Modais de Transporte e Incoterms

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Comércio Exterior 
e Logística 
Internacional
Modais de Transporte e Incoterms
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Giovana Gavioli
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin. 
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•	Introdução
•	Modais de Transporte
•	Escolha do Modal
Nesta Unidade, vamos explorar todos os aspectos dos modais de transporte e dos termos 
internacionais de comércio, que estão resumidos e podem ser acessados, a qualquer 
momento, na representação visual. 
•	 O que são os modais de transporte?;
•	 Quais os fatores a serem analisados para a escolha da modalidade de transporte mais 
adequada?;
•	 Quais as vantagens e desvantagens de cada modal?;
•	 O que são os Termos Internacionais de Comércio, também conhecidos como Incoterms?;
•	 De que forma os Incoterms impactam no custo da Operação de Comércio Internacional?
 · Nesta Unidade, vamos explorar aspectos importantes dos 
modais de transporte. Veremos as vantagens e desvantagens 
dos modais aéreo, aquaviário, ferroviário, rodoviário e 
dutoviário, assim como seus riscos e infraestrutura.
 · A unidade também trata dos termos internacionais de comércio, 
os Incoterms, sua definição, impacto nas operações de 
comércio internacional, suas atribuições de responsabilidades 
e custos no produto final.
Modais de Transporte e Incoterms
•	Termos Internacionais de Comércio – Incoterms
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Contextualização
O comércio internacional se torna efetivo quando o produto é entregue ao consumidor final. 
Para que isso aconteça no nível de serviço desejado, é importante que o gestor escolha o modal 
adequado para efetuar a operação de transporte. 
Da mesma forma, importador e exportador devem estabelecer termos que considerem o que 
foi acordado entre as partes e garantam a correta alocação de responsabilidade ao longo de 
todo o trajeto, desde a saída do local de origem, até sua entrega ao comprador final.
Conheceremos, nesta Unidade, os tipos de modais, sua infraestrutura, riscos, vantagens e 
desvantagens e, complementarmente, veremos como os termos internacionais de comércio 
influenciam a operação internacional, alocando responsabilidades e riscos às partes, impactando, 
também, no preço final da operação.
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Modais de Transporte
Transportar é o ato de movimentar, tanto no território nacional, quanto no internacional, 
cargas ou pessoas, entre dois pontos diferentes. 
O modal de transporte é parte integrante da estratégia de distribuição da empresa. Escolher 
o modal correto é de muita importância para a manutenção do nível de serviço exigido pelo 
cliente, mantendo custos a um patamar controlado.
O meio pelo qual o produto/serviço será transportado afeta 
diretamente o lead time, ou seja, o tempo total do pedido, 
desde a sua solicitação até a sua entrega. Portanto, é importante 
que a empresa conheça as particularidades, vantagens e 
desvantagens de cada modal, podendo tomar suas decisões 
de forma consciente e contribuindo para que os objetivos 
organizacionais sejam atingidos.
A infraestrutura é o ponto principal a ser analisado para cada 
modalidade escolhida. Ela influencia diretamente a relação 
volume x valor e os riscos de cada meio de transporte.
Tipos de Modais e sua Infraestrutura
A distribuição de um produto pode ser realizada por variados meios de transporte. Cada um 
possui diferentes recursos, infraestrutura, volumes, valores e riscos. Vamos conhecer cada um 
deles e suas vantagens e desvantagens.
Modal Aéreo
O modal aéreo consiste no transporte feito por aeronaves, ligando aeroportos de diferentes cidades 
(transporte nacional) ou países (transporte internacional). Sua infraestrutura consiste de aeroportos, 
aeronaves e equipamentos, assim como seus acessos, terminais e sistemas administrativos.
Entre todos os modais de transporte, o aéreo é o que apresenta maior agilidade, com menor 
tempo de trânsito e menores riscos, atendendo a praticamente todas as regiões do mundo. 
É ideal para mercadorias pequenas e de alto valor, que tenham urgência de entrega. Amostras 
também são geralmente enviadas e recebidas com a utilização do modal aéreo. 
Empresas que trabalham com o modal aéreo podem reduzir seus estoques, contando com a 
agilidade de entrega do produto. Os riscos também são reduzidos. Portanto, as embalagens de 
mercadorias que utilizam o modal aéreo não precisam ser reforçadas, o que possibilita que a 
empresa gaste menos com este processo, assim como reduz seus gastos com seguro. 
