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SAÚDE BUCAL POR CICLOS DE VIDA PROFESSORA: MARIA EMILIA OLIVEIRA GOMES O novo paradigma permitirá que a Odontologia amplie os seus compromissos éticos com a sociedade e com o social. O dentista deverá se converter num verdadeiro profissional da saúde. “Deixará de tratar de dentes, para tratar de gente.” (Weyne,1999) CICLOS DE VIDA Conceito Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Risco e Vulnerabilidade “O tempo concebido como progressão cronológica rumo à finitude”. (Simões, 2004) Conceito CICLOS DE VIDA Conceito CICLOS DE VIDA Ciclo de vida compreende o processo de transformação do ser humano desde seu início até o fim da vida que pode ser subdividido em ciclos específicos. Esses ciclos são as expressões das interações do biológico com o sócio-ambiental, interações essas que condicionam o processo saúde e doença. M o r t e Ciclo de vida Ciclos específicos ou fases c r i a n ça i d o s o adoles cente jovem adulto climatério con- cepto recém- nas- cido CICLOS DE VIDA De 1960 e 2000 população + dobrou 1960- 2 bilhões 2000- 4,5 bilhões Em 2010 estima-se 7 bilhões Em 2050 estima-se 9 bilhões 2050 estabilização Declínio Transição demográfica, epidemiológica e nutricional A transição demográfica, de modo geral, começa com a queda das taxas de mortalidade e, depois de um certo tempo, prossegue com a queda das taxas de natalidade, que é resultado da queda da taxa de fecundidade, o que provoca uma forte mudança na estrutura etária da pirâmide populacional. (José Eustáquio Diniz Alves) Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Transição demográfica, epidemiológica e nutricional “Transição epidemiológica”, pode ser definida como a mudanças no perfil das causas de morte. Na antiguidade, imperava os óbitos causados pelas doenças infecciosas e parasitárias e pelas guerra. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional As tendências atuais, caracterizadas pela diminuição da mortalidade infantil, deslocam o óbito para as idades mais avançadas, aumentando as causas de óbito relacionadas às doenças crônico-degenerativas. Doenças infecciosa ainda importantes no século 21 -Malária - 800.000 mortes anuais no mundo -Febre amarela – surto Brasil 2007-2009 -Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo -Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país -HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980 -Hanseníase – Mato Grosso tem maior incidência em 2013 (7,69/10mil hab) Brasil tem média 1,5/10 mil hab Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Definição: É um processo de mudança do padrão alimentar e hábitos de vida que, somado a outros fatores socioambientais, resulta numa mudança da epidemiologia dos problemas nutricionais da população. Essas mudanças vem acompanhando, embora não obrigatoriamente de maneira simultânea, as Transições Demográfica e Epidemiológica. Evolução do sobrepeso e da obesidade no Brasil- 1974-2009 Como resultado observa-se uma progressiva elevação da prevalência de sobrepeso e da obesidade, às vezes acompanhadas de deficiências mais específicas (como as de micronutrientes e vitaminas), que se instalou de maneira mais nítida no mundo a partir da segunda metade do século 20. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional 1974-1975 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 10.9 3.7 18.5 2.8 0.4 2.8 8.6 7.6 28.7 1.8 0.7 8 1989 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 15 7.7 29.9 4.0999999999999996 1.5 5.4 11.9 13.9 41.4 2.4 2.2000000000000002 13.2 2008-2009 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a. 10-19a. .+20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 5-9a 10-19a. .+ 20a. 32 21.7 50.1 16.600000000000001 5.9 12.4 34.799999999999997 19.399999999999999 48 11.8 4 16.899999999999999 Nas duas últimas décadas do século 20 a transição nutricional se inicia também nas populações de países não industrializados, ou em vias de, como é o caso dos emergentes . Se instala inicialmente no hemisfério norte, nos países industrializados, nas populações adultas de maior nível socioeconômico. Nesses países, vai paulatinamente afetando também as camadas populacionais de menor poder aquisitivo, além de se instalar em indivíduos cada vez mais jovens e, inclusive, afetando cada vez mais as crianças. