Buscar

Construção do Começo ao Fim Ed 02 2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

C
O
N
S
T
R
U
Ç
Ã
O
 D
O
 C
O
M
E
Ç
O
 A
O
 FIM
r
b.
m
oc
.s
i
o
da
sa
c.
w
w
w
Há 
19 anos
ajudando 
quem constrói 
e reforma
nº2
O ÚNICO
MANUAL DA
CONSTRUÇÃO
em apenas 
3 fascículos
Atualizado
e revisado 
E mais: ar-condicionado, isolamento termoacústico, automação e segurança
Cobertura nota dez
Saiba tudo sobre telhados, 
telhas e tipos de forros 
Instalações eficientes
Conheça as novidades em 
elétrica, geração de energia 
e iluminação
Beleza e tranquilidade: planeje as escadas para embelezar 
e assegurar o acesso preciso aos andares da residência
Conexões
hidráulicas
Planejamento
correto permite
economizar água
Lajes, pilares e vigas: acerte na execução e garanta estrutura firme e duradoura
1 capa CCF 2018_02.qxp_Capa 03/07/18 15:24 Página 1
Projecto5_Layout 1 02/07/18 19:23 Página 1
77
editorial
Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos
aqueles que pretendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz
conteúdo explicativo e detalhado em um novo projeto gráfico que valoriza a lei-
tura agradável.
Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia
em que se encontra passo a passo todas as etapas da construção até os acaba-
mentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a segunda abran-
ge estágios fundamentais para assegurar o bom uso da morada, como pilares,
lajes, telhado, hidráulica, elétrica, automação e segurança. 
A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel,
por meio de dicas e alertas importantes desde como escolher o modelo e materiais
para as escadas, tipos de telhas, opções de interruptores e tomadas, lâmpadas,
canos e muito mais.
Boa leitura e sucesso na obra!
77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 77
LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU 
ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR
ALGUNS DE NOSSO REVENDEDORES
REVENDA NOSSOS 
PRODUTOS E AUMENTE 
O SEU FATURAMENTO
Não perca tempo, entre em 
contato hoje mesmo com o 
nosso departamento de revenda.
GOIÁS
FEITICEIRA MADEIRAS
(62) 3481-1561 - Posse
MATO GROSSO DO SUL
ORQUIDÁRIO ENCANTOS
(67) 3471-1017- Iguatemi
MARANHÃO
POTIGUAR
(98) 3190-3000 - São Luiz
PARANÁ
BALAROTI
(41) 3035-8080 - São José dos Pinhais
BOUTIN AGRICULTURA E JARDINAGEM
(41) 3028-7000 - Curitiba
CHÁCARA FLORA DA SUISSA
(41) 3286-4948 - Curitiba
PERNANBUCO
NOVA CAMPO
(81) 3031-0500 - Recife
SANTA CATARINA
JUNKS GARDEN CENTER
(48) 3258-0645 - São José
SÃO PAULO
FORMOSA GARDEN
(11) 2115-9595 - São Paulo
GARDEN CENTER CIDADE DAS FLORES
(19) 3802-9636 - Holambra
LEROY MERLIN
4020-5376 (capitais)
0800 020 5376 (demais regiões)
REDE CAETANO
(15) 3322-5000 - Tatuí
 
Redação Janaína Silva
Publicidade Kilma Lima
Administrativo Natália Seemann
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França
Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea-
triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira,
Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu-
tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor-
ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima,
Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton
Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri-
cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos)
Impressão Maistyper
Distribuição Dinap SA
FALE CONOSCO
ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br
ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br
PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br
REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br
REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br
Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi
Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi-
cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o
nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é
permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto
com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opi-
nião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. 
IMPRESSO NO BRASIL.
A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra-
balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual-
quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br
PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA
ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de
Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro,
Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato,
Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Arte-
sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E
DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir
Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas
e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e
Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS:
Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração
de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delí-
cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis
Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM
E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or-
quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar,
Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas
de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize
Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma,
Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m².
SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 78
77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 79
80
índice
estrutura
Lajes, pilares e vigas 81
Escadas 88
Lareiras 94
Elevadores 100
Telhados 102
Forros 114
Tubos e conexões 118
Instalações elétricas 128
Ar-condicionado 140
Automação e segurança 142
Aquecimento 148
Soluções para ter espaços 
aconchegantes 152
estruturas internas
cobertura
hidráulica
elétrica
isolamento termoacústico
Contatos 156
77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:19 Página 80
81
estrutura
Responsáveis por suportar o peso da
residência, lajes, pilares e vigas são ele-
mentos estruturais que exercem papel
fundamental para a construção. Eles tra-
balham em conjunto e dão estabilidade
à edificação. Quando entra em cena, a
laje distribui a carga suportada por toda
a sua extensão e transfere para as vigas
que, imediatamente, repassam para os
pilares e fundações. 
Durante essa etapa é importante que
o profissional detalhe e dimensione as
armaduras e formas de estrutura. Para
ter uma obra econômica, a dica é conhe-cer todos os pontos positivos e negati-
vos de cada método construtivo e esco-
lher aquele que mais se adapta às neces-
sidades dos moradores. O próprio cons-
trutor deve solicitar ao engenheiro cal-
culista o detalhamento do projeto para
estimar a matéria-prima necessária e o
custo da mão de obra para a execução. 
Vale ressaltar que a construção deve
seguir as normas da Associação Brasilei-
ra de Normas Técnicas (ABNT), que regu-
lamenta o dimensionamento do concreto
e armações a serem usadas. Dessa for-
ma, o calculista realizará o dimensiona-
mento correto para garantir segurança
e estabilidade à edificação. 
A engenheira civil paulistana Vivian
Cristina Guersoni explica que existem
duas normas técnicas a respeito. Pilares
e vigas devem ser executados seguindo
a NBR 6181, da ABNT, de forma a resis-
tir a ventos, compressão, tração, torção
e cargas. A outra, a NBR 14931, é com-
plementar à anterior e refere-se à exe-
cução de estruturas de concreto. 
Sustentação 
para a sua obra
LAJES, PILARES E VIGAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA A ESTRUTURA DA CONSTRUÇÃO.
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 81
82
VIGAS
Inseridas na horizontal, elas distribuem
o peso das lajes e conferem resistência e
estabilidade à construção. Muitas vezes,
apresentam pilares em suas extremidades,
e são conhecidas como vigas biapoiadas.
Em alguns casos, há continuação da viga
após o pilar mais extremo de apoio, que
gera um trecho com somente um apoio
denominado balanço.
A execução é semelhante a dos pila-
res, porém devem estar posicionadas de
acordo com o especificado no projeto
arquitetônico para que fiquem embuti-
das na alvenaria. 
A fôrma pode ser feita isolada ou
simultaneamente à alvenaria. A retirada
é realizada após, em média, 28 dias da
concretagem. O concreto usinado é a
melhor opção para agilizar essa etapa
da obra. Se for produzido na obra, deve
ser feito em uma betoneira elétrica,
seguindo as orientações do responsável
técnico sobre a dosagem necessária e
ponto da mistura. 
estrutura
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 82
83
PILARES
Eles recebem as cargas das lajes e
vigas. A localização não deve interferir
na arquitetura e atender a melhor modu-
lação de forma a atingir todos os pavi-
mentos. Caso não sejam construídos de
forma correta, podem ocasionar trincas
e, até mesmo, o desmoronamento par-
cial ou total da casa.
Com a posição determinada, as arma-
ções são inseridas seguindo o projeto de
fundações. Na lista dos materiais mais
usados estão areia, pedra britada, con-
creto usinado, aço em barras e madeira
para as formas. Durante a execução
entram em cena barras verticais de aço
e estribos, com bitolas determinadas no
projeto estrutural.
No próximo passo a armação da colu-
na é montada com ferros mais conhe-
cidos como arranques, presos com ara-
mes de aço. Realizada essa etapa, for-
mas são usadas para a concretagem. A
mais usada é a de madeira, retirada após
a cura do concreto. Porém, se a esco-
lha for pelas feitas juntamente à alve-
naria, o cuidado deve ser redobrado
para armação, prumos, espaçamento
entre a alvenaria e armaduras da estru-
tura. Um trabalho mal realizado resulta-
rá em sérios problemas.
FORMAS
Elementos importantes para o sucesso
da execução de pilares, vigas e lajes.
MADEIRA
Aplicadas em construções residenciais, apresenta
abertura na região superior. A dica para garantir o
perfeito desempenho é molhá-las antes da concreta-
gem para dilatar e diminuir as folgas.
PAPELÃO
Para obter tamanhos e formatos diferenciados, os
modelos de papelão reduzem o tempo de execução,
chegam prontas à obra com as medidas solicitadas,
evitando o desperdício. A montagem é simples, rápi-
da e dispensa mão de obra especializada. Os moldes
podem ter até 8 m de comprimento e os diâmetros
variam de 0,15 a 1 m, com o intervalo de 5 cm.
METAL
As formas metálicas, de aço ou alumínio, são soluções
industrializadas que eliminam a necessidade de equi-
pe especializada e reduzem as perdas de materiais,
além de aumentar a produtividade na construção. 
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 83
84
estrutura
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 84
85
LAJES
As mais usadas são as maciças, mistas,
pré-fabricadas, planas ou protendidas. A
escolha depende da carga a ser recebida,
vãos existentes, agilidade na execução,
entre outros fatores a serem avaliados. A
montagem da laje é feita logo após a cons-
trução dos pilares e vigas e deve seguir as
recomendações presentes no manual
enviado pelo fabricante. Deve-se ficar aten-
to às informações de apoio, escoramento,
ferragem e distribuição para que não apa-
reçam trincas ou fissuras. A má execução
pode diminuir a vida útil do imóvel.
O projeto estrutural deve prever a laje
mais indicada para a residência, assim
como seu correto dimensionamento.
“Nele também devem constar o sentido
de instalação e o tipo de concreto e sua
respectiva resistência”, ressalta o arqui-
teto Mauricio Moser, de São Paulo, SP.
