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Vigilância Sanitária

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FARMÁCIA- 5º 
Raquel Diniz 
 
 
 A água para abastecer as cidades passou a ser 
transportada através de aquedutos, que se 
constituíam na tecnologia de ponta para a época; 
 O lixo produzido passou a ter um local próprio para 
depósito e outras providências básicas vieram 
compor a agenda pública, garantindo a higiene e 
evitando a propagação das epidemias; 
 
 
 
 Desde o nascimento das cidades, na idade antiga, temos 
registros das preocupações com a Vigilância Sanitária. 
 A humanidade não conhecia ainda os processos de 
contaminação que espalhavam a peste, a cólera, a 
varíola, a febre tifóide e outras doenças que marcaram a 
história; mas, mesmo não conhecendo todo o processo 
de transmissão de doenças, era sabido que a água 
poderia ser uma via de contaminação e que os alimentos 
de igual maneira poderiam ser meios de propagação de 
doenças. 
 Com as populações aglomerando-se em cidades, estes 
problemas foram crescendo e se tornando mais 
complexos. 
 Por volta dos séculos XVII e XVIII na Europa e XVIII e IX 
no Brasil, teve início a Vigilância Sanitária, como uma 
resposta a este novo problema da convivência social. 
 Surgiram então as regras e providências sanitárias. 
 
 
 
 
 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 Instituiu o sistema único de saúde; 
 Saúde como um direito social; 
 Art. 200: é competência do SUS controlar e fiscalizar 
procedimentos, produtos e substâncias de interesse 
para a saúde, e também fiscalizar e inspecionar 
alimentos, bebidas e águas para consumo humano; 
 LEI 8.080 DE 1990 
 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção 
e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes. 
 Art. 6º: estão incluídas, no campo de atuação do 
SUS, a vigilância epidemiológica, a vigilância sanitária, 
a saúde do trabalhador e a assistência terapêutica 
integral, inclusive farmacêutica. 
 LEI 9.782/1999 
 Define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária(SNVS), cria a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária(ANVISA), e dá outras providências. 
 Atribui competência à União, estados, Distrito Federal 
e aos municípios, para que exerçam atividades de 
regulação, normatização, controle e fiscalização na 
área de vigilância sanitária. 
 
 Segundo a Lei 8.080/1990 a VIGILÂNCIA SANITÁRIA é 
definida como: um conjunto de ações capaz de eliminar, 
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da 
produção e circulação de bens e da prestação de serviços 
de interesse da saúde abrangendo: 
 O controle de bens de consumo que, direta ou 
indiretamente, se relacionem com a saúde, 
compreendidas todas as etapas e processos, da 
produção ao consumo; e, 
 O controle da prestação de serviços que se relacionam 
direta ou indiretamente com a saúde. 
 ESPAÇO DE INTERVENÇÃO DO ESTADO - adequa o 
sistema produtivo de bens e serviços de interesse 
sanitário, e os ambientes, às demandas sociais de saúde, 
para os indivíduos e para a coletividade, e às 
necessidades do sistema de saúde; 
 ESPAÇO DE EXERCÍCIO DA CIDADANIA E DO CONTROLE 
SOCIAL- capacidade transformadora da qualidade dos 
produtos, dos processos e das relações sociais; ação 
interdisciplinar e interinstitucional; mediação de setores 
da sociedade, por meio de canais de participação 
constituídos; 
 No âmbito do SUS, a vigilância sanitária representa um 
poderoso mecanismo para articular poderes e níveis de 
governo e impulsionar ações e movimentos de 
participação social. 
 IMPLANTAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO SUS: 
 Ação normativa e fiscalizatória sobre os serviços 
prestados, produtos e insumos terapêuticos de 
interesse para a saúde; 
 Permanente avaliação da necessidade de prevenção 
do risco; 
 Possibilidade de interação constante com a 
sociedade, em termos de promoção da saúde, da 
ética e dos direitos de cidadania; 
 REVERSÃO DO ANTIGO MODELO ASSISTENCIAL DE 
SAÚDE - as ações da vigilância sanitária têm o propósito 
de implementar as concepções e atitudes éticas a 
respeito da qualidade das relações, dos processos 
produtivos, do ambiente e dos serviços. 
 COMPETÊNCIAS DAS ESFERAS DE GOVERNO: 
 A União se limita a expedir normas gerais sobre o 
sistema nacional de Vigilância Sanitária, definindo-o 
e coordenando-o em todo o território nacional; 
 Os Estados têm o poder-dever de coordenar e, em 
caráter complementar, executar ações e serviços de 
Vigilância Sanitária e de saúde do trabalhador, 
suplementando, nesses setores, a legislação sobre 
normas gerais expedidas pela União; 
 Os Municípios podem, na medida dos interesses 
predominantemente locais, suplementar a 
legislação federal e estadual no tocante à aplicação 
e execução de ações e serviços de Vigilância 
Sanitária; competência para a execução de todas as 
ações de Vigilância Sanitária (municipalização das 
ações de VISA); 
Vigilância Sanitária 
FARMÁCIA- 5º 
Raquel Diniz 
 
 
 
 Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - compreende o 
conjunto de ações definido pelo § 1 do art. 6º e pelos 
arts. 15 a 18 da Lei no 8.080/1990 executado por 
instituições da Administração Pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
que exerçam atividades de regulação, normatização, 
controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. 
 PRINCIPAIS UNIDADES COMPONENTES DO SNVS: 
 No nível federal, a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária e o Instituto Nacional de Controle de 
Qualidade em Saúde (INCQS), vinculado 
administrativamente à Fundação Oswaldo Cruz e 
tecnicamente à ANVISA; 
 No nível estadual, os 27 órgãos de vigilância sanitária 
das secretarias estaduais de saúde, que também 
contam com o suporte de um laboratório central em 
cada Unidade da Federação, com grandes diferenças 
de capacidade analítica; em sua maioria, atendem 
também à demanda por exames clínicos; 
 No nível municipal, os serviços de vigilância sanitária 
dos 5.543 municípios, que variam muito em termos 
de estrutura, recursos e capacidade operativa. 
 COMPETÊNCIAS DOS COMPONENTES 
 À UNIÃO: 
 Definir e coordenar o Sistema Nacional de VISA; 
 Prestar cooperação técnica e financeira aos 
estados, ao Distrito Federal e aos municípios; 
 Executar ações exclusivas de sua competência, 
podendo solicitar a cooperação dos estados, Distrito 
Federal e municípios; 
 Coordenar executar e implementar serviços de VISA 
em caráter complementar à atividade estadual; e 
 Executar ações de Vigilância Sanitária em 
circunstâncias especiais, como na ocorrência de 
agravos inusitados à saúde, que possam escapar do 
controle da direção estadual do SUS ou que 
representem risco de disseminação nacional. 
 AO ESTADO: 
 Coordenar o Sistema Estadual de VISA; 
 Assessorar e apoiar os municípios nas ações de 
VISA; 
 Legislar em caráter suplementar; 
 Orientar os municípios na elaboração de atos 
normativos e legais para implementação do serviço 
de VISA; 
 Capacitar, planejar, programar e executar, em 
caráter complementar, as ações de VISA; 
 Implementar e gerenciar o Sistema de Informação 
em Vigilância Sanitária na VISA Estadual e VISAS 
municipais; e 
 Monitorar e avaliar o processo de descentralização 
das ações de VISA. 
 AO MUNICÍPIO: 
 Planejar, implementar e executar ações de VISA 
com cooperação técnica e financeira da União e do 
Estado; 
 Normatizar em caráter suplementar, observado o 
critério de interesse local; 
 Gerenciar o Sistema de Informação em VISA; 
 
 Autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da 
Saúde, caracterizada pela independência administrativa, 
estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira - 
que regulamenta e coordena o sistema nacional e 
também executa ações de controle; 
 FINALIDADE - promover a proteção da saúde da 
população, por intermédio de: 
 Instituição de normas e regulamentos; 
 Registros de produtose autorização de 
funcionamento de empresas; 
 Monitoramento de portos, aeroportos e fronteiras; 
 Monitoração de propaganda; 
 Fiscalização; 
 COMPETÊNCIAS 
 Coordenação do Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária (SNVS); 
 Execução do Programa Nacional do Sangue e 
Hemoderivados e do Programa Nacional de Prevenção 
e Controle de Infecções Hospitalares; 
 Monitoramento de preços de medicamentos e de 
produtos para a saúde; 
 Aplicação de penalidades por concorrência desleal ou 
preços excessivos; 
 Regulamentação sanitária de derivados do tabaco; 
assessoramento técnico ao Instituto Nacional de 
Propriedade Industrial; 
 Intervenção temporária na administração de 
entidades produtoras que utilizam recursos públicos, 
e dos prestadores de serviços ou produtores 
exclusivos ou estratégicos para o abastecimento do 
mercado nacional, em casos específicos; 
 Fiscalização da propaganda e publicidade de produtos 
sob regime de vigilância sanitária, e concessão do 
certificado de cumprimento de boas práticas de 
fabricação; entre outras. 
 ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 BENS E PRODUTOS - identificar riscos e verificar o 
cumprimento das recomendações - alimentos, 
cosméticos, saneantes, medicamentos; 
 SERVIÇOS DE SAÚDE - identificar riscos à saúde, 
verificar e promover adesão às normas - aqueles 
voltados para a atenção ambulatorial, seja de rotina 
ou de emergência, os realizados em regime de 
internação, os serviços de apoio diagnóstico e 
terapêutico, bem como aqueles que impliquem a 
incorporação de novas tecnologias. 
 Submetem-se também ao regime de vigilância sanitária 
as instalações físicas, equipamentos, tecnologias, 
ambientes e procedimentos envolvidos em todas as 
fases dos processos de produção dos bens e produtos 
submetidos ao controle e fiscalização sanitária, incluindo 
a destinação dos respectivos resíduos. 
FARMÁCIA- 5º 
Raquel Diniz 
 
 
 
 RISCOS AMBIENTAIS: água (consumo e mananciais 
hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar), 
vetores e transmissores de doenças (mosquitos, barbeiro, 
animais), poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, 
transporte de produtos perigosos, etc. 
 RISCOS OCUPACIONAIS: processo de produção, 
substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e 
ambiente de trabalho; 
 RISCOS IATROGÊNICOS: decorrentes de tratamento 
médico e uso de serviços de saúde - medicamentos, 
infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações 
ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos 
e serviços de saúde. 
 RISCOS INSTITUCIONAIS: creches, escolas, clubes, 
hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações 
ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc. 
 RISCOS SOCIAIS: transporte, alimentos, substâncias 
psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades 
básicas insatisfeitas; 
 
 Polícia administrativa; 
 Caracteriza-se pela natureza do objetivo pretendido que 
é o de evitar o fato danoso à saúde da população; é 
precedido de ações educativas, informações amplas 
sobre as restrições que a lei sanitária impõe às atividades 
pública e privada e da notificação no sentido de alertar 
para a irregularidade constatada. 
 É a ação que restringe e que condiciona as atividades 
dos interesses particulares em nome da proteção do 
coletivo; 
 A razão do poder de polícia é o interesse social; o seu 
fundamento está na supremacia geral que o Estado 
exerce sobre todas as pessoas, bens e atividades.

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