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Neste processo ocorrem importantes mudanças na composição da dieta: Eleva-se o consumo de alimentos já preparados, processados industrialmente, com consequentes: -aumento no consumo de gorduras saturadas; -aumento na ingestão de sal; -aumento de alimentos refinados (açúcar); -redução no consumo de fibras; -maior consumo de carnes e derivados; -alimentos de maior densidade calórica; Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas atividades de lazer. Modos de nascer, viver e adoecer - Magnitude Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil década de 2010- 56,7% da população materno infantil - 7,4% da população tem 60 anos ou + - Risco Risco perigo, emergência Probabilidade de ocorrência de eventos - Vulnerabilidade É a susceptibilidades de indivíduos ou populações envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais. Risco e vulnerabilidade SAÚDE BUCAL POR CICLOS DE VIDA Compreensão ampliada de promoção de saúde; Profissionais de saúde bucal com atitudes que ajudem nesse processo; Conhecer a comunidade, educar, informar; Contribuir para um estilo de vida mais saudável a partir da compreensão dos ciclos de vida presentes nas famílias; A Saúde da Família é uma estratégia proposta para a reorganização dos serviços de saúde na Atenção Primária; Propõe o processo de trabalho inserido no contexto(SUS); Centrado na vigilância em saúde através de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde; Baseia-se na nova concepção sobre o processo saúde-doença, com atenção voltada à família e com ações organizadas em um território definido; (Souza et al., 2001) A saúde bucal, compreendida nesse contexto, possibilita romper com o antigo modelo assistencial centrado na cura, excludente e biologicista, uma vez que busca articular propostas da vigilância em saúde baseando-se na integralidade e na busca ativa de famílias, as quais são consideradas como núcleo social primário. (Souza e Roncalli, 2007) 19 Na Estratégia de Saúde da Família (ESF), compreender o ciclo de vida familiar e incorporá-lo na construção de estratégias de cuidado em saúde significa incorporar o impacto da família na saúde e doença de seus membros, entendendo melhor o momento e o contexto da vida familiar. (Moysés e Krieger, 2008) -Manutenção da saúde bucal do bebê, por meio de ações programadas de atenção precoce para prevenir os problemas de saúde bucal nesta população. -Criação de espaços nas unidades de saúde para casais gestantes a fim de trocarem experiências, abordagens assuntos de interesse nesse momento do ciclo de vida familiar. SAÚDE BUCAL DO BEBÊ -Ações de promoção de saúde bucal com gestantes; -Prevenção da cárie dentária (controle dieta); -Hábitos inadequados (ausência de HO, amamentação noturna, uso de chupetas); SAÚDE BUCAL DO BEBÊ CUIDADOS COM O BEBÊ A prevenção da cárie dentária, através do controle da dieta, pode ser desenvolvida desde a vida intrauterina, especifi camente a partir do quarto mês de gestação,período em que se inicia o desenvolvimento do paladar do bebê; portanto, a implementação de novos hábitos alimentares da mãe proporcionará uma melhor condição de saúde bucal para o seu fi lho. 22 -Hábitos da família (mãe) determinam os hábitos da criança; -A amamentação natural durante o primeiro ano de vida é fundamental para a prevenção de má oclusão dentária. -Além da importância afetiva e nutricional, o exercício muscular, durante a ordenha no peito, favorece a respiração nasal e previne grande parte dos problemas de posicionamento incorreto dos dentes e das estruturas orofaciais. SAÚDE BUCAL DO BEBÊ CUIDADOS COM O BEBÊ Os hábitos da família, particularmente da mãe, determinam o comportamento que os fi lhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais, como por exemplo, hábitos de higiene bucal e de alimentação equilibrada. Uma boa alimentação signifi ca também evitar a frequência de produtos açucarados, principalmente os industrializados. O açúcar natural dos alimentos é sufi ciente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê. 23 -Contaminação e transmissibilidade precoce em bebês; SAÚDE BUCAL DO BEBÊ CUIDADOS COM O BEBÊ Os hábitos da família, particularmente da mãe, determinam o comportamento que os fi lhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais, como por exemplo, hábitos de higiene bucal e de alimentação equilibrada. Uma boa alimentação signifi ca também evitar a frequência de produtos açucarados, principalmente os industrializados. O açúcar natural dos alimentos é sufi ciente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê. 24 25 SAÚDE BUCAL DO BEBÊ - Quanto mais precoce é a contaminação da criança por micro-organismos cariogênicos, maiores são as possibilidades do aparecimento precoce da doença cárie. -Uma gestante que apresente intensa atividade de cárie deve ser avaliada e tratada na clínica odontológica, tendo o controle e melhoria de sua saúde bucal sob responsabilidade da equipe de saúde bucal da unidade de saúde. Dessa forma, haverá uma redução nos níveis salivares de micro-organismos