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C O N S T R U Ç Ã O D O C O M E Ç O A O FIM r b. m oc .s i o da sa c. w w w Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº2 O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos Atualizado e revisado E mais: ar-condicionado, isolamento termoacústico, automação e segurança Cobertura nota dez Saiba tudo sobre telhados, telhas e tipos de forros Instalações eficientes Conheça as novidades em elétrica, geração de energia e iluminação Beleza e tranquilidade: planeje as escadas para embelezar e assegurar o acesso preciso aos andares da residência Conexões hidráulicas Planejamento correto permite economizar água Lajes, pilares e vigas: acerte na execução e garanta estrutura firme e duradoura 1 capa CCF 2018_02.qxp_Capa 03/07/18 15:24 Página 1 Projecto5_Layout 1 02/07/18 19:23 Página 1 77 editorial Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pretendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e detalhado em um novo projeto gráfico que valoriza a lei- tura agradável. Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encontra passo a passo todas as etapas da construção até os acaba- mentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a segunda abran- ge estágios fundamentais para assegurar o bom uso da morada, como pilares, lajes, telhado, hidráulica, elétrica, automação e segurança. A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de dicas e alertas importantes desde como escolher o modelo e materiais para as escadas, tipos de telhas, opções de interruptores e tomadas, lâmpadas, canos e muito mais. Boa leitura e sucesso na obra! 77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 77 LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR ALGUNS DE NOSSO REVENDEDORES REVENDA NOSSOS PRODUTOS E AUMENTE O SEU FATURAMENTO Não perca tempo, entre em contato hoje mesmo com o nosso departamento de revenda. GOIÁS FEITICEIRA MADEIRAS (62) 3481-1561 - Posse MATO GROSSO DO SUL ORQUIDÁRIO ENCANTOS (67) 3471-1017- Iguatemi MARANHÃO POTIGUAR (98) 3190-3000 - São Luiz PARANÁ BALAROTI (41) 3035-8080 - São José dos Pinhais BOUTIN AGRICULTURA E JARDINAGEM (41) 3028-7000 - Curitiba CHÁCARA FLORA DA SUISSA (41) 3286-4948 - Curitiba PERNANBUCO NOVA CAMPO (81) 3031-0500 - Recife SANTA CATARINA JUNKS GARDEN CENTER (48) 3258-0645 - São José SÃO PAULO FORMOSA GARDEN (11) 2115-9595 - São Paulo GARDEN CENTER CIDADE DAS FLORES (19) 3802-9636 - Holambra LEROY MERLIN 4020-5376 (capitais) 0800 020 5376 (demais regiões) REDE CAETANO (15) 3322-5000 - Tatuí Redação Janaína Silva Publicidade Kilma Lima Administrativo Natália Seemann Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea- triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira, Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu- tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor- ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri- cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos) Impressão Maistyper Distribuição Dinap SA FALE CONOSCO ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br Diretores Luiz Fernando Cyrillo Renato Sawaia Sáfadi Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi- cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opi- nião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. IMPRESSO NO BRASIL. A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra- balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual- quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Arte- sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delí- cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or- quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre. 77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 78 77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:18 Página 79 80 índice estrutura Lajes, pilares e vigas 81 Escadas 88 Lareiras 94 Elevadores 100 Telhados 102 Forros 114 Tubos e conexões 118 Instalações elétricas 128 Ar-condicionado 140 Automação e segurança 142 Aquecimento 148 Soluções para ter espaços aconchegantes 152 estruturas internas cobertura hidráulica elétrica isolamento termoacústico Contatos 156 77-80 iniciais.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:19 Página 80 81 estrutura Responsáveis por suportar o peso da residência, lajes, pilares e vigas são ele- mentos estruturais que exercem papel fundamental para a construção. Eles tra- balham em conjunto e dão estabilidade à edificação. Quando entra em cena, a laje distribui a carga suportada por toda a sua extensão e transfere para as vigas que, imediatamente, repassam para os pilares e fundações. Durante essa etapa é importante que o profissional detalhe e dimensione as armaduras e formas de estrutura. Para ter uma obra econômica, a dica é conhe-cer todos os pontos positivos e negati- vos de cada método construtivo e esco- lher aquele que mais se adapta às neces- sidades dos moradores. O próprio cons- trutor deve solicitar ao engenheiro cal- culista o detalhamento do projeto para estimar a matéria-prima necessária e o custo da mão de obra para a execução. Vale ressaltar que a construção deve seguir as normas da Associação Brasilei- ra de Normas Técnicas (ABNT), que regu- lamenta o dimensionamento do concreto e armações a serem usadas. Dessa for- ma, o calculista realizará o dimensiona- mento correto para garantir segurança e estabilidade à edificação. A engenheira civil paulistana Vivian Cristina Guersoni explica que existem duas normas técnicas a respeito. Pilares e vigas devem ser executados seguindo a NBR 6181, da ABNT, de forma a resis- tir a ventos, compressão, tração, torção e cargas. A outra, a NBR 14931, é com- plementar à anterior e refere-se à exe- cução de estruturas de concreto. Sustentação para a sua obra LAJES, PILARES E VIGAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA A ESTRUTURA DA CONSTRUÇÃO. 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 81 82 VIGAS Inseridas na horizontal, elas distribuem o peso das lajes e conferem resistência e estabilidade à construção. Muitas vezes, apresentam pilares em suas extremidades, e são conhecidas como vigas biapoiadas. Em alguns casos, há continuação da viga após o pilar mais extremo de apoio, que gera um trecho com somente um apoio denominado balanço. A execução é semelhante a dos pila- res, porém devem estar posicionadas de acordo com o especificado no projeto arquitetônico para que fiquem embuti- das na alvenaria. A fôrma pode ser feita isolada ou simultaneamente à alvenaria. A retirada é realizada após, em média, 28 dias da concretagem. O concreto usinado é a melhor opção para agilizar essa etapa da obra. Se for produzido na obra, deve ser feito em uma betoneira elétrica, seguindo as orientações do responsável técnico sobre a dosagem necessária e ponto da mistura. estrutura 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 82 83 PILARES Eles recebem as cargas das lajes e vigas. A localização não deve interferir na arquitetura e atender a melhor modu- lação de forma a atingir todos os pavi- mentos. Caso não sejam construídos de forma correta, podem ocasionar trincas e, até mesmo, o desmoronamento par- cial ou total da casa. Com a posição determinada, as arma- ções são inseridas seguindo o projeto de fundações. Na lista dos materiais mais usados estão areia, pedra britada, con- creto usinado, aço em barras e madeira para as formas. Durante a execução entram em cena barras verticais de aço e estribos, com bitolas determinadas no projeto estrutural. No próximo passo a armação da colu- na é montada com ferros mais conhe- cidos como arranques, presos com ara- mes de aço. Realizada essa etapa, for- mas são usadas para a concretagem. A mais usada é a de madeira, retirada após a cura do concreto. Porém, se a esco- lha for pelas feitas juntamente à alve- naria, o cuidado deve ser redobrado para armação, prumos, espaçamento entre a alvenaria e armaduras da estru- tura. Um trabalho mal realizado resulta- rá em sérios problemas. FORMAS Elementos importantes para o sucesso da execução de pilares, vigas e lajes. MADEIRA Aplicadas em construções residenciais, apresenta abertura na região superior. A dica para garantir o perfeito desempenho é molhá-las antes da concreta- gem para dilatar e diminuir as folgas. PAPELÃO Para obter tamanhos e formatos diferenciados, os modelos de papelão reduzem o tempo de execução, chegam prontas à obra com as medidas solicitadas, evitando o desperdício. A montagem é simples, rápi- da e dispensa mão de obra especializada. Os moldes podem ter até 8 m de comprimento e os diâmetros variam de 0,15 a 1 m, com o intervalo de 5 cm. METAL As formas metálicas, de aço ou alumínio, são soluções industrializadas que eliminam a necessidade de equi- pe especializada e reduzem as perdas de materiais, além de aumentar a produtividade na construção. 