Concreto estrutural ou maciça
Com capacidade de vencer grandes
vãos e apresentar boa impermeabilida-
de, a opção é usar formas de madeira
apoiadas em uma estrutura do mesmo
material, também conhecida como esco-
ramento. Em alguns casos, precisa ser
mantida por 28 dias após a concreta-
gem da laje. Dentre as vantagens, pode
ser armada em uma ou mais direções,
possibilita acabamento direto com ges-
so, massa corrida ou até mesmo pintu-
ra, tem execução rápida e é fácil de mon-
tar e concretar.
Para evitar problemas e erros, verifi-
que se o sistema elétrico e tubulação
hidráulica estão bem posicionados.
LAJE MACIÇA
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:04 Página 85
86
estrutura
Pré-moldada
Pedida para as mais variadas obras,
conta com redução de escoramento, agi-
lidade na execução e diminuição no con-
sumo de concreto. Entre os tipos estão
a treliçada e a protendida. A primeira é
mais usada em obras residenciais. O
modelo é considerado ecologicamente
correto já que faz uso racional da maté-
ria-prima e evita o desperdício. 
A laje treliçada usa vigotas pré-mol-
dadas apoiadas nas vigas e intercaladas
com EPS ou lajotas cerâmicas. São cober-
tas por uma camada de concreto de, no
mínimo, 4 cm. Quando aplicada em
piso, o vão máximo sugerido é de 3,80
a 4 m. Para a cobertura, a medida indi-
cada da abertura é de 4,80 m. O mode-
lo pode ser ajustado de diversas formas
como, por exemplo, apoiada em vigas
de balanço, assimétricas e beirais. 
O diferencial é a armação de aço em
formato triangular que dispensa o uso de
formas de madeira durante a montagem.
LAJE PRÉ-MOLDADA TRELIÇADA
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:04 Página 86
87
CONCRETAGEM
A concretagem é importante para o
sucesso e eficiência dos elementos estru-
turais. O concreto usinado é o mais indi-
cado por ser adquirido na dosagem dese-
jada e ter a garantia de acerto na medi-
da necessária. “Como segunda opção,
pode ser feito na obra. Contudo, é neces-
sário ter um controle mais rígido para evi-
tar falhas na composição”, explica o arqui-
teto paulistano.
Todo cuidado é pouco durante essa
etapa. A aplicação nas peças estruturais
deve ser realizada por camadas e com a
ajuda de aparelhos vibradores de imer-
são para adensamento correto do mate-
rial. Hidrate as regiões concretadas para
evitar a retração por falta de água no
processo de cura. É importante deixar as
formas bem fechadas para não perder
água ou nata de concreto.
DE PISO OU COBERTURA? 
Antes de dimensionar a laje, é preciso
saber se acima dela estarão os ambientes
do pavimento superior ou o telhado. A
diferença entre elas está na espessura,
sendo que cada uma possui resistências
distintas. A laje de piso, por exemplo, deve
suportar as cargas como móveis, pessoas,
estantes e até mesmo banheiras. No caso
de uma laje de cobertura, o único peso
é o dela mesma ou de um telhado.
Na laje de piso deve-se adicionar mais
ferragem além da determinada na treli-ça para que se possa atingir a sobre-
carga desejada que é de, no mínimo,
250 kgf/m², enquanto a de cobertura
precisa resistir a cargas de pelo menos
80 kgf/m².
As espessuras das duas variam de acor-
do com as indicações do projeto. Uma
laje de cobertura nunca deve ser instala-
da no lugar de uma de piso. Caso isso
ocorra, pode haver desde rachaduras e
vibrações na estrutura, trincas na alve-
naria, rompimento de encanamentos, sol-
tura de revestimentos até desabamento.
CONTRATAÇÃO DO FORNECEDOR
Comprar as lajes, principalmente as
pré-moldadas, de empresas especializa-
das é a garantia de adquirir produtos de
qualidade, além da possibilidade de ter
mais profissionais assessorando a equi-
pe da obra, antes, durante e depois da
construção. As empresas são obrigadas a
oferecer garantias de cinco anos. Porém,
quando o projeto e a execução são rea-
lizados corretamente, a durabilidade da
laje ultrapassa cem anos.
Antes da contratação, verifique se a
empresa é registrada no Conselho Regio-
nal de Engenharia, Arquitetura e Agro-
nomia (Crea) e se possui um engenheiro
civil responsável, uma exigência do Crea.
As empresas especializadas oferecem
informações técnicas sobre o tipo de laje
mais adequado para a obra. Antes de
contratá-la, peça indicações de outras
obras para serem visitadas. Também é
importante conversar com antigos clien-
tes e ver lajes já construídas há mais de
sete anos. Duvide de preços muito bai-
xos, pois nesses casos são fornecidos pro-
dutos de pouca qualidade, que resulta-
rão em defeitos e prejuízos.
Laje nervurada 
Solução estrutural que se diferencia
pelo processo rápido de execução, ele-
va a produtividade e a economia, reduz
o peso da estrutura, permite a criação de
vãos maiores e proporciona liberdade na
criação de layouts. Essas lajes são subes-
truturas de pisos formadas por uma asso-
ciação de laje com nervuras espaçadas
com vãos inferiores a 1 m, distribuídas
em uma única direção ou em duas, cha-
madas ortogonais. Elas são maciças e de
um único tipo de material - concreto,
argamassa, metal e madeira - e mistas.
Em relação ao processo construtivo, exis-
tem quatro tipos: moldadas in loco, pré-
moldadas, pré-fabricadas e industrializa-
das. Em casas e sobrados, o processo
mais comum é o de lajes nervuradas em
uma direção, conhecidas como treliça-
das, laje vigota ou laje treliça. Entre os
benefícios, destacam-se a melhoria do
conforto térmico e acústico e redução do
uso de formas.
Da Astra, a forma plástica para fundi-
ção confere agi-
lidade à obra.
Feita de polipropi-
leno (PP) pelo pro-
cesso de injeção com
aditivos que aumen-
tam a proteção contra
os raios UV, a forma está
disponível na cor branca que
diminui a absorção do calor,
reduzindo a variação dimensional por
dilatação e pode ser reutilizada na mes-
ma ou em outras obras.LAJE PRÉ-MOLDADA PROTENDIDA
FIQUE ATENTO!
A casa ficou pronta e os ambientes
não são suficientes para acomodar
confortavelmente toda a família?
Se você deseja ampliar a moradia
com mais um pavimento, fique
atento para que a construção seja
realizada de forma segura.
Para começar as obras, contrate
um profissional da área para estu-
dar detalhadamente o projeto.
Preste atenção no desenho origi-
nal e verifique a necessidade de
reforços nas fundações e pilares.
LAJE NERVURADA
81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 05/07/18 13:56 Página 87
88
estruturas internas
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:53 Página 88
89
Sobe e desce
MODELO SEGURO
Para que os moradores tenham
acesso seguro e confortável entre 
os andares, a ergonomia da escada
deve estar associada ao movimento
correto do usuário, ou seja, eleva-
ção e afastamento do passo. A rela-
ção entre essas medidas faz com
que as passadas pelos degraus
sejam naturais. Para definir estas
medidas e dos espelhos, avalie as
características dos moradores. 
Um adulto jovem de 1,90 m de
altura, por exemplo, se movimenta
de maneira muito distinta a de 
uma senhora de 1,55 m. Por isso,
um projeto de escada bem 
sucedido tenta fazer com que 
a maioria dos usuários vença 
a subida ou descida com o 
menor esforço possível.
SAIBA COMO PROJETAR A ESCADA IDEAL E SEGURA PARA A SUA CASA
Fundamental em qualquer residência
com dois ou mais pavimentos, a escada
funciona como elemento estético do pro-
jeto, já que a composição criativa de mate-
riais da estrutura, corrimão e degraus cria
verdadeiras obras de arte. Porém, diver-
sos fatores devem ser analisados antes da
escolha. Planeje o modelo ainda no pro-
jeto arquitetônico, pois quando é definido
após a obra finalizada, haverá necessi-
dade de adaptações e podem surgir res-
trições quanto a formatos e tipos.
Vale lembrar que também é muito
importante conferir medidas do vão e
da altura entre os andares, pois se a dis-
tância for grande, a escada precisará de
patamares de descanso. Com acesso fácil
e seguro, o modelo deve ter estética
compatível com o restante dos ambien-
tes da residência.
Outra questão a ser avaliada é se será
construída com a própria mão de obra
da construção ou pré-fabricada por
empresas especializadas. 
Projeto Studio Deux Fotos Divulgação
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:53 Página 89
90
estruturas internas
FEITAS NA OBRA OU 
PRÉ-FABRICADAS?
As primeiras possuem grande durabi-
lidade e permitem o uso de qualquer
acabamento. A estrutura é de concreto
armado e a construção deve seguir as
especificações do projeto estrutural para
evitar o aparecimento de trincas e fissu-
ras. Além disso, é importante que a mão
de obra esteja atenta às medidas previs-
tas para que os degraus e espelhos não
fiquem com tamanhos incorretos e fora
das normas de ergonomia.
As moldadas por empresas não geram
desperdício ou sujeira na obra. Nos
modelos metálicos, por exemplo, o impac-
to no meio ambiente é baixo, pois os pou-
quíssimos resíduos gerados durante a
montagem são recicláveis. Por chegarem
prontas à obra, proporcionam menor cus-
to e maior precisão dimensional. A madei-
ra e os materiais metálicos são os mais
usados na estrutura.
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:54 Página 90
91
COMPOSIÇÃO DE MATERIAIS
A madeira e os materiais metálicos,
como o aço e o aço inox, são usados
com mais frequência na estrutura de
escadas feitas sob medida. Para o piso,
há diversas opções: madeira, mármore,
granito, vidro, cerâmica, entre outros.
Independentemente da escolha, a par-
te estrutural deve ser bem calculada
para evitar o comprometimento do
material selecionado.
A empresa precisa acompanhar de
perto a instalação da pisada, que sem-
pre deve ser colocada na espessura cor-
reta. Nos modelos de madeira, é preci-
so escolher espécies certificadas, indica-
das para piso e estrutura de escadas,
com resistência suficiente para suportar
as pisadas. No caso do vidro, o cuidado
deve ser redobrado, pois sempre há o
risco de trincar ou ter as quinas quebra-
das com a queda de objetos.
