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Noções de Direito Penal

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Tema 
Tempo do crime e lugar do crime 
(arts. 4º e 6º) 
 
➢ Teoria da atividade: 
➢ Teoria do resultado: 
➢ Teoria mista ou da ubiquidade: 
 
Questão: Em que momento se considera praticado um crime? Qual a teoria adotada? 
 
Importância prática: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Código Penal 
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
 
Questão: Qual o lugar de um crime? 
 
Código Penal 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Teoria adotada: 
 
Tema 
Lei penal no espaço 
 
➢ Territorialidade: é a regra (art. 5º, caput) 
➢ Extraterritorialidade: é exceção (art. 7º) 
➢ Intraterritorialidade: é exceção (art. 5º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TERRITORIALIDADE 
 
Código Penal 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime 
cometido no território nacional. 
 
Critério adotado: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Conceito de território 
 
1) Território físico ou propriamente dito (espaço geográfico) 
2) Território jurídico ou por extensão 
 
1) Território físico ou propriamente dito (espaço geográfico) 
 
a) 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
b) 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
c) 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
2) Território jurídico ou por extensão: 
 
a) embarcação ou aeronave públicas: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
b) embarcação ou aeronave privadas: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Código Penal 
Art. 5º (...) 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves 
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, 
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço 
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
Atenção! Embaixada é extensão do território que representa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Extraterritorialidade da lei penal 
(art. 7º, CP) 
Obs. 
 
Hipóteses de extraterritorialidade 
➢ Incondicionada (art. 7º, inc. I): 
➢ Condicionada (art. 7º, inc. II): 
➢ Hipercondicionada (art. 7º, § 3º): 
 
Extraterritorialidade incondicionada 
 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
I - os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de 
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
 
Questão: O sujeito que, na França, praticou um atentado contra a vida do Presidente da República Federativa do 
Brasil, poderá ser julgado e eventualmente condenado em nosso país se foi absolvido no estrangeiro? E se foi 
condenado na França? 
 
Código Penal 
Art. 7º (...) 
§ 1º. Nos casos do inc. I o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no 
estrangeiro. 
 
Questão: Como se conta o prazo prescricional se o agente está cumprindo pena no estrangeiro? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Código Penal 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
(...) 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior. 
 
Questão: A pena cumprida no estrangeiro traz reflexos para o processo que tramitará no Brasil? 
 
Código Penal 
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou 
nela é computada, quando idênticas. 
 
Atenção: É possível que ocorra a hipótese de ser o agente processado, julgado e condenado tanto pela lei 
brasileira como pela estrangeira, pois o princípio do “ne bis in idem” não é absoluto. 
 
Extraterritorialidade condicionada 
Art. 7º. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
(...) 
inc. II – os crimes: 
a) que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir. 
b) praticado por brasileiro 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em 
território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
 
Código Penal 
Art. 7º (...) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a 
lei mais favorável. 
 
Extraterritorialidade hipercondicionada 
Art. 7º (...) 
§ 3º. A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, 
reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
Intraterritorialidade 
 
Conceito: A lei penal estrangeira entra no território brasileiro para alcançar fatos praticados aqui, nos limites do 
nosso território nacional. 
 
Código Penal 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime 
cometido no território nacional. 
 
Atenção! No entanto, o Estado acreditante pode renunciar à imunidade dos seus agentes diplomáticos. Nesse 
caso, ficará o diplomata sujeito à lei do país em que ocorreu o crime (fundamento – art. 32 da Convenção de 
Viena). 
 
Em resumo: 
➢ Em regra, praticado o crime no territóriobrasileiro ele sofre as consequências da lei brasileira: 
➢ Em casos raros, a lei brasileira alcança fatos delituosos praticados no estrangeiro: 
➢ E em hipóteses ainda mais raras, o Brasil vai deixar de aplicar a lei a crimes ocorridos em seu território, 
permitindo a entrada da lei estrangeira: 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão: Existe alguma hipótese de extraterritorialidade incondicionada prevista fora do CP? 
 