cariogênicos. (Renkomeni, 1983) SAÚDE BUCAL DO BEBÊ CUIDADOS COM O BEBÊ Os hábitos da família, particularmente da mãe, determinam o comportamento que os fi lhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais, como por exemplo, hábitos de higiene bucal e de alimentação equilibrada. Uma boa alimentação signifi ca também evitar a frequência de produtos açucarados, principalmente os industrializados. O açúcar natural dos alimentos é sufi ciente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê. 26 -Evidências científicas mostraram que a criança está mais propícia a adquirir micro-organismos por meio do contato, entre os 19 e 31 meses, com média de 26 meses de vida. SAÚDE BUCAL DO BEBÊ JANELA DE INFECTIVIDADE 27 - A limpeza da cavidade bucal do bebê deve ser iniciada antes mesmo da erupção dental, com a finalidade de remover o leite estagnado em seu interior e nas comissuras labiais, massagear a gengiva e acostumá-lo à manipulação da boca. SAÚDE BUCAL DO BEBÊ CUIDADOS COM O BEBÊ HIGIENE BUCAL 28 -Atendimento priorizado; -Acesso (visita puerperal, programa de imunização, busca ativa pelos AC’s, ou livre demanda); SAÚDE BUCAL DO BEBÊ Organização do atendimento 1) Acolhimento do bebê 2) Risco de cárie Sem risco Procedimentos caseiros Com risco Procedimentos clínicos Procedimentos caseiros Procedimentos clínicos Na visita domiciliar, os pais devem ser orientados quanto aos primeiros cuidados de saúde necessários com o bebê, reforçando o estímulo para o aleitamento materno exclusivo e para a prática de autocuidado dos membros da família. Durante a visita, deve ser entregue o cartão odontológico com a data, horário, local e profi ssional responsável pela primeira consulta clínica do bebê, agendada na unidade de saúde da família após 3 meses de idade, para que o bebê seja inserido no atendimento odontológico programado. 29 TRATAMENTO Risco não Identificado • 1 sessão; • entrevista; • exame clínico - higiene oral; • Tratamento • Preventivo • retorno 90 dias e/ou de acordo com a necessidade. Risco Identificado • 4 sessões (intervalos semanais); • entrevista / exame clínico – higiene oral; • aplicação tópica de flúor • Retorno 30 dias - reavaliar. Desde o momento em que nasce, a criança estabelece uma interdependência com o seu meio, tendo os pais, cuidadores ou responsáveis um papel fundamental nesse desenvolvimento biopsicossocial. A melhor maneira de motivar as crianças acerca de saúde bucal é através dos pais, pois esses desempenham um papel psicossocial muito importante para os filhos. Dessa forma, o exemplo estabelecido pela família tem grande impacto no desenvolvimento de hábitos de saúde bucal da criança. (Anquilante et al., 2002) SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA A primeira infância é o período ideal para introduzir bons hábitos e iniciar um programa educativo/preventivo de saúde bucal. Nessa fase é importante contar com a participação ativa da família. SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA Fatores que regulam e afetam a erupção: •Distúrbios mecânicos, processos patológicos, lesões periapicais, dente decíduo extraído após o sucessor permanente ter iniciado os movimentos ativos de erupção (estágio 6, ou posteriores, de NOLLA), o dente permanente irromperá precocemente. • Se o dente decíduo for extraído antes do início dos movimentos eruptivos do permanente (antes do estágio 6, de NOLLA), é bem provável que o dente permanente atrase sua erupção, pois o processo alveolar pode voltar a formar-se sobre o dente sucessor, tornando a erupção mais difícil e lenta. • Pode-se observar também que o apinhamento dos dentes permanentes afeta ligeiramente sua velocidade de calcificação e de erupção. • Outros fatores locais são: dente decíduo anquilosado, fibrose gengival, hematoma de erupção; SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA ERUPÇÃO DENTAL SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTAL SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA CUIDADOS COM A SAÚDE BUCAL SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA TRAUMATISMO DENTÁRIO 12 a 36 meses Inicio movimentos independentes Falta coordenação motora 07 a 14 anos Práticas esportivas Brincadeiras radicais Os dentes mais atingidos são os incisivos centrais inferiores, seguidos pelos laterais inferiores, incisivos centrais superiores, incisivos laterais superiores e eventualmente traumatismos dentários duplos, envolvendo dois ou mais dentes. SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA O atendimento do paciente infantil traumatizado constitui medida de emergência e deve ser realizado o mais breve possível, pois o tempo é fator preponderante no sucesso do planejamento e execução clínica do