CONTRATAÇÃO PERFEITA! 
Caso opte por um modelo sob
medida, confira algumas dicas:
• Procure empresas consolida-
das no mercado, que possuam
mão de obra especializada e
que deem garantia quanto ao
serviço prestado. Senão, possi-
velmente haverá defeitos, como
diferenças nas dimensões de
pisos e espelhos;
• Busque indicação com arqui-
tetos, engenheiros e até mesmo 
com amigos. Antes da contrata-
ção, veja fotos de escadas já
construídas, visite obras realiza-
das e peça o contato de anti-
gos clientes;
• O ideal é que seja instalada
antes da colocação de qualquer
revestimento;
• Em determinadas residências,
alguns modelos apresentam limi-
tações técnicas para a execução. 
A empresa responsável deve
orientar o cliente. Avalie, por
exemplo, se as paredes da casa
suportam o peso da escada, caso
ela seja fixada nas laterais. 
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 05/07/18 14:01 Página 91
92
FORMATOS
Podem ser circular, caracol ou reta,
que, quando dividida em trechos, via-
biliza formar os modelos L, U, I, J e Y.
A caracol permiteganho maior de área
nos dois pavimentos. Porém, exige um
projeto bem planejado para que a dis-
tribuição dos degraus garanta o con-
forto do usuário. Os modelos circulares
são indicados para espaços maiores e
proporcionam design mais arrojado.
MADEIRA
Como o material sofre alterações
dimensionais com a variação da umidade
do ar, o projeto deve utilizar madeiras
duras e com a porcentagem ideal de
secagem conforme a região. As que têm
densidade maior (peso por m³) costumam
ser mais apropriadas, como jatobá, ipê,
cumaru e garapeira.
METÁLICA
Garantem leveza, versatilidade, design
arrojado, montagem rápida e economia
de mão de obra. Porém, para evitar pro-
blemas – inclusive a queda do compo-
nente –, devem ser montadas por pro-
fissionais e empresas especializadas. Os
modelos metálicos geralmente usam na
estrutura e no guarda-corpo chapas
dobradas, perfilados e tubos. Já os
degraus recebem chapas antiderrapan-
tes ou lisas.
CONCRETO E MADEIRA EM I
CONCRETO E MADEIRA EM L
CONCRETO ARMADO EM I
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:54 Página 92
93
CORRIMÃO
É um item importante e deve acom-
panhar o formato e extensão da escada.
Pode ser de aço carbono, alumínio, aço
inox e madeira. O diâmetro ideal fica
entre 1 e 1/2" e 2" e a altura interna deve
ser de 94 cm e a externa de 1 m. Lem-
bre-se de que a instalação precisa ser rea-
lizada por mão de obra especializada que
garantirá qualidade, durabilidade e pou-
ca manutenção. A colocação do corri-
mão e do guarda-corpo deve ser realiza-
da após as etapas de acabamento e pin-
tura da residência. É importante especi-
ficar em contrato todos os detalhes do
negócio, inclusive se os componentes
chegarão acabados ou não na obra.
CONCRETO ARMADO
Podem ser pré-moldadas ou feitas in
loco. Os diferenciais são a durabilidade,
os diversos formatos e a variedade de
acabamentos. São construídas pelos pro-
fissionais da obra e devem seguir as espe-
cificações do projeto estrutural para evitar
o surgimento de trincas e fissuras.
VIDRO
Os degraus de vidro conquistam pelo
visual e são capazes de acrescentar ele-
gância e modernidade aos projetos. A
fixação é feita com cola especial que poli-
meriza com luz ultravioleta. Outra opção
é o silicone natural. Mas também é pos-
sível fazer a instalação com parafusos,
neste caso os furos nas placas são feitos
previamente. Em relação à estrutura, o
ideal é que seja metálica e, de preferên-
cia com perfis bem delgados. 
Quanto menos material for empre-
gado, mais vazado e transparente, o
conjunto vai ficar. Fique atento, princi-
palmente no período de obras, para que
os trabalhadores não risquem a superfí-
cie com o excesso de areia preso nos
sapatos. As escadas de vidro custam
mais do que as produzidas com outros
materiais, pois o degrau custa cerca de
três vezes mais que o de madeira. O
modelo de vidro da foto acima tem
estrutura central metálica, degraus em
vidro temperado e laminado com guar-
da-corpo em aço inoxidável, executado
pela Só Escadas. 
FIQUE ATENTO!
Para evitar atrasos na obra, ao con-
tratar a empresa, informe-se sobre
o prazo de entrega, pois o tempo
demandado para a escada ser pro-
duzida é longo. Por isso, não deixe
para procurá-las na última hora. Ao
definir quem fará a escada e o cor-
rimão, redija um contrato especifi-
cando todos os materiais que serão
utilizados, as formas de pagamento
e prazos. No caso de escadas resi-
denciais, é indicado fechar o con-
trato com antecedência de pelo
menos 60 dias.
CONCRETO E MADEIRA EM JMETAL E MADEIRA EM L METAL E VIDRO EM L
MADEIRA EM L
88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 05/07/18 14:05 Página 93
94
estruturas internas
Invista no aconchego
AS LAREIRAS AQUECEM E LEVAM CHARME AOS AMBIENTES
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 94
95
 
 
Prepare o chocolate quente, reserve
uma manta (a mais fofinha que tiver) e
feche as janelas. Seguir esses passos é
imprescindível já que o tema da vez é
mais do que especial: a lareira dos seus
sonhos. Ter uma em casa é fundamen-
tal para deixar o inverno, definitiva-
mente, do lado de fora do seu lar. No
entanto, para espantar o frio de vez é
essencial tomar alguns cuidados espe-
ciais. A melhor opção é seguir as orien-
tações do fabricante na montagem da
peça, evitando trincas e quebras futu-
ramente durante a utilização do pro-
duto. Depois dessa etapa, a próxima
tarefa, segundo o arquiteto paulistano
André Eisenlohr, é escolher a localiza-
ção da lareira. “Ela deve ter uma posi-
ção estratégica para o calor ser melhor
distribuído no ambiente”, comenta. Mas
se a casa estiver pronta e seu sonho é
ter uma, não desanime. Isso não impe-
de sua construção, pois há kits pré-mol-
dados que podem ser instalados a qual-
quer momento.
A boa notícia é que não há restrições
para a instalação. Todos os am bientes
podem recebê-la, desde salas, escritórios
e até mesmo o quarto. Para acertar na
escolha, ela deve ser escolhida confor-
me o volume que se pretende aquecer.
Tem que analisar a metragem do ambien-
te e consultar profissionais capacitados a
dimensionar o tamanho da lareira segun-
do o ambiente que irá ocupar.
QUEM É QUEM
A estrutura da lareira é formada 
por três elementos fundamentais:
1. CHAMINÉ
Elimina a fumaça e a fuligem.
2. COIFA OU CAIXA DE FUMAÇA
Capta a fumaça e retém o ar frio.
3. CÂMARA DE FOGO
Espaço feito com 
materiais refratários 
e abriga as lenhas. 
1
2
3
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 95
96
estruturas internas
ACERTE NA ESCOLHA
Eleger o acabamento ideal para a
lareira é um dos últimos passos. A dica
nesse momento é optar por materiais
que combinem com o restante da casa.
Se a ideia é garantir ares de rusticidade,
vale apostar em dormentes, cruzetas,
madeira de demolição, tijolinhos con-
vencionais ou detalhes feitos com ferro.
As mais clássicas pedem mármore, gra-
nito e outras pedras. Em projetos con-
temporâneos, o concreto aparente está
entre os mais usados.
DEFININDO O MODELO
Existem dois tipos de lareiras, as pré-
moldadas e as feitas na obra. As duas divi-
dem opiniões e apresentam característi-
cas distintas. A primeira é comprada pron-
ta em lojas especializadas. Esse modelo
já vem bem dimensionado e dificilmen-
te apresentará problemas, como retorno
de fumaça. A instalação é simples e deve
ser realizada por profissionais capacita-
dos (dê preferência para mão de obra
indicada pelo fabricante). Outro benefí-
cio é a economia. As pré-moldadas apre-
sentam custo mais acessível e têm quali-
dade garantida. Nesse caso, o assenta-
mento das peças deve ser realizado com
massa refratária.
As lareiras feitas na obra podem ser
desenvolvidas da maneira escolhida
(dimensões e formato), são duráveis e
se adaptam a qualquer espaço. No
entanto, é fundamental contratar pro-
fissionais experientes, pois, se o cálculo
e a instalação forem desenvolvidos da
maneira correta, não haverá retorno
ideal da fumaça.
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 96
97
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 97
98
DICA ESPECIAL
Para calcular o tamanho da lareira, considere a quantidade de pessoas 
que moram na casa e o cômodo que deverá recebê-la. Ambientes com 
pé-direito alto, corredores ou grandes vãos podem prejudicar o aquecimento.
TAMANHO DA BOCA DIÂMETRO DA CHAMINÉ AQUECE
(altura x largura x profundidade)
0,57 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .100 m3
0,62 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3
0,67 x 0,94 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3
0,75 x 1,09 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 240 a 330 m3
0,85 x 1,26 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,30 m . . . . . . . . . .de 330 a 450 m3
SEM FUMAÇA
Para evitar que a fumaça invada os
ambientes, é essencial realizar o dimen-
sionamento adequadoda lareira para
garantir a vazão. O duto de saída de ar
deve estar livre de todos os obstáculos
(vigas, lajes ou ripas que estruturam a
cobertura).
COMO MANTER
Para uma lareira bonita e eficaz por
muito tempo, é preciso limpá-la após
apagar o fogo. Recomenda-se esperar o
resfriamento completo para evitar aci-
dentes. Não é indicado usar água ou
qualquer produto líquido. Basta recolher
as cinzas e varrer seu interior.
SUSPENSA
As lareiras suspensas metálicas são ten-
dência nos projetos e ajudam a compor
os ambientes, levando um toque de
modernidade. Podem ser a lenha, se hou-
ver possibilidade de instalação de cha-
miné, elétrica ou com fluído a base de
etanol de cereais.
