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Contratualismo ● O emperismo como teoria de compreensão no campo da antropologia filosófica. ● Críticas a compreensão de política na antiguidade e na idade média. ● O contratualismo dissocia natureza humana e sociedade política, rejeitando explicações filosóficas que compreendem a política como realidade inscrita na natureza humana. (UNICENTRO - 2012) São considerados filósofos contratualistas: a) Husserl, Bachelard e Deleuze. b) Thomas Hobbes, Husserl e Baktin. c) John Locke, Karl Marx e Max Weber. d) Jean-Jacques Rousseau, John Locke e Sócrates. e) Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Roussean. Thomas Hobbes (1588-1689) Principal Obra: Leviatã, qual procura destacar o poder estatal absoluto. O insuportável estado de natureza ● Guerra generalizada ● Natureza extremamente violenta ● os seres humanos são extremamente egoístas e agressivos ● “O lobo é o lobo do homem” ● Os indivíduos em sua condição natural, mobilizam-se exclusivamente pela busca da satisfação de seus desejos e pela expectativa de evitar o sofrimento. ● O estado natural da humanidade é delineado, então, pela propensão à guerra generalizada, de todos os seres humanos entre si. ● Thomas Hobbes, portanto, qualificou a condição de natureza como miserável, bruta e violenta, uma situação insuportável em que nenhuma realização humana prospera. O contrato social: o poder absoluto do Estado ● O estado é criado em função da violência e da insegurança da condição de natureza. ● O medo da morte, sentimento correspondente à brutalidade do estado de natureza, mobiliza os seres humanos para a busca racional da paz na substituição da condição natural pela vida em sociedade. ● O contrato social representa própria inauguração da vida humana em sociedade regulada por regras e por noções morais, criadas inibir os ímpetos naturais dos indivíduos. ● O contrato social efetiva-se não apenas com a renúncia às ilimitadas pretensões individuais de poder, mas também com a sua transferência para um ser artificial, que concentre em si todo o poder desejado pelos indivíduos: o Estado. ● O Estado é uma construção do contrato social: se os cidadãos ou súditos contestam as ordens políticas das autoridade estatais, estão, na realidade, rebelando-se contra si mesmos. John Locke (1632-1704) Principal obra: Dois tratados sobre o Governo, em que no 1º tratado, faz ataques ao patriarcalismo, no 2º , constrói o tratado da teoria da sociedade civil ou política baseada nos direitos naturais e no contrato social. Estado de natureza e direitos naturais ● Locke concebe a natureza humana relativamente pacífica e fundamentou o poder do estado em princípios liberais. (Pai do Liberalismo) ● O seres humanos são naturalmente proprietários de si mesmos ● São livres para conduzir racionalmente a sua existência. ● Contribuiu decisivamente para a constituição do pensamento político liberal, fundado na defesa dos direitos individuais. ● A situação de natureza é delimitada pelos direitos naturais de os seres humanos à vida, à propriedade e à liberdade Sociedade política como associação de indivíduos ● Mesmo os seres humanos vivendo de forma pacífica, Locke, considera que os casos que transgridem os direitos individuais precisam de punição, motivo pelo qual os seres humanos elaboram um contrato social. ● Na construção da sociedade política, a liberdade civil substitui a liberdade natural dos seres humanos. ● O poder político retira dos indivíduos a condição de executores da lei da natureza, ao mesmo tempo que se compromete com a defesa dos direitos dos cidadão à vida, à propriedade e à liberdade. ● Na condição de natureza, os indivíduos governam integralmente a si mesmos. Com o contrato social, transferem esse poder para o Estado, que deve ser controlado pelo conjunto de cidadãos e se limitar a atuar em defesa dos direitos individuais e do bem comum, sem jamais utilizar seu poder para inibir a cidadania ● Assume posição contrária ao Absolutismo monárquico. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Principal obra: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, texto que provocou densas polêmicas no cenário intelectual europeu. Natureza humana ● A realidade histórica da civilização fasta os seres humanos de sua natureza e absorve-os e relações de desigualdade nas quais predominam a competição, o egoísmo e a vaidade ● “O ser humano nasce bom, mas sociedade o corrompe.” ● A sociedade civilizada promoveu o desvirtuamento da humanidade. ● Para Rousseau, o contrato social legítimo é projeto pela vontade geral, que resgata identidade natural da humanidade em dimensões civilizadas. ● Rousseau declarou que o Amor de si, liberdade e perfectibilidade são as características essenciais da humanidade, aspectos que se conjugam na definição da natureza humana. ● Amor de si é o sentimento que move os seres humanos singulares pela preservação de sua sobrevivência, necessidades básicas. ● Comiseração é a piedade ou compaixão, sentimento que corresponde, em perspectiva ampla, a identificação dos seres humanos com todas as formas de vida e, em sentido específico, à identidade natural entre os seres humanos. Ou seja, os seres humanos são naturalmente bons. ● A liberdade como faculdade de querer, com a qual efetuam escolhas no mundo, de seguir ou não suas propensões, substituir uma satisfação imediata pela expectativa de algo melhor no futuro. ● A perfectibilidade, corresponde a faculdade humana de aperfeiçoamento, disposição natural de aprimoramento. Contrato Social para Rousseau ● Eu comum da humanidade ● Relações de sociabilidade ● Amor próprio x Amor de Si ● Vontade geral x Vontade da maioria (UEMA-2015) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano. Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997. A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos contemporâneos que consolidou a (o) a) Monarquia Paritária. b) Despotismo Soberano. c) Monarquia Republicana. d) Monarquia Absolutista. e) Despotismo Esclarecido. (UNICAMP SP/2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato. (John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.) O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos. c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. (ENEM-2020) Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau: “É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159. A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinalea alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra. A) Que a desigualdade social é permitida pela lei natural e, portanto, o Estado não é responsável pelo conflito social. B) Que a desigualdade social é autorizada pela lei natural, ou seja, que a natureza não se encontra submetida à lei. C) Que no estado natural existe apenas o direito de propriedade. D) Que a desigualdade moral ou política é uma continuidade daquilo que já está presente no estado natural. E) Que há, na espécie humana, duas espécies de desigualdade: a primeira, natural, e a segunda, moral ou política.
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