Buscar

PPP trabalho da Rosilene Amanda E Josenilda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Identificação do estabelecimento de ensino
1.1. Escola/Colégio: Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza - Ensino Fundamental e Médio- Código nº. 00015.
1.2. Localização: Rua Vereador Nelson Faccin, 379, Telefone Fax - (44) 3250 –1212 - CEP: 87.180-000 no município de Presidente Castelo Branco, Estado do Paraná, Código do Município nº. 2060. 
1.3 .Dependência administrativa: Estadual
1.4. NRE: Maringá – Paraná. Código do NRE – 019
1.5. Entidade mantenedora Governo do Estado do Paraná Secretaria de Estado da Educação. Curitiba - Paraná
1.6. Um breve histórico do Colégio Estadual Maria Carmella. 
O Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza - Ensino Fundamental e Médio foi criado sob o Decreto nº. 19.190 de 11 de agosto de 1965, na época “Ginásio Estadual Castelo Branco” e teve seu funcionamento autorizado pela Portaria nº. 931 de 18 de fevereiro de 1966 estando à frente do poder executivo o primeiro prefeito eleito municipal senhor Euclides Pavim. Em 1966 o número 
total de matrículas era de 87 alunos e o Colégio oferecia somente o curso ginasial que funcionava em prédio cedido pela prefeitura municipal. Os primeiros professores, considerados fundadores deste estabelecimento foram: Helvécio Gomes de Souza – Diretor, Maria Carmella Neves de Souza – Secretária e hoje nome da escola, Aloysio Gomes de Souza, Marcos Antonio Neves, Maura Sella G. Penha, Eder Venâncio de Souza, Aurora Veloso Rodrigues. O antigo Ginásio Estadual teve seu prédio em alvenaria construído no ano de 1967 pelo Governo do Estado em convênio com a Fundação Educacional do Estado do Paraná FUNDEPAR. A partir de novembro de 1982, de acordo com a Resolução nº. 2832/82 foi criado o curso de 2º Grau Habilitação Básica em Comércio. Em 1987 passa a oferecer o curso Técnico em Contabilidade de acordo com a Resolução nº. 469/87, com cessação gradativa do curso Básico em Comércio. No ano de 1989, o curso de 2º Grau oferecido é o Básico em Contabilidade, com duração de três anos, sendo necessária a complementação do 4º ano, o qual teve sua autorização para funcionamento através do Parecer nº. 123/95. Em 1994, a partir de 12 de janeiro, de acordo com a Resolução nº. 192/94, o Colégio Estadual Castelo Branco, passa a denominar-se Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza. O curso de 2º Grau Educação Geral foi oferecido nos anos de 1997, 1998, 1999, 2000. A implantação do Ensino Médio ocorreu a partir de 1999, cuja matriz curricular foi implantada de forma gradativa. Durante os anos de atividade do Colégio, observamos um aumento considerável de alunos, que expressam o crescimento e desenvolvimento do município. A mudança do nome do estabelecimento a partir do ano de 1994 foi decisão de professores, pais, autoridades municipais e alunos com o objetivo de prestar uma homenagem à professora, uma das fundadoras deste estabelecimento de ensino, Maria Carmella Neves de Souza. A homenageada, nascida em 24/10/43 é filha de Aristeu Antonio das Neves e Cecília Defelícibus Neves, veio da cidade de São Sebastião do Paraíso, Estado de Minas Gerais 
para Mandaguari, onde se casou e assumiu aulas na cidade de Bom Sucesso, no Paraná. Maria Carmella Neves de Souza foi professora de História formada pela Universidade Estadual de Maringá em 1971, na época Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Maringá, fez o curso de especialização em História do Brasil em 1975 na cidade de Bauru, Estado de São Paulo, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Centro de Pós Graduação. Em 1975 assumiu a direção do Ginásio Estadual Castelo Branco até 1981, quando se aposentou no Magistério Paranaense e mudou-se para o Estado de Rondônia. Lá foi professora de História no Colégio Estadual Carmella Dutra, trabalhou ainda na Secretaria de Educação do Estado e por fim, professora na Universidade Federal de Rondônia. No dia 02 de agosto de 1993, faleceu na cidade de Porto Velho aos 49 anos de idade 1.7 Caracterização da comunidade escolar ( Diagnóstico) Os alunos do Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza - Ensino Fundamental e Médio são na sua grande maioria oriunda da zona urbana. O município de Presidente Castelo Branco possui somente um colégio de ensino fundamental séries finais e ensino médio, onde todos os alunos são atendidos. O transporte dos 127 alunos que residem na zona rural é feito através de ônibus tanto para o ensino fundamental, como também para o ensino médio da rede estadual de ensino. O mesmo é realizado pela administração municipal, com recursos do governo estadual, federal. O acesso a livros e informática acontece na escola, lugar onde alunos e comunidade frequentam com regularidade. A biblioteca do colégio é a única no município e o acesso à mesma é estimulado pelos professores, equipe pedagógica e funcionários deste estabelecimento de ensino. Quando necessário atendimento médico hospitalar ou de dentista em horário de aula, os alunos são atendidos no hospital municipal pelo SUS, Sistema Único de Saúde sempre acompanhado por uma Pedagoga, que imediatamente comunica a família do aluno.
Em levantamento realizado em 2010 pela Secretaria da Assistência Social, sobre o Programa Bolsa Família, constatou-se que os índices de alunos pertencentes ao programa no colégio são de 16,02% (99 alunos) do ensino fundamental e 4,88% (30 alunos) do ensino médio, esses dados são os mesmos de 2011. O serviço de Assistência Social do município, através de formulário próprio, controla a frequência dos alunos com dados fornecidos pela escola. Ainda, em relação à frequência dos alunos, a equipe pedagógica tem o controle e casos de infrequência que são encaminhados através da Ficha Fica. As atividades de trabalho desenvolvidas pelos alunos que frequentam o ensino noturno estão relacionadas ao comércio e indústria na cidade de Maringá. Muitos dos alunos e também seus familiares trabalham em usinas de cana de açúcar na região e observa-se grande período de ausência dos pais em casa com os filhos. Os educadores desta escola expressam a grande preocupação com as atividades dos nossos jovens em casa, fora do período de aula. As reclamações dos professores são em relação às tarefas e trabalhos que não são feitos em casa, falta do material na sala de aula e ausência dos pais no acompanhamento das atividades escolares. Nas reuniões realizadas pela escola, os pais reconhecem que por motivo de trabalho muitas vezes o filho permanece o dia todo sozinho, cuidam da casa e de irmãos menores. A escola tem procurado através de reuniões e encontros com os pais superar esse entrave na comunicação entre pais e professores e alunos originado pela ausência dos pais. 
Outro dado importante no município é o alto índice de meninas grávidas, problema que se reflete no colégio com a tendência de abandono da escola.
 A falta de atividades de esporte, lazer e cultura aos alunos, fora do período de aula demonstram a ausência de políticas públicas voltadas ao jovem e atualmente a comunidade está paralisada com o aumento do número de adolescentes envolvidos com o consumo de drogas no município.
Dados pesquisados para a realização da semana pedagógica de 2011 revelam alguns problemas que a escola deverá solucionar nos próximos anos: O Ensino Médio por Blocos de Disciplinas, no primeiro semestre de 2011 apresentou o índice de 13% de reprovação por frequência, alunos do período 
noturno desistem mais que os alunos do período diurno. Observa-se também que o índice de reprovação por frequência supera o índice de reprovação por notas, o que indica uma grande dificuldade na garantia da permanência dos alunos durante todo o período letivo. A questão da desistência dos alunos do período noturno é justificada, pelos mesmos, por motivo de trabalho. O trabalho pesado no corte de cana, de lenha, no frigorífico e em atividades rurais exige muito esforço e os alunos por acordarem cedo não conseguem permanecer acordados por muito tempo, até o final da aula no período noturno. A escola procura favorecer o acesso de toda a comunidade, estimulando a participação da família eacredita que, embora com todas as contradições e limites, a mesma ocupa um espaço privilegiado na vida dos jovens adolescentes o que influencia na construção de suas identidades. O quadro apresentado abaixo é referente aos resultados obtidos em pesquisa realizada na documentação escolar “SISTEMA SERE” para análise na semana pedagógica de 2011.