caso. SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE CUIDADOS COM A SAÚDE BUCAL Para assumir papel de relevância na sociedade, é necessário que o adolescente tenha acesso a bens e serviços que promovam a sua saúde, educação e bem-estar, sendo fundamental que a família e a equipe de saúde compreendam os processos da adolescência. Atualmente, tem-se observado um crescente interesse pela adolescência e situações específi cas que acometem essa faixa etária ou são por ela geradas, bem como pela compreensão de que este grupo de indivíduos deve ser apoiado em seu desenvolvimento pessoal 38 A equipe de saúde bucal deve incorporar-se aos atendimentos de grupo de adolescentes e, por meio de linguagem apropriada para essa faixa etária, divulgar os conceitos de promoção de saúde bucal tão amplamente utilizados para a nossa clientela infantil. Deve-se buscar dar sequência ao trabalho que vinha sendo desenvolvido com a criança e consolidar a ideia do autocuidado, pela ênfase aos cuidados com a higiene bucal e uso do flúor e à importância da saúde da boca para cada indivíduo, sempre reiterando o estímulo a umaalimentação saudável e balanceada, evitando o consumo de refrigerantes, doces. SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE Sugestão de Protocolo para atendimento clínico 1. anamnese; 2. exame clínico bucal (intercorrências, queixa principal, planejamento do tratamento odontológico); 3. preenchimento da ficha clínica odontológica; 4. orientações sobre prevenção da cárie e doenças periodontais: cárie dental - o que é e como acontece; higienização bucal; controle da dieta; uso do flúor; 5. atendimento clínico (restaurações, profilaxias, tartarectomias, extrações, aplicação de flúor tópico, entre outras ações preventivas); 6. encaminhamentos para especialidades, quando necessário, e controle dos retornos (referência e contra-referência). SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE Sugestão de Protocolo para atendimentos coletivos -Os cirurgiões-dentistas ou THD/ACD treinados deverão atuar junto aos grupos de atenção nas unidades de saúde, desenvolvendo atividades de educação em saúde bucal. - Esse grupo deverá ser priorizado para os procedimentos coletivos nas escolas (0 a 14 anos) e estimulado para sua inserção na Estratégia de Saúde da Família. As ações educativas para promoção de práticas saudáveis e do autocuidado devem ser estimuladas em todas as idades, visando ao repasse de informações e/ou orientações sobre cuidados com a saúde bucal, ações que podem ser realizadas dentro ou fora da unidade de saúde. SAÚDE BUCAL DO ADOLESCENTE SAÚDE BUCAL DA GESTANTE - A gestação é um estado fisiológico da mulher que acarreta alterações orgânicas, com destaque para as alterações hormonais (estrogênio e progesterona), com consequente queda do pH da saliva, o que favorece o metabolismo de alguns micro-organismos, como o Streptococos sp. - A acidificação do meio bucal, o aumento na frequência de alimentos ricos em carboidratos e o controle inadequado do biofilme bacteriano podem levar ao aparecimento da cárie dentária. A situação de saúde bucal da gestante está relacionada à sua saúde geral e também à saúde geral e bucal do bebê. 42 SAÚDE BUCAL DA GESTANTE “Olá Meninas estou com 30 semanas e agora tô sentindo muita dor de dente... meu rosto está inchado não posso tomar nenhum remedio e ai alguem sentindo a mesma coisa e estou gravida de um menino.” Levy “Olá Carol, também tenho sentido dor de dente, pena q não podemos tomar nada mesmo, a não ser um paracetamol 500mg para aliviar. Estou com 36 semanas e também é menino meu bb, to ansiosa pra chegada do Arthur! Melhoras pra vc e boa sorte. Drica A situação de saúde bucal da gestante está relacionada à sua saúde geral e também à saúde geral e bucal do bebê. 43 SAÚDE BUCAL DA GESTANTE A concentração de hormônios sexuais, associada ao aumento da vascularização gengival na gestação, pode levar ao surgimento de inflamação gengival intensa, fenômeno conhecido como gengivite gravídica. No início da gestação, a hipersecreção das glândulas salivares, que cessa por volta do terceiro mês, pode provocar náuseas e vômitos, fatores provavelmente responsáveis pelo descuido com a higiene bucal. . Os estudos mostram que muitas grávidas apresentamgengivite gravídica. Na gravidez, com tantas alterações hormonais, o corpo sofre diversas mudanças que podem, inclusive, atingir a saúde bucal da mulher. O aumento no nível da progesterona também causa uma vascularização do periodonto (tecidos envolvidos na fixação dos dentes ao osso), deixando a gengiva da gestante com tendência ao sangramento. Essa alteração é chamada de gengivite gestacional ou gravídica e é um processo causado pela placa bacteriana. Esse tipo de gengivite é reversível e inicia-se por volta do segundo mês de gestação, aumentando até atingir o seu ápice em torno do oitavo mês e regredindo depois. 