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Sem desperdícios Os itens que economizam e agilizam a construção Tipos de fundações Garanta a correta sustentação da sua casa Método construtivo Conheça as vantagens de cada sistema Dicas para comprar Aço, cimento, concreto, blocos, tijolos e madeira Xô, umidade Tudo sobre impermeabilizantes Plantas e perspectivas Entenda detalhadamente as plantas baixas Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº1 O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos E mais: como ter uma obra limpa e organizada, informações sobre financiamento, consórcio imobiliário… Atualizado e revisado 1 capa CCF 2018_01.qxp_Capa 02/05/18 14:56 Página 1 • proposta de projeto para casa com sala, cozinha, banheiro e 2 quartos • estrutura completa em aço na quantidade certa: sapatas, colunas, telas e telhas • economize custos e tempo na sua obra • uma solução inovadora e única no mercado Liderança mundial em aço. COMPROU, CONSTRUIU, MOROU. COMPRE TAMBÉM PELO SITE WWW.LOJAARCELORMITTAL.COM.BR IMPORTANTE: A proposta de projeto deve ser entendida como uma colaboração da ArcelorMittal, não representando nenhuma responsabilidade técnica. São necessárias análise e verificação por parte de profissional especializado, que também deverá acompanhar a correta execução da obra. Os quantitativos dos materiais estão de acordo com a proposta de projeto apresentada. É importante que o executor da obra faça a verificação desses quantitativos em função do seu procedimento executivo. Construir nunca foi tão fácil 3 editorial Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pre- tendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e deta- lhado em um novo projeto gráfico que valoriza a leitura agradável. Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encon- tram passo a passo todas as etapas da construção até os acabamentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a primeira abrange as fases iniciais para planejar tudo ade- quadamente e executar a obra com perfeição. A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de dicas e alertas importantes desde a compra do terreno, os tipos de financiamento, como con- tratar os profissionais que serão os responsáveis pela construção, materiais básicos, estrutura, fundação, impermeabilização e muito mais. Boa leitura e sucesso na obra! 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 3 LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR ALGUNS DE NOSSO REVENDEDORES REVENDA NOSSOS PRODUTOS E AUMENTE O SEU FATURAMENTO Não perca tempo, entre em contato hoje mesmo com o nosso departamento de revenda. GOIÁS FEITICEIRA MADEIRAS (62) 3481-1561 - Posse MATO GROSSO DO SUL ORQUIDÁRIO ENCANTOS (67) 3471-1017- Iguatemi MARANHÃO POTIGUAR (98) 3190-3000 - São Luiz PARANÁ BALAROTI (41) 3035-8080 - São José dos Pinhais BOUTIN AGRICULTURA E JARDINAGEM (41) 3028-7000 - Curitiba CHÁCARA FLORA DA SUISSA (41) 3286-4948 - Curitiba PERNANBUCO NOVA CAMPO (81) 3031-0500 - Recife SANTA CATARINA JUNKS GARDEN CENTER (48) 3258-0645 - São José SÃO PAULO FORMOSA GARDEN (11) 2115-9595 - São Paulo GARDEN CENTER CIDADE DAS FLORES (19) 3802-9636 - Holambra LEROY MERLIN 4020-5376 (capitais) 0800 020 5376 (demais regiões) REDE CAETANO (15) 3322-5000 - Tatuí Redação Janaína Silva Publicidade Kilma Lima Administrativo Natália Seemann Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea- triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira, Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu- tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor- ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, , Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri- cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos) Impressão Maistyper Distribuição Dinap SA FALE CONOSCO ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br Diretores Luiz Fernando Cyrillo Renato Sawaia Sáfadi Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi- cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opi- nião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. IMPRESSO NO BRASIL. A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra- balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual- quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Arte- sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delí- cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or- quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre. 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 4 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 5 6 índice Inspirações para o projeto 8 Dicas para escolher o melhor lote 12 Confira opções de crédito e o consórcio imobiliário 16 Funções de cada profissional 18 Equipamentos essenciais para garantir a segurança 20 Contrato 22 Como aprovar o projeto 24 Plantase perspectivas 26 Medidas recomendadas para os ambientes 34 Construções acessíveis 36 Dicas para uma boa compra 38 Madeira 40 Aço, cimento e concreto 44 Blocos e tijolos 48 Canteiro da obra 52 Sondagem 54 Terraplanagem 56 Gabarito e piquetagem 60 Deixe a casa longe da umidade 62 Fundação 68 Métodos construtivos 74 Levantando paredes 78 planejamento terreno financiamento mão de obra documentação projeto materiais preparativos iniciais impermeabilização estrutura Contatos 82 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:30 Página 6 7 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:51 Página 7 8 PLANEJAMENTO PARA COMEÇAR QUALQUER PROJETO DE CONSTRUÇÃO, A PALAVRA-CHAVE É PLANEJAR. ESTUDE, ANALISE E ANOTE AS PRINCIPAIS IDEIAS Quem já construiu ou sonha com o refúgio ideal sabe: não há lugar nem horário para imaginar como será a casa. Pensamentos e ideias vêm à tona a qual- quer hora do dia e, claro, devem ser levados em conta (anote tudo sempre!). Isso vale para todas as etapas, faz parte do tão famoso planejamento. Ele deve começar logo na compra do terreno, pois é fundamental verificar insolação, entorno, vizinhança, solo, infraestrutura e segurança. O próximo passo é con- tratar um arquiteto ou engenheiro de confiança e com boas referências no mercado. “Ele poderá orientá-lo em todas as fases, que englobam análise da situa- ção, perspectivas, objetivos, estratégia, plano de ação, execução, programação e controles físico e financeiro”, comenta o designer de interiores Leonardo de Magalhães Pinto, do Rio de Janeiro, RJ. Segundo ele, é importante visitar obras finalizadas para conhecer o trabalho do profissional. Em muitos casos, é melhor contratá-lo antes mesmo da compra do terreno, pois ele também poderá auxi- liar nessa etapa. A partir das primeiras reuniões e con- versas sobre a futura casa, as priorida- des começam a ser definidas. “O primeiro passo é planejar a implantação da casa no terreno. Imaginar a casa, os espaços que serão ocupados e como tudo será estruturado no terreno. Depois, a preo- cupação é com a parte interna. Tudo tem de funcionar da melhor maneira possível”, comenta o arquiteto Paulo Gas- par, de Valinhos, SP. Outra preocupação necessária é conhecer as regras da prefeitura local. Vale pesquisar os recuos mínimos, as late- rais, os fundos, a altura máxima, o códi- go de edificações, a lei de zoneamento do município, bem como o código de posturas e as possíveis áreas de prote- ção ambiental. Importante: não esqueça de uma pala- vrinha mágica – confiança. “Relaciona- mento é feito com confiança e dedica- ção. Quando buscar um profissional, pro- cure alguém que conheca o trabalho. O sucesso do empreendimento está na mão do arquiteto”, aconselha Gaspar. ORÇAMENTO “Quanto maior a experiência do pro- fissional, menor a chance de algum tipo de problema e gastos inesperados”, aler- ta Gaspar. Na opinião dele, é preciso se organizar e contratar um bom profissio- nal, para não aumentar os gastos no decorrer da obra. “Todos os gastos serão verificados com o arquiteto antes da obra se iniciar”, afirma. Além disso, é impor- tante certificar-se de que todas as fases da obra estão inclusas no orçamento, como muros, rampas, calçada, ligações de água e energia elétrica, caçambas, remoções de entulho, frete, taxas para aprovações, cópias de plantas, ISS e INSS a ser recolhido e exigido na época do Habite-se e do averbamento da casa na escritura do terreno, entre outros. FACHADA Ela é o destaque da casa, dá as boas- vindas e traduz os conceitos do projeto. A fachada comprova aquela velha his- tória de que a primeira impressão é, defi- nitivamente, a que fica. Vale contemplar diferentes opções e escolher aquela que combina com os seus sonhos. Pontapé inicial TIC-TAC O cronograma é fundamental para garantir que todas as etapas da obra estejam dentro do espera- do (e que os gastos caibam no seu bolso também). De acordo com Gaspar, para a tarefa ser bem-sucedida, é preciso cui- dado na hora de escolher um profis- sional. “Além de capacitado, o rela- cionamento do profissional com o cliente precisa estar em sintonia para que tudo saia como o planejado”, recomenda. Logo em seguida, a dica é estudar o cronograma proposto. “O bom projeto é aquele que atinge as expectativas do cliente, dentro do orçamento. O resultado tem que agra- dar a todos.” Mas se as horas começarem a passar depressa e a construção não for entregue na data estipulada, não precisa ficar desesperado, pois é uma situação normal. No entanto, é imprescindível questionar os moti- vos dos atrasos para que esses dias não se transformem em meses. “É muito importante respeitar os pra- zos, pois cada cliente possui