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Geografia Humana e Cultural: Um debate sobre seus fundamentos e as perspectivas atuais Compreender os processos de desenvolvimento da disciplina de Geografia tornou-se cada vez mais necessário, em vista de inúmeras proposições metodológicas que essa ciência pode abarcar. E tornou-se cada vez mais necessário também, compreender a Geografia Cultural como um modo de analisar as determinações culturais do homem no espaço, bem como as suas relações com o meio, a partir de tais determinações. Essas podem ser mensuradas através do tempo, são postas na história das diversas regiões do mundo de maneiras diferentes. Entretanto, deve-se também chamar a atenção para o atual estado do mundo globalizado, e como as suas relações se mantém de maneira interconectadas através de avanços tecnológicos e informacionais que quebraram barreiras físicas de distanciamento, representando uma das fontes limitantes em se colocar métodos no estudo geográfico cultural. Antes disso, é necessário contextualizar o sentido e significação que o termo geografia cultural assume ao ser tratado como campo de estudo, e não confundir a geografia da cultura como sendo a mesma coisa. Segundo Paulo Cesar da Costa Gomes, em seu livro Geografia, tradições e perspectivas: Interdisciplinaridades, meio ambiente e representações, a geografia cultural seria uma parte da geografia que não se atenta a delimitações metodológicas ou temáticas rígidas, possuindo conhecimentos já estudados por outras ciências, tais como a sociologia ou a antropologia, por exemplo. Busca sempre um fenômeno cultural. A geografia da cultura, seria aquela que direciona os seus estudos para o fenômeno cultural que está limitado em uma determinada dimensão espacial. Ou seja, busca entender um sistema cultural específico e suas manifestações, dentro de um território. A definição dada por Gomes, da geografia cultural, o fato de não conseguir estabelecer um método específico reflete os primórdios dos estudos culturais dentro da Geografia. Várias proposições foram feitas, com o intuito de impor justamente pontos chave que seriam segundo os autores o essencial para começar a entender a geografia a partir da cultura, mas surgiram também organizações socioespaciais que de certa forma enfraqueceram as teorias propostas. A influência do meio sobre a vida do homem foi primariamente posta em discussão na Geografia por Friedrich Ratzel, que propõe o termo antropogeografia como sendo o estudo focado nessa questão. Para ele, esse campo de estudo deve pautar-se por três princípios: descrever as áreas onde vivem os homens e mapeá-las, estabelecer causas geográficas da repartição dos homens na superfície da Terra e definir a influência da natureza sobre os corpos e os espíritos dos homens. A isso Paul Claval responde em seu livro a geografia cultural: “Os grupos humanos dependem do ambiente onde estão instalados: dele provém a totalidade (para os grupos primitivos) ou uma grande parte daquilo que é necessário à sua subsistência. Os homens deslocam-se à vontade: o segundo aspecto da nova disciplina questiona-se sobre a mobilidade como dado fundamental e como necessidade irrefreável da vida dos indivíduos e das coletividades, e sobre as necessidades do espaço que daí se depreendem para que a existência tanto dos primeiros quanto dos segundos seja possível”. (CLAVAL, 2007. p 21) Indo além de descrições e análises bem elaboradas propostas por Ratzel, Vidal de La Blache atenta-se para um conjunto de técnicas e utensílios que os homens desenvolveram para inserir no ambiente a significação de suas essências. Vidal propõe a análise dos gêneros de vida para chegar a explicação dos lugares, bem como toda a organização social que é criada no ambiente. Nesse ponto, a cultura para ele seria aquilo que está entre o homem e o meio e humaniza as paisagens, ele trata a cultura como uma ferramenta a ser utilizada para a compreensão dos lugares, muito mais do que pensar que são os homens que criam e recriam os lugares através de suas culturas, a atenção maior para ele deve ser direcionada aos lugares. La Blache apreende os genêros de vida para chegar a compreensão dos lugares, mas em determinado momento na história, o termo passa a ser posto à prova. Isso acontece quando