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C O N S T R U Ç Ã O D O C O M E Ç O A O FIM w w w .casad o is.co m .b r Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº3 O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos Atualizado e revisado Paredes e pisos que enchem os olhos Como escolher o material certo para cada superfície E não se esqueça do verde O paisagismo é para todos Lazer para toda família: Churrasqueira, forno ou fogão a lenha? Ou todos eles? Piscina: qual é o melhor modelo para o seu projeto? Louças e metais Uma infinidade de opções e detalhes Primeiro revestimento Entenda o que são chapisco, emboço e reboco Esquadrias As boas-vindas da sua casa Cores e texturas A beleza que cada ambiente exige 1 capa CCF 2018_03.qxp_Capa 07/06/2019 15:17 Página 1 152 editorial Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pretendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e detalhado em um novo projeto gráfico que valoriza a lei- tura agradável. Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encontra passo a passo todas as etapas da construção até os acaba- mentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a segunda abran- ge estágios fundamentais para assegurar o bom uso da morada, como pilares, lajes, telhado, hidráulica, elétrica, automação e segurança. A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de dicas e alertas importantes desde como escolher o modelo e materiais para as escadas, tipos de telhas, opções de interruptores e tomadas, lâmpadas, canos e muito mais. Boa leitura e sucesso na obra! 152-154 iniciais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 10:20 Página 152 LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR ALGUNS DE NOSSO REVENDEDORES REVENDA NOSSOS PRODUTOS E AUMENTE O SEU FATURAMENTO Não perca tempo, entre em contato hoje mesmo com o nosso departamento de revenda. GOIÁS FEITICEIRA MADEIRAS (62) 3481-1561 - Posse MATO GROSSO DO SUL ORQUIDÁRIO ENCANTOS (67) 3471-1017- Iguatemi MARANHÃO POTIGUAR (98) 3190-3000 - São Luiz PARANÁ BALAROTI (41) 3035-8080 - São José dos Pinhais BOUTIN AGRICULTURA E JARDINAGEM (41) 3028-7000 - Curitiba CHÁCARA FLORA DA SUISSA (41) 3286-4948 - Curitiba PERNANBUCO NOVA CAMPO (81) 3031-0500 - Recife SANTA CATARINA JUNKS GARDEN CENTER (48) 3258-0645 - São José SÃO PAULO FORMOSA GARDEN (11) 2115-9595 - São Paulo GARDEN CENTER CIDADE DAS FLORES (19) 3802-9636 - Holambra LEROY MERLIN 4020-5376 (capitais) 0800 020 5376 (demais regiões) REDE CAETANO (15) 3322-5000 - Tatuí Redação Janaína Silva Publicidade Kilma Lima Administrativo Natália Seemann Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea- triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira, Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu- tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor- ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri- cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos) Distribuição Dinap SA FALE CONOSCO ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br Diretores Luiz Fernando Cyrillo Renato Sawaia Sáfadi Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi- cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. 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Qual- quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Arte- sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delí- cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or- quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre. 152-154 iniciais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 10:21 Página 153 /grupoastra @grupoastra /grupoastrawww.astra-sa.com 152-154 iniciais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 10:21 Página 154 155 íNdice Chapisco, emboço e reboco 155 Pisos e paredes 158 Cores e texturas para as paredes 176 Portas e janelas 186 Ferragens 192 Vidros 194 Design para as áreas molhadas 200 Churrasqueiras, forno e fogão a lenha 208 Técnicas construtivas para piscinas 220 O paisagismo no projeto 226 PaiSaGiSMo eSQUadriaS reveStiMeNto loUÇaS e MetaiS PiNtUra laZer 152-154 iniciais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 10:21 Página 155 155 revestimento PARA QUE O RESULTADO FINAL FIQUE BOM, A BASE DEVE SER FEITA COM MUITO CUIDADO Superfícies perfeitas Depois de erguidas as paredes, é hora de deixá-las prontas para a pintura. Para isso, as estruturas passam pelo estágio do primeiro revestimento, que lhes propor- cionará uma superfície plana e uniforme. Ao todo são três etapas: chapisco, emboço e reboco. Cada uma tem característicaspróprias e deve ser realizada com cuidado e atenção. João G im enez 155-157 Revestimentos.qxp___Construir 2009 18/02/2019 11:15 Página 155 156 CHAPISCO O chapisco é a camada de preparo da base e é composto de areia, cimen- to e aditivos. Tem a finalidade de uni- formizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento ao substrato (concreto ou alvenaria). “Um bom chapisco é fundamental, pois ele dará o suporte, a ancoragem para o revestimento que será aplicado”, afirma Antonio Carmen Saloa Taha, engenhei- ro químico da Usina Fortaleza. Os meios mais comuns de aplicação são a colher de pedreiro ou rolo de textura. Durante o chapisco, assim como nas demais etapas do primeiro revestimen- to, é necessário tomar alguns cuidados para que o resultado final seja bem-suce- dido. “É primordial verificar se a superfí- cie que receberá o chapisco está livre de sujeira ou partes soltas. Como ele é a base do revestimento, se não conseguir um excelente contato com a alvenaria, poderá se soltar, levando junto todo revestimento aplicado”, alerta. Geral- mente, o chapisco é a parte mais demo- rada do primeiro revestimento, pois é aplicado em pequenas porções. Termi- nado o chapisco, a superfície continua áspera. Para ajudar na fixação e obter sucesso no resultado, a adição do ade- sivo acrílico é uma alternativa. CHAPISCO ROLADO É comprado pronto e por isso é mais prático. Além de cimento e areia, a com- posição inclui aditivos especiais, e a apli- cação é feita com rolo de textura. Há menos risco de desperdício e erro na dosagem. Também pode ser aplicado sobre paredes e lajes em EPS. EMBOÇO Corrige as imperfeições da alvenaria antes da aplicação do acabamento. “Ele regulariza e protege, dando às paredes aspecto plano”, afirma Francisco Augus- to Nobrega Lessa, gerente de produtos da Weber Saint-Gobain. Os componen- tes mais usados são areia, cal e cimen- to. Para a aplicação são utilizadas as seguintes ferramentas: colher de pedrei- ro, régua de alumínio, desempenadeira plástica alveolar de poliestireno ou madei- ra e desempenadeira com feltro ou espu- ma de borracha. Antes da aplicação, é importante certificar-se de que a super- revestimento CHAPISCO João G im enez 155-157 Revestimentos.qxp___Construir 2009 18/02/2019 11:15 Página 156 157 fície da base não apresente desvios de prumo, esteja firme, limpa, seca e isen- ta de pó, óleo, tinta ou outros resíduos que possam prejudicar a aderência. Existem argamassas industrializadas que fazem o papel do emboço e do revestimento em uma só aplicação. São basicamente produzidas com cimento, areia e aditivos, e podem ser aplicadas por meio do método tradicional (desem- penadeira) ou serem projetadas sobre o chapisco e receberem o acabamento quase que imediatamente. A aplicação do emboço deve ser feita de cima para baixo na parede previamente umedeci- da. Geralmente, um pedaço de tijolo na parede é usado para auxiliar no nivela- mento do emboço. REBOCO É a terceira camada do revestimento, regulariza e suaviza a superfície do embo- ço quando a mesma apresenta-se mui- to rústica. “Os rebocos de obra são uma mistura de pó de mármore, cal ou cimen- to branco e apresentam granulometria fina”, detalha Lessa. A espessura do rebo- co varia entre 5 mm e 10 mm. Para a aplicação, é indicado o uso de uma desempenadeira e movimentos cir- culares alternados com borrifos de água. Sobre o reboco, aplica-se diretamente o acabamento escolhido, como massa acrí- lica ou corrida, que servem de base para a pintura e papel de parede. Para reves- timentos do tipo cerâmico, azulejos ou textura, o reboco é dispensado. EMBOÇO REBOCO FIQUE ATENTO! IMPERMEABILIZAÇÃO Após o emboço e o reboco é necessário fazer uma impermeabi- lização. “Isso porque essas camadas são rígidas e estão sujeitas a fissu- ração decorrente de dilatações tér- micas, alternância de sol, chuva, intemperismo em geral”, explica Elie- ne Ventura, gerente técnica da Vedacit. Azulejos podem se soltar em decorrência da falha de rejun- te por onde infiltra água. “Um rebo- co com fissuras, pulverulento ou mal aderido no substrato acarretará em patologias na pintura e nos revestimentos em geral”, adverte Eliene. Segundo ela, é preferível fazer a impermeabilização da pare- de inteira. ”Fazer apenas a metade pode provocar absorção de água através da área não tratada e com- prometimento (destacamento) do produto usado na área impermea- bilizada”, alerta. REBOCO PRONTO Para economizar a mão de obra e agilizar o processo de acaba- mento, diversas empresas apresen- tam argamassas prontas. Para utili- zá-las, basta misturar com água. A Ceramicacola Massa Pronta, da Rejuntabrás, substitui o reboco e, após 72 horas da aplicação, já está liberada para a pintura. Outra opção é o Reboquit Quartzolit, da Weber Saint-Gobain, indicado para uso interno e externo. A Usina For- taleza disponibiliza a Supermassa, que dispensa o chapisco e está dis- ponível em embalagens de 20 kg. Ao comprar ou receber as arga- massas, fique atento a alguns deta- lhes. Verifique se os sacos não estão rasgados e se possuem as informa- ções técnicas necessárias para o uso correto. Para não empedrar, deixe o produto em locais sem umidade. João G im enez João G im enez João G im enez 155-157 Revestimentos.qxp___Construir 2009 18/02/2019 11:15 Página 157 158 revestimento Pisos e paredes bem vestidos INVISTA NAS DIVERSAS OPÇÕES DE REVESTIMETOS E GARANTA EXCLUSIVIDADE NO SEU PROJETO MÁRMORE TRAVERTINO Projeto Rodrigo Cam argo Foto G ui M orelli 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:26 Página 158 159 Coloridos, lisos, clássicos, ousados, es- tampados e por aí vai. Há diversas op- ções de materiais para revestir pisos e pa- redes do lar. Eleger os ideais, no entan- to, não é uma tarefa fácil. O primeiro pas- so é verificar resistência, durabilidade e o local de instalação – área externa ou interna da morada. Analisar o tráfego que o revestimento receberá também é fundamental, pois ele deve suportar as pisadas. É necessário escolher o produto adequado para cada área. Dentro de casa, os eleitos devem ser fáceis de manter. No exterior, o ma- terial mais indicado é o antideslizante. Depois de verificar as questões técni- cas, vale fazer uma visita ao mundo de cores, formas e desenhos que existem por aí. Há diferentes tonalidades que devem ser pensadas de acordo com a decora- ção da casa. Com tantas possibilidades é comum surgir aquela indecisão. É aí que entramos em cena para dar uma mãozi- nha e ajudar nessa tarefa. Conheça as ca- racterísticas dos materiais mais usados em projetos residenciais e opte por aquele que mais combina com o seu lar! PEDRAS Levam harmonia e requinte aos es- paços. Podem ser aplicadas em pisos e paredes de áreas internas e externas em formato de placas ou filetes. Devem ser impermeabilizadas, o que evita futuros problemas de umidade. Como o material não envelhece, tra- tamentos especiais devolvem sua apa- rência natural. Por esse motivo é neces- sário realizar manutenção periódica. A limpeza deve ser feita com produtos que não formam películas que podem dani- ficar as pedras. Para conferir rusticidade aos ambientes, é bastante comum o uso das pedras mineira, São Tomé ou Goiás (são resistentes), miracema (indicada pa- ra pisos e paredes) e ardósia. Ideais pa- ra pisos em áreas externas, elas possuem características atérmicas e antiderrapan- tes, além de fácil manutenção. De olho no futuro do meio ambien- te, algumas empresas investem em con- ceitos sustentáveis com extrações con- troladas, pedra Hijau e Hitam são alguns exemplos. Confira os principais tipos de mármores e granitos. MÁRMORES Reveste pisos e paredes. É indicado para ambientes internos, como salas, halls, quartos e banheiros. Vale apostar na nobreza do material em tampos, ban- cadas e elementos arquitetônicos. Dos tiposmais utilizados destacam-se: Branco: as cores de fundo vão de acinzentadas a brancas com presença de veios cinzas, beges e esverdeados. Carrara: apresenta fundo acinzenta- do e veios cinzas, sendo que a intensi- dade dessas cores determina sua classi- ficação e preço. É mais duro e absorve menos água. Travertino: indicado para área de grande circulação, como varandas e la- vabos. Por ser poroso, não deve ser usa- do em cozinhas. MÁRMORE CINZA RUIVINA Projeto Sidney Q uintela 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:26 Página 159 160 revestimento GRANITO É resistente a ataques químicos, ab- sorção de água e desgaste abrasivo. Po- de ser usado em áreas internas e exter- nas, dos mais usuais destacam-se: Preto: os mais comercializados atual- mente são os nacionais São Gabriel e Pre- to Absoluto. Mais usados em pisos e ban- cadas de cozinhas. Verde Ubatuba: aplicado principal- mente em cozinhas e áreas de serviço, também aparece frequentemente em áreas comuns de prédios. Amarelo Icaraí: não tem restrições técnicas e pode ser empregado em qual- quer ambiente. LIMESTONE Aplicado em bancadas, revestimento de fachadas, pisos e paredes. É poroso e exige impermeabilização antes do uso. GRANITO PRETO SÃO GABRIEL GRANITO AMARELO ICARAÍ BANCADA EM LIMESTONE PISO E BANCADA EM LIMESTONE Projeto Andréa M attos Foto Clausem Bonifácio Projeto Paula Sauer e Roberta Hom em de M elo Foto G ui M orelli Projeto Aline Bartan Foto Patrícia Cardoso Antonio Di Ciom m o Pr oj et o M au ric io K ar an 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:27 Página 160 161 TOQUE FINAL As pedras podem receber diferen- tes acabamentos, que conferem efeitos especiais e diferenciados. Vale pesquisar, verificar cada peça e escolher aquela que combina com os ambientes. Flameado: feito à base de fogo, confere aspecto rugoso, ondulado e rústico. Mostra a cor natural da pedra e é indicado para granitos com espessura igual ou superior a 2,5 cm. É antiderrapante e deve ser instalado em áreas externas. Levigado: apresenta acabamento semipolido e acaba com as imper- feições do corte. Apicoado: é executado em dife- rentes modelos. Apresenta rugosi- dade e garante aspecto poroso, uniforme e mais rústico que o fla- meado. Não tem brilho e é indica- do para áreas externas. CANJIQUINHA COM PEDRA SÃO TOMÉ Projeto Alexis Vinicius Foto Tarso Figueira Pr oj et o M au ric io K ar an 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:27 Página 161 162 revestimento NOVAS PEDRAS CORIAN® Versatilidade é a palavra-chave do ma- terial. A superfície é sólida, composta por 1/3 de acrílico e 2/3 de minerais natu- rais. É ideal para bancadas, balcões, pias de banheiro e cozinhas e revestimento de paredes. O produto é exclusividade da DuPont e conta com diversas opções de cores. A ausência de juntas e a poro- sidade garantida facilitam a manutenção. SILESTONE® As superfícies são produzidas pela em- presa espanhola Cosentino e compos- tas em pelo menos 90% de quartzo na- tural. São indicadas para aplicar em qual- quer área do interior da casa, como por exemplo bancadas de cozinhas e ba- nheiros, pisos e paredes. Não riscam, nem mancham com facilidade. Ofere- cem grande diversidade de efeitos e co- res e são fáceis de aplicar. A instalação é semelhante à do mármore e do gra- nito e a manutenção também é simples, basta um pano com água e detergente com pH neutro. CORIAN ® SILESTONE® Divulgação/Corian Projeto Andréa M attos Foto Clausem Bonifácio 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:28 Página 162 163 DEKTON® Da Cosentino, é resultado de técnicas utilizadas na fabricação de vidros, porce- lanas e superfícies de quartzo. Apresenta grande formato (320 x 144 cm), espessuras mínimas (0,80, 1,20 e 2 cm), baixa porosidade, alta resistência a manchas e elevada estabilidade de cor, que são dez no total. NANOGALSS® Encontrado apenas na cor branca, o Nanoglass®, fabricado pela Alicante, é ob- tido a partir de cristais de vidro de eleva- da pureza e granulometria homogênea que passam pelo processo nanotecnoló- gico para chegar à fusão equilibrada e às chapas planas em formato retangular. Aproveite e crie diferentes formas. TECHNISTONE® Composto de 93% de quartzo e gra- nito triturado e os outros 7% de resinas e pigmentos coloridos, a superfície cria- da pela Alicante possui grande varieda- de de cores e três acabamentos: bri- lhante, fosco e envelhecido. O material permite criar diferentes formas, recortes, sulcos e bordas. DEKTONE® NANOGLASS® TECHNISTONE® Divulgação/Consentino Di vu lg aç ão /N an og la ss Divulgação/Technistone 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:28 Página 163 164 revestimento PORCELANATO É fabricado com materiais mais puros, a temperaturas superiores a 1200°C. As peças possuem baixa absorção de água e resistência comprovadamente maior. A impermeabilidade da superfície inibe a proliferação de fungos e bactérias, pro- porcionando melhor higiene. Para manter as superfícies livres de su- jeira, é indicado o uso de água e sabão neutro. Produtos específicos podem ser utilizados a cada 15 dias. Os porcelana- tos possuem excelente resistência me- cânica e baixíssima absorção de água. COMO INSTALAR O primeiro passo é preparar o con- trapiso, que precisa de duas semanas para secar. Depois dessa etapa, o por- celanato pode ser assentado. É funda- mental levar em conta os espaçamen- tos entre as peças e obedecer às espe- cificações do fabricante. Antes de iniciar o assentamento, va- le colocar as peças lado a lado para ve- rificar se elas resultarão no efeito que você desejava para seu lar. Outra dica é privilegiar argamassa com proprieda- des de colagem por ancoragem quími- ca (próprias para porcelanatos). Cerca de 72 horas depois, chega a vez do re- juntamento