a sua realidade e o seu cronograma.” Papel e caneta em mãos, hora de anotar as principais etapas: 1 Determine quais funções terá cada profissional; 2 Faça uma lista dos materiais que deverão ser utilizados; 3 Ordene a compra; 4 Verifique os prazos e as datas de entrega para não haver sur- presas; 5 Encontre um local seguro para armazenar os itens que já foram comprados. " @# ]M J o 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:30 Página 8 9 ARQUITETURA De uma forma sintética poderíamos exemplificar a história da arquitetura des- de 3100 a.C, com as estruturas Neolíti- cas ou, logo após, com as Pirâmides de Gizé, no Egito, mas esse não é o objeti- vo deste manual. Vamos pincelar apenas um pequeno período de tempo. Por exemplo, da Ida- de Moderna (1300 d.C. a 1750 d.C.), pegamos um pouco do Renascentismo e do Barroco e, depois, já da Idade Con- temporânea, o Neoclássico, o Moder- nismo e o Pós-modernismo. Com esses ingredientes temos o que mais se pratica e/ou praticou no Brasil. Colonial brasileiro Este estilo, muitas vezes chamado de “casa de fazenda”, é encontrado em todo o território nacional, ora com influências originais portuguesas e muito do Barroco, ora com pitadas do Rococó francês. Modernismo Um estilo que chegou ao Brasil nos anos de 1920 e aqui foi muito bem rece- bido e adaptado, por uma geração que, posteriormente, transformou-se no hall dos grandes mestres que fizeram a dife- rença na história da nossa arquitetura. Pós-moderno Há uma preocupação no traço moder- nista porém com a necessidade de serem mais calorosos, funcionais e humaniza- dos em relação à complexidade para qual a vida urbana evoluiu. Outro “estilo” muito usado no Brasil é o nomeado Rústico, porém podemos encontrar obras modernas rústicas, pós- modernas rústicas, tropicais rústicas, rús- ticas alpinas e assim vai. Portanto, não se trata de um estilo arquitetônico e sim uma adaptação, pelo uso de acaba- mentos que levam um pouco do toque natural nos materiais empregados, sejam eles requintados ou não. Também vamos encontrar no Brasil outros estilos: Gótico; Futurista; Toscano; Art Déco; Vitoriano; Neo-clássico; Bruta- lista etc, mas, como dissemos no início, nosso papel não é disseminar sobre a his- tória da arquitetura e muito menos qua- lificá-la. Esta página é apenas uma intro- dução para que se lembre de pesquisar fachadas e, com isso, fazer sua escolha. Um pouco colonial, um pouco rústica e moderna Rústica, rústica e mais um pouco rústica 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 9 10 Uma verdadeira obra modernista brasileira Casa de campo pós-modernista 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 10 CONSTRUIR www.casadois.com.br ISSN 1518-8272 Nº 205R$ 15,99€ 7,00 Construção mista Em terreno íngreme, casa de estrutura metálica e madeira integra-se à paisagem em patamares Reformas descoladas Soluções reaproveitam materiais, instalações elétricas, estruturas e muito mais Interruptores e tomadas Modelos apostam em design, sofisticação e funcionalidade Sob medida Projetos apresentam marcenaria personalizada para ganhar espaços Uma demão e pronto! Tintas para paredes internas e externas dispensam segunda aplicação e secam em até 4 horas Gramado impecável Irrigação automatizadae poda são peças-chave Fonte de diversãoEscolha sua cascata e decore o lazer 6 projetos de 57 a 1.255 m² CHARMOSOS E COM MUITO ESTILO 10 lavabos de 1,52 a 4,85 m² para se inspirar . 11 A SUA CARA O estilo da sua casa, antes de mais nada, deve ser o seu. Aquele que lhe traz aconchego no dia a dia e, ao mes- mo tempo, orgulho ao receber amigos e familiares. Em todas as edições da revista Construir, confira casas incríveis na praia, campo e cidade para inspirar o seu projeto dos sonhos. Além disso, a Construir traz re- portagens sobre acabamentos, decoração, reforma, novidades no segmento e muito mais... A arquitetura clássica americana que já possui muitos adeptos no Brasil Rústica, moderna ou ambas? 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:54 Página 11 12 TERRENO A ESCOLHA DO TERRENO E O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO PRECISAM DE ATENÇÃO ESPECIAL PARA GARANTIR UMA MORADA IMPECÁVEL Para tornar os sonhos realidade e ini- ciar a obra com o pé direito, o primeiro passo é adquirir o terreno adequado. É importante ressaltar que a tarefa exige muito cuidado e atenção para evitar pro- blemas, pois por trás daquele lote com preço acessível e vistas deslumbrantes podem estar pessoas de péssima con- duta que desejam repassar um terreno sem documentação ou com irregulari- dades, por exemplo. Antes mesmo de pensar em comprar, é importante contratar um arquiteto ou engenheiro, independentemente de o terreno ser em um bairro ou condomí- nio, pois os profissionais analisarão suas características e dirão se é ideal ou não para o tipo de construção solicitada. “O terreno é o maior fator que pode- rá limitar a realização de um projeto. Ele traz características particulares como insolação, formato, ventos, restrições de legislação, topografia e se conta ou não com uma bela vista", ressalta a arquiteta Patrícia Aguiar, de São Paulo, SP. Segundo a profissional, o arquiteto reconhece imediatamente o potencial dos terrenos, identificando os lotes que permitam a forma mais rápida e barata de construir. De acordo com o arquiteto Rogério Makssur Ajub, de Pouso Alegre, MG, ao comprar um terreno é essencial confir- mar a legalidade em um Cartório de Registro de Imóveis. Em seguida, deve- se levar em conta a disposição do lote na quadra, pois os de esquina, por exem- plo, são mais valorizados, já que pos- suem duas fachadas, melhor ventilação e iluminação natural. "Outra dica é ana- lisar sua localização na cidade, se está próximo de supermercados, pontos de ônibus e metrô e bancos. Vale se infor- mar também, junto ao Código de Obras, a questão da disponibilidade da área per- mitida para a construção", diz Ajub. Comece com o pé direito DOCUMENTAÇÃO Ao finalizar a compra, não esqueça de solicitar ao vendedor e proprietário alguns documentos importantes como: 1 Certidão negativa de débito de Imposto Territorial Urbano (IPTU); 2 Certidão Vinterária que contém o histórico dos 20 anos e informações de vendas anteriores, penhora ou hipoteca; 3 Certidão dos Distribuidores Forenses (Cíveis, Fiscais e Justiça Federal); 4 Certidão de Ônus Enfitêuticos; 5 Certidão de Ônus Reais do Registro de Imóveis; 6 Cópia da Escritura Pública e Registro de Imóveis; 7 Certidão do Registro Geral de Imóveis (RGI); 8 Averbação das obras existentes no terreno. 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:43 Página 12 13 SOLO É um elemento que deve ser obser- vado com atenção, pois cada terreno tem suas características geológicas e é formado por mais de um tipo de solo. Por isso, é fundamental contratar uma empresa para realizar a sondagem do local. Dessa maneira, é possível que o engenheiro especializado em cálculo estrutural especifique as fundações mais indicadas para o seu projeto. INSOLAÇÃO É um fator muito importante e deve ser analisado cuidadosamente antes de realizar a compra, independentemente de o lote ser em local aberto ou em con- domínio. Afinal, a boa luminosidade e o conforto térmico garantem o aconche- go e valorizam (e muito!) o imóvel. Assim, a dica é identificar em qual lado está o norte magnético. TOPOGRAFIA É um dos itens que mais influencia- rão o formato e os custos do projeto. Existem três opções: plano, em aclive ou em declive. Se a pessoa não quer uma casa com diversos níveis e patamares, o mais indicado é adquirir um lote plano. Os acidentados permitem uma constru- ção com mais vista e arquitetura em níveis. Para quem deseja um projeto com área de lazer ampla, a melhor opção é um terreno plano e extenso. Construir sem seguir as características topográficas do local gera maior custo TERRENO EM DECLIVE TERRENO EM ACLIVE TERRENO PLANO ao projeto. Mas, se o proprietário dispor de uma área plana e decidir por uma construção em níveis, irá gastar com a movimentação de terra e estrutura. ÁGUA, LUZ E ESGOTO É preciso verificar se o local conta com estrutura para a ligação de água, luz e rede pública de esgoto. A infraestrutura deve ser executada durante a obra de acordo com o projeto executivo e a liga- ção de água e luz deve ser solicitada à concessionária de sua cidade. TERRENOS EM CONDOMÍNIOS Morar em locais com segurança pró- pria é sinônimo de tranquilidade. No entanto, algumas regras são diferentes. Nos condomínios, as vias são particula- res e de responsabilidade dos morado- res. Nos loteamentos fechados, são públi- cas e os reparos dependem de uma con- cessão firmada entre a prefeitura e a Associação dos Proprietários. Outro item que merece atenção diz respeito ao aces- so de visitantes. Nos condomínios é necessário se identificar e ser autorizado pelos proprietários, enquanto nos lotea- mentos a entrada é liberada. Os condo- mínios possuem legislação própria quan- to ao padrão e ao tipo de edificações. Em loteamentos, geralmente não há re- gras específicas. Porém, quando existem, o projeto deve ser aprovado na associa- ção de proprietários (se houver) e depois na prefeitura. DICAS PARA UM BOM NEGÓCIO 1. Verifique se o condomínio, o loteamento e o terreno estão legali- zados na prefeitura. Peça a matrícula no Cartório de Registros de Imóveis da Comarca. Eles também precisam de licença ambiental. 2. Certifique-se de que o empreendi- mento está finalizado, com as devi- das instalações de água, luz e esgoto. 