Relatório Anual 2010
ESTAT ÍSTICA Anual – 2010 
MATRI C
APRO V
REMA N
TRANS F
DESIS T
REP/F R
REPR APR/CC
SEM FREQ 
595 486 13 96 45 
 0% 82% 0% 0% 2% 0% 16% 8% 0%
A tabela acima identifica dados sobre os concluintes do Ensino Fundamental e Médio no ano de 2010. Observa-se que é alto o número de alunos aprovados em conselho de classe assim como o índice de reprovação, os alunos reprovados apresentam um alto número de faltas durante o período letivo, principalmente alunos do ensino noturno. Esse estudo nos levou a considerar com os professores a importância de um trabalho de recuperação contínuo que fortaleça o processo de ensino - aprendizagem com intuito de diminuir o número de alunos aprovados por conselho de classe e de reprovação no ano de 2011. As ações definidas para 2011 são: discutir o Plano de Trabalho Docente, na hora atividade, levantando todas as dificuldades encontradas pelo professor, após o contato com as turmas; definir a proposta de avaliação e recuperação de estudos, como consta neste Projeto Político Pedagógico; adotar uma ficha de acompanhamento para cada aluno, levantando todas as informações da vida escolar e dados pessoais que possam facilitar o acesso à família; a equipe pedagógica deverá estar mais próxima do professor mediando 
as situações de indisciplina em sala de aula e qualquer situação que envolva os alunos e que possivelmente possam interferir no desenvolvimento da aprendizagem; buscar contato mais frequente com a família; acompanhar casos de alunos faltosos utilizando a FICHA FICA. 1.7.1 Caracterização do município O município de Presidente Castelo Branco, onde está localizado o Col.Est. Maria Carmella N. de Souza pertence à região noroeste do Paraná, com área de 158, 902 Km2 e população estimada em 4.650 habitantes. Nos anos quarenta, a Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná definiu a localização e iniciou a colonização do Patrimônio de Iroí, cuja palavra originária da língua indígena significa: “Água Fria”. No ano de 1947 é evidenciado o início da ocupação humana do município de Presidente Castelo Branco. Em 16 de março de 1954 de acordo com a Lei Estadual nº. 53/54, o Patrimônio de Iroí foi elevado à condição de Distrito, pertencente ao município de Nova Esperança. Posteriormente, com a elevação do distrito de Iroí a município em 29 de novembro de 1965, esta localidade recebeu o nome de Presidente Castelo Branco, em homenagem ao Governo Federal, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Cerca de 70% dos fundadores do município são de origem européia, 6% representam o povo asiático e 25 % é constituído pelo elemento brasileiro. O cultivo da cultura cafeeira, o “ouro verde” de tempos atrás, garantia alta produtividade com maiores ganhos econômica aos agricultores, sendo que 43,75% dos moradores da época da colonização se revelaram como proprietários rurais, enquanto que 31,25% participavam como meeiros e/ou empreiteiros da cultura do café. A região outrora ocupada pela Mata Pluvial cedeu lugar, inicialmente ao cultivo do café. Atualmente, o solo do município é ocupado pelo cultivo de cana de açúcar, amora, café, milho, soja, feijão das águas e arroz de sequeiro. As áreas de pastagens também aumentaram em substituição aos cafezais, perfazendo um total de 5.483 ha no ano de 1990 (EMATER) e no ano de 2011 a cultura predominante é a de cana de açúcar. 
1.8 Recursos humanos do Col. Maria Carmella. No ano de 2011, o Colégio, oferta vinte e uma turmas no total, sendo sete turmas de Ensino Médio e quatorze de Ensino Fundamental, com 362 alunos no Ensino Fundamental e 206 no Ensino Médio totalizando 568 alunos atendidos por 30 professores, 6 pedagogos, 08 funcionários técnicos administrativos, 8 funcionários de serviços gerais, o diretor e o diretor auxiliar. Todos os pedagogos e professores são habilitados e possuem especialização em suas respectivas áreas. 1.8.1 Recursos físicos O Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza - Ensino Fundamental e Médio tem sua área distribuída em dois prédios “A” e “B” no mesmo pátio O prédio “A”, conta com: • 06 Salas de Aula; • 01 sala adaptada para o laboratório de Informática; • 01 Sala adaptada para Professores; SALAS ADMINISTRATIVAS: • 01 Sala para a Direção/Documentação Escolar; • 02 Salas para Equipe Pedagógica; • 01 Sala para a Secretaria; • 01 Espaço com 49 m2 para a Biblioteca; • 01 Espaço com 90 m2 para Laboratório; • Sanitário masculino e feminino para alunos; • Corredores; • Sanitário Masculino e Feminino para professores; • Área livre descoberta; • 01 sala ambiente • Casa do caseiro; • Cozinha;
• 01 Quadra Descoberta.
O prédio “B”, conta com as seguintes dependências: • 06 Salas de Aula; • 01 Sala de Recursos; • 01 Sala para depósito da merenda escolar; • 02 Salas para dependências administrativas sendo que duas salas cedidas; • 01 Cozinha; • Sanitário masculino e feminino para alunos; • Corredores com área coberta; • Quadra coberta;
2. Organização da entidade escolar
2.1 Modalidade de Ensino: O Colégio Estadual Maria Carmella oferta em 2011, 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental em 02 turnos, manhã e tarde. Para o ano de 2012 será implantado e Ensino Fundamental de nove anos e a escola oferecerá as séries finais de 6º ano a 9º ano também nos turnos da manhã e tarde. Recentemente, duas Leis Federais alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para instituir a obrigatoriedade da matrícula no ensino fundamental aos seis anos de idade e a ampliação deste nível de ensino para nove anos de duração. Com o advento da Lei 11.114 de 16 de março de 2005, o dever dos pais ou responsáveis em efetuar a matrícula no ensino fundamental foi antecipado para os seis anos de idade. A Lei 11.274/06 foi editada com um dispositivo que garante ao Poder Público um prazo até 2010 para a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos.
Essa lei assegura:
– O início do Ensino Fundamental aos seis anos de idade;
– A ampliação do período de duração do Ensino Fundamental de nove anos ; 
– Prazo de até 2010 para que municípios, estados e Distrito Federal implementem as alterações decorrente da nova legislação. O objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e com isso, uma aprendizagem mais ampla. A associação entre aprendizagem e tempo maior na escola deve contribuir para que os educandos aprendam mais. Atualmente o Ensino Médio no Colégio Maria Carmella é organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais oferecido em dois turnos manhã e noite, com duração de 3 anos em seis semestres e vem oportunizar ao aluno a conclusão de cada semestre com número menor de disciplina e um tempo maior com o professor. Entendemos que com essa organização diminuiria a evasão escolar principalmente no ensino noturno. Neste estabelecimento de ensino observamos que os alunos se empenham para garantir a conclusão das disciplinas semestrais e aprovam os blocos contestando somente a distribuição das disciplinas. O bloco em que se concentram as disciplinas de cálculo deveria ser repensado e melhor distribuído. Os alunos alegam ter mais dificuldades em disciplinas exatas. Uma grande dificuldade que o colégio enfrentou no Ensino Médio Por Blocos De Disciplinas Semestrais está em receber transferências de outras localidades que não fizeram a opção por blocos, porque os alunos necessitam de muitas adaptações, as mesmas são encaminhadas pelo professor e acompanhadas pela equipe pedagógica. Quanto à distribuição das disciplinas apresentamos, em anexo, a Matriz Curricular aprovada para o ano de 2011 e 2012. 2.2 Ambientes pedagógicos, Projetos e Programas integrados ao Projeto Político Pedagógico.Os ambientes pedagógicos são espaços educativos de extrema importância para o sucesso das tarefas realizadas na escola. O Colégio Maria Carmella tem como prioridade o compromisso com o conhecimento e o bem estar do aluno planejando os espaços para que todos possam ser atendidos. 2.2.1 Salas de aula O colégio possui 12 salas de aula distribuídas em dois blocos no mesmo pátio, equipadas com a TV Pendrive e com funcionamento de três turnos. Constituem ainda ambientes pedagógicos, a sala de professores, onde acontece a hora atividade, a sala da equipe pedagógica e o espaço livre descoberto com palco onde são realizadas as atividades recreativas e culturais. 2.2.2 Biblioteca A biblioteca é o espaço pedagógico com 49 m2, que atende as necessidades básicas dos alunos em pesquisa. Conta com mais de 6000 volumes à disposição da comunidade escolar e do município, com atendimento nos três turnos de aula é a única biblioteca na cidade e fica aberta à disposição da comunidade. É bastante frequente a permanência de ex-alunos no colégio em busca de livros para estudarem para o vestibular o ENEM, assim como para retirar livros de literatura. Ainda na sala dos professores é possível, para professores, o acesso à biblioteca do professor, que tem a disposição obras para pesquisa. A escola entende a importância da leitura na formação do cidadão e os professores procuram estimular seus alunos à pesquisa utilizando os recursos disponíveis na escola. A entrega e controle do livro didático é feita pelas bibliotecárias. Eventuais problemas que possam surgir em relação aos livros didáticos, são encaminhados para as mesmas que buscam juntamente com a equipe pedagógica e o responsável pelo SISCORT a resolução da questão. 2.2.3 Laboratório de informática O laboratório de informática está equipado com 20 computadores em rede e uma impressora lazer, com internet gratuita é o espaço de pesquisa para professores e alunos. Na secretaria também foram instalados três 