IMPORTANTE: 
AS LAREIRAS DE 
ALVENARIA COM 
BOM ISOLAMENTO 
TÉRMICO ACEITAM 
QUALQUER 
ACABAMENTO.
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:44 Página 98
99
LISTA DE OPÇÕES
Descubra qual lareira 
combina com o seu lar:
GÁS
É segura, pois conta com dispositivos
que a desligam automaticamente em
caso de problema. Dispensa o uso de
chaminés e possui controle regulável
de temperatura. O acendimento é
fácil; basta acionar o botão da chama
piloto ou usar o controle remoto. Ela
aquece o ambiente sem fumaça e sem
sujeira, podendo ser usada em casas,
apartamentos, espaços gourmets e
áreas externas.
Como funciona: o gás passa por
um cano de cobre, que alimenta a
lareira. Em alguns casos, pedras vul-
cânicas funcionam como combustí-
vel. É fundamental que os modelos
escolhidos atendam os requisitos da
Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT).
LENHA
Campeãs de pedidos, as principais
características são resistência, segu-
rança e conforto térmico garantido,
devido valor calórico (30%).
Como funciona: basta acender a
lenha e aproveitar o calor. A chaminé
deve estar no ponto mais alto do imó-
vel (a pelo menos 80 cm do telhado).
FLUÍDO
É uma excelente opção, pois possui
fácil instalação, não necessita de
exaustão por não emitir fumaça. Há
vários modelos e tamanhos, inclusive
portáteis com rodízios.
Como funciona: o combustível é o
etanol de cereais, encontrado em lojas
especializadas ou nos próprios fabri-
cantes das lareiras. 
ELÉTRICA
É considerada ecologicamente corre-
ta e proporciona baixo consumo ener-
gético (cerca de R$ 0,52 por hora).
Tem capacidade para esquentar
ambientes de até 25 m². Para a insta-
lação, não é necessária mão de obra
qualificada e, diferentemente do mode-
lo a álcool, não exige armazenamen-
to de combustível.
Como funciona: o aquecimento é
feito por meio de um termoventilador.
Para acioná-lo, em geral, usa-se ape-
nas o controle remoto.
94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:44 Página 99
100
estruturas internas
Projeto Construtora 
Casa da Montanha 
Foto Eduardo Liotti
100-101 estruturas internas-elevador.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:36 Página 100
101
Comodidade e facilidade são termos
que podem descrever como é ter um ele-
vador na própria residência. Além de dri-
blar o sobe e desce constante das esca-
das, a instalação do equipamento tam-
bém está associada ao estilo de vida do
proprietário. “As pessoas tendem a optar
por eles quando julgam que a casa é
para a vida toda, projetando o conforto
na velhice. Outro aspecto é o custo
menos elevado, justificando a execução”,
conta o arquiteto Marcelo Sena, de Belo
Horizonte, MG. 
Dentre o perfil de quem tem um ele-
vador em casa, o profissional destaca ain-
da clientes que estão começando uma
família e outros que buscam status. Nor-
malmente são destinados às residências
de classes média-alta e alta que possuem
até quatro andares. Também são indica-
dos para casas onde residem pessoas
com dificuldade de locomoção, ou seja,
portadores de deficiência física, idosos,
gestantes e usuários de cadeira de rodas. 
Para evitar eventuais problemas e
garantir seu funcionamento efetivo, esses
equipamentos demandam manutenção.
Em determinadas cidades brasileiras, ela
deve ser realizada mensalmente, da mes-
ma forma que nos elevadores para edifí-
cios de apartamentos. As empreseas pos-
suem planos de manutenção preventiva
onde os itens são verificados conforme a
idade de cada equipamento.
ESPECIFICAÇÕES
A capacidade mínima de um elevador
residencial é de três pessoas. Para aten-
der um passageiro com cadeira de rodas,
recomenda-se uma cabina com capaci-
dade para oito pessoas, medindo 1,10 x
1,40 (cerca de 630 kg). Os materiais uti-
lizados no equipamento são aço inox,
vidro ou policarbonato. 
Caso prefira instalar o equipamento
alguns anos após a construção, o proje-
to deve prever vão vertical mínimo, de
1,3 x 1,6 m, e laje soerguida de 1,5 m
no último pavimento da casa.
Subida sem esforço
FUNCIONAIS, OS ELEVADORES CONFEREM PRATICIDADE PARA ACESSAR O PAVIMENTO SUPERIOR
ELÉTRICOS X HIDRÁULICOS
Nos modelos eletromecânicos, a má -
quina de tração é acionada pela eletri-
cidade e a cabina é movimentada por
cabos de aço ou elementos de tração.
Os hidráulicos, por sua vez, têm pro-
pulsão por meio de um pistão a óleo.
Um reservatório desse material, ao lado
da caixa, é responsável pelo movimen-
to do pistão, que proporciona a mobili-
dade da cabina.
Para residências, os modelos mais
indicados são os eletromecânicos sem
casa de máquinas, que consomem
menos energia. Os hidráulicos têm limi-
tação de pavimentos e velocidade máxi-
ma reduzida. Com relação à sustentabi-
lidade, os eletromecânicos são mais sus-
tentáveis, pois não utilizam óleos lubri-
ficantes. Além disso, apresentam res-
postas rápidas nas partidas.
ELEVADOR HIDRÁULICO
ELEVADOR ELÉTRICO
PERCURSO E PARADAS/ANDARES
ELEVAÇÃO DA 
CAIXA DO ELEVADOR
TEM MAIS FLEXIBILIDADE NA CONSTRUÇÃO 
DA CASA DE MÁQUINAS
O MODELO É INDICADO PARA QUEM BUSCA 
CONFORTO DURANTE A VIAGEM
PARADA EXTREMA SUPERIOR
PARADA EXTREMA INFERIOR
CILINDRO
PISTÃO
BOMBA GIRATÓRIA
FLUIDO 
HIDRÁULICO
VÁLVULA
RESERVATÓRIO
100-101 estruturas internas-elevador.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:36 Página 101
102
cobertura
Beleza 
no topo
COMO FAZER UM 
TELHADO IMPECÁVEL, 
SEGURO E COM ESTILO 
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 102
103
 
 
 
 
 
Um telhado bem dimensionado faz
toda a diferença em uma construção.
Além de valorizar o imóvel, é garantia
de proteção para a casa. O projeto bem
executado oferece conforto térmico, evi-
ta a ocorrência de vazamentos e agrega
valor estético à moradia. 
As etapas de como fazer um telha-
do começam ainda na planta, para
dimensioná-lo corretamente de acor-
do com o peso e a estrutura escolhi-
da. Durante a obra é importante defi-
nir se ele será aparente ou embutido,
a inclinação, recortes, sobreposições,
cor e resistência desejada. Quando
bem alinhado e em harmonia com as
cores, destaca o conceito arquitetô-
nico proposto. 
Respeitadas todas as fases, é hora de
contratar um profissional especializado
na área para ter um telhado para a vida
toda, seguro e com baixa manutenção.
A mão de obra é responsável por 50%
do resultado final. Não adianta traba-
lhar com materiais de boa qualidade se
o instalador não souber manuseá-los. 
Para ajudá-lo a entender como fazer
um telhado, apresentamos detalhada-
mente o processo. Confira as dicas para
a construção da cobertura.
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 103
104
cobertura
ESTRUTURA
Ela é a responsável pelo suporte às
telhas para manter o nível plano neces-
sário para cobrir o telhado. As mais usa-
das são as de madeira e aço. Para ame-
nizar o impacto ambiental, recomenda-
se o uso de madeira de qualidade, pro-
veniente de áreas de reflorestamento e
com certificados de procedência de áreas
de manejo sustentável.
MADEIRA
É fundamental que a estrutura apre-
sente perfeito esquadro e madeiramento
em excelentes condições – sem que este-
ja empenado – para não prejudicar a
segurança e o efeito estético. Na hora de
construir, deve-se calcular o custo-benefí-
cio do material por metro quadrado e não
por peças para não ter surpresas no final. 
Na lista das madeirasmais utilizadas
devido à alta resistência estão angelim,
itaúba, garapeira, bacuri e pedra tataju-
ba. Ipê, jatobá e maçaranduba também
são indicadas, porém em determinadas
regiões não são encontradas facilmente
em função do desmatamento das espé-
cies. A cupiúba é uma opção econômi-
ca com custo acessível e resistente ao ata-
que de cupins. Uma alternativa é inves-
tir no eucalipto extraído de áreas de
manejo florestal. É importante ressaltar
que, independentemente do tipo a ser
usado na estrutura, é preciso solicitar o
Documento de Origem Florestal (DOF)
ao realizar a compra. 
A madeira também deve estar seca e
naturalmente resistente ao ataque de
insetos e fungos. Mesmo assim, é indi-
cado realizar o tratamento para aumen-
tar sua durabilidade e evitar problemas
futuros com o material.
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 104
105
METÁLICA
Quando se está definindo como fazer
um telhado, é relevante analisar a estru-
tura metálica como alternativa para agi-
lizar a construção da cobertura e ficar em
dia com o meio ambiente. Resistente e
leve, o material é indicado para regiões
litorâneas devido à alta durabilidade. A
montagem é simples e dispensa manu-
tenções periódicas. 
POR DENTRO 
Conheça um pouco 
mais sobre os elementos 
fundamentais que 
estruturam a cobertura.
Tesouras: suportam o peso total do telhado 
e definem a inclinação. É um sistema de vigas
estruturais executadas com barras ligadas
umas às outras pelas suas extremidades e
auxilia na cobertura para suportar as telhas.
Contudo, todo cuidado é pouco na hora 
da execução. O formato deve ser triangular 
e resistente à tração e compressão.
Linha: compõe a tesoura e é a maior peça
estrutural. É responsável pela concentração
de todos esforços de tração. 
Cumeeira: é a região mais alta do telhado.
Terça: elemento que sustenta os caibros.
Frechal: é a última terça do telhado.
Ripas e caibros: garantem a sustentação 
das telhas. 