3. Taxas como as do Imposto Territo- rial Urbano (IPTU) devem estar em dia. Solicite também certidões negati- vas das taxas de condomínio. No caso de loteamentos fechados, é pre- ciso averiguar se não há pendências com a Associação dos Proprietários. 4. Outro documento de extrema importância é o termo de vistoria e entrega das obras, conhecido como Habite-se. 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 13 14 Mesmo que você tenha encontrado o terreno perfeito, não feche negó- cio antes de questionar alguns pon- tos junto à prefeitura. 1. Que tipo de construção pode ser feita? 2. Quantos pavimentos podem ser construídos? 3. Qual a porcentagem de ocupa- ção do terreno? 4. A área é de reserva ambiental? 5. Está embargada pela defesa civil? 6. Está em processo de desapro- priação? 7. Se o terreno for de loteamento, procure saber se foi aprovado na prefeitura e se não há pendências como de infraestrutura. 8. Verifique se está registrado no nome de quem está vendendo. Caso não esteja, precisará solicitar escrituras anteriores e, provavel- mente, terá de pagar uma taxa para regularizar a situação. 9. Se o solo estiver coberto de mato, solicite ao vendedor o corte para melhor avaliação das caracte- rísticas da área. 10. Por último, averigue se o ter- reno apresenta demarcações bem definidas em campo, pois após a compra receberá uma planta com medidas e ângulos assinada pelo responsável técnico que efetuou o levantamento topográfico. Atenção: Depois de examinadas todas as respostas e ter a documen- tação em dia, o próximo passo é a contratação de um advogado para redigir o contrato de Compromisso de Compra e Venda de Imóvel apre- sentando tudo o que foi decidido entre as partes envolvidas. Verifique atentamente se o valor, a formade pagamento, os reajustes e a descri- ção do terreno que será adquirido estão corretos. Durante essa etapa não esqueça de reservar recursos para as despe- sas com o Imposto sobre Transmis- são de Bens Imóveis (ITBI). Com todos os documentos em mãos, pro- cure o Cartório de Registro de Imó- veis e registre a escritura. Para fina- lizar, faça a transferência do lança- mento de IPTU para seu nome. CONTRATO Grande parte dos empreendimentos possui um contrato padrão, no qual estão especificados itens como a legisla- ção do local e a metragem mínima de área construída. Alguns condomínios definem também se as casas deverão ter a mesma fachada, o que impossibilita reformas. Para evitar problemas e dores de cabeça, leia atentamente cada cláu- sula. As dúvidas podem ser sanadas com empreendedores ou advogados. COMPRA DE TERRENO NO LITORAL Se faz parte dos seus sonhos adquirir um imóvel na praia, é preciso estar aten- to a alguns itens. O primeiro passo é veri- ficar se o lote está legalizado e quais são as características e infraestrutura da área. É importante visitar o local, somente lá é possível verificar insolação, vizinhança e as reais condições do terreno. Outro ponto fundamental é contar com o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro durante a visita. Ele irá ava- liar se o lote possui as dimensões míni- mas para a construção da casa, o tipo do solo e o nível do lençol freático. Não esqueça de consultar na prefei- tura da cidade se o terreno pode ser comercializado. Deve-se confirmar o que está especificado na escritura e, se estiver situado em loteamento ou condomínio, não esqueça de perguntar a data exata da entrega de toda a infraestrutura. Antes de fechar negócio, consulte o código de obras municipal, o plano diretor do município e os órgãos locais ligados ao meio ambiente. Se a resi- dência estiver de frente para a praia, verifique a distância da edificação do ponto atingido pela maré alta. Veja tam- bém se o Código Florestal, que é fede- ral, impõe alguma restrição para a cons- trução no terreno e se o imóvel é con- siderado patrimônio da União, pois mui- tas áreas da orla marítima se enqua- dram nessa categoria. Gostou da ideia? Então prepare o bol- so. Além dos valores a serem gastos com a compra, é preciso separar dinheiro para taxas extras, como o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso 'Inter Vivos' (ITBI), que equivale a 2,5% do imóvel, taxa para a escritura do imóvel e registro e Laudêmico da Marinha, cobrado pelo governo federal para imóveis situados na faixa litorânea a até 80 m do mar. FIQUE ATENTO! MURO Assim como as demais etapas da obra, a construção deve ser bem planejada e estar de acordo com o código de obras de cada município, que determina fato- res como as alturas mínimas e máximas, por exemplo. Devem ser analisados ain- da pontos importantes para que os pro- blemas decorrentes de uma má execu- ção não acarretem em brigas com a vizi- nhança. O primeiro passo é certificar-se, pela escritura, quais são as dimensões do terreno para que seja construído den- tro dos limites do seu lote. Procure tam- bém levantar o muro na mesma altura do construído aos lados a fim de criar uma elegância estética, evitar aquelas faixas acima do seu ou causar discussão com os vizinhos. Lembre-se que cada lado do muro é responsabilidade do respectivo proprie- tário, sendo que cada um deve arcar com a manutenção. Por isso, é indicado que seja rebocado e impermeabilizado, pois se a falta destes itens resultar em proble- mas de infiltração no muro vizinho, o pro- prietário poderá ser processado. Em casos de problemas: recla- mações sobre a altura, principalmente quando atrapalha a visão da paisagem ou a luz solar; a construção do muro fora dos respectivos limites; a execução de uma casa na divisa junto ao muro que você construiu; e os casos de umidade e infiltração de água devido à falta de TERRENO 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 14 15 reboco e impermeabilização são os prin- cipais motivos de desentendimentos. Nesses casos, a primeira providência é conversar e tentar entrar em acordo, que muitas vezes pode ser mais rápido e sem transtornos. Caso contrário, terá que bus- car a Justiça e tomar as medidas cabíveis nos órgãos públicos como o Ministério Públi-co. Porém, nesses casos a solução geralmente demora. CALÇADAS Elas devem ser funcionais, ter bom espaço para circulação e planejadas durante a criação do projeto arquitetô- nico. O proprietário da residência é o responsável pela construção e manu- tenção, independente da obra estar ou não dentro de um condomínio. “A boa execução melhora a qualidade de vida e garante o respeito às pessoas com mobilidade reduzida”, afirmam os arqui- tetos Marcela Lamonato e Tiago de Oli- veira Caligiuri, de Santos, SP. Antes de construí-la, é necessário ana- lisar o plano diretor da cidade e suas legislações, além de verificar se existe espaço físico adequado. “Em relação ao projeto, deve-se conferir se o local possui o mínimo possível de degraus, rampas e declive superior a 2% em direção à guia, para o escoamento das águas das chuvas”, explicam. Entre as especifica- ções exigidas estão: superfície regular, firme, contínua sem qualquer emenda e ser antiderrapante. Em relação à lar- gura, é recomendável que tenha 1,50m. “Em locais com maior espaço físico, pode-se projetar uma faixa verde ou, se necessário, rampas, postes de luz, sina- lizações, lixeiras, entre outros itens”. Os arquitetos recomendam consultar as legislações municipais e ficar alerta para as inclinações e largura do projeto, evi- tando-se obstáculos no percurso para evi- tar quedas e acidentes. “A acessibilidade de uma calçada não se limita apenas aos cadeirantes, mas também às mães com carrinhos, aos cegos e aos idosos.” Para melhorar a permeabilidade de águas pluviais, principalmente no verão quando são frequentes os picos de chuva com maior intensidade e em um menor tempo, os profissionais indicam usar, ao máximo, jardins e pisos permeáveis. Escolha correta: além da estética, a escolha do piso é fundamental para a execução de uma calçada apropriada ao tráfego de pessoas. Atualmente, existem no mercado inú- meros tipos de piso. É indicado escolher sempre os de superfície contínua e que sejam antiderrapantes, resistentes e durá- veis. Caso ocorram acidentes, o pro- prietário da casa pode, inclusive, res- ponder judicialmente. Em relação ao projeto, os revesti- mentos escolhidos devem combinar com o contexto do imóvel e que estejam de acordo com os projetos arquitetônico e paisagístico. Os pisos de cimento quei- mado são os mais usados em vias públi- cas, mas pecam na estética e possuem quase nenhuma permeabilidade. Já os tipo cimentício são visualmente agradá- veis, adaptam-se a qualquer tipo de ter- reno e são extremamente permeáveis. PAISAGISMO Deve ser analisado e planejado com muita atenção para não prejudicar a cal- çada. O primeiro passo é verificar a legis- lação do município. “Cada cidade tem leis próprias e guias de autorizações urba- nas que abordam todos os tópicos neces- sários para a implantação de espécies”, conta o engenheiro agrônomo e paisa- gista Alexandre Galhego. A seguir, são analisados itens como a estrutura da cal- çada, a presença de fiação e o tipo de tráfego no local. Evite árvores com frutos grandes (que podem machucar pessoas e automóveis), com raízes agressivas (que danificam a calçada) e com curto tempo de vida. Em áreas de muito movimento, é preciso implantar espécies que não machuquem e não atrapalhem a vista dos semáforos e das placas de trânsito. ÁRVORES NO TERRENO Para o corte ou poda de espécies ver- des existentes no lote é preciso pedir uma autorização à prefeitura e aos outros órgãos competentes como o Departa- mento