	 integrante	 do	
Sisnama,	limitar	o	uso	de	toda	a	sua	propriedade	ou	de	parte	dela	para	preservar,	conservar	ou	recuperar	
os	recursos	ambientais	existentes,	instituindo	servidão	ambiental.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	
2012).	
§	1o		O	instrumento	ou	termo	de	instituição	da	servidão	ambiental	deve	incluir,	no	mínimo,	os	seguintes	
itens:		(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
I	 -	memorial	descritivo	da	área	da	servidão	ambiental,	 contendo	pelo	menos	umponto	de	amarração	
georreferenciado;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
II	-	objeto	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
III	-	direitos	e	deveres	do	proprietário	ou	possuidor	instituidor;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
IV	-	prazo	durante	o	qual	a	área	permanecerá	como	servidão	ambiental.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	
2012).	
§	2o		A	servidão	ambiental	não	se	aplica	às	Áreas	de	Preservação	Permanente	e	à	Reserva	Legal	mínima	
exigida.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	3o		A	restrição	ao	uso	ou	à	exploração	da	vegetação	da	área	sob	servidão	ambiental	deve	ser,	no	mínimo,	
a	mesma	estabelecida	para	a	Reserva	Legal.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	4o		Devem	ser	objeto	de	averbação	na	matrícula	do	imóvel	no	registro	de	imóveis	competente:	(Redação	
dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
I	-	o	instrumento	ou	termo	de	instituição	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
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II	-	o	contrato	de	alienação,	cessão	ou	transferência	da	servidão	ambiental.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	
de	2012).	
§	5o		Na	hipótese	de	compensação	de	Reserva	Legal,	a	servidão	ambiental	deve	ser	averbada	na	matrícula	
de	todos	os	imóveis	envolvidos.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	6o		É	vedada,	durante	o	prazo	de	vigência	da	servidão	ambiental,	a	alteração	da	destinação	da	área,	nos	
casos	de	transmissão	do	imóvel	a	qualquer	título,	de	desmembramento	ou	de	retificação	dos	limites	do	
imóvel.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	7o		As	áreas	que	tenham	sido	instituídas	na	forma	de	servidão	florestal,	nos	termos	do	art.	44-A	da	Lei	
no	4.771,	de	15	de	setembro	de	1965,	passam	a	ser	consideradas,	pelo	efeito	desta	Lei,	como	de	servidão	
ambiental.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
Art.	 9o-B	 –	 Lei	 6938/81.	 	 A	 servidão	 ambiental	 poderá	 ser	 onerosa	 ou	 gratuita,	 temporária	 ou	
perpétua.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	1o		O	prazo	mínimo	da	servidão	ambiental	temporária	é	de	15	(quinze)	anos.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	
de	2012).	
§	2o		A	servidão	ambiental	perpétua	equivale,	para	fins	creditícios,	tributários	e	de	acesso	aos	recursos	de	
fundos	públicos,	à	Reserva	Particular	do	Patrimônio	Natural	-	RPPN,	definida	no	art.	21	da	Lei	no	9.985,	de	
18	de	julho	de	2000.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	3o		O	detentor	da	servidão	ambiental	poderá	aliená-la,	cedê-la	ou	transferi-la,	total	ou	parcialmente,	
por	prazo	determinado	ou	em	caráter	definitivo,	em	favor	de	outro	proprietário	ou	de	entidade	pública	
ou	privada	que	tenha	a	conservação	ambiental	como	fim	social.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
Art.	9o-C	–	Lei	6938/81.		O	contrato	de	alienação,	cessão	ou	transferência	da	servidão	ambiental	deve	ser	
averbado	na	matrícula	do	imóvel.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	1o		O	contrato	referido	no	caput	deve	conter,	no	mínimo,	os	seguintes	itens:	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	
de	2012).	
I	-	a	delimitação	da	área	submetida	a	preservação,	conservação	ou	recuperação	ambiental;	(Incluído	pela	
Lei	nº	12.651,	de	2012).	