com material impermeável. Proteja o produto assentado e evite que as demais etapas da construção, como pintura e elétrica, danifiquem a super- fície. A areia (quartzo) provoca riscos em qualquer revestimento. Outra dica é op- tar por argamassa com propriedades de colagem por ancoragem química (pró- prias para porcelanatos). NOVAS OPÇÕES Com a vinda de novas tecnologias, os formatos aumentaram e a reprodução de texturas naturais ficaram mais perfeitas. Hoje há opções retangulares e é possível imprimir relevos. As peças apresentam ex- celente aderência e não riscam, nem trin- cam com o passar dos anos. Importante: é fundamental observar as especificações técnicas do material para saber se é exatamente o que você precisa para revestir o piso do lar. Uma dica valiosa é nunca comprar apenas pela beleza. PORCELANATOS 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:30 Página 164 165 PASTILHAS A lista de vantagens é extensa, com destaque para alta resistência e brilho garantido. As pastilhas podem ser feitas com vidro, porcelana, cerâmica ou cristal e são indicadas para revestir paredes, pi- sos e piscinas. Podem ser aplicadas em superfícies retas ou onduladas e em di- versos ambientes da casa. INSTALAÇÃO O assentamento deve ser feito com argamassa especial sobre a superfície se- ca e nivelada. As peças vêm em cartelas coladas em placas. Os rejuntes podem ser da mesma cor da pastilha ou em di- ferentes tonalidades para proporcionar um contraste. AS MAIS USADAS Vidro Os mosaicos de vidro são resistentes, não mancham, nem perdem a cor e o brilho com o passar dos anos. Ainda é possível desenvolver painéis personaliza- dos, com desenhos ou formas abstratas – basta deixar a criatividade tomar conta. Para limpar as superfícies, a dica é usar escovas macias com cerdas de náilon e esponjas umedecidas com água e sabão neutro. Evite produtos à base de cera, óleo, graxa ou solventes. Eles deixam re- síduos e acumulam sujeira. Porcelana Aspastilhas acompanham curvas, pos- sibilitam a criação de diferentes mosai- cos e deixam o projeto personalizado. Além disso, não absorvem água e ga- rantem ótima impermeabilização. As matérias-primas usadas na fabrica- ção (feldspato, argilas e quartzo) são queimadas em fornos com temperatura acima de 1.250°C. Essa característica ga- rante resistência. Podem ser aplicadas em fachadas de prédios, pois resistem ao sol, chuva e à salinidade de orlas ma- rítimas por mais de 30 anos. Cerâmica São resistentes e indicadas para re- vestir áreas internas e externas. No mer- cado há várias opções de cores e es- tampas, para todos os gostos. A manu- tenção é simples, basta usar água e sa- bão para manter as peças sempre lim- pas. São versáteis e podem ser aplicadas em superfícies retas ou com ondulações. PASTILHAS Projeto Fernando Forte Foto G ui M orelli G ui M orelli Evelyn M üller 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:31 Página 165 166 revestimento MADEIRA É uma das mais usadas dentro e fora de casa. Apresenta alta resistência, ga- rante conforto térmico e possui uma lis- ta extensa de opções de texturas e co- res. Além disso, tem ótima capacidade de isolamento elétrico, resistência ga- rantida e facilidade de renovação. MADEIRA MACIÇA Apresenta boa resistência e densida- de, o que permite diferentes possibilida- des de uso. Pode ser utilizada em forros, assoalhos, parquetes, tacos e deques. Realizar manutenção frequente é fun- damental para garantir a beleza e a du- rabilidade das peças. A aplicação da ce- ra varia de acordo com o uso, algumas marcas indicam um intervalo de, aproxi- madamente, três meses. A limpeza deve ser feita com vassoura de pelo e pano macio, levemente umedecido. Não use solventes e produtos incompatíveis com o acabamento escolhido. ASSOALHOS São as famosas tábuas corridas e de- vem ser instalados com o sistema macho e fêmea. Possuem comprimento, espes- sura e larguras diferentes e podem ser assentados na horizontal, vertical ou dia- gonal. O assoalho tradicional, por exem- plo, pode ser colocado sobre diversas bases existentes: contrapiso, compensa- do naval, barrote ou qualquer outro pi- so. Para garantir um bom trabalho é in- dicada a dupla fixação – uso de cola alia- da a parafusos ou pregos. TACOS É possível encontrá-los em diferentes versões: tacão, taco palito ou lenheto. Com eles, a sugestão é colocar a criati- vidade em cena e desenvolver diferen- tes composições – inclusive aquelas que lembram pisos muito usados na déca- da de 1970. A espessura varia entre 1 e 2 cm. PARQUÊS São pequenas plaquetas de madeira que formam mosaicos especiais. A ins- talação é feita com diversas peças fixa- das no piso com cola. Para aplicação é preciso nivelar e encaixar os parquetes de maneira uniforme. ASSOALHO MADEIRA COMO REVESTIMENTO DE PAREDE Pr oj et o Si dn ey Q ui nt el a Pr oj et o M an ar el li G ui m ar ãe s Ar qu ite tu ra F ot o Di vu lg aç ão /M ar ce lo N eg ro m on te 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:32 Página 166 167 DEQUES Ipê, jatobá e cumaru estão entre os mais usados por apresentarem alta re- sistência e durabilidade. São as opções mais aplicadas ao redor da piscina e de- vem receber um tratamento especial, com verniz ou stain. Essa medida afasta problemas causados por intempéries e possíveis ataques de insetos. MADEIRA DE DEMOLIÇÃO É uma alternativa sustentável, pois não resulta em desmatamentos. As mais usa- das são: pinho de riga, peroba rosa, pe- robinha do campo, cabreúva, jacarandá e braúna. O material pode ser encontra- do em lojas especializadas e deve ser com- prado com atenção. Analise as peças com cuidado para evitar problemas futuros. LAMINADO Boa sugestão para quem deseja eco- nomizar, mas não abre mão da qualida- de e de efeito especial. É durável, não risca com facilidade e não ocasiona fres- tas. Basta limpar de maneira convencio- nal com vassoura macia e um pano ume- decido. Aos que gostam de mudar, uma boa notícia: os pisos laminados apre- sentam facilidade de instalação, princi- palmente em reformas, pois dispensam quebra-quebra. FIQUE ATENTO! Sustentabilidade Em todos os casos e tipos de pisos, va- le checar se o fabricante escolhido pos- sui selos de certificação ambiental. Anote a dica A madeira sofre movimentos de con- tração e dilatação ao longo do tem- po. Por esse motivo é fundamental deixar, em média, 15 mm de espa- çamento entre pisos e paredes. Cada revestimento exige um modo de ins- talação diferente. Por isso, contrate mão de obra experiente. ASSOALHO TACOS LAMINADO Pr oj et o Pa ul a Sa ue r e R ob er ta H om em d e M el o Fo to G ui M or el li Pr oj et o M ár cia B ar bi er i F ot o Ev el yn M ül le r Pr oj et o At ria A rq ui te to s Fo to E dg ar d Cé sa r 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:33 Página 167 168 revestimento CERÂMICA O material possibilita a criação de am- bientes coloridos e a escolha de diferen- tes modelos e tamanhos. Pode ser usa- do como revestimento de pisos, azulejos e pastilhas. Outras vantagens são a fácil manutenção e a durabilidade. Proteção contra infiltrações, produtos antialérgi- cos, fácil assentamento e boa relação cus- to-benefício também estão na lista. Para a área externa ou ambientes molhados, é necessário o uso de cerâmicas que te- nham uma resistência ao escorregamen- to maior, ou seja, mais aderente. INSTALAÇÃO O processo é simples e deve ser feito com argamassa colante e desempena- deira dentada de 8 mm em um contra- piso com caimento certo e cura ade- quada. O rejunte deve ser flexível e im- permeável, também deve ser realizada por mão de obra especializada. Lem- brando sempre de ficar atento as infor- mações descritas pelos fabricantes. RETRÔ Materiais que nos fazem lembrar o pas- sado estão em alta. Exemplos disso são os azulejos decorados que eram vistos nas paredes da casa da vovó. Depois de DICAS É importante saber a metra- gem do local que receberá o revestimento. Compre 10% a mais para evitar problemas. Atenção: os materiais usados no piso podem ser aplicados em paredes, mas o contrário, nem sempre, é permitido. Divulgação/Lepri Divulgação/Lepri Pr oj et o M ár cio S ilv a Fo to E ve lyn M ül le r 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:33 Página 168 169 quase 20 anos, eles voltaram com força total e são presença garantida em proje- tos cheios de charme. As peças menores, decoradas, remetem a antigamente. RESISTÊNCIA GARANTIDA A cerâmica é classificada de acordo com um teste de resistência do esmalte ao des- gastamento provocado por abrasão. Na embalagem deve haver a sigla PEI, que significa Porcelain Enamel Institut (Instituto de Pesquisa de Esmaltes), local onde o tes- te foi desenvolvido nos Estados Unidos. O índice determina a capacidade das su- perfícies esmaltadas resistirem ao tráfego de pessoas e à movimentação de objetos. Confira na tabela abaixo. PEI MOVIMENTO NO LOCAL EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO 0 Uso somente em paredes Paredes I Baixo Pisos de banheiros internos II Moderado Pisos de banheiros e dormitórios III Médio Pisos de todas as dependências residenciais IV Alto Pisos de toda residência e lojas de shoppings V Intenso Pisos de residências, comércios e de algumas indústrias RESISTÊNCIA Di vu lg aç ão /L ep ri Pr oj et o Ze hb ra A rq ui te tu ra F ot o Fr an P ar en te 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:34 Página 169 170 revestimento CIMENTO ARQUITETÔNICO É uma tendência e ganhou espaço nos projetos. O material tem excelente con- forto térmico, absorve menos calor que pedras naturais ou pisos cerâmicos e, na maioria das linhas, é antiderrapante. Acres- centa qualidade plástica, possui grandes dimensões e diferentes tonalidades. A instalaçãoé simples e requer mão de obra especializada. É preciso utilizar argamassa colante flexível e realizar co- lagem dupla para fixar a peça. Os ma- teriais podem ser aplicados em pisos e paredes de área interna e externa (há itens específicos para cada ambiente e parte da casa). Evelyn M üller G ui M or el li Patrícia Cardoso 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:34 Página 170 171 EFEITO 3D A impressão que se tem ao sentir vo- lume e formas que compõem cada pe- ça é de que foram feitas a mão. Contu- do, cada relevo apresenta um método particular de fabricação. Os mais comuns são produzidos à base de um processo de queima de cerâmica seguido pela es- maltação. Há ainda outros métodos que contam com cortes diferenciados e fei- tos com concreto arquitetônico. A apa- rência e o efeito dessas peças têm três funções: trazer o aspecto rústico da pe- dra, impor durabilidade unida à resis- tência e compor um ambiente diferen- ciado. O processo de fabricação é se- miartesanal e tem cinco fases. As maté- rias-primas e o método de produção ga- rantem um processo limpo e que pre- serva a natureza. Divulgação/Castelatto Ham ilton Penna Ham ilton Penna Ham ilton Penna 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:36 Página 171 172 revestimento TIJOLOS Nunca saem de moda, dão charme às fachadas de casas rústicas ou com- põem detalhes em construções con- temporâneas. Podem ser usados em pi- sos e paredes, dependendo do material escolhido, no entanto, é fundamental tomar alguns cuidados básicos para man- ter a beleza do material. É essencial apli- car resinas ou silicones para proteger contra manchas. Os impermeabilizantes devem ser apli- cados em substratos limpos e porosos. Use um pincel de pelo curto ou trincha. Mantenha um intervalo mínimo de seis horas entre as aplicações de cada demão. O silicone deve ser aplicado com pulve- rizador de baixa pressão ou trincha. De- pois dessas etapas, é preciso esperar cer- ca de seis horas para a secagem. Projeto Betina M artau Foto Patrícia Cardoso Projeto Ricardo Bandeira Foto Patrícia Cardoso Projeto Ricardo Viggiani Foto G ui M orelli Projeto M arcelo Pacheco Foto M CA Estúdio 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:37 Página 172 173 CIMENTO QUEIMADO O tradicional requer a execução de um contrapiso de 2 a 3 cm e a aspersão de pó de cimento com pigmentos na su- perfícies, que formam uma finíssima ca- mada. Já o kit polimérico é um sistema que possui, entre os componentes: ar- gamassa colorida à base de cimento branco, pó de mármore e quartzo. COMO PREPARAR O PISO Antes de aplicar sobre o contrapiso, use as juntas de dilatação. Na sequên- cia, espalhe a massa. Para alisar a su- perfície, utilize uma desempenadeira de madeira. Aplicar vernizes, óleos hidror- repelentes ou ceras é outra medida in- dicada pelos fabricantes. Projeto M árcia Barbieri Foto Evelyn M üller Projeto Claudio M acedo Foto G ui M orelli Patrícia Cardoso 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:37 Página 173 174 revestimento VINÍLICO Os pisos de vinil conquistaram espa- ço nos lares brasileiros. Há inúmeras van- tagens, entre elas economia, durabili- dade e conforto térmico. Pode ser aplicado em diferentes am- bientes da casa. A instalação é simples e evita quebra-quebra. No entanto, é im- portante verificar as condições do local antes de começar o processo. É indica- do para todos os contrapisos, desde que a área esteja sem ondas e depressões. O material é aplicado com uma pasta de- senvolvida com água, cola de acetato de polivinila (PVAc) e cimento. As em- presas especializadas passaram a inves- tir em estampas cheias de charme com opções para todos os bolsos e gostos. Di vu lg aç ão /T ar ke tt Divulgação/Tarkett 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:37 Página 174 175 PAREDES VESTIDAS Os tecidos são boas soluções para dar um charme à morada. Antes de aplicá-los, é preciso preparar as pare- des que irão recebê-lo. Regiões cha- piscadas e com acabamentos sem uni- formidade não devem ser usadas. Dê preferência a superfícies niveladas. A próxima etapa é aplicar os modelos com cola à base d'água e espátula. Fa- ça um teste com uma pequena amos- tra para verificar se o produto não mancha. A limpeza deve ser realizada semanalmente com aspirador de pó e pano úmido com detergente neutro nos couros sintéticos. 158-175 Pisos e Paredes.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:38 Página 175 Cor é vida e tem o poder de despertar sensações e recordações. Isso é fácil per- ceber ao nos surpreendermos com uma parede colorida ao entrar em um am- biente. A impressão é indescritível, ain- da mais quando há efeitos e texturas que enriquecem a composição. Afinal, quem não se encanta com as chamativas construções do Caminito, rua-museu de Buenos Aires, Argentina, que se tornou famosa graças às sobras de tintas que os marinheiros do bairro de La Boca traziam do porto para pintar suas casas? Ou como não se inspirar com as residências brancas e azuis de tirar o fôlego das ilhas gregas de Mikonos? Para deixar o lar com ares de cartão- postal, inspire-se e escolha o tom que mais combina com o projeto. Conforme o local e a forma de aplicação, as tintas podem trazer diferentes resultados. Além disso, móveis e objetos também recebem essas tonalidades. No entanto, a primei- ra preocupação durante a escolha deve estar relacionada à qualidade e finalidade do produto. pintura 176 HÁ MUITA VERDADE NESTA FRASE DO PINTOR FRANCÊS PAUL CÉZANNE “Quando a cor tem a maior riqueza, a forma atinge a plenitude” Projeto Ricardo M iura Foto Tarso Figueira 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 176 177 Projeto M árcia Barbieri Foto Evelyn M üller 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 177 178 pintura FACHADAS Sofrem com a degradação provoca- da pela ação do tempo e do ambiente, como chuva, sol e poluição que, com o passar do tempo, causam fissuras, as quais auxiliam na proliferação de fungos, bolores e mofos, provocando manchas e deterioração da tinta. Além disso, o uso de produtos de má qualidade ou pou- cas demãos para a área externa prejudi- cam a aparência da morada. A escolha da tonalidade também influenciará no tempo de manutenção. As cores intensas apresentam um des- gaste grande, devido à maior absorção de raios solares do que em tons claros nas paredes. Antes de dar vida nova às paredes que apresentam sinais de desgaste, o correto é usar um fundo preparador de parede para tintas antigas. Já para as su- perfícies que nunca foram pintadas, re- comenda-se prepará-las com lixa e sela- dor acrílico. Outro cuidado importante para garantir a boa aplicação e durabi- lidade é nunca passar o produto em re- giões úmidas e com problemas de im- permeabilização. O ideal é sempre iden- tificar a origem do problema apresenta- do e tratar de maneira adequada. Há muitas opções de tintas antimofo que inibem a proliferação dos fungos, porém, também existem produtos sanitizantes específicos para combater a umidade. Se o reboco for novo, deve-se aguar- dar 30 dias para a cura completa do ma- terial, antes de aplicar as tintas. Em se- guida, utilize um selador acrílico e pinte com o acabamento desejado. No caso da aplicação de texturas, as massas ni- veladoras são dispensadas, aplicando-se na parede o selador da mesma cor da textura para dar aderência Atenção, para ter cores e texturas im- pecáveis, seja nas fachadas ou paredes, deve-se sempre aplicar tintas de quali- dade com o auxílio de equipamentos es- pecíficos, com a execução realizada por profissionais habilitados. CONHEÇA OS MATERIAIS QUE ESTÃO PRESENTES NAS TINTAS Resina Cerca de 90% são originadas da naf- ta, um subproduto do petróleo. Esse componente é a parte não-volátil da tin- ta que tem a função de reunir as partí- culas de pigmentos.É o tipo de resina que determinará a denominação, entre acrílica, alquídica, epoxídica ou poliviní- lica. Complexas reações químicas levam à formação dos polímeros que determi- narão as propriedades de resistência e durabilidade da resina. Pigmentos São os responsáveis pela coloração da tinta. Trata-se de um material sólido que também confere ao produto caracterís- ticas como opacidade e resistência. Es- sas matérias-primas são divididas entre pigmentos coloridos, não coloridos e an- ticorrosivos – que proporcionam prote- ção aos metais. Aditivos Materiais responsáveis pelas caracte- rísticas especiais das tintas ou mesmo pe- la melhoria de suas propriedades origi- nais. São diversos os aditivos utilizados na produção de tintas, como os secan- tes, antissedimentares, antiespumantes antir-raios ultravioletas e niveladores. PRINCIPAIS DIFERENÇAS Solvente Trata-se de um líquido volátil com bai- Projeto Parnaso Foto Tarso Figueira 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 178 FIQUE ATENTO! 