Estadual de Proteção de Recur- sos Naturais (Deprn). Fique atento, pois os documentos exigidos variam confor- me a legislação municipal. Após vistorias feitas por técnicos, serão avaliados itens como as condições bio- lógicas da árvore, assim como as interfe- rênciasna arquitetura ou nas edificações do entorno. Geralmente, quando é auto- rizada a retirada de uma árvore, o pro- prietário da obra deverá fazer a com- pensação, ou seja, replantar outros exem- plares no local ou doar algumas mudas para os órgãos municipais responsáveis utilizarem as espécies adequadamente. Acima, uma solução dada pelo arquiteto paisagista Raul Pereira, de São Paulo, SP, onde as árvores não foram movimentadas e completam o projeto da varanda Ao lado, um exemplo de escolha de espécie mal feita, onde além da ruptura da calçada poderá também comprometer a fundação do muro 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 15 financiamento 16 Tudo começa com pesquisas sobre as linhas de crédito imobiliário disponíveis. A Caixa Econômica Federal oferece empréstimos desde a aquisição do terre- no até a compra de materiais para a cons- trução e acabamentos. Os demais ban- cos também oferecem opções de finan- ciamento. Há, ainda, o consórcio imobi- liário como alternativa para os estão pla- nejando construir ou comprar um imó- vel, mas não têm necessidade imediata. O interessante é estabelecer uma modalidade, valor estimado e padrão de imóvel a ser construído e comparar as possibilidades de crédito disponíveis em simuladores de instituições de crédito. O economista Alessandro Francisco ressal- ta que muitos são os itens a serem leva- dos em consideração antes de embarcar em uma dívida de alto valor e que pode comprometer grande parte da renda. “O adquirente tem que colocar tudo o que vai pagar, não só o financiamento. Tudo tem que ser bem planejado”, orienta. CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO Os especialistas da Associação Brasilei- ra de Administradores de Consórcio (Abac) e Rafael Boldo, Gerente da Porto Seguro Consórcio esclarecem as principais dúvi- das sobre a alternativa de crédito. 1. O consórcio imobiliário é uma opção de crédito bastante vantajosa, pois pos- sui encargos baixos, ausência de juros, parcelas acessíveis e prazos de paga- mentos mais amplos, com possibilida- des de adequação ao tempo e valor das parcelas. 2. Além do público habitual, formado por pessoas mais velhas e que olham a modalidade como uma forma de ampliar o patrimônio, esta tem sido uma saída encontrada por muitos bra- sileiros que não podem realizar uma compra à vista e que tampouco podem arcar com os juros do financiamento da casa própria. 3. Carta de Crédito é a denominação utilizada para identificar o crédito do consórcio. Trata-se de uma ordem de faturamento emitida pela administrado- ra, com a qual o consorciado irá adqui- rir o imóvel de sua livre escolha. Para tanto, deverão ser apresentadas as garantias exigidas pela administradora, de forma a preservar os interesses dos próprios consorciados. 4. Os créditos do consórcio imobiliário servem tanto para quem deseja adquirir um imóvel novo, construir em terreno próprio, reformar ou quitar um financia- mento imobiliário. Ao quitar o financia- mento o cliente passa a pagar as parcelas do consórcio – que não possuem juros. Se o consorciado já possuir um terreno é possível realizar a construção da casa com o crédito ao ser contemplado. 5. No caso de reformas, é preciso consi- derar o tipo de mudança. Se houver alte- Em parcelas FINANCIAR OU FAZER UM CONSÓRCIO SÃO OPÇÕES PARA CONCRETIZAR O SONHO DA CASA PRÓPRIA 16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 16 17 LINHA DE CRÉDITO MODALIDADE RENDA BRUTA TAXA (A.A + TR) PRAZO (MESES)MIN MAX MIN MAX Aquisição imóvel MCMV (FAIXA 1,5) novo de empreendimentos até R$ 2.600,00 4,59% 5,11% 120 360 produzidos no âmbito do Programa MCMV Imóvel novo Aquisição de terreno MCMV (FAIXAS 2 e 3) e construção até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360 Construção em terreno próprio Carta de Crédito até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360 FGTS Imóvel Novo Pró-Cotista Imóvel Usado Sem limite 7,85% 9,01% 60 360 Aquisição de terreno Carta de Crédito e construção SBPE (SFH) Construção em Sem limite 9% 10,25% 156 420 terreno próprio Carta de Crédito SBPE (SFI) Sem limite 10% 11,25% 120 420 Aquisição de materiais de construção, armários Construcard embutidos, piscinas, elevadores, aquecedores Não se aplica 1,69% 3,95% 24 240 solares, aerogeradores e equipamentos de energia fotovoltaica. ração na estrutura física do imóvel, como ampliação de paredes e tetos, a modali- dade é indicada. Contudo, se estiver liga- da a pequenos reparos, como serviços de hidráulica, marcenaria, pintura, paisagis- mo etc, há a possibilidade de utilização de crédito oriundo do consórcio de serviços. 6. O consorciado pode comprar um imóvel de terceiro, financiado, e quitar a dívida utilizando seu crédito, substi- tuindo as parcelas altas e com juros por menores e com prazos mais curtos. Ou, se preferir, pode aguardar por uma boa oportunidade de negócio sem perder valor de compra. 7. Na prática, o tempo médio de espe- ra pela contemplação do sorteio depen- de da necessidade do cliente. Há situa- ções em que é possível ofertar um lance e ser contemplado no início do contra- to. Mas, há quem prefira receber o cré- dito a médio ou longo prazo e, por isso, assume as parcelas mês a mês. O cliente somente não participa do sorteio e do lance se não pagar a parcela em dia. O lance pode ser realizado em qualquer mês ao longo do período de duração do grupo, seja pessoalmente, via internet ou pelo "fone-cota", no dia da assembleia. O cliente somente pagará o valor caso seja um dos lances vencedores. 8. 100% do saldo do FGTS pode ser uti- lizado para ofertar lances, complemen- tar a carta de crédito ou, ainda, amorti- zar o saldo devedor, aumentando as chances de contemplação 9. A parcela do consórcio de imóveis é reajustada anualmente, de acordo com o estabelecido em contrato, ou seja, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). A cada reajuste da parcela, o crédito também será reajusta- do, possibilitando a manutenção do poder de compra do consorciado. 10. Ao optar pelo consórcio como moda- lidade de investimento, é fundamental que o cliente saiba avaliar as administra- doras disponíveis. É preciso verificar o his- tórico da empresa e, se possível, solicitar referências de quem já contratou um con- sórcio com ela. Levantar a taxa adminis- trativa que é cobrada, o valor de fundo de reserva e se oferece seguro de vida ou não também são fatores importantes. Além desses, o índice de contemplação mensal é bastante relevante, pois indica a solidez dos grupos formados pela admi- nistradora, o que impacta diretamente nas chances de contemplação dos parti- cipantes do grupo. Para que seja possí- vel fazer uma análise bem completa, ter o suporte de um profissional especializa- do, como o Corretor, pode ser decisivo neste processo de escolha. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL * Dados pesquisados em abril de 2018 Programa MCMV – Minha casa minha vida • SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo • SFH - Sistema Financeiro da Habitação • SFI - Sistema de Financiamento Imobiliário 16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 17 mão de obra Acerte na escolha SAIBA QUAIS SÃO OS CARGOS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS EM UMA OBRA E NÃO ERRE NA SELEÇÃO Pense bem, você saberia dizer qual é a função dos profis- sionais que trabalham para construir uma residência? Cada um desempenha um papel muito importante e funda- mental para tornar real o sonho de mui- tas pessoas. Contratar a equipe pode gerar algumas dúvidas. Afinal, é uma etapa que exige muito cuidado e atenção. “É sempre bom pedir o auxílio de um pro- fissional especializado, pois ele irá ava- liar a quantidade de trabalho que será executado, levando em conta alguns critérios como estética, estrutura e ins- talações”, conta o arquiteto Paulo Gas- par, do escritório Pupo + Gaspar, de Valinhos, SP. Também vale a pena conhecer obras já executadas e ter referências dos profissionais com familiares e ami- gos. “Se a mão de obra não for de qualidade, além de prejuízos como a perda de materiais e o atraso no prazo de entrega,muitos serviços terão de ser refeitos”, comenta o arquiteto. Não esqueça de verificar se os pro- fissionais estão registrados junto ao órgão de sua classe: Conselho Regio- nal de Engenharia e Agronomia (Crea) para engenheiros, técnicos e tecnólo- gos da área; e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau) para arquitetos. Além disso, elabore um contrato no qual estejam especificadas as responsa- bilidades e condições de pagamento. Confira o papel de cada membro do time de construção! Arquiteto >> Dentre os papéis do profissional estão os de supervisão, coordenação, orientação técnica, coleta de dados, estudo, planejamento, proje- to, estudo de viabilidade técnica e ambiental, vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, elaboração de orçamento, entre outras. É um dos cargos de extrema importân- cia em qualquer obra e em todas eta- pas e é ele quem realiza o projeto pen- sando nas escolhas dos clientes. 