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 83 84 estrutura 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:03 Página 84 85 LAJES As mais usadas são as maciças, mistas, pré-fabricadas, planas ou protendidas. A escolha depende da carga a ser recebida, vãos existentes, agilidade na execução, entre outros fatores a serem avaliados. A montagem da laje é feita logo após a cons- trução dos pilares e vigas e deve seguir as recomendações presentes no manual enviado pelo fabricante. Deve-se ficar aten- to às informações de apoio, escoramento, ferragem e distribuição para que não apa- reçam trincas ou fissuras. A má execução pode diminuir a vida útil do imóvel. O projeto estrutural deve prever a laje mais indicada para a residência, assim como seu correto dimensionamento. “Nele também devem constar o sentido de instalação e o tipo de concreto e sua respectiva resistência”, ressalta o arqui- teto Mauricio Moser, de São Paulo, SP. Concreto estrutural ou maciça Com capacidade de vencer grandes vãos e apresentar boa impermeabilida- de, a opção é usar formas de madeira apoiadas em uma estrutura do mesmo material, também conhecida como esco- ramento. Em alguns casos, precisa ser mantida por 28 dias após a concreta- gem da laje. Dentre as vantagens, pode ser armada em uma ou mais direções, possibilita acabamento direto com ges- so, massa corrida ou até mesmo pintu- ra, tem execução rápida e é fácil de mon- tar e concretar. Para evitar problemas e erros, verifi- que se o sistema elétrico e tubulação hidráulica estão bem posicionados. LAJE MACIÇA 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:04 Página 85 86 estrutura Pré-moldada Pedida para as mais variadas obras, conta com redução de escoramento, agi- lidade na execução e diminuição no con- sumo de concreto. Entre os tipos estão a treliçada e a protendida. A primeira é mais usada em obras residenciais. O modelo é considerado ecologicamente correto já que faz uso racional da maté- ria-prima e evita o desperdício. A laje treliçada usa vigotas pré-mol- dadas apoiadas nas vigas e intercaladas com EPS ou lajotas cerâmicas. São cober- tas por uma camada de concreto de, no mínimo, 4 cm. Quando aplicada em piso, o vão máximo sugerido é de 3,80 a 4 m. Para a cobertura, a medida indi- cada da abertura é de 4,80 m. O mode- lo pode ser ajustado de diversas formas como, por exemplo, apoiada em vigas de balanço, assimétricas e beirais. O diferencial é a armação de aço em formato triangular que dispensa o uso de formas de madeira durante a montagem. LAJE PRÉ-MOLDADA TRELIÇADA 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 02/07/18 19:04 Página 86 87 CONCRETAGEM A concretagem é importante para o sucesso e eficiência dos elementos estru- turais. O concreto usinado é o mais indi- cado por ser adquirido na dosagem dese- jada e ter a garantia de acerto na medi- da necessária. “Como segunda opção, pode ser feito na obra. Contudo, é neces- sário ter um controle mais rígido para evi- tar falhas na composição”, explica o arqui- teto paulistano. Todo cuidado é pouco durante essa etapa. A aplicação nas peças estruturais deve ser realizada por camadas e com a ajuda de aparelhos vibradores de imer- são para adensamento correto do mate- rial. Hidrate as regiões concretadas para evitar a retração por falta de água no processo de cura. É importante deixar as formas bem fechadas para não perder água ou nata de concreto. DE PISO OU COBERTURA? Antes de dimensionar a laje, é preciso saber se acima dela estarão os ambientes do pavimento superior ou o telhado. A diferença entre elas está na espessura, sendo que cada uma possui resistências distintas. A laje de piso, por exemplo, deve suportar as cargas como móveis, pessoas, estantes e até mesmo banheiras. No caso de uma laje de cobertura, o único peso é o dela mesma ou de um telhado. Na laje de piso deve-se adicionar mais ferragem além da determinada na treli-ça para que se possa atingir a sobre- carga desejada que é de, no mínimo, 250 kgf/m², enquanto a de cobertura precisa resistir a cargas de pelo menos 80 kgf/m². As espessuras das duas variam de acor- do com as indicações do projeto. Uma laje de cobertura nunca deve ser instala- da no lugar de uma de piso. Caso isso ocorra, pode haver desde rachaduras e vibrações na estrutura, trincas na alve- naria, rompimento de encanamentos, sol- tura de revestimentos até desabamento. CONTRATAÇÃO DO FORNECEDOR Comprar as lajes, principalmente as pré-moldadas, de empresas especializa- das é a garantia de adquirir produtos de qualidade, além da possibilidade de ter mais profissionais assessorando a equi- pe da obra, antes, durante e depois da construção. As empresas são obrigadas a oferecer garantias de cinco anos. Porém, quando o projeto e a execução são rea- lizados corretamente, a durabilidade da laje ultrapassa cem anos. Antes da contratação, verifique se a empresa é registrada no Conselho Regio- nal de Engenharia, Arquitetura e Agro- nomia (Crea) e se possui um engenheiro civil responsável, uma exigência do Crea. As empresas especializadas oferecem informações técnicas sobre o tipo de laje mais adequado para a obra. Antes de contratá-la, peça indicações de outras obras para serem visitadas. Também é importante conversar com antigos clien- tes e ver lajes já construídas há mais de sete anos. Duvide de preços muito bai- xos, pois nesses casos são fornecidos pro- dutos de pouca qualidade, que resulta- rão em defeitos e prejuízos. Laje nervurada Solução estrutural que se diferencia pelo processo rápido de execução, ele- va a produtividade e a economia, reduz o peso da estrutura, permite a criação de vãos maiores e proporciona liberdade na criação de layouts. Essas lajes são subes- truturas de pisos formadas por uma asso- ciação de laje com nervuras espaçadas com vãos inferiores a 1 m, distribuídas em uma única direção ou em duas, cha- madas ortogonais. Elas são maciças e de um único tipo de material - concreto, argamassa, metal e madeira - e mistas. Em relação ao processo construtivo, exis- tem quatro tipos: moldadas in loco, pré- moldadas, pré-fabricadas e industrializa- das. Em casas e sobrados, o processo mais comum é o de lajes nervuradas em uma direção, conhecidas como treliça- das, laje vigota ou laje treliça. Entre os benefícios, destacam-se a melhoria do conforto térmico e acústico e redução do uso de formas. Da Astra, a forma plástica para fundi- ção confere agi- lidade à obra. Feita de polipropi- leno (PP) pelo pro- cesso de injeção com aditivos que aumen- tam a proteção contra os raios UV, a forma está disponível na cor branca que diminui a absorção do calor, reduzindo a variação dimensional por dilatação e pode ser reutilizada na mes- ma ou em outras obras.LAJE PRÉ-MOLDADA PROTENDIDA FIQUE ATENTO! A casa ficou pronta e os ambientes não são suficientes para acomodar confortavelmente toda a família? Se você deseja ampliar a moradia com mais um pavimento, fique atento para que a construção seja realizada de forma segura. Para começar as obras, contrate um profissional da área para estu- dar detalhadamente o projeto. Preste atenção no desenho origi- nal e verifique a necessidade de reforços nas fundações e pilares. LAJE NERVURADA 81-87 vigas e colunas.qxp___Construir 2009 05/07/18 13:56 Página 87 88 estruturas internas 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:53 Página 88 89 Sobe e desce MODELO SEGURO Para que os moradores tenham acesso seguro e confortável entre os andares, a ergonomia da escada deve estar associada ao movimento correto do usuário, ou seja, eleva- ção e afastamento do passo. A rela- ção entre essas medidas faz com que as passadas pelos degraus sejam naturais. Para definir estas medidas e dos espelhos, avalie as características dos moradores. Um adulto jovem de 1,90 m de altura, por exemplo, se movimenta de maneira muito distinta a de uma senhora de 1,55 m. Por isso, um projeto de escada bem sucedido tenta fazer com que a maioria dos usuários vença a subida ou descida com o menor esforço possível. SAIBA COMO PROJETAR A ESCADA IDEAL E SEGURA PARA A SUA CASA Fundamental em qualquer residência com dois ou mais pavimentos, a escada funciona como elemento estético do pro- jeto, já que a composição criativa de mate- riais da estrutura, corrimão e degraus cria verdadeiras obras de arte. Porém, diver- sos fatores devem ser analisados antes da escolha. Planeje o modelo ainda no pro- jeto arquitetônico, pois quando é definido após a obra finalizada, haverá necessi- dade de adaptações e podem surgir res- trições quanto a formatos e tipos. Vale lembrar que também é muito importante conferir medidas do vão e da altura entre os andares, pois se a dis- tância for grande, a escada precisará de patamares de descanso. Com acesso fácil e seguro, o modelo deve ter estética compatível com o restante dos ambien- tes da residência. Outra questão a ser avaliada é se será construída com a própria mão de obra da construção ou pré-fabricada por empresas especializadas. Projeto Studio Deux Fotos Divulgação 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:53 Página 89 90 estruturas internas FEITAS NA OBRA OU PRÉ-FABRICADAS? As primeiras possuem grande durabi- lidade e permitem o uso de qualquer acabamento. A estrutura é de concreto armado e a construção deve seguir as especificações do projeto estrutural para evitar o aparecimento de trincas e fissu- ras. Além disso, é importante que a mão de obra esteja atenta às medidas previs- tas para que os degraus e espelhos não fiquem com tamanhos incorretos e fora das normas de ergonomia. As moldadas por empresas não geram desperdício ou sujeira na obra. Nos modelos metálicos, por exemplo, o impac- to no meio ambiente é baixo, pois os pou- quíssimos resíduos gerados durante a montagem são recicláveis. Por chegarem prontas à obra, proporcionam menor cus- to e maior precisão dimensional. A madei- ra e os materiais metálicos são os mais usados na estrutura. 