179 xo ponto de ebulição, cuja função é dis- solver a tinta. São classificados em sol- ventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos. Tinta látex PVA O que dá o nome à tinta é o tipo de resina usado na formulação, nesse caso a PVA. Pode ser diluída em água e é la- vável, mas deve ser utilizada apenas pa- ra ambientes internos, por não apre- sentar resistência às intempéries. Tinta látex acrílica Desenvolvida a partir de resina acrílica, é indicada para qualquer ambiente, so- bretudo em locais abertos, como facha- das, muros e estacionamentos. Por ter substâncias impermeabilizantes em sua formulação, é resistente à água e ao ven- to. Também não desbota e pode ser di- luída em água. Para remover sujeiras em superfícies pintadas com tinta acrílica, basta lavar com esponja macia e sabão neutro. Ela pode ser encontrada em três versões: acetinada, semibrilho e fosca. Tinta esmalte Apenas para portas, janelas, metal e ferragens em geral. Existem esmaltes que podem ser diluídos em água ou solven- te. A opção à base d’água é mais vanta- josa porque, além do ganho ambiental, a pintura seca rápido e quase não tem cheiro. Ela apresenta resistência a fun- gos e não amarela com o tempo. Pode ser encontrada com três tipos de acaba- mentos: fosco, acetinado e brilhante. Tinta para piso Garante aparência nova aos pisos ci- mentados velhos, mesmo que já tenham sido pintados anteriormente, e confere sofisticação aos ambientes rústicos da residência. Esmaltes epóxi Apresentam resinas epóxi resistentes e normalmente brilhantes. Quando apli- cados, geram uma camada com alta re- sistência, suportando de maneira ade- quada a umidade, atrito e sujeira. São mais utilizados para pinturas de concre- to aparente, banheiros, azulejos e pisos. Esmaltes sintéticos São revestimentos à base de misturas de resinas e secantes, resistentes à chuva e ao sol. Apresentam película resistente à sujeira e podem ser usados para pintu- ras internas e externas. Vernizes poliuretânicos Compostos por resinas poliuretânicas, são indicados para acabamentos inter- nos e externos de madeiras. Possuem al- ta resistência ao intemperismo natural e também a fungos e mofos. Vernizes para madeiras Sua composição é feita à base de resi- nas e secantes que geram a formação de película protetora e resistente. São mais indicados para o uso em madeiras exter- nas, mas também podem ser aplicados em revestimentos de madeiras internas. Stains São compostos formulados para pe- netrarem na madeira sem formar pelí- cula e, dessa forma, não provocar o des- cascamento. Possuem alto poder de tin- gimento e podem ser encontrados em diversas tonalidades, inclusive nas colo- rações que imitam diferentes tipos de madeiras. Há também as versões inco- lores, que podem ser aplicadas antes dos vernizes quando há a necessidade de mudar a coloração das madeiras. APLICAÇÃO DE TINTA LÁTEX ACRÍLICA APLICAÇÃO DE TINTA ESMALTE DE OLHO NA DURABILIDADE Atenção à qualidade do produto na hora da compra. Escolher a tin- ta errada ou sem de as comprova- ções de sua eficácia, a durabilidade será prejudicada. O produto ser testado e aprovado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Caso contrário, o rendi- mento pode ser muito abaixo do esperado, resultando em maior consumo maior e resultado duvido- so, podendo apresentar manchas, desbotar ou descascar. Para ter mais informações sobre a qualidade das tintas, a Abrafati for- nece uma lista de empresas que es- tão em acordo com os padrões de qualidade da ABNT. Fique atento, na embalagem deve sempre cons- tar se a classificação é premium, standard ou econômica. A linha de tintas com a classificação mais ele- vada é a premium, que deve apre- sentar rendimento mínimo de 6 m² por litro. A performance das tintas standard deve ser de 5 m² por litro e da econômica, de 4 m² por litro. Ham ilton Penna Ham ilton Penna 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 179 180 pintura TENDÊNCIAS DE CONSUMO Ao escolher o tom para o imóvel, al- gumas pessoas podem ficar confusas. Afinal, o número de possibilidades é infinito. Para auxiliar na decisão, pes- quisas de tendências são realizadas por profissionais de diversos países e seg- mentos do design. Esses estudos anuais reúnem indústrias têxteis, laminados tin- tas, automóveis, plásticos, papéis, ele- trodomésticos, pigmentos, pisos, móveis, tapetes, enfim tudo que envolve cor. Nas reuniões são analisadas as ten- dências de comportamento da socieda- de, suas necessidades, o mercado de consumo e quais os fatores que mais te- rão influência. Ao final desse longo tra- balho de pesquisa, estilos, formas e cores que serão atraentes para os consumi- dores em vários segmentos são reunidos para formar a cartela de cor de uma de- terminada empresa de tintas, sendo ajus- tada ao produto e mercado consumidor. No entanto, como a seleção de to- nalidade para a casa pode gerar dúvi- das, há sistemas tintométricos, aplicati- vos para smartphones (Suvinil e Coral) e simuladores de ambientes que reprodu- zem as imagens dos cômodos escolhi- dos com grande variedade de tons. TONALIDADES INDICADAS A cada ano, as marcas destacam de- terminada paleta de cores. Assim dicas de profissionais são úteis no momento de definir a combinação ideal para va- lorizar as paredes. É importante ressaltar que os tons de- vem ser escolhidos de acordo com as as- pirações e sentimentos que se deseja im- primir nos ambientes da casa. As cores estão ligadas a sensações e ao gosto pes- soal, além de estimular os sentidos. A seleção depende do efeito que se pretende e do uso do ambiente. No ca- so de cores quentes ou primárias, prefi- ra utilizar apenas em detalhes ou em pa- redes que não fiquem permanentemente na direção dos olhos. Cores escuras e fe- chadas, como cinza, marrom e tons de azul, resultam em sofisticação e elegân- cia. Já os tons off-white são bem-vindos e permitem diversas combinações. A di- ca para a escolha da nuance é pensar no tamanho do ambiente e na lumino- sidade natural. Cores fechadas em es- Projeto Carol G ay Foto Alessandro G uim arães 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 180 181 paços pequenos dão a sensação de que são ainda menores. TEXTURAS O acabamento confere modernidade às paredes, pois é composto por resinas que permitem criar efeitos, desenhos ou painéis decorativos. Acessórios como es- cova de dentes, espátula de aço e vas- soura de náilon ajudam a criar as inusi- tadas texturas. É importante atentar às etapas da aplicação, deformidades, in- filtrações, deficiências da superfície e tem- po de secagem, bem como a escolha da mão de obra capacitada para garantir a execução de maneira correta. Os revestimentos texturizados são uti- lizados ainda para corrigir fissuras ou pe- quenas deformidades da parede, além de proteger,colorir e inovar no acaba- mento, sejam eles internos ou externos. Para os que apreciam ambientes com aparência rústica, os produtos são óti- mas opções para inovar e acrescentar o charme campestre aos projetos arquite- tônicos. A Ibratin oferece a linha Elegance de texturas que dispensa mão de obra es- pecializada, pois já vem pronta para o uso, sem precisar diluir em água. Dispo- nível em 22 cores, cada embalagem dá efeito a paredes de até 10 m2. Opções Os efeitos decorativos da Suvinil enri- quecem o universo das texturas para pa- rede. A linha é composta pelo Acrílico com Microesferas, Acrílico Metalizado, Fundo Magnético, Suvinil Gel, Texturatto Especial e Texturatto Toque de Brilho. Para um clima jovial, principalmente em quartos e salas, aproveite o efeito jeans lavado obtido com o Suvinil Gel. Mas se quiser aparência de tecido, de bambu ou até mesmo de concreto apa- rente, a opção é o Texturatto Especial. O Texturatto Toque de Brilho, por outro la- do, possui micro cristais na composição e proporciona brilho ao acabamento. A marca ainda conta com a linha acrílica metalizada para o efeito palha, que traz a suavidade e a descontração dessa fibra, e a linha Acrílico com Microesferas para preparar a textura lunar, que proporcio- na requinte e sofisticação aos ambientes. Outra tendência é a textura elástica, da Textura & Cia, ideal para paredes su- jeitas a vibrações e impactos. As tintas da série Eucatex Acrílico Super Premium Acetinado facilitam a manutenção, sen- do necessário usar apenas uma espon- ja úmida e detergente neutro para lim- peza pesada. Nas áreas externas, é re- sistente a intempéries e oferece proteção contra os raios UV. A Lukscolor tem uma linha de tintas spray com oito produtos. Há opções es- pecíficas para metal (aço e ferro), ma- deira, gesso, cerâmica, entre outras. A Brasilux também disponibiliza linha de spray para uso em geral, de secagem rá- pida e alta resistência. EFEITOS DECORATIVOS Graffiato De acordo com a Hydronorth – fabri- cante do Graffiato Premium riscado – pa- ra obter esse efeito, o profissional preci- sará ter: tinta acrílica fosca da cor da tex- tura, Graffiato, rolo de lã, uma desempe- nadeira de aço e uma desempenadeira plástica. A marca aconselha verificar as instruções de aplicação, tais como dilui- ção, tempo de secagem e locais onde po- de ser utilizado. Além disso, em áreas ex- ternas com incidência de sol, trabalhe em uma faixa de aproximadamente 1 m de largura por vez. Limpe a desempenadei- ra plástica durante a aplicação para facilitar o acabamento e use pincel para o fundo no canto da parede. De acordo com a empresa, pode-se variar o efeito, fazendo riscos horizontais, cruzados ou circulares. ATENÇÃO NO ACABAMENTO Os acabamentos foscos propor- cionam conforto enquanto os brilhantes são preciosos. Na ho- ra de usá-los, os produtos com leve brilho colaboram para au- mentar a distribuição de ilumi- nação dos ambientes. Para não realçar as imperfeições, os fos- cos são os mais indicados. As cores são percebidas de ma- neira diferente nos diversos aca- bamentos, assim uma tonalida- de será mais intensa em produ- tos brilhantes. GRAFFIATO Projeto G eorge M artins Foto Patrícia Cardoso Tarso Figueira Antonio Di Ciom m o 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:47 Página 181 182 pintura Método simples Deve-se espalhar a massa uniforme- mente pela superfície e, com ela ainda fresca, usar o o dedo ou um pente na superfície com movimentos que criem o desenho desejado. Caiada É uma pintura natural que transmite um efeito manchado nas paredes. O pig- mento pode ser óxido de ferro em pó ou pó xadrez. Cor e quantidade depen- dem da tonalidade desejada SELADOR OU FUNDO PREPARADOR? É fundamental utilizar produtos es- pecíficos antes da pintura, pois garan- tem melhor acabamento à superfície, proporcionando melhores resultados e economia, além de evitar retrabalhos. O selador garante o preenchimento de paredes muito porosas porque pe- netra e se expande, dando uniformidade à superfície. É indicado para vários ma- teriais, como reboco novo, concreto apa- rente, blocos de concreto e fibrocimento. O fundo preparador é recomendado para paredes de gesso novas, descasca- das, pintadas com cal que estão esfare- lando ou para conferir mais firmeza ao reboco fraco. O material aglutina partí- culas soltas, conferindo melhor aderên- cia. Pode ser indicado até mesmo antes da pintura com tinta emborrachada. Nas aplicações de texturas, o selador deve ter a mesma cor da textura para garantir o efeito desejado. Como o se- lador dá aderência e a textura arranha a parede, se ele não estiver no mesmo tom, aparecerá o branco no fundo com- prometendo o resultado final. PARA ESCREVER Paredes, painéis e portas podem se transformar em verdadeiras lousas, além de deixar os ambientes (salas, home-of- fices, cozinhas e quartos) mais diverti- dos, já que além das crianças poderem desenhar e rabiscar, os adultos podem deixar recados, receitas e anotações. COM PROTEÇÃO Algumas marcas contam com portfó- lio que vai além das cores e efeitos ex- clusivos. Com o avanço da tecnologia, o mercado de tintas evoluiu e inova cons- PINTURA CAIADA PINTURA PARA ESCREVER TEXTURA SIMPLES EM CÍRCULOS TEXTURA SIMPLES EFEITO DEDOS Projeto Patrícia de Carvalho Foto Patrícia Cardoso Projeto Bruna Riscalli Foto Victor Affaro Antonio Di Ciom m o Antonio Di Ciom m o 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:48 Página 182 183 tantemente, surpreendendo os consu- midores. Exemplos são as que oferecem proteção ao ambiente e, consequente- mente, aos moradores, combatendo mo- fo e bactérias. Algmas marcas possuem produtos que contém fórmula antibacteriana e tecno- logia avançada para garantir a durabili- dade da tinta mesmo após muitas lava- gens, sem estragar ou desbotar, além de permitir eliminar manchas de grafite, lá- pis de cor, café, chocolate e outras: bas- tam água e sabão para limpar. Esses produtos, para áreas internas e externas, garantem coberturas livres de micro-organismos e, por meio de aditi- vos, combatem o aparecimento de mo- fos, fungos e algas. Ainda há opções que podem ser aplicadas diretamente na pa- rede mofada. Contudo, para manter as fachadas im- pecáveis por mais tempo e sem fissuras, as empresas disponibilizam produtos que acompanham os movimentos de con- tração e dilatação das paredes para evi- tar o surgimento de rachaduras. MÃO DE OBRA Atenção, além dos cuidados na escolha dos materiais e nas etapas de execução da pintura, a mão de obra tem que ser capa- citada para a tarefa. Os pro- fissionais precisam ter expe- riência e cuidados para que o resul- tado seja o esperado. Assim, ao con- tratar o serviço, fique atento à elabo- ração do documento para garantia dos direitos e deveres das partes. Con- fira as orientações para evitar proble- mas futuras: 1 Defina o que será pintado den- tro e fora da residência. Na maioria dos casos, os pintores trabalham por empreitada e, muitas vezes, pintar o máximo de espaços possíveis pode di- minuir os custos; 2 Peça para o pintor fazer um or- çamento e explicar como trabalhará. É preciso levar em conta o tipo de pro- fissional, quais são seus conhecimen- tos técnicos, se possui cursos de pin- tura e certificados etc; 3 Faça pelo menos três orçamentos e avalie a quantidade de material neces- sária para a obra, quais marcas de tin- tas o profissional indica, em quanto tem- po ele realizará o serviço, quantas pes- soas formam sua equipe e quantas ho- ras trabalha por dia. Com isso, você po- de avaliar qual melhor lhe atende; 4 Na hora de preparar o orçamen- to, avalie se o pintor dispõe de ferra- mentas e todos os recursos necessá- rios para a realização dos serviços, por exemplo andaimes, rolos, escadas, pincéis e outros; 5 Indicações de amigos, geral- mente, são as mais comuns para a contratação do serviço de pintura.Se não tiver, busque recomendações em lojas de tintas e na Abrafati, que pos- sui um programa de formação e ca- pacitação de pintores; 6 Também é importante buscar re- ferências dos pintores em lojas de tintas e visitar trabalhos feitos recentemente; 7 Existem empresas especializadas em pin- tura que possuem Ca- dastro Nacional de Pes- soa Jurídica (CNPJ). Nes- se caso, é importante con- sultar no Procon se há recla- mações contra a empresa; 8 Antes da contratação, é funda- mental perguntar se o pintor aplica ou não textura. Existem profissionais que sabem usar somente as tintas con- vencionais, outros são especializados em texturas e aqueles que realizam os dois trabalhos; 9 As paredes normalmente ficam por último, já que ao lixar itens em madeira ou paredes com massa cor- rida é comum que o pó se acumule na superfície; 10 Faça um contrato, garantindo os direitos e os deveres das partes. Ne- le, é preciso especificar pontos como o prazo de execução do serviço e as formas de pagamento; 11 Formalize quem ficará respon- sável pela compra de materiais: o pro- prietário ou o pintor contratado; 12 Caso seja o pintor o encarrega- do de adquirir os produtos, especifi- que detalhadamente no contrato, os tipos e as marcas de tintas e texturas que serão usadas, pois existem mate- riais de primeira e segunda linha e classificados como econômicos, stan- dard ou premium; 13 Caso contrate uma equipe pa- ra fazer a pintura lisa e convencional e outra para texturas e efeitos deco- rativos, é importante se programar a fim de que elas não trabalhem ao mesmo tempo, para que uma não atrapalhe o serviço da outra; 14 Para um trabalho adequado, o profissional deverá sempre cobrir com fita crepe as esquadrias e rodapés; 15 Ainda, o profissional deve pro- teger as paredes recém-pintadas con- tra incidência de água, poeira e qual- quer tipo de contato. PINTURA ANTIBACTERIANA Carlos Edler 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:48 Página 183 184 pintura Encurte: se o cômodo retangular é comprido demais, uma solução simples é aplicar cores mais escuras nas pare- des para dar a sensação de um espaço mais curto. Dica: você pode usar tons de azul, indicados para quartos de crianças e adultos hiperativos. A cor é ideal para painéis ou em combinações com outras cores. Alongue: se quiser garantir mais profundidade a um cô- modo quadrado da residência ou escritório é necessário aplicar cores mais escuras nas paredes opostas. Dica: os tons de verde podem ser escolhidos. Eles repre- sentam esperança, paz e calma. Há opções mais fechadas, voltadas para o cinza. DICAS E TRUQUES Alongue a parede: pinte com uma cor escura a parte in- ferior da parede e escolha um tom mais claro para contras- tar na área superior. Dica: o vermelho é muito indicado para destacar. Além dis- so, aumenta o apetite e é estimulante. Não a use para co- lorir um ambiente inteiro, pois pode ficar muito carregado. Encurte a parede: ao dividir a parede ao meio com um bar- rado e pintar a parte superior com um tom mais escuro e a inferior com um tom mais claro as paredes serão encurtadas. Dica: na parte de cima você pode optar pelo cinza, já que o tom expressa a linguagem popular das ruas. Porém, to- me cuidado, ja que não deve ser usado em excesso. 