II	-	o	objeto	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
III	 -	os	direitos	e	deveres	do	proprietário	instituidor	e	dos	futuros	adquirentes	ou	sucessores;	(Incluído	
pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
IV	-	os	direitos	e	deveres	do	detentor	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
V	-	os	benefícios	de	ordem	econômica	do	instituidor	e	do	detentor	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	
Lei	nº	12.651,	de	2012).	
VI	-	a	previsão	legal	para	garantir	o	seu	cumprimento,	inclusive	medidas	judiciais	necessárias,	em	caso	de	
ser	descumprido.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
§	 2o	 	 São	 deveres	 do	 proprietário	 do	 imóvel	 serviente,	 entre	 outras	 obrigações	 estipuladas	 no	
contrato:	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
I	-	manter	a	área	sob	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
II	 -	 prestar	 contas	 ao	 detentor	 da	 servidão	 ambiental	 sobre	 as	 condições	 dos	 recursos	 naturais	 ou	
artificiais;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
III	-	permitir	a	inspeção	e	a	fiscalização	da	área	pelo	detentor	da	servidão	ambiental;	(Incluído	pela	Lei	nº	
12.651,	de	2012).	
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IV	-	defender	a	posse	da	área	serviente,	por	todos	os	meios	em	direito	admitidos.	(Incluído	pela	Lei	nº	
12.651,	de	2012).	
§	 3o	 	 São	 deveres	 do	 detentor	 da	 servidão	 ambiental,	 entre	 outras	 obrigações	 estipuladas	 no	
contrato:	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
I	-	documentar	as	características	ambientais	da	propriedade;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
II	 -	 monitorar	 periodicamente	 a	 propriedade	 para	 verificar	 se	 a	 servidão	 ambiental	 está	 sendo	
mantida;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
III	 -	 prestar	 informações	 necessárias	 a	 quaisquer	 interessados	 na	 aquisição	 ou	 aos	 sucessores	 da	
propriedade;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
IV	-	manter	relatórios	e	arquivos	atualizados	com	as	atividades	da	área	objeto	da	servidão;	(Incluído	pela	
Lei	nº	12.651,	de	2012).	
V	-	defender	judicialmente	a	servidão	ambiental.(Incluído	pela	Lei	nº	12.651,	de	2012).	
IMPORTANTE:	
SOMENTE	HAVERÁ	RESERVA	LEGAL	–	20%	-	EM	ÁREA	RURAL.	
NÃO	HAVERÁ	RESERVA	LEGAL	EM	ÁREA	URBANA.	
Área	de	Preservação	Permanente	–	APP	-,	haverá	tanto	em	área	rural	quanto	urbana.	
4.3.	Sistema	nacional	do	meio	ambiente	-	Sisnama	(art.	6º)	
-	Órgãos	locais	–	municípios;	
-	Órgãos	regionais	–	estados;	
-	Órgãos	executores	–	União:	
a)	IBAMA	
b)	ICmbio	
AMBOS	ÓRGÃOS	EXECUTORES	SÃO	AUTARQUIAS!	
-	Órgão	consultivo/deliberativo	-	União:	
CONAMA.	
-	Órgão	superior	–	União:	
Conselho	de	governo.	
-	Órgão	central:	
Secretaria	Especial	do	Meio	Ambiente.	
Contudo,	 segundo	o	decreto	99.274/90,	bem	assim	para	a	 lei	9985/00	–	o	órgão	central	é	o	
Ministério	do	Meio	Ambiente.	