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:54 Página 90 91 COMPOSIÇÃO DE MATERIAIS A madeira e os materiais metálicos, como o aço e o aço inox, são usados com mais frequência na estrutura de escadas feitas sob medida. Para o piso, há diversas opções: madeira, mármore, granito, vidro, cerâmica, entre outros. Independentemente da escolha, a par- te estrutural deve ser bem calculada para evitar o comprometimento do material selecionado. A empresa precisa acompanhar de perto a instalação da pisada, que sem- pre deve ser colocada na espessura cor- reta. Nos modelos de madeira, é preci- so escolher espécies certificadas, indica- das para piso e estrutura de escadas, com resistência suficiente para suportar as pisadas. No caso do vidro, o cuidado deve ser redobrado, pois sempre há o risco de trincar ou ter as quinas quebra- das com a queda de objetos. CONTRATAÇÃO PERFEITA! Caso opte por um modelo sob medida, confira algumas dicas: • Procure empresas consolida- das no mercado, que possuam mão de obra especializada e que deem garantia quanto ao serviço prestado. Senão, possi- velmente haverá defeitos, como diferenças nas dimensões de pisos e espelhos; • Busque indicação com arqui- tetos, engenheiros e até mesmo com amigos. Antes da contrata- ção, veja fotos de escadas já construídas, visite obras realiza- das e peça o contato de anti- gos clientes; • O ideal é que seja instalada antes da colocação de qualquer revestimento; • Em determinadas residências, alguns modelos apresentam limi- tações técnicas para a execução. A empresa responsável deve orientar o cliente. Avalie, por exemplo, se as paredes da casa suportam o peso da escada, caso ela seja fixada nas laterais. 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 05/07/18 14:01 Página 91 92 FORMATOS Podem ser circular, caracol ou reta, que, quando dividida em trechos, via- biliza formar os modelos L, U, I, J e Y. A caracol permiteganho maior de área nos dois pavimentos. Porém, exige um projeto bem planejado para que a dis- tribuição dos degraus garanta o con- forto do usuário. Os modelos circulares são indicados para espaços maiores e proporcionam design mais arrojado. MADEIRA Como o material sofre alterações dimensionais com a variação da umidade do ar, o projeto deve utilizar madeiras duras e com a porcentagem ideal de secagem conforme a região. As que têm densidade maior (peso por m³) costumam ser mais apropriadas, como jatobá, ipê, cumaru e garapeira. METÁLICA Garantem leveza, versatilidade, design arrojado, montagem rápida e economia de mão de obra. Porém, para evitar pro- blemas – inclusive a queda do compo- nente –, devem ser montadas por pro- fissionais e empresas especializadas. Os modelos metálicos geralmente usam na estrutura e no guarda-corpo chapas dobradas, perfilados e tubos. Já os degraus recebem chapas antiderrapan- tes ou lisas. CONCRETO E MADEIRA EM I CONCRETO E MADEIRA EM L CONCRETO ARMADO EM I 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:54 Página 92 93 CORRIMÃO É um item importante e deve acom- panhar o formato e extensão da escada. Pode ser de aço carbono, alumínio, aço inox e madeira. O diâmetro ideal fica entre 1 e 1/2" e 2" e a altura interna deve ser de 94 cm e a externa de 1 m. Lem- bre-se de que a instalação precisa ser rea- lizada por mão de obra especializada que garantirá qualidade, durabilidade e pou- ca manutenção. A colocação do corri- mão e do guarda-corpo deve ser realiza- da após as etapas de acabamento e pin- tura da residência. É importante especi- ficar em contrato todos os detalhes do negócio, inclusive se os componentes chegarão acabados ou não na obra. CONCRETO ARMADO Podem ser pré-moldadas ou feitas in loco. Os diferenciais são a durabilidade, os diversos formatos e a variedade de acabamentos. São construídas pelos pro- fissionais da obra e devem seguir as espe- cificações do projeto estrutural para evitar o surgimento de trincas e fissuras. VIDRO Os degraus de vidro conquistam pelo visual e são capazes de acrescentar ele- gância e modernidade aos projetos. A fixação é feita com cola especial que poli- meriza com luz ultravioleta. Outra opção é o silicone natural. Mas também é pos- sível fazer a instalação com parafusos, neste caso os furos nas placas são feitos previamente. Em relação à estrutura, o ideal é que seja metálica e, de preferên- cia com perfis bem delgados. Quanto menos material for empre- gado, mais vazado e transparente, o conjunto vai ficar. Fique atento, princi- palmente no período de obras, para que os trabalhadores não risquem a superfí- cie com o excesso de areia preso nos sapatos. As escadas de vidro custam mais do que as produzidas com outros materiais, pois o degrau custa cerca de três vezes mais que o de madeira. O modelo de vidro da foto acima tem estrutura central metálica, degraus em vidro temperado e laminado com guar- da-corpo em aço inoxidável, executado pela Só Escadas. FIQUE ATENTO! Para evitar atrasos na obra, ao con- tratar a empresa, informe-se sobre o prazo de entrega, pois o tempo demandado para a escada ser pro- duzida é longo. Por isso, não deixe para procurá-las na última hora. Ao definir quem fará a escada e o cor- rimão, redija um contrato especifi- cando todos os materiais que serão utilizados, as formas de pagamento e prazos. No caso de escadas resi- denciais, é indicado fechar o con- trato com antecedência de pelo menos 60 dias. CONCRETO E MADEIRA EM JMETAL E MADEIRA EM L METAL E VIDRO EM L MADEIRA EM L 88-93 estruturas internas-escadas.qxp___Construir 2009 05/07/18 14:05 Página 93 94 estruturas internas Invista no aconchego AS LAREIRAS AQUECEM E LEVAM CHARME AOS AMBIENTES 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 94 95 Prepare o chocolate quente, reserve uma manta (a mais fofinha que tiver) e feche as janelas. Seguir esses passos é imprescindível já que o tema da vez é mais do que especial: a lareira dos seus sonhos. Ter uma em casa é fundamen- tal para deixar o inverno, definitiva- mente, do lado de fora do seu lar. No entanto, para espantar o frio de vez é essencial tomar alguns cuidados espe- ciais. A melhor opção é seguir as orien- tações do fabricante na montagem da peça, evitando trincas e quebras futu- ramente durante a utilização do pro- duto. Depois dessa etapa, a próxima tarefa, segundo o arquiteto paulistano André Eisenlohr, é escolher a localiza- ção da lareira. “Ela deve ter uma posi- ção estratégica para o calor ser melhor distribuído no ambiente”, comenta. Mas se a casa estiver pronta e seu sonho é ter uma, não desanime. Isso não impe- de sua construção, pois há kits pré-mol- dados que podem ser instalados a qual- quer momento. A boa notícia é que não há restrições para a instalação. Todos os am bientes podem recebê-la, desde salas, escritórios e até mesmo o quarto. Para acertar na escolha, ela deve ser escolhida confor- me o volume que se pretende aquecer. Tem que analisar a metragem do ambien- te e consultar profissionais capacitados a dimensionar o tamanho da lareira segun- do o ambiente que irá ocupar. QUEM É QUEM A estrutura da lareira é formada por três elementos fundamentais: 1. CHAMINÉ Elimina a fumaça e a fuligem. 2. COIFA OU CAIXA DE FUMAÇA Capta a fumaça e retém o ar frio. 3. CÂMARA DE FOGO Espaço feito com materiais refratários e abriga as lenhas. 1 2 3 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 95 96 estruturas internas ACERTE NA ESCOLHA Eleger o acabamento ideal para a lareira é um dos últimos passos. A dica nesse momento é optar por materiais que combinem com o restante da casa. Se a ideia é garantir ares de rusticidade, vale apostar em dormentes, cruzetas, madeira de demolição, tijolinhos con- vencionais ou detalhes feitos com ferro. As mais clássicas pedem mármore, gra- nito e outras pedras. Em projetos con- temporâneos, o concreto aparente está entre os mais usados. DEFININDO O MODELO Existem dois tipos de lareiras, as pré- moldadas e as feitas na obra. As duas divi- dem opiniões e apresentam característi- cas distintas. A primeira é comprada pron- ta em lojas especializadas. Esse modelo já vem bem dimensionado e dificilmen- te apresentará problemas, como retorno de fumaça. A instalação é simples e deve ser realizada por profissionais capacita- dos (dê preferência para mão de obra indicada pelo fabricante). Outro benefí- cio é a economia. As pré-moldadas apre- sentam custo mais acessível e têm quali- dade garantida. Nesse caso, o assenta- mento das peças deve ser realizado com massa refratária. As lareiras feitas na obra podem ser desenvolvidas da maneira escolhida (dimensões e formato), são duráveis e se adaptam a qualquer espaço. No entanto, é fundamental contratar pro- fissionais experientes, pois, se o cálculo e a instalação forem desenvolvidos da maneira correta, não haverá retorno ideal da fumaça. 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 96 97 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:43 Página 97 98 DICA ESPECIAL Para calcular o tamanho da lareira, considere a quantidade de pessoas que moram na casa e o cômodo que deverá recebê-la. Ambientes com pé-direito alto, corredores ou grandes vãos podem prejudicar o aquecimento. TAMANHO DA BOCA DIÂMETRO DA CHAMINÉ AQUECE (altura x largura x profundidade) 0,57 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .100 m3 0,62 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3 0,67 x 0,94 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3 0,75 x 1,09 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 240 a 330 m3 0,85 x 1,26 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,30 m . . . . . . . . . .de 330 a 450 m3 SEM FUMAÇA Para evitar que a fumaça invada os ambientes, é essencial realizar o dimen- sionamento adequadoda lareira para garantir a vazão. O duto de saída de ar deve estar livre de todos os obstáculos (vigas, lajes ou ripas que estruturam a cobertura). COMO MANTER Para uma lareira bonita e eficaz por muito tempo, é preciso limpá-la após apagar o fogo. Recomenda-se esperar o resfriamento completo para evitar aci- dentes. Não é indicado usar água ou qualquer produto líquido. Basta recolher as cinzas e varrer seu interior. SUSPENSA As lareiras suspensas metálicas são ten- dência nos projetos e ajudam a compor os ambientes, levando um toque de modernidade. Podem ser a lenha, se hou- ver possibilidade de instalação de cha- miné, elétrica ou com fluído a base de etanol de cereais. IMPORTANTE: AS LAREIRAS DE ALVENARIA COM BOM ISOLAMENTO TÉRMICO ACEITAM QUALQUER ACABAMENTO. 