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:48 Página 184 185 Rebaixe o teto: ao aplicar um tom mais escuro que o usa- do nas paredes, o pé-direito parecerá mais baixo. Isso ga- rantirá aconchego e beleza aos cômodos. Dica: use e abuse do laranja para fazer esse efeito. Ele passa a impressão de calor e é estimulante. Muito indicado para salas de estudos, de estar e até de reuniões. Alargue o ambiente: cômodos e corredores muito estrei- tos devem ter suas paredes de fundo e o teto pintados com um tom mais escuro que as demais utilizadas. Dica: sempre escolha cores de acordo com suas preferên- cias e objetos de decoração. Eleve o teto: ao aplicar um tom mais claro que o escolhi- do para as paredes, o efeito é contrário do citado acima, ou seja, o teto parecerá mais alto do que realmente é. Dica: nada melhor do que o branco, que representa pure- za e limpeza, aumenta o volume e reflete o calor. Destaque um objeto: aplicando uma cor intensa ou con- trastante na parede que servirá como fundo ao objeto, ele terá mais visibilidade na decoração. Dica: na parte de baixo você pode usar o violeta, que re- presenta magia e espiritualidade. A cor é fria e não deve ser usada no ambiente todo. Ilustrações Chris Borges 176-185 Pintura.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:48 Página 185 esquadrias 186 As vistas da casa NOS DOIS SENTIDOS, PORTAS E JANELAS FAZEM UMA GRANDE DIFERENÇA NO PROJETO Elas dão as boas-vindas e levam claridade aos ambientes afinal, além de integrarem o projeto, portas e ja- nelas são funcionais. Por isso os modelos devem oferecer conforto e proteção. Fique atento ao local da instalação. Analise ventilação, iluminação, espaço disponível para abertura da es- quadria e as condições de intempéries. Um vão livre maior do que as dimensões das esquadrias para evitar pro- blemas. A conversa com profissionais não deve ser dispensada, esclareça dúvidas sobre quantidade, tama- nhos, tipologias e materiais. Os materiais mais usados para a fabricação são aço, alumínio, PVC e madeira. Sobre as medidas mínimas, são recomendados 2,10 m de altura e largura de 0,60 m no caso de portas. Pr oj et o Ca m ila F ab rin i F ot o L eo na rd o Fi no tti 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:51 Página 186 187 QUE VISTA! Não há quem resista a uma paisagem de tirar o fôlego. "Opte por modelos que ofereçam estanqueidades e acabamen- tos do mesmo material. Vale lembrar que a madeira deve vir do cerne da árvore. sugere o empresário Adriano Sanches, da Adriano Esquadrias. Há uma variedade de sistema, os mais usados são os de correr, oscilo-batentes e maximar. Com a nova norma de de- sempenho, há uma tendência ao uso de esquadrias com melhor desempenho ter- moacústico, enquanto as oscilo-batentes aparecem como melhor opção. 1. Guarnições São as molduras das janelas e seguem o mesmo estilo. Escondem a folga entre a parede e a esquadria, que pode ser preenchido com espuma de poliuretano ou argamassa. Após essa etapa, elas en- tram em cena e fazem a cobertura. 2. Venezianas Garantem ambientes arejados. Com opção de ventilação permanente (talas fixas) ou regulável (talas móveis), podem ser de correr, abrir e sanfonadas. São mui- to usadas para a circulação do ar em ba- nheiros, closets e despensas. 3. Batentes São peças fixas nas quais a porta ou a janela se encaixam. Eles sustentam as fo- lhas das esquadrias e também são co- nhecidos como caixa. Em portas de abrir, geralmente, apresentam perfis de borra- cha que amenizam o barulho da batida. Contramarcos Servem como perfis de contornos ins- talados nos vãos que receberão as es- quadrias. Têm a função de fixar portas ou janelas, permitem acabamento e aju- dam a determinar as medidas dos futu- ros modelos. 1 2 3 Tarso Figueira 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:51 Página 187 188 esquadrias AO SEU MODO Confira as janelas mais usadas. De correr Pedida para quem deseja ambientes integrados com a sensação de amplitu- de. Compostas por uma ou mais folhas, o deslizamento das janelas é feito por meio de trilhos. As com vidro são indi- cadas para separar o interior do exterior em função da vista oferecida. Sanfonada As folhas são articuladas entre si e do- bram-se quando abertas por desliza- mentos na horizontal ou vertical. Maxim-ar Para cozinhas e banheiros, são aber- tas apenas com um empurrão. Permi- tem o controle da ventilação com di- versas opções de abertura de acordo com a preferência. SANFONADA MAXIM-AR DE CORRER Thiago Justo Fr an P ar en te Pa trí cia C ar do so 186-199 Esquadrias.qxp___Construir2009 18/02/2019 14:51 Página 188 189 Basculante Com controle horizontal em sintonia com os perfis da janela, é indicada para banheiros e cozinhas, já que possui pe- quena projeção para os lados. Pivotante Conhecida por grandes aberturas, é formada por uma ou mais folhas. É re- comendada para ambientes maiores . PIVOTANTE BASCULANTE MATERIAIS PVC Para quem procura isolamento acús- tico, conforto térmico e economia, o mo- delo de PVC (policloreto de polivinila ou vinil) é a opção ideal. O material é um isolante natural, ele não permite troca de calor com o ambiente externo, seja entrada de frio no Inverno ou de calor no Verão. Dessa maneira, economiza-se tanto com aquecimento quanto com ar- condicionado. Além de ser uma solução sustentável, já que é proveniente de um recurso reciclável, o PVC apresenta be- nefícios como isolamento acústico e tér- mico, diminuindo as trocas de tempera- turas entre os ambientes. No quesito segurança, a peça tem a vantagem da resistência, uma vez que recebe reforço interno de aço, e não ser inflamável. O PVC é autoextinguível e não propaga chamas em caso de in- cêndio. Para a limpeza diária, basta uti- lizar água e sabão neutro. Evite pintar, envernizar ou lixar as esquadrias. A lu- brificação das ferragens deve ser feita anualmente com óleo anticorrosivo. PVCTar so F ig ue ira Ta rs o Fi gu ei ra Ev el yn M ül le r 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:52 Página 189 190 esquadrias AÇO TRATADO Valoriza as moradias e é resistente. Não é indicado para cidades litorâneas em função da salinidade marítima, pois pode causar corrosão. Algumas marcas recebem tratamento nanocerâmico pa- ra melhor aderência à pintura, este pro- cesso é uma solução ao uso de metais pesados, fósforo e outros componentes orgânicos voláteis. Os perfis exigem ma- nutenção periódica com água, sabão neutro e pano. Aplique lubrificante nos rodízios e verifique periodicamente a ne- cessidade de apertar os parafusos. ESTILO RÚSTICO Quando usadas com tonalidade e veios aparentes, as esquadrias de ma- deira valorizam os projetos. Lixe a su- perfície e aplique fundo impermeabili- zante, como stain e polisten para prote- gê-la contra cupim, fungos, mofo e umi- dade e evitar que fique manchada com a massa de reboque de cimento. Depois é possível cobrir a esquadria com verniz, laca ou pintura. As tintas que podem ser utilizadas são laca, esmalte sintético, acrí- lica e látex PVA. ALUMÍNIO Altamente resistente à corrosão, é ponto forte a durabilidade. É matéria-pri- ma líder no segmento de esquadrias por ser versátil e atender aos mais exigentes projetos arquitetônicos. A anodização e a pintura eletrostática proporcionam aos produtos durabilidade e resistência. Os modelos oferecem alta vedação de água e ar. Após a instalação, os trilhos exigem limpeza, para evitar o acúmulo de poei- ras e materiais. Para a manutenção, use apenas solução de água e detergente neutro com esponja ou pano macio. MADEIRA Proporciona ambientes aconchegan- tes, confere requinte e sofisticação às construções e é um excelente isolante térmico. As mais indicadas são a cedro- rosa, freijó e louro-vermelho. Há dois modelos disponíveis no mer- cado: maciço e compensado. O primei- ro apresenta todos os componentes constituídos por uma ou mais espécies florestais de madeira maciça natural. O compensado é formado por uma folha AÇO RÚSTICO Projeto Paula Sauer e Roberta Hom em de M elo Foto G ui M orelli Projeto Ricardo Viggiani Foto G ui M orelli 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:52 Página 190 191 de porta prensada composta por ma- deira e revestida com laminado ou pin- tura. Para ficar em dia com o meio am- biente, na hora da compra, deve-se exi- gir o documento de origem florestal, que garante que o material não é oriundo de desmatamento. ESQUADRIAS COLORIDAS A grande vantagem das tintas colori- das, em comparação com as demais, é a maior durabilidade, pois a pigmentação funciona como filtro para os raios ultra- violeta. Por esse motivo, a manutenção pode ser feita apenas a cada três anos. Para colorir uma porta de madeira, a su- perfície deve ser lixada e é necessário aplicar sobre ela um fundo branco es- pecífico para o material, também co- nhecido como fundo fosco, que serve para selar e garantir a melhor absorção da tinta. A base água não exige o uso de solvente, não tem cheiro e permite um trabalho mais rápido. Quatro horas após a pintura, é possível dar a segun- da demão, enquanto a base solvente ne- cessita de, pelo menos, oito horas. ALUMÍNIO COLORIDA MADEIRA Pr oj et o Cr ia A rq ui te tu ra F ot o G ui M or el li Projeto M árcia Barbieri Foto Evelyn M üller Pr oj et o Ri ca rd o Vi gg ia ni F ot o G ui M or el li 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:52 Página 191 192 esquadrias Ninguém diz que peças tão pequenas e discretas exercem papel funda- mental no desempenho das esquadrias. Mas, acreditem, as ferragens são as responsáveis por levar segurança, confor- to e praticidade na aber- tura e fechamento de por- tas e janelas. Por isso, é im- portante que os modelos eleitos estejam em sintonia com a arquitetu- ra da residência e oferecerem proteção aos moradores. O componente selecionado deve es- tar de acordo com as características dos materiais, sistemas de acionamento e fi- nalidade de uso. Caso contrário, há risco de surgirem problemas no futuro. Uma dobradiça leve instalada em uma porta pesada prejudicará o funcionamento da fechadura e, provavelmente, danificará a estrutura. Vale lembrar que modelos com vidro temperado pedem um suporte especial. Vale a pena investir em ferramentas de polímeros plástico. O material garante a articulação dos movimentos com quali- dade e não oxida em áreas litorâneas. MATERIAIS Na lista dos materiais mais usados pa- ra a produção estão alumínio, aço e a li- ga de zinco zamak, com opção de aca- bamento cromado e bronze. A escolha da matéria-prima para o desenvolvimen- to do produto precisa levar em conta o esforço mecânico desejado, design e re- sistência à corrosão. Respeitados esses critérios, o próximo passo é consultar profissionais especiali- zados para a compra ser um sucesso. In- vista em produtos com testes de resis- tência e fabricados dentro das normas específicas. Muitas vezes, optar pelo me- nor preço pode gerar riscos. Fique atento também ao prazo de ga- rantia oferecido pelo fabricante que, em média, costuma ser de cinco anos. Um bom profissio- nal de instalação e a adequação do produto à região onde será instalado são fundamentais. Se- guindo esses dois pré-re- quisitos o consumidor tem a garantia de um produto de lon- ga durabilidade. BEM POSICIONADAS Não há segredos para a instalação des- de que seja executada por profissionais qualificados para evitar problemas no fu- turo. Todas as fechaduras contam com manual de instalação, limpeza e conser- vação, mas se o usuário não está fami- liarizado com os processos, o mais indi- cado é pedir ajuda especializada. Feita a avaliação, a próxima etapa é seguir os alinhamentos e níveis para evi- tar o uso forçado dos acessórios. As fer- ragens formam um conjunto totalmente integrado. Se uma das partes não for ins- talada corretamente, o funcionamento do produto ficará comprometido. MANUTENÇÃO Para ficarem sempre novas, as peças exigem cuidados. Como regra geral, não use produtos químicos como solventes e abrasivos para limpeza por apresentarem fórmulas que reagem com os revesti- mentos. Use pano com água e sabão neutro para remover as sujeiras. Invista em óleos lubrificantes para evitar o ran- ger do metal. Caso a porta receba apli- cação de tinta ou verniz, vale proteger para ter estragos. A lubrificação das fechaduras pode ser realizada com grafite em pó, consideran- do-se que o óleo forma uma pasta que podeprovocar o travamento dos pinos. ENTENDA A FINALIDADE DE CADA FERRAGEM E GARANTAO BOM DESEMPENHO DAS ESQUADRIAS: 1. Fechaduras São responsáveis pelo travamento da esquadria e segurança residencial. Pro- duzidas em metal, pela lingueta aciona- da por chave, fecha portas e janelas. 2. Ferrolhos Acessório que fixa as folhas de porta- balcão ao chão. 3. Maçanetas Com uma infinidade de modelos, materiais e formatos disponíveis no mercado, as mais comuns são as com design de bola e alavanca. São funda- mentais para o desempenho dos trin- cos das fechaduras instaladas em por- tas e janelas. 4. Dobradiças São responsáveis pela sustentação e movimento de portas e janelas. Forma- das por duas chapas metálicas unidas por um eixo comum. A aplicação é seg- mentada pelo nível de tráfego – baixo, médio ou alto – onde serão aplicadas. 5. Contratestas Confere o acabamento. Possui uma placa fixada na lateral da porta ou janela com as aberturas das trancas da fechadura. 6. Espelhos Placa de metal fixada na porta que serve para acabamento das fechaduras. Esconde buracos da instalação e encaixa a chave ao eixo do trinco. 7. Puxadores Usados para auxiliar a abertura e fecha- mento de portas e janelas, são fabrica- dos com metal, madeira ou plástico. Beleza e segurança A ESCOLHA DAS FERRAGENS DEVE PRIVILEGIAR A ESTÉTICA COM SEGURANÇA E PRATICIDADE 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 14:53 Página 192 193 8. Rosetas Com formato arredondado, confere acabamento à fechadura e é onde a chave será inserida. 9. Fixadores São usados para prender produtos nas paredes e evitam que portas batam de forma inesperada. 10. Olho mágico Geralmente instalado na porta principal da moradia, conta com lente de vidro que permite a visualização de quem está do lado externo da casa. Serve como produto de segurança e deve ser instalado no centro da porta a uma altura de 1,50 m ou na estatura do morador mais baixo. 11. Cremonas Fecho de ferro responsável por trancar portas e janelas nas partes de cima e embaixo. 12. Fechos Contribuem para o design da esqua- dria e devem proporcionar conforto no manuseio. Podem ser usados independentemente e servem para trancar portas e janelas sem a utilização de chaves. 1 5 4 7 9 8 10 11 12 6 2 3 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:33 Página 193 194 esquadrias Luz e economia PARA GARANTIR AMPLITUDE E BAIXO CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA, INVISTA NOS PANOS DE VIDRO Projeto M anuela Senna Foto Tarso FIgueira 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:33 Página 194 195 Nobres e com diversidade de uso, os vidros que farão parte da residência de- vem ser escolhidos com critério. Para que não haja nenhum problema, é válido analisar fatores como aplicação, espes- sura, estética, segurança e conforto tér- mico e acústico. Além disso, deve ser calculado, fabri- cado e instalado conforme as especifi- cações da Associ-ação Brasileira de Nor- mas Técnicas (ABNT). Antes de adquiri- lo, averigue se o fabricante possui certi- ficações como o ISO 9001 (processos e qualidade do produto), OHSAS 18001 (saúde ocupacional e segurança dos co- laboradores e ISO 14001 (referente ao meio ambiente). Entre os mais usados estão laminado, temperado, transparente, fosco ou ja- teado, impresso ou fantasia, aramado e blindado. A partir da utilização, define-se a especificação, como espessura e tipo de beneficiamento. É possível ainda ava- liar seu desempenho como maior apro- veitamento da luz solar, controle de ca- lor, dimensões da peça, segurança e re- sistência. Forma de fixação, pressão do vento e possibilidade de impactos tam- bém não podem ser esquecidos na ho- ra de determinar a espessura. INSTALAÇÃO Deve ser feita por profissionais habili- tados, que precisam obrigatoriamente usar todos os equipamentos de prote- ção. É importante lembrar que eles não podem ter contato direto com materiais que possam danificar a borda ou super- fície como concreto e metais. Para o ser- viço, são usados calços, ferragens e se- lantes adequados. É preciso prever folgas entre o vidro e a estrutura de fixação, para que não que- brem ou se deformem com a dilatação causada pelas alterações de temperatu- ra cotidianas. Calços feitos com silicone ou PVC e bom nivelamento de bordas também são bem-vindos. É fundamental observar alguns requi- sitos especiais, como folgas aplicadas, re- baixo do caixilho, estanqueidade, ne- cessidade de contra marcos, a utilização de selantes de vedação como silicones, gaxetas de borracha e acessórios utiliza- dos nas esquadrias para garantir segu- rança e perfeição na instalação. BOA CONTRATAÇÃO! De nada adianta escolher os me- lhores vidros se forem aplicados de maneira incorreta. O ideal é pedir indicação para os fabricantes. É im- portante conhecer os antecedentes do vidraceiro, se informar se ele se- gue as normas técnicas de instala- ção e, se possível, visitar algumas obras já executadas. Ao contratar profissionais sem co- nhecimento técnico são cometidos erros básicos de colocação do ma- terial. "Os espelhos se mal instala- dos ainda podem oxidar muito mais rápido", completa. É necessário en- tender em qual área a mão de obra do vidraceiro é melhor aplicada. Ao fechar negócio, solicite sempre a nota fiscal, que deve ter especifica- dos os tipos de vidros e as respecti- vas quantidades e medidas, assim como o prazo de entrega e instala- ção. É só seguir essas recomenda- ções e aproveitar a morada. TIPOS DE VIDRO Aramado: durante a fabricação, o material (translúcido e incolor) recebe uma malha de arame interna. Se que- brar, os cacos ficarão grudados na re- de metálica, o que evita cortes e aci- dentes. É indicado para divisória de am- bientes, coberturas, guarda-corpos, es- cadas e sacadas. Craquelado: são três camadas de vi- dro laminado. Quando serrado, as duas camadas internas ficam intactas e a do meio fragmenta-se, o que dá um as- pecto de cacos de vidro (apresenta tex- tura composta por diversas trincas que difundem a total luminosidade natural do ambiente). Espelho: passa por um tratamento de metalização em uma das faces o que propicia a reflexão de raios luminosos e imagens de pessoas e objetos. Float: fabricado em uma piscina de estanho, o material é liso e transparente e tem espessura uniforme e massa ho- mogênea. O ideal é utilizá-lo em locais que necessitem de boa visibilidade. O vi- dro chama-se float por sua capacidade de flutuar na água. Float-Glass: conta com superfícies planas, paralelas, transparentes e de visi- bilidade perfeita. As cores são reproduzi- das com exatidão. Fosco ou jateado: recebe um jato de areia ou de pó-abrasivo, que dá um leve desgaste à superfície, deixando-o mais fosco. A opacidade garante privaci- dade ao ambiente. Impresso ou fantasia: os desenhos (ou ondulações) possibilitam alterar a transparência sem precisar jatear. Laminado: é feito em duas camadas coladas com resina líquida ou com uma película plástica de polivinilbutiral (PVB). Em caso de quebra, os cacos ficam cola- dos na resina. É muito usado em cober- turas, boxes, tampos de mesa, guarda- corpos e sacadas, entre outros locais que exigem segurança. Liso: é transparente e sem textura. Recozidos: é um dos mais baratos, pois qualquer vidro comum é considera- do recozido. Não recebe tratamento após passar pelo resfriamento. Tem esse nome porque o processo de fabricação é cha- mado de recozimento. Temperado: passa por um processo de aquecimento e resfriamento brusco, o que o deixa com uma resistência de cinco a sete vezes maior do que a de um material comum. Além disso, se por algum motivo quebrar, os pedaços se- rão pequenos e arredondados, sendo menos perigosos. É utilizado em locais onde é exigida segurança, como saca- das e boxes. Termoacústico ou insulado: é feito por duas ou mais chapas de vidro inter-caladas por uma câmara de ar. Com o vão, fica mais difícil a passagem de som e calor aos ambientes. É bastante usado em janelas. Translúcido: transmite luz mas causa uma leve distorção da imagem. São vi- dros que trazem maior privacidade. Transparente: permite a passagem da luz e uma visão nítida da imagem de quem está do outro lado. 