se observa as estruturas agrárias que foram tornando-se cada vez mais homogêneas através de processos de industrialização e mecanização das técnicas de arado e colheita. Não que o meio rural tenha se transformado completamente, mas as essências e técnicas antigas foram perdendo legitimidade em meio a valorização do urbano que dominou a produção agrícola. “A modernização, com a consequente uniformização dos utensílios e dos artefatos que promove, atinge, em todos os lugares, a geografia cultural. Na França, ela foi mais duramente sentida que em outros lugares: o instrumento que dava aos trabalhos realizados segundo o modelo vidaliano sua pertinência e sua profundidade, a análise dos gêneros de vida, é inadaptado ao mundo urbano e industrializado”. (CLAVAL, 2007. p 48). Apesar dos diversos estudos realizados primariamente, do qual apenas dois foram apresentados acima, a caracterização do termo cultura e sua ação no espaço, ainda requer aprofundamento. Para isso, é apresentado um outro termo, a paisagem. Carl Sauer, no livro Paisagem, tempo e cultura escreve sobre a paisagem. Ele a define como uma área em que estão inseridas associações de formas modeladoras, que são físicas e culturais. A morfologia da paisagem aparentemente está associada apenas a essas duas formas, porém ideias pré-concebidas podem influenciar significativamente na descrição de uma paisagem. O observador da paisagem, no caso da geografia cultural, o geógrafo, tem dentro de si uma forma genérica de paisagem que é utilizada em comparação a aquilo que ele observa. Essa generalidade para conceber aquilo que se vê fica atrelada a um princípio subjetivo apenas, no campo físico, onde se percebe a naturalidade da paisagem, não generalidade pré-estabelecida, toda paisagem terá uma individualidade, irá ser constituída de determinados processos naturais ou não que permitem dizer: essa montanha não é igual a outra montanha. Além da percepção visual de como a paisagem se apresenta, é preciso considerar que a paisagem tem conteúdo, no qual a cultura é incluída. Sauer define que a cultura na paisagem delimita a marca da ação do homem sobre uma área, no qual formam-se grupos de homens associados por descendência ou tradição. Aqui pode-se propor uma questão fundamental a ser feita analisando o contexto atual da sociedade do século XXI, em relação aos estudos geográficos culturais: Existe atualmente uma maneira de identificar os simbolismos reais e tradicionais culturalmente estabelecidos quase que de forma oral apenas, num ambiente familiar, em meio ao mundo globalizado? Sauer apresenta um método morfológico, que ainda não responde à questão colocada acima, mas que convém conhece-lo afim de se chegar a alguma resposta conhecendo outros métodos. Segundo Sauer: “O estudo morfológico não considera necessariamente um organismo no sentido biológico, como, por exemplo, na sociologia de Herbert Spencer, mas somente considera conceitos de unidades organizadas que estão relacionadas”. (SAUER, Carl, 1998. p 31). Considerar uma paisagem, e dentro da paisagem uma cultura, implica considerar processos e organizações que modelam essa paisagem, é o que diz Sauer. É um método puramente objetivo, que estabelece significados as formas da paisagem, mas que ao mesmo tempo pode tornar-se restritivo para um estudo crítico da paisagem, a partir de suas manifestações culturais. Nesse caso o fenômeno em si no estudo morfológico da paisagem, se dá nos arranjos percebidos em processos organizacionais, a descrição está sempre marcada pela conexão desses processos. Entretanto, a análise do fenômeno das manifestações culturais exigetalvez um olhar mais lúdico, não tão preciso, que seja experimental, mas que também se atenha aos efeitos de tais manifestações nos processos que são formados. Faz-se necessário lembrar que o homem é agente também dos fenômenos que interferem nas formas percebidas. Sauer traz uma estruturação da paisagem natural e da paisagem cultural, mas no texto é perceptível que ele desenvolve mais a um do que a outro. Ele consegue articular melhor os fatores geognósticos e climáticos, às formas de clima, terra, maré e vegetação. Enquanto que em relação a paisagem cultural, ele cita que é um campo de estudo pouco cultivado, pouco estudado. Ele considera os fatores e os