TESOURA
LINHA
TERÇA
CAIBRO
RIPA
FRECHAL
CUMEEIRA
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 105
106
cobertura
TELHAS
Chega o momento de escolher a que
mais combina com seu telhado. Vale lem-
brar que a escolha deve ser feita antes da
confecção da estrutura, que é planejada
de acordo com o modelo eleito. Ao fazer
a seleção, consulte sempre o fabricante
para verificar os acessórios de acaba-
mento. Existem peças especiais, como a
cumeeira três vias e as telhas capas late-
rais, que valorizam a estética da cobertu-
ra. No catálogo ou site de cada fabrican-
te podem ser conferidas as funções de
cada peça. Contudo, antes de fazer a sele-
ção é fundamental avaliar a inclinação do
projeto, cor, beleza, peso, características
termoacústicas, tamanho e custos. 
Com todas as etapas feitas, chegou a
hora de escolher o modelo.
1. ALUMÍNIO
As telhas de alumínio conferem design
diferenciado às edificações em função de
sua geometria e elevada capacidade refle-
tiva. O material é leve e contribui para o
conforto térmico dos ambientes. Por ser
100% reciclável, está inserido dentro dos
conceitos de construções sustentáveis.
Dependendo das dimensões do pano do
telhado, é possível usar apenas uma peça
da cumeeira ao beiral, o que diminui a
presença de emendas. 
2. FIBROCIMENTO
Pedida para vencer vãos considerá-
veis, estão disponíveis em diversas medi-
das e formatos, com a opção de receber
a cor desejada de acordo com o proje-
to. São indicadas para todas as obras em
função da resistência, durabilidade, eco-
nomia e facilidade de instalação. 
3. CONCRETO
Os modelos são duráveis, com boa
resistência mecânica e estética. Propor-
cionam encaixes precisos e, em função
dos tamanhos maiores das unidades, con-
somem menos peças por metro quadra-
do. As telhas mais tradicionais são as de
perfis com duas ondulações e planas. Em
média, o rendimento é de 10,5 peças por
metro quadrado. É muito usada em edi-
ficações com estrutura metálica que, com
a ajuda de acessórios especiais, agilizam
a montagem dos telhados.
A distância entre as ripas – também co -
nhecida como galga – deve ser de 32 cm,
com exceção para a primeira fiada junto
ao beiral onde é indicada a presença de
uma ripa com dupla altura para preencher
a ausência da telha de apoio a frente. 
No caso de telhados situados em locais
com grande incidência de ventos, todas
as peças devem ser amarradas ou para-
fusadas. Com as de concreto, apesar de
serem mais pesadas que as cerâmicas,
também devem ser fixadas. Porém, ape-
nas as duas fiadas devem estar mais pró-
ximas do beiral. Esse fator segurará as
demais. Ele indica que sejam usados para
fixação materiais não corrosivos como fios
de cobre ou arame galvanizado, ambos
com 18 mm, ou parafusos especiais. Os
fios e os arames geram melhor praticida-
de na instalação e nunca devem ser usa-
dos pregos, pois podem quebrar a telha.
1
2
3
4 5
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 106
107
4. VIDRO E POLICARBONATO
Com um charme especial, levam clari-
dade para os cômodos e são indicadas para
espaços sem janelas e jardins internos.
Estão disponíveis em diversos formatos,
desde os tradicionais até os ondulados.
5. CERÂMICA
A opção é facilmente encontrada no
mercado e há grande disponibilidade de
modelos e cores – destaque para a colo-
nial, italiana, portuguesa, americana e
paulista. A principal vantagem é a dura-
bilidade. Apresenta estabilidade durante
mudanças bruscas de temperatura. 
As telhas cerâmicas possuem como
principal característica a reflexão do sol,
o que garante ótimo isolamento térmi-
co e acústico. As peças absorvem menos
água e são leves, o que facilita a insta-
lação. Segundo a NBR 15310, da ABNT,
cada unidade deve apresentar identifi-
cação do fabricante, dimensões e mode-
lo. Quando usadas, a estrutura indica-
da para o telhado é a de madeira com
inclinação mínima de 30º para um pano
de 7 m.
6. CERÂMICA ESMALTADA
Após a queima, as peças ficam com
cobertura com efeito vitrificado. As uni-
dades são muito resistentes. O acaba-
mento é dado com esmalte cerâmico e
corantes. Dispensam a aplicação de
impermeabilizantes e apresentam baixos
índices de absorção. 
7. SHINGLES
O sistema shingle é muito mais leve
que outros tipos de coberturas. Imper-
meável e maleável com adaptabilidade
para qualquer formato do telhado, pas-
sível de instalação em inclinações múlti-
plas entre 15º (baixíssima) até 90º, que
possibilita aplicações em fachadas e
ampla utilização de sótãos. 
8. RECICLADAS
São produzidas a partir de conteúdo
reciclado, como garrafas PET, embalagens
e até fibras vegetais de pinho, eucalipto,
sisal, bananeira e coco. Além do apelo
ecológico, as telhas caracterizam-se pela
leveza, resistência e vida útil similar às tra-
dicionais. Disponíveis em vários modelos
e composições. Também existem opções
compostas por base de manta asfáltica,
produzidas de fibra de vidro e revestidas
por grânulos sinéticos reaproveitados.
9. TAUBILHAS 
São telhas artesanais de madeira que
favorecem o aspecto rústico às constru-
ções. Há também novos modelos indus-
trializados feitos de eucalipto ou pinus.
7
9 6
8
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 107
1. PORTUGUESA
Rendimento por m²: 16/17 peças
Peso por unidade: 2,7 kg
Inclinação mínima: 30%
2. ITALIANA
Rendimento por m²: 13 peças
Peso por unidade: 2,9 kg
Inclinação mínima: 30%
3. ROMANA
Rendimento por m²: 16/17 peças
Peso por unidade: 2,7 kg
Inclinação mínima: 30%
4. AMERICANA
Rendimento por m²: 12 peças
Peso por unidade: 3 kg
Inclinação mínima: 30%
5. COLONIAL
Rendimento por m²: 16 peças
Peso por unidade: 2,5 kg
Inclinação mínima: 30%
6. MEDITERRÂNEA
Rendimento por m²: 13,5 peças
Peso por unidade: 2,5 kg
Inclinação mínima: 30%
108
cobertura
CERTIFICAÇÃO DE TELHAS
Para garantir um telhado seguro e
com qualidade, vale a pena investir
em telhas certificadas. Na hora da
compra, fique atento se o produto
possui selo reconhecido pelo CCB
(Centro Cerâmico do Brasil), organis-
mo creditado pelo INMETRO. É a
garantiade que você irá adquirir
peças feitas com materiais especiais
que não comprometem a constru-
ção. Já as de alumínio são fabricadas
de acordo com as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas). É recomendado levar sempre
um profissional para auxiliar no
momento da compra. Como ele está
habituado com a maioria das telhas,
irá indicar as que são melhores para
o projeto. 
Mas atenção! Além dos selos de qua-
lidade, também é importante verifi-
car a queima e absorção de água
durante o processo de produção. 
CONHEÇA UM POUCO MAIS: SAIBA AS CARACTERÍSTICAS DE CADA MODELO
Responsáveis pela melhoria de con-
forto térmico nas coberturas, levam segu-
rança para a moradia e ajudam a elimi-
nar eventuais goteiras e infiltrações. São
aplicadas na parte de baixo do telhado e
apresentam camadas refletoras.
As mais usadas são as de EPS, tam-
bém conhecido como isopor. Por outro
lado, as de alumínio protegem a cons-
trução dos raios ultravioleta e captam o
calor. Há também as aluminizadas com
dupla face, que apresentam alta resis-
tência térmica. 
Vale lembrar que o produto selecio-
nado deve ser apropriado para a estru-
tura e telhas usadas, e a instalação deve
ser executada por mão de obra especia-
lizada e antes da cobertura final da telha. 
SUBCOBERTURAS
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 108
ÁGUAS
Ficar atento à inclinação do telhado
é importante para viabilizar o escoa-
mento da água da chuva por meio das
telhas. As superfícies são chamadas de
águas ou planos de águas e são deter-
minantes para definir a quantidade de
elementos que compõem o telhado,
como cumeeiras e espigões, também
conhecidos como divisor de duas águas. 
ÁGUA DO TELHADO
Para evitar problemas de infiltrações
pelo telhado, é necessário fazer o escoa-
mento. Isso é feito com a formação de
algumas superfícies inclinadas, para que
a água da chuva possa escorrer sobre elas.
Essas superfícies são denominadas “águas”
ou “planos de água” e o formato depende
do projeto da casa e dos escoamentos que
o telhado terá. Quanto mais “águas” tiver,
mais elementos como cumeeiras, espigão
e rincão serão utilizados.
O telhado de duas águas possui ape-
nas a cumeeira, enquanto o de três ou
mais águas tem a cumeeira e o espigão,
que é o divisor de duas águas em plano
inclinado ou oblíquo.
Para os telhados que possuem vários
ângulos, deve-se incluir o rincão ou água
furtada, cuja função é captar dois planos
de água descendentes, em uma junção
de duas águas.
BEIRAIS
São feitos com PVC, madeira, placas
cimentícias, entre outros para formar a aba
do telhado. Imprescindíveis para evitar que
a água escorra pela fachada do projeto
para a preservação da pintura e dos mate-
riais usados nos acabamentos da obra.
109
UMA ÁGUA DUAS ÁGUAS TRÊS ÁGUAS QUATRO ÁGUAS
ÁGUA BEIRAL ÁGUARINCÃO ESPIGÃO
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 109
110
cobertura
ÁGUAS PLUVIAIS
Uma forma de viabilizar o escoamen-
to da água da chuva é investir na insta-
lação de um sistema que a conduza até
os pontos específicos da residência.
Calhas, rufos, zincões e funis entram em
cena e exercem esse papel. Ralos e cai-
xas com grelha são os responsáveis pelo
recolhimento. 
Materiais diversificados dão forma às
calhas. As de PVC não enferrujam e dis-
pensam manutenção. As de alumínio são
resistentes à umidade. Elas recebem o
escoamento do telhado e precisam estar
desobstruídas para o eficiente funciona-
mento. A limpeza é simples e pode ser
realizada com uma mangueira.