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:44 Página 98 99 LISTA DE OPÇÕES Descubra qual lareira combina com o seu lar: GÁS É segura, pois conta com dispositivos que a desligam automaticamente em caso de problema. Dispensa o uso de chaminés e possui controle regulável de temperatura. O acendimento é fácil; basta acionar o botão da chama piloto ou usar o controle remoto. Ela aquece o ambiente sem fumaça e sem sujeira, podendo ser usada em casas, apartamentos, espaços gourmets e áreas externas. Como funciona: o gás passa por um cano de cobre, que alimenta a lareira. Em alguns casos, pedras vul- cânicas funcionam como combustí- vel. É fundamental que os modelos escolhidos atendam os requisitos da Associação Brasileira de Normas Téc- nicas (ABNT). LENHA Campeãs de pedidos, as principais características são resistência, segu- rança e conforto térmico garantido, devido valor calórico (30%). Como funciona: basta acender a lenha e aproveitar o calor. A chaminé deve estar no ponto mais alto do imó- vel (a pelo menos 80 cm do telhado). FLUÍDO É uma excelente opção, pois possui fácil instalação, não necessita de exaustão por não emitir fumaça. Há vários modelos e tamanhos, inclusive portáteis com rodízios. Como funciona: o combustível é o etanol de cereais, encontrado em lojas especializadas ou nos próprios fabri- cantes das lareiras. ELÉTRICA É considerada ecologicamente corre- ta e proporciona baixo consumo ener- gético (cerca de R$ 0,52 por hora). Tem capacidade para esquentar ambientes de até 25 m². Para a insta- lação, não é necessária mão de obra qualificada e, diferentemente do mode- lo a álcool, não exige armazenamen- to de combustível. Como funciona: o aquecimento é feito por meio de um termoventilador. Para acioná-lo, em geral, usa-se ape- nas o controle remoto. 94-99 estruturas internas-lareiras.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:44 Página 99 100 estruturas internas Projeto Construtora Casa da Montanha Foto Eduardo Liotti 100-101 estruturas internas-elevador.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:36 Página 100 101 Comodidade e facilidade são termos que podem descrever como é ter um ele- vador na própria residência. Além de dri- blar o sobe e desce constante das esca- das, a instalação do equipamento tam- bém está associada ao estilo de vida do proprietário. “As pessoas tendem a optar por eles quando julgam que a casa é para a vida toda, projetando o conforto na velhice. Outro aspecto é o custo menos elevado, justificando a execução”, conta o arquiteto Marcelo Sena, de Belo Horizonte, MG. Dentre o perfil de quem tem um ele- vador em casa, o profissional destaca ain- da clientes que estão começando uma família e outros que buscam status. Nor- malmente são destinados às residências de classes média-alta e alta que possuem até quatro andares. Também são indica- dos para casas onde residem pessoas com dificuldade de locomoção, ou seja, portadores de deficiência física, idosos, gestantes e usuários de cadeira de rodas. Para evitar eventuais problemas e garantir seu funcionamento efetivo, esses equipamentos demandam manutenção. Em determinadas cidades brasileiras, ela deve ser realizada mensalmente, da mes- ma forma que nos elevadores para edifí- cios de apartamentos. As empreseas pos- suem planos de manutenção preventiva onde os itens são verificados conforme a idade de cada equipamento. ESPECIFICAÇÕES A capacidade mínima de um elevador residencial é de três pessoas. Para aten- der um passageiro com cadeira de rodas, recomenda-se uma cabina com capaci- dade para oito pessoas, medindo 1,10 x 1,40 (cerca de 630 kg). Os materiais uti- lizados no equipamento são aço inox, vidro ou policarbonato. Caso prefira instalar o equipamento alguns anos após a construção, o proje- to deve prever vão vertical mínimo, de 1,3 x 1,6 m, e laje soerguida de 1,5 m no último pavimento da casa. Subida sem esforço FUNCIONAIS, OS ELEVADORES CONFEREM PRATICIDADE PARA ACESSAR O PAVIMENTO SUPERIOR ELÉTRICOS X HIDRÁULICOS Nos modelos eletromecânicos, a má - quina de tração é acionada pela eletri- cidade e a cabina é movimentada por cabos de aço ou elementos de tração. Os hidráulicos, por sua vez, têm pro- pulsão por meio de um pistão a óleo. Um reservatório desse material, ao lado da caixa, é responsável pelo movimen- to do pistão, que proporciona a mobili- dade da cabina. Para residências, os modelos mais indicados são os eletromecânicos sem casa de máquinas, que consomem menos energia. Os hidráulicos têm limi- tação de pavimentos e velocidade máxi- ma reduzida. Com relação à sustentabi- lidade, os eletromecânicos são mais sus- tentáveis, pois não utilizam óleos lubri- ficantes. Além disso, apresentam res- postas rápidas nas partidas. ELEVADOR HIDRÁULICO ELEVADOR ELÉTRICO PERCURSO E PARADAS/ANDARES ELEVAÇÃO DA CAIXA DO ELEVADOR TEM MAIS FLEXIBILIDADE NA CONSTRUÇÃO DA CASA DE MÁQUINAS O MODELO É INDICADO PARA QUEM BUSCA CONFORTO DURANTE A VIAGEM PARADA EXTREMA SUPERIOR PARADA EXTREMA INFERIOR CILINDRO PISTÃO BOMBA GIRATÓRIA FLUIDO HIDRÁULICO VÁLVULA RESERVATÓRIO 100-101 estruturas internas-elevador.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:36 Página 101 102 cobertura Beleza no topo COMO FAZER UM TELHADO IMPECÁVEL, SEGURO E COM ESTILO 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 102 103 Um telhado bem dimensionado faz toda a diferença em uma construção. Além de valorizar o imóvel, é garantia de proteção para a casa. O projeto bem executado oferece conforto térmico, evi- ta a ocorrência de vazamentos e agrega valor estético à moradia. As etapas de como fazer um telha- do começam ainda na planta, para dimensioná-lo corretamente de acor- do com o peso e a estrutura escolhi- da. Durante a obra é importante defi- nir se ele será aparente ou embutido, a inclinação, recortes, sobreposições, cor e resistência desejada. Quando bem alinhado e em harmonia com as cores, destaca o conceito arquitetô- nico proposto. Respeitadas todas as fases, é hora de contratar um profissional especializado na área para ter um telhado para a vida toda, seguro e com baixa manutenção. A mão de obra é responsável por 50% do resultado final. Não adianta traba- lhar com materiais de boa qualidade se o instalador não souber manuseá-los. Para ajudá-lo a entender como fazer um telhado, apresentamos detalhada- mente o processo. Confira as dicas para a construção da cobertura. 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 103 104 cobertura ESTRUTURA Ela é a responsável pelo suporte às telhas para manter o nível plano neces- sário para cobrir o telhado. As mais usa- das são as de madeira e aço. Para ame- nizar o impacto ambiental, recomenda- se o uso de madeira de qualidade, pro- veniente de áreas de reflorestamento e com certificados de procedência de áreas de manejo sustentável. MADEIRA É fundamental que a estrutura apre- sente perfeito esquadro e madeiramento em excelentes condições – sem que este- ja empenado – para não prejudicar a segurança e o efeito estético. Na hora de construir, deve-se calcular o custo-benefí- cio do material por metro quadrado e não por peças para não ter surpresas no final. Na lista das madeirasmais utilizadas devido à alta resistência estão angelim, itaúba, garapeira, bacuri e pedra tataju- ba. Ipê, jatobá e maçaranduba também são indicadas, porém em determinadas regiões não são encontradas facilmente em função do desmatamento das espé- cies. A cupiúba é uma opção econômi- ca com custo acessível e resistente ao ata- que de cupins. Uma alternativa é inves- tir no eucalipto extraído de áreas de manejo florestal. É importante ressaltar que, independentemente do tipo a ser usado na estrutura, é preciso solicitar o Documento de Origem Florestal (DOF) ao realizar a compra. A madeira também deve estar seca e naturalmente resistente ao ataque de insetos e fungos. Mesmo assim, é indi- cado realizar o tratamento para aumen- tar sua durabilidade e evitar problemas futuros com o material. 