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:33 Página 195 196 esquadrias FACHADAS Vidros laminados, temperados, ara- mados, impressos e blindados são os mais indicados. Tanto em fachadas como em varandas devem ser dimensionados com o maior critério possível, pois há pressão do vento. Em uma esquadria conven- cional, até mesmo um modelo comum de 3 mm pode ser utilizado. Porém, em projetos personalizados deve-se avaliar cada caso. Se o vidro aplicado com fer- ragens for autoportante, escolha o tem- perado. Em fachadas totalmente de vi- dro é recomendado o laminado, por exemplo. Por isso, devem ter espessura mínima de 8 a 10 mm. VARANDAS FECHADAS Neste caso, podem ser usados com sis- temas deslizantes com pivotamento (giro) na área do estacionamento do vidro, bas- culantes e até mesmo de abrir. Os vidros VARANDA FECHADA E COM COBERTURA DE VIDRO FACHADA Pr oj et o - P au la S au er e R ob er ta H om em d e M el lo F ot o Jo ão R ib ei ro Projeto M árcio Silva Foto G ui M orelli 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:33 Página 196 197 indicados são os de segurança, como tem- perado, aramado e laminado. Cada um exige um projeto específico, pois deve-se verificar se a estrutura, como vigas, lajes e guarda-corpo, suporta o peso do siste- ma envidraçado. Pesam aproximadamente 23 kg por m². A definição da espessura varia conforme a altura e largura dos pai- néis, além da incidência dos ventos e do atrito. Dependendo da situação, são di- mensionados com 8, 10 ou 12 mm. COBERTURAS Vidros aramados ou laminados são in- dicados, pois não estilhaçam em casos de quebra ou acidentes. Para determinar a espessura, cheque o vão livre dos pa- nos de vidro, ou seja, a distância entre os apoios, geralmente, a espessura mí- nima é de 10 mm. O projeto arquitetônico deverá definir em quais partes da cobertura haverá o vidro fixo ou sistemas de abertura, como os retráteis e os deslizantes de correr. Du- rante a aplicação na cobertura, é preci- so medir a abertura, cortar a peça com precisão e realizar uma boa vedação pa- ra que não ocorram vazamentos. Já as coberturas retráteis, permitem o controle de abertura de acordo com os desejos de cada morador. Variam de acor- do com os gostos e as condições de ca- da tipo de residência. Na maioria dos ca- sos, são indicadas para piscinas, am- bientes externos como churrasqueiras e jardins de inverno. Tornam o ambiente mais agradável pela transparência. Quando optar pela instalação da co- bertura retrátil, é necessário pensar tam- bém no projeto arquitetônico que deve- rá ser feito, pois existem diversos aspec- tos a serem levados em consideração. A estrutura geralmente é feita de alumínio ou aço, já o fechamento é realizado com vidro temperado. Além disso, vale lem- brar que a instalação deve ser feita com cuidado, por isso é preciso procurar em- presas especializadas no assunto para tu- do sair conforme o planejado. GUARDA-CORPOS Vidros laminados e temperados são os mais recomendados porque garantem a segurança e permitem composições va- riadas. A espessura deve ser definida con- forme o projeto. FERRAGENS E ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO Possuem a função de fixar, prender e segurar o vidro em diversos tipos de apli- cação como em coberturas, boxes de ba- nheiro e guarda-corpos de varandas e es- cadas. São fabricados com materiais re- sistentes como aço, zamak, latão e alu- mínio e devem ser instalados em con- junto com o vidro. GUARDA-CORPO DETALHE DE FERRAGEM DE FIXAÇÃOPro je to C ria A rq ui te tu ra F ot o G ui M or el li Pr oj et o M yr na P or ca ro F ot o G ui M or el li Pr oj et o Pa ul a Sa ue r e R ob er ta H om em d e M el lo F ot o Jo ão R ib ei ro 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:34 Página 197 198 PARA BARRAR O CALOR E CONTROLAR A LUZ SOLAR A utilização de vidros e películas es- pecíficas garante a redução do calor e a correta incidência de luz solar nos am- bientes. Para isso, é fundamen-tal esco- lher vidros ou produtos como as pelícu- las que barram o calor e controlam a lu- minosidade. É possível reduzir o uso de ar-condicionado e da iluminação artifi- cial e, consequentemente, poupar ener- gia elétrica. PELÍCULAS Podem ser aplicadas sobre vidros já instalados e, inclusive, é muito utilizado em retrofit. Há soluções que conseguem bloquear a entrada de calor, mantendo a transparência. A utilização resulta no bloqueio dos raios infravermelhos, que é o principal responsável pelo calor. As- sim, diminui sua entrada em um am- biente exposto a raios solares. Existem duas maneiras de controlar os raios so- lares por meio das irradiações que pas- sam pelos vidros das janelas ou facha- das: reflexão ou absorção. No primeiro caso, as películas refletem parte do ca- lor emitido pelos raios solares. No outro, absorvem a entrada dele no ambiente. Projeto Solange M artinhão Foto Patrícia Cardoso 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:34 Página 198 Isso é possível com uma solução de na- notecnologia em que mais de 200 ca- madas e apenas 0,05 mm conseguem absorvê-lo com transparência. As pelí- culas existentes no merdado, possuem transparências de 40, 50, 60, 70 e 90% e, com isso, é possível inibir a entrada de calor sem bloquear a visibilidade do exterior do imóvel para o interior e vice- versa. A instalação deve ser feita por mão de obra credenciada junto ao fabrican- te, sendo que a superfície deve estar bem limpa e livre de sujeira. Caso con- trário, pode ocorrer a contaminação das películas, a formação de bolhas, o des- colamento e até mesmo quebra dos vi- dros por estresses térmicos. A colocação deve ser realizada após a aplicação do vidro na obra. VIDROS Asseguram menor entrada de calor sem impedir a presença de luz natural. Eles controlam em até 80% o calor, blo- queiam em até 99,6% a passagem dos raios ultravioletas (UV) quando aplicado laminado e apresentam variedade de es- pessuras e cores: prata, neutro, azul in- tenso, verde, cinza, entre outros. Durante a escolha, é preciso atentar- se para a orientação solar das fachadas e avaliar pontos como os níveis de inci- dência solar, as necessidades de luz na- tural na área envidraçada, entre outros. São classificados da seguinte forma: Baixa seletividade: possuem alta re- flexão, fator solar mediano e baixa en- trada de luz; Média seletividade: têm alta refle- xão, mas não permitem tanta entrada de luz natural; Alta seletividade: conseguem barrar muito calor ao mesmo tempo que per- mitem a perfeita entrada da luz solar; Seletivos: possuem bom equilíbrio en- tre o quanto deixam passar de luz natu- ral e o quanto conseguem barrar de calor. Lembre-se: é fundamental escolher vidros de empresas consolidadas no mer- cado e que fornecem garantias. Antes de fechar negócio, os instaladores devem vi- sitar a obra a fim de medir de forma pre- cisa as dimensões da abertura, assim co- mo definir as espessuras mais indicadas. 199 VIDRO BLINDADO Indicado para fachadas, portas, janelas, guaritas e locais que ne- cessitem da entrada de luz natural e resistência a projéteis de arma de fogo. O que faz a blindagem é a união de múltiplas camadas com lâ- minas de PVB (Polivinil Butiral) e cha- pa de policarbonato com lâmina de poliuretano. Na instalação, os vidros são cal- çados em todo o perímetro com perfis de borracha com 4 mm de espessura, que permitem o traba- lho natural de contração e dilata- ção dos mesmos. Ao receber tiros, a face voltada para o ambiente in- terno não estilhaçadevido à pelí- cula de proteção, ficando apenas com a marca da bala. NÍVEIS DE SEGURANÇA • Nível II: protege contra as ar- mas de pequeno porte, conhecidas também como arma de cintura, sen- do a mais potente a Magnum 357. A espessura é de 28 mm. • Nível III A: resiste a tiros de armas de médio porte e deve ter espessura de 38 mm. • Nível III: suporta tiros de ar- mamento pesado e de guerra, tais como metralhadoras e fuzil 762. A espessura é de 54 mm. Ao comprar o vidro blindado, tenha muito cuidado e atenção pa- ra não comprar gato por lebre. Atualmente, existem empresas que vendem vidro multilaminado. É for- mado por várias camadas de vidro e PVB e muitas vezes pela sua gran- de espessura e aparente resistên- cia é vendido como blindado, mas não resiste a projéteis de armas de fogo. Para não errar na hora da aquisição, cheque se o fabrican- te possui a certicação do Exército Brasileiro e consulte a Associação Brasileira de Blindagem (Abra- blin). Em seu site é possível encontrar os contatos dos principais fabricantes de vidro blindado. Projeto Solange M artinhão Foto Patrícia Cardoso Antonio Di Ciommo 186-199 Esquadrias.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:34 Página 199 louças e metais 200 Beleza nos detalhes DOS SOFISTICADOS AOS MAIS PRÁTICOS, LOUÇAS E METAIS ARREMATAM ESTÉTICA DE AMBIENTES Di vu lg aç ão /S ile st on e® 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:48 Página 200 201 A lista de opções é extensa, conta com espaço para composições diferentes, com- binações harmônicas e novas formas. Há tempos, a dupla louças e metais deixou de ser apenas funcional. Pelo contrário, os materiais, antes coadjuvantes, figuram como estrelas principais nos projetos. As peças seguem tendências de moda e comportamento. Outra tendência é incorporar aos pro- dutos conceitos de sustentabilidade, que ajudam a economizar água e energia elé- trica. Entre as tecnologias usadas, o des- taque vai para os arejadores (misturam ar à água), torneiras com registro regu- lador de vazão e válvulas de descarga com duas teclas de acionamento. Em todos os casos, o indicado é ele- ger seus favoritos durante a elaboração do projeto arquitetônico. Dependendo da escolha, a instalação hidráulica deve ser feita de maneira específica. No en- tanto, o design dos modelos pode ser definido de acordo com os acabamen- tos (pisos e revestimento das paredes). Dicas anotadas, é hora de seguir rumo às compras! Separe um tênis confortá- vel para andar pelos corredores dos ho- me centers, pois boas opções não fal- tam nas prateleiras. CUBAS E PIAS INSTALAÇÃO É possível escolher o modelo (sobre- por, embutir ou apoio) durante o proje- to, pois cada um possui procedimentos diferentes de instalação. No entanto, na maioria dos casos as cubas são encaixadas em um sifão para escoamento da água e ligadas à tubula- ção do esgoto. Algumas precisam de co- la ou silicone para a instalação. QUALIDADE GARANTIDA Para garantir uma boa compra de lou- ças e metais, é fundamental optar por marcas reconhecidas no mercado, essa medida evita problemas no futuro. É in- dicado, no caso das cubas, optar por mo- delos com, no mínimo, 12 cm de pro- fundidade, essa característica evita que a água molhe a bancada. Divulgação/Roca 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:48 Página 201 202 louças e metais AS MAIS USADAS EM COZINHAS: Aço inox: garantia de facilidade na limpeza e manutenção, possui superfície totalmente lisa e sem porosidade. Pedras artificiais: os compostos de pedras, como o Corian® (DuPont) e o Si- lestone® (Cosentino), são flexíveis e po- dem ser moldados de acordo com as ne- cessidades do projeto. A manutenção é simples, basta limpar a superfície com água ou detergente. Granito: é resistente a variações cli- máticas e não corre risco de surgirem ra- chaduras. AINDA NA COZINHA… As coifas são companhias per- feitas para pias e cubas. São dis- postas em ilha central ou na pa- rede e permitem composições di- ferenciadas. Antes de escolher o modelo, é fundamental observar quantas bocas o fogão possui, o pé-direito do ambiente, a vazão e o acabamento dos eletrodo- mésticos presentes no espaço. Divulgação/Tram ontina Divulgação/Franke Divulgação/Tram ontina Divulgação/Franke 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:48 Página 202 203 EM BANHEIROS: Cerâmicas: são campeãs de pedidos, pois apresentam alta durabilidade, resis- tência e facilidade de limpeza. Mármore: é clássico e deixa os am- bientes ainda mais sofisticados. Há diversas opções de cores e texturas e são ideais pa- ra bancadas amplas de banheiros. Novidades: aposte em cubas de ma- deira (impermeabilizada com verniz es- pecial) e garanta charme e sofisticação ao lavabo. Di vu lg aç ão /D ur av it Di vu lg aç ão /D ur av it Divulgação/Lorenzetti Divulgação/Doka Bath Works 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:49 Página 203 204 louças e metais TORNEIRAS Instalação O procedimento ideal está ligado à instalação em mesas e paredes, que exi- gem cuidados diferentes. A implantação depende do modelo da cuba, que pode ser de sobrepor, embutir ou de apoio. Elas demandam alturas de bancadas va- riadas e pontos de esgotos específicos. Para a colocação em paredes, é pre- ciso um ponto de água. O furo deve es- tar centralizado com o da válvula. No ca- so dos misturadores, é fundamental re- servar dois pontos de água e a posição da bica deve estar centralizada em rela- ção ao furo da válvula. Cada detalhe é importante para evitar o desperdício e evitar problemas futuros. Manutenção A limpeza deve ser feita semanalmen- te e com atenção utilizando apenas fla- nela, água e sabão neutro. A cada seis meses, o ideal é passar cera automotiva, o que aumenta a vida útil do metal. Pro- dutos abrasivos, como palha de aço e es- ponja, danificam o material e não devem ser usados. Design Há uma infinidade de modelos, for- mas e conceitos no mercado. As alavan- cas ergonômicas, por exemplo, facilitam o dia a dia, os sensores são responsáveis por economizar água e os diferentes aca- bamentos conferem charme aos am- bientes. FIQUE ATENTO A dupla cuba + torneira é inseparável. Portanto, nada de combinações que não valorizem o projeto. Além do aspecto es- tético e estilo do banheiro, é necessário verificar a funcionalidade das peças. O ideal é que os jatos de água das torneiras estejam sempre direcionados ao centro da cuba. Escolhendo com atenção, o resultado certamente irá gerar satisfação em ter- mos práticos e estéticos. PLÁSTICO Uma das novidades relacionadas às tor- neiras é a fabricação com plásticos de en- genharia (ABS), material resistente e com- patível com a utilização da água quente. Ecologicamente correto, tem fácil instala- ção, assim como as torneiras de metal, as fabricadas com ABS são instaladas de for- ma prática e rápida, sendo necessário ape- nas o uso de fita veda rosca. Dispensa-se as chaves de aperto. A marca Fortti, do mesmo grupo, é especializada em pro- dutos constituídos com essa matéria-pri- ma. A manutenção simples deve ser feita com água e sabão neutro. Le on ar do C os ta Di vu lg aç ão /D ec a Di vu lg aç ão /D ec a Divulgação/Groe 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:49 Página 204 205 VASOS SANITÁRIOS Muitas vezes deixadas de lado por se- rem peças brancas e sem graças, as ba- cias sanitárias estão cada vez mais mo- dernas e confortáveis. De cerâmica, plás- tico ou aço inox, elas podem ter forma- tos diferenciados, duplo acionamento (3 e 6 litros), desodorizador de ambientes, entre outras novidades. Com tantas op- ções, é importante avaliar bem antes de escolher. Além de preço, o design é um fator fundamental, pois formato e cor de- vem combinar com o ambiente que a re- ceberá. Para a instalação, a localização dospontos hidráulicos e de esgoto do banheiro é determinante. Também é im- prescindível saber a pressão com que a água chegará nesses locais, o que está relacionado com a altura em que a cai- xa d'água se distância do ambiente. Di vu lg aç ão /S up pr em e M et ai s FortiDocol Di vu lg aç ão /D ur av it Di vu lg aç ão /T ot o Di vu lg aç ão /D ec a Divulgação/Icasa 