computadores e duas impressoras, material do Programa Paraná Digital. Ainda contamos com 16 computadores do Proinfo, Programa do governo federal. Os alunos participam de aulas no laboratório e fazem pesquisas sempre acompanhadas do professor da turma. Os docentes utilizam o Laboratório Paraná Digital no cumprimento da hora atividade e para pesquisas e preparação das aulas. 2.2.4 Laboratório de Química, Física, Biologia: Espaço construído com noventa metros quadrados, apropriado para atender as necessidades de experimentos das disciplinas de: Ciências, Química, Física e Biologia, equipado com vidrarias e instrumentais básicos para a realização de aulas práticas. A escola aguarda o professor laboratorista conforme horas disponíveis na demanda. A equipe pedagógica procura incentivar o professor solicitando no planejamento, atividades voltadas à prática em laboratório. Muitos entraves relacionados com a falta de materiais determinam a não utilização do laboratório. Os investimentos em materiais de consumo são insuficientes, o que determina a falta de incentivo do professor em planejar atividades para o espaço. 2.2.5 Quadra esportiva O Colégio conta com uma quadra esportiva coberta e uma quadra sem cobertura, as quais são utilizadas para as práticas desportivas pelos professores da disciplina de Educação Física. Também a quadra coberta é utilizada pela comunidade em jogos e campeonatos municipais. O horário escolar é elaborado atendendo à solicitação dos professores que alternam a utilização do espaço coberto e descoberto. Além do espaço para práticas desportivas, a escola através do fundo rotativo, adquire os materiais requisitados pelos professores para o bom andamento das aulas práticas. As duas quadras foram reformadas e atendem todas as necessidades relacionadas a atividades de esportes da comunidade escolar. No segundo semestre de 2011 foi aprovado o PST, Programa Segundo Tempo. O Segundo Tempo é um Programa do Ministério do Esporte que visa oferecer 
práticas esportivas educacionais a crianças e adolescentes e tem como princípio a reversão do quadro atual de injustiça e exclusão social. O programa tem o objetivo geral desenvolver atividades de esportes coletivos e individuais, promovendo o acesso de alunos de 5ª a 8ª séries ou (6ª ao 9ª ano) do Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza que estão em situação de risco social. Foram selecionados 100 alunos que participarão do programa em contra turno com atividades de futebol de salão,voleibol e tênis de mesa. O Projeto de Xadrez foi aprovado e terá início também no segundo semestre de 2011. São 20 alunos atendidos em contra turno. A escola possui dentro da quadra coberta uma sala que foi preparada para o atendimento dos alunos participantes. O projeto tem como responsável o professor de Educação Física, com 4 horas semanais disponível para hora treinamento.
2.2.6 Sala de apoio de 5ª Série ( 6º ano) e de 8ª Série (9º ano) Atende os alunos com dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de Português e Matemática no contra turno. No ano de 2011 a sala de apoio da 5ª série funciona no período da manhã, atendendo alunos da sala regular do período da tarde e a sala de apoio de 8ª série funciona no período da tarde, à partir do 2º semestre, atendendo alunos da 8ª A e B do período da manhã. De acordo com a Instrução 007/2011-SUED/SEED que estabelece critérios para a abertura da demanda da sala de apoio da 5ª série os estabelecimentos de ensino terão a abertura automática de uma sala de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática com objetivo de superar a defasagem de aprendizagem em conteúdos. O professor regente da sala indica os alunos para a sala de apoio, a equipe pedagógica e o professor da sala de apoio acompanham as atividades de planejamento, o desenvolvimento das atividades em sala de aula e a avaliação. O contato permanente entre os professores mediado pela equipe pedagógica ajuda no direcionamento das atividades a serem trabalhadas. Os parâmetros utilizados para o encaminhamento de alunos são as avaliações que ocorrem em sala de aula e o relatório dos professores das disciplinas de Português e Matemática das turmas envolvidas. Os professores são capacitados pela SEED através do Núcleo Regional de Educação.
A Sala de Apoio em 2011, no período da manhã atende a 5ª série com 15 alunos frequentando aulas de Português e 16 alunos com aulas de Matemática. No período da tarde 8ª série, atende 20 alunos de Português e 20 alunos de Matemática. 2.2.7 Sala de recursos A sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns. No ano de 2011 estamos atendendo 12 alunos no período da manhã, que frequentam a sala regular no período da tarde. São atendidos alunos regularmente matriculados nas séries finais do ensino fundamental, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem ou deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem. É a Instrução 05/04 que estabelece os critérios para o funcionamento da sala de recursos. Por intermédio da equipe pedagógica e de capacitações o professor da sala de recursos recebe orientações, para melhor atender os alunos. Pedagogos e professores participam das capacitações oferecidas pela SEED. No início do segundo semestre de 2010, em cumprimento a Deliberação 02/03 do Conselho Estadual de Educação, foi autorizada para o colégio a abertura de demanda para um professor de apoio permanente em sala de aula, que auxilia aluno com necessidades educacionais especiais, TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento), atuando no Ensino Médio no período noturno. A professora acompanha todas as atividades desenvolvidas em sala desde o planejamento do professor até a avaliação. Se necessário a professora faz o atendimento fora da sala ou na casa do aluno. 2.2.8 Sala ambiente descoberta Espaço construído para o atendimento de alunos forada sala de aula. O espaço é um jardim com árvores que protegem os alunos em dias de sol, e tem por objetivo desenvolver projetos de meio ambiente e atividades recreativas. Essa sala utilizada pelo professor é um espaço de atendimento diferenciado que motiva os alunos nas atividades ali desenvolvidas.
 As mesas, de concreto são tabuleiros de xadrez, a sala possui ainda bancos, quadro de giz, e corredores de concreto com plantas decorativas. Os alunos do colégio que participam de aulas neste espaço demonstram-se empolgados e satisfeitos com o ambiente. O pátio da escola com essa sala ficou bonito, bem cuidado e valorizado. 2.2.9 Refeitório O colégio não oferece estrutura adequada para servir a merenda aos alunos e através do projeto de construção do refeitório protocolo nº. 5718576-7 de 29/03/04 estamos aguardando aprovação para que os alunos possam fazer suas refeições em local adequado, com mesas e cadeiras em ambiente coberto. A escola conta com o Programa do Governo Federal PAA, Programa de Aquisição Alimentar, que complementa a merenda e estimula agricultores do município à produção. O programa é gestado pele APMF Prof Aparecida de Carlo Fassina que efetua compras direto dos produtores, cuidando da documentação e pagamentos efetuados. É através da APMF que os alimentos adquiridos também são distribuídos para as Escolas Municipais, os Centros de Educação Infantil e para a Associação Beneficente e Filantrópica (ABF) que cuida de dependentes químicos advindos da região. Com o Programa de Aquisição Alimentar PAA a qualidade da merenda melhorou e 95% dos alunos alimentam-se na escola, as refeições são realizadas nos seguintes horários da manhã às 10: 00h, à tarde 03h15minh e a noite 21h30minh. A merenda distribuída pela Secretaria de Estado da Educação bimestralmente, no período letivo também é complementada com o Programa Escola Cidadã, verba liberada através do Fundo Rotativo específica para aquisição de alimentos. Feira de Ciência , Semana Cultural e Jogos escolares O Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza - Ensino Fundamental e Médio participa e realiza no decorrer do ano letivo atividades, tais como: Feira de ciências e semana cultural, onde durante o período letivo, a escola promove uma semana com atividades culturais esportivas e de ciência. A definição das datas é resolvida pelo grupo de professores na semana pedagógica no início do período letivo. A escola viabiliza os recursos 
financeiros para a promoção com a participação da comunidade. Nos jogos escolares regionais promovidos pela SEED, os professores de Educação Física acompanham o grupo de alunos incentivando a participação dos mesmos. 2.3.1 Distribuição Do Leite das Crianças O Leite é distribuído no Colégio, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, com o limite de 2 litros de leite por família atendida. Esse programa viabiliza uma maior integração da escola com a comunidade.
2.3.2 Programa “FICA COMIGO” Foi lançado em 2005, O PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, estabelecendo como objetivo o combate à evasão escolar. A educação é um direito subjetivo e inaliável através do qual, segundo LDB e o ECA ( Estatuto da Criança e Adolescente ), a criança e o adolescente tem direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Essa escola conta com o apoio do Conselho Tutelar do município em todos os encaminhamentos e solicitações realizadas durante o período letivo.