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 104 105 METÁLICA Quando se está definindo como fazer um telhado, é relevante analisar a estru- tura metálica como alternativa para agi- lizar a construção da cobertura e ficar em dia com o meio ambiente. Resistente e leve, o material é indicado para regiões litorâneas devido à alta durabilidade. A montagem é simples e dispensa manu- tenções periódicas. POR DENTRO Conheça um pouco mais sobre os elementos fundamentais que estruturam a cobertura. Tesouras: suportam o peso total do telhado e definem a inclinação. É um sistema de vigas estruturais executadas com barras ligadas umas às outras pelas suas extremidades e auxilia na cobertura para suportar as telhas. Contudo, todo cuidado é pouco na hora da execução. O formato deve ser triangular e resistente à tração e compressão. Linha: compõe a tesoura e é a maior peça estrutural. É responsável pela concentração de todos esforços de tração. Cumeeira: é a região mais alta do telhado. Terça: elemento que sustenta os caibros. Frechal: é a última terça do telhado. Ripas e caibros: garantem a sustentação das telhas. TESOURA LINHA TERÇA CAIBRO RIPA FRECHAL CUMEEIRA 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 105 106 cobertura TELHAS Chega o momento de escolher a que mais combina com seu telhado. Vale lem- brar que a escolha deve ser feita antes da confecção da estrutura, que é planejada de acordo com o modelo eleito. Ao fazer a seleção, consulte sempre o fabricante para verificar os acessórios de acaba- mento. Existem peças especiais, como a cumeeira três vias e as telhas capas late- rais, que valorizam a estética da cobertu- ra. No catálogo ou site de cada fabrican- te podem ser conferidas as funções de cada peça. Contudo, antes de fazer a sele- ção é fundamental avaliar a inclinação do projeto, cor, beleza, peso, características termoacústicas, tamanho e custos. Com todas as etapas feitas, chegou a hora de escolher o modelo. 1. ALUMÍNIO As telhas de alumínio conferem design diferenciado às edificações em função de sua geometria e elevada capacidade refle- tiva. O material é leve e contribui para o conforto térmico dos ambientes. Por ser 100% reciclável, está inserido dentro dos conceitos de construções sustentáveis. Dependendo das dimensões do pano do telhado, é possível usar apenas uma peça da cumeeira ao beiral, o que diminui a presença de emendas. 2. FIBROCIMENTO Pedida para vencer vãos considerá- veis, estão disponíveis em diversas medi- das e formatos, com a opção de receber a cor desejada de acordo com o proje- to. São indicadas para todas as obras em função da resistência, durabilidade, eco- nomia e facilidade de instalação. 3. CONCRETO Os modelos são duráveis, com boa resistência mecânica e estética. Propor- cionam encaixes precisos e, em função dos tamanhos maiores das unidades, con- somem menos peças por metro quadra- do. As telhas mais tradicionais são as de perfis com duas ondulações e planas. Em média, o rendimento é de 10,5 peças por metro quadrado. É muito usada em edi- ficações com estrutura metálica que, com a ajuda de acessórios especiais, agilizam a montagem dos telhados. A distância entre as ripas – também co - nhecida como galga – deve ser de 32 cm, com exceção para a primeira fiada junto ao beiral onde é indicada a presença de uma ripa com dupla altura para preencher a ausência da telha de apoio a frente. No caso de telhados situados em locais com grande incidência de ventos, todas as peças devem ser amarradas ou para- fusadas. Com as de concreto, apesar de serem mais pesadas que as cerâmicas, também devem ser fixadas. Porém, ape- nas as duas fiadas devem estar mais pró- ximas do beiral. Esse fator segurará as demais. Ele indica que sejam usados para fixação materiais não corrosivos como fios de cobre ou arame galvanizado, ambos com 18 mm, ou parafusos especiais. Os fios e os arames geram melhor praticida- de na instalação e nunca devem ser usa- dos pregos, pois podem quebrar a telha. 1 2 3 4 5 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:14 Página 106 107 4. VIDRO E POLICARBONATO Com um charme especial, levam clari- dade para os cômodos e são indicadas para espaços sem janelas e jardins internos. Estão disponíveis em diversos formatos, desde os tradicionais até os ondulados. 5. CERÂMICA A opção é facilmente encontrada no mercado e há grande disponibilidade de modelos e cores – destaque para a colo- nial, italiana, portuguesa, americana e paulista. A principal vantagem é a dura- bilidade. Apresenta estabilidade durante mudanças bruscas de temperatura. As telhas cerâmicas possuem como principal característica a reflexão do sol, o que garante ótimo isolamento térmi- co e acústico. As peças absorvem menos água e são leves, o que facilita a insta- lação. Segundo a NBR 15310, da ABNT, cada unidade deve apresentar identifi- cação do fabricante, dimensões e mode- lo. Quando usadas, a estrutura indica- da para o telhado é a de madeira com inclinação mínima de 30º para um pano de 7 m. 6. CERÂMICA ESMALTADA Após a queima, as peças ficam com cobertura com efeito vitrificado. As uni- dades são muito resistentes. O acaba- mento é dado com esmalte cerâmico e corantes. Dispensam a aplicação de impermeabilizantes e apresentam baixos índices de absorção. 7. SHINGLES O sistema shingle é muito mais leve que outros tipos de coberturas. Imper- meável e maleável com adaptabilidade para qualquer formato do telhado, pas- sível de instalação em inclinações múlti- plas entre 15º (baixíssima) até 90º, que possibilita aplicações em fachadas e ampla utilização de sótãos. 8. RECICLADAS São produzidas a partir de conteúdo reciclado, como garrafas PET, embalagens e até fibras vegetais de pinho, eucalipto, sisal, bananeira e coco. Além do apelo ecológico, as telhas caracterizam-se pela leveza, resistência e vida útil similar às tra- dicionais. Disponíveis em vários modelos e composições. Também existem opções compostas por base de manta asfáltica, produzidas de fibra de vidro e revestidas por grânulos sinéticos reaproveitados. 9. TAUBILHAS São telhas artesanais de madeira que favorecem o aspecto rústico às constru- ções. Há também novos modelos indus- trializados feitos de eucalipto ou pinus. 7 9 6 8 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 107 1. PORTUGUESA Rendimento por m²: 16/17 peças Peso por unidade: 2,7 kg Inclinação mínima: 30% 2. ITALIANA Rendimento por m²: 13 peças Peso por unidade: 2,9 kg Inclinação mínima: 30% 3. ROMANA Rendimento por m²: 16/17 peças Peso por unidade: 2,7 kg Inclinação mínima: 30% 4. AMERICANA Rendimento por m²: 12 peças Peso por unidade: 3 kg Inclinação mínima: 30% 5. COLONIAL Rendimento por m²: 16 peças Peso por unidade: 2,5 kg Inclinação mínima: 30% 6. MEDITERRÂNEA Rendimento por m²: 13,5 peças Peso por unidade: 2,5 kg Inclinação mínima: 30% 108 cobertura CERTIFICAÇÃO DE TELHAS Para garantir um telhado seguro e com qualidade, vale a pena investir em telhas certificadas. Na hora da compra, fique atento se o produto possui selo reconhecido pelo CCB (Centro Cerâmico do Brasil), organis- mo creditado pelo INMETRO. É a garantiade que você irá adquirir peças feitas com materiais especiais que não comprometem a constru- ção. Já as de alumínio são fabricadas de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Téc- nicas). É recomendado levar sempre um profissional para auxiliar no momento da compra. Como ele está habituado com a maioria das telhas, irá indicar as que são melhores para o projeto. Mas atenção! Além dos selos de qua- lidade, também é importante verifi- car a queima e absorção de água durante o processo de produção. CONHEÇA UM POUCO MAIS: SAIBA AS CARACTERÍSTICAS DE CADA MODELO Responsáveis pela melhoria de con- forto térmico nas coberturas, levam segu- rança para a moradia e ajudam a elimi- nar eventuais goteiras e infiltrações. São aplicadas na parte de baixo do telhado e apresentam camadas refletoras. As mais usadas são as de EPS, tam- bém conhecido como isopor. Por outro lado, as de alumínio protegem a cons- trução dos raios ultravioleta e captam o calor. Há também as aluminizadas com dupla face, que apresentam alta resis- tência térmica. Vale lembrar que o produto selecio- nado deve ser apropriado para a estru- tura e telhas usadas, e a instalação deve ser executada por mão de obra especia- lizada e antes da cobertura final da telha. SUBCOBERTURAS 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 108 ÁGUAS Ficar atento à inclinação do telhado é importante para viabilizar o escoa- mento da água da chuva por meio das telhas. As superfícies são chamadas de águas ou planos de águas e são deter- minantes para definir a quantidade de elementos que compõem o telhado, como cumeeiras e espigões, também conhecidos como divisor de duas águas. ÁGUA DO TELHADO Para evitar problemas de infiltrações pelo telhado, é necessário fazer o escoa- mento. Isso é feito com a formação de algumas superfícies inclinadas, para que a água da chuva possa escorrer sobre elas. Essas superfícies são denominadas “águas” ou “planos de água” e o formato depende do projeto da casa e dos escoamentos que o telhado terá. Quanto mais “águas” tiver, mais elementos como cumeeiras, espigão e rincão serão utilizados. O telhado de duas águas possui ape- nas a cumeeira, enquanto o de três ou mais águas tem a cumeeira e o espigão, que é o divisor de duas águas em plano inclinado ou oblíquo. Para os telhados que possuem vários ângulos, deve-se incluir o rincão ou água furtada, cuja função é captar dois planos de água descendentes, em uma junção de duas águas. BEIRAIS São feitos com PVC, madeira, placas cimentícias, entre outros para formar a aba do telhado. Imprescindíveis para evitar que a água escorra pela fachada do projeto para a preservação da pintura e dos mate- riais usados nos acabamentos da obra. 109 UMA ÁGUA DUAS ÁGUAS TRÊS ÁGUAS QUATRO ÁGUAS ÁGUA BEIRAL ÁGUARINCÃO ESPIGÃO 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 109 110 cobertura ÁGUAS PLUVIAIS Uma forma de viabilizar o escoamen- to da água da chuva é investir na insta- lação de um sistema que a conduza até os pontos específicos da residência. Calhas, rufos, zincões e funis entram em cena e exercem esse papel. Ralos e cai- xas com grelha são os responsáveis pelo recolhimento. Materiais diversificados dão forma às