44 SAÚDE BUCAL DA GESTANTE Ações em nível coletivo -Contexto da promoção e da educação em saúde bucal para gestantes; -Cuidados pessoais com relação à higienização bucal, orientação de dieta, preparo do peito para a amamentação, aleitamento materno, crescimento e desenvolvimento orofacial, dentição decídua e transmissibilidade da cárie dentária; -Havendo disponibilidade de pessoal auxiliar (ASB e TSB) ou outros membros da equipe interdisciplinar, previamente capacitados, esses devem ser responsáveis pelas orientações, cabendo ao cirurgião-dentista o reforço de algumas informações; É de suma importância a interação entre os diversos membros da Equipe de Saúde Bucal (ESB) e Equipe de Saúde da 73 Família (ESF), visando aos cuidados com a gestante. A promoção de saúde para a gestante pode ocorrer tanto em nível individual quanto coletivo, sendo a educação em saúde bucal para grupos de gestantes um exemplo de ação em nível coletivo. 45 SAÚDE BUCAL DA GESTANTE Ações em nível individual - O tratamento odontológico pode ser realizado na gestante em qualquer período, preferencialmente no 2º trimestre, por meio de procedimentos clínicos essenciais. No 1º trimestre, período da formação embrionária, devem-se evitar tomadas radiográficas; porém, quando necessárias, sempre deverão ser realizadas com o uso de avental protetor de chumbo adequado. - No 3º trimestre, a ansiedade da gestante pode aumentar e o posicionamento na cadeira odontológica pode dificultar o atendimento, ocasião em que se toma o cuidado para não colocá-la em decúbito dorsal por muito tempo. As urgências poderão ser atendidas, observando-se os cuidados indicados em cada período de gestação e os procedimentos de anamnese, essenciais para o planejamento adequado do atendimento da gestante. 46 SAÚDE BUCAL DA GESTANTE Não existem riscos quanto ao uso de anestésico local para a gestante, desde que esta não apresente histórico de doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes que não estejam sob controle. O emprego de baixas doses dos anestésicos locais privilegia o seu uso em odontologia. Caso haja necessidade, o médico deverá ser consultado quanto ao uso do anestésico. É de suma importância a interação entre os diversos membros da Equipe de Saúde Bucal (ESB) e Equipe de Saúde da 73 Família (ESF), visando aos cuidados com a gestante. A promoção de saúde para a gestante pode ocorrer tanto em nível individual quanto coletivo, sendo a educação em saúde bucal para grupos de gestantes um exemplo de ação em nível coletivo. 47 SAÚDE BUCAL DO ADULTO Dificuldades no acesso às unidades de saúde em horários de trabalho convencionais desses serviços. Essas situações conduzem a um agravamento dos problemas existentes, transformando-os em urgência e motivo de falta ao trabalho, além das consequentes perdas dentárias. 48 SAÚDE BUCAL DO ADULTO Entramos em um ciclo em que se deve dar atenção à identificação precoce de determinadas patologias, em especial o diabetes, a hipertensão e o câncer bucal, sendo importante que o planejamento em saúde bucal envolva ações voltadas à conscientização da clientela para a prevenção, busca do tratamento e controle dos fatores de risco. Os usuários, nessa fase, estão cada vez mais impacientes perante os serviços de saúde, pois estes não correspondem às suas expectativas que ficam limitadas aos cuidados curativos. 49 A Atenção Primária, ao considerar o adulto em sua singularidade, complexidade e integralidade, busca a promoção de sua saúde, pela prevenção, tratamento de doenças e redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. Para tanto possibilita o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, desenvolvendo relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, estimulando a participação dos usuários inseridos nesse ciclo de vida e realizando o controle social. SAÚDE BUCAL DO ADULTO SAÚDE BUCAL DO ADULTO Os principais agravos que acometem a saúde bucal e que têm sido objeto de estudos epidemiológicos em virtude de sua prevalência e são: 1) Cárie Dentária 7) Má-oclusão 2) Doença Periodontal 3) Câncer de boca 4) Traumatismodentário 5) Fluorose dentária 6) Edentulismo 51 SAÚDE BUCAL DO ADULTO 1) Cárie Dentária 52 SAÚDE BUCAL DO ADULTO 2) Doença Periodontal - No Brasil, a porcentagem de pessoas com algum problema periodontal nas faixas etárias de 15 a 19 e 35 a 44 anos é, respectivamente, de 53,8% e 78,1% (BRASIL, 2003). - No grupo etário de 35 a 44 anos, 32,3% apresentaram, como pior escore, os sextantes excluídos e 17,8% apresentaram todos os sextantes hígidos. A presença