No projeto do arquiteto Claudio José
Monteiro, o sistema de captação de água
de chuva atende a irrigação dos jardins e
descarga nos banheiros. A chuva é cap-
tada por calhas e direcionada pelos con-
dutores até cisterna enterrada. De lá, a
água é bombeada para uma caixa d’água
específica para uso nas descargas. A água
da cisterna é usada também para irriga-
ção do jardim e torneiras da área externa.
Por meio de filtros, as folhas não entram
na cisterna e, nos períodos de seca, o sis-
tema de descarga e irrigação utiliza água
da rua. Isto é possível porque uma boia
faz o controle e indica quando a água da
cisterna está com nível baixo, acionando
o sistema tradicional. 
De plástico PVC com proteção contra raios ultravioleta, as calhas, da Astra,
são resistentes a mudanças de temperatura, não racham ou descascam,
possuem, ainda, sistema exclusivo antifolhas, que impede a passagem de
detritos. O produto é encontrado na cor branca e pode receber esmalte
sintético, permitindo a personalização conforme a pintura da fachada.
Ricardo Bassetti
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 110
COMO EVITAR 
VAZAMENTOS
• O primeiro passo é fazer um pro-
jeto detalhado e executá-lo correta-
mente. Além disso, é fundamental
utilizar produtos de qualidade.
Para evitar problemas, uma solução
é embutir a impermeabilização
durante a fase de obra. 
• As telhas devem ter baixa absor-
ção de água e serem impermeáveis. 
Na hora do assentamento, a melhor
opção é o selante elástico, que
garante estanqueidade e 
acompanha a movimentação das
telhas. Os especialistas não reco-
mendam o uso da argamassa 
convencional, pois é rígida e 
trinca com o passar do tempo. 
• Muitas vezes uma telha quebrada
ou um mesmo o destacamento 
da argamassa utilizada no assenta-
mento podem ser as causas do
vazamento, assim, a substituição 
da peça costuma ser a solução 
indicada. Em outros casos, talvez
seja preciso fazer uma nova 
impermeabilização. Se o 
problema for generalizado, 
aconselha-se procurar um 
profissional especializado.
111
COBERTURA EMBUTIDA
É composta por platibandas que têm
a missão de dar acabamento na parte
de cima das residências. Deste modo, o
telhado fica “escondido” e não pode ser
visto por quem está ao nível da rua. O
sistema é mais barato e mais leve que o
telhado convencional tanto na execução
quanto na manutenção. Porém, é pre-
ciso ser calculado corretamente preven-
do vãos, apoios, captação de água,
dimensionamento de peso e caimento. 
Existem dois modelos de coberturas
embutidas: com laje impermeabilizada
ou telhas (que podem ser de fibroci-
mento ou metálicas). No primeiro caso,
é importante contratar uma empresa
especializada para realizar a impermea-
bilização. No segundo, as telhas mais
indicadas são as de alumínio ou galva-
nizadas tipo sanduíche, que possuem
isopor ou poliuretano.
CASA PROTEGIDA
Os para-raios não fazem parte do
telhado, porém, não devem ser esqueci-
dos para deixar a residência ainda mais
segura. Os métodos mais usados para a
instalação são o Franklin e o Gaiola de
Faraday. No primeiro há um captador
sobre o mastro que está localizado na
parte mais alta do telhado. O elemento
é ligado a cabos de descida que levam
a descarga elétrica até o solo. Para o
segundo sistema a cobertura é cercada
por fios metálicos que levam as descar-
gas para o chão.
MÉTODO FRANKLIN MÉTODO GAIOLA DE FARADAY
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 111
112
cobertura
 
 
T 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPTAÇÃO E REÚSO
Tendências atuais, a interceptação das
águas pluviais por meio das calhas interli-
gadas às cisternas e o reúso de águas cin-
zas, oriundas do banho e dos lavatórios
são opções viáveis e com bons resultados
na irrigação de jardins, lavagens de quin-
tais e fachadas e até em vasos sanitários. 
De acordo com o professor Helio Nar-
chi, do curso de engenharia civil da Fun-
dação Armando Álvares Penteado (FAAP),
de São Paulo, SP, o uso da água não
potável é possível desde que sejam toma-
dos cuidados, como a retirada das folhas
e cloração da água captada pela chuva,
para evitar proliferação de bactérias. A
identificação é outra precaução, para
que não seja consumida pelos morado-
res ou animais. 
Em algumas cidades já existem regu-
lamentações para a captação da água
da chuva e, em outras, há incentivos fis-
cais como abatimento nos impostos.
Informe-se na prefeiturado seu município
antes de iniciar a obra. 
Se a intenção é empregar a água cap-
tada da chuva nas descargas da resi-
dência, os especialistas recomendam um
sistema hidráulico paralelo, para que seja
possível utilizar a caixa d’água quando
o reservatório pluvial estiver com capa-
cidade insuficiente. Contudo, o investi-
mento deve ser avaliado, pois são preci-
sas duas instalações hidráulicas, gastan-
do-se o dobro ao se considerar apenas
as tubulações. O engenheiro civil Mar-
celo Azuma, do escritório Arqbox, de
Curitiba, PR, alerta para a implantação
de uma válvula de retenção pluvial, para
que não haja a mistura entre as águas e
possível contaminação.
Existe, também, a possibilidade de ins-
talar apenas uma tubulação com o uso
de sensores automatizados que detec-
tam os níveis existentes de água. “A solu-
ção é mais eficiente, pois uma única ins-
talação colabora na manutenção, já que
quanto mais ligações mais complicado
é encontrar um problema, como um
vazamento”, fala o engenheiro civil.
Os acessórios como filtros, freios
d’água, sifão-ladrão e conjunto de suc-
ção ajudam a evitar a entrada de folhas
e outras matérias orgânicas e afastam
pequenos animais que possam tentar
atravessar pelo cano, garantindo a segu-
rança e a qualidade líquida. O filtro de
sedimentos deve ser trocado a cada seis
meses e a manutenção de todo o siste-
ma precisa ser realizada anualmente.
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 112
www.ceramicatagua.com.br
Av. América, 900 - Jd. Bela Vista - Americana, SP
(19) 3461-5652 • atendimento@ceramicatagua.com.br
Trabalhando telhas cerâmicas associadas a minicalhas metálicas, 
a “Cobertura Inteligente Taguá” oferece o conforto térmico 
e acústico de um telhado convencional em baixas inclinações. 
Reduz o custo, facilita a montagem, não utiliza madeiramento 
e proporciona a beleza de um telhado cerâmico onde as outras
alternativas são metálicas ou fibrocimento.Oferecendo soluções 
para situações em que é necessária pouca inclinação com 
acabamento cerâmico, Sistema Taguá de Cobertura é a opção
certa e eficiente. Trabalhamos com projetos personalizados 
e atendemos todo o Brasil.
 
CISTERNA HORIZONTAL 
DE 5.000 LITROS
CISTERNAS
Os modelos para aterramento precisam
ser previstos ainda na fase do projeto da
residência, por conta das instalações
hidráulicas e pela própria localização do
equipamento. Para as moradas já cons-
truídas ou quando existem limitações de
espaço, há os tipos aparentes. Para defi-
nir o tamanho da cisterna, calcula-se a
oportunidade de captação de chuva, mul-
tiplicando-se a área do telhado (m²) pelo
índice pluviométrico da localidade.
Saiba mais sobre captação e reúso na
seção Hidráulica, a partir da página 118.
102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 113
114
cobertura
114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:56 Página 114
115
GESSO 
Artesanal
É muito usado por garantir conforto
termoacústico e ajudar a controlar a
umidade do ar, pois absorve água. Na
listinha de benefícios há espaço para
leveza, resistência e facilidade para mol-
dar o material. Essa opção é indicada
para quem deseja usar o forro como
elemento decorativo. Com ele, é possí-
vel criar efeitos de luz com sancas, lumi-
nárias embutidas e rasgos para ilumi-
nação. Além disso, a remoção é simples
e sem quebra-quebra. O produto pode
ser encontrado em pó ou na forma de
placas. A quantidade a ser comprada
deve ser calculada por metro quadra-
do. Vale consultar um profissional para
não haver desperdícios. 
Importante: se a aplicação for rea-
lizada corretamente, não é preciso pin-
tura ou qualquer revestimento. Para ins-
talá-lo, o profissional deve usar parafusos
ou pinos. 
Assim, a opção mostra muitas vanta-
gens em termos funcionais e estéticos,
ganhando a preferência de diversos pro-
fissionais da área na hora de pensar no
acabamento ideal.
Acartonado – Drywall
As vantagens do material, de acordo
com profissionais do setor, são inúme-
ras. As placas não trincam, possuem ins-
talação fácil e rápida, proporcionam bom
isolamento térmoacústico e são resis-
tentes ao fogo. É possível atingir as mais
exigentes performances mecânicas e
acústicas quando usados bons compo-
nentes inseridos por mão de obra espe-
cializada que respeite as propostas do
projeto. Os forros de drywall podem ser
colocados em todos os ambientes e têm
boa durabilidade. A única manutenção
indicada é pintar a superfície quando
for necessário. A aplicação dispensa a
manutenção preventiva nos painéis, ape-
nas deve-se cuidar no caso de alguns
acidentes como vazamentos hidráulicos
e enchentes.
Seguindo todas as orientações indica-
das, o resultado certamente será positivo
e a cobertura não trará problemas para
os proprietários no longo prazo. 
APOSTE NA DURABILIDADE DOS FORROS PARA OBTER DIFERENCIAL ESTÉTICO
Mesmo nas alturas, o forro é capaz de
roubar a cena e dar destaque ao proje-
to por ser um ótimo elemento decorati-
vo e completar os ambientes. Os bene-
fícios não param por aí: além da beleza
agregada, o recurso tem algumas fun-
cionalidades de destaque, como a veda-
ção e o conforto termoacústico. 
Para os profissionais da arquitetura, a
opção ainda apresenta mais uma utili-
dade: materiais diferenciados ajudam a
esconder possíveis imperfeições causa-
das durante a mão de obra.