A tabela 1 mostra suas vantagens e desvantagens.
Os custos de transporte 
representam uma 
grande parte dos custos 
logísticos, podendo 
representar até 2/3 
dos custos totais.
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Tabela 1 - Vantagens e desvantagens do modal aéreo.
Vantagens Desvantagens
Menor tempo de trânsito
Menor risco
Ideal para mercadorias pequenas, perecíveis 
e/ou de alto valor
Possibilidade de redução dos custos com 
estoques
Possibilidade de redução dos custos de 
embalagem
Seguro de transporte é entre 30% a 50% 
menor que o transporte rodoviário
Frete mais alto em relação aos demais modais
Inviável para mercadorias de baixo custo
Capacidade de carga menor que do modal 
marítimo e ferroviário, ganhando apenas do 
rodoviário
Alto custo de armazenagem nos aeroportos
Necessidade de conjugação com outros 
modais para alcançar o destino final
Custo elevado de infraestrutura
Fonte: a própria autora.
Modal Aquaviário
Representando 90% das cargas transportadas em todo mundo, é o transporte feito por navios, 
utilizando vias lacustres (lagos), fluviais (rios) ou oceânicas. Ele pode ser de longo curso, quando 
envolve a navegação entre portos de diferentes países, ou de cabotagem, quando a navegação é 
entre portos de um mesmo país, por exemplo, do Porto de Santos (SP) para o Porto de SUAPE (PE). 
O transporte aquaviário utiliza como infraestrutura os portos, terminais e equipamentos de 
movimentação específicos para as suas operações. As embarcações, por exemplo, podem ser 
projetadas somente para o transporte de minérios, grãos, produtos químicos, como o petróleo, 
ou somente para contêineres.
O transporte aquaviário é flexível e transporta qualquer tipo de mercadoria, 
classificadas como:
•	 Granel: podem ser sólidos ou líquidos e embarcar diretamente no navio. Por exemplo: 
trigo, farelo, grãos, fertilizantes, minérios, petróleo, produtos químicos etc.;
•	 Individual: também chamada de carga geral, é aquela embarcada de forma 
convencional em navios de porões, onde são acomodadas por meio de empilhadeiras 
e /ou arrumação;
•	 Soltas: itens avulsos como embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores etc.;
•	 Unitizadas: agrupamento de um ou mais volumes de carga geral, ou mesmo carga a 
granel, em uma unidade adequada para este fim: contêiner, pallets, big bags etc.
A tabela 2 mostra suas vantagens e desvantagens.
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Tabela 2. Vantagens e desvantagens do modal aquaviário.
Vantagens Desvantagens
Frete mais barato
Ideal para mercadorias de baixo valor e 
altos volumes
Possui maior capacidade de carga
Pode ser adaptado para transportar 
qualquer tipo de mercadoria
Atende a grandes distâncias ao menor custo
É o modal menos veloz
Necessita de transbordo entre os portos
Sua embalagem deve ser mais reforçada
Portos geralmente ficam distantes dos 
centros produtivos
Sujeito a congestionamento nos portos
Riscos maiores de avarias devido a grande 
manipulação da carga
Oferece menor segurança quanto a roubos, 
furtos, avarias e perdas
Fonte: a própria autora.
Modal Ferroviário
Juntamente com o modal rodoviário e o dutoviário, constitui os modais terrestres. O modal 
ferroviário é o transporte feito com a utilização de trens, compostos por vagões puxados por 
uma locomotiva sobre trilhos, que tem trajetos previamente delineados. Sua infraestrutura é 
composta por ferrovias, máquinas, vagões e equipamentos.
O modal ferroviário pode transportar diversos tipos de cargas e possui vagões específicos, por 
exemplo os basculantespara o transporte de minérios e com fixadores, para o transporte de madeira.
Atualmente, é o modal que possui as piores condições de infraestrutura, apresentando linhas 
com más condições de operação, trilhos descontinuados e com falta de segurança, além de 
pobre manutenção das locomotivas, vagões e equipamentos. 
As empresas que operam com este modal geralmente possuem equipamentos próprios e 
linhas férreas privatizadas.
 As demais recebem pouco investimento governamental para seu desenvolvimento adequado. 