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:49 Página 205 206 louças e metais DUCHAS E CHUVEIROS O primeiro passo é decidir se o ba- nheiro receberá chuveiro ou ducha – es- ta possui jatos mais concentrados. De- pois, é preciso verificar a vazão desejada. Instalação A implantação é simples e pode ser fei- ta pelo próprio consumidor, desde que ele observe as instruções previstas no ma- nual de instalação que acompanha o pro- duto. Evite instalar antes do banheiro ficar pronto, pois pode sofrer danos durante a obra. Dica: antes da instalação vale deixar a água correr pela tubulação, para evitar o risco de entupimentos. MANUTENÇÃO Para preservar a beleza dos metais, va- le tomar alguns cuidados específicos, bas- ta, pelo menos uma vez por mês, passar um pano seco e macio sobre a peça, pa- ra garantir um brilho perfeito e durável. Em cidades litorâneas a atenção deve ser redobrada em razão da maresia, verda- deira inimiga dos metais. Não use pro- dutos abrasivos, nem saponáceos, pois podem danificar o metal. IMPORTANTE A escolha do metal deve ser compatí- vel à rede hidráulica – pontos de entra- da e saída de água devem estar na po- sição correta para a instalação do pro- duto, para água quente, é necessário um sistema de aquecimento. Di vu lg aç ão /R oc a Divulgação/Lorenzetti Divulgação/Lorenzetti Divulgação/Docol Div ulga ção /Hy dra Di vu lg aç ão /A st ra Divulgaçã o/Doka 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:50 Página 206 207 BANHEIRAS Quem não gostaria de chegar em ca- sa e encontrar uma banheira daquelas? Pois bem, saiba que esse sonho pode es- tar muito mais perto do que você ima- gina. A dica é ter paciência e cuidados especiais para escolher o modelo ideal. Há diversas opções disponíveis, desta- que para os modelos de fibra de vidro, gel coat ou acrílico. COMO ESCOLHER O primeiro passo é verificar quantas pes- soas usarão a banheira, se for um mode- lo individual, ele deve ter, no mínimo, 1 m de comprimento por 90 cm de largura. Há os modelos de embutir ou auto- portantes, que não necessitam mais de alvenaria ao redor. O último permite a criação de diferentes designs. A empre- sa, por exemplo, oferece modelos feitos de composto de rocha vulcânica fina- mente moída e misturada com resina, que mantém a temperatura do banho por mais tempo. ACESSÓRIOS Para deixar sua banheira ainda mais bo- nita, a dica é investir em travesseiros, alças de suporte, hidromassagem e cromotera- pia, entre outros. No quesito estilo, apos- te em peças assinadas por designers. Ha m ilto n Pe nn a Di vu lg aç ão /R oc a Ev el yn M ül le r Ev el yn M ül le r 200-207 Louças e Metais.qxp___Construir 2009 18/02/2019 15:50 Página 207 lazer 208 Comer é sempre bom, ainda mais quando há um espaço agradável para apreciar novas receitas. Acoplada à resi- dência ou em um quiosque situado na parte externa, a área gourmet é o setor mais frequentado durante as reuniões com amigos. Mas, para que o churrasco, a pizza e outras delícias sejam um ver- dadeiro sucesso, é preciso seguir as orien- tações sobre o espaço mínimo que a churrasqueira, o forno e o fogão a lenha necessitam. Além disso, devem ser pla- nejados os locais para o manuseio dos alimentos, circulação entre bancadas e componentes e altura da chaminé. Con- fira, a seguir, as melhores ideias para área de lazer com churrasqueira. PRIMEIRO PASSO Saber quem irá construir as peças é muito importante. A contratação de mão de obra inadequada pode resultar em churrasqueiras, fornos e fogões a lenha com diversos problemas, como chaminé mal dimensionada e coifa com altura su- perior à recomendada, também ocorrem deslocamento, vazamento de calor e apa- recimento de trincas.. Se forem kits pré-moldados de con- creto, um bom profissional da constru- ção civil consegue construí-las, desde que siga detalhadamente as instruções do ma- nual de montagem. Independentemen- te do modelo, é recomendado que se- jam feitas por uma empresa especializa- da e experiente, que também oferece ga- CONFIRA AS DICAS PARA CONSEGUIR UMA ÁREA DE LAZER CHEIA DE ESTILO E FUNCIONAL Para compartilhar Projeto M auricio Karan 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:02 Página 208 209 rantias. Ao contratar os serviços de uma empresa para a execução dos compo- nentes, o fornecedor assume a respon- sabilidade pelos serviços prestados e to- tal assistência com relação aos materiais usados, com garantias que podem che- gar a até 10 anos. BRASEIRO É onde ficará a brasa do carvão ou da lenha, deve ser feito com material re- fratário, resistente a altas temperaturas, condutor de calor e não isolante. Além disso, ele deve ser assentado com mas- sa refratária. CHAMINÉ Um problema comum relacionado às churrasqueiras, fornos e fogões a lenha é com relação ao dimensionamento da chaminé. Se feito de maneira incorreta, o retorno será certo. Ela pode ser de al- venaria, pré-moldada e até metálica. Além de não ter obstrução interna, deve ser colocada a uma altura mínima de 80 cm do ponto mais alto do telhado para uma boa vazão da fumaça. Dependendo do projeto, também pode ser instalado um motor para exaustão. Profissionais reco- mendam que o diâmetro tenha pelo me- nos 25 cm em churrasqueiras, 20 cm em fornos a lenha e no mínimo 15 cm em fogões a lenha. CHURRASQUEIRAS São inúmeras as ideias para área de lazer com churrasqueira. As estruturas podem ser de alvenaria ou pré-fabrica- das de concreto refratário ou com kits de aço inox ou carbono. As dimensões mí- nimas do ambiente também são impor- tantes, deve ter pelo menos 10 m² para que haja espaço para manusear os es- petos e as grelhas sem o perigo de es- barrar em pessoas ou objetos. Se optar pela instalação de uma bancada, deve estar no mínimo a 1 m de distância da churrasqueira para facilitar a circulação. Quanto ao componente, as medidas mínimas são similares nos modelos de al- venaria e pré-moldado de concreto re- fratário, o ideal é que uma churrasquei- ra tenha área de grelha com, no míni- mo, 50 cm de largura x 41 cm de pro- fundidade, indicando que o modelo tem uma área externa de 80 cm de largura, também é preciso respeitar a distância de 65 cm entre a grelha da carne e o iní- cio da coifa. A altura total da peça dentro do am- biente (incluindo a parte da chaminé) de- penderá do pé-direito do setor. Pode va- riar entre 2 e 3,50 m. Pr oj et o Ad ria na C an ov a Fo to D ivu lg aç ão /A nd ré F or te s 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:02 Página 209 210 lazer ALVENARIA São montadas de forma artesanal na própria residência, sendo que os mate- riais utilizados são tijolos comuns de bar- ro, refratários e argamassas de assenta- mento, que também devem ser refratá- rias, principalmente para a caixa de fo- go. Pode ser construída em qualquer ta- manho e a instalação necessita de mão de obra especializada. Para quem busca um projeto arrojado, há diversas opções de acabamentos como cerâmica, grani- to, pintura, entre outros, no lugar dos tra- dicionais tijolos aparentes. Isso é possível desde que haja um preparo sobre os ti- jolos de barro. Depois de montada, de- ve ser rebocada com espessura mínima de 2 cm para aplicar o revestimento pos- teriormente. Além disso, a isolação tér- mica deve ser feita na altura do braseiro. PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO REFRATÁRIO São fáceis de executar e comerciali- zadas em diversos tamanhos, sendo mais Pro je to N O P Ar qu ite tu raF ot o Di vu lg aç ão /R ê Fr ei ta s Projeto JF Arquitetos Foto Divulgação/Julia Ribeiro 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:02 Página 210 211 comuns as com 60, 70, 80 e 90 cm de área útil na caixa de fogo. Podem receber variados revestimen- tos, como pastilhas, tijolos aparentes, gra- nito, mármore, pintura e textura, e se- rem encomendadas com suportes para grelhas e espetos e gaveta para cinzas. PRÉ-MOLDADA COM KITS DE AÇO Geralmente, possuem base de alve- naria na qual o kit para a graduação de grelhas fica embutido. São escolhidas principalmente em projetos mais sofis- ticados. “Prefira os kits de aço inox ou carbono, porque são mais resistentes e sofisticados. Compre de empresas idô- neas e especializadas. Para a limpeza, basta usar detergente e esponja”, re- comenda Gemignami. O próprio aço inox ou carbono é usa- do para a coifa e os modelos podem ser para embutir, revestir ou sobrepor. São compostos por grill elevatório totalmente articulado, com grelha tipo argentina com canaletas para a captação de 70% da gordura, sistema de elevação por ma- nivela e correntes, suportes para espe- tos, caixa do braseiro pronta e gaveta cinzeiro. O menor modelo possui 70 cm de lar- gura, 44 cm de profundidade e 153 cm de altura total, enquanto o maior possui 121 x 55 x 153 cm. VIDRO O material é cada vez mais aplicado em churrasqueiras e garante mais pro- teção nas laterais. O vidro temperado é o mais indicado para essa aplicação, pois suporta temperaturas de 230 ºC a 240 ºC, dependendo da espessura. Além dis- so, se o uso for para barrar as brasas, o modelo deve ter baixa dilatação térmi- ca, pois o calor pode quebrá-lo. Nesse caso, são indicados vidros termicamen- te tratados. Para definir a espessura, é preciso avaliar pontos como a pressão do vento ao qual será submetido e a dis- tância entre a chama e o vidro. Com is- so, podem ser especificadas espessuras entre 6 e 12 mm. A limpeza deve ser feita apenas com água morna e sabão neutro depois de um bom tempo após o churrasco, para evitar o choque térmico no vidro. Pr oj et o St ud io D eu x Fo to s Di vu lg aç ão /E ve lyn M ül le r Pr oj et o M ar cia B ar bi er i F ot o Al es sa nd ro G ui m ar ãe s 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 211 212 lazer PASSO A PASSO Veja, etapa por etapa, a construção de uma churrasqueira em alvenaria convencional: 1 3 6 9 12 2 4 7 10 13 5 8 11 14 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 212 213 DICAS IMPORTANTES Para maior durabilidade dos componentes e dos revestimentos, siga as instruções abaixo: 1- Caso a churrasqueira, forno e fo- gão a lenha sejam revestidos com pas- tilhas ou azulejos, o assentamento de- ve ser realizado com argamassas es- peciais e resistentes a temperaturas ele- vadas. O rejunte também deve tolerar o calor. 2- A limpeza do revestimento em pastilhas, azulejos ou granitos deve ser realizada após os componentes esta- rem completamente frios. Caso con- trário, aparecerão rachaduras por cau- sa do choque térmico. Devem ser usa- dos água e produtos neutros. Não são indicados materiais de limpeza à base de ácidos e uso de espátulas ou palha de aço, pois riscam a superfície. 3- Se as ideias para área de lazer com churrasqueira forem implantadas em locais independentes da edificação principal, o estilo da cobertura deve ser previsto ainda no projeto arquitetôni- co. O telhado pode ser o mesmo da casa principal, com telhas convencio- nais, cobertura embutida ou até mes- mo ser coberto com palhas naturais pa- ra conferir um ar rústico à morada. 4- Caso o quiosque tenha cobertu- ra natural (sapê, piaçava e palhas san- ta-fé, carnaúba e coqueiro) é preciso atenção redobrada. Por serem de fá- cil combustão, podem ocasionar in- cêndios. Por isso, o ambiente deve ser implantado afastado da construção principal. É preciso aplicar produtos antichamas nas fibras, projetar as cha- minés com saída lateral e sem conta- to com a cobertura e fiação elétrica embutidas em conduítes metálicos. 5- Para facilitar o preparo dos ali- mentos e a limpeza do local, é reco- mendado colocar uma bancada com pia e pelo menos um ponto com água fria. Os modelos de cubas maio- res são indicados por serem mais prá- ticos e espaçosos. 6- O projeto hidráulico deve, ain- da, prever saída de esgoto, ralo e até uma caixa de gordura. Verifique ain- da se há inclinação no chão para que a água escoe facilmente junto ao ra- lo, caso contrário haverá poças. 7- Caso seja projetado um banhei- ro, devem ser previstos pontos de água para a pia e para o chuveiro, vaso sa- nitário, ducha higiênica, ralo e saída para o esgoto. 8- A instalação de gás não deve ser esquecida caso sejam implantados churrasqueira a gás, fogão ou fornos convencionais. O primeiro passo é che- car se o local da obra é abastecido com gás de rua. Senão, será necessá- rio colocar os tradicionais botijões ou cilindros, que devem estar fora do am- biente e em local ventilado. Os tubos e conexões de cobre são usados para a passagem do gás. 9- É fundamental ter um projeto elétrico bem dimensionado e com po- sicionamento definido de luminárias, interruptores e tomadas de uso geral. Lembrando que os conduítes, fios e tomadas nunca devem estar próximos da caixa do braseiro. 10- Caso seja solicitada a instalação de uma lâmpada dentro da churras- queira, são necessários os seguintes itens: cabo elétrico, soquete e lâmpa- da especial que suportem temperatu- ras mais elevadas. 11- A água nunca deve ser usada para apagar a brasa ou limpar os com- ponentes. Também é proibido utilizar spray com água para diminuir as la- baredas. Isso pode causar trincas e fis- suras nas peças. Para isso, recomen- da-se jogar cinzas do churrasco ante- rior ou espalhar carvão ou lenha. 12- O carvão e a lenha provenien- tes de reflorestamento são os mais in- dicados. Madeiras que sobraram da obra, como eucalipto utilizado em es- coras, gabarito, vergas e contra-ver- gas, podem ser boas opções desde que não tenham recebido tratamento contra a ação do tempo. Nunca de- vem ser queimadas madeiras que re- ceberam pintura, qualquer tipo de aca- bamento ou até mesmo o eucalipto autoclavado, pois essas substâncias são altamente tóxicas. 13- O carvão e a lenha devem ser armazenados em local seco, já que a umidade atrapalhará no próximo acendimento. 14- O primeiro acendimento é mui- to importante, pois elimina toda a umi- dade que fica na peça após a cons- trução. Por isso, se acender o fogo for- te antes de um aquecimento prévio, haverá choque térmico e consequen- temente trincas e até grandes racha- duras. O procedimento começa com fogo baixo e é aumentado gradual- mente. Com isso, a umidade sai da pe- ça e a mesma fica pronta para receber o calor necessário para o preparo dos alimentos desejados pelo chef. 15- Nunca utilize produtos infla- máveis para acender o fogo da chur- rasqueira, forno e fogão a lenha. Ape- sar de existirem várias técnicas para is- so, o uso do acendedor em gel é o mais recomendado, pois é seguro. Ele pode ser encontrado até mesmo em lojas e supermercados. 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 213 214 lazer FORNO A LENHA É o componente predileto de quem gosta de assar deliciosas pizzas. Nele, também podem ser preparados pães e até mesmo carnes assadas, é recomen- dado que tenha uma área mínima de 1,1 x 1,1 m para abrigar a peça, que de- ve ter pelo menos 85 cm de diâmetro interno e 1 m de diâmetro externo. A área também deve ter no mínimo 1,5 m livre para quem está manuseando as pás, que possuem cabos compridos e a chaminé deve medir a partir de 20 cm de diâmetro. DE ALVENARIA OU PRÉ-MOLDADO? Ambos possuem boa durabilidade e possibilidade de serem instalados aco- plados ou não à churrasqueira ou ao fo- gão a lenha. Para evitar problemas,sem- pre contrate uma empresa especializa- da. Transtornos como retorno da fuma- ça, grande consumo de lenha, demora para aquecer o forno e aparecimento de trincas e rachaduras são muito comuns quando construídos por profissionais não habilitados. Os de alvenaria são bastante resistentes e ainda mantêm a temperatura interna com menor consumo de lenha. Os pré- moldados possuem menor custo e, por serem fabricados com concreto refratário, quando feitos com qualidade, evitam trin- cas e rachaduras nos revestimentos. Os pré-moldados ainda oferecem co- mo vantagens rapidez, praticidade e a certeza de uma fabricação supervisio- nada e dentro das normas técnicas da ABNT e a garantia do fabricante. Tijolos aparentes, textura, pintura, pas- tilhas, reboco e pedras são os principais materiais usados no acabamento. Pro- dutos com baixa resistência ao calor, em torno de 250 ºC para fornos domésti- Projeto Daniel Paccaud Foto M arcus M endonça 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 214 215 cos, nunca devem ser escolhidos, pois podem se soltar ou trincar. Consulte sem- pre o fabricante do material para verifi- car a resistência. ACESSÓRIOS É fundamental prever ainda pontos de hidráulica e elétrica. Além das tradi- cionais grelhas e espetos, a churras- queira também pode ter vários acessó- rios como pás e vassouras de limpeza, enquanto o forno a lenha requer pás para colocação e retirada das pizzas. O fogão a lenha necessita de panelas es- peciais, que garantem o sabor diferen- ciado das comidas e resistem ao calor do local. Não esqueça que o carvão ve- getal e a lenha devem ser de madeira de reflorestamento. PEÇAS ACOPLADAS Ter uma churrasqueira unida ao for- no ou fogão a lenha requer alguns cui- dados durante a construção, ao unir qualquer peça, analise se a fumaça pro- duzida será totalmente conduzida pela chaminé, por isso, verifique se ela será suficiente para que as peças possam fun- cionar ao mesmo tempo, pois muitos er- ros ocorrem justamente por causa do uso simultâneo não ser previsto. Para a perfeita saída da fumaça, deve- se evitar curvas e desvios, além de au- mentar seu espaço útil. Uma churras- queira com tamanho médio, por exem- plo, deve ter um duto de 10” (25 cm). Po- rém, quando instalada em conjunto com forno ou fogão a lenha, é necessária uma chaminé com pelo menos 12” (30 cm). Para calcular o tamanho da peça pen- se na quantidade máxima de pessoas que frequentará o local, pois os compo- nentes podem ficar pequenos. Planeje também a área para circulação e prepa- ro das refeições. Projeto Juliana M eda Foto ALessandro G uim arães Foto Evelyn M üller 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 215 216 lazer Não é preciso aplicar isolante térmico como a lã de rocha entre as peças. A uti- lização é apenas recomendada sobre o forno a lenha e deve ser usada inde- pendentemente de estar unida ou não. ACESSÓRIOS Além das tradicionais grelhas e espe- tos, a churrasqueira