calhas. As de PVC não enferrujam e dis- pensam manutenção. As de alumínio são resistentes à umidade. Elas recebem o escoamento do telhado e precisam estar desobstruídas para o eficiente funciona- mento. A limpeza é simples e pode ser realizada com uma mangueira. No projeto do arquiteto Claudio José Monteiro, o sistema de captação de água de chuva atende a irrigação dos jardins e descarga nos banheiros. A chuva é cap- tada por calhas e direcionada pelos con- dutores até cisterna enterrada. De lá, a água é bombeada para uma caixa d’água específica para uso nas descargas. A água da cisterna é usada também para irriga- ção do jardim e torneiras da área externa. Por meio de filtros, as folhas não entram na cisterna e, nos períodos de seca, o sis- tema de descarga e irrigação utiliza água da rua. Isto é possível porque uma boia faz o controle e indica quando a água da cisterna está com nível baixo, acionando o sistema tradicional. De plástico PVC com proteção contra raios ultravioleta, as calhas, da Astra, são resistentes a mudanças de temperatura, não racham ou descascam, possuem, ainda, sistema exclusivo antifolhas, que impede a passagem de detritos. O produto é encontrado na cor branca e pode receber esmalte sintético, permitindo a personalização conforme a pintura da fachada. Ricardo Bassetti 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 110 COMO EVITAR VAZAMENTOS • O primeiro passo é fazer um pro- jeto detalhado e executá-lo correta- mente. Além disso, é fundamental utilizar produtos de qualidade. Para evitar problemas, uma solução é embutir a impermeabilização durante a fase de obra. • As telhas devem ter baixa absor- ção de água e serem impermeáveis. Na hora do assentamento, a melhor opção é o selante elástico, que garante estanqueidade e acompanha a movimentação das telhas. Os especialistas não reco- mendam o uso da argamassa convencional, pois é rígida e trinca com o passar do tempo. • Muitas vezes uma telha quebrada ou um mesmo o destacamento da argamassa utilizada no assenta- mento podem ser as causas do vazamento, assim, a substituição da peça costuma ser a solução indicada. Em outros casos, talvez seja preciso fazer uma nova impermeabilização. Se o problema for generalizado, aconselha-se procurar um profissional especializado. 111 COBERTURA EMBUTIDA É composta por platibandas que têm a missão de dar acabamento na parte de cima das residências. Deste modo, o telhado fica “escondido” e não pode ser visto por quem está ao nível da rua. O sistema é mais barato e mais leve que o telhado convencional tanto na execução quanto na manutenção. Porém, é pre- ciso ser calculado corretamente preven- do vãos, apoios, captação de água, dimensionamento de peso e caimento. Existem dois modelos de coberturas embutidas: com laje impermeabilizada ou telhas (que podem ser de fibroci- mento ou metálicas). No primeiro caso, é importante contratar uma empresa especializada para realizar a impermea- bilização. No segundo, as telhas mais indicadas são as de alumínio ou galva- nizadas tipo sanduíche, que possuem isopor ou poliuretano. CASA PROTEGIDA Os para-raios não fazem parte do telhado, porém, não devem ser esqueci- dos para deixar a residência ainda mais segura. Os métodos mais usados para a instalação são o Franklin e o Gaiola de Faraday. No primeiro há um captador sobre o mastro que está localizado na parte mais alta do telhado. O elemento é ligado a cabos de descida que levam a descarga elétrica até o solo. Para o segundo sistema a cobertura é cercada por fios metálicos que levam as descar- gas para o chão. MÉTODO FRANKLIN MÉTODO GAIOLA DE FARADAY 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 111 112 cobertura T CAPTAÇÃO E REÚSO Tendências atuais, a interceptação das águas pluviais por meio das calhas interli- gadas às cisternas e o reúso de águas cin- zas, oriundas do banho e dos lavatórios são opções viáveis e com bons resultados na irrigação de jardins, lavagens de quin- tais e fachadas e até em vasos sanitários. De acordo com o professor Helio Nar- chi, do curso de engenharia civil da Fun- dação Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, SP, o uso da água não potável é possível desde que sejam toma- dos cuidados, como a retirada das folhas e cloração da água captada pela chuva, para evitar proliferação de bactérias. A identificação é outra precaução, para que não seja consumida pelos morado- res ou animais. Em algumas cidades já existem regu- lamentações para a captação da água da chuva e, em outras, há incentivos fis- cais como abatimento nos impostos. Informe-se na prefeiturado seu município antes de iniciar a obra. Se a intenção é empregar a água cap- tada da chuva nas descargas da resi- dência, os especialistas recomendam um sistema hidráulico paralelo, para que seja possível utilizar a caixa d’água quando o reservatório pluvial estiver com capa- cidade insuficiente. Contudo, o investi- mento deve ser avaliado, pois são preci- sas duas instalações hidráulicas, gastan- do-se o dobro ao se considerar apenas as tubulações. O engenheiro civil Mar- celo Azuma, do escritório Arqbox, de Curitiba, PR, alerta para a implantação de uma válvula de retenção pluvial, para que não haja a mistura entre as águas e possível contaminação. Existe, também, a possibilidade de ins- talar apenas uma tubulação com o uso de sensores automatizados que detec- tam os níveis existentes de água. “A solu- ção é mais eficiente, pois uma única ins- talação colabora na manutenção, já que quanto mais ligações mais complicado é encontrar um problema, como um vazamento”, fala o engenheiro civil. Os acessórios como filtros, freios d’água, sifão-ladrão e conjunto de suc- ção ajudam a evitar a entrada de folhas e outras matérias orgânicas e afastam pequenos animais que possam tentar atravessar pelo cano, garantindo a segu- rança e a qualidade líquida. O filtro de sedimentos deve ser trocado a cada seis meses e a manutenção de todo o siste- ma precisa ser realizada anualmente. 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 112 www.ceramicatagua.com.br Av. América, 900 - Jd. Bela Vista - Americana, SP (19) 3461-5652 • atendimento@ceramicatagua.com.br Trabalhando telhas cerâmicas associadas a minicalhas metálicas, a “Cobertura Inteligente Taguá” oferece o conforto térmico e acústico de um telhado convencional em baixas inclinações. Reduz o custo, facilita a montagem, não utiliza madeiramento e proporciona a beleza de um telhado cerâmico onde as outras alternativas são metálicas ou fibrocimento.Oferecendo soluções para situações em que é necessária pouca inclinação com acabamento cerâmico, Sistema Taguá de Cobertura é a opção certa e eficiente. Trabalhamos com projetos personalizados e atendemos todo o Brasil. CISTERNA HORIZONTAL DE 5.000 LITROS CISTERNAS Os modelos para aterramento precisam ser previstos ainda na fase do projeto da residência, por conta das instalações hidráulicas e pela própria localização do equipamento. Para as moradas já cons- truídas ou quando existem limitações de espaço, há os tipos aparentes. Para defi- nir o tamanho da cisterna, calcula-se a oportunidade de captação de chuva, mul- tiplicando-se a área do telhado (m²) pelo índice pluviométrico da localidade. Saiba mais sobre captação e reúso na seção Hidráulica, a partir da página 118. 102-113 cobertura-telhado.qxp___Construir 2009 02/07/18 17:15 Página 113 114 cobertura 114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:56 Página 114 115 GESSO Artesanal É muito usado por garantir conforto termoacústico e ajudar a controlar a umidade do ar, pois absorve água. Na listinha de benefícios há espaço para leveza, resistência e facilidade para mol- dar o material. Essa opção é indicada para quem deseja usar o forro como elemento decorativo. Com ele, é possí- vel criar efeitos de luz com sancas, lumi- nárias embutidas e rasgos para ilumi- nação. Além disso, a remoção é simples e sem quebra-quebra. O produto pode ser encontrado em pó ou na forma de placas. A quantidade a ser comprada deve ser calculada por metro quadra- do. Vale consultar um profissional para não haver desperdícios. Importante: se a aplicação for rea- lizada corretamente, não é preciso pin- tura ou qualquer revestimento. Para ins- talá-lo, o profissional deve usar parafusos ou pinos. Assim, a opção mostra muitas vanta- gens em termos funcionais e estéticos, ganhando a preferência de diversos pro- fissionais da área na hora de pensar no acabamento ideal. Acartonado – Drywall As vantagens do material, de acordo com profissionais do setor, são inúme- ras. As placas não trincam, possuem ins- talação fácil e rápida, proporcionam bom isolamento térmoacústico e são resis- tentes ao fogo. É possível atingir as mais exigentes performances mecânicas e acústicas quando usados bons compo- nentes inseridos por mão de obra espe- cializada que respeite as propostas do projeto. Os forros de drywall podem ser colocados em todos os ambientes e têm boa durabilidade. A única manutenção indicada é pintar a superfície quando for necessário. A aplicação dispensa a manutenção preventiva nos painéis, ape- nas deve-se cuidar no caso de alguns acidentes como vazamentos hidráulicos e enchentes. Seguindo todas as orientações indica- das, o resultado certamente será positivo e a cobertura não trará problemas para os proprietários no longo prazo. APOSTE NA DURABILIDADE DOS FORROS PARA OBTER DIFERENCIAL ESTÉTICO Mesmo nas alturas, o forro é capaz de roubar a cena e dar destaque ao proje- to por ser um ótimo elemento decorati- vo