18 Engenheiro civil >> É o responsável pelos projetos técnicos e pela execu- ção da obra. O profissional tem de acompanhar todas as fases da constru- ção e elaborar planilhas de custo da residência, além dos projetos de estru- tura e de instalações hidráulica e elétri- ca. O engenheiro deve marcar presen- ça na obra desde o primeiro passo (exemplo: implantação do canteiro) até a entrega das chaves. Trabalha em par- ceria com o arquiteto. Engenheiro especializado em cál- culo estrutural >> Realiza os projetos estruturais – responsáveis por garantir estabilidade e resistência. De acordo com as normas técnicas da ABNT, com a sondagem do terreno e o projeto arqui- tetônico, ele define a fundação, a estru- tura e a posição de pilares, lajes e vigas. Engenheiro especializado em elé- trica >> Projeta as instalações elétricas, de telefone, TV a cabo e sistema de sons, entre outros. Analisa o projeto arquitetônico, calcula a potência de energia ideal para o consumo e deter- mina a entrada necessária (de acordo com a ABNT). Dimensiona e prevê a localização para o quadro elétrico. Engenheiro especializado em hidráulica >> Desenvolve o projeto de hidráulica, prevê as instalações e os sistemas de água, esgoto, gás e águas pluviais. Faz os cálculos de vazão e pres- são, desenhos e memoriais descritivos (indica o local para a instalação de cai- xas d'água, aquecedores, bombas de pressurização e caminhos de tubos de água quente e fria). 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:07 Página 18 19 Tecnólogo em construção civil – modalidade edifícios >> Está habilitado a planejar, administrar, exe- cutar obras e fiscalizar serviços. Pode elaborar orçamentos e memoriais des- critivos, além de especificar materiais, fazer controle de qualidade, gerenciar equipes e realizar análises e estudos sobre o empreendimento. Técnico em edificações >> Fiscali- za, executa, orienta e coordena os ser- viços de construção, instalação e manutenção da obra. Deve selecionar também documentos específicos para construção, liderar equipes de traba- lho, fazer vistorias e controle de quali- dade dos materiais e do sistema cons- trutivo. A formação exigida é o nível médio. Atenção: esse profissional não pode ser responsável por construções acima de 80 m². Topógrafo ou engenheiro agrimensor >> Faz o levantamento topográfico do terreno e desenvolve as plantas com curvas de nível (res- ponsáveis por mostrar as característi- cas de nivelamento do lote). O topó- grafo tem nível médio e o agrimensor, superior. Mestre de obras >> Está presente na obra todos os dias para garantir que as ordens do engenheiro sejam cumpridas (tudo deve estar de acordo com as normas, com os prazos e espe- cificações). Analisa a mistura do con- creto, as medidas das formas, as espessuras e quantidade de ferro, e o alinhamento das paredes e das tubula- ções. Não há formação acadêmica destinada à função, mas o profissional deve ter total conhecimento de todas as etapas da obra. Dependendo da construção, o mestre de obra realiza as atividades do empreiteiro (e vice-versa). Empreiteiro >> Orienta e coordena a mão de obra da construção. Controla tudo o que acontece durante todas as etapas. Quando for especi- ficado no contrato, também pode ser o responsável pela compra de materiais de construção e acabamento. Encanador >> Executa o projeto de instalação hidráulica que foi desenvolvi- do pelo engenheiro. Instala o ponto de água e, mais tarde, encaixa as tubula- ções de passagem. Armador >> Executa os serviços que antecedem a construção de estruturas, como lajes, vigas e pilares. Participa desde a fase de execução das funda- ções até a conclusão da laje. Instala a armadura dentro da estrutura: dobra, corta e monta os ferros estruturais. Eletricista >> Faz as ligações provisó- rias e definitivas de luz elétrica e realiza a instalação de telefones. É o profissio- nal apto a interpretar as plantas de elé- trica desenvolvidas pelo engenheiro. Pedreiro >> É o responsável por exe- cutar a alvenaria, a concretagem e o assentamento de pisos, pastilhas e azu- lejos. Cuida da argamassa e de outros materiais usados na construção. Servente >> Ajuda todos os traba- lhadores da obra, transportando materiais e preparando a arga- massa. Serralheiro >> Compõe esqua- drias, grades de proteção, esca- das e demais trabalhos. Encarregado >> Quando o mestre de obras está ausente, é ele quem assume o comando. Acompanha de perto todas as etapas. Telhadista >> É um carpinteiro espe- cializado na montagem de telhados. Deve ter noções de desenhos técnicos, o que facilita a leitura da planta desenvolvida pelo engenheiro. Pintor >> Faz todo o trabalho de pintura da residência – áreas interna e externa. Deve solicitar o material necessário. Gesseiro >> Desenvol- ve componentes de ges- so (forros e sancas). Decorador >> Planeja a disposição dos móveis e o aproveitamento dos espaços. Especifica objetos de decora- ção e materiais de revestimento. Pos- sui formação acadêmica em arquitetu- ra ou design de interiores. Paisagista >> Deve ter formação em arquitetura, engenharia agrônoma ou um curso de especialização em paisa- gismo. Suas principais funções são ela- borar e executar os projetos do jardim, especificação das espécies adequadas e orientação dos serviços de jardinagem. Pode projetar fontes, lagos, gazebos, cascatas e pergolados. Jardineiro >> “Coloca a mão na mas- sa” e dá vida ao projeto desenvolvido pelo paisagista. 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 19 Trabalhadores sem luvas. Capacetes então, nem pensar! Equipamentos em condições precárias e jornadas que duram muito mais do que deveriam. Como você pode ver, está tudo errado! Essas situa- ções descrevem as características que uma obra não deve ter. Há diversas condições que garantem a segurança dos profissio- nais envolvidos. Para evitar acidentes, bas- ta segui-las com cuidado e atenção. Esse procedimento é indispensável, já que os trabalhadores tomarão conhecimento de todas as normas, dos equipamentos necessários e como devem agir em deter- minados casos. Para os empregadores, a dica princi- pal é pesquisar e estudar todas as leis, regras e indicações do Ministério do Tra- balho. Essa medida evita problemas futu- ros e faz com que as empresas conhe- çam e estejam dentro da lei. Depois de conhecer quais são os direitos e os deve- res das empresas e dos trabalhadores, é fundamental garantir condições corretas de trabalho. É preciso verificar andaimes, escadas e oferecer todos os acessórios e equipamentos que devem ser usados nas etapas da obra. Outra medida eficaz é a realização de vistorias constantes, a inspeção periódica é fundamental. O procedimento deve ser feito por um técnico em segurança. Ano- tou todas as etapas básicas? Agora é hora de conhecê-las mais de perto! CAMPEÕES DE INCIDÊNCIA Lesões nas mãos e na coluna são os acidentes que acontecem com maior fre- quência. Os mais comuns são cortes e contusões. O carregamento de excesso de peso também resulta em sérios pro- blemas à saúde. Para evitá-los, é funda- mental usar luvas, carrinhode mão para transporte de materiais e adotar um rodí- zio de trabalhadores. DENTRO DA LEI O Ministério do Trabalho possui 35 normas que regulamentam a segurança no trabalho. A NR 18, por exemplo, engloba questões preventivas, doenças ocupacionais e condições de conforto e higiene dos trabalhadores na indústria da construção civil. O descumprimento de uma delas pode se transformar em dores de cabeça para os empregadores. Quando acontecer um acidente, é pre- ciso verificar as causas e avaliar quais serão as consequências. Em casos de aci- dentes convencionais, a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é de responsabilidade da empresa. Atenção: o empregador está sujei- to a penalidades se não assegurar as condições de trabalho adequadas. Importante: Toda empresa deve sub- meter seus trabalhadores a um exame médico antes de iniciar as atividades na obra. O procedimento tem de ser específico para cada função e determina se o empre- gado está apto para realizar o trabalho. mão de obra Total segurança EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CUIDADO SÃO FUNDAMENTAIS PARA EVITAR ACIDENTES EM OBRAS COMO AGIR EM CASOS DE ACIDENTES 1º passo: atender o trabalhador ime- diatamente; 2º passo: a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa; 3º passo: é fundamental convocar uma reunião extraordinária da Comissão Inter- na de Prevenção de Acidentes para ana- lisar o acidente ocorrido; 4º passo: o profissional deve procurar um médico especialista e, se necessário, ficar afastado da obra. Os primeiros 15 dias são pagos pela empresa. Caso esse período não seja suficiente, é preciso dar entrada no Ministério da Previdên- cia Social (INSS). *É dever da empresa o pagamento da aposentado- ria por invalidez acidentária (ele deve ser efetuado com o acréscimo de 25% se o trabalhador necessi- tar de assistência permanente). O profissional tam- bém tem garantia de contrato com empresa pelo prazo mínimo de 12 meses depois do término do au- xílio doença acidentário. 