meios corretos (cultura, tempo e paisagem natural), mas a forma dada por ele ainda é limitada pelo seu método de caráter morfológico, atentando-se a processos organizacionais de população, habitação, produção e comunicação, como sendo os processos fundantes. Denis Cosgrove em A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens, a paisagem natural, percebida por ele como o mundo físico ou o meio ambiente natural, estabelece limites à conduta humana. Mas ele determina que esses limites são amplos de tal maneira, que pode tornar-se perigoso qualquer apelo a eles dentro de uma abordagem da geografia humana. A sua proposição do que é a paisagem é em certa medida parecida com a de Sauer, ele fala da paisagem como um mundo racionalmente ordenado, cuja estrutura é acessível a mente humana. Mas ele vai um pouco mais além, quando cita que todo esse processo de organização do ambiente orienta o ser humano a alterar e aperfeiçoar o ambiente, fazendo intervenções. Por fim ele determina que a paisagem lembra ao ser humano a sua posição no esquema da natureza, e que através da técnica o ser humano torna-se participante da paisagem. A técnica aqui está atrelada a cultura. Sauer também fala em tantas outras obras sobre as técnicas, mas Cosgrove identifica na história do homem, em diversos contextos, a representatividade de culturas diferentes e como elas constroem paisagens, portanto diferentes. Para isso, ele considera alguns fatores que moldam a cultura, para depois definir como esses fatores constroem as paisagens. Primeiramente, ele considera a consciência como um ato reflexivo e determinante da cultura. É como se a consciência fosse um medidor de potencialidade do ambiente, que pode acontecer até mesmo inconscientemente: “A maioria de nós falará em voz baixa, respeitosa, ao entrar numa igreja, sem pensar conscientemente porque estamos assim fazendo”. (COSGROVE, 1998. p 102) Em seguida, ele trata a natureza, de tal forma que qualquer intervenção do homem nela, implica na transformação da natureza em cultura. Um objeto natural passa a adquirir um significado cultural, tornando-se um objeto cultural na natureza. Esse objeto não perde as suas propriedades naturais, mas ganha propriedades culturais. Além disso, ele faz alusão também ao poder. Sempre existirá um grupo dominante, que deseja impor a sua própria experiência de mundo, as suas próprias “verdades culturais”. Toda essa descrição de fatores preponderantes para a construção de paisagens culturais, é perceptível também com a ajuda dos símbolos. Cosgrove diz que toda paisagem é simbólica, ou seja, possui uma linguagem inserida nela, que rege e apropria o ambiente culturalmente. Isso acontece por conta da apropriação realizada pelo homem. A partir desse entendimento, Cosgrove aborda vários tipos de culturas que se dão através de determinadas paisagens (dominantes e alternativas). A cultura dominante é uma delas, em que basicamente um grupo domina com poder sobre outros grupos menores. Essa dominação se dá na terra, no capital, nas matérias-primas e na força de trabalho. É uma definição que é sustentada pela sociedade de classes, que se amplia principalmente na concentração espacial das paisagens. É notável a diferença entre cidades planejadas para pessoas de poder aquisitivo alto em relação a cidades que nem planejadas foram. Refinando mais esse conceito de cultura dominante, também deve-se ressaltar o movimento ritualístico por trás da significação que é dada a uma paisagem com esse tipo de cultura. É preciso sempre lembrar as pessoas dessas diferenças socioespaciais, através de celebrações e ritos que deixam visíveis que manda e quem guia determinado espaço. Por outro lado, existem as paisagens alternativas, que compreendem as culturas residuais, emergentes e excluídas. As culturas residuais são aquelas oriundas de resquícios de paisagens antigas. Entretanto, o significado original desses resquícios vai se perdendo com o tempo, a mão do homem é quem interfere no processo de manutenção e permanência do simbolismo desse tipo de cultura na sociedade. As culturas emergentes são transitórias e com impacto pequeno sobre as paisagens. Um exemplo dado por Cosgrove foi a cultura hippie nos anos 60. É um tipo de cultura que busca causar incomodo na cultura dominante, apresenta