2.3.3 Patrulha Escolar A principal função do Projeto Patrulha Escolar é a PREVENÇÃO, ficando em segundo plano a repressão a crimes e atos infracionais. A Prevenção dar-se-á através da POLÍCIA COMUNITÁRIA que, pela aproximação na escola, ampliará a segurança, proporcionando esclarecimento de dúvidas sobre o trabalho policial e assessoramento a escola quanto à segurança, e ainda a interação com a comunidade escolar e com as autoridades locais. Os policiais do município, quando solicitados atendem a escola prontamente e participam das atividades, reuniões com alunos e pais promovendo um trabalho sobre segurança.
 2.3.4 Tecnologias Na Educação.
Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do uso das novas tecnologias. A educação também tem experimentado mudanças na sua forma de organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensinoaprendizagem, também, pela inserção de novas tecnologias nas escolas (SEED, 2007). No Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação – SEED/PR tem desenvolvido projetos que visam à integração de mídias com a finalidade de proporcionar a inclusão e o acesso de alunos e professores da rede de ensino pública estadual a essas tecnologias. Dentre as ações delineadas por essa política, destaca-se o Programa Paraná Digital, responsável pela implantação de laboratórios de informática conectados ,em toda a rede pública de ensino do Estado do Paraná; a criação da TV Paulo Freire, cujo objetivo é produzir programas educativos transmitidos via satélite, web e multimídia, a partir de conteúdos pedagógicos; o lançamento do Portal “Dia-a-dia Educação”, o qual abriga um ambiente colaborativo de produção de conteúdos disponibilizado aos professores na rede de Internet e a disponibilização das TVs Multimídia e do Pen Drive, que constituem-se em ferramentas facilitadoras do acesso aos objetos de aprendizagem midiáticos nas salas de aulas. Foram implementadas as Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação (CRTEs), que oferecem assessoria operacional e instrumental para a utilização dos equipamentos, também promovem e incentivam a análise e a discussão com os educadores da rede pública sobre a inserção de tecnologias no universo educacional. 2.3.5 CELEM O projeto de implantação do CELEM foi iniciado no final do ano de 2010, de acordo com a Ata de 20 de dezembro onde o Conselho Escolar se reuniu para discutir a implantação no ano de 2011. De acordo com a Instrução 21/2010 o colégio fez a alteração na Matriz Curricular optando pela Disciplina Espanhol para ser ofertada em contra turno ao período da matrícula do aluno.
 No ano de 2011 estamos atendendo os alunos e a comunidade, com um total de quatro turmas, distribuídas duas no período da tarde e duas no período da noite. As aulas são ministradas, por professor habilitado às terças e quintas feira com um total de 120 alunos distribuídos em salas de 30 alunos cada. A avaliação é a mesma descrita neste projeto , na parte de avaliação e no regimento escolar. A implantação do CELEM foi uma novidade para a comunidade e a procura de vagas foi grande.
3. Regimento escolar No Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 116 de 2009 trata da: 3.1 Progressão parcial Este estabelecimento de ensino não oferta a matrícula com progressão parcial, de acordo com o Adendo Regimental de acréscimo e de alteração n.° 01 de 05 de fevereiro de 2010, aprovado em 18 de maio de 2010 pelo núcleo regional de educação. A equipe pedagógica da escola acompanha o processo de progressão parcial do aluno que vem transferido e que tenha alguma dependência em disciplinas. O número máximo aceito será de três disciplinas. O trabalho é realizado com o professor da turma e da disciplina em questão mediante a apresentação, por parte do professor, de um plano especial de estudos sendo efetivado com encontros presenciais, mínimo de 4 encontros. Embora a escola não oferte a progressão parcial o aluno que veio transferido terá seus direitos assegurados.
3.2 Classificação A classificação, descrita na seção V, Artigo 84 é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiências e desenvolvimentos adquiridos por meios formais ou informais podendo ser realizada: A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem. Para a realização da mesma o a escola se organiza formando uma comissão de docentes, pedagogos e o diretor que são responsáveis em proceder a uma 
avaliação que é planejada e documentada pelo professor. O alunotoma ciência do processo, antes do início dos trabalhos que são planejados para fins de classificação. Os trabalhos provas ou qualquer outro instrumento utilizado são lavrados em ata própria e os resultados registrados no histórico escolar do aluno. O Pedagogo acompanha todas as atividades que o professor planeja e o desenvolvimento das mesmas pelo aluno. 3.3 Reclassificação A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com a sua experiência e desenvolvimento, independente do registro do histórico escolar. Nesse processo o professor verifica as possibilidades de avanços do aluno e a frequência. A equipe pedagógica assessorada pelo NRE, Núcleo Regional de Educação instituirá uma comissão que discutirá a necessidade da reclassificação, sempre seguindo as orientações da SEED, Secretaria de Estado da Educação. Todos os procedimentos realizados são coordenados pelo pedagogo e todas as atas de reuniões e documentos são arquivadas em pastas individuais do aluno. O aluno reclassificado é acompanhado por dois anos pela equipe pedagógica observando-se os resultados de aprendizagem. O resultado do processo de reclassificação é registrado em Ata e no Relatório final. Os mesmos procedimentos são adotados para o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas. 3.4 Concepções de avaliação
O Colégio Maria Carmella Neves de Souza considera a avaliação como um processo educativo que deve estar diretamente ligado a intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo que expressa um conhecimento, bem como, com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Neste aspecto a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o objetivo final desse processo é a aprendizagem. A mesma deverá também permitir que haja uma reflexão sobre a prática pedagógica dos professores.
A avaliação é entendida como uma questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade de ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. As médias no colégio são bimestrais e a média final é a somatória dos bimestres dividido por quatro no Ensino Fundamental e por dois no Ensino Médio Por Blocos de Disciplinas Semestrais. As médias bimestrais, resultado das avaliações devem ter o mínimo de uma prova por bimestre no valor de 10.0, o máximo de duas provas também com o mesmo valor e uma nota de trabalho tarefas e atividades desenvolvidas em sala de aula no valor de 10.0 pontos, não excedendo o número de quatro atividades. A média final será a somatória das notas obtidas dividido pelo número de atividades aplicadas no bimestre. Na página da avaliação, no livro de chamada, o professor deverá atribuir o valor e a data da mesma nos espaços e a especificação da atividade deverá ser registrada na página de conteúdos. A avaliação deverá estar clara no planejamento do professor, assim como a recuperação de estudos. O aluno não poderá ser submetido a uma única oportunidade e um único instrumento de avaliação. Ao comportamento do aluno, não poderá ser atribuído nota. 3.6 Recuperações De Estudos A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) no 9394/96, em seu Artigo 13, incisos III e IV, orienta sobre o papel do professor em relação ao zelar pela aprendizagem do aluno, bem como estabelecer estratégias de recuperação de estudos para todos os alunos. Este princípio é reforçado pelo Artigo 24 Inciso V que orienta também sobre os procedimentos para a verificação do rendimento escolar, com ênfase na alínea e que trata da obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo. No sistema de ensino do Paraná, a Deliberação no 007/99. Enfatiza a recuperação como um processo contínuo, em que os alunos, com 
aproveitamento insuficiente, têm as possibilidades da apreensão de conteúdos básicos. A recuperação de estudos no Colégio Maria Carmella tem como objetivo rever os conhecimentos não apropriados a recuperação é paralela. Para tanto, é necessário que o professor se comprometa com a elaboração e construção de instrumentos levando todos à aprendizagem dos conteúdos trabalhados. Cada atividade de recuperação deverá ser especificada no livro de chamada na página de conteúdo. A equipe pedagógica promove periodicamente a discussão com os professores sobre o trabalho de recuperação que é implementado em sala de aula. Ao final de cada bimestre, na página da avaliação, no livro de chamada, deverá constar o registro de uma nota no valor de 0 a 10.0 que comprova o resultado das atividades de recuperação. Nessa retomada de conteúdo, a equipe pedagógica orienta que o professor utilize de metodologias diferenciadas na abordagem do mesmo e que procure avaliar com critérios bem definidos os avanços que o aluno obteve.