de cálculo foi a condição mais expressiva, presente em 28,6% dos adultos examinados e 19,4% tinham bolsas periodontais, sendo 15,2% rasas e 4,2%, profundas. (BRASIL, 2010) 53 SAÚDE BUCAL DO ADULTO 3) Câncer de boca O câncer de boca (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca) está entre as principais causas de óbito por neoplasias. Representa uma causa importante de morbimortalidade, uma vez que mais de 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados da doença. - Tende a acometer o sexo masculino de forma mais intensa, e 70% dos casos são diagnosticados em indivíduos com idade superior a 50 anos. Localiza-se, preferencialmente, no assoalho da boca e na língua, e o tipo histológico mais frequente (90 a 95%) é o carcinoma de células escamosas (carcinoma epidermoide). 54 SAÚDE BUCAL DO ADULTO SAÚDE BUCAL DO IDOSO No Brasil são considerados idosos os indivíduos acima dos 60 anos de idade. De acordo com os Cadernos de Atenção Básica, o idoso requer uma avaliação global, que frequentemente envolve a atenção de diversas especialidades, não só pelo processo fisiológico do envelhecimento, como também, na maioria das vezes, por apresentar alterações sistêmicas múltiplas associadas a respostas inadequadas às drogas específicas. Conteúdo: Conquistas e desafios na atenção ao idoso. Fisiologia do Envelhecimento e sua repercussão na saúde da boca. Importância do autocuidado na prevenção dos agravos. Manifestações bucais de doenças sistêmicas. Tratamento das alterações bucais mais prevalentes. Abordagem interdisciplinar na assistência odontogeriátrica SAÚDE BUCAL DO IDOSO SAÚDE BUCAL DO IDOSO O envelhecimento da população é, antes de tudo, uma história de sucesso para as políticas de saúde pública, assim como para o desenvolvimento social e econômico. ... Gro Harlem Brundtland, Diretor-Geral, OMS, 1999 SAÚDE BUCAL DO IDOSO Criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1990 reafirma direitos do idoso. PSF - ESF, onde o Brasil organiza-se para responder às crescentes demandas de sua população que envelhece (ex: hiperdia). A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996: Assegura direitos sociais; Promove sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade; Reafirma o direito à saúde no SUS. Conquistas e desafios na atenção ao idoso SAÚDE BUCAL DO IDOSO Em fevereiro de 2006, foi publicado o documento das Diretrizes do Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de governo (Federal/Estadual/Municipal). SAÚDE BUCAL DO IDOSO Diretrizes: Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável; Política Nacional de Saúde da pessoa idosa CAUSAS Desenvolvimento da agropecuária; Técnicas de conservação de alimentos; Avanços científicos da biologia; Noções de higiene e de saneamento básico; Vacinação em massa; Descoberta de antibióticos; Drogas para o tratamento da hipertensão; Reconhecimento dos benefícios da atividade física. AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA SAÚDE BUCAL DO IDOSO O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira (IBGE, 2012). No Censo de 2010, contava com mais de 16,5 milhões de idosos (IBGE, 2012); A população idosa que hoje representa cerca de 11% da população, consome mais de 26% dos recursos de internação hospitalar no SUS. Há notável carência de profissionais qualificados para o cuidado ao idoso, em todos os níveis de atenção. Pontos a considerar... Nas últimas décadas, tem sido constatado um declínio nas taxas de natalidade e um aumento na expectativa de vida; Quanto mais longa a vida média da população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida; Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional e o bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa. Pontos a considerar... A população idosa... Esta faixa da população deve ser incluída em planos governamentais que visem melhorar à qualidade de vida destes indivíduos; O envelhecimento populacional traz um número enorme de implicações de ordem econômica, política e social; Envelhecer e manter a qualidade de vida, com saúde geral e bucal, serão os grandes desafios a serem alcançados neste século. Pontos a considerar... Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Estima-se, ainda, para 2020, que esta população alcance os 32 milhões. Reflexões... O aumento da expectativa de vida trouxe consigo vários problemas: das doenças crônico degenerativas de problemas bucais ressecamento das mucosas aparecimento de lesões associadas a doenças sistêmicas doenças associadas ao tabagismo e álcool câncer bucal qualificação dos profissionais da saúde Necessário difundir informações relacionadas à promoção da saúde dos idosos e à prevenção ou recuperação de suas incapacidades junto as instituições de ensino; Adequar currículos para a formação de profissionais na área da saúde, visando o atendimento das diretrizes fixadas nesta Política; Reflexões... As diretrizes aqui definidas implicam o desenvolvimento de um amplo conjunto de ações, que requerem o compartilhamento de responsabilidades com outros setores. 