possibilidades diferentes e mais radicais. As culturas excluídas seriam aquelas que não tem voz, nem mesmo legitimidade pública. Um exemplo é o caso das mulheres, que abrigam um conjunto diferente de significados simbólicos que os dos homens. Isso se reflete nas áreas trabalhista, quando se fala que determinado trabalho é para homens e não para mulheres, vestuário, definindo desde de criança que a cor azul é para homens e rosa para mulher, entre outras discussões. No que diz respeito a sociedade atual, a identificação e valorização de uma cultura através de seus simbolismos, como foi visto anteriormente, exige um aprofundamento de como as paisagens se relacionam com as ferramentas da globalização. Cosgrove e Sauer lançam várias proposições de culturas, fundamentados no pensamento do que já se encontra manuscrito, datado, percebido e orientado dentro de uma racionalidade espacial. Sauer utiliza de um método, observa as técnicas empregadas pelo homem na história, e assim busca estruturar uma paisagem cultural. Cosgrove também observa as técnicas, não define obrigatoriamente um método, mas utiliza também a história, entendendo-se aqui a história como o tempo, como agente influenciador das determinações culturais do homem sobre o espaço. Entretanto, o que chegou mais próximo de citar de fato de que maneira a cultura deve ser visualizada pela Geografia na sociedade atual e se existe método para identificar os simbolismos e tradições culturais orais, que foram se perdendo no mundo globalizado, foi Denis Cosgrove. Ele cita a cultura dominante de tal modo que faz entender o porquê de várias culturas primitivas e originárias de fato, sem intervenções ou manutenções externas, estarem se extinguindo. Milton Santos em um especial para a Folha de São Paulo em 1997, fala sobre o meio técnico- científico e informacional e as redes. Para ele, o meio, seria uma adaptação da Terra as necessidades dos homens. Antes da globalização, as manifestações culturais se davam de maneira isolada e por civilizações emergentes, com a globalização, as culturas tornam-se cada vez mais semelhantes. “A globalização leva à afirmação de um novo meio geográfico à afirmação de um novo meio geográfico cuja produção é deliberada e que é tanto mais produtivo quanto for maior o seu conteúdo em ciência, tecnologia e informação. Esse meio técnico- científico-informacional dá-se em muitos lugares de forma extensa e contínua (Europa, Estados Unidos, Japão, parte da América Latina), enquanto em outros (África, Ásia, parte da América Latina, apenas pode se manifestar como manchas ou pontos”. (SANTOS, 1997. p 1). Ainda para Milton Santos, a globalização cria uma oposição entre espaços adaptados às exigências econômicas, políticas e culturais da cultura dominante e espaços que não conseguem delimitar poder, portanto não sendo dominantes. É o que ele chama de espaços luminosos e espaçosopacos. Com os avanços das técnicas e das comunicações, Santos propõe não mais um território das regiões, mas um território das redes. Define as redes como realidades concretas ligadas por pontos espalhados no mundo todo que se desenvolve de maneira potencialmente desigual, mas possui um efeito de intervenção e subordinação de uma cultura a outra. Tem-se aqui um princípio de exclusão daquilo que é primitivo, ou não atende as imposições da cultura vigente mundializada. É de se perguntar por exemplo, por que cada vez mais comunidades indígenas vem perdendo seus costumes identitários, principalmente no que diz respeito a língua, seja tupi, guarani ou qualquer outra, enquanto que o falar inglês se tornou quase que obrigatório quando se vai arranjar um emprego ou viajar para o exterior? Quem definiu o inglês como língua padrão para o mundo? Quem interviu em cada pedaço do planeta para dizer que determinada língua deve ser utilizada? Esse é apenas um exemplo de uma imposição cultural, que pode parecer irrelevante, mas que é crucial para entender que o tempo conta sim no processo de organização da paisagem cultural, mas a mão do homem (grupos, instituições, Estado, empresários) dominante é o principal fator que interfere em todo o processo. Nos primórdios da história, em nenhum momento se pensou que em determinado tempo todos seriam capazes de dialogar numa mesma língua, mas a