20 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:45 Página 20 21 FIQUE ATENTO SEGUNDO A NORMA REGULAMENTADORA 4, DO MINISTÉRIO DO TRABALHO: • Empresas de construção civil com mais de 50 empregados devem possuir técnico de segurança do trabalho presente no canteiro de obras; • Estabelecimentos com mais de cem funcioná- rios devem contar com dois técnicos de segu- rança do trabalho, um engenheiro de seguran- ça do trabalho e um médico do trabalho; • É fundamental existir um grupo de prevenção de acidentes (Cipa) e um técnico de segurança para orientação. BOTAS OU SAPATOS ADEQUADOS indispensáveis em regiões inundadas. O solado dos sa- patos deve ser de poliuretano e a biqueira, de aço (o que evita lesões se alguma ferra- menta cair sobre os pés) CAPACETE DE SEGURANÇA Garante a proteção da cabeça em situações de impactos e de queda de objetos. Também deve ser usado por quem visita a obra PROTETOR AURICULAR Protege os ouvidos contra ruídos. De acordo com as normas, o limite é de 85 db por oito horas de exposição ÓCULOS DE PROTEÇÃO Devem ser usados em demolições, carpinta- ria, armações de aço, estrutura de concreto e metálica, soldagem, alvenaria, trabalhos químicos ou com maçarico, entre outros LUVAS Obrigatórias em qualquer obra, são responsá- veis pela segurança das mãos e dos punhos PROTETOR RESPIRATÓRIO Protege as vias respiratórias da absorção de poeira. Deve ser usado durante a pintura, soldagem e trabalhos com estrutura metálica PROTETOR FACIAL É de uso obrigató- rio e evita lesões nos olhos CINTOS DE SEGURANÇA São obrigatórios e podem ser encontrados em duas versões – abdominal (usado em situações com necessidade de limitação dos movimentos) e para-quedista (em atividades realizadas a mais de 2 m de altura) Cabo-guia ou de segurança: deve estar ancorado à estrutura, pois nele são fixadas as ligações dos cintos de segurança. Dispositivo limitador de cur- so: permite uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível. Gaiola de proteção: evita a que- da de pessoas envolvidas na obra. Rodapé e guarda-corpo: devem estar em passarelas e ram- pas e são usados para impedir a queda de materiais e pessoas. Plataforma de proteção: é ins- talada no perímetro da edificação e apara materiais em queda livre. Rede de proteção: fabricada com material resistente e elástico, é a responsável por amortecer a queda do trabalhador. Trava de segurança: sistema de travamento de máquinas e elevadores, que funciona durante os acidentes. EQUIPAMENTOS COLETIVOS ALGUNS DOS EQUIPAMENTOS INDISPENSÁVEIS 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 21 22 contrato Acordo certeiro A ESCOLHA DO PROFISSIONAL É PRIMORDIAL PARA IDENTIFICAR OS DESEJOS DOS PROPRIETÁRIOS E IMPRIMI-LOS NO PROJETO DE MANEIRA NATURAL Ao contratar um arquiteto, o que é mais importante? Você deve procurá-lo de acordo com a proximidade do local da obra? Buscar orientação com vizinhos e amigos? É fundamental que ele tenha parceiros para executar a obra ou que trabalhe sozinho e seja responsável por todas as etapas da construção? Esses questionamentos passam pela cabeça de quem está prestes a convocar o pro- fissional. Afinal, é a chave do sucesso da obra. Por isso, os arquitetos aconselham que seja feita uma reunião para conhe- cer melhor o estilo de cada um. O primeiro encontro é essencial para ouvir os desejos e as necessidades do cliente e definir o que pode ser projeta- do com o orçamento disponível. Com o sinal verde do futuro proprietário, os pro- fissionais entram em ação. COMO SÃO COBRADOS OS SERVIÇOS Durante a contratação podem ser ofe- recidas a elaboração de anteprojeto, pro- jeto, execução e acompanhamento de obras, projeto para interiores e até mes- mo desenho de mobiliário. Os valores dependem de cada região, profissional, obra, número de visitas com- binadas e serviços oferecidos. A forma de pagamento também varia. Alguns combinam por preço global ou preço fechado, outros por administração ou ainda por preço unitário. Confira os modelos de contratos mais usados pelos profissionais: Preço global ou fechado O contratado deve receber o valor cer- to e total, que foi combinado previa- mente. Antes de executar um serviço, todos os detalhes do projeto devem ser acertados, o que garante agilidade e autonomia para o profissional na hora de tomar as decisões. Há estimativas de custos e, caso a execução da obra tenha gastos extras, os prejuízos ficam para o arquiteto. Preço unitário Não há a prévia fixação do valor da obra, mas apenas a definição do preço para certa medida. O contratado recebe conforme a execução dos serviços, um método muito utilizado em situações em que é difícil estabelecer de antemão o que deve ser feito, como em reformas. O pro- prietário precisa estar atento aos gastos desnecessários durante a obra, pois corre o risco de gastar mais do que o previsto. Administração O proprietário pode ou não ficar res- ponsável pela compra de materiais. É possível contratar um arquiteto, enge- nheiro ou empresa gerenciadora de obras para essa tarefa, assim como na liberação de pagamentos, mediante aprovação dos serviços, definição dos acabamentos e administração de servi- ços extras. Pela gestão, o contratado recebe um percentual do valor do empreendimento, em geral, entre 10 e 15% sobre todos os gastos da obra. CONTRATO Com tudo planejado e valores defini- dos, é hora de realizar o acordo. O docu- mento é fundamental para garantir tran- quilidade desde o início da obra até o dia da entrega das chaves. É uma refe- rência para toda e qualquer dúvida que possa surgir durante a prestação de ser- viços, pois ficam estabelecidos prazos, que devem ser cumpridos pelo profis- sional, frequência com que deve estar presente na obra, serviços que precisa entregar, datas definidas para efetuar pagamentos etc. Lembre-se sempre em reconhecer as firmas do documento. Quando há des- cumprimento de alguma cláusula, as partes podem ser atestadas por notifi- cações extrajudiciais, que resguardam interessesdo inocente e induzem o ina- dimplente a discutir um acordo. Con- tudo, deve-se ter muito cuidado ao redigir esses documentos. Qualquer declaração mal escrita pode compro- meter o notificante. 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 22 23 ÉTICA As faltas que contrariam a conduta moral na execução das atividades profis- sionais estão previstas nas legislações e códigos de conduta de cada categoria. Os Engenheiros seguem as regulamen- tações presentes na legislação e no Códi- go de Ética profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geogra- fia e da Meteorologia, estabelecido na Resolução nº 1002, de 26/11/2002, do Conselho Federal de Engenharia e Agro- nomia (Confea). Para os arquitetos, as fal- tas éticas estão previstas na legislação e no Código de Ética e Disciplina, estabe- lecido pela Resolução CAU/BR Nº 51, de 2013. Uma infração coloca o profissional sob julgamento. CÓDIGO DE DEFESA E PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR Resulta das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física e jurídica) e o consumidor. Assegura direitos consa- grados pela Lei nº 8.078, que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor. A res- ponsabilidade profissional está estabe- lecida no Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão a efetiva participação preventiva e cons- ciente dos profissionais. Portanto, é fun- damental estar atento à obrigatorieda- de de observância às Normas Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto completo, com especificação cor- reta de qualidade, garantia contratual (contrato escrito) e legal - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) na exe- cução de serviços ou obras de Enge- nharia e Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), no caso de Arquitetos e Urbanistas. Uma infração coloca a pes- soa física ou jurídica em julgamento, com possibilidade de rito sumaríssimo, inversão de ônus da prova e assistência jurídica gratuita ao consumidor, provo- cando a obrigação de sua obediência sob penalidades. CIVIL Decorre da obrigação de reparar e/ou indenizar por eventuais danos causados. A responsabilidade civil decide-se em: Contratual: pelo contrato firmado entre as partes para a execução de um determinado trabalho, sendo fixados os direitos e obrigações de cada uma. Pela solidez e segurança da cons- trução: por meio do Código Civil Bra- sileiro, o profissional responde pela soli- dez e segurança da obra durante cinco anos. A data do término da construção deve ser documentada oficialmente. Se a obra apresentar problemas de solidez e segurança e for constatado erro pro- fissional, ele será responsabilizado, inde- pendentemente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência. Pelos materiais: a escolha é da com- petência exclusiva do profissional. Por precaução, os materiais são especifica- dos no “Memorial Descritivo”, determi- nando tipo, marca e outras peculiarida- des, dentro dos critérios exigíveis de segurança da obra. Por danos a terceiros: é comum na construção civil a constatação de danos a vizinhos que podem ocorrer em virtu- de da vibração de estaqueamentos, fun- dações, quedas de materiais e outros. Esses devem ser reparados, pois cabe ao profissional tomar todas as providências para que sejam preservadas a segurança, a saúde e a tranquilidade de terceiros. Os prejuízos causados são de responsa- bilidade do profissional e do proprietá- rio, solidariamente, podendo o lesado acionar ambos. Estende-se também ao subempreiteiro quando for autor ou coautor da lesão. PENAL OU CRIMINAL Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo, merecem destaque: desa- bamento, queda de construção em vir- tude de fator humano; desmoronamen- to, resultante da natureza; incêndio pro- vocado por sobrecarga elétrica; intoxica- ção ou morte por produtos industrializa- dos quando mal manipulados ou quan- do não possuem indicação da periculosi- dade; contaminação provocada por vaza- mentos de elementos radioativos e outros. Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano material, desde que sejam identificados perigo à vida ou à propriedade. São ainda previstas penalidades aos crimes de peculato, falsidade ideológi- ca, corrupção ativa/passiva e violação de direito autoral. ADMINISTRATIVA Resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, Código de Obras, Códi- go de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano Diretor, entre outros. Essas normas impõem con- dições e criam responsabilidades ao pro- fissional, cabendo a ele, portanto, o cum- primento das leis, sob pena, inclusive, da suspensão do exercício profissional. TRABALHISTA É regulamentada pelas Leis Trabalhistas em vigor. Resulta das relações com empregados e trabalhadores. Compreende: direito ao trabalho, remu- neração, férias, descanso semanal e inde- nizações, inclusive, as resultantes de aci- dentes que prejudicam a integridade físi- ca do trabalhador. O profissional só assu- me essa responsabilidade quando con- tratar empregados pessoalmente ou por meio de seu representante. Nas obras de serviços contratados por administração, o profissional estará isento dessa respon- sabilidade, desde que o proprietário assu- ma o encargo da contratação. RESPONSABILIDADES 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 23 24 documentação 24 O Alvará de Construção é o docu- mento que permite o início da obra. A encarregada de liberar essa aprovação é a prefeitura, que analisará o projeto para verificar se está de acordo com as leis de zoneamento locais. “É importante lembrar que aqueles que forem construir em condomínio fechado deverão atender também às soli- citações e regras do conjunto residen- cial”, conta a arquiteta Natália Diniz, da capital paulista. No caso de reformas que gerarão entulho e acréscimo de área, a regra é a mesma. “Algumas localidades chamam esse documento de Autorização para Reforma. O procedimento é idêntico: deve-se procurar pelo setor de Aprova- ção e Projetos no órgão municipal e soli- citar a relação de documentos da obra”, explica Marcos da Cruz Lopes, arquiteto de São Paulo, SP. DOCUMENTAÇÃO Para obtê-la, é preciso apresentar à prefeitura o projeto arquitetônico com desenhos técnicos, cortes e fachadas, além de uma série de documentos dos profissionais responsáveis e dos proprie- tários. “Cada prefeitura tem sua própria lista de documentos, porém, alguns são básicos, como Solicitação de Alvará de Construção, Comprovante de Proprie- dade do Imóvel, Imposto Predial e Terri- torial Urbano (IPTU), juntamente com a RRT ou a ART (Registro de Responsabili- dade Técnica, no caso de arquitetos, e Anotação de Responsabilidade Técnica, no caso de engenheiros), documentos que comprovam e garantem ao cliente que a casa foi projetada por um profis- sional habilitado para exercer a profis- são", esclarece Natália. COMUNIQUE-SE Após dar entrada no processo de aprovação, o setor técnico da prefeitura faz uma análise da documentação entre- gue, o que pode ocasionar correções no projeto e a solicitação de documentos complementares. “O comunique-se é o meio de encaminhar essas solicitações ao responsável técnico e ao interessado. Após as correções, é enviado um novo conjunto de plantas e mais documentos que deverão ser definitivos para emissão do Alvará”, diz a profissional. EMBARGO Após emiti-lo, a prefeitura realizará vistorias periódicas na obra e, caso infrin- ja alguma norma (material de constru- ção despejado na calçada, desrespeito aos horários de trabalho, não utilização de equipamentos de segurança etc), poderá ser paralisada, ou seja, embar- gada. “Quando a fiscalização encontra alguma irregularidade, o proprietário recebe uma notificação com um prazo para atendê-la. Se não for corrigida, ocor- re o embargo”, afirma Lopes. Segundo Natália, enquanto a obra estiver paralisada, na maioria dos casos sob riscos de multas diárias, a constru- ção pode ser parcialmente ou comple- tamente demolida. ATENÇÃO! Para obter o Alvará de Construção em terrenoslocalizados em áreas de pre- servação ambiental ou locais tombados Registro em dia A OBRA SÓ PODE COMEÇAR COM A AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA 24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 24 Levantamento planialtimétrico do terreno, com dimensões e níveis Planta de locação da obra com os recuos do terreno Plantas baixas dos pavimentos Planta de cobertura com caimento dos telhados Cortes longitudinal e transversal Plantas das Fachadas Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno, com plantas em escala 1:100 Carimbo com as informações de localização do terreno, dados do proprietário e do autor do projeto e respectivos Crea e ART (engenheiros) ou CAU e RRT (arquitetos) Anexar RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), memorial descritivo da obra, cópia da escritura ou do contrato de compra e venda do terreno e taxa da prefeitura para entrada no processo EXIGÊNCIAS PARA LIBERAÇÃO DO ALVARÁpelo Patrimônio Histórico, é necessário procurar outras instituições, como a Secretaria do Meio Ambiente e o Insti- tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). HABITE-SE É outro documento emitido pela pre- feitura no término da obra, atestando que a residência foi construída segundo a legislação da cidade. Sem ele, o imó- vel pode ser considerado irregular. Além disso, é exigido por instituições finan- ceiras para realizar financiamentos e aver- bação da casa no Registro Imobiliário. Para a requisição do Habite-se é pre- ciso pagar uma taxa e apresentar docu- mentações dos proprietários e respon- sáveis pela obra, o que evita gastos e problemas no futuro. "O custo referente à emissão do Alvará e do Habite-se equi- vale de 1 a 2% do custo final da obra.” 24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 25 26 projeto Caldeirão de ideias PLANTAS DE ARQUITETURA, ESTRUTURA E INSTALAÇÕES DÃO FORMA AO SONHO. É HORA DE PASSAR SEUS DESEJOS AO PAPEL, USE E ABUSE DA CRIATIVIDADE O arquiteto já está contratado. Então, chegou a hora de colocar todas as ideias no papel. Afinal, você quer saber como será a disposição dos ambientes, o tamanho das salas e dormitórios e as metragens disponíveis para a piscina e churrasqueira. O projeto completo de arquitetura com plantas baixas, de implantação, cobertura, fachadas e cortes é o elemento mínimo que representa as formas da futu- ra construção. Com esses recursos, os profissionais interagem com os clientes, confirmam se o que está representado atende as necessidades até chegarem na versão definitiva para a construção. Além disso, ele é fundamental para legalizar a obra na prefeitura que, antes de aprová-lo, analisará se está de acordo com a legislação local se atende os recuos permitidos, as taxas de permeabilidade e de ocupação do terreno. "A partir das plantas de arquitetura são desenvolvidos os projetos de estruturas e instalações hidráulicas e elétricas, sendo que todos eles devem ser compatíveis", afirmam os arquitetos Paulo Gaspar e Gisela Pupo, do escritório Pupo + Gaspar Arquitetura e Interiores, de Valinhos, SP. Os projetos de estrutura e instalações cer- tificam a viabilidade técnica e segurança do projeto arquitetônico. Durante o processo deve haver um grande entrosamento entre todos os pro- fissionais envolvidos na obra. "O relacio- namento entre arquiteto e cliente deve ser baseado, primeiramente, na confian- ça e na afinidade. Em segundo lugar, fica o estilo e o método de trabalho. A rela- ção só terá sucesso se um respeitar a opi- nião do outro", diz a arquiteta Soraya Tes- saro, de Atibaia, SP. PERSPECTIVA 3D FOTO DO PROJETO ENTREGUE PLANTA DA FACHADA 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 26 27 PRINCIPAIS DÚVIDAS As perspectivas auxiliam os proprietá- rios a compreenderem o projeto. Nessa fase, todos se preocupam com os custos, prazos, solidez da estrutura e, principal- mente, se o visual da casa corresponde- rá aos anseios. Cada projeto demonstra as caracterís- ticas da residência, como escadas, por- tas, janelas, paredes, vigas e pilares. A apresentação gráfica varia quanto às téc- nicas e aparências feitas à mão, maque- tes 3D ou imagens feitas por softwares específicos de design, que possibilitam vários ângulos de visualização. As plantas e perspectivas são elabora- das em escalas que são a relação entre a representação de um objeto desenhado e as dimensões reais. Na escala 1:100, por exemplo, 1 cm representa 1 m, e na escala 1:50, 2 cm equivalem a 1 m. PERSPECTIVA (abaixo) Não é exigida pela prefeitura. Porém, é um dos me- lhores recursos para mostrar aos proprietários como serão as fachadas e os ambientes da moradia. Por is- so, elas possuem efeito tridimensional e em vários ân- gulos e funcionam como se fossem fotos do local. Po- dem ser elaboradas à mão, em AutoCad ou softwares similares de design, maquetes em 3D ou com outros recursos gráficos.FOTO DA FACHADA ENTREGUE PERSPECTIVA 3D 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 27 28 projeto PROJETO ARQUITETÔNICO É formado por plantas baixas, de cober- tura e de implantação, como os desenhos técnicos de cortes e fachadas. O conjunto serve para o proprietário ver como ficarão os ambientes e dar sua aprovação, como também para serem apresentadas na pre- feitura, que analisará se a construção está de acordo com a legislação. No projeto de arquitetura já devem ser especificados o tipo de estrutura e os blocos que serão usados na alvenaria. Dessa maneira, o engenheiro calculista, juntamente com o relatório da sonda- gem, pode calcular e dimensionar a estru- tura da residência. PLANTA DE IMPLANTAÇÃO Mostra no terreno a localização da residência e também outros elementos