Art	6º	-	Lei	6938/81	-	Os	órgãos	e	entidades	da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	Federal,	dos	Territórios	e	
dos	Municípios,	 bem	como	as	 fundações	 instituídas	pelo	Poder	Público,	 responsáveis	pela	proteção	e	
melhoria	da	qualidade	ambiental,	constituirão	o	Sistema	Nacional	do	Meio	Ambiente	-	SISNAMA,	assim	
estruturado:	
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	 I	 -	órgão	superior:	o	Conselho	de	Governo,	com	a	 função	de	assessorar	o	Presidente	da	República	na	
formulação	 da	 política	 nacional	 e	 nas	 diretrizes	 governamentais	 para	 o	meio	 ambiente	 e	 os	 recursos	
ambientais;		(Redação	dada	pela	Lei	nº	8.028,	de	1990)	
	II	-	órgão	consultivo	e	deliberativo:	o	Conselho	Nacional	do	Meio	Ambiente	(CONAMA),	com	a	finalidade	
de	assessorar,	estudar	e	propor	ao	Conselho	de	Governo,	diretrizes	de	políticas	governamentais	para	o	
meio	ambiente	e	os	recursos	naturais	e	deliberar,	no	âmbito	de	sua	competência,	sobre	normas	e	padrões	
compatíveis	 com	 o	 meio	 ambiente	 ecologicamente	 equilibrado	 e	 essencial	 à	 sadia	 qualidade	 de	
vida;	(Redação	dada	pela	Lei	nº	8.028,	de	1990)	
III	 -	 órgão	 central:	 a	 Secretaria	 do	Meio	 Ambiente	 da	 Presidência	 da	 República,	 com	 a	 finalidade	 de	
planejar,	 coordenar,	 supervisionar	 e	 controlar,	 como	 órgão	 federal,	 a	 política	 nacional	 e	 as	 diretrizes	
governamentais	fixadas	para	o	meio	ambiente;		(Redação	dada	pela	Lei	nº	8.028,	de	1990)	
IV	 -	órgãos	executores:	o	 Instituto	Brasileiro	do	Meio	Ambiente	e	dos	Recursos	Naturais	Renováveis	 -	
IBAMA	e	o	 Instituto	Chico	Mendes	de	Conservação	da	Biodiversidade	-	 Instituto	Chico	Mendes,	com	a	
finalidade	 de	 executar	 e	 fazer	 executar	 a	 política	 e	 as	 diretrizes	 governamentais	 fixadas	 para	 o	meio	
ambiente,de	acordo	com	as	respectivas	competências;	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.856,	de	2013)	
V	 -	 Órgãos	 Seccionais:	 os	 órgãos	 ou	 entidades	 estaduais	 responsáveis	 pela	 execução	 de	 programas,	
projetos	 e	 pelo	 controle	 e	 fiscalização	 de	 atividades	 capazes	 de	 provocar	 a	 degradação	
ambiental;	(Redação	dada	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
VI	-	Órgãos	Locais:	os	órgãos	ou	entidades	municipais,	responsáveis	pelo	controle	e	fiscalização	dessas	
atividades,	nas	suas	respectivas	jurisdições;	(Incluído	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
§	 1º	 -	 Os	 Estados,	 na	 esfera	 de	 suas	 competências	 e	 nas	 áreas	 de	 sua	 jurisdição,	 elaborarão	 normas	
supletivas	e	complementares	e	padrões	relacionados	com	o	meio	ambiente,	observados	os	que	forem	
estabelecidos	pelo	CONAMA.	
§	2º	O	s	Municípios,	observadas	as	normas	e	os	padrões	federais	e	estaduais,	também	poderão	elaborar	
as	normas	mencionadas	no	parágrafo	anterior.	
§	 3º	 Os	 órgãos	 central,	 setoriais,	 seccionais	 e	 locais	 mencionados	 neste	 artigo	 deverão	 fornecer	 os	
resultados	das	análises	efetuadas	e	sua	 fundamentação,	quando	solicitados	por	pessoa	 legitimamente	
interessada.	
§	4º	De	acordo	com	a	legislação	em	vigor,	é	o	Poder	Executivo	autorizado	a	criar	uma	Fundação	de	apoio	
técnico	científico	às	atividades	do		IBAMA.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	7.804,	de	1989)	
4.4.	Lei	6938/81	e	suas	alterações	(art.	3º	e	art.	14)	
Conceito	stricto	sensu/restrito	dado	pela	Lei	6938/81	referente	ao	meio	ambiente	natural	(vide	
item	2.1.).	