3.7 Avaliação Nacional Da Educação Básica A avaliação do SAEB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira, especificamente por regiões, rede de ensino público e privado, nos Estados e no Distrito Federal. É por meio do exame bienal de proficiência em Matemática e Língua Portuguesa que os alunos de 8ª séries do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Maria Carmella participam da referida avaliação. As informações obtidas a partir desses levantamentos permitem acompanhar a evolução da qualidade da educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação nas definições de ações voltadas para solução dos problemas identificados. Nos espaços escolares esses dados são anualmente analisados considerando os descritores que acompanham o processo. Os índices escolares relativos ao IDEB de 2009, do Colégio Maria Carmella estão discriminados na tabela abaixo:
Taxa de aprovação Prova Brasil / SAEB IDEB M et a d o I D E B
Matemática Português
ano 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007
Brasil 76,3 78,7 80,5 232,87 241,63 242,86 226,6 229,96 239,73 3,3 3,6 3,8 3,3 3,5
Paraná 75,7 82,3 82,6 238,13 252,13 250,74 223,1 235,72 246,23 3,3 4 4,1 3,3 3,5
Munic. 89,2 94,0 98,4 177,20 182,84 225,21 168 161,57 187,07 3,9 4,1 5,6 4,0
Escola 86,1 87 81,3 258,83 245,36 244,56 235,37 227,28 242,77 4,2 4,0 3,9 4,2
Os Os dados acima revelam a diminuição do índice que expressa o resultado das avaliações realizadas
3.9 Avaliações de desempenho do pessoal docente e funcionários; do currículo; das atividades extra-curriculares e do projeto políticopedagógico. Além da avaliação semestral da SEED através de documento próprio, em que a equipe pedagógica, direção e professores são submetidos à avaliação, a 
escola promove um acompanhamento do desempenho de todos no exercício específico de suas funções. A Equipe Pedagógica observa planejamento, livros de chamada, cadernos de alunos com objetivo de acompanhar o desenvolvimento das atividades em sala de aula. Através do diálogo constante a Direção avalia individualmente professores e funcionários principalmente em casos específicos onde os funcionários deixam de cumprir as funções descritas no Regimento Escolar. Semestralmente o professor e funcionário juntamente com a direção e equipe pedagógica redimensionam as ações, avaliam projetos, estabelecem novas posturas diante de resultados obtidos e que necessariamente, são substanciados na reelaboração do PPP. As atividades extracurriculares são planejadas coletivamente pelos professores, equipe pedagógica e alunos e são avaliados através de relatos orais e escritos elaborados por todos os envolvidos. Cabe ao Conselho Escolar responsável pela aprovação do Projeto PolíticoPedagógico acompanhar periodicamente o mesmo, aprovando também as alterações que se fizerem necessárias no período letivo. O Projeto PolíticoPedagógicopor se flexível procura atender efetivamente as reais necessidades da comunidade escolar.
4. A gestão democrática Pela nova LDB 9394/96, entende-se que a gestão democrática se efetiva através dos princípios de participação dos profissionais da educação na elaboração e execução do Projeto Político-Pedagógico e de representantes da comunidade escolar indicados para os conselhos escolares. Essa forma de gestão, fato que se concretiza nesta escola, implica em repensar a estrutura de poder da escola com vistas à socialização das decisões, organização curricular, implementação das ações por meio da autonomia. Marques, citado por Veiga, 1995, entende que:
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo contribuiu para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação. Organizar-se coletivamente exige rigor teórico-prático de quem organiza, decide, dirige debate, discute a organização curricular. A participação de fato é uma prática política e por natureza uma prática democrática. A gestão democrática no Col. Maria Carmella se constitui em processo coletivo de decisões e ações. O diretor no papel de liderança do processo educativo deixa de ser o centralizador, pois deve dirigir um projeto pedagógico como identidade de uma instituição e deve ter a capacidade de saber ouvir, questionar, interferir traduzir posições, sintetizar uma política de ação com o objetivo de coordenar efetivamente o processo educativo cumprindo a função política e social da educação escolar.
4.1 Articulações com a família e comunidade: As reuniões para acompanhamento do rendimento escolar dos alunos acontecem uma vez a cada bimestre, com o objetivo de informar a família sobre o progresso de cada aluno por meio dos boletins de frequência e notas. Uma grande dificuldade que a escola encontra é a efetiva participação dos pais nas reuniões, principalmente dos pais de alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem de conteúdos escolares, baixa frequência, evasão, entre outros. Em relação ao processo democrático, a escola sempre nas reuniões bimestrais procura divulgar a importância da participação dos representantes das famílias no Conselho Escolar, APMF( Associação de Pais Mestres e Funcionários) e dos alunos no Grêmio Estudantil. A escola promove ainda reunião com os pais bimestralmente que são mais especificas, por turmas. Os professores solicitam a organização dos encontros para a equipe pedagógica, relatam as dificuldades encontradas na sala de aula e sugerem ações A avaliação de reuniões com grupos menores tem sido positiva. Segundos controles da equipe pedagógica os pais passaram a se interessar mais e procurar a escola espontaneamente. 
Em alguns casos de indisciplina os pais são convidados pela equipe pedagógica a comparecerem na escola e o diretor convoca a reunião com o Conselho Escolar e todas as decisões são tomadas em grupo respeitando-se o Regimento Escolar. Também é grande a participação dos pais em atividades culturais e esportivas dos seus filhos através de gincanas e atividades extracurriculares, que promovemos a cada semestre. A Direção tem proporcionado abertura do espaço escolar para a participação das famílias, incentivando visita diária e o acompanhamento dos filhos em sala de aula. A APMF e o Conselho Escolar têm atuação efetiva nas discussões escolares ajudando a reforçar o bom vínculo da escola com as famílias. A participação desses órgãos colegiados acontece em reuniões e eventos. 
4.2 Articulações internas da escola. Como consta em calendário escolar, todas as datas planejadas para reuniões pedagógicas são cumpridas. As decisões internas sobre os encaminhamentos relativos à organização da escola são coletivas e registrada em livro ata com um comprometimento de todo o coletivo escolar. O pedagogo acompanha o trabalho desenvolvido na Hora Atividade que é um espaço de encontro entre os profissionais da educação. Nas atividades extraclasses os professores têm realizado seus trabalhos com empenho e dedicação. Quando necessário são desenvolvidas atividades de complementação de carga horária, garantindo o número mínimo de aulas previstas por disciplina e respeitando os direitos dos alunos, ou seja, 800 horas aulas e 200 dias letivos dentro do calendário letivo, estipulado pela SEED.
4.3 Inclusões De Crianças Com Necessidades Educacionais Especiais O espaço escolar deve ser visto como espaço de todos e para todos. E para que isso possa acontecer, há a necessidade de promover o acesso e a permanência do aluno na escola com sucesso e qualidade. Essa postura 
requer para tanto a promoção dos meios que garantam a acessibilidade para que o portador de necessidade educacional especial possa entrar na escola e ter condições de permanência. O colégio Maria Carmella está, na medida do possível transformando o espaço escolar, substituindo escadas por rampas o que garante melhor acessibilidade; conta com a assistência do CAP – Centro de Apoio Pedagógico no atendimento aos portadores de necessidades especiais; e pode encaminhar para Sala Especial os portadores de deficiência visual, a uma escola de Nova Esperança, cujo município vizinho, pertence à jurisdição do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí. Para estes alunos o transporte gratuito garantido pela Prefeitura do Município de Presidente Castelo Branco; encaminhamentos para especialistas através da Secretaria Municipal de saúde, conveniado com o SUS (Fonoaudiólogas, Fisioterapeuta, Psicólogos, entre outros).
4.4 Acesso e Permanência Esta escola como um espaço democrático e emancipatório por excelência, constitui-se juntamente com a família em extraordinária agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de formação, valorização e respeito ao semelhante. Quando percebem e reconhecem que estão aprendendo, que os seus direitos estão sendo respeitados como sujeitos socioculturais, históricos e de conhecimento, os/as estudantes acabam projetando uma trajetória escolar, acadêmica e profissional mais valorizada pelas mães, pais, familiares e professores/as. A expectativa de garantia do direito à educação seja dos/das estudantes, seja das mães, pais e/ou responsáveis, dos/das professores/as e da comunidade em geral, deve, portanto, ser considerada como fator importante para o desempenho e sucesso escolar deste estabelecimento. A permanência e o crescimento dos alunos deste colégio, não dependem somente da escola, mas envolvem ações da família e da comunidade onde vivem esses alunos, no entanto é necessário que esta escola garanta o acesso e permanência do aluno no sistema educacional, conscientizando sobre da importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato 
frequente e direto com os pais ou responsáveis, enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Para tanto é objetivo deste estabelecimento de ensino, promover reuniões periódicas com os pais, buscando maior entrosamento e participação de todos. Este contato com a família tem auxiliado e em casos de alunos que se evadem da escola. Em caso de abandono escolar, através da ficha FICA buscamos o retorno do mesmo num trabalho que envolve o Conselho Escolar, Conselho Tutelar, Serviço de Assistência Social, Ministério Público e demais segmentos que atuam com os direitos e deveres da criança e do adolescente. 4.5 As Instâncias Colegiadas Descritas No Regimento Escolar 4.5.1 Conselho Escolar O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer, para o âmbito deste Estabelecimento, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as Diretrizes e Política Educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores do estabelecimento de ensino,a fim de garantir o cumprimento da função da escola. A eleição para escolha dos representantes é direta, com cada segmento que é parte da escola, escolhendo através de votação. As pessoas que compõem o Conselho Escolar são escolhidas aos pares, um titular e outro suplente. São eles: representantes da APMF; dos pais de alunos do ensino fundamental e médio; dos alunos do ensino fundamental e médio; do grêmio estudantil; de professores do ensino fundamental e médio; da equipe pedagógica; de serviços gerais e o diretor é quem preside. O conselho é renovado a cada 2 anos e tem colaborado nas decisões coletivas. O conselho escolar é reunido toda vez que a escola necessita durante o período letivo. Não existe uma programação de reuniões elas acontecem de acordo com a necessidade do momento e por convocação do Diretor que preside o Conselho Escolar. 