inserção disso como sendo relevante para a sociedade, a significação criada, através da comunicação e do poder, tornou possível. Mas por que o inglês e não uma língua indígena? Volta-se a questão do método. Analisar uma língua em detrimento da outra implica apenas observar qual é a cultura mais dominante do que a outra (não é a indígena), mas isso não quer dizer que a cultura indígena não busque legitimidade. O que acontece é que as técnicas utilizadas em uma cultura dominante globalizada são diferentes das utilizadas na cultura indígena por exemplo. O método de análise da Geografia Cultural não pode ser então generalizador, diferentes técnicas culturais exigem diferentes métodos de estudo. E como bem coloca Dirce Suertegaray em um artigo sobre Pesquisa de campo em Geografia, se ocorrem diferentes métodos, deve haver também diferentes formas de pesquisa, o que irá acarretar em diversas concepções geográficas. Ela diz ainda que as novas tecnologias servem apenas como mediadores técnicos de pesquisa, o que irá de fato encaminhar os resultados a serem atingidos na pesquisa será o olhar do pesquisador. A observação de uma paisagem cultural será então individualizada a partir do olhar do geógrafo, mas os fenômenos decorrentes de manifestações culturais estão cada vez mais espalhados por diversas paisagens, ficando difícil discernir diferenças num mundo tão globalizado. Gomes já afirmava a também: “Cada diferente fenômeno observado mobilizará a escolha de diferentes conceitos e procedimentos. Por isso não há metodologia unificadora, sugerida, às vezes, como necessária ao reconhecimento da análise geográfica. Ao contrário, estabelecer procedimentos e encaminhamentos a priori é a melhor maneira de empobrecer os resultados e de não se arriscar a produzir novos conhecimentos”. (GOMES, 2009. p 75) Identificar as diversas culturas existentes pelo mundo é uma tarefa que exige apreensão das diversas técnicas de manutenção dessas culturas. Convém compreender que algumas manifestações culturais se institucionalizaram, tornaram-se produto de grandes corporações e são fontes rentáveis de investimento. No Brasil por exemplo, acontece isso com o Carnaval. Estabelecer o método dentro de algo que já tem uma racionalidade estruturada e pensada, por grandes investidores tornou-se cada vez mais difícil. Por outro lado, estabelecer o método dentro de uma cultura que é livre do pensamento lucrativo e visa a subsistência de uma tradição, a cultura indígena por exemplo, também não é tarefa fácil, porém é mais próximo e relevante para a Geografia Cultural. Uma cultura que busca subsistir em meio as técnicas, é uma cultura que tem peso na história da sociedade, passa por embates sociais e territoriais para legitimar a sua existência. E não é uma questão de lucro ou ascensão social, mas trata-se de uma questão existencial. As manifestações culturais orais, familiares e tradicionais são objetos que conferem significação aquele que as pratica. Não cabe a Geografia Cultural estabelecer racionalidade ou impor métodos em algo que já é por si só racional e significante desde a sua origem. Deve-se então compreender como se dá essa racionalidade original e a partir dela extrair e gerar conhecimento, não utilizando recursos teóricos para quantificar ou mensurar efeitos causais dentro da organização de determinada cultura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CLAVAL, Paul. Nascimento e primeiros desenvolvimentos. in: CLAVAL, Paul. A geografia cultural. 3. ed. Florianopólis: Ed. da UFSC, 2007. CLAVAL, Paul. Aprofundamento, crise e renovação. in: CLAVAL, Paul. A geografia cultural. 3. ed. Florianopólis: Ed. da UFSC, 2007. GOMES, Paulo Cesar da Costa. O que espaço pode haver para uma geografia cultural? Elementos para uma reflexão sobre a relação entre o cultural e o geográfico. in: LEMOS, Amalia Inés; GALVANI, Emerson (org.). Geografia, tradições e perspectivas: Interdisciplinaridade, meio ambiente e representações. Volume 2, São Paulo: Expressão popular, 2009. SAUER, Carl O. A morfologia da paisagem. in: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 1998. COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens. in: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 1998.
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