Art	3º	-	Lei	6938/81	-	Para	os	fins	previstos	nesta	Lei,	entende-se	por:		
I	 -	meio	ambiente,	o	conjunto	de	condições,	 leis,	 influências	e	 interações	de	ordem	física,	química	e	
biológica,	que	permite,	abriga	e	rege	a	vida	em	todas	as	suas	formas;		
II	-	degradação	da	qualidade	ambiental,	a	alteração	adversa	das	características	do	meio	ambiente;		
III	 -	 poluição,	 a	 degradação	 da	 qualidade	 ambiental	 resultante	 de	 atividades	 que	 direta	 ou	
indiretamente:		
a)	prejudiquem	a	saúde,	a	segurança	e	o	bem-estar	da	população;		
b)	criem	condições	adversas	às	atividades	sociais	e	econômicas;		
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c)	afetem	desfavoravelmente	a	biota;		
d)	afetem	as	condições	estéticas	ou	sanitárias	do	meio	ambiente;		
e)	lancem	matérias	ou	energia	em	desacordo	com	os	padrões	ambientais	estabelecidos;	
É	deste	artigo	C/C	ART.	14,	§1º,	que	se	tira	a	responsabilidade	objetiva	do	
Estado	 no	 que	 tange	 ao	meio	 ambiente,	 haja	 vista	 a	 previsão	 do	 Poder	
Público	como	poluidor	indireto	(deixa	de	fiscalizar).	
STJ	entende	que	a	responsabilidade	é	objetiva	pelo	risco	integral.	
IV	 -	 poluidor,	 a	 pessoa	 física	 ou	 jurídica,	 de	 direito	 público	 ou	 privado,	 responsável,	 direta	 ou	
indiretamente,	por	atividade	causadora	de	degradação	ambiental;	
V	-	recursos	ambientais:	a	atmosfera,	as	águas	interiores,	superficiais	e	subterrâneas,	os	estuários,	o	mar	
territorial,	o	solo,	o	subsolo,	os	elementos	da	biosfera,	a	fauna	e	a	flora.		(Redação	dada	pela	Lei	nº	7.804,	
de	1989)	
Art	 14	 –	 Lei	 6938/81	 -	 Sem	 prejuízo	 das	 penalidades	 definidas	 pela	 legislação	 federal,	 estadual	 e	
municipal,	o	não	cumprimento	das	medidas	necessárias	à	preservação	ou	correção	dos	inconvenientes	e	
danos	causados	pela	degradação	da	qualidade	ambiental	sujeitará	os	transgressores:		
I	-	à	multa	simples	ou	diária,	nos	valores	correspondentes,	no	mínimo,	a	10	(dez)	e,	no	máximo,	a	1.000	
(mil)	Obrigações	Reajustáveis	do	Tesouro	Nacional	-	ORTNs,	agravada	em	casos	de	reincidência	específica,	
conforme	dispuser	o	regulamento,	vedada	a	sua	cobrança	pela	União	se	já	tiver	sido	aplicada	pelo	Estado,	
Distrito	Federal,	Territórios	ou	pelos	Municípios.		
II	-	à	perda	ou	restrição	de	incentivos	e	benefícios	fiscais	concedidos	pelo	Poder	Público;		
III	-	à	perda	ou	suspensão	de	participação	em	linhas	de	financiamento	em	estabelecimentos	oficiais	de	
crédito;		
IV	-	à	suspensão	de	sua	atividade.		
§	1º	-	Sem	obstar	a	aplicação	das	penalidades	previstas	neste	artigo,	é	o	
poluidor	 obrigado,	 independentemente	 da	 existência	 de	 culpa,	 a	
indenizar	ou	reparar	os	danos	causados	ao	meio	ambiente	e	a	terceiros,	
afetados	por	sua	atividade.	O	Ministério	Público	da	União	e	dos	Estados	
terá	 legitimidade	para	propor	ação	de	responsabilidade	civil	e	criminal,	
por	danos	causados	ao	meio	ambiente.		
§	2º	-	No	caso	de	omissão	da	autoridade	estadual	ou	municipal,	caberá	ao	Secretário	do	Meio	Ambiente	
a	aplicação	das	penalidades	pecuniárias	previstas	neste	artigo.		
