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Sistema digestivo- tubo Kierszenbaum, 2008 Funções do tecido epitelial do tubo digestório · funcionar como uma barreira semipermeável · sintetizar e secretar enzimas para a digestão · absorver os produtos da digestão · secretar hormônios para coordenar a atividade do tubo digestório · produzir muco para proteção e lubrificação. Faringe · ( Pertence aos sistemas digestório e respiratório. O importante aqui é saber a característica do epitélio, que se altera dependendo da localização. )Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado – região que se comunica com a cavidade nasal – nasofaringe- com epitélio respiratório; · Epitélio estratificado pavimentoso – região que inicia após a cavidade oral e se continua no esôfago – orofaringe. Possui o mesmo epitélio da boca e do esôfago. Esôfago Função: conduzir o alimento da orofaringe para o estômago · m ucosa: epitélio de revestimento estratificado pavimentoso lâmina própria: TCF + glândulas esofagianas muscular da mucosa apenas próxima ao estômago · s ubmucosa: tecido conjuntivo denso fibroelástico; glândulas esofágicas (produzem muco) · m uscular: - circular interna - longitudinal externa *músculo estriado esquelético na porção inicial · a dventícia ou serosa (em sua união com a traqueia e na região da tireoide possui uma adventícia, nas outras regiões é serosa) ( Importância do muco na região de transição: quando há a abertura do esfíncter do estômago há extravasamento do líquido estomacal, extremamente ácido. Essa região final do esôfago precisa estar protegida por muito muco para não haver lesão. ) Estômago · Funções: - processar o alimento formando o quimo - digestão das proteínas · É uma porção dilatada do tubo digestório - Anatomicamente apresenta 4 porções - cárdia, fundo, corpo e piloro · Histologicamente possui 3 porções (classificadas em relação ao tipo de glândula que está presente) · rugas: são projeções longitudinais da mucosa e submucosa (que desaparecem quando o órgão está distendido, cheio) · o órgão possui a superfície coberta por pequenas invaginações, que são as criptas ou glândulas gástricas Mucosa: -Epitélio: - colunar simples é formado por células mucosas superficiais - secreta muco alcalino proteção contra elementos abrasivos do quimo e agressores endógenos como HCl, pepsina e lipase · não possui capacidade absortiva, porém podem ser absorvidos água, sais, drogas lipossolúveis e álcool. · forma as invaginações chamadas glândulas gástricas, com células especializadas -Lâmina própria · escassa, localizada nas glândulas gástricas · estroma com fibras reticulares e fibroblastos · células do sistema imunológico: linfócitos, plasmócitos, macrófagos, eosinófilos -Muscular da mucosa Submucosa: vasos, plexo submucoso Muscular: 3 camadas musculares · oblíqua interna (diferencial!) · circular média · longitudinal externa Plexo mioentérico Serosa: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (Tec. ep. Rev. Simples Pavimentoso) Glândulas Fundícas: Possuem 3 regiões: istmo (entrada), colo e base · células superficiais de revestimento - mucosas · células tronco pequena quantidade na região do istmo e colo · células mucosas do colo semelhantes às superficiais de revestimento, secretam mucina com propriedades antibióticas · células parietais (ou oxínticas) grandes e eosinófilas, existem na metade superior e na base da glândula Bombeiam próton e cloreto pH 1-2 Secretam fator intrínseco gástrico promove a absorção de vitamina B12 no íleo · células principais (ou zimogênicas) estão na base da glândula secretam pepsinogênio · células enteroendócrinas secretam hormônios que regulam principalmente a atividade do estômago Células Enteroendócrinas dispersas entre as outras células dentro da glândula, geralmente mais próximas da base não são somente um tipo de células, existem diferentes tipos que secretam diferentes substâncias (células D, células G, célula X...) liberam o conteúdo de seus grânulos na lâmina própria e atuam na vizinhança ou entram na circulação sanguínea Ex.1: serotonina e substância P o movimento peristáltico Ex.2: histamina produção de HCl Ex.3: gastrina a produção de HCl, a motilidade gástrica e a proliferação de células basais. Intestino delgado Definições importantes · Pregas – projeções da mucosa e da submucosa na direção da luz · Vilosidades intestinais – evaginações digitiformes da camada mucosa · Microvilosidades – pregueamento da membrana plasmática apical dos enterócitos para aumento de absorção. Intestino delgado: Possui pregas com vilosidades A prega é diferente da ruga do estômago, pois não consegue ser completamente distendida (é permanente) CÉLULAS DO EPITÉLIO DA MUCOSA DO INTESTINO DELGADO Enterócitos - células absortivas, cilíndricas, com borda em escova, possuem em torno de 3 mil microvilosidades cada. · secretam dissacaridases e dipeptidases, que completam a digestão Células caliciformes – situadas entre os enterócitos; produzem mucina Células de Paneth - na porção basal das glândulas intestinais (de Lieberkühn) · regulam a microbiota intestinal do intestino delgado · secretam lisozimas Células enteroendócrinas - CCK e secretina a atividade da vesícula biliar e do pâncreas (efeito parácrino ou endócrino) - GIP inibe a secreção de HCl pelo estômago e aumenta a secreção de insulina - motilina a motilidade gástrica e intestinal Células tronco – para renovação do epitélio tronco Mecanismos defensivos no tubo digestório · Lisozima na saliva (germicida) · Placas de Peyer no íleo (acúmulo de células de defesa) · Secreção pelos plasmócitos da imunoglobulina IgA · Células de Paneth produzindo moléculas germicidas na glândula intestinal · Acidez do suco gástrico que inativa os microorganismos ingeridos · Peristaltismo que reduz a colonização bacteriana Particularidades das camadas no intestino delgado Mucosa: · Epitélio simples colunar com microvilosidades e células caliciformes · Lâmina Própria: TCF, fibras nervosas e musculares lisas (responsáveis pelos movimentos rítmicos das vilosidades), rica em vasos linfáticos e vascularização sanguínea. · Muscular da mucosa Submucosa: - glândulas duodenais ou de Brünner, secreção mucosa alcalina (pH 8,1-9,3), somente no duodeno - placas de Peyer, somente no íleo Muscular: - plexo nervoso mioentérico ou de Auerbach ao longo de todo o tubo digestório - circular interna e longitudinal externa Serosa Intestino grosso Intestino grosso Mucosa: - glândulas longas, com muitas células caliciformes e absortivas e poucas células enteroendócrinas · Lâmina própria rica em nódulos linfáticos · Não há pregas e vilosidades Na região Reto-Anal: colunas retais ou de Morgani (dobras longitudinais da camada mucosa) Muscular: aparecimento das tênias do colo (são especializações na muscular longitudinal externa, 3 faixas espessas de 1 cm de largura igualmente espaçadas) Serosa: apêndices epiplóicos (acúmulo de tecido adiposo) Apêndice Cecal É um apêndice do intestino grosso, possuindo uma estrutura histológica bem mais simples. Sua mucosa e submucosa são ricas em nódulos linfáticos e sua camada muscular é bem mais simples. Não há aqui tênias do cólon nem apêndices epiplóicos. Reto · A camada mucosa é mais espessa que no cólon e possui veias proeminentes. A muscular da mucosa é bastante desenvolvida. · As glândulas intestinais são mais longas e revestidas predominantemente por células caliciformes (coradas em azul na lâmina apresentada no slide seguinte). · Adventícia com vasos calibrosos. Note que aqui não há o mesotélio (que caracterizava a serosa), sendo essa região contínua com os tecidos circundantes. Canal Anal – se estende da junção reto-anal até o ânus · Transição do epitélio simples cilíndrico (no reto) para o e pitélio estratificadopavimentoso (ânus - pele) · ( Hemorróidas internas são dilatações dos vasos da submucosa )Glândulas mucosas anais · Para lubrificação, já que não há mais muco das células caliciformes presentes nas glândulas intestinais · Esfincter interno do ânus – músculo liso (circular interna se espessa) · Esfincter externo do ânus – músculo estriado esquelético (Controle voluntário) Bibliografia 1- Gartner, L.P. & Hiatt, J.L. Tratado de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan – 2ª ed., 2003. 2- Junqueira, L.C.U. & Carneiro, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan – 13ª ed., 2017. 3- Kierszenbaum, A. L. Histologia e Biologia Celular – uma introdução à patologia. Eselvier, 4ª ed., 2016. 4- Kühnel W. Histologia Texto e Atlas. Porto Alegre: Artmed – 12ª ed., 2010. 5- Ross, M.H.; Kaye, G.I. & Pawlina, W. Histologia: Texto e Atlas – Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan - 7ª ed., 2016.
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