4.5.2 Direção O diretor é escolhido na forma da Lei vigente de acordo com os critérios estabelecidos pela SEED. A eleição é com a votação de toda a comunidade escolar representada pelos pais, alunos, funcionários e professores. O diretor escolar preside o funcionamento dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais, definidos no Projeto Pedagógico, que tem como meta o real exercício da Gestão Democrática. O diretor desta instituição desempenha um papel de mediador das ações administrativas e pedagógicas visando manter um diálogo com todos no interior da escola e comunidade externa, está diariamente articulando todos os seguimentos da escola apoiado pelo diretor auxiliar. 
4.5.3 Direção Auxiliar A Direção Auxiliar é o órgão que se responsabilizará pelo comando e assessoramento das atividades técnico administrativas, zelando pelo bom nível de organização na escola, está subordinada à Direção e a substitui em suas faltas ou impedimentos. 4.5.4 Os órgãos colegiados: 4.5.4.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, é um órgão cooperador e tem por finalidade a integração da família no processo educacional, visando o aprimoramento da formação do educando. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários Professora Aparecida de Carlo Fassina, está registrada sob nº. 241 às folhas 109 do Livro A-01 no cartório de Registros de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas da Comarca de Nova Esperança – Estado do Paraná, com estatuto aprovado e arquivado no colégio. O mandato dos membros escolhidos pela comunidade é de 2 anos. A escolha é feita através do voto, com a convocação da comunidade para a participação das chapas e escolha em dia e horários marcados pela escola.
4. 5.4.2 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é uma entidade autônoma representativa dos estudantes de ensino fundamental e médio com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. A organização e funcionamento da agremiação será estabelecida de acordo com estatuto próprio, aprovado em assembléia geral do corpo discente, sempre obedecendo a legislação pertinente. O grêmio Estudantil tem mandato de 2 anos e é escolhido pelos alunos para desenvolverem atividades sócio culturais e artísticas que garantam a efetiva participação da representatividade dos alunos.
4.5.4.3 Conselho De Classe É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem a relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada ano. O Conselho de Classe tem por finalidade, estudar e interpretar os dados da aprendizagem, na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e com o encaminhamento metodológico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si. O Conselho de classe acontece em três momentos:
Pré - conselho. Momento em que a Equipe Pedagógica reflete com os professores os problemas de aprendizagem. É feito um levantamento sobre o rendimento escolar por turma e o professor juntamente com os membros da Equipe Pedagógica estruturam ações de recuperação de estudos dos conteúdos 
apresentados para os alunos, visando o melhor aproveitamento daqueles que têm dificuldades de aprendizagem.
Conselho de Classe No conselho de classe os dados obtidos através do pré - conselho é analisado e as ações propostas são registradas em ata para que professores e equipe pedagógica possa proceder à mediação aluno professor família e profissionais, se necessário. São consideradas ações a serem propostas a retomada de conteúdo, motivação diferente na aula, acompanhamento da família em casa, mudança de metodologia para a abordagem do mesmo conteúdo, entre outras.
Pós – Conselho O pós - conselho é feito após a realização do conselho e consiste no acompanhamento sistemático das ações definidas em ata em relação aos alunos e turmas. Se necessário neste momento, novas alternativas poderão ser propostas com os objetivos voltados à aprendizagem e sucesso dos escolares.
4.5.4.4 Equipe Pedagógica Cabe a Equipe Pedagógica do Colégio Maria Carmella a tarefa de planejar, acompanhando e aperfeiçoando oportunamente as ações educativas, garantindo a eficiência do processo educacional e a eficácia de seus resultados. (Alves, 1995) A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação das Diretrizes Curriculares. A prática da Equipe Pedagógica está também centrada na realidade dos alunos, propiciando-lhes as condições favoráveis aquisição do conhecimento e concomitante a esta o próprio desenvolvimento humano. Os Pedagogos devem articular o trabalho coletivo em função de sua especialidade, qual seja: o método; a organização do conhecimento em forma de saber escolar didaticamente orientando; a construção do conhecimento pelo 
aluno; assim como a construção científica de novas práticas pedagógicas produzidas pelo professor. Este trabalho só se realiza de forma plena se a articulação entre coordenação pedagógica e coordenação política e administrativa da escola, for construída em sentido democrático. “O trabalho dentro da escola deve estar consonância com a igualdade de oportunidades a todos os alunos, no seu direito de receber a educação e de desenvolver seu processo de formação da cidadania (Grinspun 1996)”. A prática da equipe pedagógica deve estar voltada para uma dimensão contextualizada no que diz respeito, ao estudo da realidade do aluno, com os fundamentos teóricos que alicerçam a construção do conhecimento. O acompanhamento da equipe pedagógica ao plano de trabalho docente acontece a partir da sua elaboração e a hora atividade é o momento destinado para o pedagogo e o professor. Sobre os registros do livro de chamada os mesmos são conferidos periodicamente e vistados ao final de cada bimestre. Os professores no começo do ano recebem orientações sobre o preenchimento correto do livro de chamada. As Diretrizes Curriculares foram elaboradas coletivamente num processo acompanhado pela SEED, os pedagogos desta escola procuram a leitura das mesmas, nas disciplinas específicas que compõem a matriz curricular, observando o planejamento dos professores, garantindo aos escolares o acesso ao saber elaborado. O contado com a família é mediado pelo pedagogo, atendendo prontamente ao professor e o aluno. O encontro de pais e professores sempre é acompanhado pelo pedagogo responsável pela turma, algumas situações envolvem a participação do diretor e do conselho escolar. 4.5.4.5 Corpo Docente A atuação docente dentro de uma perspectiva progressista exige uma reflexão sobre a relação teoria/prática e nesta reflexão busca-se sempre uma postura crítica. O professor definitivamente deverá estar consciente de que ensinar não é transferir conhecimentos, mascriar as possibilidades para a sua produção e construção.
É necessário que o educando mantenha vivo em si o gosto de estar sempre diante de novas possibilidades de aprendizagem e o educador deverá incentivar e mediar a busca dessas aprendizagens. O educador não pode negar o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, é nas condições verdadeiras de aprendizagem que os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado. A tarefa do docente não é apenas ensinar conteúdos, mas ensinar a pensar certo. O educador em sua prática docente deve ter competência, comprometimento, liberdade, autoridade, ser consciente, saber escutar e compreender, pois acreditamos que através da educação poderemos mudar o mundo. O educador é neste colégio pesquisador, crítico, inovador, criativo, solidário, mediador, engajado no processo educativo, consciente das transformações sociais trabalhando para o resgate dos valores, que favorece ao educando ser crítico, ético e comprometido com as mudanças sociais. 
4.5.4.6 Equipe Técnica Administrativa. A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e de correspondência deste estabelecimento de ensino. O cargo de Secretária é exercido por profissional devidamente qualificado e indicado pelo diretor de acordo com as normas estabelecidas pela SEED( Secretaria de Estado da Educação).
4.5.4.7 Equipe Auxiliar Operacional. Os agentes educacionais I têm a seu cargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e preparação da merenda escolar sendo coordenado pela direção do estabelecimento de ensino.
5. Princípios Didático-Pedagógicos
O Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza, tem como princípio a democratização do conhecimento científico elaborado historicamente, sustentando as relações humanas tendo o diálogo e a alteridade como base para a sua edificação. As atividades desenvolvidas junto ao corpo docente, discente e comunidade externa estão voltadas para a Gestão Democrática e são efetivadas através de discussões, deliberações, planejamento, soluções de problemas, encaminhamentos, acompanhamento, controle e avaliação do conjunto das ações planejadas para a escola. 