§	 3º	 -	 Nos	 casos	 previstos	 nos	 incisos	 II	 e	 III	 deste	 artigo,	 o	 ato	 declaratório	 da	 perda,	 restrição	 ou	
suspensão	 será	 atribuição	 da	 autoridade	 administrativa	 ou	 financeira	 que	 concedeu	 os	 benefícios,	
incentivos	ou	financiamento,	cumprindo	resolução	do	CONAMA.	
Art.	10	–	Decreto	99274/90.		Caberá	ao	Ministério	do	Meio	Ambiente,	por	intermédio	de	sua	Secretaria-
Executiva,	prover	os	serviços	de	apoio	técnico	e	administrativo	do	CONAMA.(Redação	dada	pelo	Decreto	
nº	3.942,	de	2001)	
	 	
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SUPERIMPORTANTE:	
NÃO	TEM	CONCEITO	DE	DANO	AMBIENTAL	NA	LEGISLAÇÃO	BRASILEIRA.	
	 	
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24/03/17	
IMPORTANTE:	
Ver	provas	PGE	Amazonas	(nov	16)	e	Fortaleza	(9/4/17).	
4.5.	Decreto	99274/1990	(arts.	4,5,	6	e	7)	–	NÃO	CAI	
4.6.	Estudo	de	Impacto	Ambiental	(Resolução	1/86	CONAMA)	
DEVE	 SER	 ENCOMENDADO	 PELO	 EMPREENDEDOR,	 E	 EXIGIDO	 PELO	 PODER	 PÚBLICO,	 ANTES	 DA	
CONCESSÃO	DAS	3	LICENÇAS.	
O	estudo	de	impacto	ambiental	NÃO	VINCULA	O	PODER	PÚBLICO.	
Ex.	Estudo	favorável,	Administração	desfavorável	(concede	a	licença).	
Ex2.	Estudo	desfavorável,	Administração	favorável	(concede	a	licença).	
4.6.1.	Dispositivo	Constitucional	e	Sigilo	Industrial	(art.	11)	
-	Dispositivo	Constitucional	(art.	225,	§1º,	inciso	IV	–	CF	–	vide	acima).	
PUBLICIDADE	NA	CF	PARA	O	CIDADÃO	CHEGAR	PREPARADO	PARA	EVENTUAL	AUDIÊNCIA	PÚBLICA,	NÃO	
RELACIONADA	AO	SIGILO	INDUSTRIAL	PREVISTA	NO	ART.	11	INFRA.	
AUDIÊNCIA	PÚBLICA	NÃO	POSSUI	CARÁTER	DELIBERATIVO,	MAS	SOMENTE	CONSULTIVO.	
Artigo	11	–	Resolução	CONAMA	1/86	-	Respeitado	o	sigilo	industrial,	assim	solicitando	e	demonstrando	
pelo	 interessado	 o	 RIMA	 será	 acessível	 ao	 público.	 Suas	 cópias	 permanecerão	 à	 disposição	 dos	
interessados,	nos	centros	de	documentação	ou	bibliotecas	da	SEMA	e	do	estadual	de	controle	ambiental	
correspondente,	inclusive	o	período	de	análise	técnica,		
§	1º	-	Os	órgãos	públicos	que	manifestarem	interesse,	ou	tiverem	relação	direta	com	o	projeto,	receberão	
cópia	do	RIMA,	para	conhecimento	e	manifestação,		
§	2º	-	Ao	determinar	a	execução	do	estudo	de	impacto	ambiental	e	apresentação	do	RIMA,	o	estadual	
competente	ou	o	 IBAMA	ou,	quando	couber	o	Município,	determinará	o	prazo	para	 recebimento	dos	
comentários	a	serem	feitos	pelos	órgãos	públicos	e	demais	interessados	e,	sempre	que	julgar	necessário,	
promoverá	a	realização	de	audiência	pública	para	informação	sobre	o	projeto	e	seus	impactos	ambientais	
e	discussão	do	RIMA,	
4.6.2.	Lista	de	empreendimentos	passíveis	de	E.I.A	(art.	2º)	
ROL	EXEMPLIFICATIVO.	