também pode ter pás, vassouras de limpeza e até mesmo um grill giratório que proporciona mais praticidade para o churrasco. Não es- queça de instalar uma tomada próxima do local. O forno a lenha requer pás pa- ra colocação e retirada das pizzas. O fo- gão a lenha necessita de panelas espe- ciais, que garantem sabor especial às re- feições e resistem ao calor. Diâmetro Diâmetro Altura Boca Peso Interno Externo Interna/Externa Altura/Largura Kg 0,80 m . . . . .0,92 m . . . . .0,40 m/ 0,46 m . . .0,25 m/ 0,34 m . . .220 0,90 m . . . . .1,02 m . . . . .0,45 m/ 1,51 m . . .0,33 m/ 0,40 m . . .330 1,00 m . . . . .1,12 m . . . . .1,50 m/ 0,52 m . . .0,35 m/ 0,41 m . . .340 0,80 m . . . . .1,00 m . . . . .0,40 m/ 0,48 m . . .0,32 m/ 0,42 m . . .220 1,00 m . . . . .1,20 m . . . . .0,45 m/ 0,53 m . . .0,32 m/ 0,42 m . . .330 MEDIDAS DO FORNO A LENHA Projeto Cláudio Arakaki Foto Patrícia Cardoso Foto J. Vilhora Projeto Projeto M arcio e M arcus Cotrim Foto M aíra Acayaba 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:03 Página 216 217 PASSO A PASSO Acompanhe a construção de uma base em alvenaria convencional, como suporte para um forno a lenha pré-moldado: 1 3 6 9 12 2 4 7 10 13 5 8 11 14 Fotos Tatiana Villa 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:04 Página 217 FOGÃO A LENHA Pré-moldado ou feito de forma arte- sanal em alvenaria, pode receber diver- sos acabamentos e ainda ter forno de ferro fundido acoplado. Mas, para ga- rantir boas refeições, precisa ser muito bem planejado e construído. Além da chaminé e os cuidados com a vazão de fumaça, é preciso ficar atento ao posi- cionamento, pois é necessário reservar espaço para a colocação da lenha. Não é indicado posicioná-lo no canto. Se optar por um modelo de alvenaria, não abra mão de profissionais compe- tentes para a execução, pois são feitos artesanalmente, com tijolos e argamas- sa. Assim, terá excelente funcionamento e custo baixo. O fogão deverá oferecer bom aquecimento, queima total da le- nha e resistência a altas temperaturas. Na hora de executá-lo, deixe um es- paço em volta do forno para que o ca- lor gerado pela queima da lenha na for- nalha possa circular. O calor não apro- veitado será expedido pela chaminé jun- tamente com os gases produzidos. Os modelos pré-fabricados têm insta- lação rápida e mais simples. Além disso, oferecem garantia de funcionamento adequado, pois são projetos previamente testados. Normalmente, um kit inclui to- da a estrutura de alvenaria com módu- los de concreto refratário ou chapas de três ou quatro bocas de ferro fundido e o início da chaminé com um registro. O espaço mínimo para uma peça com três bocas e forno de ferro fundido é de 2 m de comprimento x 1 m de largura, sendo que o braseiro deve ter pelo me- nos 70 x 34 cm e o rabicho (parte entre o local da brasa e o final do fogão) pre- cisa ser de 65 x 50 cm. Lembrando que esse forno é dimensionado para aque- cer somente com o calor que sai do fo- gão e não de um braseiro, o diâmetro mínimo da chaminé é de 15 cm e deve ser instalada a partir de 80 cm do pon- to mais alto do telhado. 218 lazer Projeto Eduardo Figueiredo Foto Patrícia Cardoso 208-219 Lazer.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:04 Página 218 PRIMEIRO ACENDIMENTO Garante a durabilidade da peça e evi- ta o aparecimento de fissuras. Deve ser feito de acordo com as instruções conti- das no manual técnico fornecido pelos montadores. Nos fornos pré-moldados, faça pelo menos de duas a três pré-quei- mas antes de utilizá-lo pela primeira vez. TUDO EM UM SÓ Ao optar pela instalação de um kit com churrasqueira e forno ou fogão a lenha é preciso muita atenção, além da mão de obra, observe a instalação de cada com- ponente e analise se as chaminés da churrasqueira, forno e fogão a lenha fo- ram bem projetadas e construídas. Em hipótese alguma devem estar interliga- das, pois um dos problemas que podem aparecer é o retorno da fumaça. LIMPEZA A churrasqueira, o forno e o fogão a lenha devem ser limpos com acessórios adequados encontrados em lojas espe- cializadas. São kits com pá, vassoura e um espalhador de brasas. Quando pos- sui a gaveta cinzeiro localizada abaixo do braseiro, é necessário aguardar o dia seguinte para limpar. Abra a tampa e var- ra para que a cinza e a sujeira caiam den- tro da gaveta. Nunca jogue água ou lave a chur- rasqueira, porque mesmo após horas com o braseiro já apagado, os tijolos re- fratários estão internamente superaque- cidos. Essa ação pode causar trincas, ra- chaduras e soltá-los. 219 Projeto G eorge M artins Foto Patrícia Cardoso Pr oj et o Ri ca rd o Vi gg ia ni F ot o Ed ua rd o Ca st el lo Pr oj et o Pa ul a Sa ue r e R ob er ta H om em d e M el lo F ot o Jo ão R ib ei ro Pr oj et o Lu is Ca rlo s Si lva e E du ar do P in a Ro dr ig ue s Fo to M ar cio C ot rim 208-219 Lazer.qxp___Construir2009 18/02/2019 16:05 Página 219 Qual o tamanho do o seu lazer? lazer 220 CONHEÇA OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS E ELEJA A SUA PISCINA Parte mais cobiçada da casa, é na área de lazer que amigos e familiares apro- veitam as horas vagas para renovar as energias, relaxar e refrescar. Basta fazer sol que, sem pensar duas vezes, quem estiver na residência corre para dar um mergulho. Porém, para fazer do am- biente um local que só ofereça prazeres é preciso muito cuidado na hora da construção. Avalie se o terreno é nivela- do, assim como sua consistência e resis- tência. Se ficar em dúvida, solicite a son- dagem para checar se o solo suportará o peso do espaço para banhos. Outro ponto que merece atenção es- pecial é a localização da futura diversão. A dica é visitar o local em diferentes ho- ras do dia e ainda observar a presença de árvores e muros que possam projetar sombras, é importante verificar como fi- cará o setor social após a construção. Va- le ressaltar que ela deve ocupar apenas uma parte e ser inserida, de forma a não atrapalhar a circulação. Para abrigar os equipamentos com se- gurança, planeje com antecedência pa- ra evitar surpresas e garantir a preserva- ção dos materiais. GARANTIA DE SUCESSO! A contratação da empresa especiali- zada na construção de piscinas precisa ser realizada com muito cuidado para evitar problemas. Independentemente do modelo escolhido, o interessado de- ve confirmar a existência do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e as inscrições estaduais e municipais. Pro- cure se informar também em órgãos co- mo na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) sobre a idonei- dade do profissional em questão e visi- te obras já finalizadas pela empresa. A piscina deve constar na planta bai- xa e ter um engenheiro responsável pe- lo acompanhamento e realização, con- siderando-se que a empresa contratada também será a responsável por oferecer serviço de qualidade e adquirir bons ma- teriais, exija mão de obra qualificada. To- das as solicitações devem estar docu- mentadas em um contrato para, dessa forma, as partes terem os direitos e de- veres assegurados. Não esqueça de verificar o quanto dão de garantia, outra importante dica é confirmar se o fornececimento de as- sistência para defeitos na estrutura, ins- talações e vazamentos, é uma obrigação da empresa. Respeitadas essas etapas, se entregue ao lazer e fique por dentro de todas as dicas para deixar a piscina ainda mais convidativa. Confira os cinco modelos mais usados para embelezar a diversão e escolha aquele que mais aten- de às suas necessidades. Projeto: Valliatti & Patrão Foto Divulgação/Celso Pilati 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:37 Página 220 221 CONCRETO ARMADO O concreto armado permite a cons- trução de piscinas em qualquer tipo de terreno e espaço. Além disso, é possível moldá-las em formatos retilíneos ou com curvas em diferentes ângulos tanto em projetos apoiados no solo e elevados. A resistência é a marca registrada – pode ser construída em terrenos com grandes desníveis e até mesmo com lençol freático. Por meio da sondagem no terreno é feito o estudo que indi- cará os níveis de água e a sobrecarga que o solo existente suporta. Na se- quência, é elaborado o cálculo estru- tural que indicará o tipo de fundação, se direta ou indireta. Quando a estrutura é executada cor- retamente, dimensionada de acordo com o tamanho da piscina e o tipo de terreno, é quase impossível aparecer fissuras ou trincas. Assim, basta fazer a impermeabili- zação para que não haja vazamentos. A lista de vantagens é extensa, como a vida útil de mais de 50 anos e a valo- rização do imóvel. Outro diferencial é permitir o uso de variados revestimen- tos, como azulejos, pastilhas de vidro ou porcelana, pedras, entre outros. TEMPO DE CONSTRUÇÃO: Até 60 dias VIDA ÚTIL: 50 anos ou mais Impermeabilização Forma de madeira Azulejo Concreto Malha de ferro Brita 1. A área para a piscina é demarcada e escavada. No ca- so de escavação com máquina, será necessário acertar o terreno manualmente. Em locais com presença de lençol freático, é preciso fazer a drenagem, bem como remover pedras grandes, raízes e tocos. 2. Se o terreno for firme, não é necessário realizar re- forço estrutural. Caso o engenheiro decida pela exe- cução do reforço (brocas, vigas baldrame etc), deverá ser feito antes do piso para, então, iniciar a concretagem do fundo. 3. Primeiro é construída a forma externa, depois a fer- ragem de fundo e a concretagem. Com o concreto de fundo curado, é feita a ferragem da parede (conecta- da a do fundo) e, então, construída a forma interna. Depois disso a parede é concretada. 4. Em seguida, implanta-se a forma interna com blo- cos. Durante a construção, é necessário definir onde fi- carão os equipamentos de aspiração e retorno, drenos de fundo e refletores. 5. A parede é concretada no vão entre a forma inter- na e externa que abriga a ferragem. Para evitar pro- blemas com vazamento, a piscina recebe uma camada de argamassa polimérica. Nesse passo, deve-se dar aten- ção especial ao entorno dos equipamentos instalados para evitar vazamentos. 6. A estrutura é forrada por revestimentos, começando pelas paredes, depois o fundo e por fim as bordas. Nes- se momento são inseridos os itens de iluminação, aque- cimento, tratamento automatizado e outros opcionais. Por fim, a piscina é abastecida com água para verificar o funcionamento das redes hidráulica e elétrica. Projeto: Valliatti & Patrão Foto Divulgação/Celso Pilati Fotos Divulgação/Cam pestre Piscinas Ilustração AC Design 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:38 Página 221 222 lazer ALVENARIA ESTRUTURAL Antes de dar a largada, é imprescin- dível fazer uma análise completa do ter- reno que irá recebê-la. Esse estudo deve ser desenvolvido por profissionais que en- tendem do assunto, pois qualquer mo- vimentação pode causar fissuras na es- trutura. O terreno deve ser firme para evi- tar problemas, mas, caso não seja, é ne- cessário fazer um projeto estrutural es- pecífico para adequá-lo. Apesar da ins- talação ser simples e relativamente rápi- da, – leva, em média 60 dias – deve ser feita por profissionais especializados. É preciso muito cuidado tanto no proces- so de execução da infraestrutura, como na impermeabilização, pois uma falha nesses processos poderá se tornar em um transtorno para o cliente e, em casos mais graves, na condenação da piscina. Durante a construção, o fundo deve ser feito de concreto com malhas de aço e as paredes são de blocos estruturais preenchidos com concreto. A próxima etapa é a impermeabilização. Esse pro- cesso é fundamental. Os métodos po- dem ser o rígido, que é incorporado à massa durante a construção, e o flexível, que possui materiais que são adiciona- dos à composição para se tornarem elás- ticas ou rígidas. Neste último caso não pode haver fissuras, pois a impermeabi- lização pode rachar também. Depois de pronta, a piscina pode re- ceber diferentes revestimentos e dura até 20 anos em perfeito estado. A manuten- ção é simples, basta tratar e manter a água limpa para evitar o acúmulo de sujeira e conservar o acabamento escolhido. 1. A área para a piscina será demarcada de acordo com o projeto prévio. A preferência é sempre por lo- cais onde a incidência de luz solar é maior. Com o au- xílio de máquinas, o terreno será preparado para a colocação da estrutura. 2. Em geral, elaboram-se brocas com concreto e fer- ro, estrutura-se a laje de piso com amarração nestas brocas, levantam-se as paredes com blocos de con- creto estrutural e utilizam-se concreto e ferro para os vigamentos que travam toda a piscina 3. Durante a construção, é necessário definir onde fi- carão e implantar dispositivos como skimmers, drenos de fundo e refletores. 4. Para evitar problemas com vazamentos, a piscina recebe aplicação de mantaasfáltica ou argamassa po- limérica. 5. Começa a fase de acabamento. A estrutura é co- berta pelos revestimentos: primeiramente nas pare- des, depois no fundo e nas bordas. Opte por mode- los antiderrapantes para evitar acidentes. 6. Na última etapa, são inseridos os itens de ilumina- ção, aquecimento, tratamento automatizado e outros opcionais que estejam contemplados no projeto. Em seguida, é só encher a piscina. Cinta de amarração Azulejo Pilarete Impermeabilização Blocos estruturais Malha de ferro TEMPO DE CONSTRUÇÃO: Cerca de 60 dias VIDA ÚTIL: 20 anos Fotos G im enez Ilustração AC Design 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:39 Página 222 223 VINIL O modelo poderá receber o revesti- mento de vinil depois que a estrutura es- tiver pronta (ela é desenvolvida da ma- neira convencional). A instalação é feita a vácuo usando um simples aspirador de pó. O instalador posiciona o vinil jun- to à estrutura obedecendo às curvas e todos os detalhes do formato. Feito isso, basta colocar a água e ins- talar os dispositivos, o que pode ser fei- to em apenas um dia, essa praticidade do vinil permite a troca do revestimento com facilidade. Com baixo investimento, o proprietário pode revitalizar a piscina e ter uma estampa nova e moderna. Entre as vantagens, há grande varie- dade de estampas e acabamento, a es- tanqueidade é superior a dos azulejos e o próprio material funciona como im- permeabilizante.” A manutenção é simples, porém de- ve ser cuidadosa, é fundamental usar produtos específicos para piscinas de vi- nil, materiais inadequados ou usados em excesso, como abrasivos, podem causar desbotamento. Em média, a garantia oferecida pelas empresas é de três anos, porém, este mo- delo pode durar mais de dez, desde que seja tratado e utilizado corretamente. 1. A demarcação é feita conforme o modelo da pisci- na que será construída, além de determinar o nível, a profundidade e o esquadro da estrutura. Depois dis- so, pode iniciar a escavação. 2. Após a escavação, são executadas as brocas – fei- tas a cada 2 m e com buraco de 1 m de profundida- de. Serão colocadas as colunas de ferro, mas a altura pode variar conforme a profundidade da piscina. 3. Após a concretagem das colunas, inicia-se a execu- ção da caixa da piscina com blocos tipo canaleta e blocos inteiros. Depois, são feitos o chapisco e o rebo- co das paredes, deixando-as bem lisas para não preju- dicar o revestimento vinífico. 4. Com as paredes rebocadas, é realizada a demarca- ção para chumbar os dispositivos (retorno, aspiração, dreno e iluminação) e também é executada a parte hi- dráulica, levando a tubulação até a casa de máquinas. 5. A casa de máquinas é construída com blocos de 15 cm e com medida variável conforme a quantida- de de equipamentos. A parte elétrica é instalada com quadro de energia para ligar a motobomba e a iluminação. 6. Quando tudo estiver pronto, é hora de colocar o vinil, encaixando-o no perfil. Em uma das quinas, pre- cisa colocar o aspirador de pó por trás do vinil para retirar o ar e deixá-lo esticado para começar a encher com água de caminhão-pipa. Neste momento tam- bém são flangeados os drenos e a iluminação. TEMPO DE CONSTRUÇÃO: Cerca de 60 dias (ALVENARIA) E MENOS DE 1 DIA (VINIL) VIDA ÚTIL: 10 anos ou mais Pilarete Bolsa de vinil Blocos estruturais Concreto Cinta de amarração Fotos M onica Antunes Ilustração AC Design 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:41 Página 223 224 lazer FIBRA DE VIDRO Para os que desejam a piscina pronta para o mergulho em poucos dias, o mé- todo é ideal, a instalação dos modelos de fibra depende do tamanho escolhido e da existência prévia ou não da cavidade na hora da contratação do serviço. Ge- ralmente, o processo dura de cinco a 45 dias, caso a escavação seja necessária. O local deve ter acessibilidade para a passagem da piscina até o posiciona- mento definido e o terreno deve ser pla- no, firme, sem aterros, e estar dentro das normas de segurança. A escavação deve ser superior ao ta- manho do modelo para a colocação dos encanamentos e o perfeito ajuste. Normalmente, deixa-se um vão de 60 a 80 cm de cada lado e, para melhorar o assentamento, recomenda-se o nive- lamento da cavidade com areia ou pó de brita e, em alguns casos, uma base de concreto. Os modelos de fibra de vidro são re- vestidos com uma membrana de gel coat, cuja pintura deve ser renovada, em média, a cada dez anos. Este mo- delo é atraente porque exigem menos manutenção do que outros tipos, pois sua superfície não altera o equilíbrio quí- mico da água. A superfície de gel lisa e não porosa dificulta a fixação de algas e bactérias. 1. Puxam-se as medidas em relação ao muro e risca-se com cal exatamente as medidas de borda da piscina. 2. Escava-se manual ou mecanicamente cerca de 5 cm a mais do que a profundidade da piscina, além de cavar a metragem exata da borda. Para fazer a base de concreto magro desempenado sem pontas de pe- dras, é importante acertar o terreno, tirando o nível. 3. Após instalação de dispositivos, refletores e demais peças fixadas na fibra, enche-se com 20 cm de água para testar o nível e montar a parte hidráulica. 4. São feitas as instalações hidráulicas adequadas com tubulações, registros e conexões de diâmetro 50 mm (1 ½”) para facilitar a circulação da água. É im- portante realizar antes do aterro, ao redor da piscina. 