e completar os ambientes. Os bene- fícios não param por aí: além da beleza agregada, o recurso tem algumas fun- cionalidades de destaque, como a veda- ção e o conforto termoacústico. Para os profissionais da arquitetura, a opção ainda apresenta mais uma utili- dade: materiais diferenciados ajudam a esconder possíveis imperfeições causa- das durante a mão de obra. Diversas versões podem ser encontra- das. Escolher o modelo ideal, no entan- to, requer alguns cuidados especiais, pois ele deve combinar com as propostas do resto da residência. Entre as opções mais comuns estão gesso (artesanal e drywall), madeira e PVC. Para ambientes rústicos, escolha bambu, palha, sisal, buriti ou estei- ra de talisca de dendê. Além destes, vale investir em adesivos e tecidos. Fique aten- to: cada um dos materiais possui carac- terísticas específicas e, por isso, instalação apropriada. A aplicação deve ser feita por profissionais qualificados e empresas reco- nhecidas no mercado. Pesquise sempre antes de comprar os materiais ou contra- tar os serviços. Antes de eleger o forro, a dica é conhecer mais sobre cada um deles. Confira os detalhes! Teto cheio de charme VANTAGENS Como são fabricados com materiais industrializados, não geram resíduos e tornam mais limpa essa etapa da obra. A estrutura é composta por perfis de aço galvanizado e chapas parafusadas, o que evita trincas e manchas amarelas. As mais usadas têm formato standard em forros monolíticos que recebem pintura como acabamento. A mesma chapa pode ser aplicada em modelos remo- víveis. Há também as perfuradas que oferecem alta performance em absorção acústica. A aplicação das chapas pode ser ajustada de acordo com as necessidades de cada ambiente, sendo que existem diver- sas maneiras de instalação. É possí- vel criar elementos decorativos, que são definidos no momento da mon- tagem estrutural do forro. Além dis- so, a iluminação indireta pode ser embutida em diferentes variações. Importante: para locais com alta umidade relativa do ar, como é o caso de regiões litorâneas, recomen- da-se a diminuição do espaçamento dos perfis do forro. De 600 mm reduza para 400 mm. 114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:56 Página 115 116 cobertura ARGAMASSA Opção aplicada pela mão de obra da própria construção. É econômica e uma das formas de instalação necessita de madeiramento, tela e enchimento de arga- massa. É preciso deixar uma distância de 50 cm entre os sarrafos quadriculados que compõem a madeira e posicioná-los lado a lado para montar a estrutura. MADEIRA As mais recomendadas são cedrinho, ipê, cumaru, peroba e marfim. Além delas, muitos profissionais adotam peças res- gastadas de demolição para agregar apa- rência envelhecida aos cômodos. Lembre- se de não escolher as que têm baixa den- sidade, pois absorvem umidade e podem deteriorar no futuro. Para a instalação, é necessário fixar as réguas em uma estru- tura de madeira ou metálica. O espaça- mento entre elas deve ser de 750 mm e são colocadas com pregos, parafusoszin- cados, de latão ou aço inoxidável. Dicas: para garantir a durabilidade do material, aplique pintura à base de ver- niz. Se preferir mais claridade no ambien- te, pinte a madeira com tinta látex para obter efeito de pátina. PVC É versátil e fácil de aplicar. Pode ser usado para o fechamento dos ambien- tes, estrutura do telhado ou até mesmo como revestimento da laje. Entre as van- tagens oferecidas, destaque para imuni- dade a cupins, mofo e corrosão. É imper- meável, por isso é uma boa alternativa para áreas molhadas da casa. Além disso, os forros de PVC são duráveis e resisten- CONCRETO MADEIRA NATURAL MADEIRA PINTADA 114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:57 Página 116 117 tes, não mancham com facilidade e, nor- malmente, as empresas fabricantes ofe- recem uma extensa cartela de cores. Outra característica é que proporcionam isolamento térmico e acústico. O pro- duto pode ser aplicado em estruturas metálicas e de madeira, não propaga fogo e nem conduz eletricidade. Importante: a instalação é simples, basta fixar o rodaforro em volta do ambiente e, logo em seguida, os perfis de PVC. Para a manutenção, use água e sabão neutro. A estética do PVC adap- ta-se facilmente a diversos tipos de ambiente, agregando um estilo mais clean para a residência. BAMBU É uma opção ecologicamente corre- ta, pois o recurso se renova com facili- dade. As esteiras feitas com o material são pregadas nos caibros ou sob o ripa- mento das telhas. Elas são feitas com ripas que se transformam em painéis. Podem ser artesanalmente executados com uma técnica antiga utilizada para confeccio- nar balaios e cestos. A manutenção é a mesma usada em paredes de alvenaria e madeira. Para o acabamento, da área escolha stain, látex, verniz, esmalte, mas- sa corrida, betume ou texturas. Atenção! O material precisa ser tra- tado para ter durabilidade. Caso con- trário, amido e açucares nele contidos atrairão brocas e cupins. Recomenda-se imersão e cocção em sais especiais para uso interno e a impregnação por auto- clave para áreas externas. O acaba- mento do material pode ser natural, cozido, (amarelo claro), flambado ou negro (carbonizado). FIBRAS Antes de aplicar superfícies compos- tas por palha e piaçava, é necessário veri- ficar se os materiais estão imunizados contra insetos e utilizar como base um compensado no teto. A fixação é feita com pregos sobre barrotes de madeira, que deve ser protegida com verniz fos- co uma vez ao ano. Outro cuidado essencial é averiguar se a instalação elé- trica não está em contato com os mate- riais. Lembre-se de providenciar trata- mento antifogo na etapa de construção da cobertura. O revestimento pode ficar ao natural, receber verniz ou ser pinta- do com tinta latéx branca. PVC FIBRAS 114-117 cobertura-forros.qxp___Construir 2009 02/07/18 16:57 Página 117 118 hidráulica Não adianta ter em mãos um pro- jeto arquitetônico bonito se o res- tante não estiver funcionando. Uma etapa que não pode ser deixada de lado é a de instalações hidráulicas. Antes de iniciá-la, avalie itens como o perfil de consumo de água na resi- dência, contando o número de morado- res e a quantidade de banheiros. O bom dimensionamento permite pressão e vazão de água suficientes, pro- porcionando conforto, qualidade de vida e segurança. Especifique se deseja água quente em todos os pontos de consu- mo, como chuveiros, torneiras de lava- tórios, pia de cozinha e tanque, além da ducha higiênica. O projeto definirá os melhores pontos para a passagem das tubulações e saídas de água e esgoto, facilitando manuten- ções. Ele deve ser elaborado e executado em conjunto com o projeto estrutural. Ter em mãos todos os detalhes cons- trutivos facilita futuras obras. A dica é con- tratar um técnico projetista para fazer o estudo da pressão que a tubulação deve- rá suportar. Outro ponto importante é escolher tubos e conexões para água quente do mesmo fabricante para que a garantia não fique comprometida. Além disso, deve ser testa- do conforme a norma técnica NBR 7198 para água quente, da ABNT. Opte sempre por materiais de quali- dade. Materiais baratos podem, no futu- ro, ser responsáveis por problemas, como vazamentos e infiltrações e a manuten- ção deverá ser feita em um espaço menor de tempo. MÃO DE OBRA Para evitar problemas, contrate um engenheiro especializado para elaborar o projeto e um encanador para executá-lo. Em ambos os casos, peça indicações ao arquiteto e procure referências sobre eles. É importante conhecer algumas obras em que o profissional trabalhou e pro- curar entidades que formam mão de obra, como escolas técnicas. Caso a contratação seja feita pelo empreiteiro ou pelo engenheiro, é impor- tante se certificar de que o encanador está apto para a realização do serviço. Se foi contratado, por exemplo, para desem- penhar as funções de encanador e ele- tricista, o proprietário tem a possibilida- de de dispensá-lo. Se optou por novas tecnologias, como o Sistema Pex, não se preocupe, é possí- vel encontrar mão de obra especializa- da. Os principais fabricantes fornecem regularmente treinamentos aos profis- sionais, além do programa de visita à fábrica e construções em que o material está sendo utilizado. O sucesso da etapa também está atre- lado à fiscalização e ao acompanhamento do arquiteto ou engenheiro responsável pela obra. CERTIFICAÇÃO O projeto e os materiais hidráulicos devem respeitar as normas da Associa- ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). COMPONENTES BEM DIMENSIONADOS GARANTEM USO EFICIENTE DA ÁGUA Planejar e economizar! 