Artigo	 2º	 –	Resolução	CONAMA	1/86	 -	 Dependerá	 de	 elaboração	de	 estudo	de	 impacto	 ambiental	 e	
respectivo	relatório	de	impacto	ambiental	-	RIMA,	a	serem	submetidos	à	aprovação	do	órgão	estadual	
competente,	e	do	 IBAMA	e1n	caráter	 supletivo,	o	 licenciamento	de	atividades	modificadoras	do	meio	
ambiente,	tais	como:		
I	-	Estradas	de	rodagem	com	duas	ou	mais	faixas	de	rolamento;		
II	-	Ferrovias;		
III	-	Portos	e	terminais	de	minério,	petróleo	e	produtos	químicos;		
IV	-	Aeroportos,	conforme	definidos	pelo	inciso	1,	artigo	48,	do	Decreto-Lei	nº	32,	de	18.11.66;V	-	Oleodutos,	gasodutos,	minerodutos,	troncos	coletores	e	emissários	de	esgotos	sanitários;		
Professor:	Leandro	Eustáquio	 					 	 	 	 	 		Rafael	Barreto	Ramos	
											Curso	PROLABORE		 	 	 	 	 	 	 	 						2017	
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VI	-	Linhas	de	transmissão	de	energia	elétrica,	acima	de	230KV;		
VII	-	Obras	hidráulicas	para	exploração	de	recursos	hídricos,	tais	como:	barragem	para	fins	hidrelétricos,	
acima	 de	 10MW,	 de	 saneamento	 ou	 de	 irrigação,	 abertura	 de	 canais	 para	 navegação,	 drenagem	 e	
irrigação,	retificação	de	cursos	d'água,	abertura	de	barras	e	embocaduras,	transposição	de	bacias,	diques;		
VIII	-	Extração	de	combustível	fóssil	(petróleo,	xisto,	carvão);		
IX	-	Extração	de	minério,	inclusive	os	da	classe	II,	definidas	no	Código	de	Mineração;		
X	-	Aterros	sanitários,	processamento	e	destino	final	de	resíduos	tóxicos	ou	perigosos;		
Xl	-	Usinas	de	geração	de	eletricidade,	qualquer	que	seja	a	fonte	de	energia	primária,	acima	de	10MW;		
XII	 -	 Complexo	 e	 unidades	 industriais	 e	 agro-industriais	 (petroquímicos,	 siderúrgicos,	 cloroquímicos,	
destilarias	de	álcool,	hulha,	extração	e	cultivo	de	recursos	hídricos);		
XIII	-	Distritos	industriais	e	zonas	estritamente	industriais	-	ZEI;		
XIV	-	Exploração	econômica	de	madeira	ou	de	lenha,	em	áreas	acima	de	100	hectares	ou	menores,	quando	
atingir	áreas	significativas	em	termos	percentuais	ou	de	importância	do	ponto	de	vista	ambiental;		
XV	-	Projetos	urbanísticos,	acima	de	100ha.	ou	em	áreas	consideradas	de	relevante	interesse	ambiental	a	
critério	da	SEMA	e	dos	órgãos	municipais	e	estaduais	competentes;		
XVI	-	Qualquer	atividade	que	utilize	carvão	vegetal,	em	quantidade	superior	a	dez	toneladas	por	dia.		
4.6.3.	E.I.A	deve	ser	realizado	por	profissionais	legalmente	habilitados	(art.	11	–	RES	237/97	-	
CONAMA)	
Art.	21	da	Resolução	237/97	revoga	os	arts.	3º	e	7º	da	Resolução	86	do	CONAMA.		
Outrora,	na	resolução	86,	EXIGIA-SE	A	INDEPENDÊNCIA	DO	PROFISSIONAL	EM	RELAÇÃO	À	EMPRESA.	
CONTUDO,	APÓS	A	REVOGAÇÃO,	PODE-SE	TER	UM	PROFISSIONAL	DEPENDENTE	(PAGO)	PELA	EMPRESA.		
NÃO	É	AMBIENTALISTA,	MAS	SIM	PROFISSIONAL	LEGALMENTE	HABILITADO.	