Lei 9.455/97 
Art. 2º. O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo 
a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 
 
Tema 
Eficácia da sentença estrangeira 
 
Regra: a sentença PENAL estrangeira não precisa ser homologada no Brasil para produzir efeitos. 
 
Exceções: 
1) Para produzir efeitos civis 
2) Para aplicar medida de segurança 
 
Código Penal 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas 
consequências, pode ser homologada no Brasil para: 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
II - sujeitá-lo a medida de segurança 
Parágrafo único - A homologação depende: 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a 
sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 
 
Questão: Quem homologa essa sentença estrangeira? 
 
Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira (art. 105, inciso I, “i”, CF). 
 
Detalhe! 
Súmula 420, STF 
Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado. 
 
Questão: A sentença estrangeira condenatória pode gerar reincidência? 
 
Tema 
Contagem do prazo 
 
Questão: Para cumprir sete dias de pena de reclusão que ainda restavam, a foragida Marta foi recapturada às 
dezenove horas de domingo. O respectivo mandado de prisão, depois de formalizado seu cumprimento, foi 
juntado aos autos do processo de execução penal logo no dia imediato à prisão. Precisamente, Marta deverá em 
princípio ser solta: 
 
(A) na terça-feira, da semana imediata 
(B) na segunda-feira, da semana imediata. 
(C) no domingo, da semana imediata. 
(D) no domingo à noite, da semana imediata. 
(E) no sábado imediato. 
 
Código Penal 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário 
comum. 
 
Código Penal 
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na 
pena de multa, as frações de cruzeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão: Para cumprir sete dias de pena de reclusão que ainda restavam, a foragida Marta foi recapturada às 
dezenove horas de domingo. O respectivo mandado de prisão, depois de formalizado seu cumprimento, foi 
juntado aos autos do processo de execução penal logo no dia imediato à prisão. Precisamente, Marta deverá em 
princípio ser solta: 
 
(A) na terça-feira, da semana imediata 
(B) na segunda-feira, da semana imediata. 
(C) no domingo, da semana imediata. 
(D) no domingo à noite, da semana imediata. 
(E) no sábado imediato. 
 
Tema 
Princípio da especialidade 
 
Legislação Especial 
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de 
modo diverso. 
 
Lei das Contravenções Penais 
Art. 1º. Aplicam-se às contravenções penais as regras gerais do Código Penal, sempre que a presente lei não 
disponha de modo diverso. 
 
Tema 
Teoria do crime 
 
Sujeitos do crime 
 
Sujeito ativo: 
Aquele que pratica a infração penal. 
 
Sujeito passivo: 
Aquele que é vítima da infração penal. 
 
Classificação do crime quanto ao sujeito ativo 
 
De acordo com o sujeito ativo, o crime se classifica como: 
a) Crime comum: 
b) Crime próprio: 
c) Crime de mão própria: 
 
Questão: A pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime? 
 
Sujeito passivo: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Classificação do crime quanto ao sujeito passivo 
 
O sujeito passivo classifica-se em: 
a) sujeito passivo mediato (constante): 
b) sujeito passivo imediato (eventual, material, particular ou acidental): 
 
Questão: O Estado pode ser sujeito passivo imediato em alguns crimes? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação do crime quanto ao sujeito passivo: 
 
Crime comum: 
O tipo não exige qualidade ou condição especial do ofendido. 
 
Crime próprio: 
Quando o tipo exige qualidade ou condição especial do ofendido. 
 
Questão: O morto pode ser vítima de crime? 
 
Questão: Os animais podem figurar como vítimas? 
 
Objeto material: 
 
Questão: É possível crime sem objeto material? 
 
Objeto jurídico do delito: 
O bem jurídico protegido pelo tipo penal. 
 
 
 
Crime pluriofensivo: 
 
Questão: É possível crime sem objeto jurídico? 
 
Classificação dos crimes 
 
1) Crime simples e complexo 
 
Crime simples: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Crime complexo: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Crime unissubjetivo e plurissubjetivo 
 
Crime unissubjetivo: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Crime plurissubjetivo: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
3) Crime unissubsistente e crime plurissubsistente 
 
Unissubsistente: 
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ 
 
Plurissubsistente: 
___________________________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________________________

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