A tabela 3 mostra as vantagens e desvantagens deste modal.
Tabela 3: Vantagens e desvantagens do modal ferroviário.
Vantagens Desvantagens
Destinado a longas distâncias e grandes 
quantidades de cargas (25 e 100 toneladas)
Baixo custo de transporte (mais barato 
que o rodoviário, porém perde para o 
aquaviário)
Baixo custo de infra-estrutura
Relativamente mais rápido que o marítimo
Livre de congestionamentos
Necessidade de conjugação com outros 
modais para alcançar o destino final
Menor flexibilidade no trajeto
Tempo de viagem irregular, em caso de 
obstrução na ferrovia, pode haver atrasos na 
entrega
Alta exposição a furtos e roubos, com custos 
e riscos de manuseio relativos
Malha ferroviária precária
Fonte: a própria autora.
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Modal Rodoviário
O transporte rodoviário é largamente utilizado no território brasileiro e na importação e 
exportação. É a peça fundamental da intermodalidade e multimodalidade, que veremos adiante.
Seus concorrentes diretos são os modais ferroviário, aquaviário fluvial e aquaviário de cabotagem. 
Da mesma forma que o modal ferroviário, o modal rodoviário sofre diretamente em seus 
custos por conta da má conservação das rodovias brasileiras, da existência de uma frota antiga 
de caminhões, assim como a exposição a quadrilhas organizadas e especializadas em roubos 
de cargas. Outros impactos diretos no modal são a falta de fiscalização e a alta no preço dos 
combustíveis, encarecendo o transporte e, consequentemente, as mercadorias.
Mesmo com essas interferências, o modal rodoviário ainda é o modal mais utilizado pelas 
empresas brasileiras para o deslocamento de mercadorias no território nacional, além de 
exportações e importações para países da América Latina, como Bolívia, Uruguai, Paraguai, 
Venezuela e Argentina. 
Veja na Tabela 4 as vantagens e desvantagens do modal rodoviário.
Tabela 4: Vantagens e desvantagens do modal rodoviário.
Vantagens Desvantagens
Destinado a longas distâncias e grandes 
quantidades de cargas (25 e 100 toneladas)
Baixo custo de transporte (mais barato 
que o rodoviário, porém perde para o 
aquaviário)
Baixo custo de infra-estrutura
Relativamente mais rápido que o marítimo
Livre de congestionamentos
Necessidade de conjugação com outros 
modais para alcançar o destino final
Menor flexibilidade no trajeto
Tempo de viagem irregular, em caso de 
obstrução na ferrovia, pode haver atrasos na 
entrega
Alta exposição a furtos e roubos, com custos 
e riscos de manuseio relativos
Malha ferroviária precária
Fonte: a própria autora.
Modal Dutoviário
O modal Dutoviário é feito por dutos, utiliza a força da gravidade ou pressão mecânica para 
o transporte de produtos. Sua infraestrutura é composta de dutovias, equipamentos e terminais 
que podem ser divididos em:
 » Gasodutos: destina-se ao transporte de gases. Um dos mais conhecidos é o gasoduto 
Brasil-Bolívia, com quase 2000 km de extensão, para o transporte de gás natural;
 » Minerodutos: aproveita a força da gravidade para transportar minérios entre as regiões 
produtoras e as siderúrgicas e/ou portos. Os minérios são impulsionados por um forte 
jato de água;
 » Oleodutos: utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petróleos 
brutos e derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição.
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O modal dutoviário é uma alternativa de transporte não poluente, não sujeita a 
congestionamentos e relativamente barata.
Podemos concluir que cada modal tem características específicas e sua escolha deve ser 
feita de forma cuidadosa pela empresa. Uma forma de identificar o modal mais adequado será 
apresentada a seguir.
Escolha do Modal
A escolha do modal adequado para a empresa depende da análise da relação entre 
valor e volume.
Figura 1: Relação entre volume e valor.
Menor Volume Maior Volume
M
en
or
 V
al
or
M
ai
or
 V
al
or
Aério
Rodoviário
Ferroviário
Aquaviário
Dutoviário
Fonte: a autora.
Analisando a figura, percebemos que o transporte aéreo apresenta o maior dos valores de 
frete e a menor capacidade de volume, já o transporte dutoviário transporta um maior volume 
ao menor custo. A decisão sobre o modal também deve ser complementada com uma análise 
de risco, que interfere no valor de seguro do material a ser transportado.