Art.	11	–	Resolução	237/97	-	Os	estudos	necessários	ao	processo	de	licenciamento	deverão	ser	realizados	
por	profissionais	legalmente	habilitados,	às	expensas	do	empreendedor.	
Parágrafo	único	-	O	empreendedor	e	os	profissionais	que	subscrevem	os	estudos	previstos	no	caput	deste	
artigo	serão	responsáveis	pelas	informações	apresentadas,	sujeitando-se	às	sanções	administrativas,	civis	
e	penais.	
Artigo	3º	-	Resolução	86	-	Dependerá	de	elaboração	de	estudo	de	impacto	ambiental	e	respectivo	RIMA,	
a	 serem	 submetidos	 à	 aprovação	 do	 IBAMA,	 o	 licenciamento	 de	 atividades	 que,	 por	 lei,	 seja	 de	
competência	federal.	(REVOGADO)	
Artigo	 7º	 -	 Resolução	 86	 -	 O	 estudo	 de	 impacto	 ambiental	 será	 realizado	 por	 equipe	multidisciplinar	
habilitada,	não	dependente	direta	ou	indiretamente	do	proponente	do	projeto	e	que	será	responsável	
tecnicamente	pelos	resultados	apresentados.	(REVOGADO)		
Art.	21	–	Resolução	237/97	-	Esta	Resolução	entra	em	vigor	na	data	de	sua	publicação,	aplicando	seus	
efeitos	 aos	 processos	 de	 licenciamento	 em	 tramitação	 nos	 órgãos	 ambientais	
competentes,	revogadas	 as	 disposições	 em	 contrário,	 em	especial	 os	 artigos	
3o	e	7º	da	Resolução	CONAMA	nº	001,	de	23	de	janeiro	de	1986.	
4.6.4.	Conteúdo	mínimo	(arts.	5º	e	6º)	
Professor:	Leandro	Eustáquio	 					 	 	 	 	 		Rafael	Barreto	Ramos	
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I.	Diagnóstico;	
II.	Análise	de	possíveis	impactos;	
III.	Medidas	mitigadoras	do	dano	(impactos	inevitáveis);	
IV.	Plano	de	controle	ambiental	dos	impactos.	
O	CONTEÚDO	MÍNIMO	EXTRAPOLA,	E	MUITO,	AS	QUESTÕES	AMBIENTAIS.	
Ex.	Não	havia	prostituição,	passou	a	haver	(viés	social).	
Artigo	5º	-	Resolução	1/86	-	CONAMA	-	O	estudo	de	impacto	ambiental,	além	de	atender	à	legislação,	em	
especial	os	princípios	e	objetivos	expressos	na	Lei	de	Política	Nacional	do	Meio	Ambiente,	obedecerá	às	
seguintes	diretrizes	gerais:		
I	 -	 Contemplar	 todas	 as	 alternativas	 tecnológicas	 e	 de	 localização	 de	 projeto,	 confrontando-as	 com	 a	
hipótese	de	não	execução	do	projeto;		
II	 -	 Identificar	e	 avaliar	 sistematicamente	os	 impactos	ambientais	 gerados	nas	 fases	de	 implantação	e	
operação	da	atividade	;		
III	 -	 Definir	 os	 limites	 da	 área	 geográfica	 a	 ser	 direta	 ou	 indiretamente	 afetada	 pelos	 impactos,	
denominada	área	de	influência	do	projeto,	considerando,	em	todos	os	casos,	a	bacia	hidrográfica	na	qual	
se	localiza;		
lV	-	Considerar	os	planos	e	programas	governamentais,	propostos	e	em	implantação	na	área	de	influência	
do	projeto,	e	sua	compatibilidade.		
Parágrafo	 Único	 -	 Ao	 determinar	 a	 execução	 do	 estudo	 de	 impacto	 ambiental	 o	 órgão	 estadual	
competente,	 ou	 o	 IBAMA	 ou,	 quando	 couber,	 o	 Município,	 fixará	 as	 diretrizes	 adicionais	 que,	 pelas	
peculiaridades	do	projeto	e	características	ambientais	da	área,	forem	julgadas	necessárias,	 inclusive	os	
prazos	para	conclusão	e	análise	dos	estudos.	