5.1 Hora Atividade No colégio a hora atividade acontece de acordo com as orientações do NRE, as mesmas são definidas respeitando-se o horário do professor e o dia estipulado por disciplina. Para o ano de 2010 os dias ficaram assim distribuídos: segunda feira Biologia, Ciências e Química terça feira Educação Física e Artes; quarta feira Língua Portuguesa e LEM; quinta feira Matemática e Física; sexta feira História, Geografia, Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia. A direção da escola juntamente com a equipe pedagógica orienta o professor sobre a obrigatoriedade da permanência do mesmo na escola em horário pré- estabelecido. Hora atividade é o período reservado para estudos e demais atividades pertinentes ao trabalho docente. A LDBEN, no artigo 67, inciso VI, embora não traga a expressão hora atividade, determina que os professores tenham em sua carga horária semanalmente um percentual dedicado a estudos, planejamentos e avaliação. No estado do Paraná os professores de Ensino Fundamental e Ensino Médio, conquistaram o direito de ter 20% de hora atividade em sua carga horária semanal. Isto quer dizer que a cada quatro aulas trabalhadas em sala, o professor tem direito a uma aula com hora atividade. A lei 13.807, em seu artigo 1º determina que:
Fica instituído percentual de 20% ( vinte por cento) de hora atividade da jornada de trabalho para todos os professores do Estado do Paraná em efetiva regência de classe em 
estabelecimento de ensino da rede pública estadual, considerando a jornada do cargo efetivo das aulas extraordinárias e das aulas pelo regime CLT.( p. )
A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando-se: o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento, tendo em vista a implementação das Diretrizes Curriculares para a rede pública estadual de educação básica. A organização da hora-atividade deverá garantir, também, carga horária que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao exercício da docência. Cabe ao conjunto de professores, sob a orientação e coordenação da equipe pedagógica ou direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora-atividade. Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e individuais a serem desenvolvidas, durante a hora-atividade. Comprovada a impossibilidade de cumprimento da hora-atividade no turno em que o professor ministra aulas, o diretor deverá apresentar ao NRE a justificativa e encaminhamento que será adotado pelo estabelecimento de ensino, SUED. No colégio Maria Carmella as determinações da SUED, através da Lei Estadual n.º 13.807, Resolução n.º 305/2004 e Instrução n.º 2/2004 são cumpridas, os professores realizam suas atividades na escola com horário definido tanto individualmente quanto coletivamente, por área de atuação.
5.2 Plano De Trabalho Docente
Tomando o planejamento como um processo pode-se perceber que o improviso prejudica as ações voltadas ao ato de ensinar e aprender. Portanto, o ato de planejar deve ser acompanhado e a ação educativa avaliada periodicamente.
O Plano de Trabalho Docente deve estar sempre em movimento, se necessário, precisa sofrer modificações para que o mesmo se incorpore à realidade dos professores, e do processo educativo. O mesmo tem como base para a sua elaboração a Proposta Pedagógica Curricular. O professor, que já participou da construção da PPC (Proposta Pedagógica Curricular), deverá de acordo com as necessidades e condições das turmas que trabalha deixar claro no seu PTD (Plano de Trabalho Docente) os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos, a metodologia e forma de avaliação e recuperação de estudos. A elaboração do Plano de Trabalho Docente acontece na hora atividade do professor, pois o mesmo por estar sempre em movimento poderá sofrer as modificações, alterações necessárias para o bom andamento do processo ensino aprendizagem. A hora atividade horária do professor, se configura em um momento de reflexão sobre o trabalho pedagógico tendo o planejamento como ponto de partida para as discussões. 5.3 Elaboração Do Calendário Escolar: O Calendário Escolar, Horários Letivos deste Estabelecimento de Ensino foi elaborado com base no que determina a LDB, Lei 9394/96 a qual estabelece o mínimo de 800 horas, distribuídas por o mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar com atividades pedagógicas, programas com a participação dos alunos. O Calendário ordena o tempo, determina o início e o fim do ano letivo. Prevêem os dias letivos, férias, feriados, recessos, períodos de avaliações, reuniões, etc. O horário escolar fixa o número de aulas por semana. O calendário escolar é aprovado inicialmente pelos professores, membros do conselho escolar, equipe pedagógica, direção, APMF e representantes do grêmio estudantil. 5.4 Organizações De Turmas As turmas são organizadas seguindo os critérios da Deliberação 09/01 do CEE que institui sobre matrículas. A distribuição de turmas por professor segue os critérios da SEED, atribuindo as aulas ao professor habilitado pela disciplina de concurso ou a prioridade em 
edital de classificação; aulas efetivas extraordinárias e do PSS, conforme a legislação vigente. 5.5 Proposta De Formação Continuada O mundo pós-moderno exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento. A globalização, a informática, toda a tecnologia é um desafio que exige uma sólida formação científica, técnica e política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica por parte dos educadores. O professor deve ter tempo e decisão para atualizar-se, embasar-se teoricamente, observar a prática e tirar lições para melhorar seu desempenho. O Estado do Paraná avançou muito em relação à capacitação dosprofissionais que atuam na educação. O Projeto PDE oferece as condições de estudos para profissionais pertencentes ao quadro próprio do magistério. É uma nova política de formação continuada e valorização dos professores da educação básica que prevê avanços na carreira e tempo livre para estudos com parceria das Universidades do Paraná. A capacitação continuada oferecida pelo Governo Estadual através da Secretaria de Estado da Educação e prevista em Calendário Escolar, acontece de forma descentralizada no município ou em município circunvizinho, com a participação de escolas diversas, professores por disciplina, no Projeto Formação em Ação, jornadas pedagógicas, para a equipe administrativa capacitação através do profuncionário e ainda parcerias com a universidade através de cursos de extensão. O Estado ainda conta com a EAD, onde são promovidos cursos de formação pedagógica, cursos de gestores e específicos das áreas que compõem o currículo escolar. A estrutura tecnológica para a realização do curso à distância já foi implantada na escola o que facilita a participação do professor e a democratização de oportunidades. A escola propõe e proporciona aos professores abertura e espaços para que o mesmo participe de cursos de capacitação e formação continuada que são oferecidos tanto pelo Governo Estadual do Paraná como também por Universidades credenciadas, objetivando com isso aprimorar a atuação dos profissionais da educação e conseqüentemente a qualidade de ensino, como 
resultado de uma ação de reflexiva-crítica sobre as práticas pedagógicas e de uma construção permanente da identidade pessoal e profissional.
6 Fundamentação Teórica 6.1 Filosofia da Escola O colégio fundamenta sua filosofia entendendo que a função Social da Escola Pública é democratização do conhecimento. Com esse embasamento pode-se concluir que os indivíduos são frutos daquilo que vivem enquanto sociedade, desta forma, a escola não pode se opor a tudo o que socialmente está instaurado, mas, entender e possibilitar conhecimento para que ele possa compreender que tudo pode ser mudado. Quando se entende os movimentos sociais e sua relação com indivíduo é possível entender os problemas sociais, que devem ser refletidos e transformados. A Escola Pública tem em seu papel principal o conhecimento, e esse deve retirar os indivíduos do senso comum e levá-los a agir sobre suas limitações sempre com o objetivo de mudar a situação em que está inserido. Sabe-se que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos. Assim sendo, a compreensão da natureza da educação passa pela compreensão da natureza humana. Ora, o que diferencia os homens dos demais fenômenos, o que o diferencia dos demais seres vivos, o que o diferencia dos outros animais? A resposta a essas questões também já é conhecida. Com efeito, sabe-se que diferentemente dos outros animais, que se adaptam à realidade natural tendo a sua existência garantida naturalmente, o homem necessita produzir continuamente a sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar à natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la. E isto é feito pelo trabalho. Portanto, o que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho. E o trabalhado instaura-se a partir do momento em que seu agente antecipa mentalmente a finalidade da ação. Consequentemente, o trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas uma ação adequada a finalidades. É, pois, uma ação intencional.