O transporte aéreo, por exemplo, costuma ter tarifa de seguro equivalente à metade das 
modalidades marítima e terrestre. 
O transporte marítimo, em contêineres, tem redução no prêmio de seguro entre 10 a 20% 
frente a mercadorias não embaladas em contêineres. 
Esta diferença ocorre porque os riscos são diferentes para cada modal. Veja na tabela 5 a 
relação dos riscos mais decorrentes e seus respectivos modais.
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Tabela 5. Riscos e Modais.
Risco Baixo risco Médio Risco Alto Risco
Movimento de Carga
Avarias causadas por 
infiltração de água - -
Perdas ao Mar - -
Alijamento de carga -
Mudança de 
temperatura
Fogo
 
-
Naufrágio - -
Encalhe - -
Roubo
 
-
Fonte: a autora. Imagens: http://www.vectorgraphit.com/ e http://icons8.com/
Você Sabia ?
O alijamento de carga consiste no lançamento de parte da carga para fora do transporte. É mais 
comum no transporte aquaviário e com pouca frequência no modal ferroviário. O comandante do 
navio, por exemplo, pode optar por lançar contêineres ao mar, caso enfrente uma tempestade e o 
alijamento o permita controlar melhor a embarcação, salvando a tripulação. O alijamento também 
existe no modal aéreo, mas não com o objetivo de se livrar da carga para um bem maior, como 
no exemplo marítimo. O lançamento de pesticidas nas plantações feito por aeronaves de pequeno 
porte é um tipo de alijamento no modal aéreo.
Depois de falarmos de infraestrutura, vantagens, desvantagens e riscos de cada modal, você 
ainda pode se perguntar: Mas eu posso transportar soja pelo modal aéreo?
http://www.vectorgraphit.com/
http://icons8.com/
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Para Pensar
A resposta é sim, contudo vamos analisar a situação estrategicamente. A soja é uma 
commodity, ou seja, um produto que possui baixo valor agregado. Como o modal aéreo é o que 
possui o maior custo de frete, ele encareceria a operação, tornando o valor do frete superior 
ao valor da carga, inviabilizando o preço a ser praticado ao consumidor final, que não estaria 
disposto a pagar mais caro, sendo que ele pode encontrar facilmente o produto no mercado 
concorrente e a um valor acessível.
Apresenta-se, portanto, uma proposta de ligação de alguns produtos com modais 
específicos e mais adequados à cadeia logística da qual eles fazem parte, trazendo a melhor 
relação custo x benefício:
 » Grãos: ferroviário, dutoviário, aquaviário;
 » Gás, combustíveis e derivados: dutoviário;
 » Passageiros: aéreo, ferroviário, rodoviário, aquaviário;
 » Commodities – transporte nacional: ferroviário, dutoviário, aquaviário (fluvial);
 » Commodities – transporte internacional: aquaviário (oceânico).
Termos Internacionais de Comércio – Incoterms
Os Termos Internacionais de Comércio, também conhecidos como Incoterms são termos 
reconhecidos por quase todas as administrações aduaneiras do mundo. Qualquer empresa que 
atue no Comércio Internacional deve conhecer seus significados e aproveitar as suas vantagens.
•	www.iccwbo.org
A primeira versão dos Incoterms foi publicada por 
uma entidade privada conhecida como ICC (International 
Chamber of Commerce) ou Câmara de Comércio 
Internacional, em 1936. 
Sediada em Paris,a Câmara é uma organização de caráter privado que define diretrizes a 
serem adotadas em todo o mundo. Assim como os Incoterms, a empresa também é responsável 
pela publicação de diretivas para a Carta de Crédito.
As constantes evoluções tecnológicas e modificações na infraestrutura mundial impactaram 
de forma significativa nas operações diárias do comércio e da logística internacional, o que 
levou a ICC a publicar diversas atualizações dos Incoterms: 1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 
2000 e a última em 2010.