Diversas versões podem ser encontra-
das. Escolher o modelo ideal, no entan-
to, requer alguns cuidados especiais, pois
ele deve combinar com as propostas do
resto da residência. Entre as opções mais
comuns estão gesso (artesanal e drywall),
madeira e PVC. Para ambientes rústicos,
escolha bambu, palha, sisal, buriti ou estei-
ra de talisca de dendê. Além destes, vale
investir em adesivos e tecidos. Fique aten-
to: cada um dos materiais possui carac-
terísticas específicas e, por isso, instalação
apropriada. A aplicação deve ser feita por
profissionais qualificados e empresas reco-
nhecidas no mercado. Pesquise sempre
antes de comprar os materiais ou contra-
tar os serviços.
Antes de eleger o forro, a dica é
conhecer mais sobre cada um deles.
Confira os detalhes!
Teto cheio de charme
VANTAGENS
Como são fabricados com materiais
industrializados, não geram resíduos
e tornam mais limpa essa etapa da
obra. A estrutura é composta por
perfis de aço galvanizado e chapas
parafusadas, o que evita trincas e
manchas amarelas. As mais usadas
têm formato standard em forros
monolíticos que recebem pintura
como acabamento. A mesma chapa
pode ser aplicada em modelos remo-
víveis. Há também as perfuradas que
oferecem alta performance em
absorção acústica. A aplicação das
chapas pode ser ajustada de acordo
com as necessidades de cada
ambiente, sendo que existem diver-
sas maneiras de instalação. É possí-
vel criar elementos decorativos, que
são definidos no momento da mon-
tagem estrutural do forro. Além dis-
so, a iluminação indireta pode ser
embutida em diferentes variações.
Importante: para locais com alta
umidade relativa do ar, como é o
caso de regiões litorâneas, recomen-
da-se a diminuição do espaçamento
dos perfis do forro. De 600 mm
reduza para 400 mm.
114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:56 Página 115
116
cobertura
ARGAMASSA
Opção aplicada pela mão de obra da
própria construção. É econômica e uma
das formas de instalação necessita de
madeiramento, tela e enchimento de arga-
massa. É preciso deixar uma distância de
50 cm entre os sarrafos quadriculados que
compõem a madeira e posicioná-los lado
a lado para montar a estrutura.
MADEIRA
As mais recomendadas são cedrinho,
ipê, cumaru, peroba e marfim. Além delas,
muitos profissionais adotam peças res-
gastadas de demolição para agregar apa-
rência envelhecida aos cômodos. Lembre-
se de não escolher as que têm baixa den-
sidade, pois absorvem umidade e podem
deteriorar no futuro. Para a instalação, é
necessário fixar as réguas em uma estru-
tura de madeira ou metálica. O espaça-
mento entre elas deve ser de 750 mm e
são colocadas com pregos, parafusoszin-
cados, de latão ou aço inoxidável. 
Dicas: para garantir a durabilidade do
material, aplique pintura à base de ver-
niz. Se preferir mais claridade no ambien-
te, pinte a madeira com tinta látex para
obter efeito de pátina. 
PVC
É versátil e fácil de aplicar. Pode ser
usado para o fechamento dos ambien-
tes, estrutura do telhado ou até mesmo
como revestimento da laje. Entre as van-
tagens oferecidas, destaque para imuni-
dade a cupins, mofo e corrosão. É imper-
meável, por isso é uma boa alternativa
para áreas molhadas da casa. Além disso,
os forros de PVC são duráveis e resisten-
CONCRETO MADEIRA NATURAL MADEIRA PINTADA
114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:57 Página 116
117
tes, não mancham com facilidade e, nor-
malmente, as empresas fabricantes ofe-
recem uma extensa cartela de cores.
Outra característica é que proporcionam
isolamento térmico e acústico. O pro-
duto pode ser aplicado em estruturas
metálicas e de madeira, não propaga
fogo e nem conduz eletricidade.
Importante: a instalação é simples,
basta fixar o rodaforro em volta do
ambiente e, logo em seguida, os perfis
de PVC. Para a manutenção, use água
e sabão neutro. A estética do PVC adap-
ta-se facilmente a diversos tipos de
ambiente, agregando um estilo mais
clean para a residência. 
BAMBU
É uma opção ecologicamente corre-
ta, pois o recurso se renova com facili-
dade. As esteiras feitas com o material
são pregadas nos caibros ou sob o ripa-
mento das telhas. Elas são feitas com ripas
que se transformam em painéis. Podem
ser artesanalmente executados com uma
técnica antiga utilizada para confeccio-
nar balaios e cestos. A manutenção é a
mesma usada em paredes de alvenaria
e madeira. Para o acabamento, da área
escolha stain, látex, verniz, esmalte, mas-
sa corrida, betume ou texturas. 
Atenção! O material precisa ser tra-
tado para ter durabilidade. Caso con-
trário, amido e açucares nele contidos
atrairão brocas e cupins. Recomenda-se
imersão e cocção em sais especiais para
uso interno e a impregnação por auto-
clave para áreas externas. O acaba-
mento do material pode ser natural,
cozido, (amarelo claro), flambado ou
negro (carbonizado).
FIBRAS
Antes de aplicar superfícies compos-
tas por palha e piaçava, é necessário veri-
ficar se os materiais estão imunizados
contra insetos e utilizar como base um
compensado no teto. A fixação é feita
com pregos sobre barrotes de madeira,
que deve ser protegida com verniz fos-
co uma vez ao ano. Outro cuidado
essencial é averiguar se a instalação elé-
trica não está em contato com os mate-
riais. Lembre-se de providenciar trata-
mento antifogo na etapa de construção
da cobertura. O revestimento pode ficar
ao natural, receber verniz ou ser pinta-
do com tinta latéx branca.
PVC FIBRAS
114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:57 Página 117
118
hidráulica
Não adianta ter em mãos um pro-
jeto arquitetônico bonito se o res-
tante não estiver funcionando. Uma
etapa que não pode ser deixada de
lado é a de instalações hidráulicas.
Antes de iniciá-la, avalie itens como
o perfil de consumo de água na resi-
dência, contando o número de morado-
res e a quantidade de banheiros.
O bom dimensionamento permite
pressão e vazão de água suficientes, pro-
porcionando conforto, qualidade de vida
e segurança. Especifique se deseja água
quente em todos os pontos de consu-
mo, como chuveiros, torneiras de lava-
tórios, pia de cozinha e tanque, além da
ducha higiênica.
O projeto definirá os melhores pontos
para a passagem das tubulações e saídas
de água e esgoto, facilitando manuten-
ções. Ele deve ser elaborado e executado
em conjunto com o projeto estrutural.
Ter em mãos todos os detalhes cons-
trutivos facilita futuras obras. A dica é con-
tratar um técnico projetista para fazer o
estudo da pressão que a tubulação deve-
rá suportar. 
Outro ponto importante é escolher tubos
e conexões para água quente do mesmo
fabricante para que a garantia não fique
comprometida. Além disso, deve ser testa-
do conforme a norma técnica NBR 7198
para água quente, da ABNT.
Opte sempre por materiais de quali-
dade. Materiais baratos podem, no futu-
ro, ser responsáveis por problemas, como
vazamentos e infiltrações e a manuten-
ção deverá ser feita em um espaço menor
de tempo. 
MÃO DE OBRA
Para evitar problemas, contrate um
engenheiro especializado para elaborar o
projeto e um encanador para executá-lo.
Em ambos os casos, peça indicações ao
arquiteto e procure referências sobre eles. 
É importante conhecer algumas obras
em que o profissional trabalhou e pro-
curar entidades que formam mão de
obra, como escolas técnicas.
Caso a contratação seja feita pelo
empreiteiro ou pelo engenheiro, é impor-
tante se certificar de que o encanador
está apto para a realização do serviço. Se
foi contratado, por exemplo, para desem-
penhar as funções de encanador e ele-
tricista, o proprietário tem a possibilida-
de de dispensá-lo.
Se optou por novas tecnologias, como
o Sistema Pex, não se preocupe, é possí-
vel encontrar mão de obra especializa-
da. Os principais fabricantes fornecem
regularmente treinamentos aos profis-
sionais, além do programa de visita à
fábrica e construções em que o material
está sendo utilizado.
O sucesso da etapa também está atre-
lado à fiscalização e ao acompanhamento
do arquiteto ou engenheiro responsável
pela obra.
CERTIFICAÇÃO
O projeto e os materiais hidráulicos
devem respeitar as normas da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
COMPONENTES BEM
DIMENSIONADOS 
GARANTEM USO 
EFICIENTE DA ÁGUA
Planejar e 
economizar!
118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 118
119
 
Por isso, antes de comprar tubos e cone-
xões, verifique se constam o nome do
fabricante e o número da NBR (Norma
Brasileira), pois são garantias de qualida-
de. Verifique ainda se estão estampados
nos produtos itens como o telefone do
fabricante para assistência técnica, selos
de qualificação como o ISO 9001, Inme-
tro, IPT, entre outros.
ABASTECIMENTO
Ao comprar o terreno, confirme se a
região é servida pela rede pública. Caso
positivo, faça o pedido de ligação à con-
cessionária, que só executa o serviço
quando alguns itens como o cavalete e
as tubulações para o hidrômetro já estão
instalados. Depois, o restante do serviço
fica por conta do proprietário.
Caso contrário, a água deve ser reti-
rada por meio de captação em nascen-
tes ou lençol freático e o tratamento e a
manutenção ficam sob responsabilidade
do proprietário. Para o tratamento de
água de nascentes, armazene-a em reser-
vatórios e depois faça os trabalhos de
purificação e adequação às condições de
potabilidade. Em relação ao lençol freá-
tico, são utilizados poços para acumular
a água, que deve ser bombeada para
chegar à superfície.
Ao elaborar o projeto, o sistema de dis-
tribuição deve ser especificado. Existem
quatro tipos para obras residenciais. Entre
eles estão o sistema direto, o indireto, o
hidropneumático e o misto.
Sistema direto: é o menos comum.