5. Monta-se a casa de máquinas com filtro e compo- nentes hidráulicos e elétricos. 6. Preenche-se com alvenaria de blocos abaixo de es- cadas, bancos e praias. Também é feito o aterro com areia e cimento na proporção dez por um, sendo que a cada 20 cm de água colocada na piscina aterra-se 20 cm em volta até chegar a 10 cm abaixo da borda. TEMPO DE CONSTRUÇÃO: Até 5 dias VIDA ÚTIL: 15 anos ou mais Nivelador de cinta Terra batida Concreto AGRADECIMENTOS Henrimar e Fotos M onica Antunes Ilustração AC Design 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:44 Página 224 225 Henrimar e Solário Pisci- SISTEMA PRÉ-FABRICADO DE AÇO Parece mágica, mas é possível ter uma piscina pronta para uso em apenas três dias (prazo sujeito às condições climáti- cas no momento da execução). A estru- tura pode ser aplicada em qualquer ter- reno, até nos solos com extensos lençóis freáticos, além de ser ideal para uso em coberturas, devido ao peso reduzido. Os formatos são ilimitados e adaptam-se com facilidade aos mais diversos projetos e es- paços disponíveis. Existem os já defini- dos, mas apesar de serem pré-fabricados, os painéis de aço permitem a criação de infinitas formas, incluindo as com linhas curvas e profundidades diferentes. Comparado aos modelos de piscinas convencionais de concreto armado, o valor para construção é, em média, 25% menor. Outro diferencial é manter a tem- peratura da água elevada por mais tem- po, devido ao material. A instalação é feita sobre laje de concreto e para ficar pronta leva em torno de dois dias para um modelo de 18 m2 e três dias para um de 50 m2. Os acabamentos podem ser de vinil ou de liner armado, aplicados in loco, que asseguram também a impermeabi- lização. A vida útil desta piscina, em teo- ria, é eterna. O tratamento de proteção do aço - galvanização quente com liga de zinco, alumínio e magnésio – confe- re alta durabilidade e é praticamente in- destrutível. Alguns fabricantes oferecem garantia de 25 anos. 1. O terreno é escavado para receber a estrutura de aço. 2. Os painéis de aço chegam prontos para instala- ção. 3. A armação é realizada sobre laje de concreto. 4. Após a montagem, a estrutura recebe drenos, fil- tros e ralos. 5. Para revestir o interior, aplica-se vinil ou liner arma- do, para garantir a impermeabilização da piscina. 6. Em seguida, é feita a aplicação das bordas para o acabamentofinal. TEMPO DE CONSTRUÇÃO: Até 3 dias VIDA ÚTIL: 25 anos ou mais Painel de aço Estrutura de aço Laje de concreto Fotos Divulgação/ RPI do Brasil Ilustração AC Design 220-225 Lazer 2.qxp___Construir 2009 20/02/2019 15:44 Página 225 paisagismo 226 Coloque natureza no seu projeto Projeto Alalou Paisagism o Foto Alessandro G uim arães 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:11 Página 226 Dreno espinha de peixe Boca de lobo Gramado Boca de lobo Canalização das águas pluviais DRENAGEM SUPERFICIAL DRENAGEM SUBTERRÂNEA Tubo de PVC sem perfurar Terra Terra Brita ou seixo rolado Tubo perfurado com manta geotêxtil Não importa qual é o estilo do jardim. O paisagismo, quando bem elaborado, garante que a arquitetura da residência fique mais acolhedora. Acredite: as som- bras das árvores emoldurarão a casa e trarão clima ameno ao lar. Por isso, o projeto do jardim deve fazer parte dos planos do proprietário. Avalie o espaço disponível no terreno, clima, in- solação, umidade e qualidade do solo, entre outros fatores que influenciam na seleção das espécies. O projeto pode contemplar varandas, jardineiras, jardins verticais, corredores verdes, terrenos irrigados, fontes, ilumi- nação, automação e contar com varia- dos estilos, como tropical, inglês, fran- cês e oriental. Independentemente das escolhas, será preciso prever ventilação e insolação para garantir a saúde e o de- senvolvimento das plantas. É necessário conhecer profundamente o local, assim como as necessidades hídricas, nutricio- nais e o fotoperíodo das plantas. Além disso, é essencial que o paisa- gista possa basear o projeto na integra- ção com o estilo arquitetônico. A dispo- nibilidade financeira também deve ser analisada para que ele se adeque ao or- çamento dos proprietários. CONHEÇA OS PONTOS PRINCIPAIS, QUE DEVEM ESTAR PREVISTOS, NO PROJETO EXECUTIVO DA SUA CASA IRRIGAÇÃO O sistema tem intensidade de acordo com as características do solo e será pre- ciso calcular a permeabilidade da cober- tura vegetal e a topografia. Esse método controla a proliferação de fungos duran- te as estações. No inverno, quanto me- nos água, melhor para evitá-los. Além dis- so, a rega deve acontecer de manhã. No verão, o calor se encarrega do combate ao micro-organismo. É composto por um reservatório de água, conjunto de pressurização, con- trolador e válvula para automação, con- dutores e distribuidores de água. Ainda há reservatórios de alvenaria, metálico, fibra de vidro ou polietileno e podem ser suspensos ou enterrados em cisternas. O conjunto de pressurização consiste em motobomba elétrica, com boia elé- trica auxiliar, filtro de tela ou discos, vál- vulas e registros. Os condutores são fei- tos com tubos de PVC ou de polietileno de média densidade, que são próprios para irrigação. Os distribuidores de água mais co- muns são chamados de sprayhead (va- zão distribuída em leque), gear-drive (va- zão distribuída em jato rotativo), sprink- ler (bocais com ajuste de fluxo e de ân- gulo), microje (vazão distribuída em le- que), bubbler (equipamento para maior quantidade de água nas raízes) e gote- jador (para plantio e hortas). Um painel eletrônico de controle au- tomatizado permitirá a ligação do siste- ma em horário e dias pré-determina- dos com a duração adequada e também poderá ser coman- dado manualmente. Além disso, possui sensor que im- pede o uso em dias de chu- va, religando-o conforme a necessidade de água. Dessa forma, o proprietário econo- miza o recurso . 227 DRENAGEM Os sistemas de drenagem subterrânea e superficial têm a finalidade de retirar o excesso de água do solo o mais rápido possível, evitando infiltrações e vaza- mentos. O paisagista deverá reconhecer e delimitar a área em que precisará es- coar a água. Depois, fará um levanta- mento topográfico, estudo do lençol freá- tico e do solo para elaborar o projeto. Pa- ra filtrar a água, haverá a necessidade de usar uma tubulação subterrânea, com valas no solo, e será colocada uma man- ta geotêxtil que envolverá pedras britas. Poderá ser acrescentado um tubo ra- nhurado para favorecer o escoamento da água. Assim o proprietário evita qual- quer transtorno. O ideal é que os siste- mas constem no projeto de hidráulica. Pr oj et o Pa rn as o Ja rd im F ot o Ta rs o Fi gu ei ea Projeto Alalou Paisagism o Foto Alessandro G uim arães Ilu st ra çã o AC D es ig n 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:11 Página 227 228 paisagismo ILUMINAÇÃO Deve ser planejada desde o começo da obra. Inicialmente são previstos os pontos de luz considerando as áreas que serão impermeabilizadas e receberão pi- so. Assim, evitam-se custos adicionais com quebra de revestimentos para pas- sagem de conduítes e fios. No entanto, o sistema de iluminação será concluído somente após o término do paisagismo, pois a partir dos elemen- tos implantados na área verde será deci- dido quais ganharão destaque, além dis- so, a luz não danifica a planta, mas o con- tato direto pode queimá-la. Para não pre- judicar a vegetação, o uso de lâmpadas tipo Led é ideal em razão do baixo con- sumo e pouco aquecimento. Luminárias de parede para destacar horizontalmen- te o espaço durante a noite facilitam o passeio pelo jardim, além de deixarem o projeto muito mais bonito e valorizado. ESPELHOS D'ÁGUA Transmitem tranquilidade e amplitu- de à área verde residencial. O que defi- ne o estilo do espelho d’água é o parti- do arquitetônico do projeto. Em geral, o mais formal solicita um espelho d’água mais ortogonal, enquanto o mais fluido ou assimétrico permite o uso de modelos mais orgânicos. O tamanho deve estar de acordo com as proporções do espaço. Em rela- ção ao revestimento, indica-se o uso de pastilhas e pedras de acordo com o es- tilo do jardim. A manutenção de pasti- lhas é mais fácil e garante aparência de algo construído pelo homem, ao passo que com acabamento de pedras dá um aspecto mais natural, mas requer mais manutenção. Entre os cuidados essenciais, está a im- permeabilização como ponto funda- mental para prolongar a vida útil do es- pelho d'água e também das edificações abaixo, como um estacionamento, por exemplo. Quanto à manutenção da água, o uso de bombas de circulação proporcionam a oxigenação, evitam odo- res desagradáveis e uma possível prolife- ração de insetos. Essa bomba necessita ser instalada em ambiente ventilado e que, ao mesmo tempo, isole acustica- mente o ruído produzido pelo motor. MOVIMENTO DA ÁGUA Retorno Retorno Filtro Bomba Ponto de aspiração Ralo Registro de alimentação de água Registro do ralo do espelho d’água Saída para rua Pr oj et o Le o La ni ad o Fo to E ve lyn M ül le r Projeto Cesar da Costa Soares (Arquitetura) Lustreco (Ilum inação) Foto G ui M orelli Ilu st ra çã o AC D es ig n 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:12 Página 228 229 CAMINHOS Para deixar o jardim ainda mais boni- to para os transeuntes, um ponto fun- damental é pensar na elaboração de ca- minhos verdejantes e agradáveis de se- rem trilhados. É essencial que o caminho se adeque ao projeto. Ele precisa proporcionar se- gurança para pisar, usar uma base segu- ra para se fixar, não esquentar os pés e absorver água rapidamente. Recomen- da-se ainda colocar ao menos 10 cm de espaço entre os pisos, mas isso pode va- riar de acordo com o terreno. Existem materiais que são considerados ecológicos por favorecerem a drenagem do solo ou serem constituídos de subs- tâncias recicladas. Confira os principais ti- po para deixar os caminhos mais bonitos: Emborrachado - Pode ser usado jun- to à grama, diretamente na terra, travado nas laterais com guias ou grama Cimentício - Conta com variedade de cores e formatos oferecidos por di- versas marcas. Além disso, não esquen- tam os pés e garantem a permeabilidade da área verde. Madeira d e demolição- É 100% re- ciclado, recuperado de casarões antigos e, após receber tratamento, transforma-se em pisos e acabamentos de qualidade. CORREDORES LATERAIS Em um bom projeto paisagístico não há lugar para canteiros perdidos. Até mes- mo corredores entre a casa e o muro, além de pequenos espaços, podem re- ceber áreas verdes bastante convidativas. Para implantar um jardim no corredor, precisa-se observar a quantidade de luz solar que bate nessa área para determi- nar as espécies adequadas: plantas de sol, meia-sombra ou sombra. As tubulações de hidráulica e elétrica que passam pelo local também restrin- gem a escolha das espécies. Aquelas com raízes mais profundas não podem ser es- colhidas nesse caso. Medidas - Não há limite de espaço para a criação dos canteiros. Entre os pontos a serem analisados estão o com- primento e a largura do corredor, a pre- sença e a altura de muros, se há cons- truções vizinhas muito próximas e outros fatores que possam influenciar a ventila- ção e iluminação. Também é preciso es- tipular uma área de passagem para pe- destres com no mínimo 80 cm de largu- ra. No espaço restante, mesmo estreito, deve-se buscar soluções de paisagismo para acrescentar um pouco de verde e eliminar a sensação de aperto. Já o es- paço mínimo para um canteiro com for- rações ou espécies arbustivas é de 30 cm. Existem várias técnicas que aumentam a sensação de amplitude, como o uso de treliças junto aos muros, criação de ca- minhos sinuosos e linhas diagonais. Pro je to P ai sa gí st ico B ot an a Pa isa gi sm o Fo to G ui M or el li Pr oj et o Ra ul P er ei ra F ot o Pa trí cia C ar do so Pr oj et o Da ni el a In fa nt e Fo to A le ss an dr o G ui m ar ãe s 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:12 Página 229 230 paisagismo PERGOLADOS São usados para criar área sombrea- da ao ar livre e devem ser projetados de acordo com a arquitetura da residência ou como prolongamento dela. São co- berturas vazadas, que podem ser utili- zadas como suporte para plantas (tre- padeiras com floração abundante ou co- mo orquidários) ou para abrigar am- bientes abertos, sendo, às vezes, cober- tos por ferro, alumínio, piaçava, sapê, policarbonato ou vidro (elevado em re- lação ao vigamento para permitir o cres- cimento da planta), para garantir prote- ção contra a chuva. O material a ser empregado depen- derá do estilo da arquitetura da casa e a utilidade a que se propõe. “É possível fa- zê-lo com estrutura de troncos brutos, ga- lhos, bambus ou mesmo com madeira lavrada e envernizada, resistente à chu- va e ao sol. Ou ainda bem contemporâ- neo, empregando-se alumínio pintado, aço inoxidável, aço córten, concreto etc.. É aconselhável que, de qualquer for- ma, seja feito um desenho ou projeto de execução prévio, com profissional competente para que o resultado seja sempre satisfatório. Dependendo do mo- delo, é necessário cálculo estrutural pa- ra dimensionar corretamente o número e a espessura de colunas, assim como o vigamento. Não há uma área específica reco- mendada pelos paisagistas. O espaço dependerá do aconchego pretendido. Quanto mais baixo, mais aconchegan- te, mas deve-se levar em conta as altu- ras mínimas exigidas nos projetos. É preciso ter cuidado com as espécies escolhidas, pois algumas, ao crescerem, tornam-se desagradáveis devido aos es- pinhos e outras podem esconder inse- tos, como abelhas. Em especial, as que possuem floradas em cachos. Dentre os benefícios oferecidos pelos pergolados estão aumento de oxigênio, conforto tér- mico e diminuição da poeira do local. TELHADOS VERDES São um bom recurso para ampliar a área útil e valorizar o imóvel, especial- mente nos centros urbanos. Eles tanto trazem bem-estar aos moradores como melhoram o microclima da região, atraindo pássaros e insetos. Além das lajes de concreto, a cober- tura verdejante pode estar sobre telhas ou estruturas de metal, madeira etc. Para construí-la, a primeira etapa é cha- mar o engenheiro ou arquiteto respon- sável pelo cálculo estrutural, deve-se levar em conta a resistência, a inclinação e o uso que se pretende dar ao espaço. Com o cálculo em mãos, é feita a im- permeabilização, a instalação da camada drenante e da manta permeável prote- tora, para que as raízes não danifiquem a estrutura. Em seguida, determina-se a espessura da camada de substrato que, por sua vez, irá delimitar as espécies pos- síveis de cultivar. O ideal é combinar aquelas indicadas para as condições cli- máticas e de luminosidade local. Com tantos cuidados, telhados verdes oferecem menos risco de infiltrações que os telhados convencionais. Aplicar uma camada de tinta asfáltica antirraiz pro- tege ainda mais a impermeabilização, que pode ser feita com mantas asfálticas ou líquidas. O telhado verde protege a laje contra intempéries e as contrações e dilatações que ocorrem em decorrência das variações da temperatura. Caso chova muito, a água excessiva é dre- nada pelo ralo ou mesmo superficial- mente. Ela ainda pode ser armazenada em uma cisterna e reutilizada. Di vu lg aç ão /S ky ga rd en Di vu lg aç ão /R ai n Bi rd AMOSTRA DE GRAMADO ENRAIZADO, UMA SOLUÇÃO PRONTA COM ALTA TECMOLOGIA TUBOS GOTEJADORES SUBTERRÂNEOS COM TECNOLOGIA ESCUDO DE COBRE QUE EVITA A INTRUSÃO DE RAÍZES Di vu lg aç ão /S ky ga rd en Projeto Índio da Costa Foto G ui M orelli 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:12 Página 230 231 JARDINS VERTICAIS Ideais para o aproveitamento de di- ferentes espaços com criatividade. Em fachadas, a estrutura contribui para a melhora do ar, mantém a temperatura interna mais baixa e atua como revesti- mento acústico. A eficiência termoacús- tica é graças à barreira térmica formada pelas plantas, substrato e o próprio mó- dulo, capaz de baixar a temperatura do verso da parede em até 7°C, além de provocar uma absorção sonora de ma- neira natural e sustentável. Com isso, a parede verde proporciona economia no uso do ar condicionado e, consequen- temente, na conta de energia. Para proteger a cerâmica contra a ação dass intempéries, deve-se pintar com tinta látex acrílica ou impermeabili- zar com silicone. Da mesma forma co- mo é feito em lajes e piscinas, depois de alguns anos é preciso impermeabilizar a estrutura novamente. Mas, o cuidado va- le a pena, pois evita a umidade e a pro- liferação de microrganismos no painel. Para compensar ainda mais o investi- mento os jardins verticais apresentam baixa manutenção e consumo de água. O muro escolhido deve ser rígido e es- truturado para suportar a carga extra, o peso por m² finalizado é de, aproxima- damente, 120 kg (com tudo plantado). A instalação dos módulos cerâmicos é rá- pida: após o preparo da superfície, as pe- ças são assentadas com argamassa e, de- pois, o sistema é impermeabilizado na ca- vidade inferior com produto atóxico. Os técnicos explicam que é possível execu- tar paredes suspensas com os módulos assentados acima do piso. Para isto, bas- ta usar uma mão francesa, criada a par- tir do corte do módulo inteiro. Pr oj et o Al al ou P ai sa gi sm o Fo to A le ss an dr o G ui m ar ãe s EM CADA LATERAL, UM CANO ALIMENTA A FILEIRA POR MEIO DA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO, QUE ASSEGURA QUE A ÁGUA ALCANCE O SUBS- TRATO NA QUANTIDADE E MOMENTO CORRETOS PARA CADA ESPÉCIE Di vu lg aç ão /G re en W al l C er am ic Di vu lg aç ão /G re en W al l C er am ic 226-230 Paisagismo.qxp___Construir 2009 18/02/2019 16:13 Página 231 PLANEjAmENTo TERRENo fINANcIAmENTo mão DE obRA DocUmENTAÇão PRojETo mATERIAIs PREPARATIvos INIcIAIs ImPERmEAbILIZAÇão EsTRUTURA Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº1 nº2 nº3 Atualizado e revisado EsTRUTURA PAIsAGIsmo cobERTURA hIDRáULIcA EsQUADRIAs REvEsTImENTo ELéTRIcA EsTRUTURAs INTERNAs LoUÇAs E mETAIs IsoLAmENTo TERmoAcúsTIco PINTURA LAZER Eviteos enganos e contratempos que só farão a sua obra ficar mais cara. NÃO PERCA ESTA COLEÇÃO! O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos 4_capa.qxp___Construir 2009 05/07/18 13:53 Página 1 Página em branco