•	http://www.iccwbo.org/products-and-services/trade-facilitation/incoterms-2010/
http://www.iccwbo.org
http://www.iccwbo.org/products-and-services/trade-facilitation/incoterms-2010/
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Revisados há praticamente cada década, os Incoterms tem como objetivos:
 » Estabelecer com exatidão a divisão de tarefas, custos, responsabilidades e riscos entre 
comprador e vendedor;
 » Definir o momento da contratação de fretes, seguros, movimentação, liberação em 
alfândega, documentos e transferência de posse.
A utilização dos termos é facultativa, mas é pratica comercial comum no comércio internacional 
colocar o termo acordando entre comprador e vendedor como cláusula nos contratos mercantis. 
Atualmente existem 11 termos internacionais de comércio, representados por três letras cada 
um. Veja um resumo na Tabela 6.
Tabela 6: Incoterms 2010.
E de Ex (mínima 
obrigação para o 
exportador)
EXW – Ex Works Mercadoria entregue ao comprador no estabelecimento do vendedor
F de Free (transporte 
principal não pago pelo 
exportador)
FCA – Free Carrier
FAS – Free Alongside Ship
FOB – Free on Board
Mercadoria entregue a um 
transportador internacional indicado 
pelo comprador
C de Cost ou Carriage 
(transporte principal 
pago pelo exportador)
CPT – Carriage Paid To
CIP – Carriage and Insurance Paid To
CFR – Cost and Freight
CIF – Cost, Insurance and Freight
O vendedor contrata o transporte sem 
assumir riscos por perdas os danos 
às mercadorias ou custos adicionais 
decorrentes de eventos ocorridos após 
o embarque e despacho
D de Delivery (máxima 
obrigação para o 
exportador)
DAT – Delivered at Terminal
DAP – Delivered at Place
DDP – Delivery and Duty Paid
O vendedor se responsabiliza por 
todos os custos e riscos para colocar a 
mercadoria no local de destino
Fonte: www.mdic.gov.br.
Alguns termos possuem entrega atrelada somente ao transporte marítimo, lacustre e fluvial 
(FOB, FAZ, CFR, CIF), os demais servem para qualquer modalidade de transporte. 
 
 Explore
Para saber mais sobre o significado de cada Incoterm, acesse: http://www.mdic.gov.br/
sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30
É importante destacar que, independente do Incoterm combinado na operação de compra 
e venda, o preço será modificado de acordo com a responsabilidade atribuída. Veja a Tabela 7.
Tabela 7. Custos dos Incoterms.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30
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Preço Composição do Custo
Origem – EXW
Custo Total
+ Embalagem
+ Despesas de Exportação
Embarque – FOB
Preço (EXW)
+ Transporte Interno na Origem
+ Processo de Exportação
+ Movimentação no Terminal de Origem
Desembarque – CIF
Preço (FOB) 
+ Transporte e Seguro Internacional
Destino – DDP
Preço (CIF)
+ Movimentação no Terminal de Destino
+ Processo de Importação
+ Transporte Interno no Destino
Podemos, portanto, exemplificar a tabela com uma situação. Imaginemos os seguintes custos 
de compra e venda em uma operação de comércio internacional: 
 » Valor da mercadoria no local de embarque: US$ 50.000,00;
 » Transporte e carregamento no porto: US$ 500,00;
 » Frete internacional: US$ 1.000,00;
 » Seguro do transporte de carga: US$ 200,00;
Podemos entender que o custo para cada Incoterm seria:
 » EXW: US$ 50.000,00
 » FOB: US$ 50.500,00
 » CFR: US$ 51.500,00
 » CIF: US$ 51.700,00
A empresa compradora deve, portanto, entender o custo de cada Termo Internacional de 
Comércio adotado, influenciando no preço final do produto. Por sua vez, o exportador também 
deve estar ciente das suas obrigações e responsabilidades sob cada termo e adicionar seus 
respectivos valores ao custo final do seu material.
Resumindo
 » O modal de transporte escolhido impacta diretamente no tempo de trânsito da empresa. 
Portanto, influencia no nível de serviço a ser oferecido ao consumidor final;
 » Os custos de transporte representam até 2/3 dos custos totais da empresa. Portanto, o 
controle de seus custos deve ser efetuado;
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
 » O modal aéreo é o modal que possui o frete mais alto em relação aos demais modais; 
contudo, tem o menor tempo de trânsito, ideal para mercadorias pequenas, perecíveis 
e/ou de alto valor agregado;
 » O modal aquaviário representa 90% das cargas transportadas no mundo. Este modal 
é o menos veloz, mas possui maior capacidade de carga que os demais modais, exceto 
o dutoviário. Pode ser adaptado para qualquer tipo de mercadoria e atende a grandes 
distâncias ao menor custo;
 » O modal ferroviário é o modal que possui mais problemas de infraestrutura no país, 
possui baixo custo de transporte e infraestrutura e está livre de congestionamentos. 