Artigo	6º	 -	Resolução	1/86	-	CONAMA	 -	O	estudo	de	 impacto	ambiental	desenvolverá,	no	mínimo,	as	
seguintes	atividades	técnicas:		
I	 -	 Diagnóstico	 ambiental	 da	 área	 de	 influência	 do	 projeto	 completa	 descrição	 e	 análise	 dos	 recursos	
ambientais	e	suas	 interações,	 tal	como	existem,	de	modo	a	caracterizar	a	situação	ambiental	da	área,	
antes	da	implantação	do	projeto,	considerando:		
a)	o	meio	físico	-	o	subsolo,	as	águas,	o	ar	e	o	clima,	destacando	os	recursos	minerais,	a	topografia,	os	
tipos	 e	 aptidões	do	 solo,	 os	 corpos	d'água,	 o	 regime	hidrológico,	 as	 correntes	marinhas,	 as	 correntes	
atmosféricas;		
b)	o	meio	biológico	e	os	ecossistemas	naturais	-	a	fauna	e	a	flora,	destacando	as	espécies	indicadoras	da	
qualidade	 ambiental,	 de	 valor	 científico	 e	 econômico,	 raras	 e	 ameaçadas	 de	 extinção	 e	 as	 áreas	 de	
preservação	permanente;		
c)	o	meio	sócio-econômico	-	o	uso	e	ocupação	do	solo,	os	usos	da	água	e	a	sócio-economia,	destacando	
os	sítios	e	monumentos	arqueológicos,	históricos	e	culturais	da	comunidade,	as	relações	de	dependência	
entre	a	sociedade	local,	os	recursos	ambientais	e	a	potencial	utilização	futura	desses	recursos.		
II	-	Análise	dos	impactos	ambientais	do	projeto	e	de	suas	alternativas,	através	de	identificação,	previsão	
da	 magnitude	 e	 interpretação	 da	 importância	 dos	 prováveis	 impactos	 relevantes,	 discriminando:	 os	
impactos	positivos	e	negativos	(benéficos	e	adversos),	diretos	e	indiretos,	imediatos	e	a	médio	e	longo	
prazos,	 temporários	 e	 permanentes;	 seu	 grau	 de	 reversibilidade;	 suas	 propriedades	 cumulativas	 e	
sinérgicas;	a	distribuição	dos	ônus	e	benefícios	sociais.		
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III	-	Definição	das	medidas	mitigadoras	dos	impactos	negativos,	entre	elas	os	equipamentos	de	controle	e	
sistemas	de	tratamento	de	despejos,	avaliando	a	eficiência	de	cada	uma	delas.		
lV	-	Elaboração	do	programa	de	acompanhamento	e	monitoramento	(os	impactos	positivos	e	negativos,	
indicando	os	fatores	e	parâmetros	a	serem	considerados.		
Parágrafo	 Único	 -	 Ao	 determinar	 a	 execução	 do	 estudo	 de	 impacto	 Ambiental	 o	 órgão	 estadual	
competente;	 ou	 o	 IBAMA	 ou	 quando	 couber,	 o	 Município	 fornecerá	 as	 instruções	 adicionais	 que	 se	
fizerem	necessárias,	pelas	peculiaridades	do	projeto	e	características	ambientais	da	área.	
IMPORTANTE:	
Se	o	estudo	não	respeita	o	conteúdo	mínimo,	será	OMISSO.	Logo,	configura-se	o	delito	previsto	
no	art.	69-A	da	Lei	de	Crimes	Ambientais.	
Art.	69-A		-	Lei	9605/98.	Elaborar	ou	apresentar,	no	licenciamento,	concessão	florestal	ou	qualquer	outro	
procedimento	 administrativo,	 estudo,	 laudo	 ou	 relatório	 ambiental	 total	 ou	 parcialmente	 falso	 ou	
enganoso,	inclusive	por	omissão:	(Incluído	pela	Lei

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