118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 118 119 Por isso, antes de comprar tubos e cone- xões, verifique se constam o nome do fabricante e o número da NBR (Norma Brasileira), pois são garantias de qualida- de. Verifique ainda se estão estampados nos produtos itens como o telefone do fabricante para assistência técnica, selos de qualificação como o ISO 9001, Inme- tro, IPT, entre outros. ABASTECIMENTO Ao comprar o terreno, confirme se a região é servida pela rede pública. Caso positivo, faça o pedido de ligação à con- cessionária, que só executa o serviço quando alguns itens como o cavalete e as tubulações para o hidrômetro já estão instalados. Depois, o restante do serviço fica por conta do proprietário. Caso contrário, a água deve ser reti- rada por meio de captação em nascen- tes ou lençol freático e o tratamento e a manutenção ficam sob responsabilidade do proprietário. Para o tratamento de água de nascentes, armazene-a em reser- vatórios e depois faça os trabalhos de purificação e adequação às condições de potabilidade. Em relação ao lençol freá- tico, são utilizados poços para acumular a água, que deve ser bombeada para chegar à superfície. Ao elaborar o projeto, o sistema de dis- tribuição deve ser especificado. Existem quatro tipos para obras residenciais. Entre eles estão o sistema direto, o indireto, o hidropneumático e o misto. Sistema direto: é o menos comum. Sai da rede pública até os pontos de saída de água sem a utilização de reservatórios. Deve ser adotado somente quando há garantia da perfeita vazão e pressão. Sistema indireto: existem com e sem bombeamento. No primeiro, é necessária a utilização de uma bomba para levar a água do reservatório inferior até o supe- rior. É usado quando a pressão de água não é suficiente e não apresenta regula- ridade de abastecimento. No segundo, o reservatório fica em local alto e, com isso, a água é distribuída sem bomba, bastando a ação da gravidade. Sistema hidropneumático: normal- mente é a última opção para residências que necessitam de pressão em determi- nados pontos, mas não conseguem em razão da gravidade. É pouco utilizado pelo alto custo e constante manutenção. Sistema misto: congrega o direto e o indireto, mas é aplicado somente em casos específicos e apresenta custo elevado. PRINCIPAIS COMPONENTES Ramal predial externo: é a parte executada pela concessionária pública e ligada a tubos, conexões e registro. Cavalete:é formado por um conjunto de tubos, conexões e registro onde será instalado o hidrômetro. Deve ficar em local protegido do sol e da chuva. Hidrômetro: mede o consumo de água. Pode ser digital ou analógico com ponteiros. Barrilete: é o conjunto de tubulações de saída do reservatório superior que ali- menta as colunas de distribuição. Coluna de distribuição: é o con- junto das tubulações que parte do barri- lete e desenvolve-se verticalmente para alimentar os ramais. Ramais: levam a água dos subrramais. Subrramais: são responsáveis pela ligação com os aparelhos sanitários. Peças de utilização e aparelhos sani- tários: são ligadas aos subrramais para utilização da água como, por exemplo, torneiras, chuveiros e os vasos sanitários. ESGOTO A rede de esgoto residencial é forma- da por itens (tubos e conexões), caixas sifonadas, ralos, sifões, caixas de gordu- ra e de inspeção, válvula de retenção e ramal de ventilação. O projeto e os mate- riais devem cumprir as normas técnicas NBR 8160 (para o projeto) e NBR 5688 (para os materiais), da Associação Brasi- leira de Normas Técnicas (ABNT), que visam o perfeito funcionamento da rede, pois se mal projetada ou feita de manei- ra inadequada pode trazer muitos pro- blemas aos moradores. PRINCIPAIS COMPONENTES Desconector Veda a passagem de gases e, por isso, está presente em qualquer instalação. Sifão Ele é o responsável por receber efluen- tes do esgoto sanitário. Caixa sifonada É um desconector que recebe efluen- tes do ramal de descarga. Por isso, apre- senta várias entradas e uma saída. Fecho hídrico Camada de líquido com função de impedir a entrada de gases. Caixa de inspeção Permite a inspeção, limpeza, desobs- trução, junção e mudança de direção das tubulações. Tradicionalmente feita na pró- pria obra em alvenaria ou concreto, pode ser encontrada já pronta em lojas de cons- trução e em materiais como o PVC. Sua vantagem é a praticidade na instalação e manutenção. Os modelos em PVC ainda possuem bolsas com dupla atuação com anel de borracha ou adesivo plástico e tampas herméticas para permitir o aca- bamento semelhante ao do piso. CAIXA DE INSPEÇÃO DE PVC E ABAIXO A LOCAÇÃO ONDE SERÁ ENCAIXADA CAIXA DE INSPEÇÃO DE ALVENARIA FEITA NA PRÓPRIA OBRA 118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 119 120 hidráulica ÁGUA QUENTE E FRIA Os tubos e conexões de PVC são os mais utilizados para a passagem de água fria, enquanto os de cobre, CPVC, Sistema Pex e o Polipropileno Copolímero Ran- dom (PPR) são de água quente. O pro- jeto de instalações deverá especificar as bitolas ideais, os tubos que serão usados para a passagem de água quente e fria, assim como o sistema de aquecimento. O projeto deve atender às condições de cargas estabelecidas e devem ser especi- ficadas conforme as normas da ABNT. Alguns tubos para a passagem de água quente necessitam de isolante tér- mico, pois além da perda de calor, par- te dele passa para as paredes, o que pode ocasionar problemas, como que- da dos revestimentos. A ABNT determina que a água quen- te tenha no máximo 70ºC. Porém, os materiais devem ser fabricados com uma margem de segurança, caso o equipa- mento de controle de temperatura apre- sente problemas e a água aqueça mais. Para a água fria, os tubos e as conexões devem atender à NBR 5626 e, para água quente, à NBR 7198. PVC Utilização: água fria e esgoto. Medidas: de 20 a 110 mm na versão soldável e de ½” a 2” na roscável. Vantagens: é atóxico, reciclável, resis- tente à corrosão, apresenta baixo peso, ótimo desempenho hidráulico, menor rugosidade, baixo custo de instalação e, no caso da versão roscável, possibilita o INSTALAÇÃO DAS TUBULAÇÕES DE ÁGUA QUENTE E FRIA 118-127 hidráulica.qxp___Construir 2009 02/07/18 15:56 Página 120 121 reaproveitamento das conexões, permi- tindo que possa ser usado em instala- ções provisórias. Durabilidade: mais de 50 anos com pressão de serviço de 750 kPA e tempe- ratura em torno de 20º C. Principais fabricantes: Amanco, Krona Tubos e Conexões e Tigre. CPVC Utilização: água quente e fria. Medidas: de 15 a 114 mm. Vantagens: bom isolamento térmico, facilidade e rapidez de instalação com soldagem feita por adesivo a frio, resis- te a altas pressões e a picos de tempe- ratura de até 95ºC, não sofre corrosão e, quando usado para a passagem de água fria, suporta uma pressão de 240 mca a 20º C. Durabilidade: superior a 50 anos. Principais fabricantes: Amanco (Ultra- temp CPVC) e a Tigre (Aquatherm). Cobre Utilização: para água quente e fria e uso na passagem de gás. Medidas: de 15 a 104 mm. Vantagens: resistência a altas tempe- raturas – é aprovado com facilidade no teste com água acima de 80º –, propor- ciona pouca perda de calor e é um mate- rial bactericida e reciclável. Para garan- tir a durabilidade da instalação, não deve ter contato com a tubulação de outro metal, como ferro ou alumínio, pois ocor- rerá a corrosão galvânica que danifica a tubulação. Durabilidade: mais de 50 anos. Principais fabricantes: Eluma e Ter- momecanica. Sistema Pex Utilização: água quente e fria, gás e sistemas de calafetação como o piso radiante, usado para aquecer ambientes. Medidas: de 16 a 90 mm. Vantagens: usa poucas conexões, é flexível, tem fácil manutenção resiste a impactos e à pressão, suporta tempera- turas de até 95ºC permanentemente com ocasionais picos de até 110ºC durante 48 horas. Os tubos multicama- das Pex – AL (Alumínio) – Pex apresen- tam desempenho e segurança na insta- lação e têm resistência à pressão. Durabilidade: mais de 50 anos. Principais fabricantes: Amanco, Astra, Barbi do Brasil, Emmeti e Tigre. Polipropileno Copolímero Random (PPR) Utilização: água quente e fria. Medidas: de 20 a 110 mm. Vantagens: o produto é confecciona- do com Polipropileno Copolímero Ran- dom tipo 3, por isso, não apresenta pro- blemas como a corrosão. As junções uni- das por termofusão eliminam vazamen- tos, têm resistência a ataques químicos, suportam até 95º C e possuem boa absorção acústica. Durabilidade: 50 anos operando a 80º C e 10 anos a 95º C. Principais fabricantes: Acqua System/ Grupo Dema, Amanco e Tigre. PRINCIPAIS COMPONENTES Caixa de passagem Recebe as águas secundárias. Caixa ou ralo seco Nele passa a água do chuveiro e tem entrada somente pela parte superior. Ralo sifonado Diferentemente do ralo seco, contém um sifão. Aparelho sanitário É conectado junto à instalação pre- dial e fornece água para fins higiênicos. Ramal de descarga É responsável por receber os materiais provenientes dos aparelhos sanitários. Ramal de esgoto Através das caixas sifonadas, passam efluentes do ramal de descarga. Tubo de queda É vertical e leva os materiais do ramal de descarga e de esgoto. Subcoletor Esta tubulação primária encaminha efluentes de ramais de esgoto e tubos de queda. Coletor predial Trecho final de ligação entre a última caixa de inspeção e o coletor público. Tubo de ventilação Encaminha os gases para a atmosfera. Caixa de gordura Segura os produtos gordurosos vin- dos da cozinha antes de chegarem às tubulações, mantendo a casa longe do mau cheiro. Deve ser conectada ao sifão da pia. Pode ser de alvenaria ou con- creto, feita na própria obra, ou de PVC adquirida em lojas de materiais. Existem modelos de PVC com capacidade de até 19 litros de gordura. Para evitar problemas, é preciso lim- pá-la pelo menos a cada seis meses. Outro cuidado deve ser tomado quan- do os pratos ou os alimentos são lava- dos na pia, pois os restos de comida que escoam pelo ralo podem entupir a cai- xa de gordura e ocasionar prejuízos ou trabalhos desagradáveis. FIQUE ATENTO! Para ter um banho com temperatura mais agradável, siga as dicas abaixo para a correta escolha dos tubos e conexões para água quente. 1. O sistema deve ser definido por profissional capacitado que precisa analisar o tipo de construção, o prazo da obra, as disponibilidades de mão de obra e as possibilidades de econo- mia de tempo. 2. Quando o cronograma de obras for reduzido, uma opção
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