Possui menor flexibilidade no trajeto e tempo de viagem irregular;
 » O modal rodoviário é o mais utilizado em todo o território nacional. É menos competitivo 
para longas distâncias além de estar sujeito a congestionamentos e rodovias em 
condições precárias. Apesar destes fatores, o modal rodoviário é o mais simples e flexível 
entre todos os modais, tanto em questão de roteirização como em disponibilidade de 
empresas para carregamento;
 » O modal dutoviário é feito por meio de dutos que utilizam a força da gravidade ou a 
pressão mecânica no transporte de produtos. Eles podem ser gasodutos, minerodutos 
ou oleodutos;
 » Os pontos a serem analisados para a escolha de um modal são a sua relação entre 
volume e valor, sendo o modal aéreo o mais caro e de menor volume e o modal 
dutoviário o mais barato e de maior volume;
 » É essencial, também, avaliar cuidadosamente os riscos de cada modal, antes de sua escolha;
 » Os Termos Internacionais de Comércio, também conhecidos como Incoterms, são 
termos reconhecidos por quase todas as administrações aduaneiras do mundo;
 » Publicados pela ICC e revisados a cada década, estabelecem com exatidão a divisão 
de tarefas, custos, responsabilidades e riscos entre comprador e vendedor e definem o 
momento da contratação de fretes, seguros, movimentação, liberação em alfândega, 
documentos e transferência de posse;
 » Existem, atualmente, 11 termos internacionais, representados por três letras e divididos 
em quatro grandes grupos: E, F, C e D;
 » Alguns termos possuem entrega atrelada somente ao transporte marítimo, lacustre e fluvial 
(FOB, FAZ, CFR, CIF), os demais servem para qualquer modalidade de transporte;
 » Cada termo influencia no preço final do produto. Portanto, a empresa compradora 
deve entender seu significado e seu impacto final, assim como a empresa vendedora 
deve estar ciente das suas obrigações e responsabilidades sob cada termo e adicionar 
seus respectivos valores ao custo final do seu material.
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Material Complementar
Links e dicas de material que complementa o tema de Modais de Transporte e Incoterms: 
BRASIL, MDIC, Aprendendo a Exportar – Incoterms. Disponível em: http://www.mdic.gov.
br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30. Acesso em: 3 ago. 2014;
FERREIRA, Marco Antonio, Tipos de Modais disponível em: http://www.techoje.com.br/site/
techoje/categoria/detalhe_artigo/670. Acesso em: 3 ago. 2014;
KEEDI, S.; Logística de Transporte Internacional: Veículo prático de competitividade. São 
Paulo: Aduaneiras, 2010. Capítulo 1;
RIBEIRO, P. C. C., FERREIRA, K. A., Logística e Transportes: uma discussão sobre os modais 
de transporte e o panorama brasileiro, XXII ENEGEP – Curitiba, 23 a25 out. 2002. Disponível 
em: http://tecspace.com.br/paginas/aula/mdt/artigo01-mdl.pdf. Acesso em: 28 jun. 2014.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/670
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/670
http://tecspace.com.br/paginas/aula/mdt/artigo01-mdl.pdf
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Unidade: Modais de Transporte e Incoterms
Referências
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio. Disponível em: 
http//:www.mdic.gov.br. Acesso em: 3 ago. 2014.
Internacional Chamber of Commerce Organization. Disponível em: www.iccwbo.org. 
Acesso em: 3 ago. 2014.
KEEDI, S. Logística de Transporte Internacional: Veículo prático de competitividade. São 
Paulo: Aduaneiras, 2010. 
SILVA, C. F, PORTO, M. M. Transportes, Seguros e Distribuição Física Internacional de 
Mercadorias. 2.ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
SILVA, L. A. T. Logística no Comércio Exterior. 2.ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
http://www.mdic.gov.br/sitio/
www.iccwbo.org
19
Anotações
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Tel: (55 11) 3385-3000
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