69 Nós (profissionais da saúde) estamos preparados para atendê-los? Os serviços de saúde estão devidamente estruturados para recebê-los e tratá-los? Que estratégias de enfrentamento estão sendo pensadas? Nós aprendemos a partilhar saberes? Bônus, Ônus e Desafios Mudanças curriculares Inserção de disciplinas voltadas para o idoso nos cursos de graduação da área da saúde (odontogeriatria, odontologia hospitalar, além da valorização de outras diretamente ligadas à reabilitação, implantodontia e prótese). Incremento da criação de cursos de pós graduação em geriatria e gerontologia Capacitações de curta duração (inclusive cuidadores) Qualificações através da Educação permanente (Especializações, Mestrado profissional) Estratégias de enfrentamento... SAÚDE BUCAL DO IDOSO Divulgar para a população idosa sobre as doenças da boca e as formas de prevenção Câncer bucal (sua letalidade) Promover a geração de hábitos saudáveis Trabalhar nas Unidades de Saúde de forma integrada (multiprofissionalidade: médico, enfermeiro, dentista, psicólogo, assistente social, nutricionista, etc) Discutir concretamente nas equipes, no sentido de um reforçar o trabalho do outro (interdisciplinaridade) Reduzir/acabar o preconceito com relação ao idoso (vencer limitações pelo conhecimento) SAÚDE BUCAL DO IDOSO PARTE II Fisiologia do Envelhecimento e sua repercussão na saúde da boca. Importância do autocuidado na prevenção dos agravos. Envelhecimento do ponto de vista fisiológico Envelhecimento é um gradual declínio de todas as estruturas e funções fisiológicas. Manifestação Clínica da Alteração da Estrutura Óssea Aumento da perda dentária Acelerada reabsorção do rebordo alveolar Reabsorção Rebordo Alveolar - Etiologia Perda dentária Atrofia dos ossos basais Reabsorção do Rebordo Alveolar Fatores Locais Extenso período de edentulismo Bruxismo Instabilidade oclusal Hiperfunção de dentesda região anterior Uso diuturno de próteses Fatores Gerais Osteoporose associada ao sexo associada à idade associada à nutrição – deficiência de Ca e Vitamina D + Alterações Posturais do Idoso + Dor miofacial e espasmo muscular Limitação dos movimentos mandibulares Bruxismo noturno Apertamento diurno Osteoartrite doença degenerativa articular (dor que aumenta com movimentos mandibulares) ATM Hipossialia - Sinais Clínicos Mucosa oral seca, fina Dorso da língua fissurado ou lobulado Queilite angular Gengivite Inflamação Candidose oral Aumento da incidência de cáries Espessamento da saliva Dificuldade de produção salivar Gerando xerostomia e SAB + Doenças/Condições indutoras de Hipossialia Síndrome de Sjögren Artrite reumatóide Radioterapia em região de cabeça e pescoço Infecções virais Uso de medicamentos Anti-histamínicos Anfetaminas Antidepressivos Sedativos Tranquilizantes Diuréticos Anti-hipertensivos Beta-bloqueadores Consequências da hipossialia… Diminuição das defesas locais Alteração do paladar Presença de halitose Desconforto e dor – prejuízo na mastigação, deglutição e fonação Favorece a fixação de matéria orgânica e consequente depósito de biofilme dentário Manifestações orais das doenças sistêmicas. Tratamento das alterações bucais mais prevalentes. Doenças Sistêmicas com Alterações Bucais em Idosos Síndrome de Sjögren; Osteoporose; Diabetes; Doenças cardiovasculares; Debilidade Renal (IRC); Transtorno da vitamina D3. Sintomas: Xeroftamia Xerostomia Cárie, Estomatite, halitose Disfagia alteração do paladar Característica desta doença: aumento do volume das glândulas parótidas Síndrome de Sjögren (S.S) Tratamento da S.S Molhar a boca com água freqüentemente; Estimular a secreção salivar chicletes sem açúcar; Pilocarpina; saliva artificial em spray ou pastilhas Atenção à ocorrência de infecções fúngicas na boca e ao desenvolvimento de cáries, que devem ser tratadas precocemente. Um maiores problemas de saúde pública, Sexo feminino e na mandíbula Caracteriza-se pela perda de massa óssea, além de ter seu processo de fisiologia de envelhecimento, mas tem outros fatores que acelera: Ingestão baixa de Ca Tabagismo Consumo diário de café em quantidades elevadas Sedentarismo Pode ser genético e agravado no processo de climatério Osteoporose Sinais Orais na Osteoporose Reabsorção óssea alveolar; Diminuição da cortical óssea e trabeculados ósseos ; Doença periodontal crônica; Perda dos dentes; Algias dentais– Diminuição da espessura da parede na região