Para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura). Dizer, pois, que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho. Assim, o processo de produção da existência humana implica, primeiramente, a garantia da sua subsistência material com a consequente produção, em escalas cada vez mais amplas e complexas, de bens materiais; tal processo nós podemos traduzir na rubrica “trabalho material”. Entretanto, para produzir materialmente, o homem necessita antecipar em ideias os objetivos da ação, o que significa que ele representa mentalmente os objetivos reais. Essa representação inclui o aspecto de conhecimento das propriedades do mundo real (ciência), de valorização (ética) e de simbolização (arte). Tais aspectos, na medida em que são objetos de preocupação explícita e direita, abre à perspectiva de outra categoria de produção de ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades. Numa palavra, trata-se da produção do saber, seja do saber sobre a natureza, seja do saber sobre a cultura, isto é, o conjunto da produção humana. Obviamente, a educação situa-se nessa categoria do trabalho não-material, duas modalidades. A primeira refere-se aquelas atividades em que o produto se separa do produtor, como no caso dos livros e objetos artísticos. Há, pois, nesse caso, um intervalo entre a produção e o consumo, possibilitado pela autonomia entre o produto e o ato de produção. A segunda diz respeito às atividades em que o produto não se separa do ato de produção. Nesse caso, não ocorre o intervalo antes observado; o ato de produção e o ato de consumo imbricam-se. É nessa segunda modalidade do trabalho não-material que se situa a educação. Podemos, pois, afirmar que a natureza da educação se esclarece a partir daí. Exemplificando: se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto, que o ensino é educação e, como tal participa da natureza própria do fenômeno educativo. Assim, a atividade de ensino, a aula, por exemplo, é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno. Ou seja, o ato de dar aula é 
inseparável da produção desse ato e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo (produzida pelo professor e consumida pelos alunos). Compreendida a natureza da educação, nós podemos avançar em direção à compreensão sua especificidade. Com efeito, se a educação, pertencendo ao âmbito do trabalho não-material, tem a ver com ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades, tais elementos, entretanto, não lhe interessam em si mesmos, como algo exterior ao homem. Nessa forma, isto é, considerados em si mesmos, como algo exterior ao homem, esses elementos constituem o objeto de preocupação das chamadas ciências humanas, ou seja, daquilo que Dilthey apud Saviani 2000, denomina “ciência do espírito” por oposição às “ciências da natureza”. Diferentemente, do ponto de vista da educação, ou seja, na perspectiva da pedagogia entendia como ciência da educação, esses elementos interessam enquanto é necessário que os homens os assimilem, tendo em vista a constituição de algo como uma segunda natureza. Portanto, o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente pelos homens, e aí se incluem os próprios homens. Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo. A educação é o processo por meio do qual os indivíduos assemelham-se e diferenciam-se. Por meio dela tornam-se iguais, mas tornam-se também diferentes uns dos outros. A educação é o movimento que permite aos homens e mulheres apropriarem-se da cultura, estabelecendo com ela uma identidade, uma proximidade, que os leva a tornarem-se iguais; mas, esse movimento, ao ser produzido, é mediado por condiçõessubjetivas, o que faz com que os indivíduos tornem-se iguais e diferentes ao mesmo tempo. Tal movimento 
atribui à educação uma dimensão de realização social, e outra de realização individual. (SILVA, 2008, p.23 ). Toda ação educativa é intencional. Disto decorre que todo processo educativo fundamenta-se em pressupostos e finalidades, a partir do que se infere, não há neutralidade possível nesse processo. Ao determinar as finalidades da educação, quem o faz tem por base uma visão social de mundo, que orienta a reflexão bem como as decisões tomadas acerca desse processo. O papel da escola não é adaptar o sujeito as novas demandas da sociedade atual e sim, por meio do conhecimento histórico, científico, artístico e filosófico, possibilitar que o aluno tenha condições de analisar a sociedade atual em suas contradições, instrumentalizando-o para transformar sua prática social e não adaptar-se a este mundo tão excludente, preconceituoso e meritocrático. ( DCE, 2008). Em nossa sociedade marcada por práticas sociais excludentes e por uma educação escolar tradicionalmente assentada na dominação e no controle do indivíduo, qualquer intenção de formação humana voltada para a emancipação deve tomar como objetivo uma formação cultural voltada para a “auto-reflexão crítica”(ADORNO, 1995, 1996 ). Deve-se pensar, assim, na possibilidade de uma formação que leve em consideração a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo intelectual, isto é, que seja capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva, impondo autonomia às suas próprias ações e pensamentos. De acordo com Hannah Arendt e Norberto Bobbio, Apud Zizemer, 2006. A compreensão de cidadania é a de que o ser humano é um ser de direitos individuais, sociais e políticos, A cidadania é compreendida como direito à educação e, no âmbito da escola, como direito à participação, à formação de uma consciência crítica e ao respeito à diversidade. A realização desses direitos se dá de modo contínuo e dialético, ou seja, é permeado por conflitos, contradições, relações de dominação e de discriminações, mas também de ações afirmativas através da participação e do desenvolvimento de atividades e projetos propostos.
Sabemos que existem situações que impedem a efetivação da cidadania como a indisciplina, a agressividade, as discriminações socioculturais, a falta de condições de trabalho, as práticas autoritárias, etc. Por outro lado, a escola desenvolve projetos e encontros pedagógicos reconhecidos como experiências construtoras de cidadania, relativos ao meio ambiente às relações no interior da escola e reflexões sobre relações de trabalho, direitos e deveres do cidadãos entre outros. Para que a cidadania aconteça é necessário elaborar projetos que possibilitem o avanço dos processos participativos e democráticos. À luz de reflexões críticas, especialmente de Paulo Freire, chega-se à conclusão de que a escola pode avançar muito nas experiências de cidadania visando à superação das práticas pedagógicas autoritárias e discriminatórias. Esse avanço necessita estar embasado numa práxis emancipatória, fundamentada no diálogo. A escola pode se constituir num espaço de formação de cidadãos conscientes, críticos e dialógicos. Para tanto, a apropriação do conhecimento deve estar acompanhada de relações democráticas, dialógicas e participativas. 6.2. O CURRÍCULO Existe uma série de concepções que procuram definir currículo, GOODSON (2008), ao teorizar o currículo numa perspectiva histórica, informa que ao relacionar educação e sociedade é importante não interpretar o currículo como resultado de um processo evolutivo, de contínuo aperfeiçoamento em direção a formas melhores e mais adequadas de resolver ou aperfeiçoar os problemas educacionais. Ou seja, como apontou TOLEDO (2009), mudanças curriculares não resultam e nem produzem efeitos apenas em relação aos conteúdos de ensino, mas estão ligadas às relações de poder internas ou externas à realidade escolar. Para GOODSON (2008):
“Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizados. Uma história do currículo, não pode deixar de tentar descobrir quais os conhecimentos, valores e habilidades eram considerados 
verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim como tentar determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas” (p.10). Ao tratar do tema SACRISTÁN (1998), indica que no estudo de currículo é importante considerar em qualquer conceitualização, que o mesmo apresentase como instrumento para a organização do conhecimento e deve ser uma parte expressiva das experiências de aprendizagem. Na perspectiva desse autor, currículo é um conceito que se refere a uma realidade tendo por um lado o problema das relações teoria e prática e por outro as relações educação e sociedade. É preciso vê-lo como espaço onde interagem as idéias e a prática, torná-lo um documento flexível para que os educadores venham a intervir quando necessário. O Estado do Paraná promoveu a partir de 2003 uma ampla discussão sobre a proposta curricular. O documento do estado busca manter o vínculo com o campo das teorias críticas da educação e com metodologias que priorizem diferentes formas de ensinar de aprender e de avaliar, considerando nas concepções de conhecimento as dimensões científicas, filosóficas e artísticas e enfatizando a importância de todas as disciplinas. DCE, 2008.
6.3 O Processo de Ensino – Aprendizagem Até a década de 1930, tivemos na educação brasileira a presença dominante de uma pedagogia tradicional que entendia a apropriação do conhecimento somente na perspectiva do ensinar. Na lógica tradicional, a escola teria o papel de formar a elite pensante e dirigente, a qual, a partir do domínio do saber, exerceria o controle e poder sobre os desprovidos e excluídos do sistema educacional. A escola era para poucos e privilegiados. A partir dos movimentos dos liberais e intelectuais da educação, na perspectiva de contestar o monopólio da igreja e promover o desenvolvimento interno do país, o foco da educação passa a ser o de “aprender a aprender”, ou seja, o aluno e o próprio ato de aprendizagem passam ao centro do processo. A concepção sobre o ensinar e o aprender, portanto, tem sido o resultado de disputas ideológicas de diversos segmentos que vêem a escola como espaço 
de legitimação do poder. A história da educação nos indica isto, quando se tem a dualização da escola por parte da lógica de mercado - a escola pública como um espaço de preparação de mão-de-obra especializada e adaptada, e a escola privada como via de formação da elite que governará e controlará a classe trabalhadora. Esta é a lógica da divisão da escola: para os que pensam e para os que executam. É preciso defender uma educação para todos, voltada para as necessidades históricas dos trabalhadores, ou seja, daqueles que necessitam da escola como espaço para apreender o conhecimento. O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Não há, portanto, produção do conhecimento sem uma relação totalmente mediada entre ensinar e aprender. Quando o professor escolhe para seu aluno o conhecimento a ser trabalhado, ele não o faz de forma ingênua ou neutra. Não existe nenhuma neutralidade em nenhum conhecimento; o professor ao selecionar o conteúdo de aula está fazendo uma opção: tomar o conhecimento como via de reprodução ou emancipação. A escolha, a forma de trabalho do conteúdo e a ação docente não são espontâneas, devem refletir a possibilidade de um enfrentamento histórico frente às relações de dominação de uma classe ou grupo hegemônico sobre o outro, e que o aluno se veja como sujeito histórico deste processo. Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, a relação de movimento,

Continue navegando

Outros materiais