Sai da rede pública até os pontos de saída
de água sem a utilização de reservatórios.
Deve ser adotado somente quando há
garantia da perfeita vazão e pressão.
Sistema indireto: existem com e sem
bombeamento. No primeiro, é necessária
a utilização de uma bomba para levar a
água do reservatório inferior até o supe-
rior. É usado quando a pressão de água
não é suficiente e não apresenta regula-
ridade de abastecimento. No segundo,
o reservatório fica em local alto e, com
isso, a água é distribuída sem bomba,
bastando a ação da gravidade. 
Sistema hidropneumático: normal-
mente é a última opção para residências
que necessitam de pressão em determi-
nados pontos, mas não conseguem em
razão da gravidade. É pouco utilizado
pelo alto custo e constante manutenção.
Sistema misto: congrega o direto e o
indireto, mas é aplicado somente em casos
específicos e apresenta custo elevado.
PRINCIPAIS COMPONENTES
Ramal predial externo: é a parte
executada pela concessionária pública e
ligada a tubos, conexões e registro.
Cavalete:é formado por um conjunto
de tubos, conexões e registro onde será
instalado o hidrômetro. Deve ficar em
local protegido do sol e da chuva.
Hidrômetro: mede o consumo de
água. Pode ser digital ou analógico com
ponteiros.
Barrilete: é o conjunto de tubulações
de saída do reservatório superior que ali-
menta as colunas de distribuição.
Coluna de distribuição: é o con-
junto das tubulações que parte do barri-
lete e desenvolve-se verticalmente para
alimentar os ramais.
Ramais: levam a água dos subrramais.
Subrramais: são responsáveis pela
ligação com os aparelhos sanitários. 
Peças de utilização e aparelhos sani-
tários: são ligadas aos subrramais para
utilização da água como, por exemplo,
torneiras, chuveiros e os vasos sanitários.
ESGOTO
A rede de esgoto residencial é forma-
da por itens (tubos e conexões), caixas
sifonadas, ralos, sifões, caixas de gordu-
ra e de inspeção, válvula de retenção e
ramal de ventilação. O projeto e os mate-
riais devem cumprir as normas técnicas
NBR 8160 (para o projeto) e NBR 5688
(para os materiais), da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT), que
visam o perfeito funcionamento da rede,
pois se mal projetada ou feita de manei-
ra inadequada pode trazer muitos pro-
blemas aos moradores.
PRINCIPAIS COMPONENTES
Desconector
Veda a passagem de gases e, por isso,
está presente em qualquer instalação.
Sifão
Ele é o responsável por receber efluen-
tes do esgoto sanitário.
Caixa sifonada
É um desconector que recebe efluen-
tes do ramal de descarga. Por isso, apre-
senta várias entradas e uma saída.
Fecho hídrico
Camada de líquido com função de
impedir a entrada de gases.
Caixa de inspeção
Permite a inspeção, limpeza, desobs-
trução, junção e mudança de direção das
tubulações. Tradicionalmente feita na pró-
pria obra em alvenaria ou concreto, pode
ser encontrada já pronta em lojas de cons-
trução e em materiais como o PVC. Sua
vantagem é a praticidade na instalação e
manutenção. Os modelos em PVC ainda
possuem bolsas com dupla atuação com
anel de borracha ou adesivo plástico e
tampas herméticas para permitir o aca-
bamento semelhante ao do piso.
CAIXA DE INSPEÇÃO 
DE PVC E ABAIXO 
A LOCAÇÃO ONDE 
SERÁ ENCAIXADA
CAIXA DE INSPEÇÃO 
DE ALVENARIA
FEITA NA PRÓPRIA 
OBRA
118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 119
120
hidráulica
ÁGUA QUENTE E FRIA
Os tubos e conexões de PVC são os
mais utilizados para a passagem de água
fria, enquanto os de cobre, CPVC, Sistema
Pex e o Polipropileno Copolímero Ran-
dom (PPR) são de água quente. O pro-
jeto de instalações deverá especificar as
bitolas ideais, os tubos que serão usados
para a passagem de água quente e fria,
assim como o sistema de aquecimento.
O projeto deve atender às condições de
cargas estabelecidas e devem ser especi-
ficadas conforme as normas da ABNT.
Alguns tubos para a passagem de
água quente necessitam de isolante tér-
mico, pois além da perda de calor, par-
te dele passa para as paredes, o que
pode ocasionar problemas, como que-
da dos revestimentos.
A ABNT determina que a água quen-
te tenha no máximo 70ºC. Porém, os
materiais devem ser fabricados com uma
margem de segurança, caso o equipa-
mento de controle de temperatura apre-
sente problemas e a água aqueça mais.
Para a água fria, os tubos e as conexões
devem atender à NBR 5626 e, para água
quente, à NBR 7198.
PVC
Utilização: água fria 
e esgoto.
Medidas: de 20 a 110 mm
na versão soldável e de 
½” a 2” na roscável.
Vantagens: é atóxico, reciclável, resis-
tente à corrosão, apresenta baixo peso,
ótimo desempenho hidráulico, menor
rugosidade, baixo custo de instalação e,
no caso da versão roscável, possibilita o
INSTALAÇÃO DAS 
TUBULAÇÕES DE 
ÁGUA QUENTE E FRIA
118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 120
121
reaproveitamento das conexões, permi-
tindo que possa ser usado em instala-
ções provisórias.
Durabilidade: mais de 50 anos com
pressão de serviço de 750 kPA e tempe-
ratura em torno de 20º C.
Principais fabricantes: Amanco, Krona
Tubos e Conexões e Tigre.
CPVC
Utilização: água 
quente e fria.
Medidas: de 15 a 114 mm.
Vantagens: bom isolamento térmico,
facilidade e rapidez de instalação com
soldagem feita por adesivo a frio, resis-
te a altas pressões e a picos de tempe-
ratura de até 95ºC, não sofre corrosão
e, quando usado para a passagem de
água fria, suporta uma pressão de 240
mca a 20º C.
Durabilidade: superior a 50 anos.
Principais fabricantes: Amanco (Ultra-
temp CPVC) e a Tigre (Aquatherm).
Cobre
Utilização: para água 
quente e fria e uso na 
passagem de gás.
Medidas: de 15 a 104 mm.
Vantagens: resistência a altas tempe-
raturas – é aprovado com facilidade no
teste com água acima de 80º –, propor-
ciona pouca perda de calor e é um mate-
rial bactericida e reciclável. Para garan-
tir a durabilidade da instalação, não deve
ter contato com a tubulação de outro
metal, como ferro ou alumínio, pois ocor-
rerá a corrosão galvânica que danifica a
tubulação. 
Durabilidade: mais de 50 anos.
Principais fabricantes: Eluma e Ter-
momecanica.
Sistema Pex
Utilização: água quente 
e fria, gás e sistemas de
calafetação como o piso
radiante, usado para 
aquecer ambientes.
Medidas: de 16 a 90 mm.
Vantagens: usa poucas conexões, é
flexível, tem fácil manutenção resiste a
impactos e à pressão, suporta tempera-
turas de até 95ºC permanentemente
com ocasionais picos de até 110ºC
durante 48 horas. Os tubos multicama-
das Pex – AL (Alumínio) – Pex apresen-
tam desempenho e segurança na insta-
lação e têm resistência à pressão. 
Durabilidade: mais de 50 anos.
Principais fabricantes: Amanco, Astra,
Barbi do Brasil, Emmeti e Tigre.
Polipropileno Copolímero 
Random (PPR) 
Utilização: água quente 
e fria.
Medidas: de 20 a 110 mm.
Vantagens: o produto é confecciona-
do com Polipropileno Copolímero Ran-
dom tipo 3, por isso, não apresenta pro-
blemas como a corrosão. As junções uni-
das por termofusão eliminam vazamen-
tos, têm resistência a ataques químicos,
suportam até 95º C e possuem boa
absorção acústica.
Durabilidade: 50 anos operando a 80º
C e 10 anos a 95º C. 
Principais fabricantes: Acqua System/
Grupo Dema, Amanco e Tigre.
PRINCIPAIS COMPONENTES
Caixa de passagem
Recebe as águas secundárias.
Caixa ou ralo seco
Nele passa a água do chuveiro e tem
entrada somente pela parte superior.
Ralo sifonado
Diferentemente do ralo seco, contém
um sifão.
Aparelho sanitário 
É conectado junto à instalação pre-
dial e fornece água para fins higiênicos.
Ramal de descarga
É responsável por receber os materiais
provenientes dos aparelhos sanitários.
Ramal de esgoto
Através das caixas sifonadas, passam
efluentes do ramal de descarga.
Tubo de queda
É vertical e leva os materiais do ramal
de descarga e de esgoto.
Subcoletor
Esta tubulação primária encaminha
efluentes de ramais de esgoto e tubos
de queda.
Coletor predial 
Trecho final de ligação entre a última
caixa de inspeção e o coletor público.
Tubo de ventilação
Encaminha os gases para a atmosfera.
Caixa de gordura
Segura os produtos gordurosos vin-
dos da cozinha antes de chegarem às
tubulações, mantendo a casa longe do
mau cheiro. Deve ser conectada ao sifão
da pia. Pode ser de alvenaria ou con-
creto, feita na própria obra, ou de PVC
adquirida em lojas de materiais. Existem
modelos de PVC com capacidade de até
19 litros de gordura.
Para evitar problemas, é preciso lim-
pá-la pelo menos a cada seis meses.
Outro cuidado deve ser tomado quan-
do os pratos ou os alimentos são lava-
dos na pia, pois os restos de comida que
escoam pelo ralo podem entupir a cai-
xa de gordura e ocasionar prejuízos ou
trabalhos desagradáveis.
FIQUE ATENTO!
Para ter um banho com temperatura
mais agradável, siga as dicas abaixo
para a correta escolha dos tubos e
conexões para água quente. 
1. O sistema deve ser definido por
profissional capacitado que precisa
analisar o tipo de construção, o prazo
da obra, as disponibilidades de mão
de obra e as possibilidades de econo-
mia de tempo.
2. Quando o cronograma de obras for
reduzido, uma opção

Continue navegando