do seio maxilar; Fraturas As alterações degenerativas em relação a (ATM) levam a mudanças e com isso a dor e a limitação de movimentos. Agravo mais comum - Endocardite Infecciosa As bactérias mais relacionadas à EI são estreptococos do grupo viridans, presentes em grandes quantidades na cavidade bucal e que possuem maior capacidade de se aderir aos agregados plaquetários. Cardiopatias Prevenção - Profilaxia Antibiótica A profilaxia antibiótica deve ser instituída apenas aos portadores de condições cardíacas consideradas de alto risco. Cardiopatias Hipertensão Alterações bucais em hipertensos Xerostomia, Reações liquenoides Crescimento gengival Fácil sangramento Em menor escala tem-se: Redução ou perda do paladar Sensação de gosto metálico Angioedema (lábio ou língua) Glossite e úlceras. Hipertensão Com relação aos anestésicos: Soluções anestésicas podem conter vasoconstritores - retardam a absorção do anestésico, mas induzem o aumento da pressão arterial. Todavia, a ausência do vasoconstritor reduz a duração da ação e aumenta a possibilidade da dor, podendo induzir ao estresse que leva ao aumento da pressão. Sendo assim, recomenda-se: Hipertensos compensados: Epinefrina associada à prilocaína (de 1 a 3 tubetes, sem administração intravascular) Hipertensos descompensados: Mepivacaína, sem vasconstritor Obs.: Não se deve intervir em pacientes com a pressão arterial acima de 140/95 mm/Hg e/ou em pacientes hipertensos não medicados Hipertensão Principais sintomas: Poliúria Polidipsia Polifagia Perda de peso Infecções recorrentes Hálito cetônico Diabetes Mellitus Inflamação gengival Doença periodontal (perda óssea rápida e progressiva) Cicatrização lenta do tecido periodontal Abscessos recorrentes Xerostomia Candídiase e Queilite angular Ardor bucal Diminuição do fluxo salivar Halitose Alterações bucais Emergência comum (Hipoglicemia) que pode ocorrer durante o atendimento. Como reconhecer? Sintomas adrenérgicos como: desmaio, fraqueza, palidez, nervosismo, suor frio, irritabilidade, fome, palpitações e ansiedade; Sintomas neuroglicopênicos (deficiência no aporte de glicose ao cérebro): visão turva, diplopia, sonolência, dor de cabeça, perda de concentração, paralisia, distúrbios da memória, confusão mental, incoordenação motora, disfunção sensorial, podendo também chegar à manifestação de convulsões e estados de coma. Quando os sintomas são reconhecidos o paciente deve ingerir açúcar puro, água com açúcar, balas, chocolates etc. Conduta do CD na Diabetes Consultas curtas no início da manhã (estresse mais bem tolerado); Técnicas de sedação auxiliar quando apropriadas; Aconselhar que o paciente continue a se alimentar normalmente antes do tratamento; Em consultas demoradas, interromper o trabalho para refeição ligeira. Interagir com o médico para maior segurança Conduta do CD na Diabetes Visando reduzir a tensão, devem ser realizadas consultas curtas no início da manhã (pois os níveis endógenos de corticosteróides neste período são geralmente altos e os procedimentos estressantes podem ser mais bem tolerados) e técnicas de sedação auxiliar quando apropriadas. Sobre a dieta do paciente, aconselha-se que o paciente continue a se alimentar normalmente antes do tratamento. Em caso de consulta demorada, especialmente se esta se prolongar pelo tempo da refeição normal, interromper o trabalho para uma refeição ligeira. Àqueles pacientes aos quais se prevê dificuldades na ingestão de alimentos sólidos depois do tratamento deve-se prescrever dieta de alimentos pastosos e líquidos. 95 “Cabe ao profissional da Odontologia estar capacitado para saber cuidar de um paciente idoso, que merece e precisa receber atendimento odontológico diferenciado. Para tal precisa reconhecer os agravos à saúde desse segmento populacional, melhorando sua saúde geral, promovendo a inclusão social e qualidade de vida destes indivíduos.” Glossário do preconceito “Deficiente” É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as pessoas ou a sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino. “Louco” É quem não procura ser feliz com o que possui. “Cego” É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome e de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. “Surdo” É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho. “Mudo” É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. “Paralítico” É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. “Diabético” É quem não consegue ser doce. “Anão” É quem não sabe deixar o amor crescer. E finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois “Miseráveis” são todos aqueles que não conseguem encontrar consigo mesmo e por isso não conseguem falarcom Deus. “Mário Quintana” MUITO OBRIGADA!!!