como a piscina e a edícula. Nela, devem ser apresentadas as medidas dos recuos laterais e frontais. Também é conhecida como planta de situação. FACHADAS Apresentam como serão a frente, o fundo e as laterais da residência. CORTES Podem ser longitudinal e transversal. O primeiro apresenta o corte do fundo à frente, no qual podem ser vistos a implan- tação no terreno, os níveis, o telhado e a projeção das paredes e das portas e jane- las. O segundo mostra os mesmos deta- lhes em um corte de lado a lado. PLANTA DE COBERTURA Demonstra todos os planos do telha- do e suas respectivas caídas e inclina- ções. A partir dela são feitos os detalha- mentos do escoamento da água das chuvas, realizados com calhas e rufos. PLANTAS BAIXAS São as primeiras a serem desenvolvi- das e têm a função de mostrar a visão da casa de cima para baixo. Nelas devem aparecer a distribuição dos cômodos com as metragens e a localização de por- tas, janelas, escadas e outros elementos. Cada andar da construção deve ter uma planta baixa. Nelas, os arquitetos utili- zam vários recursos para representar as características e a aparência do projeto. PLANTA BAIXA CARACTERÍSTICAS Janelas: aparecem fecha- das quando são de correr e abertas quando possuem sistemas pivotantes. São re- presentadas por linhas pa- ralelas às paredes e, quan- do há indicação de vidros, estão em linhas paralelas muito próximas. Paredes: representadas com linha dupla conforme a espessura. Portas: indicadas de acordo com a abertura, que pode ser de 90º, correr, vaivém, pivotante, entre outras. Escadas: demonstradas conforme o formato. Po- dem ser helicoidal (em ca- racol), reta, em “L”, entre outros modelos. Muitas ve- zes não aparecem por in- teiro no pavimento térreo, pois alguns modelos ficam sobrepostos aos cômodos. O sentido é representado por uma seta. Pilares: aparecem no an- teprojeto, mas sua presen- ça na planta do processo construtivo é imprescindí- vel. Os pilares podem ser representados por traço cheio, grosso ou com a textura do concreto combi- nada com a espessura do revestimento. Seu posicio- namento deve obedecer às especificações do proje- to de estrutura. INTERPRETAÇÃO Linha grossa: representa o desenho das paredes e da estrutura. Linha fina: indica louças, revestimentos, escada, li-nhas de cota, entre outros. Tracejado: pode ser tudo o que está projetado, mas não é possível visualizar, co- mo o beiral, por exemplo. TÉCNICAS Cotas de nível: indicam o quanto determinado lo- cal está acima ou abaixo do referencial de nível, que pode ser a guia da rua ou qualquer item adotado CORTE AA TRANSVERSAL CORTE BB LONGITUDINAL 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 28 29 e identificado em projeto como nível de referência. Linhas de cota: são as li- nhas indicativas das medi- das colocadas em planta. Deve ser colocado o maior número possível de cotas para que não ocorram dú- vidas nas medidas de am- bientes, esquadrias, loca- ção de peças sanitárias, entre outros. Linhas de corte: mostram detalhes de um local que o arquiteto esco- lheu para fazer um corte imaginário da casa. Sentido: indica onde está a face Norte. APARÊNCIA Concreto aparente: representado por poucos tracejados sobre o desenho. Pintura: é ridentificada por pontos no projeto. Tijolo aparente: é indica- do nos pontos em que ele reveste a fachada. Madeira: pode ser identi- ficada pelos veios e nós desenhados na planta. Pedra: pode ser visualiza- da por irregularidades. Vidro: superfície lisa com riscos que indicam a transparência do material. . . . . . . . . . . . i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=20% PLANTA DE COBERTURA Nesta planta vê-se o número de quedas, ou águas, que o telhado terá e com isso projetam-se calhas e rufos Projeção 3D da fachada posterior ou fachada de lazer Compare com a perspectiva 3D, a fachada posterior terminada PERSPECTIVA 3D 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 29 30 projeto PROJETO ESTRUTURAL Dimensiona e determina itens estru- turais, como fundação, vigas, pilares e lajes. As plantas devem ser feitas pelo engenheiro civil especializado em cálcu- lo estrutural em sintonia com o profissio- nal que assina a arquitetura. O projeto estrutural é tão importante quanto o arquitetônico. Com ele, o calculista indi- ca as medidas exatas de pilares e vigas, respeitando a plasticidade do projeto de arquitetura. Além disso, é possível miti- gar o desperdício de materiais, já que se prevê as quantidades de ferragens e con- creto armado necessárias na construção. O engenheiro trabalha com as carac- terísticas de resistência de todos os pro- dutos que serão utilizados para compor o cálculo da estrutura x carga aplicada, evi- tando-se assim problemas que possam surgir no futuro. A realização do projeto estrutural é a garantia de que todos os componentes suportarão o peso da obra sem o pro- prietário ter de investir além do necessá- rio com aço e concreto. Quando não é realizado, serão gastos mais dinheiro e materiais onde não há necessidade. Outra consequência leva à falta de pro- dutos em locais de extrema importância, o que pode resultar em sérios danos para a construção. O superdimensionamento com o uso excessivo de aço e concreto nunca é a garantia de que a estrutura está sólida e segura, pois muitos problemas, como o aparecimento de trincas e fissuras, e até mesmo, o desabamento, podem ocorrer. O projeto estrutural conta com as plan- tas de infraestrutura, que englobam as estruturas abaixo do solo, como as fun- dações (estacas, sapatas e vigas baldra- mes), e as de superestrutura, que incluem elementos acima do solo, como pilares, vigas e lajes. Também devem ser especi- ficados todos os materiais necessários para a perfeita execução, assim como as quan- tidades e os tipos de aço e concreto. O projeto das fundações deve ser fei- to apenas com o relatório da análise do solo em mãos, que apresenta a investi- gação geotécnica e a profundidade do lençol freático. Além disso, deve ser com- patível com as plantas de arquitetura, ins- talações hidráulicas e elétricas, já que em alguns casos as tubulações são embuti- das em lajes, pilares e vigas. As plantas estruturais também devem ter detalhes de pilares, vigas, baldrames e fundações e mostrar as medidas e os engates entre os elementos estruturais e a armação de aço, que facilitarão o tra- balho dos funcionários da obra. FORMAS DAS VIGAS SUPERIORES E COBERTURAPLANTA ESTRUTURAL LEGENDAS DETALHE DAS VIGAS DE COBERTURA O posicionamento das vigas deve estar em perfeita harmonia com os pilares provenientes do andar debaixo. Os encaixe e arranques devem ser precisos 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 30 VB-2 VB-3 VB-1 VB-4 VB-5 VB-12 VB-29 VB-10 VB-11 VB-9 VB -2 8 VB -2 4 VB -2 5 VB -2 6 VB -2 7 VB-7 VB -3 0 VB -3 2 VB -3 3 VB-6 VB-8 VB -3 5 VB -3 4 VB -3 1 VB-17 VB-21 VB-22 VB-23 VB -3 6 VB -3 8 VB -4 0 VB-20 VB -4 3 VB -4 7 VB-19 VB -4 4 VB -4 1 VB -4 2 VB-13 VB-15 VB-18 VB -3 7 VB -4 6 VB-14 VB -4 5 VB-16 V1 37 V121 VB -3 9 P1 P32 P35 P26 P42 P58 P61 P49 P37 P36 P29 P30 P11P10 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P12 P22 P13 P14 P23 P25P24 P16P15 P20 P21 P19 P34P33 P28 P17 P18 P43 P44 P39 P40 P47 P50 P57 P59 P60 P51 P52 P53 P54 P48 P27 P45 P55 P56 P41 P38 P9P8 P46 P31 19/19 19/19 19/19 98,80 98,80 98,80 98,80 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 490 250 295 150 150 295 365 365 550 315255365135347.5417.5230.1275295295 29 5 13 5 28 5 25 0 58 5 50 7. 5 44 7. 5 36 0 21 5 375 115 250 295 150 150 295 365 365 550 29 5 15 8 47 65 15 0 25 5. 2 59 .8 21 7. 5 21 7. 5 85 25065130125365135365400 13 5 18 3 24 7 46 5 21 7. 5 21 7. 5 65 215180155365365134.9400 75 12 5 60 31 5 12 5 75 16 0 21 5 56 5 46 5 12 5 60 31 5 12 5 23 5 21 5 5.2 5. 2 8 5. 2 8 8 5. 2 5.2 2.5 2. 5 8 8 2.5 2. 5 8 8 8 5. 2 5.2 8 5.2 5. 2 5.25 .2 2.5 2. 5 2.5 2.5 2. 5 2. 5 8 3.85. 5 8 8 15 15 8 5.2 5. 2 400 499.9 365 155 165 15 235 2.5 2. 5 8 2.5 2. 5 8 5.2 85. 2 8 8 3.8 5. 5 5.5 5. 5 8 88 31 50/50 B4554. 5 62 .7 62.6 87.4 PILARES QUE CONTINUARÃO PILARES QUE MORREM PILARES QUE NASCEM VIGA EM CORTE PILARESP LEGENDAS DETALHE ARMAÇÃO DOS PILARES O projeto estrutural define, entre outros pontos, as medidas dos pilares, o seu posicionamento e a bitola das respectivas armações de ferro DETALHE DAS VIGAS BALDRAMES É fundamental que os pilares estejam corretamente ligados à fundação. o projeto deve dimensionar as vigas baldrames, que sustentarão as paredes VIGAS BALDRAMESPLANTA ESTRUTURAL A B C D E F G H I J K L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 B8 B9 B10 B11 B12 B13 B14 B15 B16 B17 B18 B19 B20 B21 B22 B23 B24 B25 B26 B27 B28 B29 B30 B31 B32 B33 B34 B35 B36 B37 B38 B39 B40 B41 B42 B43 B44 B45 B46 B47 B48 B49 B50 B51 B52 B53 B54 B55 B56 B57 B58 B59 B60 B61 BA1 Gabarito Gabarito G ab ar ito G ab ar ito 292.5122138.2365129.8238126.9160.1150150175.2127.814210010788295 292.5122138.2365129.8238126.9160.1150150175.2127.814210010788295 23 7. 7 11 6. 1 19 6. 7 13 5 11 7. 2 14 7. 3 25 2. 7 10 9. 8 13 5 10 0 14 4. 8 87 .7 20 5. 6 23 7. 7 11 6. 1 19 6. 7 13 5 11 7. 2 14 7. 3 25 2. 7 10 9. 8 13 5 10 0 14 4. 8 87 .7 21 1. 5 22 .7 5.2 62 .2 25 .5 17 .5 17 .5 17 .5 17 .5 17 .5 7.7 13.2 16 8 8 5.2 10 15 .2 15 .2 10 10.4 54 .6 55 .2 83 52 56 .8 53 62.6 87.4 83 52 51 .8 58 63 .6 46 .2 75 60 8 11.8 63 .6 46 .2 1.4 32 .5 67 .5 5.2 32 .5 67 .5 5.2 54 .6 55 .2 10.4 16.8 105.2 10 .4 2. 7 77.5 215100225.2 5.2 5.2 16 5. 7 31 17 3. 7 23 11 2 23 17 3. 7 23 11 2 23 17
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